Ensino Magazine nº262 - Dezembro 2019

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Dezembro 2019 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXII K No262 Assinatura anual: 15 euros

www.ensino.eu Distribuição Gratuita

Boas Festas

José Manuel Delgado, ex-jogador do benfica e atual sub-diretor de “a bola”

“Em Portugal, o futebol seca tudo”

politécnico de Castelo Branco

Reorganização aprovada C

P 10

Politécnico de leiria

Saúde tem novo diretor C

P 13

Abertura do ano escolar

Guarda quer crescer mais C

P 14

Politécnico de Portalegre

Campus é para ampliar C Car Service

Boas Festas

José Carlos Pinheiro, Lda Oficina Multimarca

Nova Zona Industrial Castelo Branco Tel/Fax: 272 322 801 nº verde: 800 50 40 30 www.boschcarservice.pt - mail: jcp@boschcarservice.pt

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O antigo guarda-redes e atual jornalista relembra os seus tempos de glória no Benfica, aborda os desafios que se colocam ao jornalismo e afirma que a monocultura do futebol é o espelho do país que somos. C

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Ana Garcia Martins

A Pipoca Mais Doce Conhecida como A Pipoca Mais Doce, a blogger Ana Garcia Martins decidiu apostar no humor. Agora deu-lhe para isso... e nós agradecemos! C

UBI

Pedro Neto ganha no esparguete C P 5 Universidade de Évora

Hercules documenta túmulo de rainhas do Egipto CP7

P Ensino jovem

PVU Santander

Setúbal, Porto e UTAD são os campeões da solidariedade C

P 18 e 19

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José Manuel Delgado, diretor adjunto de «A Bola»

«O desporto escolar em Portugal não existe» 6 O antigo guarda-redes e atual jornalista relembra os seus tempos de glória no Benfica, aborda os desafios que se colocam ao jornalismo e afirma que a monocultura do futebol é o espelho do país que somos. «A vida aos pontapés» é a sua primeira incursão no

romance. Trata-se de uma obra de ficção, sobre futebol e futebolistas, com pontos de contacto com a realidade? Se tivesse de acontecer, seria exatamente assim. O livro é passado em 1979, há precisamente 40 anos, e não é por acaso, porque coincidiu com um período que eu conheci particularmente

bem, porque estava no ativo como guarda-redes. Nunca ninguém tinha escrito um livro, pelo menos em Portugal, a partir de um balneário, descrevendo as relações e os problemas dos jogadores. Trata-se de uma época muito rica, do ponto de vista social e político, em que tudo estava a mexer, poucos anos

após o 25 de abril. E procuro descrever como se chegava às coisas através dos partidos, dos conhecimentos, da pequena criminalidade. Havia muito tráfico de influências? Sim, porventura menos polido do que há hoje. Talvez mais direto. Existia também

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uma economia paralela muito forte e era assim que as coisas se proporcionavam. O doping é uma constante da primeira à última página. Era uma prática normal no futebol de então? O livro fala muito de casos de doping, numa altura em que não existia controlo antidoping. As práticas eram como são contadas, sendo que não podemos cometer o pecado da generalização. Havia de tudo. Os que tomavam, os que não tomavam e os que nem queriam ouvir falar de substâncias proibidas. O doping é daqueles problemas que dificilmente terá solução, porque os prevaricadores andam quase sempre um passo à frente dos que tentam combater as práticas ilegais. A lógica de ganhar a todo o custo já existia, como descreve? Sim. Aquele jogador que se sacrifica para jogar e não perder o lugar, sendo que provavelmente o seu corpo vai pagar alguns anos mais tarde, permanece atual. O Portugal de 1979 e de 2019 são muito diferentes, em termos sociais e desportivos? O país mudou bastante, nomeadamente ao nível da

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sofisticação. Em termos desportivos, acho que os jogadores de hoje ganham mais, mas divertem-se menos. A forma de relacionamento entre as pessoas há 40 anos era mais simplificada. Ainda há pouco tempo estive num encontro de colegas que comigo jogaram no Belenenses e foi fantástico. Tenho sérias dúvidas que os atletas da atualidade consigam desfrutar de momentos assim e manter o elo e o vínculo que perdura por décadas. Vive-se incomparavelmente melhor, mas a impessoalidade é grande e os laços de afetividade mais frágeis. Por norma, os autores envolvem-se muito com as personagens dos seus livros. Tem alguma que seja a sua favorita? Antes de mais, devo referir que tive a preocupação e o trabalho de que nenhuma personagem fosse identificável com a realidade de então. Com muito esforço, consegui sempre fugir de algumas inevitáveis aproximações. O objetivo foi que em cada personagem houvesse todo o mundo e ninguém. Mas se tivesse que escolher uma personagem seria, sem dúvida, o treinador, que tem a alcunha do «Sobe e desce». Ele foi um grande jogador, enquanto treinador via ;


tudo, mas fazia de conta que não havia nada. Correspondia a um tipo de treinador que vivia e deixava viver, mantendo o comando das operações, sempre que lhe chegava a mostarda ao nariz. Também gosto do «Pisca pisca» que é um dirigente que toca muitos instrumentos ao mesmo tempo. É o chefe de departamento de futebol do clube retratado no romance, o Inter de Lisboa… Sim, que tem relações privilegiadas com a elite política e o bas-fond, com a economia paralela, os bilhetes falsos, as rifas. Tudo isto existia no universo futebolístico de 1979. Falemos agora da sua carreira de guardaredes. Esteve em vários clubes, nomeadamente no Belenenses, Portimonense e Benfica, onde conquistou dois títulos de campeão nacional e duas taças de Portugal. No Benfica, como foi estar na sombra de Bento? Durante quatro anos joguei poucas vezes, apenas quando o Bento, que era titular indiscutível, estava lesionado. Curiosamente, tenho uma história com o Pál Csernai, que foi meu treinador na temporada 84/85. Um dia ele chamou-me e através do seu intérprete disse-me o seguinte: «estou muito satisfeito contigo, és um excelente guarda-redes. Mas para seres titular aqui tens de esperar que o Bento tenha um desastre de automóvel, como aconteceu com o Sepp Maier» (NDR: antigo guarda-redes do Bayern de Munique). Achei a história tão curiosa que acabei por partilhá-la mais tarde com o Bento no balneário. A lesão mais grave do Bento acontece em 1986, no mundial do México. Apesar de ter jogado pouco, a minha passagem pelo Benfica foi de grande aprendizagem e um privilégio por me ter cruzado com seres humanos fantásticos e

jogadores notáveis. Antes, tinha passado pelo Belenenses e pelo Portimonense, onde tive os melhores desempenhos da carreira, com a titularidade e chamadas à seleção. Um dos grandes momentos da sua carreira foi, certamente, a final da Taça UEFA, em 1983, com o Anderlecht. Um jogo disputado a duas mãos em que o Benfica perdeu por apenas um golo de diferença. Recorda-se dessa noite europeia? Após a derrota em Bruxelas por 1-0, o jogo da segunda mão foi ao fim da tarde de uma quarta-feira e era preciso dar a volta à desvantagem. O treinador era Eriksson e nós com o treinador sueco não fazíamos estágios. Fizemos um treino ligeiro pela manhã e depois rumámos ao Hotel Altis para almoçar e para descansar. Umas quatro ou cinco horas antes do jogo o terceiro anel do estádio da Luz já estava cheio. Foi uma grande final. O Benfica tinha uma equipa de nível mundial, mas o Anderlecht estava num dos melhores momentos da sua história. Estávamos em plena temporada de 82/83. Lembra-se qual era a equipa tipo? Foi o melhor plantel que apanhei na minha passagem pelo Benfica. Era uma obra de arte. Senão vejamos: Bento, Pietra, António Bastos Lopes, Humberto Coelho e Veloso (ou Álvaro), Shéu, João Alves, Carlos Manuel, Nené, Filipovic e Chalana. No banco estava eu, como guarda-redes suplente, o Diamantino, o Carlos Pereira, o Alberto Bastos Lopes e o Padinha. Espero não estar a esquecer-me de ninguém. Nessa época fiz cinco jogos a titular. O chamado «inferno» da Luz já tinha capacidade para 120 mil lugares? Foi apenas na temporada seguinte, em

1984, após vender o Chalana que o presidente Fernando Martins parte para o fecho do terceiro anel. Aliás, eu jogo o Benfica-FC Porto (00) que coincide com o fecho do terceiro anel. Recordo-me que foi a estreia do Madjer e do Juary na equipa do Porto. Em 1989, abandona a prática desportiva e ingressa no jornalismo… Deixei de jogar a 31 de julho desse ano e comecei como editor de desporto da revista «Sábado», com o Joaquim Letria, pouco tempo depois. Já estou em «A Bola» há 16 anos, - 13 dos quais na direção - antes estive 7 anos no «Record», onde fui diretor. Antes do «Record» tive quase dois anos em «A Capital», quando o jornal era vespertino e recordo-o como uma escola de jornalismo fantástica, onde curiosamente comecei como editor de política nacional. No seu livro o jornal chama-se «Estádio» e tem periodicidade trissemanal. Na realidade, os diários desportivos passam a existir a partir de 1995. Temos mercado para três jornais da especialidade diários? Do ponto de vista social há, do ponto de vista económico há cada vez menos. Os mais portistas acomodaram-se a «O Jogo» e os adeptos dos clubes de Lisboa a «A Bola» e ao «Record». É uma realidade que o papel está a definhar e em sérias dificuldades. Creio que será uma questão de tempo para se passar para plataformas digitais. A lógica do diário, seja generalista ou desportivo, irá diluir-se, seguramente, nas próximas décadas. O papel já não pode apenas dizer «o quê?», porque isso já faz a internet. No papel é preciso dizer o «porquê?». Com esta tendência, até 2030, no máximo, haverá aqui uma espécie de render da guarda do papel para o digital.

A falta de meios é um forte entrave a esse objetivo? Sem dúvida. As redações são muito mais pequenas do que aquelas que conheci no início da minha carreira. Torna-se mais difícil fazer um jornalismo mais reflexivo, com meios mais reduzidos. No estrangeiro tem havido experiências curiosas de jornais que fizeram uma aposta interessante no papel e os resultados foram positivos, mesmo em contraciclo. Em Portugal, é mais difícil existir essa disponibilidade financeira. As pessoas resistem em pagar por um jornal em papel por este não acrescentar mais nada aos meios digitais? Esse é o grande desafio. Os jornais têm que dar outra coisa, o problema é que ou se adaptam à nova realidade ou não têm meios para operarem essa mudança. O que se passa atualmente é que as pessoas vão, logo pela manhã, à banca e não têm nenhuma sensação de novidade que as leve a comprar o jornal. A única forma de combater isto é fazer um jornalismo diferente, menos descritivo e mais opinativo. O período do defeso futebolístico é quando se vendem mais jornais desportivos, Porquê? Sempre foi assim. Os jornais em julho e agosto sempre venderam o dobro relativamente ao resto do ano. A explicação é a seguinte: existe mais disponibilidade das pessoas para ler – com a pulverização das férias esse fenómeno tende a esbater-se – mas essencialmente porque os jornais publicados na pré-temporada têm, por norma, boas notícias. Ou seja, são jornais de esperança, com as novas e promissoras contratações, o que leva com que os adeptos estejam motivados ;

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e consumam tudo. Em tese, nessa altura, são todos potenciais campeões.

na ofensa pessoal que se vê em muitos outros sítios. Estas práticas não estão na nossa matriz. Apesar de estarmos conscientes que o crime compensa, precisamente por serem esses programas que recolhem maior audiência.

Mas, por exemplo, a edição seguinte à vitória do Benfica perante os rivais é garante de boas vendas para «A Bola»? Normalmente, sim. Um grande momento de vendas para «A Bola» foi a vitória de Portugal sobre a Espanha nos quartos de final do Euro 2004. Tirámos 300 mil exemplares. Foi inclusive superior à edição do dia seguinte à vitória de Portugal no Euro 2016, com o golo de Éder – mas aqui já os jornais, mesmo os desportivos, vendiam muito menos. Desde sempre que «A Bola» é um jornal conotado com o Benfica, tal como o «Jogo» é associado ao FC Porto. Não seria possível fazer como em Espanha em que os jornais desportivos são, sem subterfúgios, pró-Real Madrid ou pró-Barcelona? Em Espanha é mais fácil fazer essa distinção. Os jornais da Catalunha são assumidamente do Barcelona e tratam este clube por «nós». Os jornais da capital querem essencialmente o mercado do Real Madrid, apesar do Atlético de Madrid também começar a ficar interessante. Em Portugal, se o maior mercado é o Benfica, todos querem o mercado do Benfica. Não é só «A Bola». Estou particularmente à vontade, porque fui diretor do «Record» e o mercado do Benfica é visto de modo muito apetecível. Mas fazendo uma sintonia mais fina, mesmo em termos de capas, entre Benfica e Sporting, as coisas não são muito diferentes. Agora, se o Benfica ganhou em seis anos cinco campeonatos e esteve em duas finais europeias é natural que esse desempenho tenha influência no interesse que suscita nas pessoas. Em Portugal, todos querem o mercado do Benfica, mas isso não quer dizer que estejamos obrigados a dizer bem do Benfica. No trabalho jornalístico que se desenvolve, diz-se bem quando é para dizer bem e diz-se mal quando é para dizer mal. Os jornais desportivos continuam a reservar um espaço residual às modalidades? Não damos mais espaço, pelo simples motivo que as pessoas não querem. Ninguém vai abrir um restaurante vegetariano num bairro onde todos comem carne. Mas a monocultura desportiva é o espelho do que somos? É o reflexo do país. Vamos comparar, como anteriormente, Portugal e Espanha: nós somos campeões da Europa de futebol e campeões do mundo de hóquei em patins – apesar do hóquei agora ser um epifenómeno. Os espanhóis são ou foram campeões do mundo de futebol, basquetebol, têm os melhores tenistas, os melhores ciclistas, grandes nadadores, motociclistas e até pilotos na fórmula 1. Perante isto, a riqueza da escolha que eles têm é muito maior e permite dar uma ampla cobertura a estas vitórias. Veja que o destaque de amanhã da imprensa espanhola é a saída do Paul Gasol da NBA para provavelmente regressar ao Barcelona. Mas sempre que há uma vitória de relevo ou alguma medalha, procuramos chamar para a capa. Acontece é que não temos assim tantas proezas, nem a riqueza e a cultura desportiva de outros países. Em França, o «L’Équipe» faz primeiras páginas com o ciclismo, o râguebi e até a vela.

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A hegemonia do desporto «rei» está para durar em Portugal? Em Portugal, o futebol seca tudo. Não há nenhum miúdo que não tenha experimentado jogar futebol ou até ter ido à experiência para uma escola de futebol para ver se tem talento. E até os licenciados nas faculdades de motricidade humana saem de lá apenas com especialização em futebol. Só assim se explica esta profusão de craques que está a aparecer nas várias escolas de futebol. Há uma grande prospeção e um trabalho de base que não há em mais nenhuma modalidade. No outro dia, uma pessoa ligada ao basquetebol, lamentava-se que a modalidade não pode progredir por não existirem técnicos para fazerem os jovens evoluir. Falta-nos a política desportiva que a Espanha, por exemplo, começou a ter a partir dos Jogos Olímpicos de 1992? Os Jogos Olímpicos de Barcelona foram o ponto de partida da Espanha para um projeto muito ambicioso para se converter em potência desportiva. O Brasil, que organizou os jogos em 2016, está a despontar e a competir em modalidades onde não tinha tradição. Portugal tem muitas lacunas a diversos níveis. A começar por não termos desporto escolar, muito por culpa de nunca termos tido política desportiva em Portugal, simplesmente porque não existiu um único governo que tenha olhado para o desporto como um investimento. Olham todos para o desporto como uma despesa e jamais o fizeram com uma lógica de prioridade nacional. Como outros países fazem, investir hoje no desporto é ganhar o amanhã nas áreas da saúde, da economia, na segurança, na justiça, etc. O desporto, olhado

como uma estratégia a longo prazo, permite ter sociedades mais saudáveis. Mas de quatro em quatro anos, vamos às olimpíadas e exigimos medalhas aos nossos atletas… Os resultados até são superiores ao esforço de investimento que fazemos. Creio que só é possível fazer uma política desportiva nacional tendo como ponto de partida o desporto escolar. O pior é que o desporto escolar não existe, para além de como povo não termos a ligação à prática desportiva que seria desejável. Apresenta os programas «Quinta da Bola» e «Tribuna de Honra», em «A Bola TV». Que balanço faz deste projeto iniciado em outubro de 2012? Procuramos fazer enquadramentos e discussões diferentes do futebol em comparação com a concorrência. Estes programas que apresento são muito gratificantes. Inclusive no «Tribuna de Honra» mantemos um dos comentadores inalterados desde a primeira edição, há sete anos, que é o António Bagão Félix. Privilegiam, ao contrário da concorrência, uma abordagem menos emotiva e pela positiva? Em «A Bola TV» não abdicamos de uma abordagem igualmente emotiva, recusamos é entrar na ofensa, na polémica gratuita, na discussão sem sentido e na especulação sem limite. Este é um canal essencialmente informativo, com noticiários hora a hora e alguns diretos, em que tudo fazemos para produzir bons programas e bons debates, sem entrar

CARA DA NOTÍCIA Da baliza paras a redações 6 José Manuel Delgado nasceu a 30 de outubro de 1957, em Lisboa. Como guardaredes, representou o Montijo, o Farense, o Belenenses, o Portimonense, o Espinho e o Benfica, onde ganhou dois campeonatos (1982/83 e 83/84) e duas taças de Portugal (1982/83 e 84/85). Foi finalista derrotado da Taça UEFA, diante do Anderlecht, na temporada 1982/83. Foi internacional pelas seleções de sub-17, sub-19, sub-21 e sub-23. Foi convocado três vezes para a seleção A. Enquanto profissional, esteve 10 épocas no ativo e disputou cerca de 140 jogos. Em 1989, enveredou pela carreira de jornalista, primeiro na «Sábado», como editor-executivo, depois em «A Capital» e foi diretor do «Record». Atualmente é subdiretor do jornal «A Bola» - pertencendo aos quadros desde 2003 e apresentador de dois programas em «A Bola TV»: «Quinta da bola» e «Tribuna de honra». Foi ainda membro da comissão executiva do Sindicato dos Jogadores e esteve como mandatário para a juventude na reeleição de Ramalho Eanes, em 1980. «A vida aos pontapés», com a chancela da Âncora, é a sua primeira experiência na ficção. K

Tem um currículo vasto em termos da cobertura de grandes eventos desportivos. Que memórias guarda desses acontecimentos? Foram muitos os acontecimentos em que estive presente: Nos mundiais de futebol, estive em 1990, em Itália, em 1998, em França, em 2006, na Alemanha, em 2010, na África do Sul e em 2014 no Brasil. Estive também nos europeus de futebol de 1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016. Fiz a estreia na cobertura de umas olimpíadas, em 2016, no Rio de Janeiro. É uma experiência única, diferente de tudo, por ser mais intensa e concentrada em termos geográficos e num curto espaço de três semanas. O trabalho era de sol a sol. Acordar às 6 da manhã e deitar às 2 da manhã, do dia seguinte. A rotina era estar nas competições, ir escrever para as salas de imprensa e regressar ao apartamento. No Rio de Janeiro fiquei a residir próximo da central de camionagem de onde partiam os transportes para as competições. Durante o tempo de viagem, alternava entre dormir algum tempo e aproveitar para terminar as reportagens antes de enviar os serviços para Portugal. É uma experiência gratificante do ponto de vista profissional. Faltava-me aquilo. Vimos o “dream team” dos Estados Unidos, o Usain Bolt a ganhar os 100 metros, conversamos com o Michael Phelps, etc. Foi a cereja no topo do bolo. E, já agora, deixeme acrescentar, ainda fiz uma Copa América, na Bolívia, em 1997. Numa altura em que as redes sociais contribuem para uma lógica de desinformação, qual é o papel da educação para distinguir o trigo do joio? Estamos numa época perigosa, e em que a democracia está ameaçada. Não há em qualquer parte do mundo uma democracia forte, com uma comunicação social fraca, com poucos recursos e sem meios para fazer jornalismo de investigação. A capacidade pedagógica e de escrutínio dos “media” é fundamental – recentemente, o Presidente da República alertou para a necessidade de se encontrar meios para auxiliar a comunicação social. É preciso fazer um debate urgente sobre este tema, a começar pelos decisores políticos. Em paralelo, há muita gente a sair das faculdades, proveniente dos cursos de Comunicação Social, quando o mercado de trabalho nesta área não é propriamente o mais apelativo. Também aqui, os “media” vão precisar de ajuda e enquadramento. De que maneira é que a escola pode ter um papel importante? Vivemos tempos de um grande défice de leitura e a escola poderá ajudar a corrigir isso, incentivando e promovendo novos hábitos. Precisamos de desmistificar a ideia de que tudo o que aparece num ecrã de computador ou de telemóvel é verdade. Com efeito, pode ser um perigo para qualquer sociedade. Nuno Dias da Silva _ Jornal *A Bola*/ASF H   

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Concurso Pontes de Esparguete

Pedro Neto em primeiro Covilhã

AAUBI assinala 31.º aniversário 6 A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) assinalou o seu 31.º aniversário no dia 29 de novembro, com uma gala realizada na Faculdade de Engenharia da UBI, na qual o presidente, Afonso Gomes, detalhou o trabalho de reestruturação interna que tem vindo a ser desenvolvido na AAUBI. “Essa reestruturação ainda não terminou. Apostámos na reestruturação do nosso Bar Académico. As obras estão quase finalizadas, falta apenas o parecer técnico do município para poder passar a funcionar. Apostámos também na ambição de organizar eventos a nível nacional, conseguimos fazê-lo, na reinvenção de eventos de caráter recreativo e a entrega do prémio de Boas Práticas Associativas pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude”, afirmou. O futuro passa agora pelo “crescimento da relação com o município

do Fundão, o aumento dos laços e do apoio entre a AAUBI e o município da Covilhã, a resolução do problema do bar académico, a parceria com a universidade continue e a reestruturação da sede”, referiu Afonso Gomes. Presente na cerimónia, o vicereitor da UBI para as áreas de Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais e antigo presidente da AAUBI, aproveitou para destacar que “a universidade é muito mais do que passar horas a estudar, não pode ser um supermercado de diplomas, porque caso o seja estará a formar técnicos”. João Canavilhas defende que “é necessário dar uma formação humanista, para se formar cidadãos” e lembrou ainda que os estudantes que fizerem parte de associações, núcleos ou tunas “certamente serão distinguidos perante os futuros empregadores”. K Rafael Mangana _

6 O estudante do Mestrado em Engenharia Aeronáutica da UBI, Pedro Neto, é o vencedor da categoria ‘Resistência’, da edição deste ano do Concurso Humberto Santos de Pontes de Esparguete (CPE 2019), tendo a estrutura que construiu suportado uma carga de 106,20 kg. Os segundos e terceiros lugares da competição também foram alcançados por estudantes do mesmo curso. A ponte desenvolvida por Marcos Pereira conseguiu a marca de 60,8 kg, enquanto a de Jorge Panagopoulos alcançou 48 kg. “Embora o recorde de carga não tenha sido superado, o aumento de peso suportado relativamente à ponte vencedora no ano transato é indicador de que os alunos se continuam a empenhar no desenvolvimento do projeto da estrutura da ponte, assim como na sua execução aprimorada”, salienta Pedro Dinis Gaspar,

presidente da Comissão Organizadora do Concurso Humberto Santos de Pontes de Esparguete. Para o docente do Departamento de Engenharia Eletromecânica, “das 35 pontes a concurso à categoria ‘Resistência’ e ‘Estética’ é de salientar a participação na edição deste ano de várias pontes projetadas por alunos da Academia Júnior de Ciências da UBI, além de todos os premiados na categoria ‘Resistência’ serem do

Mestrado Integrado em Engenharia Aeronáutica”. Na categoria ‘Estética’ venceu João Correia (Eng. Aeronáutica), seguido de Cedric Soares (Eng. Electromecânica) e Tiago Rodrigues (Eng. Aeronáutica). A XIX edição do decorreu a 29 de novembro, na Faculdade de Engenhariae e esteve inserida no programa da International Conference on Engineering (ICEUBI 2019). K

Concurso Integro na UBI

Alunos de Política vencem concurso 6 A iniciativa ‘Covilhã, Cidade Limpa’, que mobilizou os novos alunos do 1.º Ciclo de Ciência Política e Relações Internacionais para a limpeza das ruas da cidade, foi a vencedora da edição deste ano do Concurso Integro, tendo ganho um prémio de mil euros. Centrado nas preocupações ambientais e no civismo, o projeto foi desenvolvido em outubro e consistiu na distribuição de cinzeiros pelos locais de maior afluência de estudantes e recolha de quilos de beatas de cigarro, posteriormente encaminhadas para a empresa Biataki, que recicla estes materiais para a construção de tijolos. A atividade organizada pelo Núcleo de Estudantes de Ciência Política e Relações Internacionais (CPRIUBI) incluiu ainda a distribuição de folhetos à população, com o objeti-

vo de sensibilizar para a reciclagem do plástico. Em segundo lugar, com um prémio de 500 euros, classificou-se o Núcleo de Estudantes Ciências da Comunicação (UBIMedia), que desenvolveu o DisCOVIry, um mapa disponível em formato digital, que facilitou o quotidiano dos novos alunos, muitos deles desconhecedores dos locais úteis e relevantes da Covilhã. O Integro, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, visa o desenvolvimento de atividades de promoção de integração que conduzam a uma vivência plena do Ensino Superior enquanto espaço inclusivo, de liberdade, conhecimento e relacionamento saudável. É organizado pela Reitoria da UBI, em parceria com a Associação Académica da Universidade da Beira Interior e o apoio do Banco Santander. K

Economia Empresarial

UBI ganha prémio luso-espanhol 6 Rui Silva, doutorado em Gestão pela Universidade da Beira Interior (UBI), é o vencedor do Prémio Fundación Camilo Prado para o melhor artigo sobre Management and Education no XXI Seminário Luso-Espanhol de Economia Empresarial (SLEE), que decorreu em novembro, em Évora. O vencedor apresentou o artigo ‘Student Learning Motivation in field of Management with and without Gamification’, um dos trabalhos decorrentes do seu doutoramento, defendido em fevereiro de 2019 na UBI, sob orientação de Ricardo Gouveia Rodrigues, docente do Departamento de Gestão e Economia, e coorientação de Carmem Leal, docente da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro (UTAD).

O antigo aluno de Doutoramento da UBI e atual docente na UTAD mostrou-se “orgulhoso” por este reconhecimento. “É sempre importante vermos o nosso esforço recompensado e a nossa investigação reconhecida alémfronteiras por outros investigadores”, afirma Rui Silva, que deixa, também, uma palavra de agradecimento aos seus orientadores, Ricardo Gouveia Rodrigues e Carmem Leal, e à UBI pela forma como foi acolhido na mais importante etapa da sua vida, como a considera. Raysa Geaquinto Rocha, estudante do 3.º Ciclo/Doutoramento em Gestão, foi outra das participantes da UBI premiadas no evento. O seu projeto de tese, intitulado ‘Gestão do Conhecimento e Sabedoria Organizacional: o

Papel do Mediador da Espiritualidade’, recebeu o Prémio ‘Companhia das Lezírias’ para o melhor projeto apresentado no Workshop de Investigadores Nascentes. A estudante tem como orientador científico Paulo Pinheiro, docente do Departamento de Gestão e Economia da UBI. Já Flávio Morais, também doutorando em Gestão na Universidade da Beira Interior, viu a sua comunicação ‘The Effect of Corporate Governance Structures on Zero-Leverage Phenomenon’, em co-autoria com Zélia Serrasqueiro e Joaquim Ramalho (orientadora e coorientador científicos, respetivamente), galardoada com o Prémio Jovem Investigador ‘Cátedra Luís de Camões’ – Universidade Carlos III de Madrid – Banco de Santander – Fundación Ramón Areces. K

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Para partilha de ideias e projetos

Empreendedorismo em aula aberta

Universidade da BEira Interior

Ministra no UBIMedical 6 Apresentar as atividades desenvolvidas à comunidade e aumentar o potencial em termos de futuras parcerias foi o objetivo central do 1º Workshop do C4 – Centro de Competências em Cloud Computing da Universidade da Beira Interior, que decorreu a 6 de dezembro no UBIMedical, o parque de inovação na área da saúde no qual o centro de competências está sediado. A iniciativa marcou o primeiro aniversário do C4, que iniciou ativi-

dade em dezembro de 2018, com o objetivo de criar inovação e promover transferência de conhecimento, tanto para a indústria como para a administração pública, no âmbito do aproveitamento das potencialidades da computação em nuvem. No evento esteve presente a ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, que destacou a importância da atividade ali realizada ter grande aplicabilidade, contribuindo para uma “universidade de excelência” e para a coesão do território.

Neste primeiro ano foi desenvolvido um projeto conjunto com a Câmara do Fundão, estando ainda previsto que avance uma parceria com a Câmara da Covilhã. O C4 tem aproximadamente 15 bolseiros e conta ainda com o contributo de cerca de 50 investigadores afetos à Universidade da Beira Interior (UBI) e aos institutos politécnicos de Castelo Branco e da Guarda. Tem como diretor-executivo, Hugo Vieira. K

Acesso seguro a dados clínicos

UBI com sistema do SNS 6 Os estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Beira Interior (FCS-UBI) vão passar a ter acesso ao software SClínico Hospitalar, uma ferramenta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que visa a uniformização dos procedimentos dos registos clínicos – desde que o cidadão dá entrada na unidade de saúde até ter alta –, de forma a garantir a normalização da informação registada pelos profissionais de saúde durante o tratamento, melhorando assim a qualidade dos serviços prestados aos doentes. Em funcionamento em mais de 50 centros hospitalares/unidades do SNS, o SClínico Hospitalar foi disponibilizado aos alunos da UBI, na sequência de um protocolo assinado a 6 de dezembro, entre a universidade, as três unidades de saúde associadas à FCSUBI e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). O acesso ao SClínico Hospitalar permite aos estudantes o acesso

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à informação ali registada, para efeitos da sua própria formação no contexto da equipa dos cuidados de saúde na qual se inserem. A iniciativa protege os utentes, os próprios estudantes e os docentes de possíveis abusos de terceiros, reforçando a aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e das melhores práticas de Ética Médica. O protocolo foi assinado pelo vice-reitor para a Área do Ensino,

Internacionalização e Saídas Profissionais, João Canavilhas, e pelo presidente do Conselho de Administração da SPMS, Henrique Gil Martins. Pelo Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira assinou o presidente do Conselho de Administração, João Casteleiro, e pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, também o presidente do Conselho de Administração, Vieira Pires. A ULS da Guarda rubricará o protocolo posteriormente. K

6 Dar a conhecer a importância do Empreendedorismo e do insucesso foram objetivos da Aula Aberta ‘Eu Empreendedor’, que decorreu a 28 de novembro na Universidade da Beira Interior, no âmbito da unidade curricular Gestão de Empresas e Empreendedorismo do mestrado em Engenharia e Gestão Industrial. No decorrer da aula, Daniela Marta, gestora de projetos no Parkurbis, pediu aos alunos para apresentarem os seus planos, tendo ainda abordado a definição de empreendedorismo, o papel da inovação social, a paixão no trabalho, a importância das inovações tecnológicas, dos modelos de negócio e do insucesso. Ser empreendedor “é ter uma atitude empreendedora, não ter conformismo com as coisas erradas e trazer novas ideias que possam resolver problemas no ambiente empresarial. Colaborar com a sociedade e com as outras pessoas e instituições também é muito importante”, salientou, no final, o aluno de Engenharia e Gestão Industrial, Carlos Fernandes.

“Ser empreendedor não é fácil e tem que se enfrentar muitos obstáculos”, mas essa atividade é muito importante para a comunidade em geral, porque “se nós não formos empreendedores iremos continuar a ver os problemas e a ser uma sociedade muito passiva. Esse aspeto é importante para o empreendedorismo porque percebemos que devemos fazer algo e isso tem a função de mover para mudar algo e trazer algo novo para a sociedade”, afirmou Daniela Marta. Para Daniela Marta o Interior dá cartas no mundo da inovação e existem muitos projetos interessantes. “Desde que trabalho no Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã e com a colaboração que temos com a Universidade da Beira Interior vi nascer os projetos mais inovadores em Portugal. Temos uma instituição de ensino universitário que trabalhou antes das outras universidades o papel do empreendedorismo e a UBI foi pioneira neste aspeto”, concluiu. K Ana Margarida Silva _

Festival Ymotion

Prémio de cinema para a Covilhã 6 ‘Direito à Memória’, produzido pelo aluno do Mestrado em Cinema, da Universidade da Beira Interior (UBI), Rúben Sevivas, foi eleito o ‘Melhor Documentário’ na 5ª edição do Ymotion – Festival de Cinema Jovem de Famalicão, que decorreu em novembro. Centrado no discurso do general Humberto Delgado proferido em 1958, o documentário, de nove minutos, cruza imagens do estado atual de abandono do Cine Teatro de Chaves, edifício histórico da cidade transmontana, e o discurso de campanha de Humberto Del-

gado. A intervenção feita naquele espaço pelo opositor ao regime do Estado Novo foi na altura gravada e posteriormente ocultada, para que não caísse nas mãos da PIDE. Rúben Sevivas, que também fez a Licenciatura em Cinema na UBI, conseguiu obter uma cópia da gravação, com a qual produziu “Direito à Memória”, o seu segundo filme. Produzido no âmbito da Unidade Curricular de Cinema e Outras Artes, estreou em maio deste ano, em Nova Iorque, no âmbito do Portuguese Short Film Festival. K

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Universidade de Évora

Hercules documenta túmulo de rainhas do Egipto 6 O Laboratório HERCULES da Universidade de Évora (UÉ) inventariou, documentou e reorganizou uma coleção de aproximadamente mil e duzentas amostras de Paolo e Laura Mora, entre os quais o túmulo de Nefertari, no vale das rainhas no Egipto. Em nota enviada ao Ensino Magazine, aquela Universidade explica que esta inventariação faz parte do projeto internacional “The Mora Sample Collection Project”, da responsabilidade daquele laboratório que desde 2018 se encontra a organizar esta coleção de amostras históricas no Centre for the Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property (ICCROM) em Itália. O objetivo principal foi o de inventariar, documentar e reorganizar uma coleção de aproximadamente mil e duzentas amos-

tras reunidas entre a década de sessenta e oitenta por Paolo e Laura Mora, duas figuras incontornáveis no campo da conservação e restauro, reconhecidos internacionalmente pelo seu trabalho desenvolvido no Instituto Central de Restauro de Roma e

enquanto consultores e docentes do curso de Pintura Mural do ICCROM, um Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauro de Bens Culturais. “A coleção de amostras reunida por este casal, e doada na década de noventa ao ICCROM,

pode ser considerada uma das mais completas a nível mundial no que toca a pintura mural pela variedade de materiais e de técnicas presentes. Tratam-se de amostras oriundas de 34 países e de 112 sítios/monumentos, alguns dos quais de difícil acesso ou interditos atualmente”, refere Milene Gil, a Investigadora da UÉ responsável pelo projeto que executou e coordenou os trabalhos realizados por uma equipa multidisciplinar na sede do ICCROM em Roma e na Universidade de Évora. O output final do projeto também criado na Universidade de Évora, por José Saias e Luís Rato do Departamento de Informática, é uma base de dados para a divulgação das imagens e dados recolhidos durante os dois anos de trabalho. Esta base de dados em Open Access será no futuro partilhada por

toda a comunidade científica e público em geral. Na coleção do casal Mora podem encontrar-se fragmentos do túmulo de Nefertari, no vale das rainhas no Egipto, contudo, esta coleção abrange os vários continentes do mundo. Segundo a UÉ pode-se ainda encontrar outro exemplo no Irão, mais precisamente em Persépolis, aquela que foi uma das capitais do Império Aqueménida, cuja construção se iniciou no reinado de Dario I e continuou ao longo de dois séculos até à conquista do império persa por Alexandre Magno. Já na Europa, podem-se encontrar alguns exemplos destes tesouros culturais, um deles situado em Bijacovce, uma vila e município do distrito de Levoča, na região de Prešov, no centroleste da Eslováquia. K

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DEZEMBRO 2019 /// 07


  

Universidade de Évora

Conselho Geral tem novo membro externo 6 O Conselho Geral da Universidade de Évora elegeu o jornalista João Carrega, diretor do Ensino Magazine, como membro daquele que é o órgão mais importante da segunda universidade mais antiga do país. A tomada de posse decorreu, no passado dia 4 de dezembro, numa cerimónia que antecedeu a reunião do Conselho Geral que tem como presidente Carlos Mota Soares, um dos professores e investigadores portugueses mais conceituados. João Carrega, 47 anos, acompanha o pulsar da educação e do ensino superior há mais de duas décadas, sendo um dos jornalistas portugueses mais experientes nesta área, tendo co-coordenado, com o professor universitário João Ruivo, quatro livros relacionados com temas de ensino superior (Políticas e Políticos da Educação; Políticas Educativas em Portugal; A Escola e as TIC na Sociedade do Conhecimento; e Rogério Fernandes in Memoriam). Recentemente editou o livro que assinala os 40 do ensino superior politécnico em Portugal, da autoria do ex-presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Joaquim Mourato, para o qual escreveu o posfácio. Jornalista há 30 é diretor do Ensino Magazine, a principal publicação dedicada ao ensino, cultura e juventude editada no nosso país e com distribuição internacional, e da editora RVJ. A eleição como conselheiro no Conselho Geral da Universidade de Évora é encarada “com uma enorme responsabilidade. Tratase do principal órgão da universidade, que aprova toda a estratégia da instituição e que elege os seus dirigentes. Recebi a notícia da minha eleição com satisfação, mas também com um grande sentido de responsabilidade e do trabalho exigente e rigoroso que estas funções acarretam. É um orgulho enorme poder fazer parte do Conselho Geral da Universidade de Évora. Agradeço aos restantes membros a confiança que em mim depositaram, tudo Publicidade

08 /// DEZEMBRO 2019

Évora

João Nabais é vice-presidente de federação internacional

farei para responder da melhor forma a esta prestigiada e secular academia”, refere João Carrega. Licenciado em Gestão Financeira, mestre em Comunicação Educacional e Multimédia, João Carrega é doutorando na Universidade de Extremadura (Espanha) em Ciências da Educação, onde está a elaborar uma tese sobre a utilização de dispositivos móveis em contexto educativo, tendo a orientação dos professores Rosa Ória (Espanha) e João Ruivo (Portugal). Neste capítulo é, com os referidos orientadores, autor de artigos científicos recentemente apresentados e publicados em conferências de educação internacionais. É também diplomado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra/Instituto Nacional de Medicina Legal, nos cursos de Introdução às Ciências Médico-Legais e Forenses para Jornalistas I e II. É membro da Ordem dos Contabilistas Certificados, da Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa e da Comenda Templária de Castelo Branco/Grande Priorado de Portugal. K

6 João Nabais, professor do departamento de Química da Universidade de Évora foi eleito vice-presidente, na categoria de não profissionais de saúde, da Federação Internacional da Diabetes (IDF) que integra organizações científicas e não governamentais de pessoas com diabetes de 168 países. A eleição para o cargo decorreu na Assembleia Geral desta Federação que teve lugar no dia 2 de dezembro de 2019 em Busan na Coreia do Sul, reunião que antecedeu o congresso mundial da diabetes que decorreu na mesma cidade de 3 a 6 de dezembro.

Recorde-se que João Nabais, a viver com diabetes desde os 12 anos, foi o primeiro português a assumir a presidência da região Europa desta organização, quando em 2012 assumiu a Presidência da Federação Internacional da Diabetes, região Europa. O professor da UÉ considerou ser necessário que os planos nacionais de prevenção da diabetes fossem implementados, através das suas atividades, esta instituição pretende influenciar as políticas públicas sobre a diabetes, aumentar a consciência pública e prestar informação detalhada sobre a diabetes em toda a região europeia. K

Associação de Estudantes da UÉ

Fernanda Barreiros eleita presidente 6 Fernanda Barreiros acaba de ser eleita presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE). Nas eleições realizadas no dia 5 de dezembro, recebeu 1385 votos, num total de 2209 votantes. A estudante de 25 anos já tinha estado ligada à academia durante a sua licenciatura em Artes Visuais e Multimédia. Para Fernanda Barreiros a missão da AAUE tem por base cinco princípios, sendo eles “a Igualdade, a Inclusão, a Integração e a Integridade” com a finalidade de garantir “que a AAUE esteja próxima de toda a academia, mas também da cidade de Évora”. A recentemente eleita defende que “a igualdade é essencial no sentido em que todos os estudantes tenham direito aos mesmos acessos ao ensino superior. A inclusão sendo que um estudante só se pode sentir integrado, sentindo-se incluído. Por outro lado, a integração promovendo ações para que os estudantes se sintam acolhidos e que se identifiquem. E, por fim, a integridade pretendendo garantir que todos as atividades, ações e contas sejam transparentes, garantido assim que todos os alunos tenham maior acesso a informação”. “As nossas principais preocupações estão relacionadas com a falta de alojamen-

to, com o estado do pavilhão de desporto e do pólo de teatro. Sabemos que neste momento estão a ser tomadas medidas no que lhes diz respeito, no entanto queremos continuar a procurar soluções para estes problemas e outros que afetam grande parte dos nossos estudantes. Pretendemos também apostar nos nossos estudantes, primeiramente estimulando-os a serem empreendedores e, por fim, procurando novas formas de desenvolver formações nesta área e de os fixar na cidade”, concluiu. K


DEZEMBRO 2019 /// 09


IPCB

Conselho Geral aprova reorganização 6 O Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco aprovou, no passado dia 2, com a presença de 21 conselheiros, com 15 votos a favor, 3 abstenções e 3 votos contra a proposta de Restruturação Organizacional da instituição. António Fernandes, presidente do Politécnico, revela que com essa aprovação ficou “mandatado pelo Conselho Geral para diligenciar para que se proceda à implementação da proposta de Reestruturação Organizacional do IPCB, visando a constituição de 9 departamentos transversais a toda a instituição, cada um abarcando áreas CNAEF (Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação)”. António Fernandes revela que o IPCB irá organizar-se “em quatro novas Escolas, resultantes da associação dos nove departamentos, conforme também referido no documento”. O presidente explica que “a proposta de Reestruturação Organizacional teve como ponto de partida o diagnóstico do IPCB no contexto da atual organização cientifico-pedagógica, da procura da instituição por novos estudantes e das restrições orçamentais. Foram identificados aspetos internos relacionados com o funcionamento da Instituição suscetíveis de alteração com consequente melhoria dos

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níveis de eficiência e eficácia organizacional, garantindo a articulação, transversalidade e complementaridade entre áreas do conhecimento e a otimização de recursos”. No seu entender esta reorganização pretende “reforçar a massa crítica para a criação de grupos (fortes) de investigação e de formação, em áreas estratégicas determinantes para o IPCB; Garantir a articulação entre a multidisciplinaridade e a existência de áreas fortes de for-

mação e de investigação, respeitando a identidade de cada uma; e otimizar a gestão de recursos (humanos, materiais e físicos)”. “Simultaneamente à restruturação organizacional deverão ser adotadas estruturas administrativas menos hierarquizadas, mais simples e flexíveis, baseadas em modelos que permitam a responsabilização pela obtenção de resultados”, diz António Fernandes, enquanto revela que “tudo indica que a reestruturação organizacional

do IPCB promova a conceção e o desenvolvimento de novas ofertas formativas alinhadas com as novas Escolas e que respondam às atuais necessidades da sociedade. Dos novos arranjos são esperados ganhos de atratividade pela especificidade e natureza inovadora dessas formações. Reforçar a ligação ao tecido empresarial e institucional mantém-se como uma importante orientação estratégica, sendo essencial apostar em iniciativas conjuntas geradoras de especialização tanto no contexto do ensino e investigação como da prestação de serviços que melhorem a dinâmica de atração, captação e fixação de jovens e técnicos qualificados na região”. O presidente do IPCB diz que “não se trata de extinguir qualquer Escola em particular ou formações existentes. Pretendese, acima de tudo, aproveitar o efeito sinergético resultante da associação de áreas afins presentemente afastadas, com melhoria ao nível da formulação de novas propostas de formação e ganhos de atratividade. Por outro lado, maior dimensão (escala) em cada departamento, e consequentemente em cada uma das novas Escolas, permite definir estratégias próprias e capacitar a Instituição para o futuro, reforçando a sua afirmação no panorama nacional e

internacional, e fazendo o seu próprio caminho”. António Fernandes revela que “este é um processo necessariamente longo, complexo e exigente. Será muito bom que se consiga terminar este processo no prazo de um ano. Mas isso, depende naturalmente da resposta dos órgãos aos pedidos que lhes serão formulados”. O próximo passo passa pela “criação dos novos departamentos segue-se a necessária afetação dos docentes do IPCB aos mesmos. Após a formalização dessa afetação procederse-á à definição da designação final dos departamentos e posteriormente da designação final de cada uma das novas escolas. No que concerne à designação quer dos 9 novos departamentos quer das 4 novas escolas, a proposta que apresentei ao Conselho Geral é mesmo uma proposta. Serviu apenas para facilitar a comunicação nas reuniões havidas. Naturalmente que caberá aos órgãos do IPCB pronunciarem-se sobre essas questões. De seguida teremos que partir para o processo de revisão estatutária, sendo que os novos estatutos terão que ser aprovados pelo Conselho Geral e homologados pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”, justifica. K

IPCB

Plano de atividades aprovado 6 O Conselho Geral do IPCB aprovou, em reunião realizada no dia 2 de dezembro, o Plano de Atividades para o ano de 2020, informou a instituição em nota enviada ao Ensino Magazine. O Plano de Atividades do IPCB insere-se na estratégia da Instituição estabelecida para o quadriénio 2019-2022, apresentando as ações a implementar conducentes ao cumprimento dos objetivos institucionais mencionados no Plano Estratégico para o quadriénio em referência. Com as ações estabelecidas neste documento, pretende-se prosseguir o caminho de crescimento e desenvolvimento sustentado da Instituição, nas suas diferentes valências, a nível nacional e internacional. K

010 /// DEZEMBRO 2019


IPCB

ESGIN fez 28 anos

Escola chega aos 600 alunos 6 A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESGIN) assinalou, no passado dia 28, o seu 28º aniversário. Uma data que foi aproveitada por Sara Brito Filipe, diretora da escola, para recordar o percurso da instituição e aqueles que tornaram possível a criação do ensino superior em Idanha-a-Nova, primeiro com o polo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Castelo Branco e depois com a criação da Escola Superior de Gestão, casos de Joaquim Morão, na altura presidente da Câmara de Idanha-aNova, e de Domingos Santos Rijo, primeiro diretor da escola. Sara Brito referiu-se também à entrada de 252 novos alunos na escola. “Um número muito interessante, considerando os das instituições similares no interior e territórios de baixa densidade. E só 25 por cento são do distrito”. No total a escola tem hoje 600 alunos, o que representa um aumento de 20 por cento. Numa altura em que se fala da reestruturação organizacional do Politécnico de Castelo Branco (ver página 10), Sara Brito disse conhecer “a situação do IPCB, as dificuldades que apresenta, o esforço para honrar todos os compromissos. Estaremos disponíveis para colaborar, como estivemos até aqui, para encontrar as melhores soluções (…) O principal constrangimento está a ser vivido dentro da instituição, com o processo de reorganização. A ESGIN Publicidade

é um motor de desenvolvimento deste concelho e da região. Conseguiu atrair talento e competência para este território, gerando dinâmicas locais e regionais de divulgação do conhecimento. Creio poder afirmar que Idanha está grata à ESGIN e ao IPCB. Mas também nós estamos muito gratos em Idanha que há 28 anos conseguiu todas as condições para aqui instalar o então polo da ESTIG, além de disponibilizar financiamento e infraestruturas que, ao longo dos anos, foram aumentando”. O entendimento entre a ESGIN e a autarquia “tem permitido o desenvolvimento da instituição como um todo. Importa mantê-lo e até reforçado, para bem de todos. Nunca como agora teve tanto sentido a expressão a união faz a força”. Na mesma cerimónia, Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, voltou a criticar a possível perda da sede da escola de ensino superior em Idanha-a-Nova em resultado da reorganização (aprovada em Conselho Geral do IPCB de 2 de dezembro) afirmando que “o momento é de dar as mãos, com todos os diferentes atores no território e consolidar a estratégia que os diferentes governos definiram para a implementação do ensino superior público no interior e contribuir para o seu crescimento, esbatendo assim as assimetrias regionais”. Nos últimos seis anos a autarquia investiu na ESGIN “cerca de 2,5 milhões de

euros e perspetiva fazer mais um investimento de três milhões de euros a partir de 2020. A Câmara sempre foi mecenas da ESGIN, tornado-a na escola com menos custos no IPCB, com cursos e funcionamento sustentáveis. 2020 trará a reabilitação urbana de mais 200 camas para os estudantes, mais 70 computadores para renovar o parque informático da ESGIN, a reestruturação do seu edifício sede em termos de eficiência energética, no âmbito de uma candidatura da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa ao Portugal 2020, ou ainda a instalação de novas cozinhas, associadas ao Colab para apoiar novos cursos de gestão hoteleira”. António Fernandes, presidente do IPCB, encerrou a sessão onde antes já tinha intervido Margarida Prudêncio, em representação dos estudantes. O responsável pelo Politécnico considera que os resultados alcançados se devem “à diretora, ao sub-diretor, aos presidentes dos órgãos de gestão, aos professores, alunos, amigos, funcionários, aposentados, diplomados, ao IPCB, às câmaras de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Oleiros, em suma, a toda a região”. O presidente do IPCB reconheceu que o Politécnico “teve um crescimento inédito naquilo que é a sua atratividade, em especial a ESGIN, que conseguiu atrair no último ano 104 novos alunos estrangeiros, o que causou algumas dores de crescimento”. K

Rede 5G em Portugal em debate 6 O docente da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Paulo Marques, participou no painel sobre a introdução do 5G em Portugal realizado no âmbito XXIII Encontro Nacional de PME’s do Setor das Telecomunicações. Paulo Marques abordou a perspetiva das novas aplicações desta tecnologia e ainda os desafios para uma cobertura nacional, numa ses-

são onde estiveram presentes os responsáveis máximos das redes móveis dos operadores NOS, MEO e Vodafone e que contou com mais de 150 participantes. Organizado pela Associação Empresarial de Comunicações de Portugal (ACIST), o encontro teve como tema a “Inovação e TIC’s vs Desenvolvimento Sustentável” e contou com a abertura do presidente da ANACOM, João Cadete de Matos. K

Doença Arterial Periférica

Escola de Saúde faz rastreios 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco realiza, no dia 12 de dezembro, um Rastreio de Doença Arterial Periférica à população albicastrense, no âmbito do programa Open Days da licenciatura em Fisiologia Clínica. A iniciativa é aberta a toda a comunidade, devendo ser efetuada marcação prévia junto daquela clínica ou pelo telefone 272 340 563.

Em nota enviada à comunicação social, o Politécnico explica que “a Doença Arterial Periférica (DAP) atualmente atinge 3 a 10 % da população e afeta indivíduos em idade ativa, aumentando para 15 a 20% em adultos com mais de 70 anos. Estima-se que esta prevalência aumente drasticamente nos próximos 20 anos, com o aumento da esperança de vida”. K

DEZEMBRO 2019 /// 011


Castelo Branco

IPCB estuda população 6 Os resultados preliminares do estudo realizado à população de Castelo Branco no âmbito do Projeto PerSoParAge (Recursos pessoais e sociais para a autonomia e participação social numa sociedade envelhecida) foram apresentados no passado dia 6 de dezembro na Junta de Freguesia de Castelo Branco. No âmbito deste projeto, de Vítor Pinheira e Maria João Guardado Moreira, cujo relatório final deverá ser entregue em janeiro, foram entrevistados 167 residentes no concelho de Castelo Branco com idades compreendidas entre os 55 e os 96 anos. Nestas entrevistas obtiveram-se dados sobre os recursos pessoais, sociais, económicos e de saúde, bem como sobre a utilização de diversos serviços e foram

identificadas as necessidades e expetativas dos idosos e futuros idosos sobre o seu próprio envelhecimento. O intuito desta sessão era também permitir uma discussão com a população, que resultasse em novos contributos que os investigadores possam vir ainda a incorporar nas conclusões

finais, para que as questões relacionadas com o envelhecimento da comunidade sejam uma oportunidade para viver melhor em Castelo Branco. Basicamente, as pessoas inquiridas querem mais atenção e estão dispostas a envelhecer nas suas próprias casas, desde

Economia

Ateliês

Guarda e Idanha juntos

ESE e Afonso de Paiva com ciência para crianças 6 A Escola Superior de Educação do IPCB (ESECB) e a Escola Básica de São Tiago do Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva de Castelo Branco promoveram um conjunto de atividades ligadas à ciência para as crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Escola de São Tiago. A iniciativa esteve integrada na Semana Nacional da C&T 2019, e foi desenvolvida pelos docentes ESECB Dolores Alveirinho e Paulo Afonso e da EB São Tiago, Manuel Carlos Nunes e Maria Sanches Galante, com a colaboração dos estudantes do 2.º ano da licenciatura em Educação Básica e dos alunos Erasmus de nacionalidade espanhola e italiana. As crianças tiveram oportunidade de compreender experimentalmente que a Ciência explica

que tenham condições para isso. De acordo com os investigadores que lhe deram corpo, o estudo comprova ainda a necessidade de uma maior formação por parte daqueles que lhes prestam assistência, quer de uma forma informal, quer institucional. E mostra que mais de um quarto dos in-

quiridos demonstra já dificuldades em efetuar as chamadas tarefas de casa. O projeto destes docentes do Politécnico de Castelo Branco é mais abrangente em termos territoriais e foi desenvolvido em parceria com os também politécnicos de Portalegre, Guarda e Bragança e com a Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Castelo Branco. É financiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia e irá depois de concluído ser partilhado com diversos atores sociais. A própria Freguesia de Castelo Branco, de acordo com o que foi veiculado nesta ocasião pelo seu presidente, Leopoldo Rodrigues, está a equacionar a criação de um Gabinete de Apoio Social. Os prós e contras desta criação estão atualmente a ser avaliados. K

As crianças participaram nas experiências

muitos dos fenómenos que ocorrem no nosso quotidiano, com diferentes experiências, das quais se destacam a observação de células; Transformações de materiais: Do balão mágico que se enche sem

se soprar, até à obtenção de espuma divertida; Os pigmentos das plantas e a fotossíntese; o comportamento do limão quando mergulhado na água; e importância das penas para as aves. K

6 O município de Idanha-a-Nova esteve presente na sessão de abertura do ano letivo do Instituto Politécnico da Guarda (ver página 14), no âmbito da colaboração no Laboratório Colaborativo (CoLAB) I’Danha Food Lab, um projeto com sede em Idanha-a-Nova e que junta 14 parceiros (desde instituições académicas, a grandes empresas e a startups) em torno do desenvolvimento de técnicas avançadas de produção alimentar saudável e sustentável. O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, e o presidente do Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, acumulam também as funções de presidentes do Geopark Naturtejo e Geopark Estrela, respetivamente. Assim, os dois responsáveis aprofundaram os vários projetos comuns entre estes dois geoparques mundiais da UNESCO.

Outro projeto de cooperação em candidatura é o Food 2030, no âmbito do programa comunitário Horizonte 2020. Este projeto pretende inovar nos processos da cadeia alimentar e envolve 10 geoparques e diversas universidades de países como Portugal, Itália, Noruega, Eslovénia, Croácia e Áustria. K

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Boas Festas

012 /// DEZEMBRO 2019

Boas Festas


Espaço litúrgico acessível e inclusivo Superior de Saúde de Leiria

Fonseca-Pinto é o novo diretor da escola

Catedral de Leiria é pioneira 6 A Catedral de Leiria é a primeira do país a contar com um guião multiformato impresso e com a identificação dos diferentes espaços litúrgicos que permite a todos os públicos ler e conhecer os diferentes espaços. O guião dos espaços litúrgicos e toda a sinalética da Catedral foram desenvolvidos pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Politécnico de Leiria e estão disponíveis desde 3 de dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, em três versões: braille com imagens em relevo, em escrita aumentada, e em sistema pictográfico para a comunicação, o que lhe permite ser lido por pessoas cegas, surdas e com incapacidade intelectual. Todos os espaços litúrgicos terão as respetivas sinaléticas também nestes formatos. O projeto resulta de uma parceria entre o CRID do Politécnico de Leiria, e a Conferência Episcopal Portuguesa, promovido pelo Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência (SPPD), da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana. Depois da CatePublicidade

Wikipédia H dral de Leiria, o projeto será alargado a outros espaços. O projeto será composto por uma fase de validação experimental, que vai decorrer na Catedral de Leiria, para a qual contou com o apoio do Cardeal D. António Marto, e do Padre Gonçalo Diniz. Depois desta validação, será implementado progressivamente em todo o país. “O CRID existe para trabalhar em prol de uma sociedade mais igualitária e inclusiva, e este é mais um passo para tornar todos espaços acessíveis”, considera Célia Sousa, coordenadora do CRID. K

6 Rui Fonseca-Pinto acaba de tomar posse como diretor da Escola Superior de Saúde de Leiria, na sequência da eleição que decorreu a 19 de novembro. Licenciado em Matemática, mestre em Matemática Aplicada (Física Matemática), concluiu uma especialização em Biofísica, na área de de Física Médica e Engenharia Biomédica no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, instituição que lhe conferiu, em 2010, o grau de doutoramento em Engenharia Biomédica e Biofísica. Iniciou nesse mesmo ano a sua formação em Medicina, tendo concluído o

mestrado integrado em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 2017. Atualmente é professor adjunto do Politécnico de Leiria, onde exerce funções docentes desde 2002, inicialmente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, e desde 2010 também na Escola Superior de Saúde. Desde 2011 que é investigador no Instituto de Telecomunicações no grupo ‘Multimedia Signal Processing’ na delegação de Leiria, e desde 2018 é membro integrado do ciTechCare – Center for Innovative Care and Health Technology do Politécnico de Leiria. K

Etiqueta moderna

Diplomado do IPLeiria edita livro 6 Vasco Ribeiro, antigo estudante da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Politécnico de Leiria, acaba de lançar o seu mais recente livro, intitulado ‘Etiqueta Moderna – O Manual das Novas Boas Maneiras’. O livro dá a conhecer os preceitos e os comportamentos socialmente corretos em ocasiões e contextos aos quais a etiqueta clássica não dava resposta. Contempla os princípios gerais da etiqueta moderna, passando pelos eventos, pelo emprego, pelo estar à mesa, por receções em casa ou por viagens para outros países, trata-se de um manual prático com vista a criar um novo paradigma da etiqueta. Vasco Ribeiro é natural das

Caldas da Rainha, licenciou-se em Gestão da Restauração e Catering e é mestre em Marketing e Promoção Turística, pela Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de

Leiria. É doutorado em Ciências Empresariais, na especialidade de Marketing, e frequenta um segundo doutoramento, em Turismo, na Universidade de Sevilha. K

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Instituto Politécnico da Guarda

Sob o signo do crescimento 6 “A lógica atual do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), é de crescimento, de promoção e de qualificação do emprego, de desenvolvimento do Interior em todas as suas dimensões, desde a atividade industrial, à proteção civil, ao serviço social e cuidados de saúde, passando pela produção cultural, entre outros”. Foi deste modo que Joaquim Brigas, presidente do IPG, se dirigiu à academia, no passado dia 4 de dezembro, durante a sessão solene que assinalou a abertura do ano escolar, onde participou o diretor geral de Ensino Superior, João Queiroz, o qual abordou o tema “a ação social e as oportunidades no ensino superior”. Joaquim Brigas aproveitou a ocasião para assinar um acordo de cooperação com a Escola Nacional de Bombeiros, o qual inclui o desenvolvimento de projetos de formação superior, a realização de colóquios e de congressos. Haverá também apoio a estágios e à realização de projetos de investigação. Na presença da secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o presidente do IPG destacou a importância dessa colaboração: “o Instituto Politécnico da Guarda, enquanto instituição de referência em certas áreas do ensino superior em Portugal, está muito empenhado em desempenhar bem o papel que lhe cabe. Esse papel é também transferir conhecimento. É colocar a ciência ao serviço da comunidade. É sob este signo que nasce o protocolo com a Escola Nacional de Bombeiros para criar, aqui no IPG, uma pós-graduação inédita em ‘Média e Proteção Civil’ – iniciativa a que se seguirão outras”, disse. “Sendo Portugal o país que mais sofre no Mediterrâneo com os

incêndios florestais, criámos, com a Escola Nacional de Bombeiros, esta pós-graduação para capacitar os bombeiros para agirem de forma rápida e para comunicarem com maior eficácia perante as situações de crise”, explicou Joaquim Brigas, acrescentando que “para além desta pós-graduação, o protocolo entre o IPG e Escola Nacional de Bombeiros inclui o desenvolvimento de projetos de formação superior, a

realização de colóquios e de congressos – tanto no Politécnico da Guarda como Escola Nacional de Bombeiros. Haverá também apoio a estágios e à realização de projetos de investigação. Este é, para o Instituto Politécnico da Guarda, um bom exemplo da viragem iniciada há um ano para abrir mais esta instituição à sociedade, para aumentar o leque da sua oferta pedagógica, para fazer subir o número de estudantes

Magazine entregou prémio 6 O Ensino Magazine premiou o mérito académico com a atribuição de uma bolsa monetária a um das melhores alunas do Instituto Politécnico da Guarda. Este ano o premiado foi Georgina Gonçalves, a aluna finalista com a melhor média do Curso de Comunicação Multimédia. Nesta cerimónia foram ainda entregues os prémios Santander e Escape Livre. K

e para envolver na sua dinâmica mais professores e mais investigadores. No Instituto Politécnico da Guarda continuaremos a apostar na diversificação da oferta formativa, continuaremos a fazer acordos com empresas ou com instituições públicas. Nos últimos 10 anos não foi aprovado um único de licenciatura no IPG; este ano já foram propostos três novos cursos”. O presidente do IPG revelou que

a instituição está a qualificar “o corpo docente e a contratar professores”. O momento foi aproveitado para anuncia novas “formações diversificadas em colaboração com empresas como a Altice, com instituições como a Federação Portuguesa de Futebol, ou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes para instalar, na Guarda, o futuro Centro Nacional de Educação Rodoviária, com a TAVFER, com a Olano Portugal, entre outras. Estamos a iniciar colaborações pioneiras na área da cultura, de que o recente protocolo com o Centro Cultural da Guarda é um bom exemplo. Estamos a trabalhar para termos mais formações curtas – os Cursos Técnicos Superiores Profissionais, os TESP’s – para chamar para o IPG novos públicos, um outro tipo de alunos, e aproveitar a sua frequência desses cursos para os cativar e os incentivar no prosseguimento de estudos e para terem a possibilidade de o fazer sem saírem das suas terras. Estamos também a estudar a deslocalização de algumas formações e a fomentar a ligação às empresas, às associações empresariais, aos institutos públicos, às autarquias e a celebrar acordos e parcerias efetivas com empresas e com organizações, desenhando formações pós-graduadas à medida de grupos e das empresas maiores, as quais até poderão ser lecionadas nas suas instalações. E estamos também a avaliar a viabilidade de instalar sistemas de vídeo-conferência que permitem aos alunos frequentarem cursos e terem, em tempo real, interação com a sala, com os colegas estudantes e com os professores, sem estarem presencialmente nas aulas”. K

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Aos melhores ouvintes do mundo, aos melhores colaboradores, aos melhores anunciantes e a todos os nossos amigos desejamos um Feliz Natal

e um Próspero Ano Novo.

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Prémio de Inovação Tecnológica

Docente de Setúbal ganha Em dezembro e janeiro

Teatro de Natal em Setúbal 6 Mais de 200 crianças do concelho de Setúbal vão passar pela Sala de Drama da Escola Superior de Educação de Setúbal (ESE/IPS) até ao próximo dia 18 de dezembro, em mais um ciclo de Teatro de Natal, iniciativa do Teatro Politécnico do IPS, em colaboração com estudantes de Educação Básica que, no âmbito da Unidade Curricular ‘Globalização das Expressões’. ‘O dia em que os lápis desistiram’, um musical colorido em torno de dois irmãos a braços com uma revolta de lápis, vai estar em cena em duas sessões da parte da manhã, seguindo-se, à tarde, a peça

“Podemos juntar-nos ao clube?”, uma história passada na floresta, entre várias espécies de animais e respetivos “clubes”. As duas criações teatrais já tiveram como espetadores as crianças do Jardim de Infância do Faralhão, e as escolas EB1 da Ponte Seca e do Faralhão. A peça vai voltar a subir ao palco no dia 18, no período da manhã, para duas sessões, desta vez para os filhos dos trabalhadores do IPS e crianças do Centro Social e Paroquial de São Sebastião. Para janeiro, já estão previstas mais representações para as escolas do concelho de Setúbal. K

6 Rui Azevedo Antunes, docente do Politécnico de Setúbal (IPS), acaba de ser distinguido com o Prémio de Inovação Tecnológica Engenheiro Jaime Filipe, com um protótipo de hardware/ software para tecnologia assistiva, que permite o acesso integral ao computador a pessoas com necessidades especiais, substituindo o rato, o teclado e o gamepad. Denominado “Sistema de interface humana para o acesso ao computador”, esta criação pode “mudar a vida” a utilizadores com as mais diversas limitações sensoriais e motoras, na medida em que, neste caso, “é a máquina a adaptar-se ao Homem e não o Homem à máquina”, refere o investigador. O prémio, no valor de cinco mil euros, foi entregue na cerimónia comemorativa do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência 2019, que decorreu em Santarém,

Concurso regional do Polieempreende

Viseu dá prémios e lança edição 2020 6 O Instituto Politécnico de Viseu acaba de lançar o Concurso Regional Poliempreende 2020 e de proceder à entrega de prémios do Concurso Regional Poliempreende 2019, numa cerimónia realizada, a 4 de dezembro, na Escola Superior Agrária, que incluiu a realização do primeiro workshop técnico-científico intitulado ‘Empreendedorismo e inovação – projetos que marcam a diferença’. No decorrer da cerimónia foram apresentados dois projetos empreendedores. Ana Pais, da Beesweet – More than Honey, Lda, partilhou o momento de lançamento da sua ideia de negócio no setor da apicultura. Joana Travessas, da Casa das Palmeiras – Nature Houses & Pedagogic Farm, falou dos desafios que enfrentou para desenvolver o seu projeto. Os coordenadores do Poliempreende PV, Miguel Mota e Luísa Augusto, apresentaram o Concurso Regional 2020, que vai incluir mais quatro workshops técnicocientíficos, a decorrer nas escolas superiores do Politécnico de Viseu: Superior de Tecnologia e Gestão (20 de fevereiro e 10 de março), Superior de Saúde (27 de fevereiro) Superior de Educação (5 de março). Os workshops visam sensibilizar os alunos para o papel do empreendedorismo, fomentar o espírito empreendedor e a apresentação de ideias de negócio criativas e inovadoras.

Ainda no âmbito do concurso, serão realizadas, de 16 a 26 de março, oficinas de empreendedorismo nas cinco escolas superiores do PV, as oficinas E2, que se traduzem num conjunto de ações de formação, apoio e acompanhamento das ideias de negócio que serão submetidas a concurso. Nos dias 27 e 28 de março de 2020, terá lugar o Concurso Regional 24 horas Poliempreende. A tarde terminou com a entrega de prémios aos vencedores do Concurso Regional Poliempreende 2019, por José Bastos, vice-presidente do Politécnico de Viseu. O primeiro prémio foi atribuído à ideia de negócio Ogiene, proposto pelos alunos Patrícia Oliveira, Susana Guerra, Ana Mara Pais e Rémi Silva (ESTGV). O segundo lugar foi para a ideia de negócio Handmade Portugal, do estudante Vinicius Freire (ESEV) e o terceiro prémio foi entregue às alunas Cláudia Ávila (ESEV) e Frederica Almeida (ESTGV), com a ideia de negócio Hostel Dinâmico. No anúncio dos vencedores, José Bastos destacou o papel que o Poliempreende tem desempenhado “ao estimular o empreendedorismo no ensino superior e o desenvolvimento de competências fundamentais para o futuro do sucesso profissional dos alunos, num mercado de trabalho que vai exigir maior adaptabilidade ao longo da vida”. K

a 3 de dezembro, sob o lema “O futuro é acessível”. No evento estiveram presentes a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas

com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. K

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Albano Silva anuncia crescimento

Portalegre quer ampliar campus 6 O Instituto Politécnico de Portalegre quer ampliar o seu Campus. A novidade foi anunciada pelo presidente da instituição, Albano Silva, durante a sessão solene do Dia do Politécnico de Portalegre, assinalado a 25 de novembro. “Esperamos sinceramente que tudo corra bem e que 2020 seja também o ano de construção deste edifício projetado a partir do atual Edifício 2, uma obra que a par da ampliação e renovação da zona desportiva e de lazer, contribuirá certamente para a afirmação do nosso Campus”, disse Albano Silva. O presidente do IPPortalegre explica que “em 22 de outubro último foi publicada em Diário da República a autorização para a alienação das antigas instalações da Escola Superior de Saúde de Portalegre, definindo o valor mínimo para a sua venda, e fixando a percentagem do produto da respetiva alienação a reverter na sua totalidade para o Politécnico de Portalegre. (…) A fim de justificar a aplicação dos 100% do valor da venda, começámos a preparar o projeto de ampliação do Campus que constituirá uma enorme mais valia e melhoria deste espaço”. Esta foi uma das novidades anunciadas por Albano Silva que perante a academia e o diretor geral do Ensino Superior, João Queirós, destacou a classificação de “Muito Bom obtida pelo Centro de Investigação Valoriza, por parte da Fundação para a Ciência e Tecnologia e orçamento global de 515 mil euros. Foi magnífico, pois foi a 1ª vez que nos candidatámos”, sublinhou, para depois explicar que o centro está “fortemente comprometido com o território e com áreas estratégicas do Politécnico, e tem membros integrados do Poli-

técnico de Portalegre e de outras IES. Pensamos ser um Centro de Investigação abrangente e flexível capaz de nos próximos quatro anos ir integrando novos investigadores do Politécnico. Aliás, os dados atuais de membros colaboradores, estudantes em doutoramento e bolseiros de investigação aumentaram já significativamente desde a avaliação e aprovação do Centro”. Em matéria de crescimento, o presidente do Politécnico, falou da ampliação das instalações da BioBIP: “vai ser uma realidade em 2020, após a candidatura para financiamento da sua expansão ter sido aprovada na totalidade da proposta, num valor de 3,3 milhões de euros, em agosto último. A operação enquadra-se no Sistema Regional de Transferência de Tecnologia do Alentejo. Desta ampliação faz parte o aumento de espaços de incubação para empresas de base tecnológica, mas também faz parte a construção de laboratórios de experimentação e prototipagem, e de animação e multimédia, bem como o reforço da nave de Bioenergia. Estes eixos estratégicos, em linha com o Valoriza, e com o projeto de

Inovação Pedagógica, que vão permitir um maior apoio tecnológico às empresas incubadas e possibilitar o trabalho conjunto entre as empresas, alunos e professores em áreas estratégicas de natureza tecnológica. Serão 3 edifícios com dois andares cada um, que vão ser implantados em 1500 metros quadrados. A comparticipação nacional de 15% vai obrigar a uma gestão ainda mais rigorosa dos orçamentos de 2020 e 2021”. Albano Silva frisou que “nesse mesmo concurso a Câmara de Campo Maior viu aprovado um Centro de Inteligência Competitiva, onde se pretende analisar grandes dados, visando criar tendências e valorizar os produtos endógenos. Conta com a colaboração científica e técnica do Politécnico de Portalegre e da Universidade Nova de Lisboa”. Com determinação e com o número de alunos a crescer, o Politécnico de Portalegre está apostado na inovação. Albano Silva destacou, por isso, a candidatura efetuada a “um projeto de eficiência energética, em colaboração com a IBM, para a Escola Superior de Edu-

Ensino Magazine distingue os melhores da academia de Portalegre 6 O Ensino Magazine distinguiu dois dos melhores alunos do Instituto Politécnico de Portalegre. Paula Trindade recebeu a bolsa por ser a melhor aluna de mestrado (17 valores em Agricultura Sustentável) e Ana Ceia, com 17,685 valores, recebeu o prémio de melhor aluno CteSP. Além do Ensino Magazine entregaram prémios de mérito a CGD, àDelta Cafés, câmaras de Portalegre e Elvas, Fundação Renal Portuguesa, família do Dr. Francisco Tomatas, Empresa Tecnimed/Curaprox, Associação Portuguesa de Investigação Operacional, Agrocinco e A. Matos Car. K

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cação e Ciências Sociais, no valor de aproximadamente um milhão de euros, onde se prevê intervenção nos telhados da parte nova do edifício, nas caldeiras, nos vãos e na aplicação de painéis fotovoltaicos, por forma a melhorar as condições de habitabilidade do edifício, proporcionando mais conforto à comunidade académica, tornando o edifício mais acolhedor e sustentável. Este projeto vem na sequência de um trabalho próximo que temos vindo a realizar com a IBM no quadro da criação de uma Academia, com uso de materiais e Recursos Humanos em seminários e disponibilização de conteúdos em algumas unidades curriculares”. Além disso, “temos também já preparada uma outra candidatura de eficiência energética, para a Residência de Portalegre, cujo investimento rondará os 500 mil euros; e esperamos também ainda este semestre ter um aumento de camas para alojamento, com a intervenção no edifício cedido ao Politécnico na Avenida de Santo António, e com mais dois andares a arrendar a preços de custo controlado, um à diocese de Portalegre, também na Avenida de Santo António, outro à Câmara de Portalegre no bairro dos Assentos”. Albano Silva elogiou ainda a qualificação do corpo docente da instituição e a entrada de mais alunos no Politécnico. No seu discurso, enfatizou o desenvolvimento da instituição. “Conseguimos tudo isto com uma gestão rigorosa do nosso orçamento. Sobre o Orçamento refira-se que continuamos, ano após ano, a baixar a nossa dependência do Orçamento de Estado (OE). Tomando como referência o relatório de contas de 2017, baixámos em 2019, 5,4% a nossa

dependência do OE, dobrámos o valor absoluto em projetos e aumentámos as receitas próprias em cerca de 6%”. ANIVERSÁRIO O dia do IPPortalegre ficou assinalado pela inauguração dos laboratórios de ensino da Escola Superior de Saúde, efetuada pelo diretor-geral do Ensino Superior, João Queiroz sendo também responsável pela conferência “Novos desafios para o Ensino Superior”. Ficou também marcado pela assinatura de três acordos de cooperação, com a Direção-Geral do Ensino Superior de Cabo Verde, Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e Associação para o Fórum de Energia e Clima. De igual modo foram ainda apresentados dois livros: O Guia Lexical Português-Chinês para o Jornalismo, editado pelo Instituto Português do Oriente (tendo a colaboração dos professores Adriana Guimarães, Cláudia Pacheco, Luís Bonixe, Nuno Fernandes, Sónia Lamy e Teresa Coelho, do Departamento de Ciências da Linguagem e da Comunicação da ESECS-IPPortalegre); e Largo da Sé. A publicação, intitulada Externalidades sociais, culturais e económicas do Politécnico de Portalegre, é da autoria dos investigadores Joaquim Mourato, João Alves, Miguel Serafim e Cristina Pedro. A sessão solene contou ainda com as intervenções do presidente do Conselho Geral (Hugo Hilário); do presidente do CCISP (Pedro Dominguinhos); da presidente da Câmara de Portalegre (Adelaide Teixeira); do presidente da Câmara de Elvas (Nuno Mocinha) e do presidente da Associação Académica (Diogo Aragonez). K


17ª edição

Poliempreende em Coimbra

congresso de Turismo

Docentes premiados 6 Os docentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) George Ramos (Escola Superior de Gestão de Idanhaa-Nova), Paula Pereira e Rogério Dionísio (Escola Superior de Tecnologia), acabam de ser distinguidos com o prémio Best Paper Award no XI International Tourism Congress - ITC’19. Esta distinção foi atribuída pelo artigo científico “Electric Mobility in a Nature Reserve in Portugal Virtues, Conflicts and Tourism”, apresentado naquele congresso

que teve lugar na Universidade da Madeira, no Funchal. Em nota enviada ao nosso jornal, o IPCB explica que “o artigo tem como tema central a relevância da mobilidade elétrica sustentável como um elemento benéfico para as atividades turísticas desenvolvidas em áreas protegidas, utilizando como estudo de caso a Reserva Natural da Serra da Malcata, em Portugal, como parte do desenvolvimento de um projeto INTERREG”.K

6 O Instituto Politécnico de Coimbra deu início, no dia 27 de novembro, à 17.ª edição do Concurso Poliempreende. A sessão de abertura decorreu na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), tendo sido entregues os prémios ad edição anterior (fase regional), bem como os certificados de participação. O evento contou com as intervenções de Sara Proença, pró-presidente do Politécnico de Coimbra e Coordenadora Regional do Poliempreende, e Cândida Malça, vice-presidente do Politéc-

nico de Coimbra. Nessa sessão foi ainda realizado um debate com os empresários Diana Pires, CEO & Founder da ihcare – innovation

hospital care, Dina Marinha, CEO da Vinhos António Marinha, e Miguel Monteiro, CEO da Mythical Technologies. K

Colaboração

IPCB em Macau 6 Uma equipa de docentes do Politécnico de Castelo Branco deslocou-se ao Instituto Politécnico de Macau (IPM) para realização do trabalho anual de coordenação decorrente da parceria na lecionação das licenciaturas em Ensino da Língua Chinesa como Língua Estrangeira e em Português. O IPCB recebeu em anos anteriores três delegações do IPM e foi a primeira vez que foi retribuída a visita, por iniciativa da Coordenadora da licenciatura em Português, Maria da Natividade Pires, assim como da docente Maria Eduarda Santos, que

integra a Comissão Científica do curso. Os trabalhos incluíram reuniões com a coordenação dos cursos em Macau, com os docentes de Português e com a Diretora da Escola de Línguas do IPM, Han Lili, que transmitiu ao Presidente do IPCB os cumprimentos institucionais. As docentes do IPCB foram também convidadas para realizar palestras, tendo-se debruçado sobre o tema “De Portugal a África: António Torrado e Mia Couto potencial criativo da língua portuguesa”. K

IPCB

Agrária fez 36 anos 6 A Escola Superior Agrária de Castelo Branco assinalou, no início de dezembro, o seu 36º aniversário. O momento contou com a presença de antigos diretores da escola, como Virgílio Pinto de Andrade que

seria também presidente do Instituto Politécnico, do vice-presidente do IPCB, Nuno Castela, do vice-presidente da Câmara albicastrense, José Alves, e do antigo secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas.

Na sessão o diretor da Escola, João Pedro Várzea, alertou para os perigos da alteração da designação da escola, referindo que se trata de uma quebra radical e total com um trabalho de anos. K

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Projetos candidatos envolvem 3900 voluntários

Setúbal, Porto e Utad vencem Prémios Voluntariado Universitário 6 Os projetos Comunidade para uma Vida Saudável (Instituto Politécnico de Setúbal), Escolas de Superpoderes (Universidade do Porto) e Gerações Unidas (Universidade de Trás os Montes e Alto Douro) são os três grandes vencedores do Prémio de Voluntariado Universitário (PVU) Santander Universidades 2019. A iniciativa promovida pelo Santander Universidades teve este ano 100 candidaturas, envolvendo 16 distritos, cerca de 100 mil beneficiários e mais de 3900 voluntários. Números que o presidente do Santander, Pedro Castro Almeida, destacou, lembrando que “esta é uma das ações que nos dizem muito, pelos voluntários que envolve e pelo impacto que tem na sociedade”. A sessão de entrega de prémios decorreu em Lisboa, no passado dia 5, no auditório do Santander, numa cerimónia em que o Politécnico de Setúbal e a Universidade do Porto conquistaram o galardão

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Cristina Dias Neves e Marcos Soares Ribeiro, do Santander Universidades

Cristina Louro, presidente do júri

Javier Lopes, diretor de Impacto Social

de Instituição de Ensino Superior Voluntária, por terem apresentado o maior número de projetos candidatos ao concurso. O Prémio de Comunicação seria ganho pelos projetos U. Dream (Universidade

to e Integração Social (Universidade Católica de Braga) , ShareToy (Universidade de Aveiro), U.DREAM Universidade do Porto), Programa de Voluntariado Intergeracional – QUALidade (Instituto Politécnico

do Porto), Olival Ecológico e Solidário (Politécnico de Portalegre) e Acordar Coimbra (Universidade de Coimbra). Javier Lopes, diretor de Impacto Social do Santander, destacou o

do Porto) e Qualidade (Politécnico do Porto). Nesta edição, foram ainda distinguidos com menções honrosas os projetos Já T’Explico (Universidade do Porto), GBZ - Desenvolvimen-


Projeto do Politécnico de Setúbal vencedor do PVU

Debate que antecedeu a entrega dos prémios

compromisso com as universidades, lembrando com o voluntariado é um grande desafio. Já Cristina Louro, presidente do júri, destacou o facto “deste ano o Prémio ter tido o dobro das candidaturas da edição anterior. Para o ano queremos mais. Todos os projetos eram tão bons que o trabalho de seleção foi muito difícil para o júri”. Porto e Setúbal em destaque O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e a Universidade do Porto (UP) foram as instituições de ensino superior que apresentaram mais projetos ao Prémio de Voluntariado Universitário, tendo também vencido com projetos. Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, diz que “estes prémios representam o reconhecimento do esforço que temos vindo a fazer enquanto comunidade, pois decidimos que a sustentabilidade e o voluntariado em vetores fundamentais no Plano Estratégico da nossa instituição, sobretudo numa lógica de abertura à comunidade. Nós apresentámos seis projetos, mas tínhamos muitos mais que, por escolha dos promotores, não foram apresentados”. O presidente do IPS adianta que “este é um compromisso que temos com o Politécnico, que quer causar impacto positivo na comunidade. Este é também o reconhecimento de um esforço institucional. As prioridades que queremos desenvolver devem ser vistas do ponto de vista estratégico e de recursos. Temos um própresidente para responsabilidade

Politécnico de Setúbal e Universidade do Porto foram as melhores instituições

social, Carlos Mata, que se empenha em construir mais impacto com os docentes, não docentes, a comunidade e a Câmara, que no projeto vencedor tem um papel essencial”. Pedro Dominguinhos lembra que na Escola Superior de Educação há uma unidade curricular “denominada Carteira de Competências, onde os alunos podem desenvolver atividades sendo o voluntariado reconhecido. Além disso, temos também o passaporte para o Emprego, onde também já reconhecemos o voluntariado. Estamos neste momento a terminar um regulamento de voluntariado não apenas para os estudantes, mas também para os funcionários, pois ao longo do ano desenvolvemos cerca de 50 ações de voluntariado, como aconteceu na última campanha do Banco Alimentar, onde envolvemos 115 pessoas”. António Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto, recorda que a “história do voluntariado

Projeto da Universidade do Porto recebeu o prémio

na instituição remonta há muitos anos e surgiu como alternativa à Queima das Fitas, com a apresentação de projetos à Universidade, por parte dos estudantes, para atividades a desenvolver naquele período. Esses projetos ganharam maior expressão nas escolas médicas para doentes abandonados nos hospitais, que não tinham visitas, passando os alunos a visitarem esses pessoas. O que verificámos foi que mesmo depois de saírem do hospital as pessoas, seis meses depois, continuava a ser visitadas pelos estudantes voluntários”. O reitor daquela universidade destaca o facto do “voluntariado dar créditos aos alunos, que assim podem substituir uma disciplina de opção por esse trabalho”. Conheça os vencedores O projeto Comunidade para uma Vida Saudável, do Instituto Politécnico de Setúbal, tem como objetivos o combate ao isolamen-

Projeto da UTAD também foi premiado

to social de idosos em bairros carenciados através da prática de atividade física. A sua ação passa pelo incentivo e oferta gratuita de práticas desportivas em bairros carenciados em Setúbal para reforçar a coesão social entre moradores (Ex. caminhadas e corridas ao final do dia, passeios de canoagem, etc). Para os autores do projetos, a prática de atividades em conjunto permite estabelecer relações interpessoais entre os moradores promovendo a coesão social. Esta ação pretende ainda avaliar a condição física geral e funcional dos moradores idosos, sensibilizandoos para a importância da atividade física e proporcionar momentos sociais de convívio. O projeto Escolas de Superpoderes, da Universidade do Porto, tem como objetivo implementar franchising social para a criação de “Escolas de Superpoderes” em que as intervenções enquadradas no movimento são desenhadas em cada comunidade e de acordo com as necessidades identificadas. Este

O Instituto Politécnico de Portalegre recebeu uma menção honrosa

projeto envolve mentores voluntários que dão aulas semanais de diferentes talentos (culinária, futebol, kickboxing, remo, surf, expressão musical, teatro, meditação, fotografia, etc.) a crianças e jovens em risco de escolas, bairros sociais, prisões juvenis ou centros de acolhimento. Posteriormente estes jovens devem identificar problemas nas suas comunidades e criarem ações para os minimizarem. Gerações Unidas, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, é outro dos projetos vencedores. Pretende combater o isolamento de idosos através de visitas domiciliárias. Este projeto promove visitas regulares (semanais) de voluntários à casa de idosos de Vila Real identificados e que já usufruem do apoio domiciliário de uma IPSS. Estas visitas têm como objetivo combater a solidão através da partilha de vivências entre estas duas gerações. Os voluntários são capacitados com ações de formação por profissionais qualificados. Pretendem ainda sensibilizar os alunos da UTAD para esta problemática, através da realização de workshops. Na área da Comunicação foram vencedores os projetos Programa de Voluntariado Intergeracional – QUALidade, do Instituto Politécnico do Porto (campo de férias para idosos em risco de abandono em que são dinamizadas atividades através de voluntariado jovem) e U.DREAM, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (projeto social de educação não-formal que tem como missão educar para o impacto social). K

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crónica

A lição definitiva 7 Quando o amor era mais íntimo; quando nenhum ruído levantava as pálpebras dos que dormiam – de súbito, despontou naquela noite uma estrela de luz ofuscante. Os pastores acordaram sobressaltados, os animais atiraram à beleza da noite mugidos, grunhidos, relinchos de susto. Aos guerreiros, magistrados, arúspices, sibilas, às figuras gradas do Império Romano, ao próprio Octávio César Augusto passara despercebido este espanto. Entretanto, corrido o primeiro susto, hinos embaladores e miste-

riosos, como o odor de rosa oculta em jardim, entraram de chegar aos ouvidos dos pastores. Simultaneamente, uma voz, misteriosa também, mas serena, repleta, prodigiosa proclamou: “Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens de boa vontade”. E a mesma voz continuou, adornando os ares, enchendo o escuro e o frio: “Tranquilizai-vos. Trago-vos uma grande alegria, que será também para todo o povo. Na cidade de David, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o

Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Quando o silêncio voltou a sulcar a noite, um frémito inquietante os tomou. Um velho pastor reflectiu: “Coisa extraordinária deve ter sucedido, para termos aviso do Céu”. Resoluto, afastando o cortejo de sombras, que se instalara no cérebro daqueles homens rudes, um dos mais jovens propôs: “Vamos a Belém e vejamos o que se passa”. E deitaram-se ao caminho em passos leves. Estavam prestes a chegar à cidade, quando descor-

tinaram um límpido fulgor a brotar de uma caverna aberta na rocha. Acercaram-se. Penetraram nela. E encontraram este quadro que nada tinha de singular: um homem com sua mulher e, deitado sobre as palhas, um recém-nascido. Todavia, uma floração de respeito e de ternura obrigou-os a ajoelharem-se, adorando a criança e louvando a Deus “por tudo o que ouviram e viram, conforme o que lhes tinha sido anunciado”. Foram os desprotegidos, os excluídos os primeiros a descobrirem numa cri-

ança o Deus-Menino. No macio lusco-fusco amanhecente, escreverase na História a lição definitiva: só os simples são livres para conhecer e amar. K Manuel Sérgio _ Professor catedrático convidado aposentado da F.M.H.

APRENDER, ENSEÑAR Y EVALUAR EN LA ERA DIGITAL

Los Dispositivos móviles en educación 7 El acceso al conocimiento es relativamente fácil, inmediato y accesible en cualquier lugar y en cualquier momento en medio de la que, por esa razón, se viene denominando como Sociedad del conocimiento. En nuestro trabajo sobre “La Evaluación en la Era digital” (Editorial Síntesis, Madrid) y en algunas de nuestras colaboraciones anteriores en este mismo medio tratamos de los acelerados avances tecnológicos que están modificando la vida de los ciudadanos, algunos de los cuales también se han introducido en las instituciones educativas, a pesar de la cierta resistencia de los sistemas educativos para integrarlos. Y, desde esta perspectiva, miramos con cierto interés y muy particularmente a los dispositivos móviles, personales e inalámbricos, los cuales están transformando radicalmente las posibilidades del aprendizaje y del propio conocimiento. En sucesivas entregas trataremos del potencial que estos medios pueden brindar a la educación, así como sobre las reservas que se precisa tener sobre los mismos Los teléfonos móviles inteligenPublicidade

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tes -el celular o telemóvel- y las tabletas abrieron de par en par la puerta de entrada a internet hace ya algún tiempo. Com tanto sucesso, que pocos inventos han revolucionado tanto las comunicaciones, las relaciones sociales y nuestra propia vida, tanto en el plano personal como profesional, como lo ha hecho el móvil o celular. Hasta tal punto que parece una célula más del propio cuerpo humano. Es sorprendente pensarlo, pero concentramos en el smartphone lo que antes hacíamos con casi una docena de aparatos: nos sirve de agenda, de reloj, de reproductor de música, de aparato de radio, de despertador o también de monedero con el que poder realizar transferencias económicas personales o comerciales. Incluso en muchas tareas el computador portátil ha sido desplazado por nuestros respectivos celulares. Efectivamente, el teléfono inteligente o “smartphone”, capaz de realizar muchas de las funciones de un computador, se ha vuelto imprescindible porque permite diversos e importantes usos, además de comunicarnos rápida y eficazmente. El smartphone sigue

ganando peso como dispositivo mayoritario una vez que Internet se ha convertido ya en una parte fundamental de nuestras vidas. Y los dispositivos a través de los que accedemos a la red han ido modificándose para que se puedan realizar más actividades con ellos. El acceso a internet se ha hecho progresivamente más móvil y es posible hacerlo desde diferentes lugares. En consecuencia, el smartphone se mantiene como el dispositivo preferido para cualquier tipo de uso. Y es así en todo el mundo civilizado. Los datos que la consultora Newzoo ha puesto sobre la mesa parecen indicar que así es. Según informaba, el año 2018 cerraba con 3.000 millones de usuarios de aparatos con al menos un teléfono móvil inteligente en propiedad (sobre 7.000 millones de habitantes en el mundo). Son muchos, pero se espera que para 2020 se extienda a 4.600 millones el número de abonados, según las últimas estadísticas de GSMA, la organización mundial de operadores móviles. Los datos de que disponemos de 2016 en España, líder europeo

tras Reino Unido en penetración de smartphones, existían 50 millones de líneas móviles, más que los 47 millones de habitantes, con un 81% de teléfonos inteligentes sobre el total de móviles, de acuerdo con el informe La Sociedad de la Información en España 2015 de la Fundación Telefónica (2016). El hecho constatado es que la mitad de la población mundial porta un dispositivo móvil permanentemente en su mano o en su bolso al que suelen echar un vistazo cada pocos minutos, durante el tiempo que pasan despiertos. En el mismo informe del año 2018 se confirma que uno de los usos que más frecuentemente se le da a internet hoy en día es la visualización de contenido multimedia, como vídeos o música. Un dato a destacar es que las personas que descargan de internet los contenidos son mayoritariamente jóvenes, llegando al 40,9% entre las de entre 14 y 19 años, La propia prensa digital se reinventa en estos momentos en gran parte del mundo con un nuevo formato universal y de código abierto que acelerará la consulta de infor-

mación desde los dispositivos móviles, lo que permitirá a millones de usuarios disfrutar de esa experiencia de una forma más rápida desde cualquier tipo de dispositivo móvil. Esta posibilidad, hasta hace poco insospechada, de acceder a la información en cualquier lugar y en cualquier momento supone un reto para la educación y lo que es más importante para facilitar el acceso más generalizado al conocimiento. De todo ello trataremos en los próximos números de Ensino Magazine. K Florentino Blázquez Entonado _ Profesor Emérito. Coordinador del Programa de Mayores de la Universidad de Extremadura


Editorial

Forças de mudança e de imobilismo 7 Por toda a Europa se manifestam evoluções significativas quanto ao conteúdo a dar ao termo “qualidade em educação” ou “qualidade da Escola”. Todos os sistemas educativos tentam desenvolver procedimentos de qualidade, promover a qualidade de formação do seu corpo docente, fazer com que a educação e a formação sejam contínuas, isto é, ao longo da vida, bem como requalificar os gastos públicos com a educação, através de uma relação mais positiva entre custos e eficácia. Recentemente, os responsáveis europeus pela educação vieram, uma vez mais, colocar no centro do debate educativo, todas estas matérias, as quais emergem da necessidade de promover, definir, avaliar e

manter a qualidade dos sistemas educativos. Se bem que seja evidente que, muitas vezes, as propostas de mudança apresentadas, assentam numa base meramente economicista, muito em voga nestes tristes tempos de neo-liberalismo desenfreado, e que em nada ajudam a escola e os educadores a cumprirem o seu pacto de missão para com a sociedade. A procura dessa qualidade tem sido vista, nos primeiros anos da educação básica, como a tentativa de imprimir um novo ênfase à aquisição e controlo de competências básicas, em particular referentes a três disciplinas fundamentais: a leitura, a escrita e o cálculo. Por outro lado tenta-se, nesse nível, generalizar a aprendizagem de uma língua estrangeira

e incentivar a iniciação às tecnologias da informação. Neste espírito, dentro e fora do sistema educativo institucional, professores e formadores desenvolvem experiências muito inovadoras e que pode resultar em saltos qualitativos significativos na educação formal. Também para os adultos, por todo o espaço europeu se desenvolvem acções inovadoras, como as realizadas pelas Universidades Seniores. No essencial todas estas inovações propõem exercícios, ou práticas, que transformam os procedimentos e conteúdos da formação contínua tradicional, buscando muito mais a adaptação e reformulação de comportamentos num mundo em mudança exponencial, mais do

que a aquisição de conhecimentos abstractos e desligados do quotidiano em que têm que aprender a viver essas crianças e esses adultos. Todas estas experiências põem em evidência que, no seio dos sistemas educativos europeus, ainda existe uma capacidade criativa real entre os professores e os educadores, os quais só esperam condições de tranquilidade profissional para os generalizar às suas práticas educativas. Há entre professores e educadores mais forças de mudança do que de imobilismo e de estagnação. As primeiras são incomensuravelmente mais fortes, e delas depende o futuro educativo dos nossos jovens. Mas não é criando artificiais quadros de crise e afrontando

o profissionalismo docente que a suposta qualidade total chegará às nossas escolas. Que bem saibamos, não nos ocorre que se possam traçar cenários de futuro com o desencanto dos protagonistas da viagem. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt

primeira coluna

Quando o telefone não toca 7 A escola enfrenta um dos maiores desafios do Séc. XXI: o desafio digital. De um lado estão os alunos que cresceram com as novas tecnologias. Do outro, os professores obrigados a adaptar-se ao que essas novas tecnologias trouxeram e aos novos comportamentos que surgiram no seio da comunidade escolar. Presença assídua na comunidade escolar, o telemóvel surge como um equipamento capaz de fazer emergir as mais variadas representações na sua utilização, sobretudo enquanto recurso educativo. Sendo interdito dentro da sala de aula, por imposição de normativos legais, ele permanece ativo, em silêncio, junto dos alunos e dos professores. É esta a realidade com que a escola se depara. O telemóvel tornou-se num acessório de uso quase inevitável pelas gerações mais no-

vas e é utilizado numa diversidade de situações, desde as aulas, aos tempos lúdicos e aos tempos passados com a família ou com os amigos. A escola, que hoje ensina os chamados «nativos digitais», deve adaptar--se a esta nova realidade, sob pena de falhar para aquilo a que está destinada. O debate não é novo, mas o medo da mudança tem-se sobreposto à necessidade da mudança. À necessidade de utilizar esses meios como um verdadeiro instrumento de ensino. No dia a dia ninguém consegue viver sem os dispositivos móveis, sem o acesso ao digital. Numa mesa com amigos, em meia hora, quase todos acedem ao seu smartphone. No café acontece o mesmo. Em todo o lado é assim. A sociedade muda. E na escola? Na escola é proibida a sua utilização. Porquê? Porque distrai, porque não é

assim que se ensina. Porque é lei. E a lei manda. Nunca como hoje esta discussão esteve tão em cima da mesa. Nesta mesma coluna já o referimos por diversas vezes. Recordamos António Nóvoa, professor catedrático da Universidade de Lisboa, onde foi reitor, que lembrou ao Ensino Magazine que há 500 anos, aquando do aparecimento do livro, o debate era parecido. O ensino consistia na memorização, e a introdução do livro iria prejudicar a aprendizagem pois prejudicava essa memorização. Não era bom poder-se ter acesso ao conhecimento abrindo o livro e consultando-o. Hoje o debate não é sobre o livro, mas sobre as novas tecnologias. Sobre a sua utilização ou não na escola, sobre como vai ser a nova escola. E a nova escola vai ter que integrar as novas tecnologias, os dispositi-

vos móveis. Alunos e docentes vão ter que conviver com essa nova realidade de aprender e ensinar. A rapidez com que o mundo digital se move é bem superior à que há 500 anos aconteceu com o livro. Tudo muda, dia a dia, hora a hora. Um smartphone faz tudo, menos tostas mistas. Tira fotografias, faz vídeos, acede à internet, guia-nos pelas estradas, permite-nos comunicar por vídeo, traz-nos conhecimento, informação, mas também desinformação. Com ele já conseguimos estabelecer diálogo oral, nós perguntamos e ele responde. E o melhor de tudo é que até dá para telefonar! Mas afinal não era essa a missão dos telemóveis? Telefonar. Era mas já não é. É tudo o resto. Será que temos que viver um mundo fora e outro dentro da escola? A resposta não é fácil,

sobretudo para uma escola que não tem tido o rejuvenescimento necessário no seu corpo docente, onde o respeito pela figura dos professores e a educação, por parte dos alunos, já conheceu melhores dias. Mas pior do que não fazer nada, é deixar que o rumo do digital siga sem rumo à mercê dos seus utilizadores, como aconteceu um pouco com as redes sociais. E isso poderá ser dramático. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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crónica salamanca

Universidad y cambio climático 6 Cuando escribimos se celebra en Madrid la Cumbre Mundial del Clima de 2019, que debía haberse organizado en Santiago de Chile, y sobre la que el gobierno chileno renunció a su gestión por razones internas de seguridad, dadas las circunstancias sociales y políticas que desaconsejaban su celebración en el país sudamericano. La Cumbre del Clima (2019) ha concitado la presencia en Madrid de cientos de líderes políticos de todo el mundo, ecologistas o no, de miles de ciudadanos, asociaciones y ONGs movilizadas ante el grave problema que afecta a la humanidad, resumido en el cambio climático, que se erige en auténtico desastre ecológico planetario. Por supuesto, la personalización de este movimiento mundial en la adolescente sueca, Greta Thunberg, con síndrome de Asperger incluido, se ha erigido en un referente inaplazable en todo lo que se refiere a esta reunión internacional sobre el cambio climático, alentada desde el ímpetu juvenil y las ganas de vivir de millones de jóvenes de todo el mundo. La ONU, la UNESCO, la anterior reunión sobre el clima celebrada en Paris en el año 2015, varios de los más destacados líderes políticos del mundo se han visto forzados e interpelados por la movilización de los jóvenes, y de los sectores alternativos procedentes de muchas de las Organizaciones No Gubernamentales (ONGs) sensibilizados ante la gravedad del desastre que en los últimos años ha ido alcanzando el cambio de clima, desequilibrando una cierta armonía que se había mantenido estable durante milenios en la naturaleza fisica y social del Publicidade

planeta Tierra. El incremento de la temperatura del agua de los océanos y del nivel de altura media de los mismos, las graves, extrañas y distorsionantes tormentas y huracanes que afloran con inusitada frecuencia e imprevisión, la desaparición progresiva de glaciares y casquetes polares, la eliminación de miles de hectáreas de bosques en la Amazonía, la defosteración abusiva en muchas partes del mundo y de España, la aparición natural o intervenida de macroincendos generalizados en todos los continentes, el aumento de los niveles de desertización del terreno antes fértil en varias regiones del mundo, el incremento de enfermedades respiratorias y cancerígenas de habitantes urbanos resultado de la contaminación en las grandes ciudades en todos los continentes, el acusado deterioro de acuíferos por la explotación desmesurada en macrogranjas porcinas o vacunas, la toxicidad de alimentos y la muerte de reservas naturales por el uso indiscriminado (o poco controlado) de pesticidas y fertilizantes, son mucho más que síntomas preocupantes de un desastre anunciado, son expresiones contrastadas de cómo está cambiando de forma acelerada y deteriorante el clima de la tierra, y hacía qué precipicio de destrucción se encamina la humanidad si no se cambia de rumbo de forma drástica y rápida en sus formas de producir, comercializar y sobre todo consumir, hasta aquí cada vez más desmesuradas y alocadas, sobre todo desde la segunda mitad del siglo XX hasta lo que llevamos del siglo XXI. Las teorías negacionistas del cambio climático (algo así como que lo que sucede en el clima del planeta es pasa-

jero), que solamente buscan confundir al ciudadano de pie, y continuar manteniendo un discurso complaciente con la explotación abusiva del planeta Tierra en beneficio de unos pocos, deben ser combatidas y corregidas desde la universidad, ante todo porque no son científicamente aceptables. Es indudable que no se puede negar hoy que el planeta tierra se encuentra en peligro, sin alarmismos interesados, pero sí con contundentes respuestas observables. Todas las ciencias y saberes que conforman la institución universitaria la convierten en un espacio de ciencia y cultura de carácter holístico, de lectura y aprecio en totalidad. Es decir, desde la química a las bellas artes, desde la literatura a la geología, desde la pedagogía a la medicina, desde la sociología a las matemáticas, desde la historia a la bioquímica, desde la biología a la psicología, desde la geografía a la farmacia, desde la física al derecho, se pueden y deben hacer análisis y propuestas relacionadas con el clima, e interconectadas entre sí. El estudio interdisciplinar de los problemas que afectan a la sociedad, en este caso a la totalidad del planeta tierra, como es el cambio climático, debe ser considerado en la universidad como una línea de trabajo imprescindible y fecunda para abordar con éxito y calidad tales asuntos. Si nuestras universidades como institución, y sus miembros como agentes científicos y ciudadanos responsables, se limitaran a participar con mas o menos apoyo y aplauso conformista a la Cumbre del Clima 2019 de Madrid, o a las que tengan que llegar, estarían eludiendo una responsabilidad

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C 6000-079 Castelo Branco Telef.: 272324645 | Telm.: 965 315 233 Telm.: 933 526 683 www.ensino.eu | ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

ciudadana y científica que les corresponde asumir a diario en su docencia, investigación, transferencia de conocimiento y extensión universitaria, como misiones propias de un servicio público, como el de la universidad. Los asuntos del clima son de todos , y a todos nos pertenecen y afectan, y ante ellos hemos de responder con urgencia de forma individual y colectiva, como ciudadanos de un pais y del mundo, y como consumidores responsables. Esto afecta, sin duda, a nuestra manera de vivir y consumir, en los pequeños y grandes detalles. Y desde luego, desde la universidad interpela nuestra responsabilidad científica y profesional, para enseñar, investigar, transferir, extender a la sociedad desde categorías científicas todo aquello que haga posible una mayor larga vida para nuestro planeta Tierra y para las generaciones venideras, siempre desde la ética ecológica, la llamada ética de las generaciones, en la que la educación y la universidad han de desempeñar un papel central y decisivo para su conocimiento, difusión y práctica social. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Guilherme Lemos, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

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U. Coimbra, IPCB, CATAA e Pedro Nunes

Academias gerem 2,3 milhões para o setor agroalimentar 6 A Universidade de Coimbra está a coordenar a rede de competências Cultivar, que vai gerir 2,3 milhões de euros para o setor agroalimentar na região centro do país. A rede tem como parceiros o Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar de Castelo Branco, o Instituto Politécnico albicastrense (IPCB) e o Instituto Pedro Nunes (IPN). Esta rede pretende, segundo foi explicado pela universidade, em nota que nos foi enviada, “responder aos desafios que as fileiras do setor agroalimentar da região Centro enfrentam, através de uma estratégia de desenvolvimento territorial alicerçada na caracterização, conservação e valorização dos recursos genéticos endógenos”. A rede de competências Cultivar foi apresentada, no último mês, no Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco (CEi), no âmbito do congresso Inovaction, e que deverá ter contado com a participação da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e com representantes de todas as instituições que compõem o consórcio. Helena Freitas, coordenadora do Centro de Ecologia Funcional (CFE) e líder do proje-

to, citada na mesma nota de imprensa, explica que “em resultado de sinergias criadas anteriormente foi possível criar um consórcio regional de instituições relevantes no setor agroalimentar, e que possuem todas as condições físicas e competências técnicas para desenvolver projetos de investigação disruptiva e consequente transferência da inovação para o mercado”. A professora catedrática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade

de Coimbra, que também integra o Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco, recorda que “a degradação ambiental, a pressão sobre os recursos naturais e as alterações climáticas confrontam as sociedades com inúmeros desafios, os quais requerem conhecimento, criatividade e inovação, sendo ainda necessária uma profunda mudança social”. Por isso, refere que “é fundamental adotarmos uma abordagem sistémica na investigação e na intervenção

do território, promovendo o desenvolvimento de metodologias e soluções inovadoras, economicamente viáveis, focadas na segurança alimentar e numa produção ambiental e socialmente sustentável com uma base integradora do funcionamento dos agroecossistemas e que contemple todas as suas dimensões”. No seu entender, “em virtude das condições inerentes à matriz territorial da região Centro, e da sua elevada vulnerabilidade face aos diversos cenários de alterações climáticas, há necessidade de abordar o território de forma disruptiva e diferenciadora”. Na mesma nota, Joana Costa, investigadora do CFE e diretora executiva do projeto, revela que “o projeto pretende valorizar e dotar os polos de competência existentes na região Centro de conhecimentos em áreas estratégicas, com consequente fixação de recursos humanos altamente especializados, ao mesmo temo que promove e consolida a colaboração entre instituições de ciência, tecnologia e ensino superior e o cluster agroalimentar, numa perspetiva assente na inter e transdisciplinaridade do conhecimento e da inovação”. K

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Já foi largado em Espanha

Novo vice-reitor no Minho

UTAD salva abutre do Egito

Campos Ferreira toma posse

6 Um abutre do Egito que foi encontrado no verão passado em Santa Maria da Feira acaba de ser devolvido à natureza, na zona de Cáceres, em Espanha, após ter sido dado como recuperado pelo Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde foi tratado e reabilitado. Quando foi encontrado, o exemplar de uma espécie em perigo de extinção, estava enfraquecido e desorientado, tendo-se estimado que se perdera ao iniciar a sua primeira migração, desviando-se dos corredores migratórios e parando numa zona onde não havia alimento. Encontrado por populares, foi entregue ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, e daí ao Parque Biológico de Gaia (PBG), onde recebeu os primeiros cuidados e permaneceu até estar mais estável, sendo depois transferida para o Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) - Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Após dois meses de tratamen-

to, foi considerado apto e saudável, tendo sido devolvido à natureza na sequência de uma colaboração entre PBG, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Consejera para la Transición Ecológica y Sostenibilidad da Junta da Extremadura. “Se a soltássemos no norte de Portugal, ela não sobreviria, já que esta espécie costuma usar vários países nos seus voos migratórios conforme o clima e as necessida-

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des exploratórias de alimento”, esclareceu Celso Santos, o professor da UTAD que se juntou à equipa do ICNF que conduziu a ave até à Extremadura de Espanha, onde se procedeu à sua libertação com a colaboração e participação de membros do governo regional e de representantes de ONG’s nacionais e espanholas afetas à conservação da Natureza. Antes do seu lançamento, o abutre foi equipado com um GPS para monitorar os seus movimentos, garantindo que seguia um destino adequado e possibilitando métodos de estudo sobre os comportamentos da espécie. Da informação entretanto recolhida verificou-se que a ave, contrariamente ao que era esperado, não se acomodou com os outros coespecíficos no local de invernada estabelecido, mas foi em busca de melhor conforto térmico, viajando para o Norte de África. Num dos seus trajetos, fez, em duas horas e meia, mais de 200 quilómetros, sendo localizada já em Argel, o que significa ter conseguido uma velocidade média de 80 km/h. K

6 Eugénio Campos Ferreira, professor catedrático da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, acaba de tomar posse como vice-reitor para a Investigação e Inovação. Nascido em 1962, em Esposende, licenciou-se e doutorou-se em Engenharia Química pela Universidade do Porto. Fez ainda trabalhos de doutoramento na Universidade Católica da Lovaina (Bélgica), de pós-doutoramento na Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha) e de sabática na Universidade da Califórnia em San Diego (EUA). Ingressou na UMinho em 1991, na qual é professor catedrático do Departamento de Engenharia Biológica (DEB), diretor do Centro de Engenharia Biológica (onde lidera o grupo de investigação Biosystems – Engenharia de Bioprocessos e Computação em Biossistemas), além de membro do Conselho Geral e diretor do doutoramento em Bioengenharia no âmbito do Pro-

grama MIT Portugal. Na UMinho foi também vicepresidente da Escola de Engenharia com o pelouro da Investigação, diretor-adjunto do DEB e diretor de vários cursos. K


Em Espanha

Beira Baixa ganha prémio ibérico 6 A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) acaba de vencer o Prémio Anual Cluster Turismo Extremadura 2019, abribuído pelo Cluster Turismo de Extremadura – Agrupación Empresarial Innovadora, de Espanha. O prémio foi entregue, no passado dia 3, em Cáceres, por Francisco Martin Simón, Diretor Geral de Turismo da Junta de Extremadura, e Jesus Vinuales, Presidente do Cluster de Turismo de Extremadura, numa cerimónia que decorreu no Hotel V Centenario em Cáceres. Em nota enviada ao Ensino Magazine, a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa revela que “este prémio Ibérico é o mais importante galardão atribuído por aquele cluster espanhol”. A escolha da CIMBB foi feita de forma unânime no seio do Conselho de Administração do Grupo de Negócios Inovadores - Cluster Turismo de Extremadura, Agrupación Empresarial Innovadora. A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa foi distinguida “pela criação de novos produtos turísticos, pelas últimas campanhas de promoção do turismo em Espanha e em Portugal, e pela construção de pontes num território semi-fronteiriço,

da raia, entre as duas regiões, como a Extremadura e Beira Baixa”. Luís Pereira, presidente da CIMBB, mostrou-se satisfeito pela “atribuição de uma distinção, que muito nos orgulha. Trata-se de um reconhecimento importante, por parte do país vizinho, do trabalho

que a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa está a desenvolver no âmbito do turismo”. Como exemplo desse trabalho, Luís Pereira destacou o projeto “Beira Baixa Três Dias. Três Experiências, o qual pretende estruturar toda a oferta turística da Beira

Baixa, aprofundando também a cooperação transfronteiriça”. Através deste projeto, a CIMBB pretende, entre outros objetivos, divulgar os recursos endógenos e os produtos identitários da região; estruturar e qualificar os produtos turísticos diferenciadores; criar um mecanismo de articulação que garanta o envolvimento dos agentes privados com intervenção no setor do turismo da região; e incrementar o número de dormidas e o tempo de permanência de visitantes na Beira Baixa e na Região Centro, garantindo o aumento do emprego e a subida de receitas decorrentes da atividade turística”. Acresce ainda a promoção e divulgação da marca “Região Centro de Portugal” através da valorização dos produtos âncora da Beira Baixa; e a promoção de um plano de comunicação e divulgação com vista ao aumento da projeção e reconhecimento externo dos produtos turísticos da Beira Baixa e da Região Centro de Portugal. Na receção deste prémio, a CIMBB sucede à Direcção Geral do Turismo da Junta da Extremadura e à empresa“Gastro Dehesa”, vencedores da edição 2018. K

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Edições RVJ Editores

Canteiros, a arte de trabalhar a pedra 6 O livro “Canteiros e Pedreiros de Alcains”, edição RVJ Editores, foi apresentado no passado dia 16 de novembro, no Centro Cultural daquela vila. O autor, Florentino Beirão, diz que há “toda uma longa geração de pais, filhos e netos que fizeram desta profissão (canteiro ou pedreiro) o seu projeto de vida, entre as décadas de 40 a 70 do séc. XX, tanto na sua terra, junto das suas famílias, como noutras paragens do nosso país e no estrangeiro”. Com este trabalho, o investigador homenageia os pedreiros e os canteiros de Alcains. “Este trabalho foca-se sobretudo na geração dos canteiros e pedreiros que fizeram a sua aprendizagem e trabalharam nas pedreiras de Alcains, ao longo das décadas de 40-70 do séc. XX, muitos deles, já descendentes de gerações de profissionais que trabalharam o granito”, explica o autor, na nota introdutória. A excelência dos canteiros e pedreiros de Alcains é sublinhada por Florentino Beirão para quem “a qualidade do seu trabalho foi de tal modo dando nas vistas, que

uma boa parte deles foi galgando os muros da sua terra, emigrando para várias regiões do país”. O autor explica que “muitas das crianças do sexo masculino, quando completavam a escola primária, eram logo colocadas pelas suas famílias numa pedreira, para aprenderem a arte. Depois da fase de aprendizagem, os mais jovens, iam-se tornando autónomos profissionalmente, chegando alguns a atingir a categoria de mestres ou empresários. Se

o trabalho ou o ordenado minguava na sua terra natal, logo era procurada uma alternativa noutra zona do país ou no estrangeiro, através de contactos familiares ou de colegas de profissão”, conta. Na concretização deste trabalho de investigação, Florentino Beirão destaca o apoio que teve por parte do município albicastrense. Luís Correia, presidente da autarquia, revela, no seu testemunho, que “a cantaria e os lanifícios foram histórica, económica e socialmente duas das mais importantes atividades desenvolvidas no concelho de Castelo Branco, sendo que a sua relevância se prolongou no tempo até há escassos anos. Não por acaso, ao nível da preservação do agora designado património industrial, a Câmara de Castelo Branco apostou na preservação e musealização de dois espaços emblemáticos no que respeita a estas atividades: o Solar Ulisses Pardal, em Alcains, onde está instalado o Museu do Canteiro e a Fábrica da Corga, em CebolaisRetaxo, onde funciona o Museu dos Lanifícios – MUTEX”. K

Poesia

Cumplicidade na Usalbi 6 Zulmira Mendes e Luís Infante apresentaram, dia 12 de novembro, no auditório da Universidade Sénior Albicastrense (Usalbi), em Castelo Branco, dois livros com autoria partilhada, e que, segundo os autores, “tiveram o condão de se casarem duas mentes para lhes dar forma”. Duas semanas depois, em São Vicente da Beira, os dois livros foram novamente apresentados, numa sessão que contou com o grupo de música da Usalbi. “Cumplicidade”, editado pela RVJ Editores e “A quatro mãos”, Ed. Alvores, tiveram o apoio da Câmara de Castelo Branco, e foram apresentados por Maria de Lurdes Barata (em Castelo Branco) que

“dissertou, com mestria, facilidade de expressão e vastos conhecimentos literários, como é seu apanágio, sobre o conteúdo poético destes dois livros que estes seus alunos na disciplina de Poetas e Escritores quiseram partilhar com amizade, com os seus colegas e amigos”. Esta sessão marcada por emoções e sentimentos partilhados com familiares e amigos, contou ainda, para finalizar, com um momento de fado, com a autora Zulmira Mendes na voz, Pedro Freire na guitarra e António Augusto na viola. Em São Vicente da Beira, o livro foi apresentado por Libânia Ferreira. K

aquela aldeia raiana do concelho de Castelo Branco. Toda a edição do livro foi oferecida, pelo autor, ao Centro Social de Nossa Senhora das Neves, de Malpica do Tejo, como forma de angariação de fundos para aquela importante associação de solidariedade social. O facto desta obra ter um cariz solidário foi destacado, quer pelo autor do livro, quer também pelo presidente da Fre-

guesia, Jorge Diogo, pelo editor, João Carrega, e pelo presidente do Centro Social, Rui Barros. Para Jorge Santos, autor do prefácio desta obra, “Caldeira Gonçalves consegue por luz na escuridão dos dias, com a candeia dos afetos que recebeu de pais e vizinhos”. A apresentação do livro terminou com a leitura do poema “A Homenagem”, pela voz de Damásia Pestana. K

Quarto livro de José Caldeira Gonçalves

Uma Força Raiana 6 O quarto livro de poesia de José Maria Caldeira Gonçalves, “Uma Força Raiana”, foi apresentado em Malpica do Tejo. A obra tem a chancela da RVJ Editores e constitui uma homenagem a Malpica do Tejo, a terral onde o autor nasceu em 1940. Através da poesia, José Caldeira Gonçalves contanos histórias e percursos, tendo como denominador comum Publicidade

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edições

gente e livros

Novidades literárias

Fernando Namora

7 D. QUIXOTE. Life 3.0 – Serse Humano na Era da Inteligência Artificial, de Max Tegmark. Neste livro surpreendente e rigoroso, Max Tegmark explica e descreve os recentes avanços pioneiros na área da Inteligência Artificial, e como ela se encaminha para ultrapassar a inteligência humana. Como é que a IA vai afetar o crime, a guerra, o emprego, a sociedade e o nosso sentido de sermos humanos? A IA tem o potencial de transformar o nosso futuro mais do que qualquer outra tecnologia – e não há ninguém mais qualificado e a trabalhar no melhor sítio para conjeturar sobre o futuro que Max Tegmark, um professor do MIT que se preocupa com o desenvolvimento benéfico da IA. K CÍRCULO DE LEITORES. Porque Voam os Balões e Caem as Maçãs – As Leis que Fazem o Mundo Funcionar, de Jeff Stewart. O que é a física, exatamente? Bem, de certo modo, é tudo. Ela explica o que acontece no mundo e dános uma perspetiva fascinante, espantosa e, por vezes, francamente estranha do Universo e do lugar que ocupamos nele. Este livro aborda todos os temas que necessitamos de saber acerca desta ciência assombrosa e cativante. Ficará a compreender por que motivo os objetos mais pesados não caem mais depressa do que os mais leves, porque é que o tempo abranda à medida que nos deslocamos mais rapidamente, por que razão temos mais energia quando estamos no andar de cima ou o que aconteceu ao pobre gato de Schrödinger. K CAMINHO. O Alfabeto Nojento ou As Aventuras de um Rapaz que Gosta de Fazer Asneiras, de David Machado e David Pintor. Uma forma divertida de aprender o alfabeto, com a ajuda do traquinas Henrique e das partidas nojentas que ele prega aos amigos e a toda a família. O texto é de David Machado – premiado romancista e também autor de vários aclamados livros infantis – e as ilustrações de David Pintor que dá forma e cor às asneiras do pequeno protagonista desta obra infantil. K

7 O centenário do nascimento do escritor Fernando Namora (1919-1989), comemorado em 2019, propiciou inúmeras homenagens que reconheceram o impacto da vida e obra do autor de «Retalhos da Vida de um Médico». Natural de Condeixa-a-Nova, Fernando Gonçalves Namora foi um célebre escritor português, que ocupa uma posição de relevo entre os autores nacionais mais traduzidos em todo o mundo. Os seus pais eram António Mendes Namora e Albertina Augusta Gonçalves Namora, ambos oriundos de famílias de camponeses da aldeia de Vale Florido, do concelho de Ansião. Posteriormente, os pais abandonaram a agricultura e abriram um comércio em Condeixa. Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Fernando Namora exerceu na sua terra natal e nas regiões da Beira Baixa e Alentejo, em locais como Monsanto, Tinalhas e Pavia, até se instalar em Lisboa. O seu volume de estreia foi «Relevos» (1938), livro de poesia onde se notam as in-

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Namora H

fluências do grupo da Presença. No mesmo ano, publica o romance «As Sete Partidas do Mundo», com o qual venceu o Prémio Almeida Garrett. De acordo com o portal Vidas Lusófona, “em 1941, juntamente com outros companheiros, Fernando Namora concretiza a ideia

do «Novo Cancioneiro», que assinala o advento do neo-realismo, demarcando uma viragem na literatura portuguesa. É um livro seu, «Terra», que dá início a essa nova coleção poética”. A sua obra desenvolve-se ao longo de cinco décadas, marcada pelo amadurecimento estético do neo-realismo, uma linguagem de grande carga poética e por aspetos de picaresco, observações naturalistas e algum existencialismo. Entre os títulos que publicou encontramse livros de prosa como «Retalhos da Vida de um Médico» (1949 e 1963), «O Trigo e o Joio» (1954), «Domingo à Tarde» (1961, Prémio José Lins do Rego), poesia (reunida na antologia «As Frias Madrugadas», 1959), e ainda volumes de memórias como «Diálogo em Setembro» (1966) e «A Nave de Pedra» (1975). Os romances «Domingo à Tarde» e «O Trigo e o Joio» foram adaptados ao cinema. O livro «Retalhos da Vida de um Médico» foi adaptado ao cinema e à televisão. K Tiago Carvalho _

Edições RVJ

Cadernos de Medicina da Beira Interior 6 O número 33 da revista cadernos de Cultura Medicina na Beira Interior – da pré-história ao século XXI, acaba de ser lançada. Dirigida pelo médico António Lourenço Marques, a revista tem a coordenação de Maria Adelaide Salvado e apresenta artigos de Alfredo rasteiro, Graça Vicente, Ana Pereira, João Rui Pita, Adelaide Salvado, Albano de Matos, António Lourenço Marques, Romero Bandeira, Rui Ponce Leão, Sandra Gandra, Ana Mafalda Reis, Antonieta Garcia, André Morais, Aires Diniz, Júlio vaz de Carvalho, Joaquim Candeias da Silva, Cristina Moisão, Manuel Marques e Maria Jesus Cabral, Maria José Leal, Román Rodriguez, Carlos D’Abreu, Emílio Calvio e Maria de Lurdes Cardoso.

A revista foi apresentada por ocasião das Jornadas sobre a História da Medicina da Beira Interior, realizadas em Castelo

Branco, no início de novembro, onde foi recordado o médico e escritor Fernando Namora. K

Fratel faz livro de almoços 6 A Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Fratelense acaba de publicar o livro “Almoço no Fratel, Vamos Lá!”. Uma obra que tem como coordenadoras Maria do Carmo Sequeira e Ana Rosa Oliveira e que recria os tradicionais almoços efetuados naquela freguesia do concelho de Vila Velha de Ródão. Além das receitas dos diferentes pra-

tos, este livro, editado pela RVJ Editores, apresenta também histórias associadas a cada um dos almoços. Este é também um livro que contribui para a preservação da história do Fratel. A apresentação será efetuada no dia 22 de dezembro na Sociedade Filarmónica. O livro tem os apoios da Câmara de Vila Velha de Ródão e da Junta de Fratel. K

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pela objetiva de j. vasco

press das coisas Kit de Limpeza Câmaras Fotográficas 3 Os HUAWEI FreeBuds 3 são auriculares sem fios com cancelamento inteligente de ruído. Num mercado em expansão, estes airbuds prometem rivalizar com os Airpods da Apple, na qualidade do som e na elegância do design. Disponível em branco e em preto, o FreeBuds 3 encaixa-se nos seus ouvidos para um uso mais confortável e estável, enquanto fornece um som profundamente focado. K

ELAS «9» 3 ELAS é um novo projeto que junta as cantoras Aurea e Marisa Liz (Amor Electro). Após vários anos de convívio e partilha de experiências musicais, duas das vozes portuguesas mais reconhecidas materializam em disco a sua cumplicidade na vida e na música. No álbum “9”, Aurea e Marisa Liz cantam algumas das músicas especiais das suas vidas, músicas originais de jovens compositores nacionais e interpretam, também, músicas dos seus reportórios em novas versões. K

Perdemos o José Mário Branco 7 Ou talvez não! A 19 de novembro deste ano, com 77 anos de idade, inesperadamente partiu para longe. Comecei a ouvir o José Mário Branco muito cedo, ainda antes do “25 de Abril” já escutava até à exaustão a “Ronda do Soldadinho”, o seu 2º álbum. Ouvia cheio de medo de ir à guerra, morrer ou matar não me agradava, reprimir povos que lutavam pela sua liberdade também não. Na altura tinha receio, hoje tenho saudades do Zé Mário Branco que tanto me ajudou a crescer. Vou passar o final do ano a recordar as suas músicas. K

Prazeres da boa mesa

Um cheirinho de Natal... As filhós em mil folhas 3Ingredientes p/ as Filhós (25 pax): 3 Cháv. Café de Azeite 2 Cháv. Café de Aguardente 1 Cháv. Café de ANIS SECO DÓMÚZ 3 Cháv. Café de Leite 3 Cháv. Café de Sumo de Laranja 3 Ovos 1 Kg de Farinha Q.B. de Sal

Juntar ao queijo e envolver as restantes natas batidas.

Preparação da Filhós: Misturar todos os ingredientes até ficar uma massa homogénea. Deixar descansar por 30 minutos. Esticar, cortar e fritar em azeite.

Preparação para os Medronhos Derreter o açúcar na RESERVA DO COMENDADOR com a manteiga. Adicionar a zeste de Laranja, por fim os medronhos

Ingredientes Gelado de ANIS DÓMÚZ (25 pax): 1,5 L de Leite 1,5 L de Natas 600g de Gemas 600g de Açúcar 150g de ANIS MEL DAMAS DÓMÚZ 60g de Estabilizante Pre. do Gelado de ANIS DÓMÚZ: Ferver o leite e as natas. Misturar aos restantes ingredientes. Deixar arrefecer completamente e levar à máquina de gelados até ficar cremoso e sólido.

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Ingredientes para os Medronhos (25 pax): 200g de Medronhos 50g de Açúcar 1 Laranja em Zeste 25g de Manteiga 750 ml de Garraf. do Comendador

Empratamento: Num prato fazer camadas de Ingredientes Mousse de Queijo (25 pax): 180g de Natas 1 Vagem de Baunilha 6 Folhas de Gelatina 120g de Açúcar em Pó 600g de Queijo Neutro 440g de Natas Preparação da Mousse de Queijo: Levar as 1ªs natas ao lume com a baunilha e o açúcar em pó até ferver. Adicionar a gelatina demolhada.

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filhós e de mousse de queijo. Aplicar um cordão de molho de medronhos e dióspiro. Finalizar com o gelado. K Chefe Mário Rui Ramos _ Executive Chef Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN) Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ESART) Helena Vinagre (Aromas do Valado)


Bocas do galinheiro

2019 em revista 7 Numa altura de balanços, não resistimos a revisitar alguns dos filmes que vi, e de que gostei em 2019. A escolha não é fácil, porque o espaço é pouco. Claro que amanhã vou tropeçar num qualquer de que não me lembrei agora. Não é futebol, mas é mesmo assim. E faço-o já para não ficar influenciado pelas nomeações para o Óscar, se bem que algumas fitas poderão estar na categoria dos filmes estrangeiros. Não há crise. Vou começar, só porque algum tem que ser o primeiro, pelo regresso de Quentin Tarantino com “Era uma Vez em…Hollywood”, mais um filme de homenagem ao cinema e a Los Angeles do final dos anos sessenta, à volta das deambulações de duas figuras típicas, o actor de televisão à procura de um lugar no cinema, mesmo que seja de série B, um Leonardo DiCaprio numa interpretação soberba, acompanhado, literalmente, pelo seu duplo, motorista e guarda-costas, um fenomenal Brad Pitt. Pelo meio arrasa o politicamente correcto, dos cigarros aos automóveis, introduz mesmo um anúncio ficcional a uma marca de cigarros, e desconstrói o assassinato de Sharon Stone, aqui numa excelente interpretação de Margot Robbie, reduzindo à insignificância o mentor do bando de assassinos, Charles Mason, piscando ainda o olho a uma estrela em ascensão, Bruce Lee, não deixando de espetar umas farpas no flower power, já em decadência, mas que ainda mantinha vivas algumas comunas, sendo a mais famosa pelos piores motivos, a que Mason alimentou. Um regresso em grande, num filme, que vindo de quem vem, não esperaríamos lembrar tão sóbrio, como sentido, mais uma vez, ou não fosse um filme de Tarantino, com uma banda sonora escolhida a dedo. Num registo completamente diferente, ou talvez nem tanto, se tivermos em conta a sobriedade narrativa, destaco “As Cinzas Brancas Mais Puras”, do chinês Jia Zhangke, um dos cineastas mais importantes da chamada sexta geração. Um filme que segue a história de dois amantes, Qiao Qiao e Bin Bin, interpretados por Tao Zhao (mulher de Zhangke) e Liao Fan, ela uma mulher determinada, ele um gangster local, numa China profunda e em grande mudança (tome-se como exemplo a evolução dos comboios nas três partes retratadas no filme) de 2001 até à actualidade, numa atribulada história de amor e sacrifício, com um equilibrado sentido melodramático, mas não pegas. Mais um momento do que de melhor se faz na China, pela mão de um realizador que já nos tinha dado “Se as Montanhas se Afastam”, de 2015, também com Tao Zhao e, curiosamente focando também três períodos diferentes, ou “O Mundo”, de 2004, mais uma vez com Tao Zhao, como num parque temático, se podem visitar as referências globais mais emblemáticas, da Torre Eiffel à de Pisa e por aí adiante. Não admira que o realizador tenha problemas com a censura no seu país. “Knives Out: Todos são Suspeitos”, de Rian Johnson, ainda em exibição em Castelo Branco, foi uma agradável surpresa. Um policial no mais clássico estilo dos enredos de Agatha Christie, com um excêntrico detective, não à semelhança de um Poirot,

gauchazh H

mas um misto de filme noir e comédia, interpretado por um irreconhecível, no bom sentido, Daniel Craig, bem acolitado pelos parasitas filhos e netos do morto (um Christopher Plummer ao seu melhor nível, gozando que nem um perdido o final que idealizou para eles, ou não fosse um afamado escritor de policiais), porque, claro há uma morte suspeita, onde pontificam Jamie Lee Curtiz, Don Johnson, Chris Evan e Ana de Armas, a boa da fita, enfermeira do falecido, com problemas de emigração ilegal na era Trump, está bom de ver, que vai servir de arma de arremesso pelos maus. Um policial que é um belo momento de comédia. Vale a pena aproveitar. Outro bom momento é o proporcionado por Pedro Almodovar em “Dor e Glória”, um filme em que traz muito de autobiográfico para a tela pelo seu alter ego António Banderas, uma interpretação inolvidável, melhor actor em Cannes, o realizador preso a um grade êxito do passado e que através da escrita revisita o seu percurso de vida. Mais um grande momento do cineasta espanhol e dos seus actores fetiche. Para além de Banderas, temos ainda uma segura Penélope Cruz como habitual. Lugar ainda para “Le Mans ’66: O Duelo”, de James Mangold, a célebre luta entre a Ford e a Ferrari pela supremacia na mítica prova de resistência, com Christian Bale, o “fazedor” do GT 40, e candidato aos chamados “blockbuster” aparece “Midway”, de Roland Emmerich, um especialista no género, sendo que o verdadeiro vai ser, não tenhamos dúvidas “Star Wars: Episódio IX – A Ascensão de Skywalker”, mais uma vez com realização de J.J. Abrams, mas este ainda não vimos. Por último uma referência breve à última fita de Woody Allen, um realizador que muito prezo e que vejo sempre com curiosidade, com mais uma passagem pela sua Manhattan em “Um Dia de Chuva em Nova Iorque” (A Rainy Day In New York,2019), com Timothée Chalamet e Elle Fanning. Do lado de cá do oceano, nas fitas portuguesas o grande êxito do ano foi sem dúvida, “Variações”, de João Maia, com mais de duzentos e cinquenta mil espectadores e uma interpretação convincente de Sérgio Praia. Pegando nas cassetes de António

Variações, actor e realizador redescobrem a música e a curta carreira desta figura da música portuguesa, numa altura em que os biopics sobre músicos famosos estão na ordem do dia. Basta lembrar os últimos “Bohemian Rhapsody” e “Rocketman”,

este também visto em 2019, respectivamente sobre Freddie Mercury e Elton John. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico_

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Email: feijadinhas@gmail.com | 916 636 076 Castelo Branco DEZEMBRO 2019 /// 029


Encontros regionais intercalares da rede das escolas associadas da UNESCO

Transformar o nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável 6 O primeiro Encontro Regional Intercalar da Rede das escolas associadas da UNESCO do ano letivo de 2019/20 teve lugar na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço, na Madeira, nos dias 15 e 16 de novembro, no âmbito da celebração do 20º aniversário da escola e também celebrando o Dia Internacional da Tolerância e o Dia nacional do Mar - 16 de novembro. Participaram neste evento, a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclo do Caniço, com o Projeto UNESCO na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço; a Escola EB1 PE Ribeiro Domingos Dias, do Funchal, com o projeto Partilha de Práticas; a Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, do Funchal, com o projeto Sustentabilidade e Empreendedorismo na Escola – Exemplo de Boas Práticas; o Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, de Aveiro, e o projeto Que segredos esconde a Ria de Aveiro A; a Escola EBI Francisco Ferreira Drummond, da Terceira, Açores, e o projeto Escola Azul / Paisagens sonoras, a Escola Alberto Iria, de Olhão com o projeto Cul-

tura da Paz, Inclusão, Resiliência: FRIENDS – Um projeto de Educação Baseada na Consciência, o Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal com o projeto Dever de Memória – Jovens pelos Direitos Humanos, a Escola EBP1 do Caniço com o projeto Caniço Azul

o desafio e ainda o Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira que nos apresentou o projeto Estratégias de Educação não Formal: O projeto da Biblioteca Pública da Madeira. Esta Biblioteca integrou recentemente a Rede das Bibliotecas associadas à CNU.

O Encontro teve ainda a participação de escolas não associadas da UNESCO na Madeira, como observadoras e assim potenciais interessadas em aderir à Rede. O segundo Encontro Regional Intercalar da Rede das escolas associadas da UNESCO, teve lugar no Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, em Aveiro, e celebrando o Dia Internacional dos Direitos Humanos – 10 de dezembro. Participaram neste evento, o Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, com o projeto Que segredos esconde a Ria de Aveiro A?; o Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação, em Calvão, com o projeto Projeto de Intenções: Património Gandarez, caracterizações para memória futura; o Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, no Porto, com o projeto SIGN UP – Movimento para a Educação Inclusiva; a Escola Dr. Alberto Iria, em Olhão, com o projeto Cultura da Paz, Inclusão e Tolerância; o CLIP no Porto, com o projeto Escola Azul; o Colégio Paulo VI, em Gondomar, com o projeto Os tra-

balhos de investigação e a educação para a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável; a Escola Aurélia de Sousa, no Porto, com o projeto Comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães; o Agrupamento de Escolas do Cerco do Porto, com o projeto Transformar a (in) SeguranÇa na busca incessante da Paz; a Escola EB 23 da Galiza, no Estoril, com o projeto Literacia do Oceano: Aprender a amar o mar. O Agrupamento de Escolas de Seia, a Escola Básica Irene Lisboa, no Porto, e o Centro de Formação Profissional da Indústria da Madeira e o Mobiliário, no Lordelo, apresentaram uma súmula dos projetos que se encontram a ser dinamizados nas suas escolas. Em ambos os Encontros regionais foram partilhadas boas práticas e projetos que primam pela sua inovação e dinamismo junto das comunidades educativas onde as escolas se inserem. K Fátima Claudino _ Comissão Nacional da UNESCO

As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS

Peugeot Pulsion – Conetada!

3 A Peugeot é uma conhecida marca de automóveis, mas, já anteriormente me referi ao seu historial na fabricação de veículos de duas (e três) rodas, designadamente scooters, tendo analisado aqui a Django, uma das mais urbanas e simpáticas scooters da atualidade. Agora a Peugeot apresentou um novo veículo da mesma categoria, pleno de personalidade e de modernidade. Trata-se da Pulsion 125, uma scooter de nível premium de design inspirado e tecnologia moderna. A Pulsion tem em duas versões – RS e Allure. A primeira apresenta-se em Portugal exclusivamente em preto e cinzento e a segunda em vermelho. O motor Peugeot cumpre a norma Euro 4 e desenvolve 14,6 cv de

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potência e 11,9 Nm de binário. As carenagens são volumosas, mas elegantes, o assento é largo e confortável e debaixo do mesmo é possível guardar um capacete integral e ainda sobra espaço. As características tecnológicas da Pulsion são uma das suas diferenciações. ABS e SBC no sistema de travagem que reforçam a segurança ativa, luzes diurnas led, luzes de emergência automáticas e ignição sem chave, são algumas das tecnologias presentes. Mas, a cereja no topo do bolo é um painel de instrumentos com écrã TFT a cores e o sistema i-Connect, inspirado no i-cockpit dos automóveis mais modernos da marca. Para além da personalização das informações do veículo o sistema permite conectar o smartphone Android ou Apple e aceder aos

contactos, receber mensagens (apenas parada) e através da app da Peugeot visualizar as indicações do GPS no próprio ecrã. Com 176 Kg de peso a Pulsion desembaraçase muito bem no arranque e no andamento atingindo os 120 Km de velocidade máxima, o que, aliado a uma boa proteção aerodinâmica, autoriza viagens mais longas, de estrada aberta, para além do uso citadino mais comum. Acresce a isto o reduzido consumo de cerca de 3 l/100 Km, com um depósito de 12 l de capacidade. Boas suspensões e bons

travões completam o conforto e segurança apresentado por esta scooter. O preço de cerca de 4900 euros é, sem dúvida, um pouco elevado, mas tem de considerar-se justo face ao que a Pulsion ofere-

ce e que a tornam numa das opções mais modernas e avançadas do mercado. K


Universidade Sénior

Usalbi chega mais longe Escola Portuguesa

À caça de asteróides 6 A campanha “Caça aos Asteróides”, que, durante um mês, envolveu alunos da Escola Portuguesa de Moçambique terminou no passado dia 5 de dezembro. A iniciativa envolveu oito alunos do sétimo ano do ensino básico na análise de imagens recolhidas por telescópios para posterior identificação de asteróides e objetos em rota de colisão com o planeta Terra. A ação, inserida no plano anual de atividades do grupo disciplinar de Ciências Físico-Químicas, integrouse na iniciativa da NASA e do Cen-

tro de Colaboração Internacional em Pesquisa Astronómica (IASC, sigla em inglês). O projeto resulta de uma parceria da NASA e do Centro de Colaboração Internacional em Pesquisa Astronómica, que é um consórcio internacional de universidades e organizações que se dedicam ao estudo da astronomia. Neste consórcio está incluído o Nuclio, sendo através deste que a Escola Portuguesa de Moçambique participa nestas campanhas. K EPM/CELP _

6 A Usalbi – Universidade Sénior Albicastrense está a assinalar 15 anos de vida e prepara-se para chegar a todas as freguesias do concelho de Castelo Branco este ano letivo. Com 1400 alunos inscritos (640 na cidade e 700 distribuídos pelos pólos nas freguesias do concelho), a instituição é hoje um dos instrumentos dinamizadores do público sénior e uma referência entre as suas congéneres do país. Mais do que a aprendizagem ao longo da vida, os alunos e professores (na sua maioria voluntários) da Usalbi procuram construir caminhos em comum, resultantes dos interesses de cada um, onde a camaradagem, o convívio e a amizade originam dinâmicas de grupo importantes. Arnaldo Brás, presidente da instituição, está na casa desde a sua fundação. “Com a Usalbi as pessoas passaram a ter outros comportamentos, interesses e mais responsabilidade com elas próprias”, explica. A instituição é financiada a 100% pela Câmara de Castelo Bran-

co e o seu presidente, Luís Correia, diz que “esta é uma das principais obras imateriais em que temos investido. Neste momento vamos levar a Usalbi a todas as freguesias. Tem havido uma grande adesão. Estamos a disponibilizar a possibilidade dos alunos praticarem hidroginástica, por exemplo, garantido o transporte para as piscinas de Castelo Branco ou Alcains”. Arnaldo Brás lembra que a aposta de levar a universidade às freguesias surgiu há quatro anos. “Foi muito bem sucedida e agora vamos implementá-la em toda a área geográfica do concelho. Com

esta medida, todos os seniores, a partir dos 55 anos, têm acesso às mesmas regalias e a formação ao longo da vida”, refere. Além da hidroginástica, os alunos da Usalbi têm um vasto conjunto de disciplinas ao seu dispor que vão desde a informática, jornalismo, cidadania, danças, educação física, literatura, teatro, pintura, ou cavaquinhos, entre outras. Paralelamente, fruto da dinâmica académica, têm também uma tuna, um grupo de fados e uma forte veia literária que tem permitido a edição de vários livros. A isto juntam-se as inúmeras visitas de estudo. K

Lusofonia

Moçambique mostra-se

Macau

Piloto na escola 6 O piloto português de motos, André Pires, visitou, no passado mês de novembro a Escola Portuguesa de Macau, no âmbito do Grande Prémio que decorreu na-

quele território. O piloto português, acompanhado pela sua equipa, teve oportunidade de conversar com os alunos da escola e com os seus responsáveis. K

6 Está patente, na Galeria do Camões, no Centro Cultural Português, em Maputo, a Exposição intitulada “Português de Moçambique no Caleidoscópio”, alusiva aos 10 anos de atividades da Cátedra de Português Língua Segunda e Estrangeira, sediada na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). A exposição, aberta ao público, pretende divulgar informação sobre as diferentes facetas do Português em Moçambique (histórica, social, linguística), assim como sobre as atividades desenvolvidas pela equipa da Cátedra ao longo dos dez anos. A Cátedra de “Português Língua

Segunda e Estrangeira” surge no âmbito de um protocolo de cooperação, assinado entre a Universidade Eduardo Mondlane e o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, em 2008. Para o reitor da UEM, Orlando Quilambo, a exposição repre-

senta um momento de conquista de um programa de investigação que tem estado a contribuir para a difusão e promoção de estudos sobre a língua portuguesa, incluindo a produção de ferramentas e materiais destinados ao seu ensino. K

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Engenharia

Évora aposta no aeroespacial Prémio Sophia

UBI e Portalegre ganham nos filmes 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) foi a grande vencedora do prémio Sophia Estudante, destinado a filmes e curtas metragens. Mário Oliveira obteve o primeiro lugar com o filme “Da Capo”, na categoria de ficção. Também da UBI, Clara Borges e Diana Agar obtiveram a primeira posição com a curta-metragem de animação “O Presidente Veste Nada”, numa categoria em que João Monteiro e Luís Vital, do Instituto Politécnico de Portalegre, ficaram na segunda posição com o filme “Ode à Infância”; e na terceira, Maria Clara NorPUB_NATAL_2019_255x165.pdf

bachs e Marisa Alves Pedro , também da UBI, com a curta metragem “One Minute Show Time”. Na edição deste ano, saíram ainda vencedores Alexander Sussmann com o filme Jamaika Onto New Paths, da Universidade Lusófona (documentário); Henrique Lopes do ETICAlgarve, na categoria experimental, com a curta “A Viagem”; Marta Féria de Sá, da Universidade Lusófona, com o melhor cartaz. Foi ainda entregue uma menção honrosa, a Dinis Leal Machado, da ESMAD, pelo filme “Cringe”. K 1

16/12/2019

6 A Universidade de Évora (UÉ) e o Instituto de Ciências da Terra (ICT) estão a participar, no âmbito da Engenharia Aeroespacial, em projetos relacionados com a Agência Espacial Europeia, sendo exemplo deste trabalho conjunto o projeto Near-Earth Object Modelling and Payloads for Protection. Neste momento a Universidade de Évora está envolvida no projeto AERIS, de cariz de cooperação transfronteiriça em aeroespacial, que promove a inovação empresarial na região transfronteiriça Andaluzia-Alentejo, no sector aeronáutico, impulsionando o uso eficiente das infraestruturas existentes através da colaboração entre clusters aeroespaciais. O projeto Near-Earth Object Modelling and Payloads for Protection, no âmbito da investigação científica sobre objetos próximos à terra (NEOs) e do desenvolvimento de tecnologias de carga útil importantes para a defesa planetária está em curso. O trabalho envolve a elaboração de instrumentos,

tecnologias e modelos para apoiar missões NEO. Além destes projetos, a UÉ integra o projeto Bocage, no âmbito dos lançadores espaciais, trabalho que envolve investigação científica e desenvolvimento de tecnologias para os lançadores. Além dos projetos referidos anteriormente, a UÉ participou também em estudos para a indústria aeronáutica, nomeadamente para estruturas de aeronaves.

Recorde-se que a UÉ juntamente com o Instituto Politécnico de Setúbal, em resposta ao desafio atual no âmbito da conceção e fabricação de componentes para a industria aeronáutica, oferece uma Pós-Graduação em Tecnologia Aeronáutica, destinada a fornecer a profissionais de engenharia e/ou tecnologia as valências necessárias para iniciarem ou melhorarem o desempenho de funções especializadas no setor aeronáutico. K

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Onde semeamos amor, cresce futuro. É tempo de voltar a casa, aos olhares que nos conhecem, aos sorrisos que falam mais que as palavras, às memórias que guardamos para sempre. É tempo de regressar às raízes dos afetos que nos seguram e nos dão o chão onde crescemos para chegar mais longe. É tempo de colher alegrias e semear o novo nos sítios de sempre. É tempo de florescer calor e carinho, encontro e compreensão, porque onde semeamos amor, crescem sorrisos, sonhos e futuro.

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A Delta deseja-lhe um Feliz Natal e um 2020 cheio de futuro.

delta-cafes.com

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