Anais ii simposio de ciencia do solo

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“Interfaces, desafios e inovações”

Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017

Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas

Torta de pinhão manso na composição de substrato para produção de mudas de alface Tania Mara C. dos Santos1, Karolinne S. Borges1, Thiago R. Sales1, Marayanne G. Sanção1, Victor B. R. Duarte1, Flávia B. Gonçalves1 1

Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, tania_mara_15@hotmail.com

O substrato é considerado um dos fatores importantes no processo germinativo, tendo como função manter a umidade para as sementes, proporcionando assim o crescimento do embrião e, posteriormente o desenvolvimento da plântula. A torta de pinhão manso é um subproduto da extração do óleo das sementes da cultura do pinhão manso, representando até 62% da massa das sementes, e vem sendo utilizado como resíduo orgânico na elaboração de substrato, contribuindo para a melhor disponibilidade de nutriente e desenvolvimento da plântula. Diante do exposto objetivou-se avaliar o potencial e o efeito da utilização de torta de pinhão manso e sua combinação em diferentes proporções com substrato comercial Bioflora®, na produção de mudas de alface. As atividades experimentais foram realizadas no viveiro da Universidade Federal do Tocantins, campus Universitário de Gurupi, localizado na região sul do estado do Tocantins. Os tratamentos (T) consistiram da adição de torta de pinhão manso nas proporções de 0, 25, 50, 75 e 100% no substrato comercial Bioflora®, sendo eles: T1 - 100% Substrato comercial (SC) + 0% Torta de pinhão manso (TPM); T2 - 75% SC + 25% TPM; T3 - 50% SC + 50% TPM; T4 - 25% SC + 75% TPM e T5 - 0% SC + 100% TPM. A semeadura foi realizada em bandejas de isopor de 288 células, tendo cada célula um volume de 1,2 x 10-5 m3. Depois da semeadura, as bandejas foram acondicionadas em casa de sombra (com sombrite de 50%) e irrigadas três vezes ao dia, por meio de um sistema de irrigação automático por microaspersores. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com quatro repetições de 9 sementes, totalizando 36 sementes por tratamento. As avaliações foram realizadas diariamente a partir do quinto dia após a semeadura (DAS), com o surgimento da primeira plântula até décimo oitavo DAS considerando como emergidas as plântulas que apresentaram os cotilédones abertos e expandidos, isto é, a plântula com as bordas de suas folhas unifolioladas sem se tocarem. Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de emergência (E%), índice de velocidade de emergência (IVE) e tempo médio de emergência (TME). As avaliações foram feitas através da porcentagem de emergência, calculada pela fórmula E = (N/100) x 100, em que: N = número de plântulas emergidas ao final do experimento; o índice de velocidade de emergência, calculado pela fórmula IVE = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste; e tempo médio de emergência calculado pela fórmula TME = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. Dos tratamentos testados todos apresentaram germinação de suas sementes e o que obteve melhor resultado na E% (77,78%) foi o T2 (75% SC + 25% TPM), já a menor E% (27,78%) foi observado no T1 (100% SC + 0% TPM). Em relação ao IVE, o tratamento que obteve o maior resultado foi o T2 (75% SC + 25% TPM) com 5,44 e o T1 apresentou menor IVE (1,88). Quanto ao TME, o T3 (50% SC + 50% TPM) apresentou o menor TME (5,08 dias) e o maior TME foi observado no T4 (25% SC + 75% TPM) (5,95 dias). De acordo com os resultados apresentados, concluiu-se que o substrato recomendado para produção de mudas de alface é a mistura de 75% substrato comercial Bioflora® + 25% torta de pinhão manso, correspondente ao T2. Palavras-chave: Lactuca sativa; mudas. Agradecimentos: UFT.

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