Oséias

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o cativeiro é inevitável

Em segundo lugar, uma ingratidão notória (9.10b). “[...] mas eles foram para Baal-Peor, e se consagraram à vergonhosa idolatria, e se tornaram abomináveis como aquilo que amaram”. Israel voltou as costas ao Deus que lhe devotou amor. Israel se entregou em Baal-Peor nao apenas à imoralidade, mas também à idolatria (Nm 25). O povo foi seduzido pelo culto a Baal antes mesmo de entrar na terra prometida. Um espírito de prostituição já estava dominando esse povo ingrato (Nm 23.14,28; 25.18; 31.16). O culto dirigido a Baal exerceu a sua influência na cor­ rupção da vida inteira de Israel. Os israelitas se consagra­ ram ao baalismo, um a religião vergonhosa e detestável. A sensualidade do baalismo corrompia cada vez mais os sentimentos da justiça e do amor que Israel aprendera do Senhor na experiência da salvação. Na prática da religião que satisfazia os seus sentidos físicos, Israel se tornava cada vez mais detestável como aquilo que amava.“- Porque Israel amou coisas abomináveis para Deus, tornou-se tam ­ bém abominável para o Senhor. Derek Kidner diz que a história de Baal-Peor é muito apropriada, um a vez que combina dois tipos de falta de castidade que Oseias tinha de denunciar: a física e a espiritual. N ão foram apenas as mulheres moabitas que seduziram os homens do êxodo, mas tam bém o seu Baal local; já ouvimos os protestos de Oseias contra esses dois tipos de adultério do seu tempo (2.13; 4.14). Podemos acrescentar que, em nosso tempo, a virtual adoração do sexo, que nem precisa de Baal para torná-la uma religião, comprovou ser um a ilusão atordoante tão grande quanto no período do Antigo Testamento.“’ Em terceiro lugar, um juízo solene (9.11-14). O profeta Oseias descreve esse juízo nos seguintes termos:

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