Ensino Magazine Edição nº259

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Filipe duarte santos, especialista em alterações climáticas, em entrevista

O tempo anda todo trocado! Só uma transição para as energias renováveis poderá travar o agravamento dos efeitos das alterações climáticas a nível global. A convicção é de Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e uma voz autorizada nesta matéria. C

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Évora no top mundial C

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Serra da Estrela é geopark mundial

UTAD tem novo administrador C

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Castelo branco C

Docente da ESART no São Carlos

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Os desafios da próxima legislatura

politécnicos de castelo branco e viseu

Vem aí a escola de pastores

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Leiria faz congresso mundial C

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Três milhões para a BioBip C

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Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas

O Planeta precisa de uma descarbonização da economia 6 Só uma transição para as energias renováveis poderá travar o agravamento dos efeitos das alterações climáticas a nível global. A convicção é de Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e uma voz autorizada nesta matéria.

têm tido eco ou são entendidos por alguns setores como obstáculos ao desenvolvimento económico? A indústria dos combustíveis fósseis – em particular a do petróleo, mas também a do carvão e do gás natural – é a mais poderosa do mundo. Por isso, há países que consideram que fazer a transição energética para as energias renováveis é algo que prejudica a economia desses países. Muitos desses países têm grandes reservas de petróleo e dependem muito dessa energia, resistindo, por isso, à transição energética. Não é pois de estranhar que muitos alertas da comunidade científica sejam incómodos.

Como o povo costuma dizer, «o tempo anda todo trocado». Como explica, do ponto de vista científico, a crescente degradação das condições climáticas? As alterações climáticas são provocadas por uma modificação na composição da atmosfera. A atmosfera é essencialmente formada por oxigénio molecular, que é cerca de 21 por cento, e por azoto molecular, que representa cerca de 72 por cento. O restante é composto por componentes minoritários, sendo um deles o dióxido de carbono, o outro o metano e outros gases, nomeadamente o vapor de água. Acontece que estes gases provocam o efeito de estufa. Tem havido desde meados do século XVIII, ou seja, durante a revolução industrial, emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, essencialmente provocadas pela combustão dos combustíveis fósseis – ou seja, o carvão, o petróleo e o gás natural. Para além disso, a desflorestação e as alterações no uso dos solos são outras questões que importa sublinhar. Como travar essa alteração climática? É necessário deixar de emitir grandes quantidades de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros gases com efeitos de estufa, associados a certas atividades humanas, como seja o setor da energia, em particular os combustíveis fósseis, o petróleo e o gás natural. Portanto, se não fizermos um esforço para reduzir a emissão desses gases com efeito de estufa a tendência é o agravar de eventos climáticos extremos. Pode ser através de ondas de calor e secas – fenómenos extremos que estão a acontecer, neste final de verão, em certos locais do território português e espanhol, por exemplo. No caso da precipitação a tendência é que esta se faça em períodos de tempo curtos e de forma muito intensa. Para além destes aspetos, há a subida do nível médio global do mar, que já subiu cerca de 20 centímetros desde o período pré-industrial até à atualidade – e é muito provável que suba cerca de um metro até ao final deste século. A erosão da linha de costa é um fenómeno que a cada verão se nota de forma mais evidente. A que se deve? A costa ocidental portuguesa tem um défice sedimentar. No passado, os rios transportavam as areias até à costa. Com a construção de barragens em Portugal e

Espanha os sedimentos passaram a ficar retidos, logo não alcançam o nosso litoral. Para além disso, temos uma costa muito energética, batida pelos ventos do quadrante oeste/norte, em particular nos períodos de nortada. Esse vento constante gera ondas com a mesma direção que ao baterem na costa baixa e arenosa faz o transporte das areias de norte para sul, retirando areia das praias. É este fenómeno que explica a erosão costeira muito acentuada. Ainda é possível travar as alterações climáticas ou o processo é irreversível? É possível reverter esta situação se fizermos uma transição energética para as energias renováveis, deixarmos de utilizar os combustíveis fósseis do mundo, como atualmente fazemos. No fundo, o Planeta precisa de efetuar uma descarbonização da economia. Se não a fizermos, as alterações climáticas vão intensificar-se. Como acabou de dizer, a ação do homem no sistema climático continua a ser

muito profunda. Como sensibilizar para a mudança de comportamentos? Por exemplo, os meios de comunicação social têm um papel muito importante nesse processo. Alguns cientistas também ocupam parte do seu tempo fazendo a divulgação dos resultados dos seus estudos, etc. No fundo, este começa a ser um tema cada vez mais na ordem do dia e na mente das pessoas pelas consequências gravosas. No nosso caso, temos as secas e os violentos fogos florestais de 2017 que estão bem presentes na memória de todos os portugueses. Nesse sentido, muitos governos estão a envidar esforços para efetuar a absolutamente necessária transição energética, mas este processo depende da mobilização social, porque o seu sucesso está dependente das pessoas, não pode ser feito apenas pelos políticos. E estou em crer que quanto maior consciência houver desta problemática, mais as pessoas estarão disponíveis para aderir a esta transição energética. Os alertas da comunidade científica

Dois dos países mais populosos do mundo, a China e a Índia, estão a investir fortemente em energias renováveis. O facto de os Estados Unidos terem rasgado o acordo de Paris representou um forte revés para o objetivo de um mundo mais sustentável? Os três países que referiu são grandes emissores de gases com efeito de estufa. Neste momento, o principal emissor mundial é a China, seguida pelos Estados Unidos e pela Índia. Acontece que a China está a procurar fazer um esforço sério no âmbito da transição energética, pese embora as dificuldades que existem para a concretização deste processo, porque os chineses não estão interessados em prejudicar o seu desenvolvimento económico. Contudo, a China dispõe já da maior indústria de energias renováveis do mundo, sobretudo a energia solar. A China é o país do mundo que mais painéis solares fotovoltaicos produz e também painéis solares térmicos, aerogeradores, etc. O volume de negócios é impressionante. Mas é preciso que se diga que a China está ainda muito longe de reduzir as suas emissões. O caso da Índia é diferente por ser menos desenvolvida do que a China. O PIB per capita é muito inferior à China. Apesar de estarem conscientes do problema, as autoridades indianas defendem que têm de aumentar o consumo per capita para atingir níveis mais elevados de desenvolvimento social e económico. Para além disso, a Índia tem muitas minas de carvão, o que não é uma boa notícia para ninguém. Finalmente, falta falar dos Estados Unidos liderados por Donald Trump… É um caso em que houve uma transição muito grande em termos de política de ambiente da administração Obama para a administração Trump. Este presidente está a anular todas as medidas que o governo anterior tinha tomado no sentido de fazer a transição energética e de proteger o ambiente. Este problema da descarbonização da economia não se vai resolver num ; SETEMBRO 2019 /// 03


;futuro próximo e os impactos mais gravosos vão ser sentidos nas próximas gerações, que irão deparar-se com um mundo distinto do atual, caso não se consiga inverter este processo de degradação.

vão compatibilizar o crescimento económico com a preservação ambiental? Um governo sai, forçosamente, penalizado no próximo ato eleitoral caso não consiga um crescimento económico a curto prazo. Não é de admirar que os esforços estejam dirigidos para o crescimento económico e, para que isso aconteça, é preciso consumir mais energia. Nesse contexto, o sistema económico e financeiro convida as pessoas a consumirem mais e mais, com anúncios, na rádio, na televisão e na internet. A transição energética representa uma mudança de hábitos e vai mexer com os lucros de muitas empresas poderosas, por isso, é compreensível que exista uma resistência muito grande à sua implementação.

E como é que Portugal está a comportar-se neste domínio? Portugal desenvolveu as energias renováveis e em particular, fruto de um esforço muito grande, a energia eólica. Temos uma potência instalada em matéria de energias renováveis muito significativa. Não avançámos como devia ser na energia solar térmica, ou seja, o tipo de energia que é utilizado para aquecer água nas casas das pessoas que têm uma moradia. Na energia solar fotovoltaica também estamos a dar passos importantes, o que é natural por termos condições invejáveis para o aproveitamento da energia solar no que respeita à geração de eletricidade.

Os programas curriculares de ensino deviam ter um reforço das matérias ambientais? Não tenho dados suficientes para responder a essa pergunta, mas entendo que a geração mais nova, que entra na escola, está mais sensibilizada para as questões ambientais. Acredito mesmo que o grande obstáculo reside nas pessoas adultas e que se encontram na fase ativa da sua vida e que acalentam grandes expetativas em termos de prosperidade económica.

Mas defende que continuamos a falhar na eficiência energética. Quer concretizar? A eficiência energética tem a ver com o consumo de energia que fazemos das funcionalidades e dos equipamentos que temos nas nossas casas. Esta questão tem a ver com a climatização das casas, no verão ou no inverno, de forma a consumir menos energia, e também com a própria escolha dos aparelhos aquando da sua compra. Neste aspeto particular ainda nos encontramos bastante atrasados. O uso do carro particular continua a ser excessivo? Devemos ter uma mobilidade mais inteligente, ou seja, consumindo menos energia. Um estudo recente aponta que Portugal pode, em 2050, ter um clima semelhante ao de Casablanca, em Marrocos. Qual é a sua opinião? Essas comparações são sempre muito complexas e difíceis. Para definir um clima são necessários 30 anos de observações em estações meteorológicas. O que existe é uma tendência para que o clima verificado no norte de África, entre 1960 e 1990, esteja a transferir-se para Portugal – quente e mais seco - enquanto no norte do continente africano as temperaturas tendem também a aumentar. Mas penso que a tendência é que seguiremos confrontados com eventos de seca mais frequentes, com impactos evidentes nos recursos hídricos e na própria agricultura. Os partidos verdes ou ecologistas tiveram uma forte subida nas últimas eleições europeias. Quer isto dizer que as pessoas estão a valorizar mais as questões ambientais e climáticas? Nas últimas eleições para o Parlamento Europeu os partidos verdes ou ecologistas (em Portugal, no caso, o PAN) registaram uma votação superior a sufrágios anteriores e isso deveu-se, fundamentalmente, ao voto dos eleitores mais jovens. Penso que daqui se pode inferir que as camadas mais jovens da população europeia têm mais consciência ambiental e sentem uma preocupação maior relativamente a escalões etários mais avançados face às

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consequências que isto pode trazer para o futuro. A adolescente sueca, Greta Thunberg é o rosto do movimento «greve à escola pelo clima». Como avalia o impacto desta iniciativa? É uma iniciativa muito meritória de uma jovem de apenas 16 anos. Mas o que eu considero aberrante é que sejam os jovens a (de alguma forma) prejudicar-se e a sacrificar-se em termos escolares com esta

iniciativa para chamarem a atenção dos adultos e dos responsáveis políticos pela condução dos países. Em setembro, teremos uma greve nos mesmos moldes a nível global e pelo que li esta forma de protesto vai envolver um grande número de pessoas adultas. No fundo, é mais outro alerta para o impacto das alterações climáticas e da necessidade urgente para que se faça algo antes que seja tarde demais. Na sua opinião, como é que os políticos

CARA DA NOTÍCIA Em defesa da sustentabilidade 6 É uma das vozes mais autorizadas do país quando se fala em mudanças globais e alterações climáticas. O seu nome é Filipe Duarte Santos (nascido em Lisboa, a 15 de março de 1942), investigador, físico e professor universitário jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, atual presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS). Lecionou ainda, como professor convidado, em várias prestigiadas universidades nos Estados Unidos e na Europa. Recentemente, foi distinguido com o prémio «Carreira pela sustentabilidade», nos Green Projet Awards. Foi vice-presidente do Instituto de Meteorologia de Portugal entre 1987 e 1988, tendo posteriormente coordenado a redação do primeiro e único Livro Branco sobre o Estado do Ambiente em Portugal, publicado em 1991. É desde 1999 membro efetivo da Academia das Ciências de Lisboa. Licenciou-se em Geofísica pela Universidade de Lisboa e doutorou-se em Física Nuclear pela Universidade de Londres. K

Os incêndios na Amazónia estão a acelerar a desflorestação naquela região. Qual é o seu real impacto para o chamado “pulmão” do Planeta? Não conhecemos a contabilidade exata daquilo que ardeu, mas creio que mais tarde ou mais cedo, também com a ajuda dos satélites, teremos uma noção aproximada. O conceito de “pulmão” do mundo é muito falado e é preciso esclarecer. Na fotossíntese, as plantas emitem oxigénio, mas a atmosfera tem uma quantidade de oxigénio muito considerável – 21 por cento da sua composição. Isto para dizer o seguinte: se a Amazónia fosse completamente arrasada e no seu lugar tivéssemos só pastagens para vacas e plantação de soja, continuávamos a ter muito oxigénio para respirar. O problema é que deixávamos de ter a capacidade de retirar dióxido de carbono da atmosfera. O outro problema prende-se com a perda de biodiversidade. Há uma quantidade de espécies, animais e vegetais, que vivem na Amazónia e que se extinguiriam para todo o sempre. Bolsonaro invocou a «soberania territorial» para responder aos apelos de Macron para a defesa conjunta da Amazónia. A defesa ambiental compadece-se com as questões da soberania? Essa é uma pergunta muito interessante e que não é de resposta fácil. Contudo, penso que a observação de Bolsonaro não faz muito sentido. Penso que a ajuda financeira de países mais desenvolvidos para a projetos de salvaguarda e conservação da Amazónia em nada ameaçaria a soberania do Brasil sobre aquela vasta parcela de território no continente sul-americano. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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Universidade de Évora

Center for World University Rankings

Mais candidatos a mestres e doutores

Évora no top mundial

6 Os resultados da 1ª e 2ª fase de candidaturas a Mestrados, Doutoramentos e Pós-graduações na Universidade de Évora confirmam a tendência de crescimento dos últimos anos. O número global de candidatos aumentou 30% em relação à média dos últimos quatro anos, sendo de salientar que no 1º ciclo e nos Mestrados Integrados, o número de candidatos internacionais aumentou perto de 80%. Em nota de imprensa, é referido que “o crescente interesse pela Universidade de Évora é justificado em parte pelo esforço de divulgação que tem sido feito nos últimos anos, seja ao nível do território nacional, através de uma forte presença em escolas e feiras dedicadas à educação, seja ao nível internacional, pela

presença em plataformas digitais e em certames de referência dedicados à educação, bem como pelo estabelecimento de múltiplas ligações com outros países e instituições. A esta dimensão soma-se ainda a criação de serviços dedicados ao estudante, resultado do contínuo desenvolvimento de mecanismos internos que potenciam um melhor atendimento aos candidatos e uma maior proximidade com os alunos”. Para este aumento da procura tem contribuído ainda, segundo Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, “a estratégia da instituição, focada na contínua inovação ao nível da oferta formativa e, por outro lado, a permanente construção de pontes ao nível regional, nacional e internacional”. K

Universidade de Évora

Teresa Correia no Horizonte Europa 6 Teresa Pinto Correia, professora da Universidade de Évora e diretora da recém-criada unidade de investigação MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura Ambiente e Desenvolvimento, foi selecionada para o Mission Board em Saúde dos solos e alimentação, do Horizonte Europa. Entre março e abril de 2019, e após meses de negociações entre a Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu, foram acordados os termos do regulamento do concurso para Expressão de Interesse para membros dos cinco “Mission Boards”, grupos de alto nível que irão definir os termos de referência para as cinco áreas das primeiras grandes “missões de I&D” do próximo Programa-Quadro de Investigação e Inovação, o “Horizonte Europa” (2021-2027). O Horizonte Europa estrutura-se em três pilares complementares e interligados, sendo o Pilar I, “Ciência de Excelência”; o Pilar II, “Desafios Globais e Competitividade Industrial Europeia” e o Pilar III, “Europa Inovadora”. Para além dos três pilares, acresce ainda o Pilar Horizontal “Alargamento da participação e reforço do Espaço Europeu da Investigação”. No âmbito do Pilar II - “De-

safios Globais e Competitividade Industrial Europeia”, foram definidas missões em temas transversais que garantam impacto socioeconómico e também parcerias europeias com a indústria e os Estados-Membros. As “Missões de I&D” são uma novidade no futuro ProgramaQuadro de Investigação e Inovação “Horizonte Europa” com o objetivo de associar a investigação e a inovação da UE a grandes desafios e necessidades da sociedade e dos cidadãos, com forte visibilidade e impacto, tendo sido definidas cinco: Adaptação às alterações climáticas, incluindo a transformação societal; Cancro; Oceanos, mares e águas costeiras e interiores saudáveis; Cidades Inteligentes com impacto neutro no clima; Saúde dos solos e alimentação. K

6 A Universidade de Évora ocupa a posição 1400 no ranking publicado este mês pelo Center for World University Rankings (CWUR). É uma das 2000 melhores universidades ao nível mundial, entre vinte mil avaliadas, garantindo o 8º lugar nacional entre as catorze instituições portuguesas listadas. Para Ana Costa Freitas, reitora da UÉ, “esta é mais uma confirmação da qualidade do trabalho desenvolvido diariamente pela comunidade académica e do favorável posicionamento estratégico da instituição”. Desde 2012, o CWUR publica anualmente o único ranking que analisa o desempenho académi-

co de instituições de ensino superior em todo o mundo, classificando as universidades em vários parâmetros, desde a qualidade

do ensino e do corpo docente, a empregabilidade de antigos alunos, à investigação, publicações e citações. K

Raça Lusitana Alter Real

A galope nas Olimpíadas 6 Pela primeira vez na história, Portugal estará representado nas Olimpíadas com uma equipa na modalidade Equestre – Ensino. Duarte Nogueira com Beirão AR, da Coudelaria de Alter, cuja Unidade Clínica é assegurada pela Universidade de Évora (UÉ), integram a equipa apurada para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, no Campeonato da Europa da modalidade, que decorreu em Roterdão até 25 de agosto. Desde 2016 que a assistência veterinária e controlo reprodutivo do efetivo da Coudelaria de Alter estão a cargo da equipa do Hospital Veterinário da UÉ, na Unidade Clínica da Coudelaria de Alter, criada na sequência de um Protocolo firmado entre a UÉ e a Companhia das Lezírias. Para além de assegurar o integral e regular funcionamento da Coudelaria, a Unidade presta serviços veterinários especializados aos criadores e médicos veterinários daquela região do Alentejo, envolvendo parte do corpo clínico do Hospital Veterinário e professores do Departamento de Medicina Veterinária da Escola de Ciências e Tecnologia da UÉ. É ainda ao abrigo desta parceria que os estudantes do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária têm as aulas práticas de equinos em contexto de Coudelaria, aproximando os alunos da realidade

própria de uma unidade de produção equina. Na opinião de Ana Costa Freitas, reitora da UÉ, “a parceria que mantemos com a Coudelaria de Alter é uma aposta que se afirma cada vez mais como uma mais-valia aos níveis do ensino e investigação e do desenvolvimento deste setor, permitindo à UÉ contribuir para a preservação e o futuro de um património comum, com grande relevância regional, nacional e internacional. É com redobrado orgulho que a Universidade de Évora se associa à comemoração deste momento memorável para a raça Lusitana, para a Dressage Portuguesa

e para todos os que trabalham diariamente nesta área: criadores, atletas, técnicos”. Recorde-se que a Coudelaria de Alter, situada a escassos quilómetros da vila de Alter do Chão, é um dos berços do cavalo Puro-Sangue Lusitano, através da criação da linhagem Alter Real. É ali que são criados os cavalos montados em exclusivo pela Escola Portuguesa de Arte Equestre. Esta Coudelaria, gerida desde 2003 pela Companhia das Lezírias, dedica-se também à criação de cavalos Puro-Sangue Lusitano e Árabe e da raça autóctone Sorraia, de ferro Coudelaria Nacional. K

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Novo Administrador da UTAD

Paulo Ferraz toma posse 6 Paulo Sérgio Ribeiro Nogueira Ferraz, licenciado em Organização e Gestão de Empresas, com frequência no doutoramento em Economia e na pós-graduação em Administração Educativa e com diploma de Estudos Avançados em Economia, é o novo administrador da UTAD, tendo já sido apresentado pelo reitor António Fontainhas Fernandes. Exerceu as funções de Diretor Executivo da Porto Global HUB e de administrador do Instituto Politécnico do Porto e dos seus Serviços de Ação Social. Apresenta ainda no seu curriculum profissional experiência como assessor da Administração na SUCH - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais.

Center for World University Rankins

Refira-se que, entretanto, a administradora cessante da UTAD, Elsa Justino, foi nomeada para a ad-

ministração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD). K

Universidade do Algarve no top mundial 6 A Universidade do Algarve (UAlg) figura no top 5,9% mundial e em 7º lugar a nível nacional, entre catorze instituições nacionais avaliadas pelo Center for World University Rankings (CWUR), cujos resultados foram publicados a 5 de agosto. No total foram avaliadas 20 mil universidades de todo o mundo, onde a UAlg aparece na posi-

ção 1168, sendo que na investigação a Academia algarvia ficou classificada em 1120. Este ranking avalia o desempenho académico de instituições de ensino superior, tendo como base indicadores como a qualidade do ensino, a empregabilidade dos antigos alunos, o desempenho da investigação, a qualidade das publicações, as citações, entre outros. K

Fundação do Côa

Docente da UTAD nomeado vice Contra o cancro colorretal

Minho testa medicamentos 6 Uma equipa do Grupo de Investigação 3B’s da Universidade do Minho, em colaboração com a Universidade de Maastricht (Holanda), desenvolveu uma plataforma 3D que monitoriza em tempo real o destino de nanopartículas carregadas com drogas anticancerígenas e o seu efeito nas células de cancro colorretal. O trabalho, publicado na revista ‘Science Advances’, envolve os investigadores Rui L. Reis, Miguel Oliveira e a aluna de doutoramento Mariana Carvalho. O projeto é considerado “um avanço importante no uso da nanomedicina de precisão para o tra-

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tamento personalizado do cancro colorretal”. O cancro do cólon e reto é o terceiro mais comum no mundo, após o cancro do pulmão e da mama, retirando a vida a quase 900.000 pessoas por ano, incluindo 4000 portugueses. Este ano vai ser a doença oncológica com mais novos casos (cerca de 10.000) no país, segundo a Agência Internacional para a Investigação do Cancro. Torna-se, por isso, urgente descobrir drogas neste âmbito e testá-las em modelos 3D semelhantes ao corpo humano, para aumentar o sucesso dos ensaios terapêuticos. No Grupo 3B’s, a nova plata-

forma 3D consiste numa espécie de chip biológico, análogo ao chip de computador, que inclui microdispositivos para realizar análises químicas complexas quando as nanopartículas libertam fármacos de forma controlada. Na prática, é possível avaliar logo o efeito dessas nanopartículas carregadas com drogas quimioterapêuticas, que vão atravessando em líquido, lenta e continuamente, os tecidos cancerígenos e vasculares, explica Miguel Oliveira, autor principal do estudo e a trabalhar no I3Bs – Instituto de Biomateriais, Biomiméticos e Biodegradáveis da UMinho, situado no AvePark, em Guimarães. K

6 Domingos Lopes, docente da Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) e diretor do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista, acaba de ser nomeado vice-presidente da Fundação do Côa, por despacho da Ministra da Cultura e sob indicação do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Na Fundação do Côa, presidida pelo historiador Bruno Navarro, Domingos Lopes vai ter os pelouros da atividade científica, estudos e projetos. O novo vicepresidente é licenciado em Engenharia Florestal, fez o mestrado em Desenvolvimento Rural e o doutoramento em Ciências Ambientais, destacando-se não só na docência, mas também nos trabalhos científicos que publica e na investigação que desenvolve, seja relacionada com os cenários de mudanças climáticas, seja no estudo dos ecossistemas florestais. Na UTAD, onde é professor auxiliar com agregação e investigador integrado do Centro de

Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), desempenha as funções de diretor da licenciatura em Arquitetura Paisagista e de diretor do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista. Recentemente foi agraciado pela Câmara Municipal da Lousã, de onde é natural, com o prémio Carreira Vicente Ferrer, um galardão que visou distinguir o notável percurso académico e científico de Domingos Lopes. K


Programa +Superior

Avaliação pela A3ES

Mais bolsas para a UÉvora

Évora passa com distinção

6 Os estudantes que venham estudar para Universidade de Évora neste próximo ano letivo 2019/20 e que sejam residentes noutras regiões do país vão poder beneficiar do Programa +Superior, informou a instituição. Para o conjunto das instituições de Ensino Superior do Alentejo estão previstas 405 bolsas de mobilidade, cada uma com o valor anual de 1700 euros, sendo todo o processo de atribuição gerido pela Direção-Geral do Ensi-

no Superior (DGES). Destinado a apoiar a frequência do ensino superior em regiões do interior do país, por estudantes residentes no litoral, as bolsas de mobilidade podem acumular com outros apoios disponíveis. Os estudantes que pretendam beneficiar de um bolsa de mobilidade no ano letivo de 2019 -2020, devem candidatar-se até ao dia 15 de novembro de 2019, na plataforma BeOn da Direção- Geral do Ensino Superior. K

Investigação contra Alzheimer

Évora produz inibidor de enzima 6 Uma equipa de investigação internacional, liderada por Anthony Burke, do Centro de Química de Évora da Universidade de Évora (CQE-UÉ), produziu com sucesso um novo inibidor da enzima Colinesterase, fundamental para assegurar a comunicação entre neurónios em doentes com a doença de Alzheimer. Inovadora, esta molécula é quiral, apresentando apenas na sua composição o ingrediente ativo benéfico. É, por isso “mais segura para o organismo humano”, como afirma o investigador, sendo atualmente a produção da forma quiral ativa um grande desafio para a indústria farmacêutica a nível mundial. A doença de Alzheimer é uma doença neurológica crónica que provoca uma deterioração progressiva e irreversível de diversas

funções cognitivas, e progressivamente a realização das atividades quotidianas. Este facto deve-se aos baixos níveis da acetilcolina (ACh), um neurotransmissor essencial para manter as funções normais do cérebro. Se a ação das enzimas Colinesterases (ChEs), que destroem a acetilcolina, for inibida, asseguram-se os níveis daquele neurotransmissor. Por isso, os inibidores da ChEs funcionam como fármacos. Recorrendo a tecnologias de ponta e em colaboração com Instituto Max Planck da Potsdam, Alemanha, esta equipa multidisciplinar constituída por especialistas em química sintética, medicinal, computacional, bioquímica, farmacêutica e tecnologia de química de fluxo contínuo, produziram com sucesso novos inibidores de ChEs, com moléculas quirais. K

Campanha

Évora solidária pelos frutos 6 A Universidade Saudável da Universidade de Évora, em cooperação com a ZEA, realizou nos passados dias 11 de agosto e 27 de julho de 2019 a campanha solidária de colheita de frutos produzidos no Polo da Mitra. Esta campanha é levada a cabo por voluntários, maiorita-

riamente ligados à Universidade de Évora mas também conta com a participação de pessoas externas. Os frutos recolhidos foram distribuídos por instituições de apoio social da cidade de Évora e pelos Serviços de Acção Social da Universidade de Évora. K

6 A Universidade de Évora é uma das cinco instituições de ensino superior, entre as 60 avaliadas, que que passou com distinção, recebendo acreditação pelo período máximo de seis anos. Isso mesmo é sublinhado pela UÉ em nota enviada ao nosso jornal. Os pontos fortes identificados pela A3ES são, entre outros, “a oferta formativa acreditada, adequada à missão universitária da UÉvora; o ambiente de ensino-aprendizagem assente na relação interpessoal professor-estudante; a relevante atividade científica (…) de que resulta um número assinalável de artigos científicos em colaboração com investigadores de todo o mundo; a centralização das atividades de investigação numa única unidade orgânica, o Instituto de Investigação e Formação Avançada (IIFA); o esforço desenvolvido por várias áreas para integrar os estudantes de licenciatura já em projetos de investigação; o corpo docente estável, qualificado (…); a diversidade e abrangência da cooperação com instituições prestigiadas de ensino superior e investigação, tanto ao nível nacional como internacional, atingindo nichos/áre-

as de influência internacionais ainda pouco abordados pela generalidade das instituições nacionais (…)”. O processo de avaliação às instituições do sistema de ensino superior nacional, conduzido pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), resulta em três possíveis decisões: Acreditar, Acreditar com condições, Não Acreditar. A UÉ foi acreditada por seis anos, sendo referido no relatório final da Comissão de Avaliação Externa (CAE) que a instituição “dá globalmente cumprimento, tanto em relação à sua organização como ao seu funcionamento, ao que se encontra estipulado legalmente para uma universidade inserida no

sistema de ensino superior português, valorizando-se o exercício de planeamento estratégico no sentido de definir 4 áreas-âncora (…)”. De referir que foi em 2017 que a A3ES iniciou o processo de avaliação e acreditação institucional do conjunto de instituições que integram o sistema de ensino superior nacional, processo que inclui: a verificação do estado de desenvolvimento dos sistemas internos de garantia da qualidade; a contribuição para o emprego científico; o cumprimento das condições de funcionamento estabelecidas pela lei; a verificação de que são mantidos os pressupostos de reconhecimento de interesse público. K

Alumni UÉvora

Octávio Mateus vence prémio 6 O paleontólogo Octávio Mateus é o vencedor da primeira edição do Prémio Carreira Alumni UÉvora, tendo sido distinguido “pelo mérito do seu percurso profissional, académico e cívico” e pela “referência” que é “para os seus pares e para a sociedade”, informou a universidade. Licenciado em Biologia pela Universidade de Évora (UÉ), Octávio Mateus é doutorado em Paleontologia pela Universidade Nova de Lisboa, onde é atualmente rofessor de Paleontologia. É ainda investigador Associado do Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, e do Museu da Lourinhã. Com mais de 200 publicações científicas, o seu interesse pela paleontologia de dinossauros, sobretudo do Jurássico de Portugal, mas também de outros répteis (mosassauros, plesiossauros, crocodilos e tartarugas), levou-o a realizar escavações em diversos pontos do planeta, nos Estados Unidos, Brasil, Gronelândia, Laos, Tunísia, Moçambique, Mongólia, Marrocos e Angola. A ligação ao DinoParque, um parque temático na Lourinhã, é a vertente empreendedora do percurso deste alumnus da UÉ, sendo

assinalável a contribuição da sua produção científica para o Museu da Lourinhã que possui a maior coleção ibérica de fósseis de dinossauros do Jurássico Superior. Segundo Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, “esta distinção é o reconhecimento do mérito do paleontólogo Octávio Mateus, simbolizando, simultaneamente, o orgulho da instituição no sucesso profissional dos seus Alumni.” As nomeações apresentadas em 2019 foram avaliadas pelo Júri em cinco parâmetros: percurso profissional; capacidade de inovação; capacidade de empreendedorismo; contribuição para o desenvolvimento da sociedade numa área específica e contribuição para o reconhe-

cimento da excelência de ensino na UÉvora, tendo a reunião final decorrido no dia 30 de julho. O júri desta primeira edição é composto por Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, Carlos Mota Soares, presidente do Conselho Geral, Rosalina Costa, próreitora para a para Sociedade, Cultura e Alumni, Mourad Bezzeghoud, diretor da Escola de Ciências e Tecnologia, Silvério Rocha e Cunha, diretor da Escola de Ciências Sociais, Ana Telles, diretora da Escola de Artes, António Candeias, diretor do Instituto de Investigação e Formação Avançada, Felismina Mendes diretora da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus e Bárbara Tita, representante do Conselho Alumni da Universidade de Évora. Instituído em 2019, o Prémio Carreira Alumni Uévora distingue anualmente um diplomado pela Universidade de Évora, independentemente do grau (licenciatura, mestrado ou doutoramento), nomeado por Alumni, docentes ou investigadores. A entrega do galardão desta primeira edição realiza-se no próximo dia 1 de novembro, data em que se comemora o Dia da Universidade de Évora. K

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Sistema robótico de impressão 3D

Coimbra distinguida 6 O artigo científico ‘Advances in robotics for additive/hybrid manufacturing: robot control, speech interface and path planning”’ de Norberto Pires, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, sobre um novo sistema robótico de impressão 3D, acaba de ser distinguido com o Emerald Literati Award. O galardão premia o melhor artigo do ano 2018 de cada revista da editora científica Emerald. Publicado originalmente em maio de 2018, na revista Industrial Robot, o artigo premiado (com coautoria de Amin Azar, investigador do Instituto Tecnológico para a Indústria da Noruega), aborda o projeto conjunto das duas instituições que está na base do desenvolvimento de um inovador sistema robótico para impressão 3D a nível industrial. O sistema permite a impressão de peças metálicas de grandes dimensões, em vários ângulos e planos, de forma muito mais simples e rápi-

da. Entre as suas principais maisvalias estão o facto de dispor de seis eixos de movimento (o dobro da performance das impressoras 3D tradicionais) e de um software de simulação em tempo real (que evita a necessidade de executar sucessivas tentativas, até se obter um objeto com as características pretendidas). O artigo é “um dos trabalhos mais excecionais que a nossa equipa leu em 2018”, justifica a editora Emerald, no anúncio da

distinção. “Este prémio é um reconhecimento internacional, ao mais alto nível, da qualidade e novidade do trabalho que temos vindo a desenvolver nesta área muito competitiva em termos internacionais. A nossa estratégia foi a de reunir uma vasta e muito competente equipa internacional, de forma a ser possível realizar contribuições que nos permitam liderar o desenvolvimento científico e industrial nesta área”, afirma Norberto Pires.

facebook oficial H

Consumidores

IPAM inova na formação 6 O IPAM acaba de lançar a pós-graduação em Consumer Insights, que tem início em outubro, em Lisboa e no Porto, tendo como objetivo responder às necessidades de análise das novas tendências de consumo, antecipando o comportamento e motivações dos consumidores, analisando as necessidades e tendências do mercado atual, de forma a ajudar as marcas a planear estratégias de negócio mais eficazes. A Pós-Graduação do IPAM está

organizada em três eixos fundamentais: Studying Consumers, Understanding Consumers e Acting na área do consumo, com o objetivo de promover a aquisição de maiores conhecimentos nos domínios do consumo, comportamento e motivações dos consumidores e incidindo sempre na resolução de casos reais e problemas concretos de marcas e empresas. A lançar em outubro, a Pós-Graduação do IPAM vai realizar-se em regime Pós-Laboral durante nove meses. K

Em Braga e Guimarães

10º Festival de Outono Universidade do Algarve

Nova gestão com Primavera 6 A Universidade do Algarve é a mais recente instituição de ensino superior a recorrer à tecnologia da PRIMAVERA BSS para o setor público. Em ano de comemoração do 40º aniversário, a instituição adotou um novo sistema de gestão com o objetivo de centralizar toda a informação de gestão, obter um maior controlo dos dados e simplificar o reporte ao Estado, de acordo com as novas normas contabilísticas para o setor público, o SNC-AP. A gestão dos 1300 funcionários, projetos de investigação, gestão contabilística e financeira e reporte ao Estado passaram a ser tratados de forma integrada na solução PRIMAVERA Public Sec-

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tor, um ERP (Enterprise Resource Planning) desenvolvido especificamente para o setor e utilizado diariamente em diversas instituições de ensino em Portugal. Com a adoção do novo sistema de gestão, a instituição procurou garantir solidez na gestão das diversas unidades orgânicas de Ensino Superior Universitário e Politécnico e solidez no reporte financeiro ao Estado, utilizando um novo normativo contabilístico que está em vigor para as instituições da Administração Pública De acordo com o administrador, António Cabecinha, “a integração de processos é hoje uma necessidade de gestão prioritá-

ria, pois numa instituição desta dimensão há uma imensidão de dados que só é possível gerir com rigor se os mesmos estiverem interligados de forma absolutamente fiável. A capacidade de integração das soluções Primavera foi fundamental neste processo, pois garante fluidez na gestão da informação contabilística e financeira, do pessoal, do património, gestão de projetos de investigação”. Segundo o responsável, “com o novo sistema passa-se também a obter um maior controlo orçamental e de execução de projetos cofinanciados, mecanismos muito importantes na atividade da instituição”. K

6 A 10ª edição do Festival de Outono da Universidade do Minho realiza-se de 19 a 21 de setembro, em Braga e Guimarães, tendo 15 atividades culturais e entrada livre. A iniciativa da Reitoria da UMinho, da Associação Académica e da Rádio Universitária do Minho (RUM) visa promover expressões artísticas, incutir novos hábitos culturais e mostrar diferentes culturas, em especial aos novos estudantes. O programa inicia no dia 19, quinta-feira, às 18h00, na Praça de Donães, em pleno centro de Guimarães, com um sarau musical dos grupos culturais da UMinho. O palco é depois entregue a dois projetos vimaranenses – o rock alternativo dos Paraguaii (22h00) e o indie de Captain Boy (23h00), a apresentar o seu novo disco “Memories and bad photographs”. A noite fecha com DJs nos bares do centro histórico. Já em Braga, o salão medieval do Largo do Paço recebe às 22h00 um concerto da Orquestra da Universidade do Minho, com o maestro

Hans Casteleyn. Este espetáculo repete-se na noite seguinte, à mesma hora, na Igreja de São Francisco, em Guimarães. Na sexta-feira, o Largo do Paço acolhe um Ensemble de Percussão do Instituto Confúcio da UMinho (18h00), um sarau dos grupos culturais da UMinho (19h00), o bluesrock dos Bed Legs (22h15) e ainda o soul-funk de Marta Ren & The Groovelvets (23h15), que deve revelar temas do disco previsto para início de 2020. A agenda de sábado abre às 15h30, no salão nobre do Largo do Paço, com a tertúlia “Livros com RUM”, onde Álvaro Laborinho Lúcio vai apresentar o seu terceiro romance, “O beco da liberdade”, que chega na véspera às livrarias pela Quetzal. Após o jantar, o exterior do edifício será preenchido com o rock eletrónico dos Quadra (22h15) e dos X-Wife (23h15), com canções como ‘Movin up’ e “Boom shaka boom”. Tal como na véspera, a after-party está agendada para o café concerto da RUM, no espaço gnration. K


prioridades para a próxima legislatura

Politécnicos querem mais ação social e melhor financiamento 6 O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) acaba de apresentar os seus contributos para a próxima legislatura, onde defende um ensino superior para todos. A questão da atribuição dos títulos de doutoramento pelos institutos politécnicos, a mudança de nome para universidade, o financiamento e a internacionalização são alguns dos temas abordados no documento apresentado como contributos para a próxima legislatura, a que tivemos acesso. O organismo, presidido por Pedro Dominguinhos, apresenta um conjunto de propostas que no seu entender vão melhorar o ensino superior no nosso país, tornando-o num espaço para todos. O documento do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos com as propostas para a próxima legislatura aborda questões sensíveis, como a ação social e o financiamento das instituições de ensino superior. Nesse sentido propõe uma alteração de paradigma para que a ação social responda melhor às necessidades dos diferentes públicos que frequentam as instituições. Defendem ainda a alteração do regulamento de bolsas de ação social, com o “intuito de alargar a sua atribuição efetiva aos estudantes que revelem dificuldades e carências económicas”. A inclusão de medidas de apoio social direto e indireto focalizadas em novos públicos, entre os quais os estudantes portadores de graus formais e informais de incapacidade e/ou com necessidades educativas especiais, é outra das propostas. O tecido empresarial também é chamado a jogo e o CCISP propõe “a atribuição do estatuto de benefício fiscal aos donativos atribuídos por empresas aos Serviços de Ação Social das IES, contribuindo para o desenvolvimento de programas de apoio, no âmbito da ação social indireta, geridos pelas IES”. Além disso é sugerida a “inclusão dos Serviços de Ação Social das Instituições de Ensino Superior na listagem de entidades que, à semelhança das Instituições Particulares de Solidariedade Social, possam beneficiar do valor do incentivo de 0,5%, previsto no n.º 2 do artigo 152 do Código IRS”.

Em matéria de financiamento do Estado, é reforçada a ideia de que ele tem que crescer, “convergindo, no decorrer da legislatura, para a média da OCDE, considerando a percentagem de despesa pública relativamente ao PIB, garantindo ao mesmo tempo um quadro de previsibilidade ao longo da legislatura”. Esta é uma questão que obriga a “definir e aplicar critérios de financiamento às IES que, assumindo um crescimento das dotações, possa considerar uma percentagem para funcionamento da atividade corrente e uma outra, necessariamente menor, relacionado com critérios de desempenho e/ou contratos estratégicos”. A criação de um programa de construção e manutenção de infraestruturas e de projetos específicos que financiem as IES localizadas em territórios de baixa densidade e insulares, pelo seu contributo para o desenvolvimento e coesão regional, é outra das propostas. No documento é focada a necessidade de se reforçar a capacidade e competitividade das unidades de investigação dos politécnicos, e de se reforçarem linhas de financiamento próprias para apoiar projetos de empreendedorismo e de transferência de tecnologia, entre outras propostas. As propostas do CCISP apontam ainda na “promoção articulada do país como destino de qualidade no Ensino Superior e Ciência, junto

países estrangeiros prioritários e a criação de uma campanha internacional”, sugerindo “o “reforço da criação de cursos em língua inglesa, de forma a atrair estudantes provenientes de países não tradicionais”. Doutoramentos e investigação No documento, o CCISP defende a “criação de doutoramentos de interface no sistema politécnico, em estreita articulação com as empresas e demais organizações, com igualdade de oportunidades e de critérios entre os dois subsistemas do ensino superior”. Para isso diz ser necessário rever a “Lei de Bases do Sistema Educativo e do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior”. De igual modo, os politécnicos querem uma “definição clara dos mecanismos e critérios de avaliação, quer de investigação e de transferência de tecnologia, quer do 3º ciclo de estudos oferecidos pelo sistema politécnico que devem privilegiar áreas de referência onde o sistema politécnico desenvolve as suas atividades de investigação”. Sobre a questão dos doutoramentos, António Fernandes, presidente do IPCB, referiu aquando da aprovação em Conselho de Ministros do decreto-lei que altera o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior, que essa

decisão “é um bom sinal para as instituições de ensino politécnicas e também para a nossa. Mas é exigente em termos de capacidade de investigação das instituições de ensino”. O documento foca também a alteração da designação de Institutos Politécnicos para Universidades Politécnicas. “Universidades porque é a denominação global comumente aceite e que promove a afirmação internacional do sistema Politécnico, ao mesmo tempo que mitiga um estigma social existente na sociedade portuguesa. Politécnica, porque clarifica a diferenciação que o sistema binário exige e assegura a continuidade de um sistema que evoluiu e se consolidou nos últimos 40 anos”, refere o CCISP. A captação de mais alunos para o ensino superior é outra das propostas. Por isso é defendida a “realização de campanhas nacionais, dirigidas às famílias e aos alunos de forma a incrementar o número de candidatos ao ensino superior, em especial os provenientes do ensino secundário profissional”. É neste contexto que devem ser reforçadas as “iniciativas e projetos que promovam uma maior interação entre o ensino superior e o ensino secundário, aumentando a permeabilidade entre os dois sistemas, valorizando-os”. Mas neste processo deve ser feita a “adequação dos percursos do ensino secundário no acesso ao

ensino superior, de forma a contribuir para que mais estudantes do ensino secundário profissional e artístico prossigam estudos para o ensino superior”. Outro dos caminhos apontados é a “adequação do regime de acesso aos cursos em horário pós-laboral ao tipo de público alvo, alterando a tipologia do regime de ingresso, para concursos locais de acesso”. Para os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTESP’s) é proposta uma “alteração no regime de financiamento que promova a formação ao longo da vida, mas que não penalize os estudantes com idade superior a 29 anos e os detentores de um curso superior, contribuindo para trazer mais formandos para o sistema”. O CCISP fala ainda da necessidade de se criar “um regime de benefício fiscal para as propinas pagas pelas empresas aos seus trabalhadores no seu processo de formação ao longo da vida”. A questão do acesso ao ensino superior é vista pelo Conselho Coordenador como importante e defende “uma política de vagas equilibrada com o número de candidatos ao Ensino Superior estável entre os subsistemas, observando princípios da racionalização da oferta formativa, nomeadamente, ao nível da oferta de cursos de 1.º ciclo, em todo o ensino superior, numa lógica de distribuição territorial, potenciando a capilaridade e a qualidade da rede de ensino superior”. Já no que respeita ao programa de bolsas Mais Superior, é reclamada “mais autonomia às instituições e ensino superior (IES) na definição dos cursos prioritários, reforçando a atratividade das IES localizadas em territórios de baixa densidade”. De resto, o Conselho Coordenador entende que deve ser facilitada “a gestão integrada das vagas, numa lógica regional, entre as várias IES, de forma a responder às necessidades territoriais e à especialização de cada um dos parceiros”. Numa outra perspetiva é defendida a aprovação “do regime jurídico do ensino a distância, com financiamento adequado das iniciativas que revelarem qualidade e adequação aos objetivos estratégicos dos diferentes públicos e territórios”. K

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Ação social

Mais quartos no IPCB

Politécnicos de Castelo Branco e de Viseu

Escola de Pastores abre portas nas beiras 6 A «Escola de Pastores» é uma iniciativa pioneira em Portugal integrada no projeto «Programa de Valorização da Fileira dos queijos da Região Centro» e envolve os Politécnicos de Castelo Branco e de Viseu, num projeto é liderado pela InovCluster – Associação do Cluster Agro-industrial do Centro, com sede em Castelo Branco, e que engloba um consórcio alargado de 14 entidades de base regional. A Escola de Pastores tem, inclusivamente, a data de início das suas atividades já marcada para o próximo dia 23 de setembro deste ano, e conta já com mais de meia centena de inscritos. “O curso vai ter uma duração de quatro meses, abrangendo um número total de 560 horas de formação, prevendo-se o seu término em janeiro de 2020”, explica o InovCluster, em nota enviada ao Ensino Magazine. As aulas irão realizar-se nas Escolas Superiores Agrárias de Castelo Branco e Viseu e em explorações agro-pecuárias dos concelhos de Castelo Branco, Fundão, Penela, Oliveira do Hospital, Gouveia e Viseu podendo também vir a contemplar outros concelhos. “Quem frequentar a Escola de Pastores com sucesso terá, no final, a oportunidade de se candidatar ao «Vale Pastor», um pré-

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mio monetário no valor de cinco mil euros”, garante a entidade organizadora desta formação. A «Escola de Pastores», como também é explicado, “pretende cativar empreendedores que queiram dedicar-se à atividade da pastorícia, cujo objetivo principal é contribuir para o reforço e rejuvenescimento da atividade”. Claudia Domingues Soares, da InovCluster, afirma que “é para nós fundamental que as sinergias que se estão a criar em torno deste setor sejam as melhores. Só desta forma será possível valorizar e fazer perdurar no tempo uma atividade que reflete parte relevante da identidade patrimonial, histórica e económica da Região Centro.” Especificamente, abrangidas por esta iniciativa estão a Denominação de Origem Protegida da Serra da Estrela, a Denominação de Origem Protegida da Beira Baixa e a Denominação de Origem Protegida da Rabaçal, como expressa a documentação base cedida à comunicação sobre esta iniciativa. O Programa de Valorização da Fileira dos Queijos da Região Centro é co-financiado pelo CENTRO 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Este projeto vem apoiar “uma fileira que representa atualmente

a produção de 436 mil quilogramas de queijo por ano na Região Centro, dos quais 53% pertencem aos queijos da Beira Baixa”. Paralelamente, o programa que se prolonga por dois anos prevê a criação de bancos de terras para pastores, através do levantamento de terrenos abandonados, do contacto com os seus proprietários e da organização de explorações compostas por várias parcelas que permitam instalar um novo empreendedor a tempo inteiro dedicado à atividade de produção de leite para elaboração de queijo certificado. Será também lançada uma «Escola de Queijeiros». Outro projeto piloto, cujo objetivo principal passa pela melhoria da qualidade do produto final e da quantidade produzida. Estas medidas fazem parte de um conjunto amplo de objetivos que o programa, coordenado a partir de Castelo Branco, pretende implementar e que vão permitir caraterizar o atual modelo de produção de queijos da Beira Baixa, Serra da Estrela e Rabaçal, bem como o modelo técnico, económico e financeiro de toda a fileira do queijo. Estão previstas também ações de informação e formação dirigidas aos produtores e a novos potenciais empreendedores rurais, para além da elaboração de dossiês de inovação e de boas práticas. K

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) assinou um contrato de prestação de serviços de ação social com a empresa Urbanística, que vai disponibilizar ao IPCB serviços para o alojamento de estudantes em quartos duplos, com utilização das áreas comuns dos apartamentos, sob condições especificas de utilização. António Fernandes, presidente do Politécnico de Castelo Branco, refere que a decisão tomada pelo IPCB se enquadra na responsabilidade do Estado em assegurar a existência de um sistema de ação social, designadamente através das instituições de ensino superior e dos seus serviços,

vocacionado para assegurar as funções da ação social escolar, particularmente o alojamento. Adiantou ainda que a situação de especial escassez de oferta de alojamento para estudantes do ensino superior exige uma resposta institucional. Recorde-se que o número de estudantes internacionais a ingressarem no Politécnico albicastrense cresceu exponencialmente. Para o ano letivo 2019/20 estão previstos mais de 400 novos estudantes internacionais, colocando o IPCB no topo das Instituições de Ensino Superior com maior procura a nível internacional. K

IPCB

Braga recruta na Esald 6 Os alunos do 4º ano da licenciatura em Fisioterapia da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Soraia Ferreira, Miguel Albuquerque e Ricardo Ribeiro, foram selecionados para iniciar a sua atividade profissional como fisioterapeutas, no clube de futebol Sporting de Braga. Em nota enviada ao Ensino Magazine, o Politécnico albicastrense explica que “o convite partiu do próprio clube que, após a realização de estágios curriculares na área da fisioterapia, convidou-os a permanecer

no Sporting de Braga como fisioterapeutas”. Estes três alunos vão agora juntar-se a outros fisioterapeutas licenciados pela ESALD-IPCB que, nos dois últimos anos, têm integrado o departamento clínico do clube, no apoio à equipa de futebol da 1ª Liga, ao departamento de formação e a diversas modalidades do Sporting de Braga. Relembramos que o Politécnico de Castelo Branco e o Sporting de Braga assinaram um protocolo de colaboração, que visa apoiar os alunos da ESALD-IPCB na realização dos seus estágios curriculares. K


IPCB

Docente debate ética dos robôs 6 Paulo Gonçalves, docente da Escola Superior de Tecnologia (EST) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) esteve presente na Conferência Internacional sobre Ética e Normalização em Robótica, informou a instituição em comunicado. Na conferência, o docente apresentou aos peritos mundiais na área, o trabalho desenvolvido no IPCB, no âmbito do Projeto EuroAGE, sobre questões éticas relacionadas com jogos robóticos, quando aplicados em idosos. Foram discutidas questões

éticas da introdução de jogos com robôs na população idosa e apresentadas as soluções encontradas no âmbito do trabalho desenvolvido pelo IPCB, no desenvolvimento do robô, que vão ao encontro dos princípios éticos identificados para este tipo de interações. Esta temática é atualmente muito importante, pois num futuro cada vez mais próximo, robôs e humanos irão colaborar em diversas tarefas, tanto a nível industrial como social, nas casas das pessoas e em locais públicos. K

EST

Ciência Viva na Tecnologia 6 Os docentes Pedro Torres, José Vieira e Luís Correia da Unidade Técnico Científica de Engenharia Electrotécnica e Industrial da Escola Superior de Tecnologia do IPCB, organizaram três estágios para ocupação de jovens nas férias, no âmbito da iniciativa Ciência Viva no Laboratório – Criar Futuro. “Construção e Controlo de Drones I” e “Construção e Controlo de Drones II”, foram os dois primeiros estágios desenvolvidos na área da engenharia, nos quais os alunos tiveram oportunidade de construir drones de raiz e aprender os seus componentes, dimensionamento e funcionamento. A parte teórica destes estágios terminou com uma sessão, dinamizada pelo docente Manuel Veloso, sobre “Segurança de voo e aplicações civis”, que teve direito a demonstrações experimentais de voo. No final, realizaram-se atividades de voo e lazer com drones, nas quais os alunos aprenderam e experienciam na prática todos os conhecimentos

adquiridos ao longo dos dias. “Vamos Construir uma Lâmpada a Cores Inteligente” foi o terceiro e último estágio realizado no âmbito da iniciativa Ciência Viva no Laboratório – Criar Futuro. Neste estágio, os alunos conheceram um microcontrolador e aprenderam a programá-lo. No final, os alunos desenvolveram um programa inteligente para controlar via telemóvel uma lâmpada RGB a LED. Estes três estágios envolveram 13 alunos do ensino secundário, provenientes dos concelhos de Porto de Mós, Leiria, Setúbal, Grândola, Castelo Branco e Ilha de São Miguel – Açores, que, durante o mê de julho, viveram experiências positivas e encorajadoras, numa perspetiva e prosseguir estudos nesta área. Para os docentes, é objetivo continuar a desenvolver atividades de divulgação e de incentivo à inserção de jovens nas áreas de engenharia, pois trata-se, segundo eles, de uma área com um futuro bastante promissor. K

Alunos internacionais

Panamá estuda no IPCB 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) vai receber no novo ano letivo seis alunos provenientes do Instituto Nacional de Agricultura (INA), do Panamá. Estes estudantes, segundo o Politécnico, vão frequentar a licenciatura em Agronomia na Escola Superior Agrária do IPCB. Em nota enviada ao Ensino Magazine, o Politécnico revela que os seis estudantes estão já a frequentar um curso de Português para Estrangeiros, lecionado por uma docente do IPCB, de modo a melhorarem as suas competências linguísticas e garantirem adequadas condições de sucesso académico. A vinda dos estudantes enqua-

dra-se na estratégia de internacionalização da instituição e tem como base um protocolo de cooperação estabelecido entre o IPCB e o INA, que define condições especificas para a permanência dos estudantes no IPCB, assim como os apoios a conceder durante o ano letivo. Para António Fernandes, presidente do IPCB, no contexto da internacionalização do politécnico, “deve apostar-se, também, no estabelecimento destes protocolos de cooperação focados em matérias específicas e que respondem a necessidades muito próprias das entidades externas, promovendo, simultaneamente, o aproveitamento da capacidade instalada no IPCB”.

Os estudantes encontram-se muito satisfeitos e a instituição está a desenvolver todos os esforços no sentido da melhor integração possível, um esforço conjunto dos serviços académicos e dos serviços de ação social, com garantia de disponibilização de refeições 7 dias por semana, para além do trabalho desenvolvido pelo gabinete de relações internacionais do IPCB. Recorde-se que o IPCB tem no presente ano letivo cerca de 420 estudantes internacionais matriculados, selecionados de entre mais de 1500 candidatos, o que representa um aumento significativo em relação a anos anteriores (230 estudantes em 2018 e 151 estudantes em 2017). K

Licenciatura no IPCB

Ação social dá emprego 6 A licenciatura em Serviço Social da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESE-IPCB) é a licenciatura com a menor taxa de desemprego de recém-licenciados em Serviço Social dos cinco politécnicos do país que têm formação nesta área. A informação foi partilhada pelo IPCB em nota enviada ao Ensino Magazine. Segundo o Politécnico albicastrense, “os dados apresentados têm como base a percentagem de recém-diplomados do curso que, em 2018, se encontravam registados como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profissional, segundo informação disponibilizada no Portal InfoCursos (http:// infocursos.pt)”. O Politécnico adianta que nesse portal são apresentadas estatísticas sobre as licenciaturas de 1º ciclo, de Mestrado Integrado e de Mestrado 2º ciclo ministrados em estabelecimentos de ensino superior portugueses, de acordo com dados

reportados à Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. O portal apresenta informações que permitem aos alunos eleger as melhores opções, sendo o indicador de empregabilidade um dos critérios fundamentais para a escolha de uma Instituição de Ensino Superior. Para o IPCB, “este resultado reflete o reconhecimento da licenciatura em Serviço Social da ESECB-IPCB e da importância estratégica do IPCB ao contribuir para a coesão social e

territorial, respondendo a necessidades das entidades empregadoras do território e um pouco por todo o país. O investimento na qualidade da formação prática, teórica e deontológica da licenciatura em Serviço Social, tem sido uma forte preocupação considerando as exigências e desafios dos setores publico e social. Esta licenciatura tem apresentado uma crescente procura de alunos nacionais, internacionais e de maiores de 23 anos”. K

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Investigação

SmartOcean é novo parque em Peniche

Em Peniche

Leiria faz congressos mundiais para discutir os produtos marinhos 6 O Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria (MARE), em conjunto com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR), e da Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa (UCIBIO) promoveram, de 1 a 5 de setembro, dois eventos de âmbito mundial, que congregaram o “XVI Simpósio Internacional de Produtos Naturais Marinhos (MaNaPro)” e o “XI Congresso Europeu de Produtos Naturais Marinhos (ECMNP)”. Estes são dois dos mais relevantes eventos mundiais na área dos produtos naturais marinhos e decorreram pela primeira vez em Portugal, contando com o alto patrocínio do Presidente da República. Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, destacou o facto de se juntarem no nosso país “os principais investigadores internacionais nesta área”. No total estiveram presentes 220 investigadores e mais de 30 países. O evento permitiu, por isso, a partilha de novas descobertas, novos projetos e desafios globais conjuntos. “Este congresso afirma o potencial de Portugal na área da ciência e tecnologia do mar, onde o Politécnico de Leiria tem uma escola superior (Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar), uma infraestrutura

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científica (CETEMARES) e uma unidade de investigação classificada com excelente (MAREIPLeiria) pela FCT”, sublinhou Rui Pedrosa, um dos chairs do congresso além de presidente do Politécnico de Leiria. «Quando pensamos no elevado potencial do oceano e dos seus recursos naturais no âmbito da biotecnologia dos recursos marinhos, comumente designada por ‘blue economy’, os produtos naturais marinhos são, muito provavelmente, uma das maiores oportunidades para gerar valor económico e soluções para vários problemas societais, nomeadamente na área da saúde, onde a descoberta de novos fármacos tem um papel incontornável”, acrescentou Rui Pedrosa. O Simpósio Internacional de Produtos Naturais Marinhos

(MaNaPro) realizou-se pela primeira vez em 1975 na cidade de Aberdeen, na Escócia, e a Conferência Europeia sobre Produtos Naturais Marinhos (ECMNP) ocorreu pela primeira vez em 1997 em Atenas, na Grécia. O MaNaPro e o ECMNP têm frequências trienais e bienais, respetivamente. O primeiro congresso conjunto do MaNaPro e ECMNP realizou-se em 2013 na Galiza, Espanha. Os encontros do MaNaPro e do ECMNP têm como foco principal diferentes aspetos da química marinha, como a ecologia, a biossíntese, a biologia química, a descoberta e desenvolvimento de fármacos e a biotecnologia marinha, entre outros. Nos últimos 44 anos, foram realizadas 16 edições do MaNaPro e 11 edições do ECMNP em mais de 12 países. K

6 Vai nascer em Peniche um Parque de Ciência e Tecnologia do Mar - smartOCEAN que pretende concretizar o desígnio do mar, promovendo a exploração sustentável dos recursos marítimos. A infraestrutura tecnológica de acolhimento empresarial focada na economia do mar deverá começar a ser construída em 2020, e é um projeto da Câmara Municipal de Peniche, da Docapesca, do Politécnico de Leiria e da Biocant. Trata-se de um projeto estruturante que promoverá a transferência de conhecimento para o tecido empresarial e a inovação de base tecnológica. O smartOCEAN permitirá captar e reter talentos e recursos e gerar inovação sustentável, assumindo o papel de agente catalisador de uma economia do mar sustentável, fortemente empreendedora, valorizando economicamente a investigação aplicada, e tirando vantagem de uma rede colaborativa focada na inovação amiga do mar e do ambiente. «Queremos contribuir para a mudança de paradigma empresarial das comunidades costeiras. O mar não é só fonte de pescado, e a economia do mar deve ser baseada no conhecimento e na inovação, com respeito pelos recursos limitados dos oceanos, numa estreita ligação à investigação e ao desenvolvimento socioeconómico», explica Sérgio Leandro, coordenador científico do projeto. O smartOCEAN permitirá criar uma relação simbiótica entre o território de Peniche, com uma forte vocação e tradição marítima, a formação superior nas áreas do turismo e ciência e tecnologias do mar,

na Escola Superior de Turismo e Tenologia do Mar (ESTM), e da infraestrutura científica do Politécnico de Leiria dedicada ao mar, o CETEMARES. O projeto tem como missão diversificar as atividades desenvolvidas nas áreas portuárias, e dirige-se a start-ups e spin-offs na área da economia do mar, empreendedores e investigadores, e empresários que pretendam tirar vantagem deste ecossistema de inovação. O smartOCEAN nascerá em 2020, com 1500 m2, junto ao edifício CETEMARES, na zona central da cidade de Peniche. Está desenhado para servir de interface entre os sistemas empresarial e científico, e será dotado de condições de excelência, em termos físicos e em equipamentos tecnológico, com vista à incubação de empresas com atividade no âmbito da aquacultura, biotecnologia, inovação alimentar, turismo costeiro e tenologias de informação, comunicação e eletrónica (TICE). Trata-se de um investimento superior a 3.5 milhões de euros, financiado através de fundos comunitários e fundos próprios da Associação que irá gerir o parque. Pretendem já integrar o smartOCEAN diversas empresas, nomeadamente a Bitcliq (na área das tecnologia da informação comunicação e TICE), a SEAentia e a Flying Sharks (ambas na área da aquacultura), a I&D Food (inovação alimentar/biotecnologia), a Professional Fish Keepers (aquacultura ornamental), a Bluegrowth (consultoria), a Domatica (internet of things), a Youseame (turismo náutico), e o Ocean Tech HUB. K

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Professor de Leiria publica na Nature

Pesca põe em causa várias espécies de tubarões 6 O investigador do Politécnico de Leiria, André Afonso, integra a equipa de especialistas que acaba de publicar, na revista Nature, um artigo sobre o impacto da pesca na sustentabilidade de diversas espécies de tubarões. Os investigadores concluem que cerca de um quarto dos habitats dos tubarões estão em zonas de pesca ativa, o que ameaça grandemente os tubarões, cujas populações têm vindo a declinar em todo o mundo. O artigo explica que os tubarões incluem espécies altamente migratórias que percorrem vastas áreas dos oceanos, incluindo áreas que são usadas para pesca intensiva. Dos tubarões capturados na pesca, cerca de metade são tubarões adultos, o que é uma das maiores ameaças à sustentabilidade das espécies. A equipa internacional de investigadores tentou determinar as zonas de sobreposição entre as rotas dos tubarões e as zonas de pesca, usando dispositivos de rastreamento de movimentos por satélite em tubarões, e cruzando essa informação com a das rotas de pesca mundial. No total foram

seguidos 1681 tubarões adultos, de 23 espécies, marcados com estes transmissores de satélite, e rastreados os movimentos de embarcações de pesca. Os resultados permitem apurar com detalhes sem precedentes que 24% do espaço usado por tubarões num mês coincide com o das rotas de pesca industrial com palangre, o tipo de pesca responsável por capturar mais tubarões no alto mar. Acresce que as áreas do oceano que são mais frequentadas por espécies protegidas, como o tubarão branco e o tubarão sardo, registam ainda mais sobreposição com as zonas de pesca industrial com palangre, em cerca de 64%. Para os investigadores, os resultados indicam que os tubarões têm espaços limitados onde podem estar protegidos da pesca, e exortam as autoridades internacionais a concertar esforços para proteger estes tubarões, nomeadamente definindo largas áreas marinhas protegidas junto às zonas de atividade dos tubarões. André Afonso explica que “este trabalho é extremamente importante pela es-

cala global em que foi conduzido e pela implicação dos resultados obtidos para a conservação dos recursos oceânicos. Os dados que produzimos revelam uma exposição bastante elevada destas espécies já de si vul-

neráveis à pressão pesqueira. Os tubarões azul e mako chegam mesmo a atingir 76% e 62% de sobreposição espacial com as zonas de pesca”. Por isso considera que “é urgente implementar medidas de proteção em

regiões oceânicas para assegurar a conservação destas importantes populações de predadores marinhos”. K

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Ilustração e Produção Gráfica

Alunos do IPL mostram trabalho 6 Os estudantes do curso técnico superior profissional em Ilustração e Produção Gráfica, da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Politécnico de Leiria, organizaram a exposição ‘Ilustres 18.19’, inaugurada a 27 de julho, na Galeria Manuel Artur dos Santos, no Mercado Sant’Ana, em Leiria, e que estará aberta ao público até 7 de outubro. A maioria dos trabalhos expostos foi desenvolvida durante o ano letivo 2018/2019, em contexto formativo, e refletem o ensino criativo e técnico do curso. Os trabalhos abrangem vá-

rias vertentes da ilustração: infantojuvenil, ilustração editorial e de produto, e ilustração científica, refletindo ainda a influência de outras disciplinas como animação multimédia ou produção gráfica. A mostra exibe a diversidade criativa dos estudantes e demonstra a sua capacidade em criar para técnicas tradicionais de impressão (serigrafia, gravura) e para meios digitais. Os trabalhos em exposição incluem caricaturas de políticos, ilustrações inspiradas em contos, banda desenhada e outros tipos de registo gráfico. K

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Portalegre

Candidatura aprovada para inteligência 6 O Politécnico de Portalegre integrou a parceria responsável pela candidatura recentemente aprovada com vista à criação de um dos dois Centros de Inteligência Competitiva, criados pelo Governo e que será instalado em Campo Maior. Um projeto de gestão de informação e ciência de dados que pretende prestar apoio às empresas de produtos do Alentejo, com vista ao seu desenvolvimento, à in-

ternacionalização das marcas e à promoção da competitividade nos mercados nacionais e internacionais. A parceria liderada pelo Município de Campo Maior, conta com a colaboração técnico-científica do Politécnico de Portalegre e da Universidade Nova de Lisboa e será uma forma de promover os produtos endógenos do Alentejo criando mais postos de trabalho. K

Cooperação com Malásia

Príncipe visita Portalegre 6 Tunku Naquiyuddin, príncipe da Malásia, visitou as instalações da BioBIP, no dia 25 de julho, integrando uma comitiva de empresários e potenciais investidores que visitaram a região durante 2 dias. A visita permitiu a realização de uma reunião com investidores, representantes da Câmara de Portalegre e dirigentes do Instituto Politécnico de Portalegre. Este encontro permitiu criar sinergias para a concretização daquele que poderá vir a ser um importante investimento para a região, tra-

duzido na criação de uma fábrica para produção de inseticidas biodegradáveis, que ultrapassará os dois milhões de euros. Centro de investigação Aquela fábrica integra um centro de investigação, desenvolvimento e produção de inseticidas biodegradáveis e não tóxicos para outras espécies ou ambiente, o qual será financiado em cerca de um milhão de euros por fundos comunitários através do Portugal 2020.

O projeto da responsabilidade da Entogenex Portugal, uma empresa instalada na BioBIP - Bioenergy and Business Incubator of Portalegre e parceira do Politécnico de Portalegre, que utilizará uma tecnologia baseada na identificação e sequenciamento de peptidos moduladores da biossíntese de enzimas essenciais para a digestão dos diferentes organismos, seguida da sua codificação no genoma de levedura, levando à sua expressão intracelular regulada com a otimização do processo fermentativo.K

Ampliação à vista

3,3 milhões para a BioBip 6 O projeto submetido ao Alentejo 2020 para a ampliação da BioBIP foi aprovado recentemente, com um investimento total de cerca de 3,3 milhões de euros. Cofinanciado pelo FEDER a 85%, este investimento prevê obras de ampliação da BioBIP, que permitirão aumentar os espaços de incubação e o desenvolvimento de novos projetos empresariais; complementar a linha de Investigação e de transferência de tecnologia em produção de biocombustíveis e energia a partir da valorização de recursos biomássicos; instalar um Centro de Experimentação e Prototipagem, Animação e Multimédia, integrado na rede nacional e global de FABLAB. A BioBIP2TECHTRANSFER acolherá também projetos que façam

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o aproveitamento de recursos regionais, considerando a criação de mais e melhores infraestruturas nas áreas da multimédia, animação e robótica. A área digital e a informática serão também uma aposta no sentido de dar apoio às empresas que ali estão e onde professores, alunos e empresas

poderão trabalhar de forma conjunta. O principal objetivo é servir a região Alentejo, numa perspetiva de funcionamento em rede, procurando estabelecer uma forte ligação entre as instituições de ensino, formação e tecido empresarial e social. K

Portalegre

Alunos apresentam Projeto Prototyping 6 Alunos do Mestrado de Design de Identidade Digital do Politécnico de Portalegre apresentaram os resultados dos trabalhos no âmbito da participação no Projeto Prototyping AAA “Rede de Cooperação Transnacional para a melhoria da competitividade empresarial

do setor agroalimentar através da prototipagem”. Esta iniciativa é cofinanciada no âmbito do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2014-2020, numa parceria que conta com vários parceiros de ambos os países. K


Comunidade Intermunicipal aposta no turismo

Nova App promove turismo na Beira Baixa 6 A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) tem já a funcionar uma aplicação para dispositivos móveis (App) no âmbito da sua estratégia de promoção da Beira Baixa “Beira Baixa: 3 Dias. 3 Experiências”. A nova aplicação, “Visit Beira Baixa”, está disponível para os sistemas Android e IOS, bastando para isso aceder à Google Play (https://bit.ly/2yXerN2) ou Apple Store (https://apple.co/2YE1cQS ). Para a CIMBB esta aplicação pretende reforçar a visibilidade e notoriedade turística da Beira Baixa. Através da sua utilização é possível encontrar um conjunto de informações e ferramentas que tornarão a sua ida até ao território da Beira Baixa, que inclui entre outros atrativos o

Geopark Naturtejo, o primeiro do país inserido na rede mundial da Unesco, ou o parque Natural do Tejo Internacional, para além das

aldeias de xisto. Deste modo, os utilizadores da aplicação terão acesso a informação sobre locais e empresas

que proporcionam experiências, hotéis, restaurantes e pontos de interesse que irão ajudar os utilizadores a explorar da melhor forma o que a Beira Baixa tem de melhor para oferecer; - em cada ponto de interesse localizado no mapa está disponível informação completa com morada, contactos e descrição do respetivo local; - conforme a localização do utilizador é lhe fornecida informação dos pontos de interesse mais próximos e a distância a que se encontram num mapa interativo; - é multilíngue, para já encontra-se disponível em português/espanhol; - natureza, cultura, gastronomia, alojamento, eventos e experiências tudo reunido numa

aplicação móvel de forma rápida e intuitiva. Localizados no centro do país, junto à fronteira com Espanha, os seis concelhos pertencentes à CIMBB - Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão- podem começar a ser explorados por aqui. Com a “Visit Beira Baixa” pode aceder a múltiplas experiências e ficar a conhecer o que cada concelho tem para oferecer para preparar da melhor forma um eventual passeio ou visita ao coração da Península Ibérica. De referir que o projeto “Beira Baixa: 3 dias, 3 experiências” é cofinanciado pelo Centro2020, Portugal2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. K

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Aeronáutica e Turismo

Setúbal abre em Grândola 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) tem a decorrer, até dia 18 de setembro, as candidaturas para dois novos cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP), nas áreas de Gestão de Turismo e de Produção Aeronáutica, que serão lecionados em Grândola já a partir do próximo mês de novembro. Passado um ano sobre a assinatura de um protocolo de colaboração entre o IPS e a Câmara Municipal de Grândola, as duas formações estão já

prontas a arrancar no terreno, visando reforçar a qualificação dos recursos humanos locais para o aproveitamento das possibilidades abertas nestes setores de atividade onde o concelho do distrito de Setúbal é já referência e apresenta fortes indícios de crescimento. Com a duração de dois anos, ambos os cursos conferem diploma de Técnico Superior Profissional e garantem a frequência de um estágio, em articulação com as entidades parceiras, nomeadamente as empresas

turísticas da região e a multinacional francesa Lauak, cuja unidade de Grândola, que produzirá vários tipos de componentes para a indústria aeronáutica, está prestes a operar. Para além da criação destes novos CTeSP, o protocolo estabelecido prevê ainda a organização de cursos de formação não formal, tais como colóquios, conferências e seminários, bem como o desenvolvimento de projetos de investigação aplicada nas áreas de interesse para a região. K

Andebol

IPS avalia jogadores do Vitória de Setúbal 6 A equipa de andebol do Vitória Futebol Clube que, depois de 14 anos, disputará a próxima época desportiva na 1ª Divisão Nacional, foi submetida a avaliações de aptidão física no Instituto Politécnico de Setúbal, no final de julho, no âmbito de um protocolo de colaboração que une estas duas organizações setubalenses. OS 18 atletas passaram o dia 30, no Laboratório de Desporto da Escola Superior de Educação em testes de aptidão aeróbia, composição corporal segmentar, força de membros inferiores e superiores e também níveis de flexibilidade.

Estas avaliações de pré-época, de que também foi alvo há dias a equipa de futebol do VFC, são realizadas com recurso a equipamentos tecnológicos de referência na área do Desporto, que possibilitam um rigoroso diagnóstico e apoio à equipa técnica no sentido da otimização da prescrição, monitorização e avaliação do processo de treino quotidiano, assim como na prevenção de lesões. A cooperação entre o IPS e o VFC nesta modalidade desportiva tem vindo a estreitar-se, nomeadamente através do estágio na secção, ao longo de 2018-2019, de dois alunos finalistas da licenciatura em Desporto. K

Energia e Sustentabilidade Conservação do oceano

IPS faz curso de verão 6 Dezasseis jovens de todo o mundo, entre a América Latina, Ásia e o continente europeu, estiveram nos laboratórios do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), em julho, no âmbito de mais uma edição do Ocean Alive Summer Course, este ano pela primeira vez direcionado aos estudantes do ensino superior. Ao longo de 10 dias (de 8 a 19 de julho) puderam estudar e observar a biodiversidade marinha em plena Reserva Natural do Estuário do Sado, pelas mãos da cooperativa de educação marinha Ocean Alive e com um programa científico em cooperação com o IPS, nas áreas da Biotecnologia Marinha

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e das Tecnologias do Ambiente e do Mar, dinamizado pelos docentes Ana Mata e Ricardo Salgado. O curso de verão entusiasmou quem chegou de longe, não só para aprofundar conhecimentos académicos, mas também para dar o seu pequeno contributo para a sustentabilidade dos oceanos. Recolher fitoplâncton marinho em caiaque, mergulhar em apneia para observação do recife e pradarias marinhas, aprender técnicas de monitorização da população residente de golfinhos ou aplicar protocolos científicos de qualidade ambiental e armazenamento de carbono azul – foram algumas das atividades

desenvolvidas, a que se juntou a vivência de um projeto de conservação do oceano, que se distingue pelo forte envolvimento da comunidade local. Uma grande maioria dos participantes veio de áreas do saber como Direito, Economia, Antropologia ou Sociologia, que não estão diretamente ligadas às Ciências Marinhas. O que, para Ana Mata, docente da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, é algo “importantíssimo porque precisamos de todas estas pessoas para apoiar a conservação e a sustentabilidade do oceano em várias frentes. Esta é também a nossa missão: contribuir para formar futuros líderes”. K

Politécnico de Setúbal recebe especialistas 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), através do seu Centro de Investigação em Energia e Ambiente (CINEA - IPS) e em parceria a com Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA), recebe, já no próximo dia 17 de setembro, a 1ª Conferência Internacional de Setúbal sobre Energia e Sustentabilidade. O evento, com sessão de abertura marcada para as 9h30, decorrerá na Escola Superior de Tecnologia e promete ser um ponto de encontro privilegiado entre todos os profissionais e entidades com interesse e trabalho no setor, das agências de energia aos municípios e suas associações, passando pela indústria, empresas, organismos europeus, instituições de ensino superior e associações ambientais. A conferência propõe uma

reflexão sobre a importância estratégica das novas soluções e tecnologias de produção de energia e seu armazenamento, tendo em vista, não só a otimização dos recursos locais, como também o desenvolvimento de um tecido industrial e empresarial com elevado potencial de competitividade e inovação. Este primeiro fórum de discussão sobre Energia e Sustentabilidade trará também a Setúbal investigadores de vários países europeus envolvidos em projetos sobretudo relacionados com a energia geotérmica, sendo igualmente uma oportunidade de conhecer o que, à escola regional e local, está a ser implementado neste domínio. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas através do endereço eletrónico eventos. cinea@ips.pt. K


Em Rio Maior

Santarém constrói nova residência 6 A construção da Residência de Estudantes da Escola Superior de Desporto de Rio Maior do Instituto Politécnico de Santarém, vai mesmo avançar, na sequência de decisão do Conselho de Gestão do Politécnico, na reunião de 29 de julho, em aprovar as peças do procedimento de contratação da construção da obra, através do procedimento de consulta prévia. Com capacidade de 100 camas e área bruta de construção de 2.133,35 m2, a residência ficará no campus da Escola e destina-se a satisfazer a procura de alojamento para alunos carenciados e complementar a oferta da cidade. A deci-

são de avançar surgiu na sequência do despacho do ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a 23 de julho. A construção desta residência foi um compromisso público assumido pelo atual governo, considerando que a maior parte dos cerca de 1000 estudante desta escola são oriundos de outras regiões do País, necessitando por isso de residir nesta cidade para concluir os seus estudos. O facto de não existir nenhuma residência de estudantes neste conselho coloca os estudantes mais carenciados em situação de desigualdade, fazendo com que muitos desistam dos seus estudos.K

Para integrar emigrantes

Viseu centro local

6 O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) inaugurou, a 9 de agosto, o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), que funciona nos Serviços Centrais da instituição, tendo contado com a presença da secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, que elogiou a iniciativa, numa cerimónia que incluiu a assinatura de um protocolo entre o IPV e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM). João Monney Paiva, presidente do IPV, contextualizou a o desenvolvimento do Centro agora inaugurado, cuja decisão, tomada no início deste mandato, visava proporcionar o melhor acolhimento possível aos seus estudantes, nomeadamente os migrantes. Lembrou ainda os diversos contextos de migração que, em diferentes alturas e com diferentes necessidades, levaram portugueses a partir para o Brasil e Venezuela e, mais recentemente, para países da Europa como França, Suíça ou Alemanha. Atualmente com 250 estu-

dantes estrangeiros, o IPV é a segunda instituição do ensino superior (a primeira foi a Universidade de Aveiro), e o primeiro politécnico do país, a receber um CLAIM. Este novo Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes vai funcionar na Avenida Coronel José Maria Vale de Andrade, tendo por funções promover o acolhimento e a integração da comunidade internacional da Academia, criando as condições necessárias para uma experiência positiva para todos os que estudam ou trabalham no IPV.

A representar o Alto Comissariado da Migração, Romualda Nunes Fernandes, referiu a importância de iniciativas como esta que permitem uma necessária descentralização para melhor concretizar as políticas públicas. No final, Rosa Monteiro associou a abertura deste novo CLAIM, à estratégia de impulso à internacionalização das instituições de ensino superior, à resposta às necessidades específicas de alunos, professores, investigadores e funcionários, que se refletirá na ajuda de outros migrantes. K

Cávado e Ave

Aluno vence concurso de design 6 Pedro Rocha, aluno do 2º ano do Curso Técnico Superior Profissional de Design de Calçado do Instituto Politécncio do Cávado e do Ave, acaba de vencer o primeiro prémio do concurso ‘Free Your Mind’, organizado pela empresa de solas Vapesol, com uma sapatilha integrada numa coleção que denominou Funky Tokyo. O trabalho foi desenvolvido na unidade curricular de projeto e a coleção representa uma abordagem nostálgica com um toque futurista e modernizado da intemporal tendência ‘Legado Reconstruído’. O prémio atribuído pela Academia Vapesol inclui mil euros em dinheiro e uma viagem a Milão, com estadia e

um convite para a feira Lineapelle (que terá lugar nos dias 2, 3 e 4 de Outubro próximo). Vai ter ainda o modelo vencedor exposto na Lineapelle, no stand da Vapesol. Para o criador esta distinção “é super importante na nossa área. Fiquei mesmo contente e para o currículo é sempre uma referência”. Pedro Rocha vem de uma licenciatura em Desenho de Moda e já participou com uma coleção sua no Portugal Fashion. Neste momento encontra-se a estagiar em Espanha, ao abrigo do programa Erasmus + do IPCA e já tem planos para o futuro:” Quero continuar pela área da moda, e o valor deste prémio já servirá para o próximo projeto de calçado”. K

Superior de Enfermagem de Coimbra

Aprender em e-learning 6 Um grupo de investigadores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra está a participar num projeto europeu que visa criar um programa de formação em e-learning, centrado na temática da ferida crónica, tendo também por base a simulação. CPU: Care of Pressure and Venous Ulcers in Simulation Environment (Cuidar de úlceras de pressão e de úlceras venosas em ambiente de simulação) é o nome do projeto liderado pela Tallinna Tervishoiu Kõrgkool (Estónia) e no qual par-

ticipam, ainda, instituições de ensino superior da Finlândia (Turku University of Applied Sciences), da Hungria (Semmelweis Egyetem) e da Turquia (Istanbul University). Com a duração de três anos (setembro de 2018 - agosto de 2021), o projeto visa desenvolver um programa de aprendizagem à distância e será baseado nos resultados mais recentes da investigação científica realizada nesta área, bem como na experiência prática dos investigadores e docentes envolvidos. De acordo com as instituições

parceiras neste projeto, “o uso de tecnologias digitais e animações torna o curso inovador, aprimora as pedagogias e favorece a aquisição de novos conhecimentos e habilidades”. Participam neste projeto, pela ESEnfC, os professores Luís Paiva e Verónica Coutinho, bem como os estudantes de licenciatura Márcia Silva Coelho e Rafael Ferreira Ramalho. Cofinanciado pelo programa da União Europeia Erasmus+, o projeto está inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem. K

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Ministério da Cultura confirma

Docente da Esart dirige Teatro São Carlos 6 A docente da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Elisabete Matos, foi nomeada pelo Ministério da Cultura para assumir a direção artística do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. A soprano portuguesa sucede a Patrick Dickie que se demitiu em junho, informou, em nota enviada ao Ensino Magazine, o Ministério da Cultura. A nova diretora do Teatro Nacional de São Carlos deverá entrar em funções no dia 1 de outubro. Elisabete Matos, em declarações à imprensa, disse pretender “devolver o brilho internacional ao Teatro Nacional de São Carlos” e acredita poder contribuir para ultrapassar os problemas que aquela instituição atravessa. Na nota o Ministério recorda que a soprano Elisabete Matos “ao longo de mais de 25 anos de carreira internacional atuou nos mais importantes palcos mundiais. É Professora Adjunta

Convidada na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco desde 2014 e desde 2017 diretora Artística do Festival Internacional de Música Religiosa de Guimarães”. António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, mostrou-se sat-

isfeito com a escolha do ministério. “A professora Elisabete Matos colabora com o Politécnico há vários anos. Parte do ADN do Teatro Nacional de São Carlos passa a ser da Esart”, disse. O presidente do IPCB lembra que “têm passado imensos estudantes nacionais e internacio-

nais pela Esart porque querem trabalhar com a Elisabete Matos. Para nós é um motivo de orgulho vê-la assumir as funções de diretora daquele teatro”. No entender de António Fernandes, a escolha da soprano Elisabete Matos para aquele cargo “vem dar outra visibilidade à Esart. É um reconhecimento público que temos”, disse. No breve currículo que o Ministério da Cultura disponibilizou está bem patente o trabalho realizado pela soprano portuguesa. Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e Grã-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, Elisabete Matos nasceu em Caldas das Taipas, Guimarães. Estudou canto e violino no Conservatório de Música de Braga. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha, onde completou a sua formação. Frequentou as melhores salas de concertos mundiais, com um vasto repertório e com as melhores Orquestras. Atuou nas

principais salas mundiais como a Metropolitan Opera House de Nova Iorque, a Wiener Staatsoper, Deutche Oper Berlin, o Teatro alla Scala em Milão, a Washington Opera, a Sttatsoper Hamburg, a Avery Fisher Hall, a Los Angeles Ópera, o Teatro Nacional de São Carlos, o Teatro Real de Madrid, a Arena di Verona, o Maggio Musicale Fiorentino, o Gran Teatre del Liceu de Barcelona, a The Israeli Opera, Teatro dell’Opera de Roma, Teatro La Fenice, em Veneza, Ópera Nacional du Rhin, San Carlo di Napoli, China NCPA Beijing, Teatro Regio di Torino, Opéra de Nice, o Teatro Massimo Bellini de Catania, o Theatre du Capitole de Toulouse, Teatro Municipal de Santiago de Chile, Odissey Opera Boston, Vlaamse Opera, Daegu International Opera, Opera de Lima, Teatro Vittorio Emmanuele di Messina, Festival di Macerata, Teatro Piccini di Bari, Festival da Madeira, dos Açores, de Sintra, do Estoril, Festival de Torre del Lago, Welsh National Opera, entre outros. K

ensino superior

Santander cria bolsas de alojamento 6 O Santander criou um programa de bolsas para facilitar o acesso dos estudantes do Ensino Superior a residências universitárias. O projeto-piloto, que arranca já este ano letivo na cidade do Porto, pode vir a ser alargado a outras cidades após avaliação e cumprimento dos objetivos definidos. O lançamento destas bolsas – Bolsas Santander +Perto – pretende colmatar a falta de alojamentos disponíveis e a preços acessíveis para quem estuda nas Universidades e Politécnicos portugueses, sobretudo nos grandes centros urbanos. Para a atribuição das bolsas, é dada maior preponderância aos Publicidade

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estudantes em condições socioeconómicas mais desfavorecidas, valorizando ainda os critérios de meritocracia e distância geográfica. No Porto, o Santander celebrou uma parceria com a Residência Livensa Living Porto Campus, para a atribuição de 40 bolsas, correspondentes a 40 camas em quarto duplo, e que serão comparticipadas por cada aluno por 100 euros por mês. As candidaturas decorrem até 16 de setembro em https:// www.bolsassantander.com/es/ program/santander-maisperto e dirigem-se a todos os estudantes com nacionalidade portuguesa, entre os 17 e os 23 anos, inscritos

numa licenciatura ou mestrado integrado de qualquer área de estudo numa instituição de Ensino Superior do distrito do Porto. Segundo dados de 2018 do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, 42% dos estudantes do ensino superior público estão deslocados da sua residência e, destes, apenas 13% tem lugar nas residências de estudantes. Os restantes, ou sujeitam-se aos elevados preços de habitação, ou acabam por desistir ou suspender a sua matrícula. O problema é maior nas grandes cidades, onde o crescimento do mercado turístico fez escalar os preços de arredamen-

to. Na cidade do Porto, em concreto, a subida de preço nas rendas pode levar os alunos a pagar 450 euros por mês, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, existindo apenas vaga nas residências de estudantes para 9,7% dos universitários que são de fora da cidade. Com o lançamento destas bolsas, o Santander promove a igualdade de oportunidades dos jovens universitários no acesso à Educação, à Empregabilidade e ao Empreendedorismo, independentemente do seu contexto socioeconómico. As Bolsas Santander +Perto também vão contribuir para a concretização das metas definidas no Plano

Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, referentes ao aumento do número de jovens que ingressam em Instituições do Ensino Superior e, não menos importante, que concluam com êxito os seus estudos. Este programa insere-se na política que o Santander tem vindo a seguir, cumprindo os desígnios de Banca Responsável, assentes no impulso que podem dar para o crescimento sustentável e inclusivo da Sociedade, reduzindo as desigualdades sociais e económicas das populações, ao mesmo tempo que apoia o desenvolvimento das Comunidades onde estamos presentes. K


Editorial

Educação e ética 7 A relação entre a ética e a educação é tão estreita e profunda, como o é a relação entre a concepção do sentido humano e a sua realização. Qualquer educador constata que é fundamentalmente ao nível da acção moral que a educação se projecta, pelo que a maioria dos actos humanos, sejam eles dos educadores, sejam dos educandos, colocam a ética no coração do pedagógico. E é precisamente pela importância atribuída à impregnação valorativa de todos os actos de ensino e de aprendizagem que conviria chamar a atenção para uma obra de Maria do Rosário Gambôa, publicada pelas Edições Asa, e que a aborda as relações entre “Educação, Ética e Democracia”. A autora, com currículo profissional e académico ligado à formação de professores, é das que entende a educação como um espaço crítico onde o ético e o moral se entrecruzam, num

jogo de complementaridades difíceis. É das que não esconde que, por trás de cada modelo pedagógico, existe sempre uma missão disciplinadora e moralizadora, por vezes levada ao limite. Por isso nos convida a revisitar esses caminhos que estabelecem as ligações entre a ética e a moral e sobre os quais agem as estratégias e as finalidades das políticas educativas. Depois da década de setenta do passado século ter esgotado o discurso romântico de alguns projectos educativos, depois da crise de desenvolvimento que atravessaram os sistemas educativos ocidentais, tornou-se demasiado evidente que a educação e a escola não irão realizar as repetidas promessas de emancipação e de felicidade de cidadãos mais produtivos e inquestionavelmente mais participativos. Daí que se lance o aviso de que, mais do que uma crise de produção teóri-

ca sobre a educação, assistimos a uma crise sobre o próprio sentido, que fere a consciência dos que vivem, sofrem e pensam de forma particular as questões de natureza educativa. Por isso interroga: Qual a possibilidade de abertura que resta à educação e à escola no horizonte actual? Como evitar, no actual terreno das sociedades de consumo, a subordinação da escolarização aos princípios de mercado e controlo social? Como é possível, numa sociedade que se quer pluralista, adoptar, formar e desenvolver valores que não sejam totalitários, ou seja, os valores de uns impostos aos de outros, evitando aberrações ideológicas e a colonização escancarada que o termo civismo por vezes oculta? Como conjugar a exigência de liberdade pessoal, com a ideia de socialização normalizadora? São estas, a título de exemplo, algumas das interrogações que

esta obra inquieta e de profunda reflexão nos levanta. Convicta de que a formação moral constitui um requisito básico da democracia, a autora acredita que o grande fim da vida política e social se traduz no desenvolvimento moral pela auto – criação dos indivíduos, face à qual se perspectiva a auto – regulação das instituições democráticas. Por isso não lhe é indiferente o pensamento de Dewey. Se o fim da educação é o desenvolvimento harmonioso de todas as potencialidades do indivíduo, estas só adquirem significado quando socialmente interpretadas. Só o conhecimento compreensivo das situações sociais, nas quais cada indivíduo tem de usar determinadas faculdades, fornece os critérios de relevância educativa ou de significado pedagógico. Será então legítimo perguntar se a escola terá outros objectivos ou fins morais para lá de motivar os indivíduos à participação activa na

vida social. Eis como esta investigadora nos empurra a questionar a pedagogia e os pedagogos, na tentativa de reconstruir uma nova modernidade do pensamento e da acção da comunidade educativa a que de uma ou de outra forma todos nós pertencemos. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

Primeira coluna

O tempo dos que chegam e dos que partem 7 A Direção Geral do Ensino Superior estima que, no ano letivo que agora vai ter início, chegarão ao ensino superior português público 77 mil novos estudantes. O número inclui, segundo aquele organismo, 68 mil alunos de cursos de licenciatura e mestrados integrados e nove mil estudantes dos cursos de técnicos superiores profissionais (TESP’s). Os dados, divulgados pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior, em nota enviada ao Ensino Magazine, revelam através da primeira fase do Concurso Nacional de Acesso (uma das vias de entrada de alunos para politécnicos e universidades) 44 mil e 500 alunos foram colocados (o que representa um aumento de 1,2% face a 2018), sendo que destes 53% entraram na sua primeira opção. Nas outras de vias de in-

gresso, verifica-se um aumento de 40% de estudantes internacionais, num total de sete mil novos estudantes; uma subida de 25% no número de estudantes em formações curtas iniciais (TESP’s); e uma subida no número de alunos que decidiram voltar a estudar e solicitaram o seu reingresso (mais de 3700). Estes indicadores, positivos, devem servir de estimulo para que universidades e politécnicos prossigam os seus objetivos na formação, investigação e internacionalização. Três eixos importantes para tornar as instituições mais competitivas e o país melhor preparado para os desafios que o mundo exige. O aumento do número alunos colocados através do CNA, embora importante, confirma que continua a existir uma elevada percentagem de estudantes que concluem o ensino secundário

e profissional que opta por não prosseguir estudos. Há por isso um caminho a percorrer pelas instituições, mas também pela sociedade portuguesa que deve ser mais exigente para consigo própria, afastando aquela ideia peregrina de que nem todos podem ser doutores. Mas não é disso que se trata. Não é o facto de se ter um título académico que nos torna mais ou menos importantes, mas uma formação superior garante-nos mais competências e competitividade. E atrás disso surgirão mais oportunidades, hoje à escala global, melhores desafios profissionais e vencimentos maiores. É sobre esta mensagem que as famílias e os jovens portugueses que decidiram não prosseguir estudos, devem refletir. E, se a nível interno, a sensibilização desses alunos que continuam a não querer prosseguir

estudos deve ser encarada como uma prioridade, externamente a captação de estudantes internacionais tem merecido das universidades e politécnicos uma aposta forte. A dimensão da língua portuguesa torna o mundo lusófono apetecível, a que se alia a necessidade que muitos desses países têm em qualificar os seus quadros e a sua população. Portugal tem instituições de qualidade que garantem, a preços acessíveis, essa formação. Mas tem também a segurança e a qualidade de vida. Fatores que não passam despercebidos aos nossos países irmãos, como o Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné ou S. Tomé e Príncipe, por exemplo. Mas as universidades e politécnicos portugueses devem olhar para outros cenários, como o latinoamericano, ou o chinês (este

via Macau), mas também para o chamado mercado da saudade, onde existem milhões de jovens descendentes de portugueses. Só a conjugação destes fatores poderá permitir que as universidades e politécnicos portugueses não percam alunos, pois a questão demográfica está mais que estudada. Falta gente no território e os que nascem são poucos para compensar os que partem. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

SETEMBRO 2019 /// 019


Crónica

La fiesta de la ciencia 7 El calendario universitario vuelve, como cada año de forma periódica e inexorable, a iniciarse en los primeros días del mes de septiembre, aunque hasta hace bien escasas décadas el primero de octubre era el punto de partida, y algo más atrás en el tiempo el curso escolar comenzaba por la festividad de San Lucas, el 18 de octubre. Había que combinar el ciclo temporal agrícola y ganadero, con el calendario litúrgico del cristianismo. Hoy la distribución del tiempo escolar universitario va más en consonancia con los ritmos de la organización social y económica de los países industrializados, o incluso los de la tercera ola (Alvin Toffler dixit). Y de forma cada vez más coincidente entre países, en Europa el inicio del curso universitario viene marcado por el final de agosto y primeros días de septiembre. Para nosotros es ya un día de la primera quincena de este mes que cierra el verano. En algo coinciden la totalidad de nuestras universidades, como es marcar un día determinado del calendario para celebrar con solemnidad, boato, oropeles, lectura de memorias, discursos políticos, y un discurso especial. Este último se denomina ahora lección inaugural del curso, discurso de apertura, discurso inaugural, académico. Pues vamos a hablar un poco del mismo, teniendo presente que es una actividad académica que forma parte imprescindible del ser de una universidad. Esta lección inaugural es pronunciada por un profesor, generalmente catedrático, que ha sido previamente elegido por el equipo de gobierno de la universidad, aunque previamente suele haber sido propuesto por la comunidad académica de origen, teniendo en cuenta sus méritos científicos, y casi siempre siguiendo un mecanismo de rotación entre las diferentes áreas de la ciencia (humanidades, ciencias sociales, Publicidade

ciencias experimentales, ciencias de la vida y la salud y enseñanzas técnicas) y en ocasiones facultades más específicas. El doctor finalmente elegido para pronunciar la lección inaugural prepara su intervención con cuidado y celo para que en el día señalado para la inauguración oficial del curso académico él pueda subirse al estrado, una especie de púlpito, o atril especial del salón de grandes actos o paraninfo, con la ayuda e indicaciones del maestro de ceremonias. Es desde allí desde donde lee su lección inaugural preparada al efecto. Es la lección del día de la Fiesta de la Ciencia. Esta expresión está tomada de la corriente positivista que ya en el siglo XIX, cuando quería referirse al día de la inauguración de curso en la universidad, buscaba superar el carácter casi religioso o eclesiástico que venía adoptando desde siglos atrás el ceremonial universitario, muy influenciado por la tradición litúrgica cristiana. En la segunda mitad del siglo XIX son varios los profesores que comienzan a hablar de la “Fiesta de la Ciencia”, como fiesta de la labor intelectual, siempre desde un cierto afán secularizador, y para celebrar con otros colegas el inicio real de una actividad gustosa y académicamente gratificante. Por esto tenía que ser una celebración alegre y festiva, animosa. Las temáticas que abordan estas lecciones inaugurales de la Fiesta de la Ciencia son muy variadas, tanto como lo son las diferentes ciencias y ámbitos a que pertenecen los profesores que las pronuncian. El orador que procede las humanidades puede hablar al público asistente (autoridades, colegas catedráticos, estudiantes y familiares, además de público en general) de algún aspecto de Cervantes y el Quijote, a manera de ejemplo real. El profesor de matemáticas puede centrarse en descifrar algún teorema concreto. El catedrático de

derecho constitucional lo intenta sobre el comentario a algún artículo de la Constitución. O el catedrático de medicina general sobre la anatomía del corazón. Todo ello es posible, porque ya ha sido hecho realidad. Sin embargo, el sentido profundo de esta actividad académica, desde su origen, iba más orientado a motivar a los estudiantes y profesores para el desempeño comprometido de la actividad docente durante la actividad habitual del curso. Así lo entendió Miguel de Unamuno en su discurso de octubre del año 1900, pronunciado en el acto académico de la Fiesta de la Ciencia de la Universidad de Salamanca, que tituló precisamente “Exhortación a la juventud estudiosa”. Es todo un ejemplo arquetípico de lo que tal vez pueda ser este tipo de lecciones para la ocasión. Dentro de la liturgia, los trajes académicos, el bello ceremonial, los cantos y música que suele conformar la estructura del acto de inauguración del curso académico, además de los discursos propiamente políticos que pronuncia el lector, o el representante de la autoridad política, esta lección inaugural tiene un efecto académico especial, más allá de lo emotivo. Y lo escribe aquí alguien que leyó su lección inaugural en septiembre de 2016 en su Universidad de Salamanca. Desde el estrado o púlpito el profesor se siente representante de una comunidad científica particular, a la que pertenece en el día a día, y trata de ofrecer desde su ciencia una reflexión coherente y lúcida a los asistentes al acto académico (que proceden de los más variados sectores del saber y de la ciencia). De alguna forma el orador trata de defender el espacio científico que debe tener su especialidad en el contexto general de la comunidad científica más amplia que es una universidad. Por ello muchas de estas lecciones son altamente especia-

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt

lizadas, y a veces incomprensibles para un lector ajeno. Dicho esto, más allá de que el orador que pronuncia la lección inaugural en el día de la Fiesta de la Ciencia de su universidad defienda su campo de especialización, pensamos que esa oportunidad de exponer ante público selecto (y de editar un libro concreto sobre su tema) puede ser aprovechada para difundir y proponer una reflexión nueva y crítica sobre el papel de su ciencia y de su docencia e investigacioón en el contexto de la sociedad y la universidad donde se mueve. De lo contrario, como se observa en muchos de estos discursos inaugurales, de estas llamadas lecciones, asistimos a un ejercicio erudito, a veces engolado y sofisticado, con frecuencia orientado al lucimiento personal, pero apenas de interés para el avance real de la universidad y su inserción más profunda en la sociedad a la que se debe, o al sentido de la ciencia. Cuando muchas universidades estos días dan inicio a sus actividades académicas debemos felicitarnos por la celebración en ellas de la Fiesta de la Ciencia, pero con un carácter secular, propositivo y de mejora para la andadura anual que se inicia, y para su futura actividad docente, investigadora y de proyección a la sociedad. K José Maria Hernández Díaz _ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

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Candidatura aprovada pela Unesco

Serra da Estrela é Geopark mundial 6 A Serra da Estrela acaba de ser classificada pela Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na 4.ª Sessão do Conselho de Geoparks Mundiais, realizada na Indonésia, como Geopark Mundial, informou a Associação Geopark Estrela, responsável pela candidatura, em comunicado. Na mesma nota, Joaquim Brigas, presidente da Associação Geopark Estrela e do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), considera que esta aprovação “é o reconhecimento do potencial geológico do território e do seu património natural e cultural e, nessa medida, um primeiro passo para o desenvolvimento sustentável de toda a região da Estrela”. No entender daquele responsável, um dos aspetos que resultarão desta aprovação será “o aumento do potencial turístico, económico e social dos municípios que fazem parte do território. E, por conseguinte, o aumento da qualidade de vida das populações”.

O Instituto Politécnico de Guarda foi desde sempre um dos grandes dinamizadores para que a Serra da Estrela fosse classificado como geoparque mundial. A Associação Geopark Estrela, responsável pela candidatura e pelo novo geoparque português, é composta por nove municípios

dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra (Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia) e também pelo IPG e pela Universidade da Beira Interior (UBI). Também a UBI assumiu um papel importante, ocupando, a

vice-presidência da Associação, pelo seu vice-reitor, José Páscoa Marques. Joaquim Brigas, na mesma nota, explica que “as duas instituições de ensino superior da região pretendem apostar na investigação científica para garantir o melhor conhecimento possível das características do

território e as suas potencialidades geológicas e paisagísticas”. Um dos objetivos, segundo o mesmo comunicado, passa pela formação de quadros especializados na preservação ecológica, protecção ambiental e na gestão do turismo são algumas das prioridades do IPG e da UBI. “Pretendemos dar resposta às necessidades que precisam de ser colmatadas para conseguirmos manter a área da serra Estrela protegida e fazermos um bom uso dos recursos disponíveis”, diz Joaquim Brigas. Neste processo, o trabalho dos municípios e o seu apoio foi determinante. “O envolvimento de todos os municípios neste projecto, mais do que um pilar importante para o processo de candidatura progredir, foi primordial para o sucesso obtido”, esclarece Joaquim Brigas, que destaca também “o trabalho da equipa executiva, sediada no Instituto Politécnico da Guarda, sem o qual este resultado não teria sido possível”, acrescenta. K

GUARDA, CASTELO BRANCO, tOMAR e nATUREJO

em outubro

Jornadas de fotografia Ordo Christi junta instituições no Politécnico da Guarda 6 As III Jornadas de Fotografia da Guarda vão decorrer, naquela cidade, no próximo dia 12 de outubro, organizadas pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e pelo Fotoclube da Guarda (FCG). Estas jornadas pretendem evidenciar o papel da fotografia na sociedade contemporânea, divulgar trabalhos fotográficos incidentes sobre várias áreas, proporcionar um debate entre fotógrafos de vários níveis e todos quantos se dedicam à fotografia.

A referida iniciativa, se por um lado se pretende afirmar como um eminente contributo formativo (e pedagógico), por outro procura estabelecer/consolidar ligações com pessoas ligadas ao mundo da fotografia (profissionais e amadores). As jornadas vão realizar-se no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda e serão complementadas com uma exposição de fotografia. K

6 Os institutos Politécnicos da Guarda, Castelo Branco e Tomar, em conjunto com a Naturtejo, apoiado pelas Câmaras Municipais de Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova, Penamacor, Vila Velha de Ródão, e pelas Dioceses de Portalegre-Castelo Branco, e da Guarda realizam, a 19 e 20 de setembro o Congresso “Património Artístico da Ordem de Cristo entre Zêzere e Tejo – séculos XV e XVI”. Esta conferência surge integrada no projeto “Ordo Christi”. Um projeto que ganhou o 2º prémio de investigação da V Conferência Internacional Científico e Profissional de Turismo Cultural, através da participação de artigo científico e apresentação da comunicação pela docente Elsa Ramos (IPG). Em nota enviada ao nosso jornal, o Politécnico da Guarda revela que participou ativamente em todas as atividades do projeto, nomeadamente na “gestão do mesmo, no desenvolvimento de soluções inovadoras, na implementação de estratégia de comu-

nicação e marketing para o território, na definição de itinerários turísticos, divulgação e comunicação das suas atividades”. De referir que o projeto de investigação aplicada, foi liderado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco tendo sido promovido em conjunto com os outros dois politécnicos, a Naturtejo e as autarquias. O “Ordo Christi” teve como principais objetivos estudar, comunicar e promover o património associado às comendas da Ordem de Cristo. Além da valorização patrimonial por intermédio da História da Arte, apostou na conservação da memória desta herança histórica-artística, uma marca identitária da história local/ regional, capaz de contribuir para a coesão territorial. Por outro lado, procurou promover a salvaguarda do património da Ordem e a comunicação do património à sociedade de modo inteligível e aberto. O projeto acentuou o seu papel de formação cívica e educativa, no plano da formação de

novos públicos principalmente através das novas tecnologias, disponibilizando, de forma aberta, instrumentos informativos científicos, adequados na linguagem gráfica e escrita, de modo a auxiliar os promotores turísticos, as autarquias ou centros decisores na valorização e divulgação turística da região. Com vista a alcançar os objetivos, foram desenvolvidos diferentes trabalhos, tais como: estudo da bibliografia inerente à área e da respetiva documentação que abordava a temática; criação de uma ficha descritiva para cada um dos edifícios e do património integrado; construção de um corpus de imagem adequado aos diversos públicos, a disponibilizar on-line e off-line; criação de uma Geografia do património históricoartístico da Ordem de Cristo entre o Zêzere e o Tejo; estudos monográficos do património arquitetónico e integrado; estudo global do património histórico-artístico da Ordem de Cristo; definição de rotas turísticas. K

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Ensino politécnico na Guiné-Bissau

Moçambique

Setúbal apoia criação

UniLúrio participa em feira económica

6 Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) vai apoiar o projeto de criação de uma rede de ensino politécnico na Guiné-Bissau, no âmbito do programa de cooperação entre Portugal e aquele país africano, sendo que essa cooperação foi reforçada em finais de julho, com a visita do ministro da Educação Nacional e Ensino Superior da Guiné-Bissau, Daurtarin Costa, a Setúbal, para participar numa reunião de trabalho. O governante, que integra o novo Executivo guineense, veio acompanhado do secretário de Estado português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, tendo-se reunido com a presidência e os diretores das cinco escolas superiores do IPS. Além da língua em comum e dos laços históricos e culturais, Portugal surge neste processo como um parceiro estratégico da Guiné-Bissau pelo seu “sistema de ensino hoje altamente reconhecido em todo o lado”, justificou Daurtarin Costa, expondo a ur-

gência de “aumentar os níveis de formação dos guineenses e de, em simultâneo, ganhar sustentabilidade para o nosso processo de desenvolvimento”. Neste contexto surgiu a ideia de criação do Instituto Politécnico da Guiné-Bissau, com vários polos no interior do país, associados a setores estratégicos, e tendo como referência a “dinâmica que os politécnicos têm em Portugal, de forte relação com as

respetivas comunidades”. A visita do governante guineense centrou-se, para já, em três projetos emblemáticos que estão em curso na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, nomeadamente o programa de formação BrightStart e a Oficina Lu Ban Portuguesa, em parceria, respetivamente, com a consultora Deloitte e o Governo Municipal de Tianjin, China, e também o Innovation Lab. K

Universidade Eduardo Mondlane

Plano para Maputo 6 A Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane e o Politécnico de Milão, da Itália, vão levar a cabo um estudo sobre planificação territorial e desenvolvimento sustentável na província de Maputo, no âmbito do Programa de Investigação Multissectorial Integrado (PIMI). As duas equipas de trabalho estiveram reunidas, em agosto, em Maputo, num seminário de apresentação e harmonização das metodologias a serem usadas

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durante a pesquisa. O estudo, com duração de três anos, vai ter lugar no corredor de Maputo, com enfoque para os distritos de Boane, Namaacha, Moamba e Cidade de Maputo. Segundo o Diretor da Faculdade de Arquitetura, João Tique, a escolha deste corredor justifica-se pela sua importância para o desenvolvimento do país, tendo em conta a sua ligação internacional e por ser uma região com enormes potencialidades de desenvolvimento.

“Também tivemos em conta o facto de estarem ligadas à capital do país, o principal centro de planificação do desenvolvimento, que igualmente tem ligação ao mundo”, disse. De acordo com a fonte, trata-se do primeiro grande projeto de pesquisa levado a cabo pela Faculdade e que engloba, dentro do projeto, um doutoramento e um mestrado. “Por isso sentimos a necessidade de ter um parceiro para realizar a pesquisa, que é o Politécnico de Milão”, frisou. K

6 A Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), da Universidade Lúrio (UniLúrio), participou numa feira económica alusiva ao dia da SADC, a 17 de agosto, em Malulu, Vila sede do distrito de Sanga. O evento teve como objetivo incutir nos participantes o espírito de produção agrícola para melhorar a dieta alimentar e evitar doenças ligadas a má nutrição, principalmente nas crianças. Participaram na iniciativa mais de vinte expositores e a FCA expôs produtos já processados e ainda brutos tais como: a soja e seus derivados. Na ocasião, foram expostos ainda a farinha de soja, biscoitos, bolos. Por outro

lado, a FCA expôs mandioca confecionada de várias formas, como a mandioca frita, cozida com cenoura e peixe, mandioca frita com ovo. Para além dos produtos mencionados, a faculdade apresentou fruteiras (morangueiros e laranjeiras enxertadas), frangos de corte e milho em grão. O evento foi presidido pelo diretor Provincial de Ciência, Tecnologia Ensino Superior e Técnico Profissional, Geraldo Macalane, em representação da Governadora do Niassa, acompanhado por outros membros do governo, Director da FCA, autoridades locais e demais convidados. K

China Adolescents Science

Alunas portuguesas vencem em Macau 6 O projecto ‘Mercúrio na ria de Aveiro: quais os impactos e possíveis soluções?’ obteve o primeiro prémio na 34º Edição do China Adolescents Science and Techonolgy Innovation Contest (CASTIC), na categoria dos projetos internacionais. Foi ainda galardoado com dois prémios na categoria de Special Awards: o Gao Shiqi Special Award e o University of Macau Science and Technology Innovation Special Award. Desenvolvido por Inês Lourenço, Jéssica Valente e Maria João Marcelino, é um projeto de investigação na área da biologia, que se destacou na 13ª Mostra Nacional de Ciência promovida pela Fundação da Juventude. Desenvolvido na Escola Secundária Homem Cristo, em Aveiro, pretende avaliar o impacto e as possíveis soluções dos níveis elevados de mercúrio verificados na ria de Aveiro. A apresentação em Macau foi possível graças ao apoio da FunPublicidade

dação da Juventude, para a qual o prémio representa um contributo muito importante na visibilidade internacional dos seus projetos e um marco determinante na projeção internacional da Juventude. K


edições

gente e livros

Novidades literárias

Toni Morrison

7 ASA. Mil Vezes Adeus, de John Green. Não era intenção de Aza, uma jovem de dezasseis anos, investigar o enigmático desaparecimento do bilionário Russell Pickett. Mas estão em jogo uma recompensa de cem mil dólares e a vontade da sua melhor amiga Daisy, que se sente fascinada pelo mistério. Juntas, irão transpor a distância (tão curta, e no entanto tão vasta) que as separa de Davis, o filho do desaparecido. Neste tão aguardado regresso, John Green, autor premiado de “A Culpa É Das Estrelas” e “À Procura de Alaska” conta com dolorosa intensidade a história de Aza, numa tentativa de partilhar connosco os dramas da doença que o afeta desde a infância. O resultado é um romance brilhante sobre o amor, a resiliência, e o poder da amizade.

D. QUIXOTE. Jaime Bunda e a Morte do Americano, de Pepetela. Depois de “Jaime Bunda, Agente Secreto”, o James Bond angolano regressa para nos deleitar com as suas proezas detectivescas. Um romance policial satírico em que Pepetela, com o humor e a ironia a que já nos habituou, nos oferece um retrato da sociedade do seu país. Nesta nova edição da Dom Quixote é possível ler ou reler este clássico de Pepetela, autor galardoado com o Prémio Camões em 1997. Sem dúvida um dos nomes principais da literatura lusófona.

7 A norte-americana Toni Morrison (1931-2019), nascida Chloe Ardelia Wofford, foi a primeira escritora negra a receber o Nobel da Literatura, em 1993. Ao longo da sua carreira, dividiu-se entre o seu cargo de docente na Universidade de Princeton e a atividade literária que a tornou célebre. Os seus romances debruçam-se sobre as vivências da população negra nos Estados Unidos da América, em particular a situação das mulheres nos séculos XIX e XX. “Beloved” é a sua obra mais famosa, com a qual Toni Morrison venceu o Pulitzer. É ainda autora de “A Dádiva”, “A Nossa Casa É Onde Está o Coração” e “Deus Ajude a Criança”, entre outros livros traduzidos em Portugal. Considerada uma das principais vozes da literatura americana, Toni Morrison nasceu em Lorain, no Ohio, nos Estados Unidos, numa família de classe média baixa. Era uma leitora ávida e, em 1949, ingressou na Universidade de Howard, onde

facebook.com/OfficialToniMorrisonAuthor H

se formou em Inglês em 1953. Dois anos mais tarde, completou um mestrado em Inglês pela Universidade de Cornell. Entre

1955 e 1957, ensinou Inglês na Universidade do Sul do Texas, em Houston. Mais tarde, retornou à Universidade Howard, onde ocupou um cargo de professora. De 1989 até sua aposentadoria em 2006, a autora lecionou na Universidade de Princeton. Quando Toni Morrison recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em 1993, a Academia Sueca justificou assim a escolha: “[Uma escritora] cujos romances são caracterizados pela força visionária e presença poética que concede um aspeto essencial à realidade americana”. Toni Morrison viria a falecer no Montefiore Medical Center, Bronx, Nova Iorque, no dia 5 de agosto de 2019, por complicações na sequência de uma pneumonia. Tinha 88 anos de idade. Alguns anos antes fora agraciada pelo presidente Barack Obama com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil dos Estados Unidos da América. K Tiago Carvalho _

FCA. Gestão de Sistemas de Informação – Pessoas, Equipas e Mudança Organizacional, de Telmo Henriques. A obra Gestão de Sistemas de Informação integra um conjunto de dois livros que abordam temas essenciais da gestão de sistemas de informação, partilhando este título em comum, mas exibindo subtítulos distintos em função da natureza diferenciada dos temas abrangidos por cada um deles. Este segundo livro - com o subtítulo “Pessoas, Equipas e Mudança Organizacional” - trata de aspetos essenciais relacionados com a gestão das organizações que são igualmente relevantes para as áreas de Sistemas e Tecnologias de Informação, enquadrando perspetivas fundamentais no domínio do comportamento organizacional, do desenvolvimento e mudança organizacionais, da gestão das pessoas, e da qualidade e excelência organizacional. K

A apresentação dos livros foi um dos momentos importantes da Feira

Livros que mexem com a casa de cada um

Receitas encantam Oleiros 7 A apresentação dos livros “Receitas das Avós” e “Receitas dos Avôs e Daqueles que não o são”, da autoria do jornalista e diretor do Ensino Magazine, João Carrega, com posfácio do também jornalista e subdiretor do Reconquista, José Júlio Cruz, e nota de abertura de Florinda Baptista, constituiu um dos momentos culturais mais importantes da Feira do Pinhal, em Oleiros. A iniciativa decorreu no palco raízes ao final da tarde do dia 9 de agosto e per-

mitiu o contacto direto com a população. A edição destas duas obras, com a chancela da RVJ Editores, permite reforçar o cariz gastronómico de uma região rica em saberes e em sabores, com receitas confecionadas e apresentadas com requinte, mas de uma forma simples, homenageando as avós, os avôs e aqueles que não o sendo são netos de alguém. Vitor Antunes, vice-presidente da Câmara de Oleiros, sublinhou a importância destes dois trabalhos que incluem recei-

tas do concelho. Também José Marques, presidente da Assembleia Municipal, destacou o contributo que os dois livros acrescentam ao património do concelho. Presentes na iniciativa estiveram algumas avós e avôs que participaram nas duas obras. De referir que os dois livros integraram recentemente o leque de obras de gastronomia editadas em Portugal admitidas ao Concurso Portugal CookBook Fair 2019, o mais importante do país. K

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press das coisas

pela objetiva de j. vasco

Suporte e Carregador de Telemóvel 3 É um suporte de telemóvel para carro sem fio Qi que combina a forma de clip-on com a mais recente tecnologia de carregamento de telemóveis sem fios. O braço do suporte mantém o telemóvel firme na posição, ao mesmo tempo o carregamento sem fios pode ser usado para todos os telemóveis com carregamento rápido e com a norma QI. K

Variações – Banda Sonora

Ligação à Terra 3 No verão são festivais e mais festivais, festas de aldeia e freguesia, pontos de encontro de jovens e menos jovens, dos da terra com os migrantes. Subitamente estamos todos ligados por uma grande rede de energia. Visitei em Sintra a 5.ª edição do Aura Festival que voltou a iluminar as noites de Sintra, de 1 a 4 de agosto, este ano dedicado ao tema “Arte da Luz e ao Ambiente”. “Ao longo de um percurso pedonal em que os residentes, comerciantes e visitantes experimentaram a paisagem noturna da Vila de Sintra, através da fruição da arte urbana, lumínica, tendo experienciado diversas abordagens artísticas e de luz.” Na foto a representação do trabalho de um dos artistas presentes, Luke Jerram, com uma obra que tem circulado todo o mundo. No próximo ano reservem desde já a vossa presença; é em agosto. K

3 Armando Teixeira assumiu a produção musical e, através das famosas cassetes de António Variações, deu corpo às músicas que ele gravara na garagem, com músicos amadores, no final dos anos 70. ‘Toma o comprimido’, ‘Teia’, ‘Perdi a memória’, ‘Canção de engate’ ou ‘Quero dar nas vistas’, tema inédito encontrado no espólio de António Variações, são, para além de ‘Na Lama’, algumas das canções que compõem a banda sonora do filme de tributo à primeira estrela da pop portuguesa. K

Prazeres da boa mesa

Carolo com leite de cabra caramelizado e alecrim 3Receita para 4 pessoas Ingredientes: 150g de Carolo de Milho 6 C. de Sopa de Açúcar Branco 1 Casca de Limão 1 Pau de Canela Q.b. de Sal 1,2l de Leite de Cabra 300 ml de Água 2 Gotas de Óleo Essencial de Alecrim AROMAS DO VALADO 3 C. de Sopa de Açúcar Demerara Q.b. Flores Comestíveis (Opcional) Preparação: Num tacho ao lume, colocar a água temperada com sal, a casca de limão e a canela. Quando ferver, misturar o carolo, mexendo sempre. Quando começar a engrossar, introduzir, pouco a pouco, o leite, o óleo essencial de alecrim e o açúcar, mexendo sempre. Colocar num tabuleiro forrado com película aderente e dispor o carolo quente. Deixar arrefecer

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Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo

e cortar em quadrados e depois cortar ao meio, de forma a obter triângulos. Polvilhar o carolo com o açúcar, e queimar de seguida com o maçarico e servir. Decorar com flores comestíveis e servir. Apoio: Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN) Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ ESART) Helena Vinagre (Aromas do Valado)

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Bocas do Galinheiro

High Noon, de Fred Zinneman 7 Não sendo um tema recorrente, a verdade é que de vez em quando temos que revisitar o western. Desta feita a propósito da fascinação do Joaquim Cabeças por esta fita dos anos 50 do século passado, década a que particularmente dedica a sua enciclopédica sabedoria cinéfila. No início da década de 50 o western era um género que transpirava saúde. Muitos cineastas já com créditos firmados escolheram o género para as suas primeiras experiências a cores, casos de Delmar Daves e Anthony Mann, ou George Stevens, com “Shane” (1952), um marco dos filmes de “cóbois”. Não estranha que longas metragens como “The Gunfighter” (1950), de Henry King e “High Noon” (1952), de Fred Zinnemann, sejam considerados mais ambiciosos, porque “ainda” a preto e branco, mas também porque apontavam para novos horizontes no chamado cinema americano por excelência. Assim, quando em 1952 “High Noon” (O Comboio Apitou Três Vezes) chegou ao grande público, quer Fred Zinnemann, quer o argumentista Carl Foreman, a que podíamos acrescentar o produtor independente Stanley Kramer, melhor nesta sua faceta do que em muitos dos filmes que realizou, foram muito elogiados pelo grande público, mas também por alguma crítica. De facto, para os muitos que gostamos dele, este filme marca uma nova etapa na evolução do western, quase sempre estigmatizado como acolhimento de fitas de mera diversão, pecado de que já padecera, entre outros “Cavalgada Heróica” (1939), de John Ford. No western, sabemos que os ingredientes q.b. são as grandes cavalgadas, pancadaria entre bons e maus, os grandes espaços das pradarias, os ajustes de contas e o duelo final. Porém os argumentos evoluíram para a exploração de factores sociais, psicológicos e até políticos, de que são bons exemplos “The Bib Trail”, de Raoul Walsh, “Rio Vermelho”, de Howard Hawks ou “A Flexa Quebrada”, de Samuel Fuller e, claro, este “High Noon”, de Fred Zinnemann. A propósito de Fred Zinnemann, deste e doutros dos seus filmes, é elucida-

Gary Cooper em “High Noon”

tiva a declaração de Betrand Tavernier, cineasta e crítico francês, na sua obra “50 Anos de Cinema Norte-Americano”, quando afirma que tanto ele como toda a crítica francesa foram muito cruéis com o realizador que retratou à época como “esse tarefeiro de prestígio cujos filmes se distinguem por uma total ausência de estilo e personalidade, mediocremente compensados por duvidosas aspirações e audácias convencionais que nunca chegam a passar o nível do guião”, dando como exemplos filmes como “From Here To Eternity”, de 1953,

“A Hatful of Rain”, de 1957 e “Oklahoma”, de 1955 que, diz, só podem suscitar descontentamento, para depois considerar agora que “também há ali preocupações humanistas e uma obra com uma coerência temática”. Em “O Comboio Apitou Três Vezes”, Zinnemann dirige com rigor e talento o argumento de Carl Foreman. São 10:30 horas e Will Kane, o xerife da pequena cidade de Hadleyville, no dia do casamento com uma jovem quaker, Amy Fowler (uma aparição relevante de Grace Kellt), que significava abandonar o cargo e dei-

xar a cidade, tem conhecimento do regresso do fora da lei Frank Miller, que havia encarcerado anos atrás, e que este o espera na estação com três cúmplices, para se vingar. Está criado o ambiente dramático que vai perpassar toda a intriga à medida que o xerife, um poderoso desempenho do veterano Gary Cooper, procura desesperadamente ajuda na população e amigos para a luta que se avizinha, que sucessivamente lhe vai sendo negada, vamos acompanhando o tic tac do relógio, que parece marcar o bater do coração de Kane, no aproximar da hora fatídica: meio-dia! Entre deixar a cidade e começar uma nova vida com a esposa quaker, conhecidos pelo seu pacifismo, Kane assume o seu dever (e da cidade, o que não é assumido pelos seus concidadãos) de enfrentar os seus inimigos. O que se segue é filmado com um ritmo que transmite toda a tensão, refletida nos planos do rosto de Kane. Angústia? medo? ou ambos?, até à luta final, um jogo de gato e ratos, com Kane a abater os fora da lei, contando com a preciosa ajuda de Amy que abate um deles antes de ser aprisionada por Miler que em desespero a quer usar como escudo, acabando por ser morto por Kane. Os que o abandonaram rejubilam agora com a sua vitória, mas Kane parte com a sua jovem esposa, não sem antes lançar a estrela, símbolo do xerife, para o chão, mostrando toda a sua indignação para com a cidade que o abandonou e a que agora ele vira costas. Uma personagem marcante do western, tal como Shane, exemplos de coragem moral, lúcida e adulta, ou, retomando Tavernier, as tais preocupações humanistas da obra de Zinnemann, um austro-húngaro, nascido em Rzeszów em 1907, que começou por estudar violino, depois dedicou-se ao direito em Viena, até que o cinema se impôs. Depois de algumas experiências na Europa, rumou aos Estados Unidos, onde se naturalizou americano e fez uma carreira de êxito em Hollywood de que o filme que escolhemos é disso exemplo acabado. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa com Joaquim Cabeças _ Vanity Fair H

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Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt

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ESCOLA AZUL

A influência do Oceano em nós e a nossa influência no oceano 6 A Escola Azul é um programa educativo do Ministério do Mar que tem como missão promover a Literacia do Oceano em Portugal. Este programa nacional distingue e orienta as escolas portuguesas que trabalham em temas ligados ao mar, criando uma comunidade de Literacia do Oceano que aproxima escolas, setor do mar, municípios, universidades e outras entidades com papel ativo na educação marinha. Procura-se estimular as escolas a trabalhar o Oceano de um modo estruturado, interdisciplinar e vertical, sem se restringir ao contexto de sala de aula, e com reflexo a nível social, quer a partir do envolvimento das comunidades locais, quer na participação de diferentes parceiros. O programa Escola Azul integra ações de educação marinha multidisciplinares numa rede de parceiros diversificada dirigida às escolas azuis1.

A Escola Azul, programa educativo de literacia do oceano, segue as orientações da Estratégia Nacional para o Mar2 e da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania3 e está de acordo com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória4. Segue os princípios orientadores da Literacia do Oceano5 e as recomendações previstas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas6- 4 (Educa-

ção de Qualidade), 14 (Proteger a Vida Marinha) e 17 (trabalhar em parceria). A Rede das escolas associadas da UNESCO tem-se associado ao programa educativo Escola Azul com muito entusiasmo e alegria, no pressuposto que mais esta distinção é uma mais valia para a criação de cidadãos mais conscientes, interventivos e responsáveis. São atualmente 8 (oito) as escolas que aderiram ao Programa Escola Azul, em

Portugal Continental, Região Autónoma da Madeira e dos Açores. Nos últimos Encontros Nacionais da Rede das escolas associadas da UNESCO, realizados em Loures, no Porto, e em Almada, o grupo de trabalho “Literacia do Oceano” temse pautado pela sua alegria e dinamismo no trabalho dinamizado com os professores, e na procura de sinergias e de laços entre as escolas e as suas comunidades locais. K 1- https://escolaazul.pt/escola-azul/o-que-e 2- https://www.dgpm.mm.gov.pt/enm 3 - https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ECidadania/Docs_referencia/estrategia_cidadania_original.pdf 4 - https://dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf 5 - https://escolaazul.pt/escola-azul/literacia-do-oceano 6 - https://www.unric.org/pt/17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel

AS ESCOLHAS DE VALTER LEMOS

Yamaha XSR 700 – Neo-clássica 3 A Yamaha é a maior fabricante de instrumentos musicais no mundo, tendo sido fundada em 1887 no Japão. Iniciou o fabrico de motocicletas em 1954. Em 1975 produziu as primeiras motos de cross, pelo que é conhecida como criadora deste tipo de motos. Atualmente é um dos maiores fabricantes mundiais, tendo também um largo currículo desportivo, incluindo o título de campeã do mundo de MotoGP. O portefólio atual da Yamaha é muito grande, apresentando modelos de todos os géneros, tamanhos e potências, sendo a XSR 700 uma das motos mais interessantes do mesmo. A empresa integra-a numa categoria que designa por sport heritage dado o seu design retro e postura desportiva. Os acabamentos são de qualidade e possui um motor bicilindrico de 689 cc e

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75 cv que é mais do que suficiente para os 186 Kg de peso e permite uma condução fácil e divertida. Os travões de dois discos à frente asseguram grande segurança ainda que a suspensão, sendo eficiente, se apresente um pouco seca atrás. O assento colocado a 83,5 cm de altura pode colocar algumas dificuldades a pessoas de estatura mais baixa. A XSR 700 tem um preço que ronda os 8 mil euros o que, não sendo barato, se pode considerar justo para o que é oferecido.

Pequenos SUV - Hyundai Kauai 3 Os SUV são os carros da moda. Na última década todas as marcas produziram este tipo de veículos. Tendo-se iniciado nos segmentos altos e médios, alargaram-

se a todos, pois são uma escolha muito racional que maximiza o espaço disponível e permite, na maior parte dos casos de forma ilusória, umas voltas fora do alcatrão. Nos últimos anos a moda alargou-se aos utilitários e citadinos. E não é que os SUV mais pequenos são muito mais bonitos do que os maiores? Os grandes podem ser muito racionais, mas em geral são bem feios. Veja-se o caso da BMW onde o X1 se apresenta numa dimensão estética bem mais graciosa do que os enormes e horrendos irmãos mais crescidos. Na última geração de pequenos SUV incluem-se, por exemplo, o Seat Arona, o Citroen C3 Aircross, o novo Peugeout 2008 (que irá ter apresentação internacional em Portugal em outubro), o Mazda CX3, o Hyundai Kauai e o seu irmão Kia Stonic. O Kauai (que teve de mudar de nome em Portugal) porque o original -Kona- não se mostrava apropriado para a língua portuguesa!) é sem dúvida um belo utilitário que tive oportunidade de conduzir durante

uma semana nas estreitas estradas da Irlanda. No século XXI a indústria automóvel coreana impôs-se internacionalmente apresentando uma evolução qualitativa impressionante em todas as áreas. Hoje o grupo Hyundai encontra-se entre os dez maiores construtores mundiais e tem vindo a crescer de forma significativa. O pequeno SUV tem um design feliz e uma qualidade assinalável nos interiores e acabamentos. É servido por um pequeno motor turbo-gasolina de geração recente, que, com 3 cilindros e 998 cc debita 120 cv e, ainda que não seja muito enérgico, permite ao Kauai uma condução bastante ágil. O espaço está na média do segmento e a mala apresenta uma capacidade muito razoável (360 litros) e o nível de equipamento é acima da média do segmento. O preço ronda os 20 mil euros o que é um pouco elevado, mas, tendo em conta o bom nível de equipamento se pode considerar aceitável. K


Desafio aberto a 180 jovens universitários

Santander atribui bolsas a alunos 6 O Banco Santander, através do Santander Universidades, e a Fundação IE, da IE University, assinaram um acordo, através do qual 180 jovens universitários de 15 países irão beneficiar de uma formação especializada em transformação digital para melhorar a sua empregabilidade e a sua formação em tecnologia e inovação. As inscrições decorrem em www. becas-santander.com e prolongam-se até ao próximo dia 30 de setembro. Em nota enviada ao Ensino Magazine, o Santander Universidades explica que “este programa de bolsas, que faz parte das Bolsas Santander - Digital Skills, irá selecionar 100 universitários de diversas disciplinas provenientes dos seguintes países: Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Estados Unidos da América, Espanha, México, Perú, Polónia, Portugal, Porto Rico, Reino Unido e Uruguai, que poderão optar por uma Bolsa Santander IE – Digital DNA”. Além disso, 30 dos alunos bolseiros irão participar num pro-

cesso de seleção para realizar estágios profissionais no Banco Santander, onde terão depois a possibilidade de fazer parte da equipa. Nos próximos meses serão convocadas 80 novas Becas Santander para perfis STEM - com formação em disciplinas de Ciên-

Novas funcionalidades

Santander e expresso

Cartão Global U para universitários

Prémio Primus Inter Pares tem vencedores

6 O Santander, Banco das Universidades, acaba de renovar as características do cartão #Global U com o objetivo de oferecer a esta comunidade a melhor experiência de cliente Universitário. Levantamentos e compras no estrangeiro, MBway e comissões gratuitas são algumas das vantagens. O cartão do Santander apresenta-se como o único que permite levantamentos gratuitos em ATM em todo o Mundo (fora da Europa até ao valor máximo de 1000€/mês). Todas as operações de compras são gratuitas e sem limite dentro da Europa, sendo que nos restantes países não existem custos até 1000€/ mês. O #GlobalU inclui, ainda, a tecnologia Contactless e poderá ser associado ao MBway sem custos adicionais. Os estudantes até 25 anos não pagam comissões de manutenção de conta, nem comissão de disponibilização do cartão de débito. A partir dos 26 anos o cartão tem um custo de 6,25€ por trimestre. Todos os novos clientes do segmento universitário terão acesso a este cartão. K

6 Tomás Ambrósio, licenciado em Economia e com um mestrado em Finanças pela Nova SBE, é O grande vencedor da 16ª edição do Prémio Primus Inter Pares, informou o Santander Universidades em comunicado. Em segundo lugar ficou Daniel Proença, licenciado em Economia pela Universidade do Porto e atualmente a terminar o mestrado em gestão comercial. O terceiro lugar do Primus Inter Pares em 2019 foi para Nuno Alves que está a terminar o mestrado integrado em engenharia aeroespacial no Instituto Superior Técnico. Em quarto lugar, ficaram Catarina Marques, que acabou de entregar o mestrado em Engenharia e Gestão Industrial na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Daniel da Costa, formado em engenharia física pelo Instituto Superior Téc-

cias, Tecnologia, Engenharias ou Matemáticas - no âmbito da colaboração entre o Banco Santander e a IE Fundação. Os primeiros 100 alunos selecionados para o programa Santander IE - Digital DNA irão receber formação em inglês e espanhol por parte do corpo de docentes

nico e a terminar a tese de mestrado sobre fusão nuclear. Os três primeiros classificados destacaram-se entre 100 candidatos, após várias provas de seleção, sendo assim considerados os jovens mais promissores do país nas áreas de Gestão de Empresas, Economia ou Engenharia.

da IE School of Human Sciences and Technology, uma das escolas da IE University. Destina-se a estudantes universitários que estejam nos últimos dois anos do curso, e a alunos que tenham realizado licenciatura ou mestrado nos últimos cinco anos. Os estudantes participarão

Terão agora a oportunidade de frequentar um MBA numa Business School nacional ou internacional, beneficiando do pagamento dos custos de matrículas e de propinas. As instituições envolvidas são: o IESE, em Barcelona; o IE Business School, em Madrid; o Lisbon MBA (Universidade Católi-

em dois cursos Hiops (High Impact Online Programs) de cinco semanas cada. O primeiro, Novas Tecnologias para a Inovação, está desenhado para conhecer o impacto da disrupção digital numa perspetiva empresarial e de como as empresas estão a criar vantagens competitivas ao utilizar estas tecnologias. O segundo, Data Science e Visualização para Negócios, permitirá obter as bases e fundamentos da ciência de dados e uma experiência prática em informação e visualização de dados para poder tomar as melhores decisões no dia-a-dia empresarial. Com o objetivo de potenciar a empregabilidade dos universitários, os 1.000 finalistas do programa Santander IE - Digital DNA que no final não consigam um lugar, poderão aceder a um programa de formação MOOC sobre ‘Intelligence Tools for Digital Age’ da IE University. As duas instituições irão financiar o certificado do curso, que lhes permitirá mostrar esta competência em futuros processos de seleção. K

ca e Universidade NOVA); o ISCTE; o ISEG; e a Porto Business School. Os 4º classificados recebem um curso de pós-graduação. O Júri do Prémio é composto por Francisco Pinto Balsemão (Presidente), António Vieira Monteiro (Vice-Presidente), Estela Barbot, Raquel Seabra e Miguel Poiares Maduro. O Primus Inter Pares é um prémio de excelência, criado pelo Santander em Portugal e pelo jornal Expresso para distinguir os melhores estudantes das três áreas a concurso, concedendo-lhes acesso a uma formação académica complementar de grande prestígio. O objetivo do programa é valorizar o talento em Portugal e contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de profissionalismo e de excelência na gestão de empresas. K

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