Entreposto | 114

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

São Paulo, novembro de 2009 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 10 - No 114 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Biofach 2009 Maior feira de produtos orgânicos da América Latina mostra que o segmento é um mercado em expansão no Brasil e no mundo.

Pág. C4

Presidente do Sindicar (Sindicato dos Carregadores da Ceagesp), José Pinheiro, recebe da Câmara Municipal de Osasco o título de Cidadão Osasquense

EMBALAGEM

Pág. C6

Sustentabilidade é destaque na Fenatran DIVULGAÇÃO

Ceasa Campinas abre banco de caixas Central higienizará todas as caixas plásticas de retorno que circulam pelo entreposto metropolitano de Campinas. Pág. C2

Real forte preocupa produtores rurais Segundo o presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira), Cesário Ramalho, a moeda norte-americana fraca prejudica diversos segmentos da agricultura nacional e os empresários do agronegócio tendem a ficar desestimulados. Pág. A2

Índice Ceagesp cai 4,13% em outubro O indicador de avaliação de preços no atacado que analisa 105 itens registra baixa. Setor de frutas, o mais representativo da Ceagesp, puxou a queda do índice. Pág. C1

Maior evento latino-americano do segmento de transportes, a Fenatran 2009, realizada de 26 a 30 de outubro na capital paulista, superou as expectativas dos expositores. A retomada da demanda traduziu-se em novos negócios e, ao visitar a Fenatran na manhã de 29 de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva elogiou os avanços do setor de transporte e logística nacional. Bem humorado, o presidente da República entrou em vários veículos pesados e semipesados apresentados pelas montadoras na feira Págs. A4, A5, A6 e A7

Índios 2.0 ajudam a natureza As tribos Surui e Pater, que ocupam cerca de 250 mil hectares entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso, receberam computadores, smartphones (equipados com o sistema Android) e aparelhos de GPS para que eles mesmos coloquem os seus costumes no mapa. A parceria entre o Google Earth Outreach e Ong ACT, propiciou a oportunidade dos próprios índios identificarem focos de retirada ilegal de madeira na região. Os índios agora podem subir fotos e vídeos no YouTube que serão agregados ao Google Earth e ficarão disponíveis para que todos acompanhem.

Especialistas abordam criação de banco de caixas na Ceagesp Os colunistas Neno Silveira e Anita Gutierrez discutem a necessidade de implantar uma central de embalagens no ETSP. Págs. C2, B4 e B5

CAIO MATTOS

Projeto Honda

Programa de cultivo de árvores frutíferas e de espécies ameaçadas de extinção consolida ações de responsabilidade socioambiental da Honda South America no estado do Amazonas Págs. D2 e D3

Caravana da Economia chega ao fim depois de percorrer 18 Ceasas Pág. C7


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Novembro 2009 l

JORNAL ENTREPOSTO

POLÍTICA CAMBIAL

Valorização do real preocupa ruralistas Produtores temem o individamento do setor e a perda de competitividade no mercado internacional A valorização da moeda brasileira frente ao dólar está trazendo perda de rentabilidade e competitividade para o setor agrícola. A avaliação é do presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho. O ideal, segundo ele, seria que a moeda norte-americana estivesse cotada em R$ 2,20. Para Ramalho, com as cotações nos níveis atuais - hoje vale cerca de US$ 1,70 -, os empresários do agronegócio tendem a ficar desestimulados e endividados. “O impacto [sobre a atividade agrícola] é brutal e isso significa que vai ocorrer a morte do produtor rural e reavivar toda a problemática da dívida do setor”, assinalou. Além da perda de rentabilidade e competitividade, com um processo de valorização cambial contínuo, ocorre o barateamento dos produtos importados. Com isso, os produtos nacionais apresentam uma redução de margem de comercialização tanto no mercado interno quanto no mercado global. “A remuneração aos produtores rurais, pela indústria, também tende a diminuir, gerando um processo de perda de capacidade de crescimento de um setor que representa mais de 26,0% do PIB naciona”, opinou o presidente da SRB. Na avaliação da SRB, a valorização do dólar permitiria que as margens de comercialização dos produtores rurais e da agroindústria se ampliem com uma maior atratividade das exportações brasileiras no comércio mundial. Porém, para Ramalho, o ideal não é um câmbio sobre-desvalorizado, o que encareceria demais as importações de bens de capital, reduzindo as taxas de investimento. Complexo soja Um dos exemplos citados pelo líder rural é a situação dos produtores de soja, cujo produto, responde por 10% das exportações brasileiras, segundo Ramalho. Além de prejuízos com as exportações desfavoráveis por causa do câmbio, ressaltou o executivo, os sojicultores também deverão enfrentar depreciação de preço por causa do aumento da safra mundial do produto. “Hoje existe um superávit de 10% de soja no mundo e só o Brasil terá uma oferta de 62 milhões de toneladas”, disse. Segundo cálculos da SRB, o sojicultor teve uma queda de rentabilidade de 24,2%, uma vez que receberia R$ 37,47 pela saca de soja caso a exportação fosse efetuada em dezembro do ano passado, valor que passaria para R$ 49,44 caso a exportação fosse efetuada em setembro último. Ainda de acordo com o

estudo da SRB, apesar das variações cambiais, as exportações brasileiras de algumas commodities – açúcar, algodão e suco de laranja – ainda mantêm uma margem positiva de rentabilidade e têm mantido uma significativa taxa de crescimento, gerando ganhos de participação no mercado internacional. No caso da soja, milho e café, mesmo com a perda de rentabilidade registrada entre dezembro de 2008 e agosto último, a margem de lucro ainda se mantém positiva, com os preços de comercialização ainda sendo superiores aos custos de produção, fazendo com que a taxa de câmbio, em si, não seja motivo de preocupação, mas sim sua tendência definida de valorização, o que pode afetar diretamente a capacidade produtiva do setor sem endividamentos. Com Agência Brasil

PRODUTIVIDADE

Produção agrícola deste ano deve ser 8,1% menor do que a de 2008 A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2009 deve ser 8,1% menor do que a safra recorde de 2008 e totalizar 134,1 milhões de toneladas, 8,5 mil toneladas a menos do que a projeção divulgada em setembro. Devido às condições climáticas que afetaram a Região Sul, o Instituto Brasileiro Geografia Estatística (IBGE) apresentou, no início deste mês, a décima estimativa revisada. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, a retração da colheita reflete os impactos das chuvas sobre as culturas de inverno, em especial, a queda da produção de trigo, a principal lavoura da estação, em Santa Catarina e no Paraná. Devido a esses efeitos climáticos, o estado de Mato Grosso ultrapassará o Paraná e neste ano será o maior produtor nacional de grãos. “Temos no campo agora culturas de inverno e esse foi um inverno chuvoso na Região Sul. O excesso de chuvas aumenta a incidência de doenças e o excesso de umidade no grão, fazendo cair a qualidade do produto”, explicou o coordenador da pesquisa do IBGE, Mauro Andreazzi, lembran-

do que a safra de 2008 foi recorde e chegou a 146 milhões de toneladas, marca “díficil de ser alcançada”. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) também divulgou a projeção para safra de trigo em 2009, mostrando que a produção do cereal, dependente de importações, deve cair 14,3% na safra 2009/2010 em relação ao resultado anterior. Para o ano, o IBGE também divulgou as projeções das três principais culturas no país, que respondem por 81,4% da área plantada, e apresentam variações distintas de 2008 para 2009. A estimativa é de acréscimo de 2,2% na área de soja, queda de 4,6% na de milho e aumento de 1% na de arroz. Quanto à safra, apenas o arroz deverá ter avanço, de 4,2%. Para soja, a estimativa é de queda de 4,8% e para o milho, de 13,3%. Em relação à área a ser colhida, de um ano para o outro, a projeção é de queda de 0,2%, totalizando 47,2 milhões de hectares. Assim, a safra de grãos ficará distribuída entre as regiões Sul, com 52,6 milhões de toneladas; Centro-Oeste, com 48,9 milhões; Sudeste, com 17,2 milhões de toneladas; Nordeste, com 11,7 milhões de toneladas e Norte, com 3,8 milhões.


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Transportes

JORNAL ENTREPOSTO l

FENATRAN JORNAL ENTREPOSTO ESPECIAL

A

Caminhões serão cada vez Setor de implementos mais rentáveis e menos rodoviários crescerá 10% poluentes, diz Lula Novidades apresentadas na Fenatran 2009 indicam que o segmento de transportes deverá fechar 2009 no azul

Durante seu programa semanal de rádio, presidente da República também destacou que foi procurado pela Mercedes-Benz para ser comunicado sobre a contratação de 1,3 mil novos funcionários

Ao comentar a visita que fez ao 17º Salão Internacional do Transporte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vai ganhar uma frota menos poluente, mais rentável e mais econômica nos próximos anos, “de um jeito muito mais fácil”. Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele lembrou que o governo reduziu os juros de 13,5% para 4,5% para a compra de caminhões novos, além de aumentar a quantidade de prestações para financiamento de caminhões de 84 para 96 vezes. Segundo Lula, as medidas representam uma redução de 25% nos juros cobrados e, por isso, o programa Procaminheiro tem apresentado resul-

tados “extraordinários”. “Você tem uma frota de caminhão velha transitando nas estradas brasileiras. Eles gastam mais, ficam menos rentáveis para o proprietário e nós queríamos vender caminhões novos”, disse, ao destacar que a indústria automobilística havia “caído muito”, inclusive no setor de caminhões. O presidente também lembrou que foi procurado pela fábrica de caminhões Mercedes-Benz para ser comunicado da contratação de 1.300 novos funcionários. No período em que a crise financeira estava no auge, a empresa chegou a despedir 1.200 empregados. “O que nós esperamos é que essas medidas

possam dinamizar a indústria de caminhões e renovar a frota não apenas para as pequenas e médias empresas, mas, sobretudo, para os motoristas autônomos”, anunciou. Ao visitar a Fenatran na manhã de 29 de outubro, Lula elogiou os avanços do setor de transporte e logística nacional. Bem humorado, o presidente da República entrou em vários veículos pesados e semipesados apresentados pelas montadoras no evento, usando bonés das empresas visitadas e, em alguns casos, ligando os motores dos veículos e posando para o registro dos fotógrafos.

O último trimestre de 2009 já permite ao setor de implementos rodoviários fazer planos para o próximo ano. De acordo com Rafael Wolf Campos, presidente da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), se o mercado brasileiro manter o atual desempenho e as vendas ao exterior seguir em recuperação, o segmento poderá esperar resultados próximos aos de 2008, “o melhor ano da nossa indústria”. O atual exercício deverá encerrar com um crescimento de 10% e, para os próximos quatro anos, mais precisamente no período que antecede a Copa de 2014, deverá se manter na média de 5% a 6% de evolução. O horizonte menos pessimista, no entanto, foi

precedido por queda nas vendas, no acumulado do ano até setembro último, comparado ao mesmo período de 2008, de 21,31%, refletida na retração nos emplacamentos de reboques e semireboques de 33,85%, além do encolhimento de 57,68% nas vendas ao exterior. “Vamos voltar aos patamares de 2007, quando nos nove primeiros meses daquele ano foram emplacados 66.366 unidades e, de janeiro a setembro último, a indústria de implementos emplacou 79.305 unidades”, salienta. Entre os fatores que devem contribuir para que 2010 seja um ano positivo, estão a retomada da economia, a redução dos juros com novos estímulos ao crédito, perspectivas de recuperação dos negócios

no mercado externo. Em sua relação, o que seria fatal para o bom andamento dos negócios seria, além da pesada carga fiscal, a taxação sobre o aço importado, a suspensão da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no início do próximo ano e o encolhimento nos prazos dos financiamentos ao setor. Na visão de Rafael Campos, entre os segmentos que prometem maior fôlego em 2010 estão agricultura, alimentação, álcool e derivados de petróleo, incluindo o destaque para a construção civil e pesada. Em conseqüência desse prognóstico, os produtos mais procurados serão os frigoríficos, tanques, basculantes, graneleiros, carrega-tudo e especiais.

B5

Novembro 2009

Mercedes-Benz destaca os avanços Vipal com motores Conama P7 Confirmando seu pioneirismo e liderança tecnológica no país, a montadora vem realizando testes com motores e com sistemas de pós-tratamento de gases adequados à nova legislação para caminhões e ônibus

A Mercedes-Benz do Brasil já vem desenvolvendo motores e sistemas de pós-tratamento de gases de escape para caminhões e ônibus, visando atender à legislação de emissões Conama P7, que entrará em vigor no País em 2012. Entre diversos requisitos, essa rigorosa norma exigirá a redução de 80% nas emissões de Material Particulado e de 60% nas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em comparação com a legislação atual. Como consequência direta, também serão diminuídas as emissões de fumaça e de gás carbônico. Os avanços da MercedesBenz com os testes de motores P7 foram destaque no estande da marca no Salão Internacional do Transpor-

Linhas Ecotread e Greentread minimizam custos para frotas e caminhoneiros e possibilitam ganhos de 6% no rendimento quilométrico

te, entre os dias 26 e 30 de outubro, na capital paulista. “Além de atender aos requisitos do Conama P7, assegurando uma maior proteção ambiental, nossos motores também reduzirão o consumo de combustível, diminuindo o custo operacional e garantindo a rentabilidade para os clientes”, afirma Gilberto Leal, gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz do Brasil. Segundo o executivo, a empresa já realizou mais de 20 mil horas de testes de funcionalidade e durabilidade, em bancos de prova e nos veículos em operação. São mais de 700.000 km com caminhões e ônibus dos mais variados tipos, em situações extremas de operação nas zonas urbanas, rodovias e fora-de-estrada.

Ford amplia participação no mercado brasileiro de caminhões Lançamentos expostos na Fenatran 2009 reforçaram estratégia da montadora para o segmento de transportes A Ford fecha 2009 com crescimento no Brasil e forte presença na América do Sul. No mercado brasileiro, a previsão é obter 19,3% de participação até o final do ano, além de crescimento da marca na América do Sul, onde a marca é uma das líderes em caminhões. “A presença dos caminhões da Ford foi a que mais cresceu num mercado altamente competitivo, no qual os clientes buscam

cada vez mais a versatilidade e uma boa relação custo-benefício nos produtos. Em vendas, o mercado brasileiro de caminhões deve fechar 2009 com cerca de 105 mil unidades negociadas, e a Ford alcançará uma participação de 19,3% no Brasil”, afirma Cláudio Terciano, gerente de Vendas da Operações de Caminhões. Os lançamentos expostos na Fenatran reforçaram

essa estratégia: o Cargo 1832e para aplicação com Julieta e os modelos Cargo 2628e, Cargo 2622e e Cargo 1722e com tomada de força traseira para uso como betoneira e compactador de resíduos chegam para atender segmentos em ascensão. Perspectivas O aquecimento do mercado nacional nos últimos

três meses de 2009 traz uma expectativa de recuperação do segmento de transporte, de acordo com Oswaldo Jardim, executivo da montadora. “Estamos preparados para entregar o volume que o mercado demandar. No Brasil, as ações de apoio do governo ao segmento de caminhões começaram a surtir efeito, principalmente a partir de agosto, com a redução das taxas de fi-

nanciamento do BNDES/Finame. É o maior programa de incentivo jamais feito no segmento de caminhões e ajudou o Brasil a se diferenciar de outros países”, explica. Outros fatores que criam expectativa positiva são a retomada do PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) em 2010, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, criando impacto positivo no PIB brasileiro.

Para que a reforma de pneus contribua para a redução dos custos por quilômetro rodado dois aspectos são fundamentas: qualificação do serviço e a utilização de produtos de qualidade. Nesse contexto, a Vipal conta com ampla rede autorizada para a realização da reforma dentro dos mais exigentes padrões mundiais de qualidade. No momento, a empresa está colocando no mercado duas linhas exclusivas de bandas que garantem a diminuição do consumo energético e mais rendimento quilométrico. As novas bandas Ecotread e Greentread possibilitam uma economia de até 10% em combustível e fazem parte do Projeto de Sustentabilidade do Transporte da Vipal. Identificadas com uma linha tracejada verde e uma etiqueta com os nomes Ecotread ou Greentread, as bandas proporcionam menor resistência ao rolamento. “Nossos estudos apontavam que o sulco menor garantiria a economia. Nós somamos a essa informação compostos e desenhos exclusivos, e chegamos a bandas que reduzem ainda mais o consumo de combustível”, revela o gerente de Marketing da Vipal, Eduardo Sacco.


Transportes

JORNAL ENTREPOSTO l

FENATRAN JORNAL ENTREPOSTO ESPECIAL

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Caminhões serão cada vez Setor de implementos mais rentáveis e menos rodoviários crescerá 10% poluentes, diz Lula Novidades apresentadas na Fenatran 2009 indicam que o segmento de transportes deverá fechar 2009 no azul

Durante seu programa semanal de rádio, presidente da República também destacou que foi procurado pela Mercedes-Benz para ser comunicado sobre a contratação de 1,3 mil novos funcionários

Ao comentar a visita que fez ao 17º Salão Internacional do Transporte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vai ganhar uma frota menos poluente, mais rentável e mais econômica nos próximos anos, “de um jeito muito mais fácil”. Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele lembrou que o governo reduziu os juros de 13,5% para 4,5% para a compra de caminhões novos, além de aumentar a quantidade de prestações para financiamento de caminhões de 84 para 96 vezes. Segundo Lula, as medidas representam uma redução de 25% nos juros cobrados e, por isso, o programa Procaminheiro tem apresentado resul-

tados “extraordinários”. “Você tem uma frota de caminhão velha transitando nas estradas brasileiras. Eles gastam mais, ficam menos rentáveis para o proprietário e nós queríamos vender caminhões novos”, disse, ao destacar que a indústria automobilística havia “caído muito”, inclusive no setor de caminhões. O presidente também lembrou que foi procurado pela fábrica de caminhões Mercedes-Benz para ser comunicado da contratação de 1.300 novos funcionários. No período em que a crise financeira estava no auge, a empresa chegou a despedir 1.200 empregados. “O que nós esperamos é que essas medidas

possam dinamizar a indústria de caminhões e renovar a frota não apenas para as pequenas e médias empresas, mas, sobretudo, para os motoristas autônomos”, anunciou. Ao visitar a Fenatran na manhã de 29 de outubro, Lula elogiou os avanços do setor de transporte e logística nacional. Bem humorado, o presidente da República entrou em vários veículos pesados e semipesados apresentados pelas montadoras no evento, usando bonés das empresas visitadas e, em alguns casos, ligando os motores dos veículos e posando para o registro dos fotógrafos.

O último trimestre de 2009 já permite ao setor de implementos rodoviários fazer planos para o próximo ano. De acordo com Rafael Wolf Campos, presidente da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), se o mercado brasileiro manter o atual desempenho e as vendas ao exterior seguir em recuperação, o segmento poderá esperar resultados próximos aos de 2008, “o melhor ano da nossa indústria”. O atual exercício deverá encerrar com um crescimento de 10% e, para os próximos quatro anos, mais precisamente no período que antecede a Copa de 2014, deverá se manter na média de 5% a 6% de evolução. O horizonte menos pessimista, no entanto, foi

precedido por queda nas vendas, no acumulado do ano até setembro último, comparado ao mesmo período de 2008, de 21,31%, refletida na retração nos emplacamentos de reboques e semireboques de 33,85%, além do encolhimento de 57,68% nas vendas ao exterior. “Vamos voltar aos patamares de 2007, quando nos nove primeiros meses daquele ano foram emplacados 66.366 unidades e, de janeiro a setembro último, a indústria de implementos emplacou 79.305 unidades”, salienta. Entre os fatores que devem contribuir para que 2010 seja um ano positivo, estão a retomada da economia, a redução dos juros com novos estímulos ao crédito, perspectivas de recuperação dos negócios

no mercado externo. Em sua relação, o que seria fatal para o bom andamento dos negócios seria, além da pesada carga fiscal, a taxação sobre o aço importado, a suspensão da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no início do próximo ano e o encolhimento nos prazos dos financiamentos ao setor. Na visão de Rafael Campos, entre os segmentos que prometem maior fôlego em 2010 estão agricultura, alimentação, álcool e derivados de petróleo, incluindo o destaque para a construção civil e pesada. Em conseqüência desse prognóstico, os produtos mais procurados serão os frigoríficos, tanques, basculantes, graneleiros, carrega-tudo e especiais.

B5

Novembro 2009

Mercedes-Benz destaca os avanços Vipal com motores Conama P7 Confirmando seu pioneirismo e liderança tecnológica no país, a montadora vem realizando testes com motores e com sistemas de pós-tratamento de gases adequados à nova legislação para caminhões e ônibus

A Mercedes-Benz do Brasil já vem desenvolvendo motores e sistemas de pós-tratamento de gases de escape para caminhões e ônibus, visando atender à legislação de emissões Conama P7, que entrará em vigor no País em 2012. Entre diversos requisitos, essa rigorosa norma exigirá a redução de 80% nas emissões de Material Particulado e de 60% nas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em comparação com a legislação atual. Como consequência direta, também serão diminuídas as emissões de fumaça e de gás carbônico. Os avanços da MercedesBenz com os testes de motores P7 foram destaque no estande da marca no Salão Internacional do Transpor-

Linhas Ecotread e Greentread minimizam custos para frotas e caminhoneiros e possibilitam ganhos de 6% no rendimento quilométrico

te, entre os dias 26 e 30 de outubro, na capital paulista. “Além de atender aos requisitos do Conama P7, assegurando uma maior proteção ambiental, nossos motores também reduzirão o consumo de combustível, diminuindo o custo operacional e garantindo a rentabilidade para os clientes”, afirma Gilberto Leal, gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz do Brasil. Segundo o executivo, a empresa já realizou mais de 20 mil horas de testes de funcionalidade e durabilidade, em bancos de prova e nos veículos em operação. São mais de 700.000 km com caminhões e ônibus dos mais variados tipos, em situações extremas de operação nas zonas urbanas, rodovias e fora-de-estrada.

Ford amplia participação no mercado brasileiro de caminhões Lançamentos expostos na Fenatran 2009 reforçaram estratégia da montadora para o segmento de transportes A Ford fecha 2009 com crescimento no Brasil e forte presença na América do Sul. No mercado brasileiro, a previsão é obter 19,3% de participação até o final do ano, além de crescimento da marca na América do Sul, onde a marca é uma das líderes em caminhões. “A presença dos caminhões da Ford foi a que mais cresceu num mercado altamente competitivo, no qual os clientes buscam

cada vez mais a versatilidade e uma boa relação custo-benefício nos produtos. Em vendas, o mercado brasileiro de caminhões deve fechar 2009 com cerca de 105 mil unidades negociadas, e a Ford alcançará uma participação de 19,3% no Brasil”, afirma Cláudio Terciano, gerente de Vendas da Operações de Caminhões. Os lançamentos expostos na Fenatran reforçaram

essa estratégia: o Cargo 1832e para aplicação com Julieta e os modelos Cargo 2628e, Cargo 2622e e Cargo 1722e com tomada de força traseira para uso como betoneira e compactador de resíduos chegam para atender segmentos em ascensão. Perspectivas O aquecimento do mercado nacional nos últimos

três meses de 2009 traz uma expectativa de recuperação do segmento de transporte, de acordo com Oswaldo Jardim, executivo da montadora. “Estamos preparados para entregar o volume que o mercado demandar. No Brasil, as ações de apoio do governo ao segmento de caminhões começaram a surtir efeito, principalmente a partir de agosto, com a redução das taxas de fi-

nanciamento do BNDES/Finame. É o maior programa de incentivo jamais feito no segmento de caminhões e ajudou o Brasil a se diferenciar de outros países”, explica. Outros fatores que criam expectativa positiva são a retomada do PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) em 2010, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, criando impacto positivo no PIB brasileiro.

Para que a reforma de pneus contribua para a redução dos custos por quilômetro rodado dois aspectos são fundamentas: qualificação do serviço e a utilização de produtos de qualidade. Nesse contexto, a Vipal conta com ampla rede autorizada para a realização da reforma dentro dos mais exigentes padrões mundiais de qualidade. No momento, a empresa está colocando no mercado duas linhas exclusivas de bandas que garantem a diminuição do consumo energético e mais rendimento quilométrico. As novas bandas Ecotread e Greentread possibilitam uma economia de até 10% em combustível e fazem parte do Projeto de Sustentabilidade do Transporte da Vipal. Identificadas com uma linha tracejada verde e uma etiqueta com os nomes Ecotread ou Greentread, as bandas proporcionam menor resistência ao rolamento. “Nossos estudos apontavam que o sulco menor garantiria a economia. Nós somamos a essa informação compostos e desenhos exclusivos, e chegamos a bandas que reduzem ainda mais o consumo de combustível”, revela o gerente de Marketing da Vipal, Eduardo Sacco.


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Novo Master domina a cena no estande da Renault

Novembro 2009

Iveco mostra veículos sustentáveis na Fenatran Tecnologias para o uso de combustíveis alternativos colocam empresa na linha de frente do transporte ambientalmente correto no Brasil e no mundo

Veículo sai de fábrica com direção hidráulica de série, além de ar quente, hodômetros digitais total e parcial, banco do motorista com regulagem de altura e inclinação, bloqueio de ignição por transponder e outros itens

Com visual reformulado e significativas alterações técnicas, o Novo Renault Master dominou a cena no estande da Renault do Brasil na Fenatran 2009. Além de robustez e conforto, os visitantes que passarem pelo estande da marca perceberão que o modelo também tem a versatilidade como um dos seus principais diferenciais. O recém-lançado Novo Master está disponível atualmente em três versões de carroceira (Minibus, Furgão e Chassi Cabine) e em seis configurações diferentes em relação à altura do teto e ao comprimento da carroceria, evidenciando sua vocação para atender desde pequenos empresários a grandes frotistas, sejam da iniciativa privada ou do setor público. Na Fenatran, além de cinco versões transformadas, foram expostos quatro veículos de série: Furgão L3H2 (chassi longo e teto alto), Minibus L2H2 16 lugares (chassi médio e teto alto), Furgão L1H1 (chassi curto e teto baixo) e o Chassi Cabine. Este último com a implementação do baú. Independentemente da versão ou da configuração, o Novo Master sai de fábrica com direção hidráulica de série, além de ar quente, hodômetros digitais total e parcial, banco do motorista com regulagem de altura e inclinação, bloqueio de ignição por transponder, alerta sonoro de luzes acesas, faixa de proteção lateral na cor preta, relógio digital e farol com regulagem de altura, recurso importante para a segurança no trânsito. A lista de opcionais permite que o Novo Master fique bem completo, garantindo o conforto de motoristas e passageiros. Estão disponíveis: freios com sistema ABS, airbag, vidros, travas e retrovisores elétricos, ar condicionado frontal e traseiro, abertura das portas até 270º e divisória de vidro separando motorista e carona da carga (somente versão furgão).

l JORNAL ENTREPOSTO

Bertin fará testes com VW movido a biodiesel Caminhão com tecnologia que permite utilização do combustível renovável foi exposto no estande da MAN Latin America, durante a Fenatran 2009

Primeira montadora de caminhões da América Latina a ter um programa de sustentabilidade aliado à estratégia de marca, a Iveco avança a passos largos no desenvolvimento e na aplicação de tecnologias voltadas para o uso de combustíveis limpos ou renováveis no mundo. Várias dessas tecnologias já estão em uso no mercado mundial, outras ainda estão em desenvolvimento. A maioria delas foi apresentada na Fenatran 2009, evento realizado no Pavilhão do Anhembi,

em São Paulo. A Iveco é uma das pioneiras no uso de motores elétricos na Europa e, no Brasil, foi a primeira montadora a apresentar um veículo de carga elétrico, o Daily elétrico, desenvolvido em parceria com a Itaipu Binacional, produto exposto na feira. Ao lado dele, esteve um protótipo do Iveco EuroCargo movido a gás natural veicular, tecnologia em que a montadora é líder mundial. Primeira a homologar seus veículos para o B5 no Brasil, a empresa levou à feira um ca-

minhão B30, hoje em testes funcionais de avaliação. Além desses veículos, a Iveco mostrou na Fenatran um motor híbrido diesel-elétrico, que hoje já vem sendo utilizado na Europa por grandes frotistas preocupados com o meio ambiente. Outro motor exposto foi o Iveco FPT-Cursor 13 homologado Euro 5, equivalente ao Proconve P7, que será obrigatório no Brasil a partir de 2012. Por fim, a Iveco completa esse impressionante conjunto de tecnologias com um motor Iveco-FPT Cur-

Continental lança as

bandas de rodagem ContiTread

Novidade foi um dos destaques do estande da Continental na Fenatran 2009 A Continental Pneus está trazendo para o mercado brasileiro as bandas de rodagem ContiTread. Elas têm as mesmas características dos pneus de carga da marca e proporcionam em sucessivas recapagens elevada perfor-

mance, alta quilometragem e desgaste uniforme. Dessa forma, os pneus reformados com ContiTread oferecem a economia de combustível e o alto desempenho que são referência para os produtos da empresa em tod o o mundo.

A novidade foi um dos destaques do estande da Continental na Fenatran 2009, realizada de 26 a 30 de outubro no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Para assegurar um encaixe perfeito na carcaça, as bandas de

sor 8 movido 100% a álcool, uma tecnologia em desenvolvimento no Brasil. Essas tecnologias têm rendido prêmios para a Iveco. Para citar apenas os reconhecimentos recolhidos nas últimas semanas, destacamos o “Van Verde 2009”, da revista inglesa “Fleet Van”, e o “Veículo Comercial Verde de 2009”, da revista irlandesa “Commercial Fleet”, concedidos ao Iveco Daily furgão, equipado com um motor Iveco-FPT F1C movido a gás natural veicular (GNV), de 3.0 litros e 136 cv.

rodagem ContiTread foram desenvolvidas empregando a tecnologia Premium Cut to Lenght (corte no comprimento). Ao maximizar a vida útil dos pneumáticos, elas reduzem os custos de manutenção e tornam-se um importante fator de economia. As bandas ContiTread estão disponíveis para os modelos HSR1, HDR1 e HSC1 da Continental, todos já em produção na fábrica de Camaçari, na Bahia. O HSR1 atende às múltiplas exigências do transporte em distâncias médias e longas, com ótimo desempenho e aderência em piso molhado. O desenho dos sucos, com paredes retas, facilita a autolimpeza, minimizando a retenção de pedras na banda. O HDR1 tem banda de rodagem larga e profunda, além de ombro aberto, características que garantem um rendimento superior e dificultam o desgaste irregular. Seus sulcos transversais proporcionam excelente tração tanto em piso seco como molhado. Já o HSC1 oferece alto rendimento quilométrico nos desgastantes trajetos severos. Seu perfil direcional e ombro aderente da banda de rodagem permitem maior dirigibilidade. Os modelos de carga Continental contam ainda com a Garantia C2, um benefício adicional que fornece cobertura contra a fadiga do pneu de acordo com a profundidade remanescente do sulco. Ela é válida até o final da segunda vida da carcaça.

O Grupo Bertin, por meio de sua empresa Brasbiodiesel, anunciou o início de uma pesquisa pioneira no Brasil para utilização de biodiesel puro aplicado em veículos automotores. Os testes com o combustível, chamado B100, terá início em dezembro, quando um caminhão Volkswagen Constellation 19.320 começará a circular com motores operando com 100% de biodiesel. Recentemente, a Bertin concluiu outro estudo com o combustível B20, com o qual os veículos rodaram a partir de uma mistura de 20% de biodiesel com 80% óleo diesel tradicional. Os resultados foram positivos tanto nos aspectos de desempenho quanto de diminuição de poluentes emitidos. Quem visitou a Fenatran 2009, pôde conferir o veículo VW Constellation 19.320 montado com o kit B100, que será utilizado nos testes. O veículo foi exposto no estande da MAN Latin America. Atualmente, todos os caminhões Volkswagen já estão aptos para rodar com uma mistura de até 5% de biodiesel. Durante os testes com o B20, e futuramente com o B100, os caminhões transportam produtos do Grupo Bertin no trajeto entre Lins e Santos, respectivamente interior e litoral paulista. São parceiros da Bertin nas pesquisas com biocombustíveis, a MAN Latin América, a BR Distribuidora, a Cummins Latin America e a Bosch, as duas últimas com a missão de definir a compatibilidade dos materiais utilizados nas peças dos motores que têm contato com o biodiesel. Para Rogério Barros, diretor da Brasbiodiesel, os testes com o B100 marcam uma evolução nas pesquisas brasileiras com fontes alternativas de combustível.

“Esperamos que a utilização do biodiesel nos caminhões possa contribuir para diminuir a poluição e, consequentemente, melhorar a saúde da população, especialmente nas regiões metropolitanas”, afirma.


JORNAL ENTREPOSTO l

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Novembro 2009

Ergonomia e rentabilidade são as apostas da Scania

INOVAÇÃO

Novos veículos da montadora foram desenvolvidos para garantir a segurança do motorista e economia de combustível

Goodyear apresenta o novo pneu G32 Cargo Como parte dos esforços e criar tecnologias avançadas contínuos da Goodyear em e de alta qualidade” afirma assegurar a inovação e satis- Roberto Giorgini, cordenador fação dos consumidores, a de Marketing de Produtos de empresa acaba de apresentar Camioneta e Utilitários. na Fenatran 2009 uma nova Entre as principais caractegeração de pneus G32 Cargo rísticas do G32 Cargo está a para vans e utilitários, que construção reforçada e o uso oferece um excelente desem- de um composto especial na penho e é capaz de aumentar banda de rodagem que garana longevidade dessa nova ge- tem ao pneu respectivamente ração em 20%. resistência aos furos e condi“A Goodyear sempre se di- ções diversas das estradas ferenciou pelo desenvolvimen- e uma maior longevidade de to e aprimoramento de seus sua vida útil. produtos. Hoje, reafirmamos O pneu também apresenta essa posição com o lança- um desenho de banda de romento da nova geração G32 dagem exclusivo com 5 raias Cargo. Esse novo pneu ofere- e 4 sulcos bem definidos que ce um custo-benefício para os otimizam a tração em pisos clientes, que fazem parte da secos e em especial em pian_29x265_@.pdf 19/10/2009 18:45:18 nossa motivação para inovar sos molhados.

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Mesmo exposto a diferentes condições climáticas, o G32 Cargo oferece frenagens mais seguras, melhor desempenho e tração e apresenta um forte projeto de construção capaz de satisfazer às necessidades diárias mais exigentes dos consumidores. A Goodyear do Brasil fabrica pneus para automóveis, vans, picapes, SUVs, caminhões, ônibus, pneus para equipamentos agrícolas, fora de estrada e para a aviação, além de materiais para recauchutagem. A empresa possui uma rede de 150 revendedores oficiais e cerca de mil pontos de venda em todo o país.

Um dos fatores que influenciam diretamente a produtividade e redução de custos operacionais de uma transportadora de cargas é o ambiente de trabalho do motorista. Pensando nisso, os novos caminhões Scania foram projetados a partir de princípios ergonômicos, de maneira a proporcionar o máximo de conforto para quem está ao volante. Segunda pesquisa realizada pela Intervias, 37% dos motoristas de caminhão sentem dores ao dirigir. As regiões do corpo mais afetadas são a região lombar, coluna, ombros, punhos, joelhos e tornozelos. Outra pesquisa, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, revelou que a lombalgia atinge 59% dos motoristas de caminhão paulistas e, a cada hora de trabalho, o risco de adquirir dor lombar aumenta em 7%. Ainda segundo a pesquisa, a dor na região inferior das costas é uma das principais causas de afastamento temporário e permanente do trabalho no Brasil. Para proporcionar um me-

lhor ambiente de trabalho para quem dirige e prevenir prejuízos por afastamento de motoristas ao transportador, a ergonomia no interior dos novos caminhões está concentrada justamente nas áreas do corpo apontadas pelos motoristas como aquelas que mais sofrem após horas ao volante. O posicionamento dos pedais e os ajustes do banco, por exemplo, evitam desgastes excessivos do tornozelo e da coluna lombar, porque permitem melhor utilização dos músculos da coxa e da perna durante o acionamento dos pedais. A caixa de câmbio em três posições evita que os músculos do ombro sejam sobrecarregados. Com a coluna de direção ajustável, o motorista evita esforços repetitivos do punho em função do correto posicionamento em relação ao biotipo do motorista. Além de aspectos ergonômicos, os novos caminhões Scania também foram desenvolvidos para garantir a segurança do motorista. O ato de esticar-se para procurar objetos no porta-luvas pode causar acidentes. Os novos caminhões possuem 33 compartimentos na cabine, permitindo que o motorista deixe a bagagem ao seu alcance no ambiente de trabalho. Na hora do descanso, os veículos Scania também proporcionam mais conforto ao

caminhoneiro. O colchão da cama é ortopédico e previne lesões durante o descanso. Com espuma de densidade 33 mm, o colchão foi desenvolvido a pedido dos próprios motoristas. “A evolução tecnológica dos nossos produtos acompanha a necessidade de nossos clientes. Quando pensamos num ambiente de trabalho ergonômico, todos saem ganhando. O motorista, que trabalha em um ambiente mais confortável e produz mais, e, consequentemente, o cliente, que tem sua rentabilidade garantida”, afirma Roberto Leoncini, diretor de Vendas de Veículos da Scania no Brasil.


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FALANDO NISSO

Bancos de caixas plásticas se multiplicam (e a Ceagesp?)

Neno Silveira Colunista

Com um dinamismo que contrasta com o incompreensível desinteresse da diretoria da Ceagesp diante do tema, a implantação de bancos de caixas plásticas segue avançando em outras Ceasas brasileiras, registrando-se nos últimos 40 dias a inauguração de mais duas unidades nos entrepostos de Recife e Campinas. Com estas, já são seis as centrais que contam com o serviço, uma vez que já estavam funcionando empreendimentos se-melhantes nos mercados de Uberlândia, Brasília, Porto Alegre e Goiânia. Chega a ser surpreendente a inexistência de projeto para dotar a Ceagesp de um banco de caixas plásticas porque foi aqui que a ideia surgiu há muito tempo, com a Central de Embalagens. Foi aqui, também, que foram desenvolvidos quase todos os trabalhos técnicos sobre o funcionamento dessas centrais de movimentação e higienização de caixas plásticas, pela equipe do Centro de Qualidade em Horticultura. Parte desses trabalhos, inclusive, subsidiou a implantação dos projetos de outras Ceasas, como a de Recife, por

exemplo. Além disso, os técnicos da Ceagesp participaram de todos os fóruns que definiram tanto a legislação atual que normatiza o uso de embala-gens para hortigranjeiros Instrução Normativa Conjunta 009/02 - , quanto as normas a serem observadas na higienização das embalagens de retorno. Assim, fica difícil aceitar que o próprio mercado da Ceagesp não se encontre contem-plado com uma estrutura destinada a disciplinar o mercado de caixas plásticas, bem co-mo a combater os efeitos nocivos decorrentes do uso de embalagens de madeira inade-quadas ou de embalagens plásticas não higienizadas. Aparentemente, a iniciativa da central de embalagens fracassou no entreposto paulistano porque não teve a adesão dos permissionários na época, o que, vamos e venhamos, não é nenhuma novidade, nem deve ter sido na ocasião. De modo geral, o padrão de comportamento dos agentes que operam nos mercados é o de recusar qualquer novidade, principalmente se ela representar algum custo, por menor que seja. Não interessa aos permissionários se a novidade vai promover a melhoria das condições gerais de comercialização, ou se vai beneficiar o mercado como um todo, bem como a própria cadeia de produção e distribuição, fazendo com que todo mundo possa ganhar mais no médio prazo. Simplesmente, não interessa

e ponto final. E nem se pode dizer que eles estejam errados agindo assim, sobretudo porque não é o papel dos permissioná-rios trabalharem pela implantação de projetos de modernização. O papel de fazer o mercado progredir é das próprias administrações das Ceasas, às quais, mesmo diante da resistência e do desinteresse dos permissionários e demais usuá-rios dos mercados, devem chamar para si a incumbência de viabilizar os projetos que julgarem necessários, trabalhando por sua implantação e consolidação. O que nos leva a concluir que uma das causas do fracasso do banco de caixas ou central de embalagens na Ceagesp foi, certamente, a falta de engajamento, de apoio e de empenho da adminis-tração da empresa na época. Mas, e agora, como ficamos? Vamos apenas continuar assistindo às demais Ceasas tra-balhando pela modernização de seus mercados e de suas embalagens? Vamos deixar nosso entreposto perder progressivamente a posição de destaque que sempre teve, não só por seu tamanho e diversidade de produtos, mas também pela qualidade de seus pro-jetos e inovações? Com a palavra, a diretoria da empresa. E que ela nos poupe da argumentação cômoda de que falta dinheiro ou de que faltam áreas adequadas para abrigar um bom projeto. Não faltando ousadia e iniciativa, o restante o mercado provê.


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Qualidade

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CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

O clima e o pêssego Gabriel V. Bitencourt de Almeida CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O pessegueiro é uma planta típica de clima temperado e é uma das espécies frutíferas que mais tem sido pesquisada e adaptada às condições de clima temperado quente ou subtropical. É o investimento em pesquisa que permite a produção do pêssego no Brasil. As espécies lenhosas de clima temperado têm como característica a sua adaptação aos invernos rigorosos, com períodos prolongados de baixas temperaturas, o desenvolvimento de um mecanismo chamado “dormência”. A utilização dessa estratégia permite a proteção, via parada temporária do crescimento e escamas, de seus meristemas localizados nas gemas vegetativas e floríferas A resposta sensorial a baixas temperaturas necessita de um mecanismo que detecte as mudanças ambientais. O ácido abscísico (ABA) foi

sugerido como hormônio indutor da dormência por causa do seu acúmulo nas gemas dormentes e o declínio dos seus níveis após estas serem submetidas a períodos prolongados de baixas temperaturas. No entanto, estudos posteriores demonstraram que o nível de ABA nas gemas nem sempre possui correlação com o grau de dormência. Essa discrepância pode ser explicada pela interação do ABA, um inibidor do crescimento, com outros hormônios promotores do crescimento como as citocininas e as giberelinas além de complexos mecanismos genéticos. O frio, após fazer as gemas entrarem em um estado profundo de dormência, denominado endodormência, é também fundamental para a saída deste estado, conduzindo-o para o final. O tempo para a indução da atividade das gemas e a consequente

brotação depende da espécie, cultivar e condições climáticas. Para completar sua formação, ou seja, quebrar o período de endodormência, as gemas floríferas e vegetativas do pessegueiro e outras lenhosas temperadas devem passar por um determinado número de horas de frio abaixo de 7,2 ºC. Em regiões com invernos amenos a necessidade de descanso hibernal pode não ser satisfeita, levando a árvore a uma série de anomalias, como desuniformidade de brotação das gemas e de sua floração, reduzindo o potencial produtivo, fenômeno também conhecido como “erratismo”. Atualmente, porém, sabe-se que o parâmetro desta temperatura fixa não tem muito valor, a dormência é determinada por complexas reações bioquímicas, portanto não é lógico supor que estas reações estejam reguladas por

uma temperatura fixa. Para o pessegueiro a temperatura ótima é de 6º a 8 ºC ; a 10 ºC a eficiência abaixa para 50%, temperaturas de 18º C não têm efeito sobre a gema e 21 ºC, por período igual ou superior a 8º C anula o efeito obtido em 16 horas de frio. Nas regiões de origem do pessegueiro, as horas de frio, ou seja, abaixo de 7,2 ºC variam de 500 a 2000 por ano. Intervenções fitotécnicas, principalmente o uso de produtos químicos como o óleo mineral e a cianamida hidrogenada, conseguem auxiliar

na melhoria da brotação e floração, porém, nenhuma delas é capaz de substituir totalmente o frio. Esses produtos só são realmente eficientes se forem satisfeitas em 50% ou mais as exigências de frio da cultivar . Na introdução em regiões de latitudes baixas, como 22 + 2 ºS, o pessegueiro teve que ser adaptado, via melhoramento genético, às condições climáticas onde as temperaturas amenas do inverno impediam a quebra da endodormência das gemas e o consequente desenvolvi-

mento vegetativo e reprodutivo das árvores. De um modo geral, as cultivares de pêssego mais plantadas no Brasil foram criadas nos programas de melhoramento genético do Instituto Agronômico de Campinas (SP) ou no Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado da Embrapa, em Pelotas (RS). Existem, também, os programas de melhoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Difusão de Tecnologia de Santa Catarina e do Instituto Agronômico do Paraná.


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CQH - CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

A coloração e a doçura do

MORANG

Existe grande relação entre a porcentagem de área colorida do fruto e o seu conteúdo de sólidos solúveis: quanto mais colorido o morango maior a doçura. O morango depois de colhido continua mudando de coloração, ficando mais vermelho rapidamente depois da colheita, porém, não fica mais doce. O conteúdo de sólidos solúveis do morango Toyohime é superior ao do morango Camino Real. Foi observada uma diferença de 7 o a 10 o Brix no Toyohime (43%)e de 6,20 o a 6,70 o Brix no Camino Real (9%). São observações preliminares que devem ser repetidas a partir da colheita.

Fernanda Santos de Assis Maria A. M. de Santana CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Atacado

Produto Legumes Frutas

Local Verduras

Dias da semana

Horário

Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.

14h às 21h 8h às 18h

AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais Seg. a Sáb.

Local Pescados

MLP- Mercado Livre do Produtor Terça. a Sáb.

Local Diversos *

Praça (Peixe, sardinha e congelados) 9h às 20h

Seg. a Sáb.

Local Flores

Local Flores

Local

AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores Seg. e Quinta

10h às 18h

Terça e Sexta

6h às 11h

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana

Varejo

Produto Varejão

Local Varejão Noturno

Local Flores

Local

Dias da semana

Horário

Sáb. e Dom.

7h às 13h

Quarta

17h às 22h

Seg. e Quinta

10h às 18h

MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Portão 7 MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Resonsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848 Edição Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Estagiária Mariana G. Marques

Colaboradores Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita

Redação Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:

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Todos sabemos que o fruto colhido mais maduro é mais doce e que o acúmulo das substâncias responsáveis pelo sabor só acontecem enquanto o fruto está preso à planta-mãe. A coloração do morango no momento da colheita é uma boa medida de sabor. Quanto mais vermelho na colheita, maior e mais saboroso é o morango. Não adianta deixar o morango ‘pegar cor’ depois de colhido. Ele fica vermelho, mas não fica mais doce. O estudo feito pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH) da Ceagesp mostrou uma variação de 42% no conteúdo de sólidos solúveis do morango Toyohime (de 7 o para 10o Brix) de um terço de coloração para completamente colorido, uma diferença que determina o prazer ou a insatisfação no consumo do morango. As frutas são parte essencial na dieta equilibrada e balanceada, pois são fontes de vitaminas e minerais, nutrientes essenciais para uma vida saudável. O morango é uma das frutas mais consumidas. Em 2006, o Brasil produziu cerca de 100 mil toneladas da fruta. Esta produção é quase toda voltada para o mercado doméstico, sendo cerca de 70% destinada ao consumo in natura e 30% ao processamento. O morango, Fragaria x ananassa Duch, é um fruto muito saboroso em seu estágio ideal de maturação. É bastante sensível, com alta taxa de respiração (rápida deterioração) e por ser um fruto não climatérico (não fica mais doce depois de colhido, apesar de mudar de coloração) não pode ser colhido antes do ponto. A coloração e o conteúdo de sólidos solúveis (ºBrix) são indicadores de maturação e doçura do fruto. A utilização do refratômetro, instrumento utilizado para medir o conteúdo de sólidos solúveis, permite a avaliação da doçura do fruto na decisão do momento da colheita e na avaliação da qualidade no recebimento do produto. O morango só deve ser colhido quando apresentar no mínimo dois terços de sua superfície na cor avermelhada e/ou 7% de sólidos solúveis ou ºBrix, segundo as recomendações da Universidade Davis da Califórnia. As Normas de Classificação do Morango do Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura consideram o fruto que apresentar mais que 50% de superfície verde-clara ou branca como o defeito grave imaturo. O CQH estudou frutos de duas variedades de morango comercializadas no Entreposto de São Paulo: Toyohime e Camino Real, em diferentes estádios de coloração. Os frutos foram separados em seis estágios de maturação, medidos (peso, diâmetro, altura, densidade) e analisados (conteúdo de sólidos solúveis em o Brix, pH e acidez titulável)

Tipos de refratômetro

Os gráficos abaixo mostram os resultados da evolução do conteúdo de sólidos solúveis (ºBrix) com o estádio de maturação do morango Toyohime e Camino Real


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CQH

Centro Logístico de Caixas Uma solução definitiva para as embalagens retornáveis e descartáveis na Ceagesp Anita de Souza Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale Lisandro Michel Barreiros CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Banco de Caixas na Ceasa do Rio Grande do Sul, Central de Caixas na Ceasa de Uberlândia, LogiClean na Ceasa de Campinas, Central de Embalagens ‘Governador Miguel Arraes’ na Ceasa de Pernambuco são as denominações dadas à concretização de um projeto desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH) da Ceagesp em 2000. A proposta do Centro Logístico de Caixas é mais abrangente, envolve as embalagens retornáveis e as descartáveis. As embalagens descartáveis de papelão e madeira estão sendo reutilizadas e deveriam estar sendo encaminhadas para reciclagem. O Centro de Reciclagem é responsável pelo recolhimento através de compra ou doação das embalagens descartáveis e encaminhamento para reciclagem. O primeiro modelo proposto pelo CQH foi voltado para as embalagens retornáveis. Ele é composto pelo Centro de Caixas e pelo Vale Caixa e permite a utilização da embalagem retornável em circuito aberto, tirando do usuário (produtor, atacadista e varejista) a responsabilidade pela administração do seu retorno e pela higienização e a necessidade de manutenção de estoque de caixa. A base da proposta é simples. Cada usuário paga pela caixa e é responsável em caso do sumiço da caixa que estiver em seu poder. O sistema pode funcionar com um cartão de crédito e débito como já acontece no Rio Grande do Sul. A retirada da caixa, vazia ou com produto, é debitada no cartão e a entrega da caixa é creditada no cartão. A caixa vazia só pode ser entregue ou retirada no Banco de Caixas. O débito e crédito da caixa com produto é feito pelo atacadista, num sistema semelhante ao leitor do cartão de crédito. A utilização de embalagens retornáveis no Entreposto Terminal de São Paulo cresce todos os anos. A utilização anual de embalagens de madeira tipo “proprietária” (com a marca do dono) para o acondicionamento de citros e banana foi de 21 milhões de unidades em 2008 e a de plásticas foi de 16 milhões, num total de 37 milhões de embalagens. A administração da embalagem retornável em circuito aberto, sem uma estrutura adequada, é uma tarefa estafante, quase impossível. O espetáculo diário de descarga, organização e entrega de caixas vazias pelos compradores, do controle da retirada e da entrega de caixas, do armazenamento, do reparo, da manutenção de estoque, do atrito com o comprador, da organização para o retorno à produção das caixas vazias pelos atacadistas são alguns dos problemas enfrentados. O custo de descarga e do controle da caixa vazia entregue pelo comprador, de higienização e armazenamento da caixa vazia, da garantia da existência da embalagem, da carga e controle da caixa vazia higienizada que vai para o produtor gira em torno de R$ 0,30 a R$ 0,35 por unidade, nos sistemas já em funcionamento. O serviço ainda garante um mercado sem caixas vazias e não existe mais a necessidade de estoque dessas embalagens.

O entreposto paulistano da Ceagesp precisa de um sistema que viabilize a utilização de embalagens retornáveis. O tamanho do mercado e seu volume de caixas amedrontam. É mais interessante começar devagar e ir aumentando, dentro de um programa de adesão voluntária. A comercialização de alguns produtos está concentrada nas mãos de poucos atacadistas. Se conseguirmos, por exemplo, que os atacadistas responsáveis por 80% do volume de citros, de banana e de tomate façam a sua adesão, teremos o nosso sistema, ‘Centro Logístico de Caixas’, implantado rapidamente.

2. A adesão implica alguns compromissos do atacadista como: • substituição gradual de suas caixas retornáveis pelas caixas do Centro Logístico de Caixas; • recebimento, retirada e armazenamento das caixas vazias no Centro Logístico de Caixas; • restringir a entrada de caixas vazias higienizadas no

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O fluxograma ao lado foi apresentado pelo CQH na sua primeira proposta, em 2000. Hoje, essas denominações estão sendo utilizadas em outras Ceasas. O Banco de Caixas da Ceagesp poderá ser chamado de ‘Centro Logístico de Caixas’.

Fluxograma do Centro Logístico de Caixas • 1. O Centro Logístico de Caixas é composto pelo Centro de Caixas, pelo Vale Caixa e por um Centro de Reciclagem que recebe, através de aquisição e doação, as embalagens descartáveis e as encaminha para reciclagem.

A proposta é a implantação dentro de um programa de adesão voluntária: 1. Convidar os atacadistas que já trabalham com embalagem retornável (madeira e plástico) e que movimentaram, em 2008, 37 milhões de embalagens, a aderir ao Centro Logístico de Caixas;

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mercado a casos de grande necessidade, só acompanhada de sua autorização escrita e originárias do Centro Logístico de Caixas; • orientação do seu fornecedor e do seu comprador na utilização do Centro Logístico de Caixas; • autorizar a fiscalização na portaria da Ceagesp para não permitir a entrada de caixas vazias ou caixas não higienizadas com produto; Proceder à implantação em duas etapas. Primeiro, estudar a melhor logística de funcionamento e localização para o Centro Logístico de Caixas e, segundo, a implantação propriamente dita.

• 2. O recebimento da caixa vazia usada será restrito ao Centro Logístico de Caixas. As caixas retornáveis deverão ser entregues no Centro de Caixas e as caixas descartáveis no Centro de Reciclagem, antes da entrada no mercado. • 3. As caixas descartáveis serão prensadas, trituradas e vendidas para reciclagem. •4. A administração do estoque, do retorno e da higienização é responsabilidade do Centro de Caixas. • 5. Cada usuário paga pela caixa através da aquisição do valecaixa. Um vale-caixa corresponde ao direito de retirada de uma unidade. O sumiço da embalagem é responsabilidade do seu usuário. • 6. O custo da manutenção da qualidade da embalagem, da carga, da descarga e do espaço ocupado no armazenamento da caixa vazia é do Centro de Caixas. • 7. Poderão ser utilizadas embalagens de diferentes fabricantes desde que atendam a um padrão mínimo de qualidade já existente. • 8. Poderão ser utilizadas embalagens de tamanhos diferentes e mais adequados para cada produto, desde que sejam paletizáveis e modulares. • 9. A marca do proprietário não poderá ser gravada na embalagem. A identificação do fornecedor deverá ser feita através da rotulagem na caixa. • 10. O Centro de Caixas será responsável pelo recebimento de caixa vazia suja, pela limpeza e higienização e pelo fornecimento da caixa limpa.

Os interessados em participar da próxima reunião sobre o projeto devem procurar o CQH pessoalmente ou pelos telefones 3643-3825 e 3643-3827 ou ainda pelo e-mail cqh@ceagesp.gov. br . “A embalagem é instrumento de proteção, movimentação, identificação e exposição das frutas e hortaliças frescas. Ela pode ser retornável ou descartável. Se retornável ela deverá ser higienizada a cada uso. Se descartável ela deve ser utilizada uma única vez e encaminhada para reciclagem ou produção de energia. Ela deve ter medidas externas paletizáveis”. (IN 009, de 12/11/2002).


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CQH

Centro Logístico de Caixas Uma solução definitiva para as embalagens retornáveis e descartáveis na Ceagesp Anita de Souza Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale Lisandro Michel Barreiros CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Banco de Caixas na Ceasa do Rio Grande do Sul, Central de Caixas na Ceasa de Uberlândia, LogiClean na Ceasa de Campinas, Central de Embalagens ‘Governador Miguel Arraes’ na Ceasa de Pernambuco são as denominações dadas à concretização de um projeto desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH) da Ceagesp em 2000. A proposta do Centro Logístico de Caixas é mais abrangente, envolve as embalagens retornáveis e as descartáveis. As embalagens descartáveis de papelão e madeira estão sendo reutilizadas e deveriam estar sendo encaminhadas para reciclagem. O Centro de Reciclagem é responsável pelo recolhimento através de compra ou doação das embalagens descartáveis e encaminhamento para reciclagem. O primeiro modelo proposto pelo CQH foi voltado para as embalagens retornáveis. Ele é composto pelo Centro de Caixas e pelo Vale Caixa e permite a utilização da embalagem retornável em circuito aberto, tirando do usuário (produtor, atacadista e varejista) a responsabilidade pela administração do seu retorno e pela higienização e a necessidade de manutenção de estoque de caixa. A base da proposta é simples. Cada usuário paga pela caixa e é responsável em caso do sumiço da caixa que estiver em seu poder. O sistema pode funcionar com um cartão de crédito e débito como já acontece no Rio Grande do Sul. A retirada da caixa, vazia ou com produto, é debitada no cartão e a entrega da caixa é creditada no cartão. A caixa vazia só pode ser entregue ou retirada no Banco de Caixas. O débito e crédito da caixa com produto é feito pelo atacadista, num sistema semelhante ao leitor do cartão de crédito. A utilização de embalagens retornáveis no Entreposto Terminal de São Paulo cresce todos os anos. A utilização anual de embalagens de madeira tipo “proprietária” (com a marca do dono) para o acondicionamento de citros e banana foi de 21 milhões de unidades em 2008 e a de plásticas foi de 16 milhões, num total de 37 milhões de embalagens. A administração da embalagem retornável em circuito aberto, sem uma estrutura adequada, é uma tarefa estafante, quase impossível. O espetáculo diário de descarga, organização e entrega de caixas vazias pelos compradores, do controle da retirada e da entrega de caixas, do armazenamento, do reparo, da manutenção de estoque, do atrito com o comprador, da organização para o retorno à produção das caixas vazias pelos atacadistas são alguns dos problemas enfrentados. O custo de descarga e do controle da caixa vazia entregue pelo comprador, de higienização e armazenamento da caixa vazia, da garantia da existência da embalagem, da carga e controle da caixa vazia higienizada que vai para o produtor gira em torno de R$ 0,30 a R$ 0,35 por unidade, nos sistemas já em funcionamento. O serviço ainda garante um mercado sem caixas vazias e não existe mais a necessidade de estoque dessas embalagens.

O entreposto paulistano da Ceagesp precisa de um sistema que viabilize a utilização de embalagens retornáveis. O tamanho do mercado e seu volume de caixas amedrontam. É mais interessante começar devagar e ir aumentando, dentro de um programa de adesão voluntária. A comercialização de alguns produtos está concentrada nas mãos de poucos atacadistas. Se conseguirmos, por exemplo, que os atacadistas responsáveis por 80% do volume de citros, de banana e de tomate façam a sua adesão, teremos o nosso sistema, ‘Centro Logístico de Caixas’, implantado rapidamente.

2. A adesão implica alguns compromissos do atacadista como: • substituição gradual de suas caixas retornáveis pelas caixas do Centro Logístico de Caixas; • recebimento, retirada e armazenamento das caixas vazias no Centro Logístico de Caixas; • restringir a entrada de caixas vazias higienizadas no

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O fluxograma ao lado foi apresentado pelo CQH na sua primeira proposta, em 2000. Hoje, essas denominações estão sendo utilizadas em outras Ceasas. O Banco de Caixas da Ceagesp poderá ser chamado de ‘Centro Logístico de Caixas’.

Fluxograma do Centro Logístico de Caixas • 1. O Centro Logístico de Caixas é composto pelo Centro de Caixas, pelo Vale Caixa e por um Centro de Reciclagem que recebe, através de aquisição e doação, as embalagens descartáveis e as encaminha para reciclagem.

A proposta é a implantação dentro de um programa de adesão voluntária: 1. Convidar os atacadistas que já trabalham com embalagem retornável (madeira e plástico) e que movimentaram, em 2008, 37 milhões de embalagens, a aderir ao Centro Logístico de Caixas;

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mercado a casos de grande necessidade, só acompanhada de sua autorização escrita e originárias do Centro Logístico de Caixas; • orientação do seu fornecedor e do seu comprador na utilização do Centro Logístico de Caixas; • autorizar a fiscalização na portaria da Ceagesp para não permitir a entrada de caixas vazias ou caixas não higienizadas com produto; Proceder à implantação em duas etapas. Primeiro, estudar a melhor logística de funcionamento e localização para o Centro Logístico de Caixas e, segundo, a implantação propriamente dita.

• 2. O recebimento da caixa vazia usada será restrito ao Centro Logístico de Caixas. As caixas retornáveis deverão ser entregues no Centro de Caixas e as caixas descartáveis no Centro de Reciclagem, antes da entrada no mercado. • 3. As caixas descartáveis serão prensadas, trituradas e vendidas para reciclagem. •4. A administração do estoque, do retorno e da higienização é responsabilidade do Centro de Caixas. • 5. Cada usuário paga pela caixa através da aquisição do valecaixa. Um vale-caixa corresponde ao direito de retirada de uma unidade. O sumiço da embalagem é responsabilidade do seu usuário. • 6. O custo da manutenção da qualidade da embalagem, da carga, da descarga e do espaço ocupado no armazenamento da caixa vazia é do Centro de Caixas. • 7. Poderão ser utilizadas embalagens de diferentes fabricantes desde que atendam a um padrão mínimo de qualidade já existente. • 8. Poderão ser utilizadas embalagens de tamanhos diferentes e mais adequados para cada produto, desde que sejam paletizáveis e modulares. • 9. A marca do proprietário não poderá ser gravada na embalagem. A identificação do fornecedor deverá ser feita através da rotulagem na caixa. • 10. O Centro de Caixas será responsável pelo recebimento de caixa vazia suja, pela limpeza e higienização e pelo fornecimento da caixa limpa.

Os interessados em participar da próxima reunião sobre o projeto devem procurar o CQH pessoalmente ou pelos telefones 3643-3825 e 3643-3827 ou ainda pelo e-mail cqh@ceagesp.gov. br . “A embalagem é instrumento de proteção, movimentação, identificação e exposição das frutas e hortaliças frescas. Ela pode ser retornável ou descartável. Se retornável ela deverá ser higienizada a cada uso. Se descartável ela deve ser utilizada uma única vez e encaminhada para reciclagem ou produção de energia. Ela deve ter medidas externas paletizáveis”. (IN 009, de 12/11/2002).


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ECONOMIA

Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para novembro Flávio Luís Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp

QUANTIDADES COMERCIALIZADAS: O entreposto terminal de São Paulo – ETSP movimentou durante o período de janeiro a outubro deste ano aproximadamente 2.600.081

toneladas de hortifrutícolas, flores e pescados. Este resultado representa um crescimento de 0,74% ante o mesmo período de

2008 quando foram comercializadas 2.580.932 toneladas. O gráfico abaixo ilustra a movimentação por setor de comercialização.

Tendência

Apresentaram elevação da quantidade ofertada os setores de frutas (+2,00%), legumes (+2,53%) e verduras (+1,39%). Os setores de flores (9,72%), pescados (-9,31%) e produtos diversos (-6,21%) apresentaram retração.

A expectativa para o último bimestre é de elevação da quantidade ofertada nos setores de legumes e verduras. Assim, os preços devem registrar redução até dezembro. São várias as opções desses setores. As exceções são cebola, tomate, jiló e quiabo. No setor de frutas espera-se elevação da quantidade ofertada em razão da entrada dos produtos de final de ano como ameixas, pêssegos, nectarinas, uvas, mangas, cerejas, lichias, figo, melão, entre outros. Assim, essas boas ofertas atuarão em conjunto aos produtos convencionais como banana nanica, laranja pêra, e oferecerão boas opções para os consumidores. Limão, que vivia seu período

de entressafra também deverá, até o final de novembro, figurar entre as opções do setor. No setor de flores, deve crescer o número de variedades ofertadas em razão da primavera. Os preços devem seguir estáveis. O setor de pescados deve apresentar volumes e preços estáveis. Alguns produtos importantes como cação, corvina, tilápia, entre outros, devem figurar entre as opções de compra do setor. Já a sardinha deverá apresentar retração da quantidade ofertada em razão do período de defeso. O quadro ilustra as principais opções de compras em novembro:


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CQH

CQH

Variedades de pimentão comercializadas na Ceagesp Pimentão é responsável por 16% do volume total de legumes vendidos no ETSP

Espécie da família Solanaceae e do gênero Capsicum mesmo gênero das pimentas - o pimentão é uma importante hortícola. Há cerca de nove mil anos as pimentas e pimentões são consumidas em todo o mundo, principalmente em países como México e Peru, locais de origem dos gêneros e onde são “tão necessariamente indispensáveis para os nativos quanto o sal é para os brancos”, já dizia o autor Alexander Humboldt. O pimentão (Capsicum annuum L) apresenta grande diversidade de colorações, formatos, tamanhos e pungência (sensação de ardor). As denominações mais comuns se referem à sua coloração: verde, vermelho e amarelo, seguidos por laranja, creme e roxo. Encontramos pimentões nos formatos cônico, semi-cônico, retangular e quadrado. A sensação de ardor presente nas pimentas é menos perceptível nos pimentões devido à menor quantidade de Capsaicina. No ano passado, o pimentão representou, 16% do volume total de legumes comercializados no Entreposto Terminal São Paulo da Ceagesp. É o 4º legume mais comercializado no entreposto paulistano, com 47.672 toneladas, ficando atrás somente de tomate, cenoura e chuchu.

Pesquisa: Giselle Silva Costa - Estagiária de Agronomia - Faculdade Integral Cantareira SP / Elaine C.C.Isernhagen-Aluna de Agronomia - ESALQ - SP / Auxiliar: Maria Aparecida Martins de Santana-Técnica SECQH Desenho: Bertoldo Borges Filho / Técnico SECQH - Seção do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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O IPI das embalagens de fruta e hortaliças Anita Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A Instrução Normativa RFB nº 948, publicada no Diário Oficial da União no dia 16 de junho deste ano, disciplinou a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), onde estão incluídas as embalagens. Agora, na compra da embalagem pelo atacadista incide IPI. A embalagem adquirida pelo produtor rural é isenta do imposto, obedecidas as exigências burocráticas. A atividade atacadista na Ceagesp tem como caracterização predominante os códigos (CNAE) 46.33.8.01 (comércio atacadista de frutas, verduras, raízes, tubérculos, hortaliças e legumes frescos) e 46.39.7.01 (comércio atacadista de gêneros alimentícios). A Isenção do IPI se refere à elaboração de produtos. O Fisco entende que comércio atacadista não elabora produtos e na IN 948 vedou a equiparação do atacado à indústria. Após a análise cuidadosa de vários tributaristas e advogados, as empresas fabricantes de embalagem de papelão não estão praticando a suspensão do IPI nas vendas para comerciantes atacadistas, por ser um risco considerado com poucas chances de defesa junto ao Fisco. A isenção do IPI continua sendo aplicada à venda direta de embalagens para produtores rurais, como estabelecimento que se dedica à elaboração de produtos isentos do imposto na saída do estabelecimento produtor, como as frutas e hortaliças, que constam dos capítulos 7 a 12 da TIPI, onde estão relacionados os Código Nacional de Mercadoria de cada produto. Com colaboração da ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado)

PESQUISA

Valor Bruto da Produção deve aumentar em 2010 A estimativa para o Valor Bruto da Produção no próximo ano revela números semelhantes aos da safra de 2009. A pesquisa de 20 culturas mostra que o VBP do próximo ano, já descontada a inflação, é 0,9% superior ao de 2009. “Este ano foi marcado por problemas climáticos nas principais regiões produtoras, que afetaram a produtividade de diversas lavouras, e por preços mais baixos em relação ao ano anterior”, afirmou o pesquisador do Mapa, José Gasques. O Norte é a única região que terminará 2009 com crescimento positivo do valor da produção agrícola, de 11%.

CÁ ENTRE NÓS

Os carregadores da Ceagesp Representante da grande massa de trabalhadores do ETSP, Zé Pinheiro recebe homenagem do município de Osasco

Manelão* Colunista

No último dia 6 de novembro, a Câmara de Vereadores de Osasco, em sessão solene, outorgou o título de cidadão osasquense ao presidente do Sindicar, José Pinheiro. O ato proposto pelo ex-presidente da Ceagesp e atual vereador Valmir Prascidelli homenageia as pessoas simples que compõem a grande massa de trabalhadores da Ceagesp, os carregadores. São eles que todos os

dias, a partir da madrugada, descarregam os pescados que vão para os restaurantes dos Jardins e para as feiras livres da periferia. O dia vai clareando enquanto um carrega as plantas e flores, o outro carrega as frutas, legumes e verduras que abastecem toda a Grande São Paulo e parte do nosso país. Mas o bicho pega mesmo é no setor das frutas. Ainda têm as várias carretas de produtos importados que são descarregados todos os dias e passam pelos carrinhos que são puxados por tração humana. É por tudo isso que a homenagem ao presidente do Sindicar também se estende a esses trabalhadores que levam alimentos às mesas da família brasileira e

não deixam essa cidade chamada Ceagesp parar. *** O tradicional jantar de final de ano da Apesp acontece no dia 4/12 e a Nossa Turma estará presente para cumprimentar a diretoria que está terminando o mandato e para saudar aqueles que vão assumir a direção da entidade. *** No dia 12 de dezembro, às 10h, todos estão convidados a participar de um ato de fé na missa em homenagem à santa Luzia, protetora dos olhos. O bispo Dom Mamede, convidado pelo diácono Luiz de Laet, abençoará o nosso mercado. O coral Amigos do Padre Kirano passará sua

mensagem de Natal e a salmista Regina Abade também estará presente. *** Você que é simpatizante das ações sociais é nosso convidado a apadrinhar uma ou mais crianças do projeto Nossa Turma neste Natal. Cada criança apadrinhada receberá um kit com roupa, calçado e brinquedo. Ligue que um voluntário irá até você, levando o nome e as medidas da criança. Telefone: 3643- 3737 e 3832-3366. Obrigado! *Manoel da Silva, o Manelão, trabalha na Ceagesp há quase 40 anos e hoje é presidente da Associação de Apoio à Infância e Adolescência Nossa Turma

Ofereça a seu varejista Todo o esforço do produtor e do atacadista na melhoria da qualidade do seu produto numa embalagem mais atraente e na construção de uma marca podem ser facilmente destruídos na gôndola do supermercado. O atacadista da Ceagesp pode melhorar essa situação oferecendo o treinamento ministrado pelo Centro de Qualidade em Horticultura. O primeiro módulo fornece noções de fisiologia pós-colheita e as principais regras de recepção, conservação, manuseio e exposição das frutas e hortaliças. Inscreva os seus compradores. Procure o CQH (11) 3643-3825/36433827/3890cqh@ceagesp.gov.br


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Com tanta eConomia,

voCê e o meio ambiente

só têm a ganhaR.

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Ceasas Brasil RESPONSABILIDADE SOCIAL

Projeto social da Ceagesp bate recorde histórico de doação de alimentos O banco de alimentos da Ceagesp registrou a melhor marca desde que foi criado, há seis anos, com as 203,7 toneladas de alimentos doadas no último mês. Em outubro, os produtos mais doados foram cebola, com 28,1 toneladas, abobrinha, com 25,7 toneladas, pepino, com 23,4 toneladas, e laranja, com 17,1 toneladas. Com a expectativa de aumento da quantidade de alimentos na Ceagesp no final de ano, as metas para os próximos meses são ousadas, segundo a estatal. Para novembro, está prevista a doação de cerca de 250 toneladas de alimentos. Já em dezembro, a previsão é que as doações atinjam as 300 toneladas. “Para isso, planejamos divulgar ainda mais o projeto no mercado e aumentar a logística para facilitar a captação dos alimentos. Dessa maneira, esperamos que todas as entidades atendidas tenham um Natal mais alegre”, explica a coordena-

dora de sustentabilidade da Ceagesp, Andréia Mendonça Oliveira. No acumulado deste ano, o projeto registrou aumento de 3% nas doações, em comparação a igual período do último ano. Entre janeiro e outubro de 2009, foram doadas 1.384 toneladas de alimentos às mais de 160 entidades assistenciais cadastradas. No mesmo período de 2008, o valor foi de 1.342 toneladas. Criado em 2003, em São Paulo, o banco de alimentos coleta, seleciona e distribui alimentos doados por produtores e comerciantes para bancos de alimentos municipais e entidades sociais do estado de São Paulo. De acordo com a Ceagesp, são distribuídas em média 200 toneladas de alimentos por mês para mais de 160 entidades. Os alimentos impróprios para o consumo que não podem ser doadas são transformados em adubo orgânico, por meio de compostagem.

Índice Ceagesp registra retração de 4,13% em outubro de 1,45%, puxada pelas quedas do pimentão amarelo (-37,88%), pimentão vermelho (-30,46%), e pepino comum (-17,73%). As altas do mês ficaram por conta dos setores de verduras, com 3,11%, pescado, com 6,27%, e diversos, com 6,85%. De acordo com o órgão, em novembro, os preços de frutas devem seguir estáveis, enquanto os setores de legumes e verduras deverão registrar queda de preços mais acentuada. Já o setor de diversos deve continuar em alta durante os próximos meses em razão do aumento da cebola. A previsão para o último bimestre é de ligeira queda do Índice Ceagesp.

Índice CEAGESP - Outubro 2009 Geral

-4,13%

Frutas Legumes

-9,41% -1,45%

Verduras

3,11%

Diversos*

6,85%

Pescados

6,27%

(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos FONTE: CEAGESP

Caderno de Notícias

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Ceasa de Palmas aposta na classificação para garantir qualidade de produtos A qualidade dos produtos que chegam aos supermercados é um fator decisivo para atrair a atenção dos consumidores. Foi pensando nisso que uma das empresas instaladas na Ceasa - de Palmas (TO) investiu na aquisição de uma máquina de classificação de tomates e laranjas. O equipamento higieniza e seleciona os produtos por tamanho e peso. A empresária Luciane Silva de Souza conta que a máquina otimizou o trabalho na empresa. “Antes perdia-se muito tempo, pois a classificação dos produtos era manual e não tinha rendimento. Para selecionar 250 caixas de tomates, por exemplo, eram necessárias quatro horas. Agora, o serviço é feito em uma hora. Outra vantagem é para o consumidor final, que ganha tempo na hora de escolher as frutas e verduras nas redes de supermercados”, diz Luciene.

Pernambuco inaugura primeira central de embalagens do Norte/Nordeste

ECONOMIA

No mês de outubro, o Índice Ceagesp, indicador de variação de preços no atacado que analisa 105 itens, aponta queda de 4,13% nos preços dos principais produtos comercializados na estatal. Com esse resultado, o indicador acumula elevação de 0,80% no ano e retração de 0,40% nos últimos 12 meses. A maior baixa, em outubro, foi registrada no setor de frutas, o mais representativo da Ceagesp. O setor registrou retração de 9,41%, influenciado principalmente pelas quedas da manga tommy (-45,32%), mamão papaya (-39,83%) e melão (-15,02). Em seguida, o setor de legumes também apresentou baixa,

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O Norte-Nordeste do país acaba de ganhar a primeira Central de Embalagens na Ceasa de Pernambuco, inaugurada em outubro. Com um investimento da ordem de R$ 10 milhões, o projeto foi desenvolvido por professores e alunos da Universidade Federal Rural de Pernambuco visando adaptar o quarto maior centro atacadista do país às normas exigidas pelos órgãos de fiscalização dos Ministérios da Agricultura Ministério e da Saúde e do Inmetro. Para o governador Eduardo Campos, a inauguração da central, batizada de Miguel Arraes de Alencar, vai melhorar também a vida de quem vive no interior do estado. “Aqui se comercializa tudo que vem do campo pernambucano. Então, melhorar a Ceasa é melhorar também a zona rural do nosso estado”, disse. “Este equipamento vai permitir que o produtor perca menos no transporte de seus produtos que, muitas vezes, chegam danificados ao destino”. Estima-se que a estrutura estará operando com toda capacidade num prazo de cinco meses. O professor Luiz Fávero, responsável pelo local, explicou que a adaptação será progressiva. “Já estamos divulgando junto aos usuários e operadores do mercado e iremos agora capacitá-los”, garantiu. Para se enquadrar no programa, os transportadores desembolsarão R$ 0,35 pela limpeza e higienização de ca-da caixa. Eles também irão receber um vale-caixa, determinando a quantidade de embalagens que foram deixadas para o processo. Na hora de retirá-las, os comerciantes entregam o vale e recebem um certificado comprovando que os recipientes estão dentro do padrão higiênico-sanitário exigido pela Lei.


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MODERNIZAÇÃO

Ceasa Campinas inaugura banco de caixas plásticas VALERIA ABRAS/DIVULGAÇÃO

Neno Silveira No último dia 5 de novembro, a Ceasa Campinas promoveu solenidade que marcou a entrada em fun-cionamento de seu Banco de Caixas Plásticas, unidade destinada a realizar a higienização de todas as caixas plásticas de retorno que circularem pelo entreposto e que objetiva, entre outros benefícios, ade-quar a comercialização de hortigranjeiros aos ditames da legislação para o setor. O serviço é uma iniciativa da Ceasa-Campinas que abriu concorrência e licitou uma área para a realiza-ção da padronização, higienização, armazenamento, locação, venda e fornecimento de laudo técnico de higiene de caixas plásticas. A vencedora da licitação, a empresa Logiclean já investiu cerca de R$ 4,5 milhões no projeto e opera com capacidade para lavar até 2.600 caixas por hora, gerando, de início, 50 empregos diretos. O serviço será expandido gradativamente para um espaço de até 12 mil metros qua-drados, gerando 200 postos de trabalho diretos. Com a inauguração do pavilhão e do maquinário destinado ao acolhimento e higienização das caixas plásticas, a Ceasa Campinas passa a integrar um pequeno grupo de mercados que vêm investindo na melhoria e modernização das embalagens via Banco de Caixas, grupo este que já reúne as Ceasas de Uberlândia, Brasília, Porto Alegre, Goiânia e Recife. O presidente da Abracen (Associação Brasileira de Centrais de Abastecimento), João Alberto Paixão Lages, disse que o objetivo é levar o serviço a todas as Ceasas do Brasil. Cronograma De acordo com a Ceasa, a partir da inauguração iniciouse a lavagem das caixas denominadas “fora do padrão”, ou seja, as caixas plásticas que estão em uso atualmente no mercado e que devem, obrigatori-amente, ser higienizadas a cada uso. Estas embalagens não entram na logística reversa (sistema explica-do nesta matéria) As caixas serão padronizadas de acordo com cinco tipos pré-estabelecidos: cinza (60cm X 40cm X 14 cm), amarela (60cm X 40cm X 18 cm), verde (60cm X 40cm X24 cm), marrom (60cm X 40cm X 31cm) e vermelha (60cm X 40cm X 38 cm). O uso dessas novas caixas deverá ter início em janeiro de 2010. Agregada a estas embalagens, terá início também a logística reversa. A entrada das atuais caixas de madeira retornáveis ainda será permitida aé setembro do próximo ano, ou seja, os produtores, atacadistas e varejistas terão quase um ano inteiro para se adaptarem ao novo sistema. Conforme a Ceasa Campinas, hoje, circulam por lá 1,2 milhão de caixas de madeira retornáveis. Justificativas Para a Ceasa Campinas, os produtos hortifrutigranjeiros estão cada vez mais associados ao bem-estar e à qualidade de vida da população. Por isso, a busca por melhor qualidade desses alimentos, a redução de desperdícios e a proteção ao meio ambiente justificam, plenamente, o investimento visando adotar a

mais moderna tecnologia e logística de caixas plásticas, via Banco de Caixas Plásticas. Adicionalmente, a modernização vem adequar o funcionamento da Ceasa às normas vigentes para a comercialização de produtos in natura, como a Instrução Normativa Conjunta SARC/ANVISA/INMETRO nº 009/02, e as normativas técnicas ABNT/NBR 15008/2002 e 15674/2009. É comprovado que o uso de embalagens inadequadas, como as de madeira e as plásticas não higienizadas são potenciais veículos de contaminação, tanto para as pessoas quanto para as lavouras. Causam danos no manuseio, acumulam fungos, bactérias, animais peçonhentos e pragas que contaminam os produtos e reduzem sua vida útil. Além de combater este grave problema, o novo sistema reduzirá as perdas de produtos com o transporte, estocagem e manuseio, da colheita à gôndola, que chegam a 30% da produção. As novas caixas re-tornáveis padronizadas pela CeasaCampinas garantirão redução

de custos e valorização dos produtos ‘’in natura’’. O presidente da Ceasa, Demetrio Vilagra, considera que o novo sistema poderá reduzir sensivelmente as perdas de alimentos que hoje são debitadas ao uso de embalagens inadequadas e que chegam a 30% de tudo que se produz. Ele afirma também que “o uso das caixas plásticas é questão de segurança alimen-tar. A própria ABNT já recomenda, desde 2002, a substituição das caixas de madeira, que podem con-taminar os alimentos.” Para o presidente da Assoceasa (Associação dos Permissionários da Ceasa Campinas), Emílio Favero, a substituição das caixas é positiva. Ele reclama, porém, do custo que será cobrado pela higienização das caixas (R$ 0,35 por unidade) e aponta, também, a dificuldade que será eliminar as atuais caixas de ma-deira, que são baratas e usadas por 70% dos permissionários. De qualquer modo, ele acredita que, no médio prazo, esse investimento se pagará, já que as caixas plásticas são mais duráveis.

Benefícios esperados

Processo de higienização das caixas

(Caixas Plásticas Padrão - Higienizadas) Ambientais: Material reciclável, evita o corte de 8,4 mil árvores das 1,2 milhões de caixas de madeira que circulam na Ceasa; Econômicos: Aumenta a vida útil dos hortifrutis e maior qualidade, reduz o desperdício com o transbordo e tem grande durabilidade; Sanitários: Hortifrutigranjeiros mais saudáveis, mais segurança contra animais peçonhentos e outros que se alojam nas caixas sem higienização; Fitossanitários: Combate a contaminação de

lavouras e plantações (Sigatoka Negra, Cancro Cítrico e etc); Mercado: Moderniza o setor hortifrutigranjeiro, torna o produto mais atrativo e proporciona maior lucratividade nas vendas, facilita a negociação com o cliente, melhora a logística e padroniza o peso e quantidade, mercado mais limpo e com melhor aparência; Humanização: Humaniza o ambiente e proporciona melhor qualidade de vida, mais adequada à anatomia humana, diminui o índice de acidentes e afastamentos, gera muitos empregos diretos e indiretos.

Logística reversa (Como funciona) É o sistema e a tecnologia pioneira no Brasil que permite aos usuários acompanharem os caminhos pelos quais as embalagens seguem no processo de comercialização, de modo a garantir o seu retorno, redu-

zindo a necessidade de estocagem e minimizando os prejuízos por furtos e utilizações inadequadas das mesmas. Processo totalmente informatizado. Os clientes cadastrados recebem um cartão para movimentar seus créditos.

1. Cliente Comprador adquire, inicialmente, créditos de embalagens no Banco conforme sua necessidade e utilização; 2. O Permissionário adquire ou aluga, inicialmente, embalagens em quantitativos conforme sua necessi-dade e utilização; 3. O Cliente Comprador adquire dos Permissionários as mercadorias e repassa a eles os créditos relati-vos às embalagens; 4. Ao retornar ao mercado o Cliente Comprador deposita as embalagens vazias no Banco de Caixas Plás-ticas e recebe os créditos relativos a elas; 5. Por sua vez, o Permissionário retira as embalagens higienizadas no Banco de Caixas, transfere ao mesmo os créditos correspondentes e efetua o pagamento pelos serviços de higienização e sanitização.

1. Recebimento: processo logístico rápido e dinâmico, onde as caixas são recebidas por conferentes treinados e transportadas em palets com empilhadeiras; 2. Processo de higienização e sanitização em 5 estágios:

estágio 1:

solução química em temperatura de 45 à 50 graus;

Pré lavagem com aplicação de solução química; estágio 4: estágio 2:

Enxague com água (Bomba de alta pressão com água tratada Lavagem com aplicação de so- da própria rede); lução química em temperatura de 45 à 50 graus; estágio 5: estágio 3:

Processo de sanitização com uso de quaternário de amônia. Re-lavagem com aplicação de (com laudo técnico);

3. Retirada e pagamento: sistema totalmente automatizado, acompanha todo o processo e imprime laudo técnico de comprovação de higienização e sanitização; 4. Expedição: retirada das caixas plásticas higienizadas com laudo de comprovação.


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NOVIDADE

EXPANSÃO

Feira de orgânicos revela segmento em expansão no Brasil e no mundo Última edição da Biofach mostrou que a agricultura orgânica caminha para conquistar um mercado cada vez mais expressivo O segmento de produtos orgânicos é um mercado em expansão no Brasil e no mundo. Prova disso é o crescimento da Biofach América Latina, maior feira do setor, realizada no início do mês em São Paulo. A 7ª edição do evento serviu de vitrine para o lançamento de produtos e também para discutir os principais temas relacionados à área. A primeira edição, realizada em 2003 contava com 80 expositores, número que chegou a 300 este ano. “Antigamente, ninguém sabia o que era orgânico, mas hoje em dia está ficando uma coisa mais popular”, diz a coordenadora do evento, Rosina Cordeiro “A agricultura orgânica brasileira está caminhando para conquistar um mercado expressivo, tanto no País como em outros mercados”, afirmou o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, durante abertura da Bio Fach. De acordo com dados da Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica, o Brasil é o terceiro maior país com áreas destinadas à plantação de orgânicos: 1,8 milhões de hectares, atrás somente de Austrália (12 milhões de hectares) e Argentina (2,8 milhões de hectares).

Nova variedade de cenoura deve conquistar produtor orgânico

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Previsão da Embrapa é que a nova cultivar ocupe 70% do mercado orgânico nos próximos oito anos

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A Embrapa lançou no início do mês uma nova variedade de cenoura. Denominada Planalto, a nova cultivar foi desenvolvida com o objetivo de substituir em 50%, até 2017, o mercado ocupado atualmente pela ‘Brasília’, lançada em 1981 e atualmente a variedade de polinização aberta mais cultivada no Brasil. De acordo com o pesquisador Giovani Olegário, a cenoura Planalto apresenta comportamento si-milar a cultivar Brasília, sendo indicada para plantio de verão. Ela apresenta resistência à queima-das-folhas, nematóides e ainda tolerância ao florescimento, o que permite maior período de plantio. O pesquisador explica que a nova variedade apresenta raízes de excelente uniformidade, em termos de tamanho e formato, e pouca incidência de ombro verde. Segundo ele, as raízes são lisas, têm formato cilíndrico, comprimento entre 18 e 22 cm, diâmetro entre 3 e 3,5 cm, ponta arredondada. Outro fator de destaque é a coloração alaranjada intensa das raízes. Isso representa alta concentração de beta-caroteno, um antioxidante que é convertido pelo organismo em vitamina A. A cultivar ‘Planalto’ apresenta teor de carotenóides pró-vitamina duas vezes maior em relação à cultivar ‘Brasília’. Em testes de campo realizados nas regiões produtoras de Irecê (BA) e São Gotardo (MG), a nova cultivar obteve produtividades médias de 72,3 e 51,8 toneladas por hectare, respectivamente. Desempenho compatível com os principais materiais cultivados atualmente nessas regiões. Para Olegário, a cenoura ‘Planalto’ deverá conquistar uma fatia importante do mercado junto aos pequenos produtores, sobretudo na Região Nordeste, uma vez que o preço das sementes será bem mais baixo que as de materiais híbridos.

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Legislação A agricultura orgânica no Brasil passou a ter regras regulamentando, desde o funcionamento do sistema de produção na propriedade rural até os pontos de comercialização, com a publicação de um decreto em 2007. Em maio deste ano foram divulgadas três instruções normativas e a partir de janeiro de 2010, os produtos orgânicos deverão estampar em suas embalagens o Selo Brasileiro de Conformidade Orgânica. Os produtos comercializados pelos agricultores familiares, diretamente aos consumidores, não precisam do selo oficial, basta que estejam cadastrados no Ministério da Agricultura. “A regulamentação do setor e a maior exigência por sistemas produtivos sustentáveis tornam o mercado de orgânicos cada vez mais interessante”, opina o pesquisador da Embrapa Pantanal André Morais. Para informar a população e incentivar o consumo de alimentos orgânicos, o Ministério da Agricultura criou um site que pode ser acessado no endereço: ww.prefiraorganicos.com.br.

Produtor orgânico

Taxas a parTir de:

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Centro de Atenção Ao Cliente

0800 702 3443 w w w . i v e c o . c o m . b r

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Banco Fidis S/A, aos quais todas as propostas estarão submetidas. Será cobrada taxa de cadastro de r$600,00 no caso de pessoa jurídica e r$ 500,00 para pessoa física, somente no caso de operações efetivamente realizadas. Para mais informações, consulte a rede de concessionárias iveco. telefone comercial iveco Capital: (31) 2123-5918. ouvidoria: 0800 28 29900 - ouvidoria@bancofidis.com.br - iveco Capital é uma unidade de negócios do Banco Fidis S/A. ** Garantia ProMoCionAl até a Copa de 2014: válida exclusivamente em uso normal (não severo) para os modelos iveco tector 4x2 e 6x2 e iveco Cursor com pedidos recebidos entre 25/10/09 e 31/12/09. essa garantia contempla o 1° ano de cobertura total e demais anos de cobertura do trem de força (motor/transmissão/eixo traseiro), expirando em 30 de junho de 2014. Sem limite de quilometragem. Será automaticamente cancelada caso o Plano de Manutenção expresso no Manual do Proprietário não seja integralmente cumprido em uma concessionária iveco e de acordo com regras explícitas nos termos de Garantia. Consulte o site www.garantiaiveco.com.br para mais detalhes sobre as regras de cobertura dessa garantia promocional. Promoção não cumulativa com outras promoções oferecidas pela iveco.

A resistência a doenças e as qualidades nutracêuticas devem fazer com que a cenoura Planalto conquiste um espaço destacado na agricultura orgânica. A previsão da Embrapa Hortaliças é que o novo material ocupe 70% do mercado orgânico nos próximos oito anos. A expectativa baseia-se também no bom rendimento da cultivar nesse sistema de produção. Em avaliações realizadas na Fazenda Malunga, maior produtor orgânico do Distrito Federal, e no campo experimental da Embrapa Hortaliças, foram colhidas 36 e 32 toneladas por hectare da cenoura ‘Planalto’, respectivamente. A Embrapa dispõe de sementes genéticas para venda a empresas de sementes. As companhias interessadas no novo material podem obter mais informações por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Embrapa Hortaliças, pelo telefone (61) 3385-9110 ou pelo email sac@cnph.embrapa.br.


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Novembro 2009

l JORNAL ENTREPOSTO

JORNAL ENTREPOSTO l Novembro 2009

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NOVIDADE

EXPANSÃO

Feira de orgânicos revela segmento em expansão no Brasil e no mundo Última edição da Biofach mostrou que a agricultura orgânica caminha para conquistar um mercado cada vez mais expressivo O segmento de produtos orgânicos é um mercado em expansão no Brasil e no mundo. Prova disso é o crescimento da Biofach América Latina, maior feira do setor, realizada no início do mês em São Paulo. A 7ª edição do evento serviu de vitrine para o lançamento de produtos e também para discutir os principais temas relacionados à área. A primeira edição, realizada em 2003 contava com 80 expositores, número que chegou a 300 este ano. “Antigamente, ninguém sabia o que era orgânico, mas hoje em dia está ficando uma coisa mais popular”, diz a coordenadora do evento, Rosina Cordeiro “A agricultura orgânica brasileira está caminhando para conquistar um mercado expressivo, tanto no País como em outros mercados”, afirmou o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, durante abertura da Bio Fach. De acordo com dados da Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica, o Brasil é o terceiro maior país com áreas destinadas à plantação de orgânicos: 1,8 milhões de hectares, atrás somente de Austrália (12 milhões de hectares) e Argentina (2,8 milhões de hectares).

Nova variedade de cenoura deve conquistar produtor orgânico

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Previsão da Embrapa é que a nova cultivar ocupe 70% do mercado orgânico nos próximos oito anos

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A Embrapa lançou no início do mês uma nova variedade de cenoura. Denominada Planalto, a nova cultivar foi desenvolvida com o objetivo de substituir em 50%, até 2017, o mercado ocupado atualmente pela ‘Brasília’, lançada em 1981 e atualmente a variedade de polinização aberta mais cultivada no Brasil. De acordo com o pesquisador Giovani Olegário, a cenoura Planalto apresenta comportamento si-milar a cultivar Brasília, sendo indicada para plantio de verão. Ela apresenta resistência à queima-das-folhas, nematóides e ainda tolerância ao florescimento, o que permite maior período de plantio. O pesquisador explica que a nova variedade apresenta raízes de excelente uniformidade, em termos de tamanho e formato, e pouca incidência de ombro verde. Segundo ele, as raízes são lisas, têm formato cilíndrico, comprimento entre 18 e 22 cm, diâmetro entre 3 e 3,5 cm, ponta arredondada. Outro fator de destaque é a coloração alaranjada intensa das raízes. Isso representa alta concentração de beta-caroteno, um antioxidante que é convertido pelo organismo em vitamina A. A cultivar ‘Planalto’ apresenta teor de carotenóides pró-vitamina duas vezes maior em relação à cultivar ‘Brasília’. Em testes de campo realizados nas regiões produtoras de Irecê (BA) e São Gotardo (MG), a nova cultivar obteve produtividades médias de 72,3 e 51,8 toneladas por hectare, respectivamente. Desempenho compatível com os principais materiais cultivados atualmente nessas regiões. Para Olegário, a cenoura ‘Planalto’ deverá conquistar uma fatia importante do mercado junto aos pequenos produtores, sobretudo na Região Nordeste, uma vez que o preço das sementes será bem mais baixo que as de materiais híbridos.

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Legislação A agricultura orgânica no Brasil passou a ter regras regulamentando, desde o funcionamento do sistema de produção na propriedade rural até os pontos de comercialização, com a publicação de um decreto em 2007. Em maio deste ano foram divulgadas três instruções normativas e a partir de janeiro de 2010, os produtos orgânicos deverão estampar em suas embalagens o Selo Brasileiro de Conformidade Orgânica. Os produtos comercializados pelos agricultores familiares, diretamente aos consumidores, não precisam do selo oficial, basta que estejam cadastrados no Ministério da Agricultura. “A regulamentação do setor e a maior exigência por sistemas produtivos sustentáveis tornam o mercado de orgânicos cada vez mais interessante”, opina o pesquisador da Embrapa Pantanal André Morais. Para informar a população e incentivar o consumo de alimentos orgânicos, o Ministério da Agricultura criou um site que pode ser acessado no endereço: ww.prefiraorganicos.com.br.

Produtor orgânico

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Banco Fidis S/A, aos quais todas as propostas estarão submetidas. Será cobrada taxa de cadastro de r$600,00 no caso de pessoa jurídica e r$ 500,00 para pessoa física, somente no caso de operações efetivamente realizadas. Para mais informações, consulte a rede de concessionárias iveco. telefone comercial iveco Capital: (31) 2123-5918. ouvidoria: 0800 28 29900 - ouvidoria@bancofidis.com.br - iveco Capital é uma unidade de negócios do Banco Fidis S/A. ** Garantia ProMoCionAl até a Copa de 2014: válida exclusivamente em uso normal (não severo) para os modelos iveco tector 4x2 e 6x2 e iveco Cursor com pedidos recebidos entre 25/10/09 e 31/12/09. essa garantia contempla o 1° ano de cobertura total e demais anos de cobertura do trem de força (motor/transmissão/eixo traseiro), expirando em 30 de junho de 2014. Sem limite de quilometragem. Será automaticamente cancelada caso o Plano de Manutenção expresso no Manual do Proprietário não seja integralmente cumprido em uma concessionária iveco e de acordo com regras explícitas nos termos de Garantia. Consulte o site www.garantiaiveco.com.br para mais detalhes sobre as regras de cobertura dessa garantia promocional. Promoção não cumulativa com outras promoções oferecidas pela iveco.

A resistência a doenças e as qualidades nutracêuticas devem fazer com que a cenoura Planalto conquiste um espaço destacado na agricultura orgânica. A previsão da Embrapa Hortaliças é que o novo material ocupe 70% do mercado orgânico nos próximos oito anos. A expectativa baseia-se também no bom rendimento da cultivar nesse sistema de produção. Em avaliações realizadas na Fazenda Malunga, maior produtor orgânico do Distrito Federal, e no campo experimental da Embrapa Hortaliças, foram colhidas 36 e 32 toneladas por hectare da cenoura ‘Planalto’, respectivamente. A Embrapa dispõe de sementes genéticas para venda a empresas de sementes. As companhias interessadas no novo material podem obter mais informações por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Embrapa Hortaliças, pelo telefone (61) 3385-9110 ou pelo email sac@cnph.embrapa.br.


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Novembro 2009

HOMENAGEM

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PRODUÇÃO

Presidente do Sindicar recebe título de Cidadão Osasquense A honraria foi oferecida ao sindicalista pelo ex-presidente da Ceagesp, Valmir Prascidelli O presidente do Sindicar (Sindicato dos Carregadores Autônomos), José Pinheiro de Souza, recebeu, no último dia 6 de novembro, o título de Cidadão Osasquense, pela Câmara Municipal daquela cidade. Oferecido pelo vereador e ex-presidente da Ceagesp, Valmir Prascidelli, o título foi dado ao sindicalista pelos serviços prestados à comunidade local. A solenidade de entrega foi realizada no Clube de Subtenentes e Sargentos do II Exército, e contou com a presença de centenas de carregadores, permissionários e também de funcionários da Ceagesp, além de vereadores da cidade e do deputado federal João Paulo Cunha. O prefeito de Osasco, Emidio de Souza, enviou oficio de congratulações ao homenageado, enaltecendo o trabalho realizado por quem carrega os alimentos que abastecem o País. Em seu pronunciamento, Prascidelli destacou algumas qualidades do sindicalista ao justificar o título. “Quando presidi a Ceagesp sempre tive um franco diálogo com o senhor José Pinheiro e aprendi a respeitá-lo, como líder sindical e também como pessoa humana”, afirmou o vereador.

O ex-presidente da Ceagesp e atual vereador da cidade de Osasco, Valmir Prascidelli, entregou a placa que concede o título de cidadão osasquense ao presidente do Sindicato dos Carregadores, José Pinheiro.

“Ele é homem de palavra e acima de tudo um amante da cidade de Osasco. Veio para cá ainda muito jovem e aqui criou sua família, dedicandose ao desenvolvimento da ci-

dade”, concluiu. Emocionado, José Pinheiro disse que a homenagem era extensiva à sua família e amigos. “O Valmir tinha muitas pessoas importantes para

homenagear em seu primeiro mandato, mas ele me escolheu. Por isso me sinto muito orgulhoso e grato, por que o vereador Prascidelli é um homem honesto e trabalhador e quando esteve à frente da Ceagesp soube como ninguém conduzir aquela empresa com lisura e competência. Muito obrigado em meu nome e de todos os companheiros que trabalham no Ceagesp”, agradeceu o homenageado. O deputado João Paulo salientou o trabalho dos migrantes nordestinos na construção e desenvolvimento de São Paulo. “Ao oferecer o título de cidadão para o senhor José é como se fosse para cada pessoa que veio do nordeste pra cá, para cada uma das pessoas que construiu a Ceagesp”, afirmou. O deputado relembrou ainda trajetória de vida do homenageado e da importância em conceder esse título para uma pessoa de origem humilde. “Tem acontecido algo muito interessante em nosso país. De uns tempos pra cá, o Brasil começou a reconhecer as pessoas mais simples”. Após a cerimônia, as cerca de 600 pessoas presentes participaram de um coquetel oferecido pelos amigos do homenageado.

Grupo comemora 50 anos no topo do setor de flores e plantas Referência na produção nacional de insumos agrícolas e grande produtor de flores e plantas da cidade de Holambra (SP), o Grupo Terra Viva comemorou 50 anos de fundação no último dia 28 de outubro. A empresa é uma das pioneiras na produção de flores e plantas ornamentais de sua região, atuando também na agricultura (frutas, cereais e batatas, tomates e hortifruti) e produção de bulbos e mudas, considerados insumos básicos. Seus fundadores, o casal holandês Klaas e Gemma Schoenmaker, chegaram ao Brasil em 1959, em companhia de seus 11 filhos. Na bagagem, a família Schoenmaker trouxe mil litros de sementes de gladíolos que foram semeados nos 50 hectares de terra por ele e apenas mais um funcionário. Nes-

te meio século, a empresa expandiu suas terras para 12 mil hectares nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e, no exterior, no Paraguai e Holanda e emprega 1.700 colaboradores diretos. De acordo com um dos diretores da Terra Viva e presidente do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), Kees Schoenmaker, a previsão para o setor de flores e plantas é positiva para este ano. Segundo ele, espera-se movimentar R$1,3 bilhão, o que equivale a um aumento de 12% em relação ao registrado em 2008. Para o diretor do setor de bulbos Frans Shoenmaker, a empresa é a concretização do sonho de seus pais. “A estabilidade do grupo mostra como é possível uma empresa familiar durante todo este tempo ter energia para enfrentar desafios cada vez maiores por mais 50 anos nos campos econômico, social, humano e ambiental”, entusiasma-se.

INVESTIMENTO

CeasaMinas estuda viabilidade de criar novo entreposto No início desse mês, a CeasaMinas assinou um protocolo de intenções com instituições públicas e privadas para avaliar a implantação de uma central de abastecimento regional na cidade de Diamantina. De acordo com a estatal, a avaliação acerca da viabilidade de uma Ceasa busca o compartilhamento de ações entre governo, sociedade civil organizada e as comunidades, respeitando as característica de cada região, tendo em vista as vocações dos municípios. Em Diamantina, devem ser investidos através da Fundação Vale cerca de R$ 10 milhões. A possibilidade de implantação de uma Ceasa local tem como objetivo fomentar a produção regional de hortigranjeiros e outras mercadorias típicas ligadas ao extrativismo e artesanato, por exemplo.

Balança comercial do agronegócio cai em outubro A balança comercial do agronegócio brasileiro vem refletindo, ao longo dos meses, a contração da demanda mundial após a crise econômica que teve início nos últimos meses de 2008. Em outubro, as exportações do setor somaram US$ 5,74 bilhões, resultado 17,3% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. O superavit do mês foi de US$ 4,51 bilhões. As informações foram divulgadas no dia 11 pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura.

O acumulado do ano em exportações do agronegócio atingiu US$ 54,8 bilhões, representando uma queda de 11,4% em relação aos dez primeiros meses de 2008. O saldo comercial, sem computar as negociações já realizadas em novembro, é de US$ 46,98 bilhões. O resultado, até o momento, é US$ 5 bilhões menor que o conseguido pelo setor no mesmo período do ano passado. O levantamento aponta a China como o principal comprador de produtos do agronegócio nacional, com participação de 9,3% do total.


JORNAL ENTREPOSTO l Novembro 2009

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TRANSPORTE

Caravana Caminho da Economia Evento chega ao fim depois de percorrer 18 ceasas Depois de percorrer 18 Centrais de Abastecimento, chegou ao fim a Caravana Caminho da Economia, da montadora de caminhões Volvo. A montadora aprovou o evento, realizado em conjunto com o Jornal Entreposto, e aproveitou para divulgar sua marca, realizar test drives e fazer negócios. Segundo o supervisor de marketing da Volvo, Daniel Melo, as Ceasas atuam como um importante mercado, já que toda a cadeia produtiva passa por elas e são, também, formadores de opinião. Para o gerente comercial da linha de caminhões VM, Reinaldo Serafim, a caravana foi uma ótima ferramenta de divulgação dos produtos e da marca Volvo.

“O grande benefício foi ter os clientes ou os futuros clientes tendo contato físico com o produto, seja em exposição estática ou test-drive. E isso é muito importante na decisão de escolha final”, avalia.


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Novembro 2009

l JORNAL ENTREPOSTO

Mercedes-Benz, marca do Grupo Daimler.

DESAFIO

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Eletrônico

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FOTOS: CAIO MATTOS

Projetos agrícolas sustentáveis de grandes corporações, como a Honda, ganham espaço na política empresarial e modificam cenário amazônico.

Projetos de sustentabilidade são a salvação da Amazônia

C

om o aumento dos problemas ambientais e os cataclismas climáticos ao redor do planeta, a comunidade internacional chegou a conclusão que conservar as florestas tropicais e proteger os ecossistemas ao redor do mundo era algo a ser incentivado e que valia a pena economicamente. Já num segundo estágio, além das idéias, os empresários começaram a perceber que muito mais do que um simples discurso ecologista; manter ou fomentar projetos de sustentabilidade visando criar ou manter práticas de exploração racional e sustentável das florestas tropicais e, especificamente da floresta amazônica; era um diferencial de lucratividade excepcional e que superava longe qualquer outra forma de participar desse movimento.

Assim, realizar projetos de sustentabilidade visando a garantia de uma convivência pacífica entre populações humanas e a selva tropical passou a ser um excelente negócio para empresas nacionais e multinacionais que entenderam a importância que representa essa retomada de valores ecológicos pelos grandes mercados consumidores e pelos formadores de opinião. Desta forma, ao invés de simplesmente entrar na selva e derrubar milhares de árvores indiscriminadamente e, mesmo efetuando vendas, arcar com altíssimos custos provocados pelos pagamentos de propinas e pela necessidade de cooptação e de disfarce cada vez maior do produto final; as empresas perceberam que implantar projetos de sustentabilidade que apoiassem a extração de madeira de forma viável ecológica e economicamente; as grandes empresas perceberam que tomando esse rumo poderiam eliminar os custos da dissimulação da ilegalidade e aumentar a penetração de seus produtos e agregar um valor maior ainda a eles. O investimento forte em pesquisa científica; a formação de pessoal local qualificado e a influência positiva de toda essa estrutura nas comunidades locais; transformaram os projetos de sustentabilidade realizados na Amazônia um sucesso econômico “de público e de crítica”. O que, certamente, só vem contribuir ainda mais para a implantação de novos projetos e para a criação de uma nova mentalidade nas próprias comunidades que vivem próximas ou dentro das selvas tropicais. A mensagem é clara: explorar sem devastar é possível e viável economicamente. Para que devastar então? Integrar eficientemente os valores sociais, ambientais e econômicos das populações envolvidas nos projetos de sustentabilidade; além de promover meios para que os impactos resultantes da exploração econômica das áreas sejam plenamente assimilados pela natureza deve ser a nova meta para as grandes corporações que desejem usufruir as benesses proporcionadas pela floresta e mesmo para as empresas de menor porte que podem participar decisivamente deste processo. Garantir que os projetos de sustentabilidade realizados nas florestas tropicais e, especificamente, na Amazônia brasileira sejam pautados por políticas e por procedimentos claros e garantidos, quanto aos indicadores de sustentabilidade, é a condição básica para assegurar a preservação dessas florestas para as gerações futuras e, ao mesmo tempo, garantir a exploração racional e ecologicamente viável de suas riquezas biológicas e minerais. Princípios rígidos e métodos de aferição dos impactos provocados e das compensações aplicadas devem sempre ser aplicados a todos os projetos de sustentabilidade como forma de banir os falsos empreendimentos e garantir o isolamento, a descoberta e a punição exemplar dos aproveitadores e enganadores sempre de plantão. Fonte: www.apartamentossustentaveis.com.br


D-2 | Ambiente Agrícola

Jornal Entreposto

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Novembro de 2009

Jornal Entreposto

Ambiente Agrícola |

Novembro de 2009

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D-3

FOTOS: CAIO MATTOS

CIDADANIA CORPORATIVA

Frutos da Paulo Fernando Costa Enviado a Manaus

Depois de obter no fim da década passada a ISO 14001, certificação internacional que reconhece as condutas empresariais que respeitam o meio ambiente, a Moto Honda da Amazônia ampliou a dimensão de suas ações no mais rico e importante bioma do planeta. Desde 1997, a companhia investiu mais de US$ 50 milhões em diversos programas de responsabilidade corporativa no país, entre os quais se destaca o Projeto Agrícola implantado no campo de testes da fábrica de motos, no município de Rio Preto da Eva (AM), onde são cultivadas árvores frutíferas, espécies de valor e ameaçadas de extinção, como mogno, pau-rosa, copaíba e andiroba. Instalada no Pólo Industrial de Manaus desde meados da década de 1970, a multinacional japonesa que gera cerca de 10 mil empregos diretos no Brasil continua seguindo a filosofia de seu fundador, Soichiro Honda, e dedica-se a contribuir para bem estar das comunidades locais ao redor do mundo, conforme estabelece as diretrizes do escritório de atividades sociais da empresa. O Projeto Agrícola recebeu, inicialmente, R$ 2 milhões em investimentos, e ocupa uma área de 327 hectares, onde estão plantadas cerca de 25 mil árvores. Outros 580 hectares – 58% da propriedade – formam a reserva de mata virgem A produção de coco, acerola, laranja, limão, pupunha, maracujá, banana, mamão, açaí, abacaxi e abiu seguem rígidos padrões técnicos-econômicos e visa abastecer os restaurantes da fábrica e complementar a alimentação dos atendidos pela Casa Mamãe Margarida, Gaac (Grupo de Apoio à

MAIS ATUAL QUE NUNCA ... Preocupado com os efeitos negativos da indústria automobilística em relação ao meio ambiente, o fundador da Honda tornou pública a sua crença na possibilidade de melhorarmos o mundo juntos, atavés de ações conscientes para diminuir o avanço da poluição e o uso equilibrado dos recursos da natureza. “Já passou da hora de reagirmos, pois começamos a destruir aquilo que herdamos. Falo com conhecimento de causa, pois sou, sendo fabricante de motos e automóveis, um dos maiores poluidores e pedradores do meio ambiente. São encontrados por todo lado meus resíduos, minhas carcaças. Meus odores de gasolina estão no ar. Eu consumo energia, matérias primas que, por de�inição, não são inexauríveis. Reduzo, portanto, as reservas do planeta e participo de sua destruição. E, no entanto, quando comecei a fabricar motores, ninguém se preocupava com esses problemas de poluição. Não estávamos, absolutamente, conscientes das consequências de nossos atos. Não havia nenhum sistema de valores para nos guiar”. Soichiro Honda - 1979

consciência

Criança com Câncer) e Abrigo Moacir Alves, três das 15 instituições apoiadas pela Honda da Amazônia. Até setembro deste ano, os pomares do Projeto Agrícola destinaram 26 mil toneladas de frutas foram destinadas a crianças e famílias desamparadas, vítimas de câncer, idosos em asilos e escolas municipais. Presevando a biodiversidade

A Reserva Honda, primeira RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) da capital amazonense, constitui outro importante espaço de conservação ambiental mantido pela empresa. Na área 16,4 hectares fica protegida o fragmento de floresta secundária urbana que contribui para a formação do corredor ecológico do Igarapé do Mindu, situado nas zonas centro-sul, leste e norte de Manaus, com aproximadamente 198 hectares. A flora do local apresenta espécies como buritis, açaizeiros, patuazeiros, angelisns, paus d’arco, sucupiras, abacateiros, bacabeiras, marupá, balata, seringarana, entre outras. Já as variedades da fauna silvestre são formadas por dezenas de aves, como beija-flor, japiim, juriti e outras espécies de animais, como preguiças, tamanduás, pacas, cotias e uma população do mascote da cidade, o sauim de Manaus, e garças.


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FOTOS: CAIO MATTOS

CIDADANIA CORPORATIVA

Frutos da Paulo Fernando Costa Enviado a Manaus

Depois de obter no fim da década passada a ISO 14001, certificação internacional que reconhece as condutas empresariais que respeitam o meio ambiente, a Moto Honda da Amazônia ampliou a dimensão de suas ações no mais rico e importante bioma do planeta. Desde 1997, a companhia investiu mais de US$ 50 milhões em diversos programas de responsabilidade corporativa no país, entre os quais se destaca o Projeto Agrícola implantado no campo de testes da fábrica de motos, no município de Rio Preto da Eva (AM), onde são cultivadas árvores frutíferas, espécies de valor e ameaçadas de extinção, como mogno, pau-rosa, copaíba e andiroba. Instalada no Pólo Industrial de Manaus desde meados da década de 1970, a multinacional japonesa que gera cerca de 10 mil empregos diretos no Brasil continua seguindo a filosofia de seu fundador, Soichiro Honda, e dedica-se a contribuir para bem estar das comunidades locais ao redor do mundo, conforme estabelece as diretrizes do escritório de atividades sociais da empresa. O Projeto Agrícola recebeu, inicialmente, R$ 2 milhões em investimentos, e ocupa uma área de 327 hectares, onde estão plantadas cerca de 25 mil árvores. Outros 580 hectares – 58% da propriedade – formam a reserva de mata virgem A produção de coco, acerola, laranja, limão, pupunha, maracujá, banana, mamão, açaí, abacaxi e abiu seguem rígidos padrões técnicos-econômicos e visa abastecer os restaurantes da fábrica e complementar a alimentação dos atendidos pela Casa Mamãe Margarida, Gaac (Grupo de Apoio à

MAIS ATUAL QUE NUNCA ... Preocupado com os efeitos negativos da indústria automobilística em relação ao meio ambiente, o fundador da Honda tornou pública a sua crença na possibilidade de melhorarmos o mundo juntos, atavés de ações conscientes para diminuir o avanço da poluição e o uso equilibrado dos recursos da natureza. “Já passou da hora de reagirmos, pois começamos a destruir aquilo que herdamos. Falo com conhecimento de causa, pois sou, sendo fabricante de motos e automóveis, um dos maiores poluidores e pedradores do meio ambiente. São encontrados por todo lado meus resíduos, minhas carcaças. Meus odores de gasolina estão no ar. Eu consumo energia, matérias primas que, por de�inição, não são inexauríveis. Reduzo, portanto, as reservas do planeta e participo de sua destruição. E, no entanto, quando comecei a fabricar motores, ninguém se preocupava com esses problemas de poluição. Não estávamos, absolutamente, conscientes das consequências de nossos atos. Não havia nenhum sistema de valores para nos guiar”. Soichiro Honda - 1979

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Criança com Câncer) e Abrigo Moacir Alves, três das 15 instituições apoiadas pela Honda da Amazônia. Até setembro deste ano, os pomares do Projeto Agrícola destinaram 26 mil toneladas de frutas foram destinadas a crianças e famílias desamparadas, vítimas de câncer, idosos em asilos e escolas municipais. Presevando a biodiversidade

A Reserva Honda, primeira RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) da capital amazonense, constitui outro importante espaço de conservação ambiental mantido pela empresa. Na área 16,4 hectares fica protegida o fragmento de floresta secundária urbana que contribui para a formação do corredor ecológico do Igarapé do Mindu, situado nas zonas centro-sul, leste e norte de Manaus, com aproximadamente 198 hectares. A flora do local apresenta espécies como buritis, açaizeiros, patuazeiros, angelisns, paus d’arco, sucupiras, abacateiros, bacabeiras, marupá, balata, seringarana, entre outras. Já as variedades da fauna silvestre são formadas por dezenas de aves, como beija-flor, japiim, juriti e outras espécies de animais, como preguiças, tamanduás, pacas, cotias e uma população do mascote da cidade, o sauim de Manaus, e garças.


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Florianópolis,

o melhor do verão

Por Mariana Gonçalves Marques

A ilha de Florianópolis não é somente praia, banho de mar e água fresca. A capital de Santa Catarina, além de belezas naturais e uma rica fauna e flora, oferece aos seus visitantes diversas opções de lazer. Suas praias são aptas para esportes náuticos e radicais, eco-turismo, sem contar a parte histórica e cultural da cidade. Florianópolis é considerada uma das capitais com melhor qualidade de vida do Brasil. A integração entre a ocupação humana e a preservação ambiental é levada a sério. Há quase 30 Unidades de Conservação Ambiental no município, abrangendo cerca de um terço de seu território. A cidade optou por um modelo próprio de desenvolvimento, que harmoniza sua vocação turística com a conservação do meio ambiente. Com aproximadamente 407 mil habitantes e mais de 100 diferentes praias, é uma cidade moderna com uma excelente infraestrutura de lazer, turismo, comércio e serviços. Floripa consegue unir a modernidade e agito da cidade grande com a tranquilidade de uma vila de pescadores. Foi colonizada por açorianos, sendo marcante a arquitetura das casas do período colonial ainda preservadas em vários recantos da ilha. Entre maio e junho ocorre a pesca da tainha, parte da cultura local. A economia é movida pelo comércio e turismo que atrai cada vez mais estrangeiros e investidores – na última temporada mais de 1,5 milhão de pessoas passaram por Floripa. As fortalezas da cidade atuam como grandes atrativos turísticos, são datadas do século 18 e compunham o sistema de defesa da ilha. As arquiteturas monumentais atraem cerca de 200 mil visitantes anualmente e para visitá-las, existem escunas que partem de diversos pontos da ilha. Para conhecer um pouco mais de Florianópolis existem quatro roteiros que enfocam todos os seus atrativos.

Roteiro Central A maioria dos pontos turísticos não naturais está no centro, onde a Vila de Nossa Senhora do Desterro deu início à capital da província. A ponte Hercílio Luz, o mercado público municipal e a praça XV de Novembro são paradas obrigatórias a quem visita a cidade pela

primeira vez. Igrejas, como a catedral metropolitana e a capela do menino Deus contam com grande acervo de arte sacra. Os museus contam um pouco da história da região, como obras representativas da memória política dos chamados barrigas-verdes, mobiliários, obras de arte, objetos e documentos oficiais e particulares. As feiras de artesanato da Alfândega e do Largo da Catedral garantem souvenires pitorescos. Para apreciar um belo visual, vale a pena subir até o mirante do Morro da Cruz ou curtir o pôr-do-sol caminhando na avenida Beiramar norte, a principal via da cidade.

Roteiro Leste A costa leste é o paraíso dos esportes radicais. Dos morros saem parapentes e asas-deltas, já as dunas da Joaquina são o berço do sandboard. Em geral, as praias da Joaca e Mole são sedes de campeonatos de surf. As praias da costa leste possuem ondas perfeitas para o surfe profissional. A lagoa da Conceição é a mais visitada por praticantes de vela, windsurf e kite-surf. Na região central da lagoa concentram-se inúmeros bares, restaurantes, casas noturnas e lojas, o local é muito frequentado por jovens. Aos domingos, a feirinha da lagoa reúne artesãos que expõem ao ar livre. Entre os produtos estão roupas de crochê, artigos de decoração e místicos, souvenires, alimentos naturais, cachaça artesanal, livros usados e arte hippie. A costa da lagoa é para quem gosta de passeios de barco e trilha, pois estes são os únicos meios de acesso ao local. Além de cachoeiras podemos encontrar restaurantes típicos, lojas de artesanato e um lindo visual. A praia da Galheta é uma opção de lazer reservada aos adeptos do naturismo, não possui nenhum estabelecimento comercial e não é obrigatório estar nu para conhecê-la.

Roteiro Norte A região Norte é a mais procurada pelos turistas durante a alta temporada. Possui ótima infraestrutura em prestação de serviços e oferece atrações turísticas para todos os gostos, como mergulho, trilhas, passeio de escuna, banana boat, aluguel de caiaque. As praias com águas mais quentes e calmas são as mais procuradas pelos banhistas. Para as crianças tem mar calmo em Jurerê, Daniela, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas e Lagoinha. Em Jururê Internacional existem vários clubes de praia, festas diárias e música eletrônica. É o destino certo de modelos e celebridades. Já as praias preferidas pelos surfistas são Ingleses, Praia Brava e Santinho, todas com boas formações de ondas. Em Cacupé, Sambaqui e Praia do Forte encontram-se restaurantes típicos da arquitetura açoriana e uma grande oferta de moluscos frescos. A comunidade

de Santo Antonio de Lisboa e as fortalezas são para quem gosta de História e podem ser visitadas através de passeios de escuna.

Roteiro Sul O lado Sul da ilha preserva as raízes açorianas da cidade. Além do acervo histórico dos casarões, a Freguesia do Ribeirão da Ilha concentra um corredor gastronômico baseado em ostras e mariscos. Este lado da ilha chama a atenção pelas trilhas cercadas de Mata Atlântica e pelas praias com ondas medianas, ideais para o aprendizado de surf. Além do Parque da Lagoa do Peri, onde está a segunda lagoa em tamanho, porém de água doce. O destaque da região é a Ilha do Campeche, que possui pontos de mergulhos, sítios arqueológicos e condições para a prática de trilhas acompanhadas de guias. Ainda tem o Novo Campeche, indicado para quem procura sossego. No extremo sul da ilha está a semi-deserta praia de Naufragados, com seu farol do século 19 e vista para as ruínas da antiga fortaleza que protegia a entrada da baía sul. A lagoinha do Leste é ideal para quem gosta de aventura. O acesso é feito somente por trilhas. Indo pelo Pântano do Sul a caminhada dura cerca de 50 minutos, e saindo pela praia do Matadeiro cerca de três horas. A praia Pântano do Sul é parada obrigatória, pois é lá que se encontra o berço pesqueiro da ilha. Para chegar a Florianópolis de carro, o acesso é feito pelo litoral catarinense através da rodovia federal BR-101, já duplicada em sua maior parte. Para quem vai de avião, existem voos diários operados por diversas companhias. Para mais informações: Turismo Floripa Telefones: (48) 3257-0558/ 3278-1041/ 9968-4777 http://www.turismofloripa.com.br/ Ruana Tours: Telefone: (48) 3266-0623 http://www.ruanatours.com.br/ Passeios: SCUNA SUL Telefone: (48) 3266-1810 www.scunasul.com.br HP Turismo (Passeios – Traslados) Fone: (48) 3266-4523


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