Ensino Magazine Edição nº258

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agosto 2019 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XXII K No258 Assinatura anual: 15 euros

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Inovação aeroespacial

Sonda que vai a Marte é feita em cortiça e testada em Portugal Alexandre Quintanilha, deputado e cientista

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«Portugal já atrai investigadores CP2a4 estrangeiros» universidade

UBI brilha na corrida de Londres Évora ganha prémios C

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politécnico

IPCB destaca-se no internacional Portalegre investiga para Nasa Leiria com mais bolsas Setúbal avalia jogadores do Vitória Guarda tem centro nacional Ideias juntam alunos do mundo C

P 10, 12, 13, 15, 17 e 27

O protótipo da sonda que irá a Marte recolher amostras do solo está a ser testado no laboratório do ISQ em Castelo Branco, onde também já foi testado o nariz de uma nave espacial para a Agência Espacial Europeia. A sonda é fabricada em cortiça portuguesa.

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Alexandre Quintanilha, deputado e cientista

«Portugal já atrai investigadores de fora» 6 Dos laboratórios e das salas de aula saltou, inesperadamente, para os corredores do Parlamento. Alexandre Quintanilha é um cidadão do mundo que defende o conhecimento como a base da democracia. Esta é a conversa sobre a vida cheia de um homem que, à beira de completar 74 anos de idade, promete não ficar por aqui. Como reagiu ao convite de António Costa para ser cabeça de lista pelo Porto, como candidato independente do Partido Socialista nas legislativas de 2015? Isto aconteceu nos últimos dias de julho desse ano. As eleições realizavam-se nos primeiros dias de outubro. Eu dei a minha última aula numa sexta-feira à tarde e no dia seguinte, pela manhã, recebo um telefonema de uma pessoa próxima do então secretário-geral do PS a informar-me que o António Costa queria falar comigo. Achei curioso. E propus um encontro para essa mesma tarde, às 5 horas, em Serralves, no Porto, cidade onde vivo. Como sou obcecado pela pontualidade, cheguei um bocadinho antes da hora… Não me diga que António Costa fê-lo esperar? Lembro-me de ter esperado 10 ou 15 minutos depois da hora combinada. Já me vinha embora, e quando vou quase a sair pelo portão de Serralves, deparo-me com António Costa, que pediu muita desculpa pelo atraso. E devo dizer que ele foi direto ao assunto. Perguntou-me se eu aceitaria o desafio de ser cabeça de lista pelo Porto. E eu desatei a rir. Primeiro, não estava nada à espera e nem sabia muito bem o que era um cabeça de lista. Pedi-lhe que me explicasse melhor o convite, até porque, como referi, tinha acabado de dar a última aula e tinha mais tempo para ler e viajar com o meu marido, o Richard (Zimmler). Eu só queria que ele me respondesse à pergunta: «Porquê eu?» E que argumentos lhe deu o secretário-geral do PS? Para começar disse-me que leu a notícia da minha última aula em que eu afirmara que ia ter mais disponibilidade de tempo e estaria pronto para os mais variados desafios. Para além disso, acrescentou que fazia sentido convidar uma pessoa da área da academia e com interesse no domínio das políticas públicas e de alcance social. Ele sabia muitíssimo bem que eu tinha

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sido o presidente da comissão que propôs a estratégia nacional contra a toxicodependência e que agora está ser imitada pelo mundo inteiro. No final, agradeci e disse-lhe que tinha de ir falar com o meu marido. Pedi uma semana para tomar uma decisão. Troquei impressões com diversas pessoas, algumas delas já tinham sido deputados, e ao fim de alguns dias de reflexão resolvi aceitar. Com uma condição: ficaria, certamente, dois anos, mas caso eu não me sentisse integrado, ele teria de perceber que eu me afastaria. Foi eleito deputado e aquando da formação das comissões foi convidado para presidir à comissão de educação e ciência. Recorda-se dos seus primeiros passos no Parlamento? Para mim, foi tudo novo. Não sabia muito bem o que me esperava. Não sei se é a palavra mais apropriada, mas sentia-me, de algum modo, «virgem». Desconhecia as regras e o funcionamento do Parlamento, mas senti um certo fascínio por estar no centro de uma instituição que permite o debate sobre políticas públicas. Olhei para esta experiência com curiosidade e entusiasmo. Quis muito depressa perceber como funcionava a casa e contribuir para ajudar na, ao mesmo tempo surpreendente e corajosa, «geringonça». Foi fácil interiorizar o cerimonial político e até o próprio regimento da Assembleia da República? Eu passei por algo semelhan-

te quando iniciei a minha tese de doutoramento, em Joanesburgo, na África do Sul. Comecei a dar aulas, como assistente, a alunos de engenharia, de natureza prática e teórica. E o curioso é que eu tinha 24 ou 25 anos e os meus alunos, com 19/20 anos, chamavam-se «professor». E eu olhava para a sala, para ver onde é que estava o «professor» (risos). Quando me começaram a chamar presidente no Parlamento, eu tive quase a mesma reação. Mas deixe-me destacar que todos os deputados se esforçaram para me propiciar o acolhimento mais caloroso possível, fosse de que partido fosse. Aliás, um dos episódios que mais me sensibilizou foi no primeiro plenário em que participei: a primeira pessoa que se abeirou de mim e me deu um abraço muito caloroso foi Jerónimo de Sousa. Marcou-me. Depois o entrosamento foi fácil, até porque eu já conhecia alguns deputados de debates sobre a procriação medicamente assistida, sobre a toxicodependência, etc. Na sua equação para decidir se aceitava o convite para ser cabeça de lista a deputado esteve a má imagem que, de uma forma, geral os portugueses têm dos políticos? Confesso que não foi um assunto sobre o qual eu tivesse pensado. Existe a imagem negativa, mas eu também nutria uma enorme admiração por diversos personagens políticos. Nelson Mandela é um exemplo extraordinário. E isso fazia-me acreditar, e acredito, que na política é possível existirem pessoas muito

importantes no desenvolvimento dos países. Mas também existiram personagens sinistras no século XX, por exemplo. Tivemos um senhor com bigodinho que achava que a raça ariana era a única que podia existir e, por isso, matou 50 milhões de pessoas. Depois havia outro, mais a leste, que tinha um bigode um pouco maior, que julgava que a ditadura do proletariado ia salvar o mundo e matou mais uns milhões de pessoas. Por último, havia um, com um livrinho vermelho, que andava pela China a impor o seu regime. Isto para dizer que a história está cheia de políticos de muito má reputação, mas também os há de muito prestígio e qualidade. Já pode fazer um balanço sobre a qualidade dos seus colegas na Assembleia da República? Há gente muito competente e há gente muito incompetente, tal qual acontece na academia, onde as coisas não são muito diferentes. Fiscalizar o governo, produzir legislação e fazer a ponte com a sociedade são as principais atribuições da comissão a que presidiu nesta legislatura. Em qual destes três vetores atingiu melhor os seus objetivos? Relativamente ao primeiro ponto, a parte fiscalizadora, todos os anos há uma série de audições regimentais, tanto ao ministro da Educação e ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que são duras e se prolongam por três ou quatro horas. Estes governantes

são submetidos a uma bateria de questões por parte dos grupos parlamentares o que os obriga a estarem devidamente preparados para este diálogo. Também chamamos os reitores das universidades, o CRUP, o CSISP, no fundo, as entidades que estão a dirigir instituições de educação, ciência e tecnologia. Para além disso, a interação com a sociedade é uma função igualmente intensa desta comissão. Nós recebemos todas as pessoas que pedem para ser ouvidas: as associações de pais, investigadores, serviços sociais e até pessoas, individualmente. E organizamos conferências e congressos sobre várias temáticas. Finalmente, a produção legislativa resulta do permanente diálogo entre o plenário e a comissão. No hemiciclo discute-se o objetivo principal das medidas legislativas e na comissão é dado espaço e tempo para o debate e reflexão sobre os detalhes dessas medidas. É na comissão que se desmembra e trabalha ao detalhe os projetos de lei ou as resoluções. Ao contrário do que acontecia há uns anos, tudo que se passa no plenário e as comissões têm uma tremenda visibilidade publicamente, muito graças à comunicação social e ao próprio Canal Parlamento. Sente esse feed back? Sei que sim, mas eu confesso que sou um mau espetador de televisão e muitas vezes nem vejo os meus próprios discursos. Mas congratulo-me que as pessoas percebam aquilo que se passa. Prova disso é a célebre fotografia que passou nas televisões e nos jornais em que quatro partidos tentavam alterar a lei relativa aos professores. Foi um momento que deu brado porque se percebeu que o PSD, o CDS-PP, o PCP e o BE, de repente, estavam unidos sobre uma matéria em que sempre discordaram. Eu a brincar cheguei a dizer ao António Costa que aquela fotografia lhe tinha dado, pelo menos, mais 10 por cento de votos nas eleições europeias. Com que panorâmica é que ficou do setor da educação? O problema é mais de falta de recursos ou mais falta de estratégia de continuidade? Eu não usava a palavra falta. Obviamente que não há área no mundo que entenda que tem os recursos humanos ou financeiros suficientes. Mas importa não esquecer que Portugal saiu de uma situação financeira muito grave, que se refletiu, nomeada- ;


;mente nos recursos humanos alocados à educação, à ciência e à investigação privada. Nestes últimos quatro anos procurou encetarse uma recuperação face à Europa. Mas de uma forma geral, entendo que, apesar dos constrangimentos, nunca se deixou de apostar na educação. Como sabe, a minha vida foi quase toda passada no estrangeiro e a forma como Portugal é olhado além-fronteiras é absolutamente extraordinária. Eu não lhe chamaria um paraíso, mas é certamente uma ilha calma e surpreendente. Sintome um privilegiado por ter podido participar nesta aventura de quatro anos de «geringonça». Mas pensa que se podia ter ido mais longe, por exemplo, no esforço de reinvestimento? Não creio. A insistência em manter as contas certas foi o passo certo. E prova disso é que a reputação que atingimos nestes quatro anos está patente na diminuição em 2 ou 3 mil milhões de euros/ ano dos juros da dívida. A ciência gostaria de ter mais investimento e eu também, mas tal nunca poderia ter sido feito à custa do rigor das contas. Esta aposta de chegar aos 3 por cento do PIB em 2030 continua a ser um objetivo alcançável ou pelo menos que se fique muito próximo. Mas é preciso não esquecer, que muito foi feito nos últimos 30 anos: em todos os indicadores da ciência, Portugal já ultrapassou a média europeia. Aliás, sente-se na comunidade científica que as pessoas anseiam mais para competirem em igualdade de circunstâncias com outros países. Não temos de ter vergonha nenhuma. Temos investigadores e instituições muito prestigiadas e começamos a atrair investigadores estrangeiros para Portugal. Também é dos que se junta ao coro do «somos todos Centeno»? Eu tenho muito respeito pelo trabalho de Mário Centeno. Destruir é muito fácil, construir e reequilibrar é que é muito difícil. Ainda estamos neste processo de recuperação e vamos estar durante muitas décadas. Mas a forma inteligente e responsável como o ministro das Finanças tem gerido o processo faz-me estar confiante. Que país era Portugal em 1990, quando regressou da Califórnia e se instalou no Porto? É preciso contextualizar: eu abandonei o que era provavelmente o local mais avançado do Planeta – a baía de São Francisco. Eu dava aulas na universidade de Berkeley, que é considerada uma das três melhores faculdades norte-americanas, em determinadas áreas. Não é de admirar que foi um choque quando aterrei no Porto. Um choque a todos os níveis. Eu tive a sensação que che-

mos é que os eventos extremos vão aumentar. Dou-lhe o caso da toxicodependência, que apresenta muitas semelhanças. Nós sabemos que a perseguição dos toxicodependentes como criminosos não funciona. Só nos Estados Unidos existem três milhões de cidadãos americanos presos. Temos de alterar esta forma de olhar para a toxicodependência. Olhar os problemas de uma forma diferente e ver se as soluções funcionam é fundamental. Defende uma abordagem multidisciplinar dos problemas modernos? Nós não sabemos tudo sobre um assunto. Hoje em dia os dilemas que enfrentamos são cada vez mais complexos e necessitam do diálogo entre as várias áreas do conhecimento. A Sociologia, a Medicina, a Engenharia, por aí fora. Lançar leis que não estejam baseadas naquilo que é o conhecimento mais aprofundado atual é uma estupidez. As leis devem ser baseadas no conhecimento e não em ideologias. Eu tenho muito receio das ideologias quando elas se tornam dominantes. As nossas decisões devem ser tomadas com base no conhecimento e na robustez e atualidade do conhecimento. gara a um país muito atrasado. Mas curiosamente Portugal tinha entrado há poucos anos na União Europeia e existia uma enorme energia para acompanhar o ritmo europeu. Os fundos europeus de Bruxelas davam uma ajuda… Sim, mas ainda dão. Choca-me de uma forma terrível que os cidadãos se alheiem das questões europeias e das eleições para o Parlamento Europeu, porque sem os fundos europeus confesso que não sei bem onde é que este país estava. Desculpe ter interrompido o raciocínio. Voltando aos anos 90... Existia muita vontade de construir um país cada vez melhor, num quadro da democracia recentemente conquistada. Essa energia sentia-se no ar. Contudo, o período inicial, dois ou três anos, não fácil e eu e o Richard chegámos a pensar seriamente regressar à Califórnia. E tínhamos amigos e o incentivo do trabalho que nos chamavam do outro lado do Atlântico. O tempo passou e quase 30 anos depois está de pedra e cal em Portugal. Como é que vê a questão da fuga de cérebros? Vejo com naturalidade, mas se houver fuga e não houver entrada não é positivo. Eu quero pensar que nas áreas do conhecimento avançámos imenso nestes 30 anos e estamos claramente numa situação de recuperação, mais evidente nos últimos três anos. Não quero deixar

de mencionar o nome de Mariano Gago porque ele dizia que não havia áreas prioritárias. Todas são importantes. Hoje quando se pensa nas alterações climáticas uma das consequências são as imensas migrações, que são problemas sociais. Muitos países privilegiam a inovação do ponto de vista tecnológico, mas esquecem-se que a inovação social é igualmente fundamental: seja com a abolição da escravatura, dar direito de voto às mulheres, permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma estratégia para a toxicodependência, etc. O conhecimento aplicado foi um das grandes apostas que diferenciou Portugal de muitos países do mundo e estou em crer que ainda terá consequências ainda mais positivas no futuro. Defende o conhecimento como base da democracia. De que forma? Nenhuma nova legislação deve ser criada se não for baseada no conhecimento mais robusto que existe naquele momento. Vou darlhe um exemplo: novamente as alterações climáticas. A grande maioria dos investigadores neste domínio prevê que a temperatura do Planeta vai aumentar e existem evidências nesse sentido. Toda a história do Planeta Terra mostra que tem havido áreas de glaciação severas, seguidas de áreas de maior aquecimento. Aquilo que nunca aconteceu é uma alteração tão rápida. E ninguém sabe prever, com 100 por cento de certeza, o que vai acontecer. A única coisa que sabe-

A política em termos globais está muito contaminada por ideologias? Não sei se contaminada é o termo. Toda a política tem convicções fortes a suportá-la. Entre o neoliberalismo, o socialismo, o fascismo e o comunismo há perspetivas diferentes de olhar para o mundo. As pessoas que perfilham determinado espetro político são condicionadas por esse setor político. Eu não sou político e a minha experiência é muito recente, mas também na política – como na religião – as pessoas fortemente convictas, têm uma certa relutância em mudar essas convicções. Todo o seu mundo foi moldado por essas experiências, pela educação e as relações que tiveram. De uma coisa estou certo: acho triste se não basearmos as nossas ideias e a nossa forma de olhar para o mundo na evidências e nas experiências que vamos acumulando ao longo da vida. Aprendi muito em 73 anos de vida. Estive um terço da minha vida em África, 20 anos nos Estados Unidos e agora os últimos 30 anos em Portugal. São culturas diferentes e formas de olhar para o mundo distintas. É natural que gostemos mais de umas e menos de outras. Vivemos na era da informação. Como se equilibra a obtenção de conhecimento com a informação que nos cerca por todos os lados? Agora está na moda falar do «Big data». Parece um cliché, mas não é: dados não são informação.

Informação não é conhecimento. Conhecimento não é sabedoria. Cada um destes passos necessita de trabalho. Explico: dos dados tem de se escolher os relevantes para ter informação que seja útil. A informação também deve ser selecionada e filtrada para o conhecimento ser útil. E o conhecimento encontra-se quase na fase final do processo. Até porque à sabedoria há muito pouca gente que lá chega. Em suma, este é um processo longo e o termo de comparação que faço com a democracia é que as decisões neste sistema às vezes são apressadas de mais porque o ciclo político é muito curto. Aliás, e a talhe de foice, os jornalistas não gostam nada que um cientista responda: «não sei». Churchill disse que «a democracia é o pior dos regimes, à exceção de todos os outros». Concorda? A democracia é difícil. Aprendemos isso quando vivemos com outra pessoa: é preciso fazer compromissos e cedências, que nem sempre são fáceis de fazer. Mas também é preciso ser sincero e dizer que também aprendemos com os compromissos que estabelecemos. Nestes meus quatro anos de deputado se aprendi algo verdadeiramente importante foi o valor dos compromissos. Desenvolvi mais o meu respeito pela ideia dos compromissos que são necessários em política. Pode nem ser aquilo em que acredite, mas percebe-se que há outros olhares sobre os problemas e a ênfase colocada sobre outros aspetos. Admito que os compromissos podem ser frustrantes para quem acredita muito numa convicção e vê-se obrigado a ceder, mas também é verdade que se aprende muito com eles e crescemos como pessoas. De que forma é que a revolução tecnológica e digital vai mudar o mercado de trabalho? Tenho muito pouco jeito para futurologia. Hoje em dia a maior parte dos empregos já obriga a que as pessoas trabalhem com o digital, mas o digital é um instrumento. Como antigamente as enciclopédias e mais recentemente as bibliotecas eram um meio para chegar a um fim. Hoje, felizmente, o acesso às bibliotecas digitais é muito mais rápido. Mas eu continuo com algum receio que percamos algo que sempre foi muito enriquecedor. Eu quando vou a uma biblioteca ou a uma livraria vou à procura de um livro e não raras vezes saio de lá com um livro completamente diferente do que procurava. Porquê? Porque ao lado estão outros livros, cuja existência eu desconhecia. E isto passa-se no campo das ciências, na literatura, nas artes, na arquitetura, etc. Ainda bem que o digital existe, é uma ferramenta poderosíssima, mas nunca será a mesma coisa. Acho até que pensar que o ;

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;digital vai modificar o processo todo do desenvolvimento do conhecimento, que passa pelos dados, pela informação e pela sabedoria, é um bocadinho infantil. O processo de escolher informação para depois construirmos a nossa visão do mundo e de nós próprios, com o digital ou sem o digital, é o mesmo. De que forma é que a educação vai sofrer alterações com este novo mundo? O que se quer da escola ou da universidade não é apenas informação. O objetivo principal de toda a educação é conseguirmos desenvolver uma auto-confiança lúcida, a capacidade de não termos medo de nos atirarmos de cabeça num novo domínio, etc. Esta coisa de aos 69 anos ter aceite o desafio de entrar na política deveu-se ao facto de eu ter uma auto-confiança suficiente para achar que se calhar podia aprender qualquer coisa e contribuir para isso. Segundo um jornalista inglês, a função principal da educação é transformar espelhos em janelas. Eu acho esta frase lindíssima e muita rica. Porque os espelhos permitem que reafirmemos a nossa identidade, enquanto as janelas possibilitam ver mais longe e abrem novos horizontes. Era um aluno que passava à tangente com nota 10 no liceu e tornou-se um investigador reconhecido a nível internacional. A paixão com que viveu e vive a sua área do conhecimento foi a receita para o sucesso? Até ao 5.º ano do liceu estudava o suficiente para passar. E precisamente nesse 5.º ano houve um professor que chegou a Lourenço Marques (Moçambique), local onde nasci, e fez uma coisa fora da caixa. Ele levou-nos a realizar viagens de estudo a ecossistemas africanos. Fomos até à ilha da Inhaca onde havia mangais extraordinários e barreiras de corais fantásticas. De repente percebi melhor aquilo que estudava nas ciências naturais, que era as macieiras, as pereiras e as cerejeiras, que eu nunca tinha visto em África – porque não existem. Há um mundo novo que descobri. E este professor fez aquilo que Mariano Gago defendia: o ensino deve ser experimental. Ele obrigou os seus alunos a fazerem dezenas de experiências diferentes nos laboratórios do liceu Salazar em Lourenço Marques, nas áreas da Biologia, Geologia e Mineralogia. Abrir uma minhoca, um sapo ou um pombo, foram algumas das experiências feitas. Foi esse contacto com as coisas que me despertou para esta área. Mas primeiro escolheu a Engenharia… Quando acabei o 7.º ano a me-

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nomeadamente através do Twitter, fá-lo liderar a discussão política, inflamando os ânimos e pondo os outros a discutir. Custa-me reconhecer isto, mas ele tem um mérito: acho que é o único líder mundial que está a enfrentar o poder chinês, que se encontra, literalmente, a comprar o resto do mundo. A China assusta-me e esse temor vai muito para lá da questão económica.

lhor nota que eu tive foi um 20 – que era nota que não se dava – a geometria descritiva. Acho que não houve um único 20 nesse ano no império português. E como gostava muito de Matemática, escolhi Engenharia. Também gostava muito de Desenho. Na minha turma de 2.º ano, em engenharia civil, em Joanesburgo, não me adaptei às rotinas sociais dos meus colegas e achei que era altura de mudar. Transferi-me para Física e Matemática, para uma turma com 12 alunos. E gostei imenso. Convém não esquecer que a segunda metade do século XX foi dominada pelas grandes descobertas na biologia molecular e no DNA. Quando cheguei ao fim do meu doutoramento conheci um homem extraordinário, também nascido na África de Sul, Sydney Brenner de seu nome. Disse-lhe que queria mudar para Biologia, mas estava com medo, ao que ele respondeu: «se quer fazer, faça».

Esteve nos Estados Unidos quase duas décadas. Como é que vê esta América, que também considera sua, governada por Donald Trump? Deixe-me contextualizar. Na Califórnia conheci uma América distinta da real América. Vivi em Berkeley, que é uma ilha em todos os sentidos, durante 19 anos. Este ambiente tem muito pouco a ver com o resto da América. E é ainda mais diferenciado do que outras cidades, como Boston. Filadélfia, etc. É um ambiente muito liberal, muito de esquerda, avançado em relação ao seu tempo. E o tempo que lá estive, ou me encontrava na costa oeste ou leste. Conheci uma América urbana e culta. Não conheci a América rural. Eu tinha uma visão da América restrita. Para ter uma noção, eu quando cheguei a Berkeley, os meus alunos de doutoramento não queriam acreditar que eu nunca tinha dado uma passa! Isto para dizer que eu

não conhecia a América profunda que é fortemente conservadora, fechada e muitos dos seus habitantes nunca tiveram passaporte. Para eles, o mundo começa no Alaska e acaba no Maine. É essa América profunda que elegeu e vai reeleger Trump? Creio que sim. Há três fatores que fazem dele uma personalidade respeitada e com crédito para determinada população. Ele diz coisas que uma grande de percentagem de pessoas – e não é só nos EUA – concorda e não tem coragem para verbalizar. Há muitos racistas, misóginos, homofóbicos, mas não têm lata para o dizer. Mas as pessoas acham-no corajoso, porque ele diz! Outro aspeto que pesa a favor dele é que Trump veio de fora da política e nos negócios é supostamente bem sucedido. Ele já mostrou que o sonho americano é possível. Finalmente, a forma moderna como ele usa as novas técnicas digitais,

CARA DA NOTÍCIA Um cidadão do mundo 6 Alexandre Quintanilha nasceu em Lourenço Marques, atual Maputo, Moçambique, a 9 de agosto de 1945. É um físico português de renome internacional. Completou o doutoramento em Física em 1972, na Universidade Witwatersrand de Joanesburgo, mas mudou-se para Berkeley, Universidade da Califórnia e para a investigação sobre fisiologia celular. No Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley dirigiu ainda o Centro de Estudos Ambientais. Em 1991 tornou-se professor da Universidade do Porto e fundou o Instituto de Biologia Molecular e Celular da mesma universidade. Presidiu a comités da Fundação Europeia para a Ciência, Comissão Europeia e OECD, bem como de várias organizações de investigação nacionais e internacionais. Nos últimos anos, Alexandre Quintanilha tem também trabalhado sobre perceção do risco e compreensão pública da ciência, por exemplo nas áreas do “melhoramento” cognitivo. É ainda presidente do conselho científico do Pavilhão do Conhecimento. Em 2018, recebeu o título de doutor «honoris causa» pela Universidade de Évora. Na atual legislatura foi deputado à Assembleia da República, tendo presidido à Comissão de Educação e Ciência. Integra, de novo, as listas do PS, como cabeça de lista, pelo círculo do Porto, nas legislativas marcadas para 6 de outubro. K

É um estudioso das questões ambientais e já aqui falámos disso. A nova presidente da Comissão Europeia (CE) apresentou um «Green Deal» para o clima, nomeadamente com o objetivo de cortar as emissões de carbono na UE até 2050. Trata-se apenas de uma declaração de intenções? A senhora Ursula Von der Leyen percebeu que o movimento verde cresceu nas últimas eleições europeias e a tendência é de crescimento. Para além disso, há a noção clara que isto é uma área emergente e de inovação muito interessante. Podermos substituir o petróleo e o carvão por energias renováveis é um passo que Portugal já fez de uma forma bastante importante. Se olhar para a sua conta de eletricidade com alguma atenção, verá que há alturas do ano em que toda a energia consumida é totalmente renovável. Isto ajuda a diminuir as emissões carbónicas. Provavelmente ainda há carvão para consumir nos próximos cinco mil anos, petróleo talvez não tanto, mas acredito que esta presidente da CE percebeu que a sua utilização intensiva vai ter efeitos nefastos sobre o clima. Para além disso, os jovens estão a olhar para a questão ambiental com uma nova sensibilidade e também com apreensão. E os políticos começam a perceber isso. Também sente os jovens portugueses mais despertos para estes e outros problemas? Sem dúvida. Deixe-me fazer uma referência ao Parlamento Jovem, que é um dos eventos da Assembleia da República que eu mais acarinho. Mostra o que de melhor existe nos nossos jovens e em mil escolas (do ensino básico e secundário) que participam nesta iniciativa. Os estabelecimentos de ensino que «ganham» os debates escolhem os seus melhores representantes para discursarem no plenário da Assembleia da República. Alguns trazem assuntos muito políticos para a discussão, enquanto outros abordam temas, eu diria mais genuínos. Confesso que quando saio de lá parece que acabei de tomar um banho de água fresca. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H saber mais em:

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Cooperação com a sociedade na UBI

Acesso ao Ensino Superior

FCSH aposta no Conselho Consultivo

Universidade da Beira Interior abre 1307 vagas

6 A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior (FCSH-UBI) está a desenvolver uma estratégia de aproximação à sociedade, através do seu Conselho Consultivo, órgão que integra cerca de 30 representantes de empresas, organismos públicos, entidades privadas e câmaras municipais, a que se juntaram os presidentes dos Departamentos e alguns docentes da Faculdade. A segunda reunião do Conselho decorreu a 10 de julho, e serviu para que os seus membros se sentassem à mesa para delinear estratégias de atuação futura conjunta e estreitar laços. Estiveram em debate oportunidades de colaboração entre as entidades do

mundo empresarial e social da região e de fora, tendo-se ainda definido planos de ação futura conjunta no sentido de alcançar os objetivos estratégicos definidos. Segundo Helena Alves, presidente da FCSH-UBI, “o encontro decorreu num ambiente muito positivo e de grande abertura por parte destas entidades, que se mostraram muito interessadas em colaborar connosco através de palestras, oferta de estágios, investigação avançada conjunta, bem como em fornecer feedback sobre os cursos e os graduados da Faculdade”. A criação do Conselho Consultivo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI foi aprovada em fevereiro passado. K

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) vai disponibilizar 1.307 vagas no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) que começou a 17 de julho e se prolonga até 6 de agosto. A novidade deste ano é a abertura de mais um curso, o 1.º Ciclo em Matemática e Aplicações (20 vagas), passando a oferta a ter 31 licenciaturas e Mestrados Integrados. Este curso pretende formar profissionais na área de Data Science, com particular enfoque em Economia e Informática. Neste primeiro ano existem bolsas de Excelência UBI para alunos que ingressem com médias iguais ou superiores a 15 valores. Em termos gerais, a UBI mantém o mesmo número de vagas do ano anterior. Em 2018, alguns cursos registaram uma procura

que superou quatro vezes a oferta, porém a universidade decidiu manter o mesmo número de vagas do ano anterior por considerar que um aumento colocaria em causa a qualidade de ensino. A UBI reforçou ainda o seu programa ‘Não Desistas’, com novos apoios e mais informação sobre os diversos sistemas existentes, no-

meadamente as bolsas do Estado, o programa +Superior, as Bolsas de Excelência +UBI e as bolsas de autarquias e empresas protocoladas com a universidade. Sob o lema ‘Quem se esforçou não pode ficar de fora’, a página que compila toda a informação está disponível em: https://www.ubi.pt/Pagina/candidatos_nao_desistas. K

Para programa nos Estados Unidos

Aluna da UBI selecionada 6 Leonor Carvalho, estudante da Universidade da Beira Interior (UBI), foi uma das escolhidas pela Comissão Fulbright e Embaixada dos EUA para participar no programa Study of the U.S. Institutes (SUSI) for Student Leaders from Europe em Civic Engagement. Até dia 10 de agosto, a aluna do 1.º Ciclo em Ciência Política e Relações Internacionais estará na Universidade da Carolina do Sul, ao abrigo de um programa que permite aos participantes conhecer muita da realidade sociopolítica e universitária dos Estados Unidos da América. A escolha da aluna da UBI reconhece o mérito da candidatura de Leonor Carvalho. Este ano, a

Comissão Fulbright e a Embaixada dos EUA nomearam quatro candidaturas para participação nos três programas disponíveis, tendo recebido 78 candidaturas. O diretor do Mestrado em Relações Internacionais da UBI, o docente Samuel Paiva Pires, também está nesta altura nos Estados Unidos, a frequentar o programa SUSI on U.S. Foreign Policy, que tem lugar na Universidade de Delaware, até dia 26 de julho. Este programa tem como principal objetivo conferir aos seus participantes conhecimentos que permitam melhorar a qualidade do seu ensino e investigação sobre os EUA e, especificamente, sobre a política externa do país. K

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Prémio Economia Circular na Eco Maratona Shell

Aero@UBI melhora marca e vence em Londres 6 A equipa Aero@UBI esteve ao seu melhor nível na Eco Maratona Shell, que decorreu em Londres, de 2 a 5 de julho, tendo superado, em quase 100 quilómetros, a marca alcançada em 2018 e manteve o sexto lugar da classificação geral, na categoria “Protótipos” (classe dos elétricos a bateria), que lhe dá acesso direto à prova do próximo ano. Depois de uma série de contratempos verificados no decorrer da prova, a Aero@UBI conseguiu percorrer 612 quilómetros, na pista situada em Londres, gastando

apenas um kWh. No total, foram mais 93 quilómetros que no ano passado, em que a equipa da UBI totalizou 519 km, com a mesma quantidade de energia. A equipa ganhou ainda o Prémio Economia Circular, com um veículo integralmente construído na Universidade da Beira Interior (UBI), galardão atribuído à melhor integração do conceito em aspetos como o desenvolvimento do projeto e/ ou processo de produção, funcionamento ou desmontagem do veículo. O prémio, no valor de 2500 euros,

visa incentivar os alunos a pensar no conceito de economia circular na engenharia de materiais, produtos e serviços para soluções industriais e de consumo real. A equipa deste ano foi constituída por 20 alunos, dos cursos de Mestrado Integrado em Engenharia Aeronáutica e de Doutoramento em Engenharia Aeronáutica. Esta foi a quinta participação de elementos do DCA na prova internacional dedicada à eficiência energética, na qual tem melhorado a marca final, todos os anos. K

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UNIVERSIDADE

ENSINO MAGAZINE

Reforço ao apoio

Pelo período máximo

UBI mais social

A3ES acredita curso de desporto

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) está a reforçar os meios de apoio social aos elementos da academia e, ao mesmo tempo, a sua contribuição às instituições de solidariedade da região. Isto resulta da assinatura de protocolos de cooperação com 10 entidades, no âmbito do Ser Solidário, que vão permitir expandir as ações desenvolvidas por este programa criado pela UBI em 2018. O apoio alimentar é uma das áreas de destaque no conjunto das parcerias estabelecidas a 15 de julho, que incluem a RE-FOOD e o Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira (BACF-CB). À RE-FOOD a UBI vai ceder as refeições que não sejam diariamente consumidas nas suas instalações, que serão depois canalizadas para a população apoiada por esta organização de cidadãos voluntários, cuja missão é eliminar o desperdício de alimentos e a fome. Este organismo, por seu turno, compromete-se a distribuir refeições aos elementos da academia em situação de necessidade. Hunter Halder, presidente da direção desta IPSS, vê a parceria como “muito importante”, porque a “Universidade é um pilar da comunidade”. O responsável da REFOOD vê na cooperação três maisvalias: “Alimentar as pessoas identificadas pela Universidade, receber excedentes alimentares e

incluir os estudantes como voluntários do nosso trabalho”. Ao BACF-CB será cedido o papel que tem como destino a reciclagem, para integrar a Campanha “Papel por Alimentos”, na qual todo o material recolhido é convertido em produtos alimentares a distribuir pelos mais carenciados. “A nossa expectativa é conseguirmos mais uma ou duas toneladas para distribuir na região que, ao fim ao cabo, é a nossa luta diária”, afirmou Paulo Pinheiro, presidente da entidade. Além destas instituições os protocolos assinados por Anabela Dinis, vice-reitora da área da Responsabilidade Social, abrangeram a Associação Académica da UBI, Associação Recreativa Musical Covilhanense - Banda da Covilhã, Casa do Pessoal da UBI, Happy Wish, Leo Clube da Covilhã, Lions

Clube da Covilhã e O Mundo da Carolina. Em termos gerais, e de acordo com a especificidade de cada uma das instituições, a cooperação prevê o apoio a atividades, divulgação do programa, ações de voluntariado, angariação de novos parceiros ou sinalização de pessoas que possam necessitar do apoio do Ser Solidário. Anabela Dinis entende que o programa está a conquistar visibilidade e, dessa forma, a “ampliar a base de apoio, isto é, o financiamento que se pretende e a capacidade de angariar novos parceiros, para fazer com que mais alunos que necessitam se dirijam ao programa”. Acrescenta que a UBI está também a contribuir para que “todas as organizações que atuam ao nível social possam também beneficiar desta lógica de solidariedade”. K

6 O 1.º Ciclo em Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior está acreditado por seis anos, o período máximo previsto para os cursos superiores em Portugal. A decisão da A3ES - Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior reconhece assim o trabalho de excelência que está a ser realizado pela Universidade da Beira Interior (UBI) na formação de licenciados da área desportiva. A qualidade científica dos docentes e o empenho no ensino e aprendizagem é uma das imagens de marca do curso que integra a oferta formativa do Departamento de Ciências do Desporto (DCD). É reconhecido pela A3ES que o corpo docente “é qualificado e apresenta uma produção científica de qualidade”, mostrando um compromisso “efetivo de todos os docentes com o ciclo de estudos, patente também na valorização e satisfação que os alunos apontam sobre a frequência do curso e o envolvimento dos seus professores”. Verifica-se uma “grande proximidade” dos docentes aos alunos no que diz respeito “ao atendimento, esclarecimento de dúvidas e orientação

de estudo individual”, salienta a diretora da licenciatura em Ciências do Desporto, Diana Miragaia. Os diplomados em Ciências do Desporto têm como saídas profissionais estabelecimentos de ensino, estruturas destinadas à prática de atividades de exercício e saúde, treino em clubes desportivos ou associações socioculturais e autarquias (técnico superior de desporto). Devido ao plano de estudos acreditado por várias federações desportivas os licenciados podem obter a componente específica de Grau I de treinador nas modalidades de basquetebol, futebol, futsal, esqui alpino, natação e voleibol. “Têm aumentado significativamente as parcerias e protocolos com diversas entidades, proporcionando aos estudantes contacto com a realidade profissional. Nos últimos três anos, passou-se de 24 para 67 parcerias”, segundo Dina Miragaia. Em destaque estão ligações com Universidades em Espanha, Reino Unido ou Estados Unidos, Comité Olímpico de Portugal, Federação de Desportos de Inverno ou Sport Lisboa e Benfica. K

Engenharia Civil

Estudante síria é mestre

UBI fez conferência e junta empresas

6 Sara Hummeid concluiu em 2019 o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas na Universidade da Beira Interior, sendo a primeira estudante síria a fazer todo o curso na UBI. A estudante é um dos muitos exemplos do multiculturalismo e da capacidade da UBI de receber alunos de várias proveniências, tendo chegado à Covilhã em 2014/2015, no âmbito da Plataforma Global de Apoio a Estudantes Sírios, liderada pelo antigo presidente da República Portuguesa Jorge Sampaio. A dissertação final tem como título “Synthesis and evaluation of 5-substituted (thio)barbiturates as proteasome inhibitors for cancer therapy. Experiência Profissionalizante na vertente de Farmácia Comunitária, Hospitalar e Investigação”. K

6 A Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de organizar a International Doctorate Students Conference + Lab Workshop in Civil Engineering) – STARTCON19, que decorreu de 26 a 28 de junho e permitiu juntar dezenas alunos de Doutoramento em Engenharia Civil, investigadores e empresas. A iniciativa, inédita na instituição, permitiu aos estudantes apresentarem os resultados dos trabalhos de investigação em curso, além de terem participado num workshop onde produziram novos materiais de construção à base de resíduos, que não gastam água potável, absorvem, endurecem e capturam CO2 e que podem ser utilizados em toda a indústria de pré-fabricação. Esta

UBI

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é uma das áreas a que a UBI se tem dedicado e conquistado prémios internacionais. No Curso de Doutoramento em Engenharia Civil da UBI desenvolve-se investigação científica e tecnológica original, consistente e rigorosa, com impacto muito relevante em algumas das maiores questões ambientais que afetam o Planeta, como o aumento da produção e acumulação de resíduos industriais, a escassez crescente de água e energia e a alteração do clima. “Desta forma, tem tido elevada procura nacional e internacional, atestada pelo número de trabalhos apresentados nesta conferência internacional, cuja próxima edição será realizada já em 2020”, segundo a organização do STARTCON19. K


Doutoramentos e mestrados

Évora com mais candidatos

Licenciaturas

Évora com mais vagas a concurso 6 A Universidade de Évora tem disponíveis 1246 vagas, mais 25 que o ano passado, para a primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, informou em nota enviada ao Ensino Magazine. A candidatura ao Ensino Superior Público é realizada exclusivamente através do sistema online disponibilizado no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). A Universidade de Évora dispõe de um Gabinete de Acesso ao Ensino

Superior (GAES) que disponibiliza apoio em todo o processo de candidatura, orientando os estudantes nesta fase. O GAES da UÉ possui, um espaço com equipamento informático e técnicos de apoio, para submissão de candidatura online. A 1.ª fase de candidaturas ao CNAES decorre até 6 de agosto; a 2.ª fase prolonga-se de 9 a 20 de setembro, ao passo que a 3.ª e última fase tem lugar entre os dias 3 e 7 de outubro. K

Universidade de Évora

Paulo Vieira ganha prémio 6 Paulo Vieira, investigador do Laboratório de Nematologia (NemaLab) do ICAAM da Universidade de Évora (UÉ), foi galardoado com o prémio Syngenta, atribuído pela Society of Nematology dos EUA, juntamente com a companhia Syngenta. O prémio vem destacar toda a investigação realizada pelo premiado ao longo da sua “jovem carreira”, atualmente focado “no estudo da interacção molecular/ celular entre nematodes fitoparasitas e os seus hospedeiros, nomeadamente em estudos funcionais de nematodes endoparasitas migratórios.” Como aluno de mestrado, Paulo Vieira, trabalhou na área da taxonomia do nemátodo da madeira do pinheiro, um patogénico altamente invasivo de florestas de pinheiros, dedicando-se ao estudo da diversidade molecular intraespecífica desses nematoides. Já no doutoramento na Université de Nice Sophia-Antipolis, França, o investigador dedicou-se ao estudo das interações entre células de plantas nematoides, integrando a equipa de investigadores que analisou os genes co-

nhecidos de cellhydrolase identificados em várias espécies de nematóides parasitas de plantas, confirmando o papel de múltiplas transferências horizontais de genes e duplicações como vetores primários do parasitismo de plantas em nematoides. Este prémio internacional destaca o percurso de jovens investigadores na área da Nematologia, um ramo da Ciência que estuda o mais numeroso grupo de animais (metazoários) do planeta, animais microscópicos (cerca de 1 mm) de forma alongada fusiforme, e que inclui cerca de 5 000 espécies parasitas das plantas. K

6 Os resultados da 1ª e 2ª fase de candidaturas a Mestrados, Doutoramentos e Pós-graduações na Universidade de Évora confirmam a tendência de crescimento dos últimos anos, informou a instituição. De acordo com a Universidade de Évora, “o número global de candidatos aumentou 30% em relação à média dos últimos quatro anos, sendo de salientar que no 1º ciclo e nos Mestrados Integrados, o número de candidatos internacionais aumentou perto de 80%”. Na mesma nota, a UÉ diz que este interesse “é justificado em parte pelo esforço de divulgação que tem sido feito nos últimos anos, seja ao nível do território nacional, através de uma forte presença em escolas e feiras dedicadas, seja ao nível internacional, pela presença em plataformas digitais e em certames de referência dedicados à educação, bem como pelo estabelecimento de múltiplas ligações com outros países e insti-

tuições. A esta dimensão soma-se ainda a criação de serviços dedicados ao estudante, resultado do contínuo desenvolvimento de mecanismos internos que potenciam um melhor atendimento aos candidatos e uma maior proximidade com os alunos”. Para este aumento da procura tem contribuído ainda, segundo Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora, “a estratégia da instituição, focada na contínua inovação ao nível da oferta forma-

tiva e, por outro lado, a permanente construção de pontes ao nível regional, nacional e internacional”. A 3ª fase de candidaturas arranca já a 23 de julho, com vagas para estudantes internacionais ainda disponíveis nalguns cursos. Mais de 1200 vagas para Licenciaturas e Mestrados Integrados estão disponíveis através do Concurso Nacional de Acesso, a decorrer entre 17 de julho e 6 de agosto. K

Encontro Ibérico

Forças armadas na UÉ 6 O 1.º Encontro Ibérico sobre “Forças Armadas: Direitos Sociais dos Cidadãos em Uniforme”, co-organizado pelo Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade de Évora (CICS.NOVA UÉvora) e a Secção Temática Segurança, Defesa e as Forças Armadas da Associação Portuguesa de Sociologia, decorreu dia 19 de julho, no Palácio do Vimioso da Universidade de Évora. Em nota enviada ao nosso jornal, a Universidade revela que o evento pretendeu “aprofundar o conhecimento sobre a situação atual e perspetivas referentes aos Direitos Sociais dos Cidadãos em Uniforme em Portugal e Espanha, designadamente no âmbito do associativismo socioprofissional e do sindicalismo militar”, adiantou a organização, que contou para tal, com a participação do Juiz Conselheiro Jubilado, António Bernardo Colaço, do Presidente da Associação Nacional de Sargentos e dirigente da Euromil, António Lima Coelho e, o Secretário-geral da Asociación Unificada de Militares Españoles (AUME), Iñaki Unibaso. Citado na mesma informação, o presidente da Associação Nacional de Sargentos e dirigente da Euromil, António Lima

Coelho, recordou que o Comité Europeu de Direitos Sociais reconheceu em 2018 os direitos sindicais a todos os membros das Forças Armadas dos países europeu, defendendo a criação em Portugal de um sindicato militar à semelhança do que acontece em países como a Suécia ou Dinamarca, reforçando a ideia que o sindicalismo não coloca em causa o cumprimento das missões militares. A ideia foi igualmente defendida pelo Juiz Conselheiro Jubilado, António Bernardo Colaço, destacando aqui que o sindicalismo militar é hoje, “uma realidade em diversos países europeus e de tal forma, os militares portugueses deverão ter direito ao sindicalismo.”

“Queremos ter direitos plenos como cidadãos, exigimos respeito e reconhecimento pela carreira profissional”, salientou neste primeiro encontro ibérico o secretário-geral da Asociación Unificada de Militares Españoles (AUME), Iñaki Unibaso, explanando a situação atual deste assunto no país vizinho. Recorde-se que a Constituição da República Portuguesa reconhece “a possibilidade da restrição legal dos direitos, liberdades e garantias fundamentais apenas nos casos nela expressamente previstos, devendo essas restrições limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos”. K

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UNIVERSIDADE ENSINO MAGAZINE

Évora e Infarmed juntos

No vigiar está o ganho! 6 A nova Unidade Regional de Farmacovigilância do Centro e Norte Alentejano foi apresentada, no dia 16 de julho, na Universidade de Évora. Esta nova entidade resulta da assinatura de contrato de prestação de serviços com o INFARMED, em que a Universidade de Évora assume o compromisso de desenvolver serviços técnicos especializados, no âmbito do Sistema Nacional de Faramacovigilância, para cobertura da área do Centro e Norte Alentejano. Para Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, “este é um caso claro de ligação com a região e com país, conciliando uma necessidade identificada numa região com desafios enormes, com o Know How, massa crítica e capacidade científica da Universidade de Évora”, considerando que as Instituições de Ensino Superior têm hoje inúmeras pontes construídas que beneficiam directamente as populações”, muito para além da

Universidade de Évora

disponibilização de cursos. A UÉ tem vindo a celebrar “parcerias e projectos um pouco por todo o território nacional” estando em causa “a Ciência ao serviço da sociedade” recordou Ana Costa Freitas, não esquecendo que a UÉ está iserida “na mais vasta e desertificada região de Portugal, o que nos responsabiliza de sobremaneira”. Neste sentido, aponta ainda que, “tudo o que possamos fazer por esta

região é pouco, tantos que são os desafios. Daí o apelo permanente da Universidade de Évora à cooperação, à união de esforços entre entidades competentes e ao escutar atento e ao envolvimento da sociedade civil”, congregando os diversos saberes, experiências e competências, “ficaremos mais perto de um país mais justo, em que o território é tratado como um todo e não como a mera soma das partes”. K

Ambiente junta Algarve e Alentejo 6 As Jornadas MED realizaram-se no Pólo da Mitra da Universidade de Évora (UÉ), no final de junho, tendo como tema central apresentar as oito linhas temáticas definidas para o novo centro “Mediterranean Institute for Agriculture, Environment and Development” (MED), reunindo investigadores do Algarve e do Alentejo. Para Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, este é um momento “muito relevante” não apenas para a Universidade mas para o próprio país. “As expetativas são altas, tão altas quanto os objetivos a que esta unidade se propõe” sublinhou ainda a reitora da UÉ. Com investigação na área do Olival e Azeite Português; Viticultura e Enologia; Horticultura; Produção e Saúde Animal; Montado; Agricultura Irrigada; Biodiversidade e Dinâmica Rural e Governança, esta unidade de investigação “é uma absoluta novidade” sublinhou ainda a reitora da UÉ, ao recordar ter sido a primeira vez que

a FCT considerou candidaturas de unidades de investigação na área temática de Estudos do Mediterrâneo: Sistemas Agro-Alimentares, Água e Recursos Energéticos e Património. De referir que nos últimos anos a Universidade de Évora tem vindo a estruturar a sua atividade em torno de áreas âncora, onde Agricultura, Alimentação e Ambiente, e o Mediterrâneo, no sentido mais lato, ocupam um lugar central. “Há muito que dedicamos a nossa especial atenção, investigando e desenvolvendo tecnologia, a áreas estratégicas tradicionalmente definidoras do mediterrâneo, como a vinha, o olival ou o montado, e os seus produtos, o vinho, o azeite e a cortiça, bem como a todos os ecossistemas relacionados” concluiu Ana Costa Freitas. A importância que o MED irá assumir a nível regional mas também a nível europeu, por ser uma área que enfrenta importantes desafios foi igualmente realçado por Teresa Pinto Correia, diretora do ICAAM. K

Sustentabilidade turística

Alunos de arquitetura

Prémios para Évora

Algarve em projeto de âmbito europeu

6 O Departamento de Arquitectura da UÉvora (DArq) obteve quatro prémios no IX Concurso Steelcase Ibérico de Arquitectura para estudantes, numa edição cujo mote foi “Cria um espaço de trabalho para uma Startup”, informou a instituição em nota enviada ao Ensino Magazine. A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar no passado dia 27 de Junho na sede da Steelcase Espanha, em Madrid, contando com a presença dos alunos premiados, docentes, elementos do Júri e do

6 A Universidade do Algarve integra o projeto europeu “TrailGazersBid - An analytical & technical framework to measure returs from trail investment”, que tem como objetivo avaliar os impactos socioeconómicos do investimento em infraestruturas que podem contribuir para o desenvolvimento sustentável de pequenas comunidades rurais, aumentando o número de turistas e protegendo, simultaneamente, o património natural e cultural que o visitante irá desfrutar. O projeto, financiado pelo Fun-

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presidente da Steelcase Espanha/ Portugal, Alejandro Pocina Díaz e de Teresa Vendeirinho, da Steelcase Portugal. Os premiados são alunos finalistas do Mestrado Integrado em Arquitectura da Escola de Artes da UEvora: Marta Oliveira (3ºprémio), Gabriel Mateus e Wilson Marques (menção honrosa); Gonçalo Barão e Rafael Gonçalves (menções honrosas) e Nour MacHlah, com prémio do público. A Escola de Artes da UÉvora foi a escola Ibérica com mais

prémios na nona edição deste prestigiado concurso de arquitectura para estudantes. O júri foi constituído por Jorge Mealha (FAUL); Josemaría Manzano, Director da Escuela Técnica Superior de Arquitectura da Universidad de Granada, e por Cesar Ruiz Larrea (E.T.S.A.M). Os trabalhos apresentados pelos alunos do DArq foram realizados no âmbito da unidade curricular de Projecto Avançado IV, cujos docentes são João Soares, Daniel Jimenez e João Rocha. K

do Europeu de Desenvolvimento Regional através do Programa Interreg Espaço Atlântico, envolve 10 parceiros de diferentes regiões da Irlanda, Reino Unido, Espanha, Portugal e França. A equipa de investigadores da Universidade do Algarve integra o Centro de Investigação em Turismo, Sustentabilidade e Bem-estar (CinTurs), que recentemente obteve a classificação global de “Muito Bom” na nova avaliação levada a cabo pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). K


Para fins científicos e didáticos

Aveiro recolhe cadáveres de répteis 6 A Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia (DBio) da Universidade de Aveiro está a desenvolver um projeto científico na área da Herpetologia que envolve a participação da sociedade civil, pelo que solicita a colaboração de qualquer cidadão que encontre um cadáver de um réptil (ex: lagarto, cobra, cágado), com incidência na área geográfica da Ria de Aveiro. Quem encontrar cadáveres de répteis e quiser colaborar, deve contactar os serviços para a recolha ou enviando uma fotografia do mesmo para o email wildlife@ua.pt, com a data, local e nome do coletor/ob-

UTAD no projeto da Eurorregião servador. Caso o cidadão observe um réptil vivo, pode também enviar uma fotografia para o mesmo email, com a respetiva localização e data. K

Universidade sem fronteiras 6 As seis universidades da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal acabam de lançar o projeto ‘Universidades sem fronteiras’ (UNISF), que visa consolidar o espaço transfronteiriço de ensino superior e de investigação da Eurorregião, através de várias iniciativas, sendo a mais emblemática a que visa a criação de dois títulos conjuntos de mestrado, e outros dois de doutoramento, nos que

participarão diversos departamentos das universidades que conformam o consórcio. A reunião para lançamento do projeto decorreu a 11 de julho, em Braga, na Universidade do Minho, que coordena, com a participação de todas as instituições, tendo a UTAD sido representada pelo vicereitor para o Planeamento e Internacionalização, Artur Cristóvão. O projeto agora apresentado

centra-se na melhoria das capacidades das universidades na criação de programas de estudos inovadores, cooperativos, mais criativos e com uma componente transfrontriça e multidisciplinar. Envolve as universidades de Trásos-Montes e Alto Douro, Minho, Porto, Corunha, Santiago de Compostela e Vigo, as fundadoras da Fundação Centro de Estudios Eurorregionais. K

Ranking de Shanghai

Minho no top 75 do ranking de Shangai 6 A Universidade do Minho alcançou a sua melhor classificação nas áreas da Engenharia Civil e da Ciência e Tecnologia Alimentar, integrando o top 75 mundial das instituições de ensino superior, revela o Ranking de Shanghai. Os resultados mostram ainda que, a nível nacional, a UMinho é a universidade com a classificação mais elevada nas áreas da Biotecnologia (top 200 a nível mundial) e da Psicologia (top 300 a nível mundial).

A academia minhota marca também presença no top 150 na área da Engenharia Biomédica e no top 300 nas Ciências e Engenharia de Materiais. Surge ainda referida no top 400 nas áreas da Economia, Educação, Engenharia Química, Engenharia Mecânica e Nanociência e Nanotecnologia. No top 500 aparece citada nas áreas das Ciências Agrárias, das Ciências Biológicas Humanas, da Engenharia e Ciências da Computação, da Física e, ainda, da Saúde Pública. K

Algarve premeia médias altas

17 garante isenção de propinas 6 Os alunos que tenham terminado o ensino secundário com a classificação igual ou superior a 17 valores e que se candidatem à Universidade do Algarve, em primeira opção, passam a ter bolsa de excelência garantida. Com esta iniciativa, que pagará integralmente a propina do 1.º ano,

fixada em 871,52 euros, a Academia algarvia, com o apoio de mais de 40 empresas, pretende motivar os melhores alunos para que prossigam a sua formação nesta Academia, facultando-lhes um ensino de qualidade, ao mesmo tempo que premeia o mérito escolar. K

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Rui Gama toma posse 6 Rui Gama acaba de tomar posse como diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) em cerimónia realizada na Sala do Senado. Citado pela própria universidade, o docente refere que “para responder aos desafios sociais e às oportunidades das novas tecnologias, é preciso começar por refletir sobre o fator humano. E isso é precisamente aquilo que uma Faculdade como a de Letras

procura fazer diariamente”. Para aquele responsável, os desafios são vários: “o ensino e a forma de ensinar, a investigação e as novas áreas científicas estratégicas que deveremos privilegiar, e os recursos humanos, docentes e não docentes, como oportunidades a valorizar”. Na mesma notícia publicada no site oficial da Universidade, Rui Gama garantiu que vai “conti-

nuar as transformações que têm vindo a ser concretizadas” e, ao mesmo tempo, o foco vai ser “de encontrar soluções para mobilizar os e as estudantes para um envolvimento ainda mais ativo nas atividades de ensino-aprendizagem e na vida da Faculdade”. A requalificação dos espaços físicos foi outro dos desafios apontados pelo diretor da FLUC para o biénio que agora inicia. K

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Schreiber Foods e ESALD

Saúde e bem estar para os funcionários

Nas 28 licenciaturas

IPCB abre mais vagas 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) já tem definido o número de vagas para os cursos de licenciatura que vai disponibilizar aos candidatos ao ensino superior. No total são 1010 lugares distribuídos pelas 28 licenciaturas que são ministradas nas suas seis escolas. A instituição diz que o aumento de vagas disponíveis “faz-se sentir, fundamentalmente, no âmbito das formações em competências digitais, onde são disponibilizadas 80 vagas para a licenciatura em Engenharia Informática e 40 vagas para a licenciatura em Tecnologias da Informação e Multimédia”. Em nota enviada ao Ensino Magazine, o Politécnico esclarece que este “aumento vai ao encontro da

proposta do governo de as instituições localizadas em regiões com menos população poderem aumentar as vagas nestas áreas até 5%”. Para além dos cursos de licenciatura, o IPCB tem também disponíveis 460 vagas para os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP’s). Destas 40 são destinadas aos CTEsP’s em Comunicações Móveis e em Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação que, numa parceria entre o IPCB e a Câmara Municipal do Fundão, a multinacional Altran e a Escola Profissional do Fundão, vão funcionar no Fundão. Os estágios curriculares destes cursos serão realizados na multinacional Altran.

No total o IPCB apresenta 20 CTEsP’s, distribuídos pela Escolas Superiores Agrária, Artes, Educação, Gestão e Tecnologia. As candidaturas a estes cursos encontram-se abertas até dia 2 de setembro. Ao nível dos mestrados e das pós-graduações, o IPCB apresenta várias ofertas nas suas seis escolas, estando as candidaturas abertas até ao dia 4 do mesmo mês. A instituição esclarece, contudo, que para as pós-graduações em regime de ensino a distancia, as candidaturas estão abertas até dia 8 de setembro. Todos os processos de candidatura são feitos online no site da instituição. K

6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESALD) e a Schreiber Foods Portugal iniciaram uma colaboração com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores da empresa em Castelo Branco. Em nota de imprensa, o Politécnico refere que “esta colaboração foca-se na área da saúde ocupacional e surge por iniciativa da empresa que identificou a necessidade de responder às carências dos seus cerca de 160 colaboradores, alguns já com muitos anos de trabalho e com alguns problemas músculo-esqueléticos”. O Politécnico explica que para responder àquele objetivo foi concretizada a colaboração com a ESALD, através da sua Clínica Pedagógica, que passou

por disponibilizar semanalmente serviços de fisioterapia personalizados que são prestados nas instalações da Schreiber Foods. Esta colaboração é assegurada por uma fisioterapeuta da Clínica Pedagógica com apoio dos docentes da área de fisioterapia. O acordo intervém também na área da Saúde Ocupacional/ Ergonomia, onde uma docente da licenciatura em Fisioterapia irá analisar um dos novos equipamentos da empresa, com o objetivo de propor soluções que minimizem o risco de lesões músculo-esqueléticas. Este trabalho envolve um grupo de alunos de fisioterapia, no âmbito de uma Unidade Curricular de Saúde Ocupacional e um ergonomista da Schreiberfoods, do departamento de Segurança. K

Estudantes internacionais no IPCB

Mais de mil candidatos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco teve 943 candidatos na primeira fase de candidatura e 573 na segunda, tendo-se matriculado 321 alunos da primeira fase, e sido selecionados 99 da segunda, de acordo com a informação prestada pelo IPCB. O presidente do Instituto Politécnico, António Fernandes, mostra-se satisfeito com os números que “colocam o Politécnico de Castelo Branco nos lugares cimeiros das Instituições de Ensino Superior Portuguesas com maior procura a nível internacional”. O IPCB adianta que em 2017 ingressaram na instituição 151 novos estudantes, enquanto que em 2018 esse número foi de 230. De referir que para apoiar as candidaturas aos diferentes cursos e nas diferentes formas de entra-

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da ao ensino superior, o IPCB criou um Gabinete de Acesso ao Ensino Superior, localizado no edifício dos Serviços Centrais. Aqui serão prestados os esclarecimentos necessários quer

para efetuar as candidaturas ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, aos Cursos Técnicos Superiores Profissionais, Mestrados e Pós-graduações da instituição. K

Docente da ESART

Exposição sobre espaços improváveis 6 A Fábrica da Criatividade tem patente desde o passado dia 19 a exposição “Espaços possíveis, mas improváveis: Do espaço imaginado à joia materializada”, da autoria de Mónica Romãozinho, docente e investigadora da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Em nota de imprensa, o Politécnico de Castelo Branco revela que “nesta exposição é apresentado ao público um projeto de investigação que parte da experimentação em torno de arquiteturas assimé-

tricas inspiradas pela natureza e pela capacidade de se metamorfosear”. O projeto, inserido num pós-doutoramento em Design, desenvolvido na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa / CIAUD, tem como objetivo aprofundar o caráter da joalharia enquanto extensão da nossa personalidade, da nossa identidade, explorando a conexão entre joia e a casa, um espaço íntimo que não nos confina a uma organização sempre igual e que nos dá liberdade para manipular os seus espaços. K


Espaço abertos a alunos do IPCB e da região

Abriu a Fábrica da Criatividade! SF - UTAD H

João Petrica conclui agregação T João Manuel Patrício Duarte Petrica, docente da Escola Superior de Educação do IPCB, concluiu as Provas de Agregação em Ciências do Desporto na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). João Petrica é docente da ESECB – IPCB desde outubro de 1986, onde é o atual coordenador da Unidade de Investigação SHERU - Sport, Health & Exercise Research Unit e coordenador do mestrado em Atividade Física. É doutor em Ciências Sociais e Humanas - Educação Física e Desporto pela UTAD, mestre em Ciências da Educação - Metodologia da Educação Física e licenciado em Educação Física e Desporto pela Universidade Técnica de Lisboa. K

Agrária do IPCB premiada T A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi premiada no evento “Biodiversidade e Agricultura, uma aliança necessária: 10 anos de Operation Pollinator”, como uma das entidades pioneiras na implementação do Operation Pollinator em Portugal. O prémio foi recebido pela docente da ESACB-IPCB Ofélia Anjos, que desenvolveu neste projeto atividades de análise a pólenes provenientes de ninhos de polinizadores, de forma a perceber quais as espécies visitantes. A empresa Syngenta - empresa mundial no setor agrícola, foi a responsável pela atribuição deste prémio, numa cerimónia que juntou várias dezenas de profissionais na Feira Nacional de Agricultura em Santarém, num debate sobre este tema. K

IPCA forma mentores T O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) tem abertas as candidaturas para o o Programa de Mentoria InIPCA, que visa promover uma integração saudável, proactiva e, simultaneamente, contribuir para o sucesso académico dos estudantes que ingressam pela primeira vez num curso de licenciatura. Trata-se de um programa de mentoria por pares (de estudantes para estudantes), em que o mentor assume um papel fundamental no desenvolvimento interpessoal dos mentorandos (novos estudantes). K

6 Chama-se Fábrica de Criatividade e pretende ser um espaço aberto a projetos inovadores na área das artes, uma porta de acolhimento de ideias inovadoras que os alunos da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (Esart) podem bem aproveitar, tal como sucede com todos os alunos de outras escolas, artistas e associações. O investimento de mais de dois milhões de euros neste espaço de 2500 metros quadrados traduz-se já em “mais de 3000 visitas, em 34 projetos instalados e 70 pessoas registadas que o utilizam regularmente”, explicou o presidente da autarquia, Luís Correia. A Fábrica da Criatividade resulta de uma reconversão de uma antiga fábrica de confeções, que foi adaptada pelo gabinete de arquitetura de Mário Benjamim, e que possui diferentes espaços e áreas de trabalho independentes, possuindo também um auditório com bancada amovível. A funcionar há alguns meses, foi inaugurada, no passado dia 19 de julho, pelo Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que vê neste espaço um excelente instrumento de dinamização artística e económica. “Em Castelo Branco temos a Escola Superior de Artes Aplicadas que produz talento e a capacidade de encontrarmos na cida-

de espaços que permitem experimentar. Por isso esta fábrica é importante (…) espero que aqui surjam ideias que possam levar a outros territórios”, disse. O governante lembraria ainda que “as pessoas gostam de estar nos sítios onde as coisas acontecem. E uma cidade que abraça os criadores e lhes dá espaços é uma cidade que se abre ao mundo”. Já o autarca referiu que esta é uma “infraestrutura que terá uma forte ligação ao Centro de Empresas Inovadoras, de forma a impulsionar o empreendedorismo nas áreas criativas”. Luís Correia explicou que

Castelo Branco é “a terceira maior fábrica de músicos do país (aludindo à Esart e ao Conservatório). Com este equipamento que renasceu de uma antiga fábrica de confeção têxtil viemos reforçar o nosso ecossistema empreendedor. A concretização desta infraestrutura demonstra a nossa preocupação em seguir uma política consistente e coesa que procuramos fazer, sem mediatismos nem imediatismos, e comprovamos que a dinamização económica e cultural, com vista ao incremento da competitividade e da modernização, são prioridades do município, mas, mais importante do que isso,

mostramos que não construímos castelos no ar”. No entender do presidente da Câmara, “esta fábrica pretende ser uma plataforma de concertação de várias valências, que estimula a cooperação entre as diversas áreas de produção artística: artes performativas, artes plásticas, design, artes digitais e moda. Tal como uma fábrica industrial, este equipamento permitirá produzir produtos ao nível das indústrias criativas prontos para entrar no mercado”. Deste modo, diz, “mostramos um Castelo Branco mais moderno, uma terra de oportunidades, neste caso, virada sobretudo para os jovens”. K

IPCB mostra projeto

Inovação no Fórum internacional 6 Uma equipa de investigadores do projeto STAI.Bin - Sistema Tecnológico de apoio à promoção e avaliação do impacto social, económico e ambiental do circuito curto SmartFarmer.pt na Beira Interior, participou na Oficina de Políticas Públicas Locais para a Sustentabilidade Alimentar, que decorreu em Monsanto no dia 20 de julho. A equipa constituída pelos docentes do Politécnico de Castelo Branco Alexandre Fonte (Escola Superior de Tecnologia), Ana Cruz (Escolas Superior de Gestão de Idanha-a-Nova) e Deolinda Alberto (Escola Superior Agrária), aproveitou o evento para apresentar o projeto, o qual visa diagnosticar problemas e necessidades, expetativas e potencialidades dos produtores e

consumidores coletivos face às relações de produção e consumo de produtos agroalimentares no território da Beira Interior.

Este projeto pretende ainda apoiar a divulgação e promover a adesão à plataforma SmartFarmer no território da Beira Interior

- plataforma eletrónica de potencialização das relações de comercialização, consumo e sociais de base local, constituindo assim uma estratégia de proximidade com as pessoas no seu território. A oficina, integrada no FISAS Fórum Internacional Territórios Relevantes para Sistemas Alimentares Sustentáveis, pretendeu ser um espaço para apresentação e discussão de boas práticas de políticas públicas locais para a promoção de sistemas alimentares sustentáveis. Foi igualmente discutida a “construção de mecanismos multi-atores para a governança dessas políticas e a sua relação com estruturas de governança noutros níveis territoriais, nomeadamente, com os Conselhos Nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional dos Estados-Membros da CPLP”. K

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Portalegre

BioBip internacional Através do centro Valoriza

Portalegre investiga para NASA 6 O Instituto Politécnico de Portalegre está a participar, através do centro de investigação Valoriza, num estudo do observatório da NASA, informou a instituição em nota enviada ao nosso jornal. O estudo, divulgado no mês de julho, pelo Earth Observatory da NASA, teve em conta um artigo de investigação De Eric Vaz, investigador integrado do Valoriza, Centro de Investigação para a Valorização de Recursos Endógenos do Politécni-

co de Portalegre que examinou as mudanças nos manguezais de Mumbai desde a década de 1970. Neste estudo, imagens de satélite da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) compararam como a cobertura de mangue no córrego Thane ou o Santuário Flamingo de Mumbai mudou nas últimas três décadas. As duas imagens justapostas - uma capturada em 1988 e outra em 2017 - mostram como o

desenvolvimento urbano invadiu os manguezais na porção norte do córrego e o aumento na área do aterro de Deonar comeu na porção sul do córrego, resultando na destruição de manguezais na floresta reservada. O Investigador concluí que se têm visto fortes declínios nos mangues do Mumbai nas últimas décadas. De todo o sistema de manguezais da Área Metropolitana de Mumbai, 36% foram perdidos e convertidos em áreas urbanas desde 1973. K

6 A BioBIP, incubadora de base tecnológica do Politécnico de Portalegre, participou no IV Fórum de Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização do ProInter BIO – Programa de Desenvolvimento Tecnológico e internacionalização realizado no Rio de Janeiro, informou a instituição em nota enviada ao nosso jornal. Artur Romão, pró-presidente do Politécnico e Portalegre, para o Empreendedorismo e Emprego do Politécnico de Portalegre, apresentou a incubadora de empresas por vídeo-conferência, no painel Gate Prointer Bio – Rede de parceiros a favor da internacionalização e na rodada de negócios.

O ProinterBio é um programa do Sebrae Rio lançado em 2015, com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico e a internacionalização das micro e pequenas empresas inovadoras e de alto impacto em bioeconomia do Estado do Rio de Janeiro (Brasil), nos setores da saúde humana e animal, meio ambiente, cosméticos, alimentos, atividades agrícolas e soluções de problemas globais. O Politécnico de Portalegre procura através desta participação e do estabelecimento de protocolos de cooperação específicos favorecer o processo de internacionalização das empresas incubadas na BioBIP. K

Portalegre no Intensive Programme

Aprendizagem inovadora Economia circular em Portalegre

Maratona mostra ideias 6 A Mostra de Economia Circular que integrou também a segunda Maratona Nacional de Projetos de Economia Circular, decorreu a 4 e 5 de julho, no Campus Politécnico de Portalegre. AQ iniciativa contou com a presença do Secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde. Esta iniciativa teve como ob-

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jetivo principal divulgar projetos relacionados com a Economia Circular, apresentados por empresas, pela comunidade académica e por organismos públicos. O Politécnico de Portalegre e os restantes parceiros do projeto ECO2CIR, cofinanciado pelo FEDER, através do programa Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP) tam-

bém estiveram presentes e apresentaram os trabalhos que estão a ser desenvolvidos no âmbito da economia circular. O programa do dia 4 de julho contou ainda com a apresentação dos resultados de um estudo sobre Resíduos de Construção e Demolição (RCD), a cargo do Secretário de Estado do Ambiente. K

6 O Campus Politécnico de Portalegre acolheu, desde o dia 30 de junho até ao dia 7 de julho, o II Intensive Programme, no âmbito do projeto 3 Economy +, cofinanciado pelo programa ERASMUS. O projeto 3 Economy + é liderado pela Universidade de Granada e conta com a Universidade de Malta e com o Politécnico de Portalegre, como parceiros. Tem como objetivo desenvolver e implementar módulos inovadores de aprendizagem e estágios internacionais, bem como o intercâmbio de estudantes de excelência entre as três ins-

tituições, nas três principais subáreas de Gestão, Turismo e Marketing. Entre as várias iniciativas que constavam do programa, destacam-se três “master classes” e três “summer courses”, uma exposição de posters, uma reunião de gestão do projeto e várias visitas culturais pelo distrito, incluindo Marvão, Castelo de Vide, Crato, Campo Maior e Elvas. O Projeto integra ainda uma componente de responsabilidade social, visando facultar a possibilidade de formação de excelência nas áreas identificadas a alunos carenciados. K


VII Encontro Politécnico de Leiria + Indústria

53 bolsas e mestrados+ este ano 6 No próximo ano letivo sobe para 39 o número de empresas que patrocinam 53 bolsas Politécnico de Leiria + Indústria a estudantes das Escolas do Politécnico de Leiria, além de avançar o programa Mestrados + Inovação, que inclui o apoio financeiro das empresas a estudantes que desenvolvam projetos relevantes, bem como o programa de ‘labelling’ e remodelação de quartos nas residências de estudantes, em que as empresas ajudam financeiramente para a criação de melhores condições. A garantia foi deixada no VII Encontro Politécnico de Leiria + Indústria, evento organizado pelo Politécnico de Leiria, em parceria com a Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI) e a Associação Nacional de Indústria de Moldes (CEFAMOL), e cuja atividade comum para o próximo ano visa o alargamento do impacto do protocolo a todas as Escolas, o aumento do número de bolsas e empresas envolvidas, o alargamento da possibilidade da aproximação das empresas

a outras formas de apoio, e o aumento da interação dos estudantes que recebem as bolsas com as empresas que os apoiam. Na cerimónia, realizada na Matinha Grande, o presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, sublinhou a relevância

Protocolo assinado

Leiria e Alcobaça juntos pelo saber 6 O Politécnico de Leiria e o Município de Alcobaça assinaram, no passado dia 17 de julho, um protocolo de cooperação. O acordo pretende promover o estudo de caracterização e desenvolvimento de soluções de acessibilidade na infraestrutura pedonal na União das Freguesias de Alcobaça e Vestiaria e São Martinho do Porto,

bem como ao nível da mobilidade urbana na cidade de Alcobaça. O acordo prevê ainda a adoção de medidas de inclusão de cidadãos com mobilidade condicionada, a indicação de medidas de correção relativamente às situações identificadas e a introdução de melhorias no sistema de transportes. K

de ter cada vez mais o conhecimento ao serviço da sociedade. “É muito importante atrair e reter talento para garantir a grande competitividade que existe entre os territórios. Como tal, importa destacar quatro pontos: o ensino de qualidade, a qualidade de vida deste ter-

ritório, a segurança e a cultura”, salientou. João Faustino, presidente da Cefamol, demonstrou o seu agrado pelo envolvimento neste projeto em 2013. “Passámos de sete bolsas no primeiro ano para 41 bolsas em 2018 e de sete empresas para 33, o que equivale a

um investimento líquido de 150 mil euros, e claro, à força de vontade”, referiu, sendo seguido por António Poças, presidente da Nerlei, para quem “o alargamento das bolsas a todas as áreas de formação do Politécnico de Leiria potencia robustez e flexibilidade, que podem ajudar na resolução de dificuldades que as empresas possam ter”. Ana Sargento, vice-presidente do Politécnico de Leiria, mostrou os principais resultados do protocolo Politécnico de Leiria + Indústria relativos a 2018/2019. A parceria entre as três entidades resultou no último ano letivo na realização de mais de 60 visitas de estudo e 2.793 estágios, mais de 260 seminários e aulas abertas com oradores das empresas, e mais de 140 projetos de licenciatura e mestrado aplicados a empresas. Ao nível da partilha e valorização do conhecimento, foram aprovados 15 novos projetos que envolvem empresas e que representam 22 milhões de euros, e 73 novos contratos de prestação de serviços adjudicados, que equivalem a 850 mil euros. K

Saúde e atividade física

IPLeiria lança App 6 O Instituto Politécnico de Leiria acaba de apresentar a plataforma MOVIDA – MOnitorização da atiVIDAde física. A aplicação implementa um programa de eHealth na comunidade, prescrevendo atividade física e monitorizando o progresso do utilizador: a atividade física prescrita é individualizada, como se de uma receita se

tratasse, e é recebida na app do utilizador, para que a possa realizar de uma forma acompanhada. A plataforma é constituída por uma interface web de prescrição – dinamizada por profissionais de saúde –, e por quatro aplicações móveis (vocacionadas para a reabilitação cardíaca, doenças crónicas, hábitos de

vida saudáveis e monitorização de rotinas), sendo que a comunicação entre as app e a interface é completamente autónoma: a realização ou não cumprimento do exercício proposto é registada na plataforma do prescritor, assim como este pode fazer alterações à prescrição, que ficam imediatamente disponíveis na app do utilizador. K

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Politécnico de Castelo Branco

Mecenato com acordos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) assinou seis protocolos de mecenato com empresas na área da Engenharia Civil, com o objetivo de promover a atração de estudantes para a área e o reforço da cooperação institucional. Em nota enviada ao Ensino Magazine, o IPCB começa por explicar que “a captação de recursos e de instrumentos que permitam responder de forma cabal aos novos desafios foi o mote para o estabelecimento de parcerias com empresas públicas e privadas, consolidadas e fortemente implementadas na região, dispostas a dinamizar e incrementar o mercado da construção civil e das infraestruturas”. António Fernandes, presidente do IPCB, destacou o papel dos mecenas da Instituição, considerando que “o Politécnico reconhece, assim, publicamente, através desta cerimónia, a generosa contribuição destes mecenas para que novos alunos possam ver garantido o seu futuro, reforçando a proximidade e colaboração do IPCB com o tecido empresarial, neste caso do setor da Construção Civil e Obras Públicas”.

A assinatura daqueles protocolos permite, no entender do Politécnico, reconhecer a importância do estabelecimento de parcerias de futuro entre a instituição e as empresas, neste caso com algumas das empresas mais dinâmicas da região, o que lhes irá permitir no futuro, dispor de profissionais ativos no desenvolvimento da área da construção. Os protocolos, com a duração de quatro anos, foram assinados nos Serviços Centrais e da Presidência do IPCB com a presença do presidente do IPCB, António Fernandes, dos representantes das empresas, Adelino José Caio Minhós, sócio gerente das Construções Beira Baixa, Lda.; Sílvia Santos, representante da Administração da Diamantino Jorge & Filho SA; Gil Barata Duarte, sócio gerente da DUAFAR - Construção Civil e Obras Públicas, Lda.; João Filipe Antunes Paiva, proprietário da J.F. Antunes Construções e João Alves Rente, representante da gerência das empresas Valamb, Lda. e Garfive Lda (Valamb/Garfive). Está ainda agendada a assinatura de um novo protocolo com a empresa Gadanha Empreiteiros. K

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Programa de apoio alunos internacionais

IPCB cria programa Amigos Académicos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) acaba de apresentar o programa “Amigos Académicos”, o qual pretende apoiar os alunos internacionais, através da criação de uma bolsa de mentores constituída por estudantes da instituição. O projeto pretende promover experiências de troca, entreajuda e apoio entre alunos do IPCB portugueses e alunos internacionais, possibilitando “o conhecimento mútuo, em que as diferenças se esbatem na resolução das mesmas dificuldades, preocupações e desafios do dia-a-dia”. Desta forma explica a instituição os “alunos internacionais dispõem de uma oportunidade de resolver problemas académicos, enquanto que os alunos podem,

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a partir desta experiência, desenvolver mais as suas competências pessoais, abertura à diversidade e oportunidade de exercer a sua cidadania participativa”. O objetivo da iniciativa passa por “proporcionar apoio, acompanhamento, orientação para a resolução de dificuldades ou preocupações dos/as alunos internacionais com vista à sua integração académica; Disponibilizar formas de ligação, acompanhamento ou apoio ao estudo; Promover a igualdade de oportunidades e sensibilizar para a riqueza da diversidade; Promover o voluntariado, a cidadania participativa e a troca positiva de experiências; e contribuir para o enriquecimento pessoal, social e organizacional do IPCB”. K


Politécnico de Setúbal

Seis novos cursos e 1200 vagas 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) disponibiliza 1210 vagas na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, sendo de destacar a abertura de seis novos cursos, nomeadamente o CTeSP em Desenvolvimento de Videojogos e Aplicações Multimédia, os mestrados em Gestão em Hotelaria de Saúde e Bem-Estar (em parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril – ESHTE) e em Engenharia e Gestão de Energia na Indústria e Edifícios, e as pós-graduações em Gestão das Unidades de Saúde e em Empreendedorismo e Negócios Turísticos (esta última também em parceria com a ESHTE).

“Nos últimos anos tem-se verificado um aumento significativo no número de estudantes que escolhe o IPS, consolidando-se esta instituição como uma escolha dos jovens que se candidatam ao ensino superior”, refere Ângela Lemos, vice-presidente do IPS com o pelouro dos Assuntos Académicos. A responsável acrescenta ainda que “a percentagem de estudantes que se candidatam em primeira opção a muitos dos nossos cursos tem vindo a crescer, alguns deles preenchendo 100 por cento das vagas na 1ª fase de candidaturas”, o que “resulta da capacidade de o IPS se afirmar na região ao nível da formação e da investigação”. K

Politécnico de Setúbal

Pedro Ferreira é vice 6 Pedro Salvado Ferreira é o novo vice-presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), tendo tomado posse a 22 de julho, numa cerimónia realizada na Sala de Atos dos Serviços Centrais, no Campus de Setúbal. Fica responsável pelos pelouros das Infraestruturas Físicas e Tecnológicas, E-Learning, Recursos Documentais e Relacionamento com a Envolvente. Doutor e licenciado em En-

genharia Civil e mestre em Engenharia de Estruturas, exerceu atividade profissional na área de estudos e projetos de estruturas de edifícios e obras de arte, foi investigador no Laboratório Nacional de Engenharia Civil e é docente do ensino superior desde o ano letivo 1997/1998, tendo nos últimos cinco anos desempenhado o cargo de diretor da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro. No mesmo dia, a docente Telma

Guerra Santos assumiu interinamente a direção da ESTBarreiro/IPS. Doutorada em Matemática e docente do IPS desde 2002, tem desempenhado, ao longo do último ano, o cargo de subdiretora daquela instituição. É também investigadora no Centro de Matemática Computacional e Estocástica (CEMAT), do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, e no Centro de Inovação em Ciência e Tecnologia (INCITE), do IPS. K

Laboratório de Desporto do IPS

Jogadores do Vitória em análise Na Feira de Santiago

Instituto Politécnico de Setúbal presente 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) está presente na Feira de Santiago, da Câmara de Setúbal, que decorre desde 20 de julho até 4 de agosto, no Parque Santiago (Manteigadas). O IPS dinamizará, nesta edição, um stand institucional no espaço E-TECH disponibilizando várias propostas de animação tendo em vista o público mais jovem ainda à procura da sua vocação. Em plena fase de candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior, este é um momento oportuno para informar os jovens e as famílias, da região e de passagem, sobre as várias opções de estudos disponibilizadas pelas

cinco escolas superiores do IPS, nos campi de Setúbal e do Barreiro. O leque é vasto, entre CTeSP - Cursos Técnicos Superiores Profissionais (31), licenciaturas (29) e mestrados (21), nas áreas da engenharia e tecnologia, ciências sociais, desporto, educação, gestão e saúde. Com uma média anual de mais de 400 mil visitantes, a Feira de Santiago será também uma oportunidade de promoção das empresas que estão a dar os seus primeiros passos na incubadora de ideias de negócio IPStartUp, tais como a Travel’In, Amphibian Soft Consulting, Puro Verde, Ilegal e Data Corner, bem como a Associação Nuno Mata. K

6 A equipa de futebol profissional do Vitória Futebol Clube (VFC) passou este mês pelo Instituto Politécnico de Setúbal para um dia intensivo de avaliações de aptidão física na préépoca desportiva 2019-2020, no âmbito de um protocolo de colaboração que une estas duas organizações setubalenses. Os 26 atletas foram avaliados no dia 16, no Laboratório de Desporto da Escola Superior de Educação (ESE/IPS), relativamente a aptidão aeróbia, composição corporal segmentar, força de membros inferiores e superiores e também níveis de flexibilidade. Os testes, efetuados em equipamentos tecnológicos de referência na área do Desporto, destinam-se a um rigoroso diagnóstico e apoio à equipa técnica do VFC no sentido da otimização da prescrição, moni-

torização e avaliação do processo de treino quotidiano, assim como na prevenção de lesões. Com uma parceria de longa data, que se traduz nomeadamente em estágios enquadrados na Área Científica do Desporto em diversas modalidades desportivas, o IPS e o VFC cel-

ebraram, há cerca de um ano, um protocolo mais abrangente, que tem permitido o aprofundamento desta colaboração, com envolvimento de mais estudantes em processo de estágio e de docentes no apoio técnico-científico no âmbito do Desporto. K

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Moçambique

Universidade Mondlane entrega pastas 6 A Escola Superior de Desenvolvimento Rural de Vilankulo (ESUDER) acaba de entregar os diplomas de grau a 69 estudantes, nas áreas de Comunicação e Extensão Rural, Economia Agrária, Agroprocessamento, Produção Agrícola, Produção Animal e Engenharia Rural. Dos graduados, 17 são do sexo feminino e 52 masculino.

Na ocasião, o Secretário Permanente da província de Inhambane, Ricardo António Nhacuongue, apelou aos graduados para que se tornem agentes dinamizadores do desenvolvimento, promovendo o desenvolvimento rural integrado e dotação do campo com infraestruturas económicas e sociais visando a criação

de melhores condições de produção. “Queremos que desenvolvam estratégias que permitam o aumento do acesso dos produtores às tecnologias melhoradas bem como à disponibilidade e gestão de água, promoção de práticas que melhorem a gestão de pragas e doenças, aumento

do conhecimento teórico e prático dos produtores, fornecedores de serviços, melhoria das infraestruturas de mercado, melhoria da cobertura dos serviços agrários, entre outros”, disse. Já o reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Orlando Quilambo, lembrou aos presentes que

a cerimónia decorre num ano particularmente especial em que se comemora a vida e obra de Eduardo Chivambo Mondlane, patrono da instituição, destacando as atividades visando a sua homenagem, com realce para a atribuição do título de Professor Honoris Causa, muito recentemente.

“Esperamos que os momentos que passaram ao longo da vossa formação venham a constituir uma mais-valia para o vosso desenvolvimento pessoal e profissional. Apelamos que a humildade e a vontade de aprender se configurem como os vetores que vos guiarão no vosso dia-a-dia profissional”, frisou. K

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Moçambique

Lúrio mais internacional 6 A Univesidade de Lúrio, em Moçambique, participou num workshop promovido pela Cambridge University no Botswana Institute for Technology Researchand Innovation (BITRI). O grupo de investigadores da

Universidade de Lúrio, juntou-se a outros do Reino Unido, Portugal, Namíbia e Botswana, discutindo, durante quatro dias, inovação e transferência de conhecimento entre a universidade e a indústria. K

Moçambique

Escola assinala Dia da Criança Africana 6 Os alunos da Escola Primária Completa Anexa ao Instituto de Formação de Professores da Matola assistiram ao filme “O Lorax” no Dia da Criança Africana, por iniciativa do projeto “Mabuko Ya Hina”, coordenado pela

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Escola Portuguesa de Moçambique. A exibição ocorreu no passado dia 24 de junho uma vez que a efeméride coincidiu com o domingo de 16 de junho. K EPM-CELP _


IPGuarda

Nova pós-graduação a partir de outubro 6 No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) teve lugar, no dia 27 de junho, a apresentação da Pósgraduação Executiva em Gestão de Projetos e Sustentabilidade. No decorrer da sessão foram igualmente assinados dois protocolos de cooperação: um entre o IPG e APOGEP (Associação Portuguesa de Gestão de Projeto) e outro entre o IPG e a Bright Academy (empresa de formação em Gestão de Projetos). O presidente do Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, aludindo a esta nova pós-graduação, comentou que é “uma área em que há falta de recursos com esta qualificação”, a qual não é apenas vocacionada para diplomados em gestão, economia ou direito mas “para todos os profissionais que, em diferentes ramos de atividade, considerem necessário fazer esta formação”. O valor a pagar por esta formação (a lecionar durante um semestre) ronda os 2800 euros, sendo ministrada sextas-feiras (no período da tarde) e sábados (todo o dia). Um valor que Joaquim Brigas

considerou competitivo “comparado com o praticado noutras instituições” e também pelo facto de ter uma certificação internacional. De acordo com o presidente do IPG, não é necessário que os interessados tenham uma licenciatura para se candidatarem. A particularidade desta formação, acentuou Joaquim Brigas,” é o facto de ter uma certificação internacional e ser ela própria internacional. No Politécnico da Guarda temos a preocupação de, para além de proporcionarmos esta formação graduada, viabilizarmos a todos os alunos que frequentam o Politécnico, nas licenciaturas e mestrados, a possibilidade de fazerem como disciplina isolada a unidade curricular de gestão de projetos”. Ao ser disponibilizada desta forma permite que qualquer licenciado, de qualquer área – seja do desporto, da animação sociocultural, do turismo, engenharia, gestão, saúde, etc – possa fazer esta formação. As aulas da Pós-graduação Executiva em Gestão de Projetos e Sustentabilidade vão ter início no próximo mês de outubro. K

Educação Rodoviária

Guarda tem centro nacional

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) acolheu no dia 24 de julho a cerimónia de assinatura do protocolo de instalação do Centro Nacional de Educação Rodoviária, que contou com a presença do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. O IPG, e de acordo com o que foi anunciado, vai promover estudo com vista a identificar as boas práticas europeias em matéria de segurança rodoviária e igualmente para propor a localização do Centro Nacional de Educação Rodoviária. Este estudo contará com a

colaboração da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e após a sua conclusão será determinada escolha do local onde será instalado, na Guarda, o Centro Nacional de Educação Rodoviária. O protocolo assinado na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG, tem por objetivo a realização de um estudo que incidirá nas “boas práticas existentes nos Estados Membros da União Europeia em matéria de organismos de Edu-

cação Rodoviária e a sua adaptação às realidades educacional e rodoviária nacionais” O ministro da Administração Interna evidenciou a escolha da Guarda pela sua posição geoestratégica. No decorrer da sessão de assinatura deste protocolo, o presidente do IPG, Joaquim Brigas, congratulou-se com o Politécnico da Guarda neste processo de criação do Centro Nacional de Educação Rodoviária, propondo que o mesmo seja instalado naquele estabelecimento de ensino superior. K

No Instituto Politécnico da Guarda Conservatoire National des Arts et Métiers

Politécnico da Guarda coopera com França 6 No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) decorreu, recentemente, uma formação sobre o protocolo de automação de edifícios – KNX, enquadrada no protocolo de intercâmbio celebrado entre o IPG e o Conservatoire National des Arts et Métiers-França. Esta ação formativa foi lecionada por Fernando Melo Rodrigues, da Unidade Técnico Científica de Informática, do Instituto Politécnico da Guarda, a 20 alunos da referida instituição francesa, tendo sido baseada no curso de formação certificada KNX Basic de 40h. Consistiu numa componente teórica complementada com uma

aplicação prática, realizada nos laboratórios da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico da Guarda. De relembrar que a automação de edifícios / domótica é hoje uma área em forte expansão, quer através de protocolos abertos e suportado por centenas de fabricantes (como é o caso do protocolo KNX), quer através de pequenos dispositivos ligados à Internet, tecnologias habitualmente designadas por IoT – Internet das Coisas. O Instituto Politécnico da Guarda é parceiro científico da KNX Association, sedeada em Bruxelas. K

Formação para empresários 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) acolheu, no passado dia 15 de julho, um programa de Formação para Empresários. Esta iniciativa foi organizada no âmbito do Projeto “BIN SAL Empreende: Uma Raia Empreendedora” e decorrerá no auditório dos Serviços Centrais do IPG. No período da manhã teve lugar um seminário sobre “Plano de Negócio para PME”, dinamizado por Catarina Alves; subdiretora geral da Alimentação e Veterinária, Graça Mariano, orientou um seminário intitulado “100 Mitos à Mesa com Produtos Autóctones”. O projeto BIN-SAL Empreende: Uma Raia Empreendedora pretende através do aumento da competitividade empresarial, melhorar a competitividade das pequenas e medias empresas na região da Raia e desenvolver diversas prioridades de investimento, especificamente:

a promoção do espírito empresarial, em particular, facilitando o aproveitamento económico de novas ideias e impulsando a criação de novas empresas, incluindo as incubadoras de empresas. “À medida que se torna cada vez mais complexa a alimentação, vão-se criando uma série de preconceitos e de ideias que se

vão formando e que, às vezes, se transformam em mitos e que não gostaríamos que permanecessem, porque podem ser nefastas para o normal funcionamento dos mercados agrícolas e alimentares”, disse o diretor-geral da DGAV, Fernando Bernardo, a propósito do livro “À Mesa: 100 Mitos”, que foi oferecido aos participantes. K

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Escola de Saúde de Coimbra faz conferência

A saúde de amanhã 6 A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) promove, de 19 a 21 de março de 2020, a sua conferência anual, sob o tema ‘SAÚDE 4.0: desenhar a saúde de amanhã’, que propõe uma reflexão sobre o impacto das tecnologias emergentes na prestação de cuidados de saúde e na interação entre doentes, profissionais e organizações. Em Coimbra, profissionais das áreas da Saúde e das Tecnologias da Informação, investigadores e académicos poderão discutir, antecipar e desenhar os cuidados de saúde de amanhã. Contando com um painel internacional de oradores convidados, o Annual Meeting 2020 dará ainda espaço a estudantes, docentes e investigadores que pretendam apresentar os seus trabalhos científicos. À semelhança do que aconteceu na edição do ano passado, os

Escola Superior de Saúde de Viseu

Daniel Silva toma posse melhores resumos serão publicados na revista European Journal of Public Health. Serão aceites submissões de projetos dentro das seguintes áreas temáticas: Medicina Molecular e Personalizada, Sustentabilidade, Big data, Cibersegurança e Inteligência

Artificial, Novas formas de Organização de Trabalho, Telessaúde, Perceção Sensorial e Realidade Virtual, Promoção da Saúde e Prevenção da Doença, Diagnóstico, Terapia e Reabilitação, Qualidade e Segurança, Ética e Humanização. K

Presidente do IPCA dá a receita

Turismo e investigação 6 O foco principal do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), a curto prazo, centra-se em aumentar a oferta formativa nas áreas da hotelaria e na consolidação da estratégia de investigação e desenvolvimento. A garantia é da presidente da instituição, Maria José Fernandes, que cumpriu este mês dois anos de mandato, no ano em que o IPCA assinala 25 anos de existência. Em paralelo, garante a presidente, o IPCA vais continuar a melhorar as condições para os estudantes, com a criação de infraestruturas desportivas, sociais, alimentares e de estacionamento no Campus e obras de readaptação do edifício do Polo de Braga (já este ano). Pretende ainda dar continuidade à política de sustentabilidade e responsabilidade social, um trabalho que tem vindo a ganhar contornos quer ao nível da promoção do Campus verde, seguro e saudável, quer no âmbito da mobilidade e das boas práticas ambientais promovidas pelo projeto UBike. Fazendo um balanço positivo do caminho percorrido desde julho de 2017, Maria José Fernandes salienta a manutenção do ritmo de “crescimento, consolidação e objetivos estratégicos definidos

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6 Desenvolver uma base de ação que apelida de ‘4G: Governar, Gerir relacionamentos interpessoais, Gerar conhecimento científico, de investigação e informações de qualidade, bem como garantir um futuro promissor para a Escola, é o objetivo central de Daniel Marques da Silva, que acaba de tomar posse como presidente da Escola Superior de Saúde de Viseu. A cerimónia decorreu a 8 de julho, sala do Conselho Geral, tendo sido conferida pelo presidente do Instituto Politécnico e Viseu, João Monney Paiva. Foram ainda empossadas as vice-presidentes Lídia do Rosário Cabral e Maria Odete Pereira Amaral.

Daniel Marques da Silva é professor coordenador da Escola Superior de Saúde de Viseu, exercendo funções de docência naquele estabelecimento de ensino desde 1983. É doutorado em Ciências da Educação pela Universidade de Aveiro, com a tese ‘Dimensões Psicopedagógicas da Formação dos Enfermeiros’. Dos diversos cargos que ocupou ao serviço do Politécnico de Viseu, exerceu funções no Conselho Geral, bem como em diversos órgãos de gestão da Escola Superior de Saúde, de onde se destaca o de vice-presidente, desde 2011 até ao ano em curso. Entre 2005 e 2008, Daniel Marques da Silva foi ainda vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu. K

Matemática, ensino e educação

MatViseu em outubro 6 Divulgar, trocar experiências, conhecimentos e ideias no âmbito da Matemática, além de refletir sobre o ensino e a educação em geral são os objetivos da 17ª edição do MarViseu, que decorre a 11 e 12 de outubro no Instituto Politécnico de Viseu, com organização conjunta da Área Científica de Matemática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu do Instituto Politécnico de Viseu e da Delegação Regional do Centro da Sociedade Portuguesa de Matemática. O 17º MatViseu é um curso de formação de 12 horas, creditado pelo Conselho Científico-Pedagógico Publicidade

para 2021”. Aponta como um marco desta metade do mandato a avaliação muito positiva dos centros de investigação, a passagem do IPCA a fundação pública, a 6 de agosto de 2018, sendo “a primeira instituição do sistema politécnico a tornar-se fundação pública”. Outro marco foi a criação da quinta escola do instituto, a Escola Técnica Superior Profissional, aprovada a 5 de maio do corrente ano.

Quanto ao futuro a mais longo prazo a aposta passa por enfrentar os desafios através do aumento da qualidade a todos os níveis: “A estratégia pressupõe, por um lado, união, cooperação e solidariedade ao nível interno e, por outro, capacidade para estabelecer pontes com todos os stakeholders, nomeadamente, instituições congéneres, empresas, associações e centros de decisão”, conclui. K

da Formação Contínua (CCPFC), relevante para efeitos de progressão em carreira de professores dos ensinos básico e secundário dos grupos 230 e 500. O curso é constituído por duas Sessões Plenárias (3 horas) e duas Sessões Práticas (4,5 horas cada). A certificação exige a frequência de pelo menos 2/3 das horas do curso e elaboração de um relatório. Neste encontro também é possível a inscrição apenas nas Sessões Plenárias (3 horas) ou a inscrição na totalidade do curso (12 horas) sem avaliação, sendo que, neste caso, só será emitido um certificado de participação. K


Editorial

Já cheira a férias 7 A educação é um projecto cultural e humanista que a obriga a estabelecer valores e objectivos que toda a comunidade escolar tenta cumprir. Esse esforço exige uma grande abertura aos novos horizontes, às novas solicitações e às novas oportunidades. É por isso que, para os educadores, a compreensão da mudança de valores que as novas gerações transportam para a escola, deve ser uma das fontes inspiradoras que permita dar sentido ao que fazem, clarificando a dimensão ética das suas práticas. A sociedade do século XXI necessita de profissionais que sejam capazes de transformar as adversidades em desafios,

e estes em processos de inovação. Profissionais que saibam identificar as suas características específicas, potenciando-as através da identificação das funções e competências que esse impulso renovador lhes irá exigir. Mas, para que esse investimento pessoal e profissional resulte em eficiência organizacional, torna-se indispensável que se conjuguem cinco condições, ou objectivos básicos de intervenção: 1ª- Conceder aos educadores autonomia de decisão quanto à elaboração de projectos curriculares, a partir de um trabalho sistemático de indagação, partilhado com os seus colegas. 2ª- Prestar especial atenção à in-

tegração da diversidade dos alunos, num projecto de educação compreensiva, que atenda às características e necessidades individuais. 3ª- Manter um alto nível de preocupação quanto ao desenvolvimento de uma cultura de avaliação do trabalho individual e do funcionamento organizacional das escolas. 4ª- Associar a flexibilidade à evolução, face ao reconhecimento que os professores detêm diferentes ritmos para atingirem os objectivos que os aproximem dos indicadores sociais da mudança. 5ª- Manter, finalmente, uma grande abertura às propostas e às expectativas de participação de todos os elementos da comunidade educativa, enquanto condição para

promover a ruptura que conduz à renovação. Infelizmente, a última década não permitiu alimentar este tipo de optimismos. Razões alheias ao crescimento profissional dos docentes, como o são as ancoradas nas crises demográficas, ou em medidas de política educativa, anunciavam tempos de ruptura, pouco favoráveis à reflexão serena sobre o futuro da escola. Com o início das férias de Verão, a comunidade escolar prepara-se para entrar num curto interregno, após mais um trabalhoso ano escolar. Lá para Setembro avizinha-se mais uma abertura de ano escolar com os contornos já habituais. E julgo que todos estamos preparados

para, mais uma vez, agirmos mais com as pessoas e menos contra elas. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

Primeira coluna

O espaço, a inovação e a cortiça 7 Portugal foi pioneiro na descoberta de novos territórios, utilizando os oceanos na procura de espaços que acreditava existirem, criando a sua própria indústria naval, inovando como poucos. Foi assim há mais de 500 anos. Os descobrimentos portugueses tornaram o nosso país uma referência, demonstraram ao mundo uma resiliência enorme, transportada ao longo dos séculos, mas sobretudo uma capacidade em inovar, em criar condições de sucesso, para que os mares nunca antes navegados nos conduzissem a novos territórios. Mais de 500 anos depois, Portugal procura abraçar novos desafios, agora no setor aeroespacial, juntando a academia, através das universidades e institutos politécnicos, a indústria nacional, empresas tecnológicas e laboratórios de excelência, em projetos ambiciosos que envol-

vem a Agência Espacial Europeia. São novos desafios que demonstram como o país e as suas instituições podem dar o seu contributo ao mundo, apresentando ligações improváveis, com utilização concreta na investigação. É neste cenário de inovação, precisão e ousadia que a cortiça surge associada a um dos projetos mais interessantes do setor aeroespacial. A sonda que irá a Marte recolher amostras do solo tem a cortiça como elemento central. O projeto inovador está a ser desenvolvido pelo ISQ, a pedido da Agencia Espacial Europeia, em parceria com a Amorim Cork Solutions, o Polo de Engenharia dos Polímeros e a Critical Materials. Os testes dessa sonda estão a ser feitos no laboratório do ISQ em Castelo Branco, um dos mais avançados do mundo, onde também já foi testado o nariz da nova nave espacial da Agência Europeia, numa simula-

ção da sua reentrada na atmosfera. A investigação e inovação presentes neste projeto tornam-no aliciante e todos os que nele trabalham querem saber o impacto da aterragem dessa sonda nas areias da Austrália, onde ela aterrará depois de regressar de Marte. Estamos a falar de uma sonda que tem cortiça, um dos produtos referência do nosso país, que tem investigação, que envolve empresas e cientistas à escala global, e que coloca Portugal num espaço muito digno. Mas poderíamos estar também a falar do projeto Infante, que prevê a construção do novo satélite português, num investimento de nove milhões de euros. Um satélite que será o primeiro de uma futura constelação de 12 satélites idênticos que serão construídos e lançados nos anos seguintes. Mais uma vez, os testes

serão feitos pelo ISQ, no laboratório instalado na cidade albicastrense. Fazem parte deste consórcio nove empresas da área do espaço - Tekever, Active Space Technologies, Omnidea, Active Aerogels, GMV, HPS, Spin Works, entre outras - e dez centros de I&D (investigação e desenvolvimento) de várias universidades e laboratórios de investigação de todo o país que trabalham em espaço. Espera-se que em 2020 seja lançado o primeiro satélite. Mais de 500 anos depois de termos descoberto mundo, e 50 anos após a chegada do primeiro homem à lua, somos confrontados com novos desafios, onde a capacidade de inovar, de explorar novos conceitos, mobilizando universidades e politécnicos, centros de investigação, empresas de ponta, laboratórios de excelência, devem estimular a capacidade empreendedora que está marcadamente no nos-

so ADN vai para mais de cinco séculos. E sim, a nossa cortiça, além de permitir engarrafar os melhores vinhos do mundo, irá a Marte e regressará à terra, num projeto que certamente será brindado com o melhor vinho espumante português, depois de se ouvir aquele som inconfundível da rolha de cortiça portuguesa a sair da garrafa. E que esteja bem fresquinho! K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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Crónica

Libros y lecturas en la universidad de nuestro tiempo 7 Cada tiempo histórico tiene su afán, y tiene también rasgos e instrumentos específicos de expresar la cultura, los saberes, la adquisición de técnicas y su transmisión a las nuevas generaciones. Cuando hablamos de libros y lecturas en la universidad a lo largo de su historia es forzoso recordar que durante los primeros siglos (XII-XV) el libro en la universidad era un bien muy preciado, por escaso y caro, porque se reproducía a mano (casi siempre con extrema delicadeza y gran perfección y belleza). Era muy raro que los estudiantes del Estudio medieval llegaran a manejar con libertad los libros, y menos aún a poseerlos en propiedad, salvo casos muy aislados de hijos de la nobleza con capacidad económica elevada, que a veces poseían libros muy valiosos para el estudio del derecho, la teología, la medicina y las denominadas artes liberales. Bibliotecas de universidades históricas, como las de Salamanca o Coimbra, custodian ejemplares extraordinarios y únicos de esta primera época de la historia universitaria de Europa. Convendría no olvidar en la historia del libro universitario las aportaciones de las lejanas culturas orientales y del mundo islámico dentro de sus espacios formativos, por supuesto. Pero será con Gutenberg, desde 1448 en adelante, con la invención y difusión de la imprenta cuando el uso del libro crece de forma exponencial en todo Occidente y en aquellos ámbitos culturales de su influencia, en particular en las universidades. Nacen, crecen y se consolidan las bibliotecas universitarias y el uso científico de los libros, a pesar de las restricciones de uso que establece el Santo Oficio, sobre todo desde la aparición del protestantismo y la respuesPublicidade

ta de la contrarreforma católica. Asistimos a un uso intervenido del libro por parte de profesores y estudiantes, y en consecuencia muy limitado durante más de dos siglos. Será con la penetración de las ideas de la Ilustración en los centros de formación, con diferentes procesos en los países europeos y los espacios geopolíticos de su influencia, cuando la generalización del uso del libro es una realidad en las universidades, y cuando las bibliotecas comienzan a alcanzar su cénit. Desde entonces hacia acá (hasta el nacimiento de internet en los años 1990 y la inmediata expansión de la nueva cultura digital) la presencia del libro entre profesores y estudiantes universitarios ha sido una realidad incuestionable, cono instrumento central de la actividad formativa, bien desde la modalidad de manual o libro de texto, bien como libro de consulta o como libro de lectura complementaria. Las primeras décadas del siglo XXI nos permiten asistir a un nuevo fenómeno, consecuencia en parte de la emergencia del instrumento técnico digital y de internet, pero sobre todo de lo que representa la nueva galaxia internet, en palabras de Manuel Castells. El problema de la debilidad del uso del libro y de la lectura entre nuestros estudiantes universitarios, y cada vez más entre los profesores jóvenes, no es el soporte del libro (papel o digital), una vez que ha pasado el esnobismo y la moda de la lectura digital de novela o de libros científicos. El libro no va a desaparecer, decía Umberto Eco, en una entrevista publicada un poco antes de su muerte. El gran semiólogo italiano explicaba y defendía la importancia técnica y cultural del libro, como estructura original e instrumento del saber,

imprescindible en las culturas del libro y la escritura, y desde luego en el presente. Sin embargo, el nuevo clima científico que vive la universidad de nuestro tiempo es el que, en nuestra opinión, explica que hoy los universitarios, estudiantes y profesores, lean menos libros. Se da la paradoja que nos permite observar que nunca como hoy las universidades han organizado mejor sus bibliotecas, en cantidad y en contenido y oferta. Los bibliotecarios están mucho mejor preparados y en dotación de número razonable, el acceso a las bibliotecas universitarias es muy fácil, los espacios de lectura están muy bien habilitados, y además se ofrece acceso digital a bases y otras inmensas posibilidades de consulta por vía internet. Y sin embargo se lee menos y de otra manera La pregunta que nos podemos formular es ¿qué está pasando cuando se dan todas las circunstancias favorables, pero se leen pocos libros, y en general se practica mucho menos la lectura, y de otra forma? Es cierto que la cultura científica de las ramas experimentales y las técnicas nunca fueron propicias a la lectura de libros científicos, más allá de los obligados manuales (hoy dejados a un lado en la mayoría de los casos). La lectura principal de este amplio sector de las ciencias experimentales, técnicas y biosanitarias se canaliza a través de artículos de revistas científicas, casi siempre próximos a los intereses del respectivo grupo y tema de investigación. Es una cultura científica muy parcializada. En raras ocasiones se utiliza, menciona y escribe un libro. Esta cultura científica del artículo se ha trasladado en demasía a otros sectores de las ciencias

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt

sociales, las humanidades y las bellas artes, ámbitos tradicionalmente más habituados al uso del libro en la actividad docente e investigadora. Y eso se nota en las formas de pensar y trabajar en el cotidiano universitario. Además, el sistema docente implantado desde el llamado “modelo Bolonia”, que no es otro que el propio del taylorismo anglosajón, las disciplinas y calendarios académicos han adoptado otro formato más cuarteado y asequible, menos exigente sin duda para el alumno. Ello limita de forma real el uso más frecuente de un libro completo, y en la evaluación del estudiante es frecuente limitarse a la lectura de uno o muy pocos artículos. Y por si ello fuera poco, la cultura comunicativa imperante entre los jóvenes es la de las redes sociales, con mensajes cortos, mínimos, que acostumbran a que un lector permanente del teléfono móvil haga lecturas puntuales y superficiales. He aquí el grave problema de la lectura, y en consecuencia de los libros en nuestros espacios universitarios de la segunda década del siglo XX. K José Maria Hernández Díaz _ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Agostinho Dias, Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Reis, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Artur Jorge, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Ribeiro, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Mota Saraiva, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Hugo Rafael, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Carlos Moura, José Carlos Reis, José Furtado, José Felgueiras, José Júlio Cruz, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Lídia Barata, Luís Biscaia, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco

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Encontro Nacional em Castelo Branco

Matemática sem espinhas 6 O XXXV Encontro Nacional de Professores de Matemática (ProfMat 2019) juntou 300 investigadores e professores de todo o país em Castelo Branco. O evento decorreu de 11 a 13 de julho na Escola Secundária Amato Lusitano e foi promovido pela Associação de Professores de Matemática (APM). O evento permitiu discutir vários temas relacionados com o ensino, em particular com o ensino daquela disciplina, mas também de questões mais transversais como a que o investigador e ex-vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, João Ruivo, abordou. O agora diretor da Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (Etepa) encerrou os trabalhos com uma conferência

plenária subordinada ao tema “Da escola unidimensional à escola concentracionária”, onde fez uma explicação das várias fases que a escola portuguesa atravessou desde o 25 de Abril até hoje, onde os docentes têm um sem

número de funções que tornam a escola concentracionária. Paulo Afonso, um dos membros da comissão organizadora do encontro, em nota enviada ao Ensino Magazine, mostra-se satisfeito com a concretização

da iniciativa em Castelo Branco. O docente da Escola Superior de Educação faz um “balanço bastante positivo. Temos a indicação que a generalidade dos participantes gostou muito do programa científico e do modo como o mes-

mo foi operacionalizado”. Aquele responsável lembra que “o primeiro dia do evento foi comum com o segundo dia do Seminário de Investigação em Educação Matemática, também promovido pela associação e que se tinha iniciado na véspera, igualmente na escola Amato Lusitano”. O evento integrou conferências plenárias, painéis plenários, conferências com discussão, mesas redondas, oficinas de investigação sobre a prática, simpósios de comunicações e sessões práticas. Paulo Afonso destaca também o local em que a iniciativa decorreu e o modo como a direção do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano e os seus funcionários acarinharam o evento. Em 2020 o ProfMat vai realizar-se em Santarém. K

600 jovens envolvidos

Das ideias inovadoras à limonada 6 A Fábrica do Jovem Empreendedor situada no Cybercentro em Castelo Branco movimentou perto de 600 jovens e crianças dos agrupamentos de escolas do concelho em diferentes ações, no âmbito do programa CoolWorking. O objetivo foi o de despertar os mais jovens para a criação de novas ideias, solução de problemas e estimular o trabalho em equipa numa lógica de empreendedorismo. Na última semana, a piscina praia foi palco para uma dessas ações, com a venda e promoção simbólica de cinco limonadas diferentes, produzidas por três equipas de jovens e crianças. O desafio teve como mentores de cada grupo outros jovens que estiveram em destaque em concursos de empreendedorismo com os projetos Biochatels (vencedor do Concurso Regional de Empreendedorismo, cujo objetivo é a utilização da caruma para fabricação de segmentos de móveis) e Leucos (que pretende a criação de uma moeda local/social). O entusiasmo vivido na passada quinta-feira na piscina praia de Castelo Branco não deixou ninguém indiferente, com cada um dos grupos a fazer a sua promoção e a tentar cativar clientes. Desde a produção das limo-

nadas, até aos suportes promocionais, tudo foi desenvolvido no âmbito da Fábrica do Jovem Empreendedor em estreita articulação com o Centro de Apoio Tecnológico ao Agroalimentar e o FabLab instalado no Centro de Empresas Inovadoras. Esta articulação também foi visível nos outros projetos realizados ao longo do ano letivo e é destacada por Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo

Branco, que assistiu ao dinamismo dos jovens na promoção das limonadas. “Todas essas infraestruturas estão ao serviço daquilo que nós queremos promover na nossa comunidade e economia. Nesta ação em particular, encontram-se envolvidos o CATAA e a Fábrica do Jovem Empreendedor, noutras, como aconteceu recentemente, temos tido projetos no âmbito da Fábrica da Criatividade. Esta é uma forma de fazer

e concretizar o nosso desenvolvimento. É uma forma integrada em que estamos a promover a educação e o empreendedorismo junto dos jovens”. Ao longo do último ano letivo a Fábrica do Jovem Empreendedor e o Programa CoolWorking desenvolveram ações concretas, como aulas de empreendedorismo junto dos alunos de 4º ano, a dinamização do Clube de Empreendedorismo para o 2º ciclo; o

concurso interativo «O meu canal é o tal» e o BootCamp (um desafio de 36 horas sem interrupções para alunos do secundário). Foi ainda realizada a Liga do Empreendedor. Luís Correia reforça o que tem sido feito pela autarquia nesta matéria: “Temos investido na promoção do empreendedorismo, criámos o Centro de Empresas Inovadoras que tem tido projetos. Mas o trabalho deve começar junto dos mais jovens e esta ação é um dos exemplos do que tem sido concretizado na Fábrica do Jovem Empreendedor, a qual está ao serviço da comunidade e dos agrupamentos de escolas. O que verificamos é que temos tido bons resultados, com alguns prémios em concurso. Para nós é uma satisfação verificar que os projetos estão a resultar”. O autarca fala também no modo entusiasmado com que os jovens e as crianças se têm envolvido. “Para nós é uma satisfação ver o seu envolvimento e a vontade de aprender e de apreenderem esta cultura de empreendedorismo”. Neste último ano letivo foram envolvidas nas diferentes ações nove turmas de 4º ano, num total de 225 alunos; 128 estudantes do 2º ciclo e 50 do secundário. K

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ISQ tem laboratório de ponta para o setor aeroespacial

Cápsula que vai a Marte é feita em cortiça e testada em Castelo Branco 6 O protótipo da sonda que irá a Marte recolher amostras do solo está a ser testado no laboratório do ISQ em Castelo Branco, considerado um dos mais evoluídos do mundo, onde também já foi testado o nariz de uma nave espacial para a Agência Espacial Europeia e uma asa composita para o fabricante de aviões Embraer. O anúncio foi feito pelo presidente daquela entidade, Pedro Matias, em resposta a uma questão colocada pelo Ensino Magazine, durante a inauguração de um dos maiores túneis de ensaios termodinâmicos da Europa, também localizados nas instalações do ISQ na cidade albicastrense. O projeto inovador está a ser desenvolvido pelo ISQ, a pedido da Agencia Espacial Europeia, em parceria com a Amorim Cork Solutions, o Polo de Engenharia dos Polímeros e a Critical Materials. Pedro Matias diz que se trata de “uma cápsula que vai para Marte para recolher amostras do solo e tem que regressar à Terra. Será feita em cortiça, num projeto dinamizado pelo Grupo Amorim”. O presidente do ISQ afirma que o laboratório instalado em Castelo Branco é apenas um pequeno pas-

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so de uma estratégia maior: “queremos ser reconhecidos como um Laboratórios de Ensaios Especiais de excelência na Europa”. Aquele responsável lembra que aquele Laboratório do ISQ “trabalha para o Mundo. Para a Agência Espacial Europeia, Embraer, Vestas, Airbus, Safran, Thales Alenia, Ariane Group, Grupo Volkswagen, Carrier, Thermo King e tantas outras marcas internacionais de referência”. A capacidade instalada nos setores aeronáutico e aeroespacial foram destacados pelo Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que com o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, inaugurou o túnel termodinâmico, numa cerimónia em que o Estado fez questão de ter uma presença musculada com as presenças dos secretários de Estado da Economia, João Correia Neves; do Turismo, Ana Mendes Godinho; da Defesa do Consumidor, João Torres; e da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, para além do presidente do IAPMEI, Nuno Mangas, da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa.

Para Pedro Siza Vieira, “o que se passa em Portugal no setor aeronáutico e aeroespacial é bem um símbolo de onde devemos colocar as nossas ambições. Há 10 ou 15 anos nós não tínhamos produção aeronáutica. Hoje temos capacidade industrial, de engenharia, e de produção de componentes. É um setor que vale algumas centenas de milhões de euros e que continua a crescer”. O ministro da Economia considera que este sucesso “é um produto de vontade e capacidade de concretização dos portugueses. É um exemplo que deve ser replicado”. Siza Vieira recordou que “quando a Embraer decidiu colocar as suas fábricas em Portugal foram feitos investimentos em Évora. Hoje em dia é aí que se situa a capacidade aeronáutica portuguesa e é em Castelo Branco que se testam os componentes fabricados no nosso país e que são incorporados em aviões e em naves espaciais em todo o mundo. Este é um bom sinal como as políticas públicas e objetivos ambicioso podem

conseguir coisas efetivas que beneficiam o país”. Pelas areias australianas Telmo Nobre, responsável pelo laboratório do ISQ em Castelo Branco, explica que “já foi feito um ensaio que simulou a aterragem da sonda que irá a Marte e que descerá na terra, muito provavelmente no deserto australiano”. O coordenador do Laboratório explica que “o objetivo do ensaio foi saber o impacto da aterragem dessa sonda nas areias da Austrália. E o que foi feito em Castelo Branco foi a simulação dessa aterragem”. A sonda tem na sua estrutura externa cortiça misturada com um poliuretano modificado que lhe garante a rigidez suficiente para a entrada na atmosfera. Telmo Nobre adianta que o laboratório tem tido como clientes empresas e entidades de nível internacional, nos diferentes setores, como o aeronáutico, aeroespacial, automóvel e das energias renováveis. “Estamos a desenvolver muitos projetos para a indústria automóvel, com a avaliação de muitos componentes que antes de entrarem em linha de produção são aqui testados. Continuamos

a trabalhar para a ESA. Estamos envolvidos no projeto Infante e é provável que no final do ano se comecem aqui a fazer alguns ensaios”. O projeto Infante prevê a construção do novo satélite português. O investimento é de cerca de nove milhões de euros e o satélite será o primeiro de uma futura constelação de 12 satélites idênticos que serão construídos e lançados nos anos seguintes. Fazem parte deste consórcio nove empresas da área do espaço - Tekever, Active Space Technologies, Omnidea, Active Aerogels, GMV, HPS, Spin Works, entre outras - e dez centros de I&D (investigação e desenvolvimento) de várias universidades e laboratórios de investigação de todo o país que trabalham em espaço, como por exemplo o ISQ que é uma referência na área da aeronáutica e espaço. O satélite deverá ser lançado até ao final de 2020. K


edições

gente e livros

Novidades literárias

José Luís Peixoto

7 D.Quixote. Istambul, Istambul, de Burhan Sönmez. Na sequência de um golpe militar, um médico, um barbeiro, um estudante e um velho revolucionário são encarcerados numa cela exígua e gelada nos subterrâneos de Istambul. Entre os interrogatórios, as sessões de tortura, o tempo suspenso e a imobilidade forçada, descobrem o encanto e o poder da palavra como possibilidade de fuga e beleza num mundo altamente cruel. As narrativas que estes homens partilham, tantas vezes carregadas de humor, desafio e sensualidade, revelam o que os liga uns aos outros e o motivo pelo qual se encontram presos: na Istambul à superfície, que vive, caótica, entre beleza e horror, algo está para acontecer - uma mudança, uma revolução?

FCA. Introdução à Criptografia, de Fernando Boavida e Mário Bernardes. A criptografia encontra-se em todo o lado e a sociedade atual não poderia existir sem ela. Sem nos apercebermos, usamos criptografia todos os dias, sempre que utilizamos, em geral, a Internet. Este livro, assente numa complementaridade entre teoria e prática, tem por objetivo apresentar uma visão abrangente e atualizada da criptografia, abordando os seus fundamentos e os conceitos-chave, os principais algoritmos, as aplicações e, ainda, as políticas e os procedimentos de segurança informática. Adequado quer como apoio a disciplinas de licenciatura ou mestrado, quer como referência para profissionais no ativo, e também para autoaprendizagem.

7 José Luís Peixoto é um dos autores mais celebrados da literatura portuguesa contemporânea, com os seus romances traduzidos em mais de trinta idiomas. O escritor português nasceu em 1974 na aldeia de Galveias, no Alentejo, onde viveu até aos 18 anos, idade em que foi estudar para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Após terminar a sua licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de estudos ingleses e alemães, foi professor em várias escolas portuguesas e na Cidade da Praia, em Cabo Verde. Em 2001, dedicouse profissionalmente à escrita. O reconhecimento chegou precisamente nesse ano. Com 27 anos, José Luís Peixoto tornou-se o mais jovem vencedor de sempre do Prémio Literário José Saramago, devido ao romance “Nenhum Olhar”. Mais tarde, essa obra viria a ser incluída na lista do Financial Times dos melhores romances publicados em Inglaterra em 2007, tendo também sido inserida no programa

www.joseluispeixoto.net H

Discover Great New Writers das livrarias americanas Barnes & Noble. “Morreste-me”, outro dos principais títulos de José Luís Peixoto, foi escolhido como um dos 10 livros da primeira década do século XXI pela revista Visão. Enquanto isso, “Nenhum Olhar” foi eleito um dos livros da década pelo jornal Expresso.

O romance “Uma Casa na Escuridão” integrou, por seu lado, a edição europeia de “1001 Livros para Ler Antes de Morrer – Um guia cronológico dos mais importantes romances de todos os tempos”. “Uma das revelações mais surpreendentes da literatura portuguesa. É um homem que sabe escrever e que vai ser o continuador dos grandes escritores”, disse uma vez José Saramago sobre José Luís Peixoto. Ao longo dos anos, a obra ficcional e poética do autor tem sido digna dessa aclamação. Atualmente figura em dezenas de antologias e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Ao mesmo tempo, é adaptada para numerosos espetáculos e obras artísticas de diversos géneros. José Luís Peixoto tem ainda uma carreira como colunista de vários órgãos de imprensa, como é o caso do Jornal de Letras ou das revistas Visão, GQ, Time Out, Notícias Magazine, UP, entre outras. K Tiago Carvalho _

QUETZAL. O Triângulo Mágico, de António Cândido Franco. O retrato intenso e íntimo de uma das maiores vozes da poesia portuguesa. Mário Cesariny de Vasconcelos nasceu a 9 de agosto de 1923 e morreu a 26 de novembro de 2006. Poeta, pintor e referência fundamental do surrealismo português, é uma das maiores vozes da poesia portuguesa do século XX. A biografia de António Cândido Franco – autor de “O Estranhíssimo Colosso”, dedicado a Agostinho da Silva – junta vida e obra, passado e futuro, com revelações inéditas e um manancial de informação invulgar. K

RVJ Editores

Penamacor, minha terra! 7 Penamacor Minha Terra é um livro de poesia popular, escrito por Vasco Lopes Araújo, que aos 83 anos, decidiu homenagear a terra onde nasceu e de onde partiu aos 13 anos. Vasco Araújo decidiu trazer a público um

livro de homenagem à sua terra, com poemas ilustrados por imagens de Penamacor, cedidas pelo arquivo fotográfico da câmara local. Os poemas recordam outros tempos daquela vila que muitos têm presentes. A obra é editada pela RVJ Editores, com

o alto patrocínio da Freguesia de Penamacor, que deste modo aposta na vertente cultural da freguesia e foi apresentada pelo docente e investigador Francisco Abreu. Na cerimónia foram ainda lidas poesias do livro por diversos penamacorenses. K

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press das coisas

pela objetiva de j. vasco

Feiras medievais

Chill-O-Matic 3 O Chill-O-Matic é um gadget que promete refrescar as bebidas em 60 segundos. É necessário enchê-lo de gelo e funciona com duas pilhas e um sistema de rotação da lata. De acordo com o fabricante, funciona 240 vezes mais rápido que um congelador convencional. É ainda portátil e fácil de usar em festas, piqueniques ou barbecues. K

Expensive Soul «A Arte das Musas» 3 “A Arte das Musas” é um álbum mais curto do que o habitual, mas mais eficaz e transborda a Expensive Soul em cada nota. Diversificado e abrangente, vai da Soul, ao Funk, não esquece o Hip Hop, e consegue manter o reconhecido ADN da banda e comemorar os seus vinte anos com a alegria e a felicidade que a celebração merece e a banda transparece. João Paramés assina a colorida capa deste quinto álbum de aventuras inéditas da dupla New Max e Demo, e que, quem sabe, valem também mais do que mil imagens. K

3 Estamos no verão, época de festas e feiras por todo o lado e as Feiras Medievais não são exceção. Em Sintra há duas que têm especial destaque, a quinhentista, que decorreu no final de julho e a setecentista, no início de setembro. As Feiras Medievais, para além de recriarem épocas históricas, distinguem-se por serem lugares onde se come muito bem, muita animação, tendas com venda, artesãos, artes circenses, cestaria, mantas de trapos, queijos, bolas de carne, falcoaria. Quando posso passo por lá. Calendário em https://medievaleventos.pt/calendario/ K

Prazere da boa mesa

Sopa fria de citrinos e nectarinas, ares de espumante com alecrim Encher o recipiente de servir com o preparado de citrinos. Aplicar a espuma e guarnecer com os crocantes e alguns cubinhos de nectarinas. Servir.

3Receita para 4 pessoas Ingredientes para: 100g de Laranja (1 Laranja) 100g de Limas (1 Lima) 150g de Limão (2 Limões) 200g de Nectarinas (2 Nectarinas) 2 C. de Sopa de Açúcar ou Mel 75g de Citronela (opcional) 400ml de Espumante Bruto 4 Folhas de Gelatina Incolor 2 Gotas de Óleo Essencial de Alecrim AROMAS DO VALADO 30g Açúcar em Pó 20 Folhas de Manjericão 350mg de Açafrão em Rama (10 estigmas) 2 Cápsulas de N2O Preparação: Para a espuma - Demolhar as folhas de gelatina. Derreter as folhas num pouco de espumante aquecido, adicionar ao espumante restante juntamente com as gotas de óleo essencial de alecrim. Colocar tudo

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Apoio: Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ESGIN) Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ ESART) Helena Vinagre (Aromas do Valado)

Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo

no sifão. Carregar 1 ou 2 cápsulas de N2O e reservar no frio. Para os crocantes - Laminar metade das limas e dos limões, e levar ao forno a 90ºC, polvilhados com açúcar em pó, até ficarem secos e crocantes. Para a sopa - Triturar as laranjas descascadas, o açúcar, a citronela, as nectarinas. Passar pelo passador fino. Reservar no frigorífico até ficar bem frio.

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BOCAS do galinheiro

Retrospectiva de Luis Buñuel 7 Está a decorrer uma retrospectiva de Luis Buñuel, “25 x Buñuel”, em Lisboa e no Porto, e que posteriormente vai ser alargada a outras cidades, desconhecemos se Castelo Branco vai ser uma delas, mas, se não for, é pena. Seria uma oportunidade única de rever alguns títulos que já por cá passaram há muitos anos, e outros inéditos comercialmente em Portugal, muitos deles do chamado período mexicano do realizador. A filmografia de Buñuel desde sempre foi alvo de ataque cerrado das censuras, não só em Espanha, mas também em Itália e em Portugal, claro. O seu cariz anti religioso, a sua denúncia de realidades sociais incómodas, basta lembrar o documentário “As Hurdes – Terra Sem Pão”, filmado aqui tão perto, em de 1932, não assentavam bem aos apologistas de “Deus, Pátria e Autoridade”. Nascido em Calanda, Aragão, a 22 de Fevereiro de 1900, depois de uma educação nos Jesuitas, em Saragoça, mudase para Madrid para estudar Agronomia. É aí, na residência de estudantes que se cruza com Garcia Lorca, Alberti e Salvador Dali, da chamada “geração de 27” e as suas prioridades passam pelas artes, levando-o a partir para Paris. E é aí que se cruza com o movimento surrealista e com figuras de destaque como Aragon, Elouard, Sadoul e Dali. A sua adesão ao movimento e a colaboração com Dali, essencialmente na elaboração do argumento, dão aquele que é um dos marcos do cinema surrealista “Un Chien Andalou” (1929), a que se segue “L’Âge d’Or” (1930). E aqui começa a tenaz guerra do realizador com a censura e seus braços armados. O carácter anarquista, no dizer do Governo e da Igreja, bem como a acção de grupos nacionalistas, que invadiram a sala onde era projectado o filme, levou a que o perfeito da polícia, proibisse o filme, proibição que se manteve até aos anos 80 do século passado! Neste ciclo passarão alguns dos seus filmes do período mexicano, país que o acolheu depois de ter abandonado Espanha em 1936, por causa da guerra civil, fruto da sua opção republicana que continuaria a apoiar no exílio, de que se destacam” Ele” e “O Bruto”, de 1953, “Susana” (1951) e “Labirinto Infernal” (1956), ou as suas adaptações de clássicos da literatura como “O Monte dos

Vendavais” e “As Aventuras de Robinson Crusoe”, ambos de 1954, e títulos como “Uma Mulher Sem Amor”, “Os Esquecidos” (1950), prémio de melhor realizador no Festival de Cannes de 1951, mais uma vez como pano de fundo os mais desfavorecidos da sociedade, e também mais uma vez com críticas governamentais e retirado de exibição no México, “Nazarin”(1959),retrato de um padre que assume viver ao nível da comunidade pobre em que professa. Com ele voltou a ganhar em Cannes, desta vez o Grande Prémio do Júri. “Viridiana”, que marcou o regresso de Luis Buñuel a Espanha, em 1961, O filme que passou por um processo de apreciação prévia pela censura, o que era normal na Península Ibérica, acabou por ser proibido pelo regime franquista e pelo vaticano, uma vez que vilipendiava a religião oficial. Em Cannes não quiseram saber disso e deram-lhe a Palma de Ouro, continuando todavia a ser exibido como um filme mexicano! Claro que os grandes filmes “europeus” das décadas de 1960 e 1970, não

podem faltar com destaque para “A Bela de Dia” (1966), ganhadora do Leão de Ouro no Festival de Veneza (passou recentemente na RTP, é o que ainda nos vai valendo), com uma inesquecível Catherine Deneuve e um cínico Michel Piccoli, entre outros, fita marcante para o cineasta e para o resto da sua carreira, praticamente feita agora em França, onde antes já havia dirigido Jeanne Moreau em “Diário de Uma Criada de Quarto” (1964), adaptação da obra de Octave Mirbeau. Os seus últimos filmes, desde logo “O Charme Discreto da Burguesia” (1972), mais uma subversão dos códigos sociais que marcaram a carreira de Buñuel, agora liberto das garras da censura, ganhador do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. A América que também o havia escorraçado, dá-lhe o prémio mais mediático do cinema. E, como seria expectável, a sua última longametragem, “Este Obscuro Objecto do Desejo” (1977), provavelmente encerrará o ciclo. Uma merecida homenagem a um

cineasta maior, com uma obra ímpar, incompreendido e importunado pelos poderes instituídos, na máxima civis (onde se inclui alguma imprensa da(s) época(s)), governamentais e religiosos, mas reconhecido por muitos, cuja obra nunca foi esquecida nos circuitos não comerciais, de que os cineclubes foram expoente máximo.

IN MEMORIAM Morreu Rutger Hauer o actor holandês cujo papel em “Blade Runner - Perigo Iminente” (1982), dirigido por Ridley Scott, o do revoltado replicante Roy Batty, o imortalizou. Mas não só. “Terror na Autoestrada” (1986) ou “A Mulher Falcão” (1985), para além de “Batman – O Início”, de 2005, são filmes que marcaram a carreira deste actor e ambientalista que nos deixou a 19 de Julho aos 75 anos, Curiosamente, no ano em que o filme de Ridley Scott se situava, 2019. K È Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

Luís Dinis da Rosa _

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Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt

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iniciativa comemora-se desde 2012

Semana da Educação Artística da Unesco por todo o país 6 À semelhança dos anos anteriores, a Comissão Nacional da UNESCO (CNU) celebrou, na 4ª semana de maio, a Semana da Educação Artística da UNESCO, que se comemora desde 2012. Em 1999, no decorrer da 30ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, a UNESCO apelou à promoção da Educação Artística nas escolas, promovendo o papel interdisciplinar das artes como elemento fundamental na educação, especialmente na promoção da diversidade cultural e a importância da criatividade e das artes para o desenvolvimento sustentável das sociedades. Sob o tema “A diversidade das expressões artísticas” a Semana da Educação Artística decorreu entre 20 a 26 de maio, tendo a CNU convidado as Redes

UNESCO à participação em dois painéis: “A arte como domínio integrante do saber” e “Educação Artística em projetos de intervenção social e cultural”.

Foram assim promovidas atividades em diversas cidades do país, em colaboração com as Redes UNESCO, num mote comum: fomentar a cidadania ativa e a

inclusão social, promover a paz, fomentar uma cultura de aprendizagem ao longo da vida e a partilha de projetos. 20 de maio - Escola Secundária do Pinhal Novo 21 de maio - Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago 22 de maio - Escola Artística Soares dos Reis, Porto 24 de maio - Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, Terceira, Açores 25 de maio - Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, Terceira, Açores. A arte aproxima-nos. Ela ajuda a sentir e entender o que une a humanidade na sua diversidade de cultura e expressões. (Irina Bokova, maio 2012). K

O atual 500 é mesmo um carro bem-nascido. Com linhas claramente inspiradas no modelo dos anos 60, mas radicalmente moderno e atual. Nas tentativas revivalistas que muitas marcas automóveis tentaram neste início do século XXI, a Fiat ganhou, sem dúvida, o primeiro lugar. O atual 500 gerou já, à semelhança do seu antecessor, uma vasta gama de versões. Assim para além do original, existem os maiores 500L (mais fami-

liar) o 500X (suv), sendo, também eles, grandes êxitos de vendas. O modelo base apresenta, por sua vez, diversas versões, incluindo um cabrio e os desportivos Abarth (145 a 180 cv), e duas motorizações) (0,9l turbo e 85 cv; 1,2l e 69 cv) em vários níveis de acabamento. O espaço é pouco, naturalmente (para maior há o L e o X), mas o interior é irresistivelmente bonito, fazendo jus ao célebre design italiano e a tecnologia está presente com um ecrã tátil na consola central com sistema de infoentretenimento. O motor 1.2 é um pouco lento, mas suficiente e fiável e o 0,9cc turbo é bem mais nervoso. Cores, decoração e acabamentos são uma irresistível festa à italiana. O preço (a partir de cerca de 16 mil euros) não é tão pequeno como o carro, mas a beleza e o gosto também se pagam. K

AS ESCOLHAS DE VALTER LEMOS Fiat 500 – Irresistível à italiana 3 O grupo italo-americano Fiat-Chrysler que é atualmente um dos grandes grupos automóveis mundiais, engloba várias marcas (Fiat, Alfa Romeo, Lancia, Abarth, Jeep, Chrysler, Dodge, etc.) e inúmeros modelos, alguns deles verdadeiros ícones da história automóvel. Mas, de todos esses modelos, provavelmente o mais célebre e importante será o Fiat 500. O primeiro antepassado do atual 500 (Cinquecento em italiano) apareceu em 1936 com o nome de Topolino e já nessa altura era um carrinho adorável, como se pode ver na foto. Com um motor de 569 cc e 13 cv, o Topolino foi produzido até 1955, ano em que foi substituído pelo 500, com o mesmo motor, mas nova carroçaria. O Nuovo 500 em 1960 apresenta uma nova versão com uma motorização já mais potente, 17 cv, que permitia atingir uns fantásticos 105 Km/h! Na década seguinte o 500 apresentou diversas novas versões como o Giardiniera, uma espécie de carrinha, com mais 10 cm de comprimento, o Berlina, o Lusso, o Rinnovata, etc., terminando a produção em 1976. Em 1991 a Fiat tentou um reaparecimento do Cinquecento, mas a experiência, até com alguma inovação, não teve continuidade e foi somente em 2007 que a Fiat lançou uma nova versão do

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500 que voltou a encontrar o sucesso. E que sucesso! O 500 é o carro mais vendido da sua classe em vários países do mundo! Mas tal sucesso é bem merecido.


European Innovation Academy tem o apoio do Santander e junta 500 alunos

“O que faz mudar o mundo é o conhecimento” 6 O Presidente da República considerou, perante mais de 500 participantes no European Innovation Academy, que decorre de 15 de julho até 2 de agosto, no Centro de Congressos do Estoril, que “o que faz mudar o mundo é o conhecimento”. Marcelo Rebelo de Sousa desafiou os estudantes a “saber mais e melhor” e destacou o papel da inovação e do conhecimento no progresso. Esta foi uma das mensagens principais do Chefe de Estado Português, que discursando em inglês, se mostrou satisfeito pelo evento que está a decorrer em Portugal e que tem uma das maiores participações de sempre, com estudantes e investigadores de todo o mundo. O European Innovation Academy é o maior evento de inovação realizado na Europa, que tem o apoio do Santander Universidades, e onde os jovens são desafiados e estimulados a apresentarem ideias inovadoras. Anni Sinijärv, CEO da European Innovation Academy, espera que em Cascais, nos próximos anos, seja criado o primeiro unicórnio do programa. Para Pedro Castro e Almeida, presidente do Santander Portugal, “este é o maior evento de inovação da Europa. Junta de 500 estudantes de todo o mundo e o Santander tem-se associado ao longo do tempo no apoio as universidades e estudantes, mas também à inovação e ao empreendedorismo”. O presidente do Santander Portugal recordou ainda que “a responsabilidade social do banco tem um foco muito grande no apoio ao conhecimento e na mudança do mundo. Neste evento temos 170 portugueses, no ano passado tínhamos 70. Tenho imensa fé que este país vai mudar com pessoas que querem estar ligadas a empreendedorismo e inovação e a startups”. O desafio aos 500 jovens de todo o mundo decorre até 2 de agosto, assenta numa metodologia experiencial e em conhecimento orientados para a obtenção de objetivos ligados ao empreendedorismo e à inovação. Marcos Soares Ribeiro, diretor-coordenador do Santander Universidades, fala do “envolvi-

mento também das instituições de ensino superior portuguesas (os politécnicos e as universidades), não só enviando para participarem neste programa os seus estudantes, mas também os seus especialistas de inovação, os seus serviços de inovação internos”. Aquele responsável salientou ainda a metodologia apresentada no encontro “no desenvolvimento de startups, que é muito útil para desenvolver o espírito de inovação e que pode ser aplicado tanto na criação de novas empresas, como na criação de inovação dentro de organizações”. No que respeita a projetos, as 100 equipas constituídas parecem apresentar preocupação com as questões sociais associando-lhes a inovação. K

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