Revista Empresário Lojista - Março2011

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SUMÁRIO MENSAGEM DO PRESIDENTE

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PADRONIZAÇÃO DE ROUPAS INFANTIS

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PÁSCOA ALÉM DO CHOCOLATE

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IMPACTO DA TECNOLOGIA NO VAREJO

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ANIVERSÁRIO DO RIO

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NOVA CARTILHA DO LOJSTA

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TERMÔMETRO DE VENDAS

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OBRIGAÇÕES DOS LOJISTAS

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CRÉDITO COM SEGURANÇA

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EXPEDIENTE Empresário Lojista - Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) Redação e Publicidade: Rua da Quitanda, 3/11° andar CEP: 20011-030 - tel.: (21) 22175000 - e-mail: empresariolojista@sindilojas-rio.com.br - Diretoria do Sindilojas-Rio - Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues; Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury; Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch; Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta; Vice-Presidente de Patrimônio : Moysés Acher Cohen; Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira; Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti; Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt; Superintendente: Carlos Henrique Martins; Diretoria do CDLRio – Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa; Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg; Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros; Diretor de Operações: Ricardo Beildeck; Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães; Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu; Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym. Conselho de Redação: Juedir Teixeira e Carlos Henrique Martins, pelo Sindilojas-Rio; Ubaldo Pompeu, Abraão Flanzboym e Barbara Santiago pelo CDLRio, e Luiz Bravo, editor responsável (Reg.prof. MTE n° 7.750) Reportagens: Lúcia Tavares; Fotos: Dabney; Publicidade: Bravo ou Giane Tel.: 2217-5000 - Projeto Gráfico e Editoração: Roberto Tostes - (21) 8860-5854 - robertotostes@gmail.com; Capa: Roberto Tostes

DO PRESIDENTE

MENSAGEM A nossa economia está apenas sustentada A mensagem do número anterior desta Empresário Lojista foi centrada nos expressivos índices do comércio varejista tanto a nível nacional como na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados recentemente publicados na última semana de fevereiro das grandes empresas nacionais vieram corroborar os bons índices do comércio. O crescimento dos lucros de empresas como Petrobras (+17%) e Vale, que apresentou o maior lucro de sua história, foram evidentemente decorrentes de condições favoráveis no cenário econômico internacional, além, é claro, do acerto dos novos investimentos dessas empresas. Também é bastante significativo o aumento dos lucros apresentados pelos oito grandes bancos, entre eles, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica, que foi de 28,1% em relação a 2009, segundo a Austin Rating. Tudo isto demonstra a solidez dos fundamentos da economia brasileira que tem seguidamente sinalizado que caminhamos para a tão desejada sustentabilidade da economia. Contudo, a divulgação pelo IBGE, no dia 22 de fevereiro, de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acumulou um aumento de 6,08% em 12 meses, despertou um sinal de alerta nas autoridades, agravado pela recente escalada dos preços do petróleo devido aos problemas políticos no Oriente Médio. O fato é que o conhecimento dos últimos dados sobre a variação dos preços, com reajustes em mais de 60% dos itens pesquisados, levaram a equipe econômica a reconhecer que pode ser grande a difusão da inflação, indicando uma redução do crescimento que poderá ficar em um valor médio de apenas 4% em 2011. Principalmente se levarmos em conta a incorporação das mais recentes medidas do governo: corte de R$ 50 bilhões no orçamento, freio no crédito e a elevação taxa Selic. Em suma, poderíamos concluir que infelizmente a nossa economia ainda está distante de ser sustentável, sendo apenas sustentada.

Aldo Carlos de Moura Gonçalves Presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio

março 2011

Empresário LOJISTA

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CAPA

Padronização das roupas infantis incrementará o segmento Antiga reivindicação dos lojistas do ramo do vestuário, a padronização das medidas de roupas começa a se tornar realidade. Embora não do jeito que os empresários queriam, já que as novas normas sugeridas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são voluntárias. No primeiro estágio, as novas regras anunciadas estabelecem a padronização para a moda infantil, bebê e infanto-juvenil. Até julho será a vez das roupas masculinas, que deverão adotar padrões definidos como atlético, normal e especial. Já as mulheres, vão precisar esperar mais um pouco, pois as normas para as roupas femininas só deverão entrar

no mercado no fim do ano. O objetivo da padronização do vestuário visa corrigir distorções existentes entre os tamanhos das peças de roupas uma vez que as confecções têm como hábito adotar numerações diferenciadas, causando grandes transtornos ao comércio. Para os lojistas do segmento de moda infantil, a padronização deverá trazer benefícios no varejo, como a redução das trocas, que hoje acontecem com frequência, e maior estímulo aos consumidores que ficarão mais propensos a comprar roupas ao invés de brinquedos, na hora de presentear o público infantil.

“Considero excelentes as novas regras” Roberto Masluch, da Loja Pluft

- O que se percebe hoje é que a clientela evita comprar roupas para dar de presente, pois sabe que se fizer isso terá dor de cabeça. Em função deste e de outros fatores, considero excelentes as novas regras. Creio que vieram na hora certa, num momento em que é cada vez maior a discrepância de tamanhos entre os fabricantes. Hoje, se pegarmos cinco roupas infantis do tamanho 10, certamente teremos cinco tamanhos diferentes – explica Roberto Masluch, dono da loja de moda infantil, Pluft, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, Zona Sul do Rio.

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Na avaliação do empresário, por não serem obrigatórias, as normas de padronização da ABNT deverão levar algum tempo para serem acatadas, mas por exigência do mercado, as indústrias acabarão se adaptando a elas. - O grande problema é que para se adaptar às novas regras, as fábricas terão que trocar seus moldes, o que exige investimentos altos. Isso deverá acontecer ao longo do tempo. E quanto maior for o número de indústrias que aderirem às novas regras, aquelas que não se adaptarem, serão desprezadas pelos consumidores e lojistas – alerta Roberto Masluch.

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Satisfeito com as normas anunciadas pela ABNT, o dono da Pluft acredita que assim que as fábricas se adaptem à nova realidade, as vendas no comércio de moda infantil irão aumentar. Isso deverá ocorrer, segundo ele, devido a várias razões, uma delas, porque os consumidores não ficarão mais temerosos na hora de comprar roupas infantis sem que a criança precise experimentar. Outra vantagem apontada pelo empre-

sário é em relação ao número de provadores nas lojas, os quais deverão ser reduzidos. - Os benefícios são imensos e deverão proporcionar mudanças de hábitos nos consumidores de nosso segmento. Na realidade, trata-se de importante decisão que já deveria ter sido tomada há mais tempo, pois evitaria uma série de aborrecimentos que a gente se viu obrigado a enfrentar - acrescenta o empresário.

“Para estimular a padronização deveria haver um selo de qualidade” Sebastião Mesquita Leandro, da Silhueta Infantil

O responsável pelo Setor de Compras da tradicional rede de lojas Silhueta Infantil, Sebastião Mesquita Leandro, embora tenha ficado satisfeito com as novas normas de padronização, se queixa que a ABNT não tenha sido mais rigorosa ao estabelecer como sendo voluntária a adesão das fábricas às medidas anunciadas. Assim, as confecções estão isentas de qualquer multa ou penalidade caso não adaptem suas modelagens às normas sugeridas pelo órgão. Para estimular a imediata implantação das medidas, Sebastião sugere que seja criado um selo de qualidade, com a chancela de um órgão oficial, a serem agraciadas as fábricas que aderirem às novas normas da ABNT. - Há mais de 25 anos que o segmento de moda infantil clama pela padronização dos tamanhos das roupas. A obrigatoriedade em relação às normas anunciadas seria importante, pois poderia acelerar em muito o processo de adaptação das fábricas do segmento infantil. Mesmo assim, considero um avanço as novas medidas para o setor. A preocupação com a padronização das roupas é antiga e nos últimos anos algumas fábricas já vinham trabalhando visando ajustarem suas modelagens à nova realidade do mercado – reconhece Sebastião. De acordo com o executivo, o problema provocado pela falta de padrão nas medidas das peças do vestuário infantil sempre acarretou prejuízos aos lojistas do segmento, seja porque deixava de vender mais produtos devido às trocas, ou porque muitos consumidores acabavam optando por migrar para artigos de outros segmentos na hora de presentear.

março 2011

- Esse fato ocorre até hoje e se deve porque as pessoas geralmente não querem correr o risco de dar uma roupa que não é do tamanho certo da criança – esclarece o responsável pelas Compras da Silhueta Infantil. Para ele, a falta de padronização exige de quem é responsável pelas compras das peças do vestuário das lojas de moda infantil, muita experiência e “feeling”, pois se as encomendas forem feitas apenas com base nos tamanhos das roupas apresentados pelos fabricantes, poderá acabar adquirindo “gato por lebre”. - Aqui em nossa empresa não temos grandes problemas porque conhecemos bem os nossos fornecedores. Mas sabemos que trabalhamos com um público muito versátil em se tratando de medidas. As crianças e adolescentes crescem muito rapidamente, além do que, hoje, estão mais desenvolvidas. Há, por exemplo, crianças de 8 anos que vestem roupas de 10, 12 e até 14 anos. Por isso acho que uma padronização bem feita, bem estudada, levando em consideração as diferenças físicas do brasileiro, vai ser muito bem-vinda – acrescenta o executivo. Para Sebastião Mesquita Leandro, os benefícios que a padronização das roupas irá trazer ao segmento infantil são tantos que haverá mais incremento nos negócios, inclusive, os lojistas poderão investir mais em suas lojas convencionais e até criar lojas virtuais já que atualmente isso não é possível em face de discrepância nos tamanhos das peças do vestuário infantil.

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CAPA

Entrevista com a superintendente da ABNT

Maria Adelina Pereira Em nome da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a superintendente do órgão, Maria Adelina Pereira, falou à Empresário Lojista, esclarecendo questões relacionadas às novas normas estabelecidas para o segmento de moda infantil. Empresário Lojista - Haverá mudanças no vestuário infantil em função das novas normas estabelecidas pela ABNT? Maria Adelina Pereira - A norma ABNT NBR 15800/2009 – Vestuário – Referenciais – de medidas do corpo humano - Vestibilidade de roupas para bebê e infanto-juvenil introduz o conceito da vestibilidade, que consiste na indicação das medidas do corpo para a qual a roupa foi concebida na modelagem. EL - Quais os principais benefícios que a mudança trará para os lojistas do segmento de moda infantil? Adelina - Trará a redução do número de trocas, diminuirá a necessidade do uso do provador, trará a facilidade na compra de presentes e a possibilidade de venda pela internet, sem dúvidas de tamanho. Veja o site www.quintess.com.br EL Como serão aplicadas as novas normas de modelagens? Adelina - O principal objetivo é que as confecções indiquem a quem serve a roupa desenvolvida, como se apresenta nas etiquetas nas roupas. Uma das etiquetas captei na feira FIT em janeiro de 2010, pois a norma foi publicada em novembro de 2009. As demais etiquetas eu obtive na loja Decatlon que, apesar de não haver normas ainda concluídas para feminino e masculino, já adota a indicação da cintura para as pessoas que desejam comprar calças. EL - Os lojistas que desejarem poderão obter a nova tabela de medidas padrão para as roupas infantis? Adelina - Sim, facilmente através do site da ABNT www. abnt.org.br/catalogo EL - A padronização nos tamanhos infantis poderá estimular o varejo a investir nas vendas online das roupas? Por quê?

Adelina - Com certeza, o e-commerce será o maior bene-

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O importante é o entendimento entre o consumidor e a confecção.

ficiado, pois o problema do provador fica resolvido. É só tirar as medidas e escolher as roupas. EL - De que maneira será feita a adesão. Será gratuita ou os fabricantes terão que pagar pela tabela nova? Adelina - A norma tem um custo, porém, as microempresas poderão obter a norma gratuitamente por meio de convênio entre a ABNT e o SEBRAE. Há um banner específico no site da ABNT. El - Como serão desenvolvidas as modelagens infantis para crianças acima do peso? Adelina - A tabela de exemplo de medidas é um anexo da norma de vestibilidade, mas a confecção que tem tabelas para crianças mais gordinhas (“atletas” do videogame) ou para crianças magérrimas (tipo Barbie) pode continuar usando aquelas desenvolvidas por suas modelistas a partir das pesquisas no seu público-alvo. Entretanto, para melhor atender ao consumidor na compra, haverá indicação de quais foram as medidas usadas como base de cintura, tórax e estatura, mesmo que abaixo ou acima da tabela. É um nicho especial. Há uma confecção que entende o corpo dessa criança? Então deve continuar atendendo bem e a norma apenas facilitará a vida de todos (compradores e lojistas) indicando as medidas de corpo para o qual a roupa serve. EL - A senhora acredita que as novas medidas irão incrementar o mercado brasileiro e reduzir a importação, principalmente do vestuário de peças de roupas chinesas? Adelina - Sim. Se as empresas adotarem o conceito de vestibilidade e atenderem melhor os consumidores brasileiros. EL - Qual o prazo que as confecções terão para se adaptarem às novas regras? Adelina - A aplicação de normas técnicas é voluntária e aí se inclui a norma de tamanhos do vestuário infantil, que está à disposição desde 2009. Como sempre afirmamos, não há uma fiscalização de medidas. O Inmetro fiscaliza apenas se há uma indicação de tamanho na etiqueta, mas pune a forma de indicação. Se é P, M, G, ou 2, 4, 6, ou se é pictograma de medidas. O importante é o entendimento entre o consumidor e a confecção.

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As empresas devem recolher até 31 de março, em todo o País, a Contribuição Confederativa de 2011 para os respectivos sindicatos patronais. As empresas enquadradas no Sindilojas-Rio recolherão para este sindicato. Anualmente, uma Assembléia Geral Extraordinária é convocada para tratar dos valores a serem estabelecidos na tabela da Contribuição Confederativa. A contribuição para 2011 foi aprovada na Assembléia de 16 de novembro de 2010. Como ocorre sempre nas assembléias que tratam de assuntos de interesse dos lojistas cariocas, e de acordo com o Artigo 16 do Estatuto da entidade, todos os lojistas do Rio podem participar mesmo que suas empresas não sejam associadas ao Sindilojas-Rio. O pagamento da Contribuição está prevista na Constituição Federal em seu Artigo 8º. Por isso, as empresas têm como obrigação o seu recolhimento anual. O pagamento deve ser feito até o final de março, neste ano na 5ª feira, 31 de março, de preferência em agência do Banco do Brasil. INVESTIMENTO A parcela da Contribuição Confederativa que cabe ao Sindilojas-Rio é totalmente aplicada em benefício das empresas lojistas do Rio. Com esses recursos são mantidos serviços jurídicos (trabalhista, civil e tributário), de marcas e patentes, de assistência de despachantes nas áreas municipal, estadual e federal, junto à Previdência Social e à Receita Federal. Os benefícios vão além. Todo mês, as empresas recebem gratuitamente a revista Empresário Lojista. Na sede e nas delegacias do Sindilojas-Rio são prestados atendimentos relacionados à Medicina Ocupacional e à Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho, em convênio com o Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro. Em parceria com o CDLRio, o Sindilojas-Rio patrocina o IVAR - Instituto do Varejo, entidade promotora de atividades culturais e educacionais para lojistas e comerciários e mantenedora de banco de empregos. O Sindilojas-Rio não é apenas prestador de serviços.

Representa a categoria de lojistas do Rio junto ao Sindicato dos Empregados no Comércio e aos governos municipal, estadual e federal. Mesmo as empresas lojistas que não sejam associadas do Sindilojas-Rio podem consultar a Gerência Jurídica, gratuitamente, sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias, Imposto de Renda, Previdência Social e marcas e patentes. Do que se recolhe de Contribuição Federativa é feito um rateio entre sindicatos, federações, neste Estado com a Federação do Comércio do RJ, e Confederação Nacional do Comércio. INSTRUÇÕES As guias para o recolhimento da contribuição serão enviadas às empresas ou aos seus contabilistas em meados de março. Também poderão ser solicitadas na sede ou nas delegacias do Sindilojas-Rio, cujos endereços estão na contracapa desta revista. Cópias da guia poderão ser obtidas no portal do Sindilojas-Rio: www.sindilojas-rio.com.br. Esclarecimentos sobre o recolhimento da Contribuição podem ser obtidos através do telefone 2217-500 ou nas delegacias de serviços. ●● Para pagamentos efetuados após 31.03.2011 será aplicada multa de 2%, acrescida de juros de 1% ao mês; ●● O pagamento da Contribuição Sindical não confere quitação ao pagamento da Contribuição Confederativa. ●● O valor pago a título de Contribuição Sindical não poderá ser deduzido do valor a ser pago a título de Contribuição Confederativa. ●● O enquadramento na tabela deverá ser feito por estabelecimento (ponto-de-venda, matriz, escritório etc.); ●● Empresas com mais de um objeto social estão obrigadas a recolher a contribuição também para o comércio lojista; ●● Somente serão consideradas microempresas aquelas registradas no Ministério da Fazenda e no gozo efetivo de suas regalias.

TABELA DE CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA DE 2011 (Recolhimento até 31 de março)

MICROEMPRESAS

PARA AS DEMAIS EMPRESAS

A CONTRIBUIÇÃO É NO VALOR DE PR$ 95,00

VALOR R$ 95,00 MAIS R$ 6,40 POR EMPREGADO

OBS: A Contribuição máxima por estabelecimento é de R$ 1.870,00, sendo a Contribuição máxima por empresa no valor de R$ 30.400,00

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COOPERATIVISMO

Em março, recolhimento da Contribuição Confederativa


COMÉRCIO

Comércio incentiva a Páscoa além do chocolate Engana-se quem pensa que a Pás-

desenhos sobre o tema, além de

coa é apenas chocolate. Restrita

outros artigos especialmente con-

até há bem pouco tempo somen-

feccionados para a ocasião. Na

te à troca de ovos de chocolate, a

realidade, a cada ano que passa

Páscoa foi descoberta pelos lojis-

o varejo cria mais opções de pro-

tas como sendo um grande nicho

dutos para lembrar a data, e essa

de mercado, pois permite oferecer

estratégia tem agradado em cheio

aos consumidores outros atrativos

aos

consumidores,

independente-

como brinquedos, bichos de pelú-

mente da idade e do poder aqui-

cia, toalhas e panos de prato com

sitivo.

MUDANÇA EM PRESENTEAR Na loja de brinquedos Barra Rey, no Shopping Iguatemi, a Páscoa tem sido uma das datas mais fortes ao longo dos últimos anos. A gerente Carla

Cristina Alves entende que essa mudança se deve principalmente em função das fábricas de brinquedos que se conscientizaram da importância de investir nesta data. De acordo com Carla, uma das razões para essa mudança de comportamento se deve ao fato dos pais, tios e avós terem embarcado nesse clima e assim conseguem convencer as crianças das vantagens de trocarem o tradicional ovo de chocolate por outros atrativos como bichos de pelúcia e bonecos de personagens infantis, vestidos de coelhos. - As campanhas publicitárias estão ajudando a incrementar a Páscoa neste sentido, não restringindo somente a data aos ovos de chocolate. Por se tratar de uma data que representa coisas que nos lembram a infância e aguçam o romantismo, o varejo vem focando esta época não somente as crianças, mas também os adultos. Daí o sucesso de vendas de outros produtos - destaca Carla Cristina.

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VITRINES AJUDAM A VENDER De olho neste mercado que cresce bastante, a Imaginarium, uma das maiores redes de lojas de presentes e decoração do Rio, passou a investir na data há dois anos, quando começou a oferecer mimos atrelados à época. De acordo com o gerente da filial do Botafogo Praia Shopping, Mauro Henrique Sant’Ana, a estratégia deu tão certo que hoje as vendas de produtos alusivos à Páscoa representam a quarta melhor data da empresa, perdendo apenas para o Natal, Dia dos Namorados e Dia das Mães. Para fisgar mais ainda os consumidores que curtem dar presentes na Páscoa, Mauro conta que costuma preparar uma vitrine temática que atrai crianças e adultos para o interior de sua loja.

tizarem da importância de investir na Páscoa - observa Mauro.

- A Páscoa é uma data que embora seja religiosa, envolve muita magia. As pessoas de um modo geral se encantam com esta época e acabam comprando presentes diversificados, não se limitando apenas aos tradicionais ovos de chocolate. Além do público infantil, que adora ganhar brinquedos, os adultos também curtem receber presentes nesta época. Por isso, os lojistas devem estar atentos e se conscien-

Entre as opções de presentes diferentes que as lojas Imaginarium estão oferecendo nesta Páscoa, destaque para os coelhinhos confeccionados em lycra e recheados de bolinhas de isopor, além de almofadas estilizadas, na cor marrom aveludado, em formato redondo, batizada de biscoito bolacha, e outra, em forma de retângulo que lembra um tablete de chocolate.

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COMÉRCIO

Câmara Portuguesa do Rio comemora 100 anos

A Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria

me projeto nº 1.105.551, aprovado pela Secretaria

do Rio de Janeiro, a mais antiga do mundo, está

Estadual de Cultura por publicação de 16/12/2010

elaborando um Livro Comemorativo dos 100 anos

no Diário Oficial , (Poder Executivo, parte I, fls. 23).

da instituição, cuja história se encontra atrelada à

As participações também poderão ser feitas de

própria cidade do Rio de Janeiro.

outras formas, sem a utilização da Lei de Incentivo.

A obra abordará a evolução do comércio português no Rio de Janeiro ao longo do século 20 e mostrará a fundamental importância da Câmara Portuguesa nas relações econômicas, políticas e sociais entre o Brasil e Portugal. O lançamento será no dia 16 de setembro, no Encontro do Conselho das Câmaras Portuguesas do Brasil, no Rio de Janeiro. Na certeza de que este material será de grande valia para a comunidade empresarial luso-brasileira e para o Rio de Janeiro, estamos oferecendo a oportunidade de participação nesta edição histórica, através da aquisição de cotas de patrocínio, ten-

tar comemorativo dos 100 anos, para 400 pessoas, no Museu Histórico Nacional, a ser realizado dia 17 de setembro de 2011, tendo entre seus convidados os presidentes de Portugal e do Brasil, o governador do Estado do Rio e o prefeito da Cidade. O jantar será precedido de missa a ser celebrada pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, na Igreja Nossa Senhora de Bonsucesso, no Centro do Rio. Para outras informações, os interessados podem contatar a Câmara Portuguesa do Rio, pelo telefone

do como vantagens algumas contrapartidas. O livro, enquadrado na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, dará ao empresário a opção de abater 80% do valor da cota sobre o ICMS devido, confor-

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Esses patrocínios ajudarão ainda a financiar o jan-

(21) 2533-4189, ou através dos e-mails: atendimento@camaraportuguesa-rj.com.br diretoria@camaraportuguesa-rj.com.br.

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e


VENDAS

O Impacto da Tecnologia da Informação no Varejo A tecnologia, notadamente a da informação, vem evoluindo de forma rápida e assustadora que a gente nem percebe as transformações que estão ocorrendo. Adaptar-se a estas mudanças é uma questão de sobrevivência para as pessoas e para as empresas. Aqueles que são jovem há mais tempo tem uma resistência muito maior para aprender e usar as maravilhas que o mundo da tecnologia nos oferece, mas as crianças operam esses equipamentos (computador, smartphone, iPhone, iPad e muitos outros), como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Como a maioria dos proprietários de lojas, obviamente não são crianças, têm uma resistência muito grande em implantar, nas suas empresas, determinadas tecnologias por entender que não são aplicáveis ao seu tipo de negócio, mediante o argumento de que isso é coisa para grandes e médias empresas. Ledo engano, as novas tecnologias, como as mídias sociais, são aplicáveis a qualquer tipo de negócio e qualquer que seja o tamanho da empresa. Aqui no Rio de Janeiro tem um exemplo claro de como uma pequena rede de lojas pode explorar, de forma brilhante, as mídias sociais. Refiro-me à marca Alice Disse que, com apenas três lojas físicas e uma loja virtual, tem próximo de 22 mil seguidores no Twitter, o que permite a referida marca estabelecer uma série de ações, com base na opinião de seus clientes, extremamente estratégica para o sucesso da marca, como por exemplo ouvir os seus clientes/ seguidores, antes do lançamento de novas coleções. Por exemplo, a empresa desenvolve uma pequena coleção com 20 peças e coloca no Twitter para os clientes/seguidores escolherem qual a peça que gostariam de ganhar, de cinco a serem sorteadas. As pecas escolhidas serão as campeãs de venda. Com isso, minimiza os erros e encalhe no lançamento de novas coleções. Para se ter uma ideia, na NRF de 2010 (National Retail Federation), realizada em Nova Yorque em janeiro do ano passado, as mídias sociais foram as vedetes do evento, como grande novidade, e apenas um ano depois já tem pequenas empresas

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Juedir Teixeira, Vice-Presidente de Marketing do Sindilojas-Rio e membro do Conselho Editorial da Empresário Lojista

brasileiras explorando de forma brilhante a nova tecnologia. Em 2011, o principal tema abordado na NRF foi a tecnologia móvel, ou seja, o uso do telefone celular (smartphone e o iPhone), como ferramenta de interligação do cliente com a loja, para consultar saldo na conta bancária, procurar o produto, consultar preço e efetuar a compra e o pagamento, dando mobilidade ao cliente para fazer a sua compra em qualquer horário e em qualquer lugar que ele esteja. O uso da tecnologia mudou a forma de fazer varejo. Mudou a relação da loja com o cliente e do cliente com a loja, portanto, é necessário que o empresário lojista se adapte a essa nova realidade do mercado varejista. Se você como Pesquisa realizada pela varejista não Accenture, empresa de conacredita nas mídias sultoria, em fevereiro de 2011, indica que 7 entre 10 (70%) sociais é preciso dos brasileiros estão disposrever os seus tos a pagar as suas contas com conceitos o celular, só perdendo para os chineses e indianos, com 76% e 75%, respectivamente. Como disse um palestrante na NRF 2011, se você como varejista nao acredita nas mídias sociais é preciso rever os seus conceitos com a urgência necessária, pois os clientes já entenderam a sua importância como meio de se relacionar com os lojistas. Diante dessa realidade, pergunto: o que você tem feito na sua empresa em termos de uso de tecnologia? Você já esta usando alguma mídia social, como Twitter e Facebook para se relacionar com seus clientes? Você já pensou em usar algum aplicativo na sua loja que permita o pagamento através do celular? Você é um varejista orientado pelos clientes? Ou ainda se orienta pelos produtos? O meio móvel pode facilitar mudar isso. Se você conhece o seu cliente, pode levar até ele as ofertas e promoções da empresa. É preciso personalizar cada cliente. Pense nisso!

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

PERGUNTE! Empresário Lojista responde Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer consultas sobre questões jurídicas trabalhistas, cíveis e tributárias através do tel. 3125-6667, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advogada Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do Sindilojas-Rio, e suas respostas. Como a Caixa Econômica faz o repasse dos valores da Contribuição Sindical? Conforme Art. 589 da CLT, o repasse dos valores da Contribuição Sindical para as entidades sindicais, observará os seguintes critérios: hh 5% para a confederação correspondente; hh 15% para a federação; hh 60% para o sindicato respectivo; hh 20% para a “Conta Especial Emprego e Salário” do Ministério do Trabalho e Emprego. Houve prorrogação do prazo para a

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entrega da RAIS ano base 2010 para os estabelecimentos atingidos pelas fortes chuvas do início do ano de 2011? Sim. Foi publicada no Diário Oficial de 9/2/11, a Portaria 228 MTE, de 8/2/2011, que prorrogou para até 25/3/2011, o prazo para a entrega da declaração da RAIS ano-base 2010 para os estabelecimentos dos municípios que se encontram em estado de calamidade pública em função das catástrofes ocorridas por motivo das fortes chuvas do início do ano de 2011. A empresa deve remunerar as faltas justificadas cometidas pelo empregado que percebe à base de comissão? Sim. Ocorrendo faltas justificadas ao serviço, a empresa deverá remunerar os dias de ausência da seguinte forma: hh Total das comissões apuradas no mês/número de dias efetivamente trabalhados = valor correspondente a um dia de trabalho

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hh Total do cálculo acima x números de dias de ausência justificada. Quais precauções o empregador deverá tomar quando realizar o pagamento dos salários em cheque ou conta bancária? Quando os pagamentos forem efetuados através de cheques ou depósitos em conta corrente, o empregador deverá assegurar ao empregado: hh Horário durante o expediente ou logo após este, que permita o desconto imediato do cheque ou o saque imediato do valor depositado; hh Transporte, caso necessário, para acesso ao estabelecimento bancário; hh Quaisquer outras condições que impeçam atrasos no recebimento dos salários e/ou da remuneração das férias. É obrigatória a realização de exame médico ocupacional pelo empregado doméstico? Não. A realização dos exames médicos ocupacionais, por exemplo, é obrigatória para os empregados regidos pela


DÚVIDAS JURÍDICAS

CLT, porém não há exigência legal aos empregados domésticos, ficando o exame demissional, a critério do empregador doméstico. A realização do exame assegura ao empregador que o empregado gozava de plena saúde quando de seu desligamento. Quando se inicia a contagem do prazo prescricional dos créditos trabalhistas nos casos de aviso prévio indenizado? Ocorrendo dispensa sem justa causa com aviso prévio indenizado, a contagem do prazo prescricional inicia-se a partir do último dia da projeção do respectivo aviso. A empresa que fornece tíquete-refeição aos seus empregados está obrigada a conceder também durante o período de férias? Não. A finalidade do tíquete nada mais é senão assegurar e facilitar a alimentação diária do empregado, no intervalo da jornada de trabalho Sendo assim, durante o período de férias do empregado, bem como em dias não úteis, a

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empresa não está obrigada a conceder os tíquetes. As férias indenizadas na rescisão contratual sofrem incidência de INSS?

Direção: J. Teotônio

Não. Quando indenizadas em rescisão contratual (vencidas ou proporcionais), não sofrem incidência de INSS e FGTS, sujeitando-se, tão somente, ao desconto do Imposto de Renda na Fonte, se for o caso. A empregada terá direito a algum descanso em caso de aborto não criminoso? Sim. A segurada da Previdência Social que sofrer aborto não-criminoso tem direito a duas semanas de licença sob o título de salário-maternidade. Para fins de equiparação salarial, a diferença de tempo é contada no serviço ou na função? Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego.

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Tel: (21) 2583-9797

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ECONOMIA Estratégia e Coordenação de Políticas para a Cidade e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro O Estado do Rio de Janeiro e sua capital passaram por décadas de perda de participação na economia nacional. Entre 1970 e 2008, por exemplo, a cidade do Rio apresentou uma perda de participação, no PIB brasileiro, de 60,2%. Em período mais recente, vemos uma melhoria dos números e das perspectivas da cidade do Rio de Janeiro, sua região Metropolitana e do total do Estado. Isto pela reestruturação da máquina pública estadual Vemos que e pelos investimentos priainda vados previstos para a região, ou já em curso. é necessário Vemos, no entanto, estabelecer que ainda é necessário esestratégia, que tabelecer uma estratégia, vise uma maior que vise uma maior disseminação dos resultados disseminação econômicos e os benefídos resultados cios sociais. Quando anaeconômicos e lisamos, por exemplo, os benefícios sociais dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, se, por um lado, vemos que a renda do emprego formal e informal, na cidade do Rio de Janeiro e na RMRJ, cresceu, entre março/2002 e dezembro/2010, respectivamente, 17,1% e 15,7%, contra um crescimento, nas principais metrópoles brasileiras, de 7,2%. Por outro lado, o número de pessoas ocupadas, formal e informalmente, cresceu, na cidade do Rio e na RMRJ, apenas, respectivamente, 15,9% e 19,4%, contra um crescimento, nas principais metrópoles de 29,9%. Além disso, quando analisamos os dados da evolução do número de estabelecimentos no comércio varejista, na cidade do Rio, entre 2000 e 2009, vemos uma péssima evolução, comparativamente às cidades de São Paulo e Belo Horizonte, no que diz respeito aos micro estabelecimentos, com entre 0 e 9 empregados formais. Nesse período, enquanto, na cidade do Rio, o crescimento de novos micro estabelecimentos, no comércio varejista, foi de apenas 3,7%, nas cidades de São Paulo e de Belo Horizonte, verificou-se um crescimento de, respectivamente, 30,4% e 21,4%.

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Mauro Osorio da Silva, professor e consultor do CDLRio Na mesma direção, ao analisarmos a evolução do número de micro estabelecimentos industriais, entre 2000 e 2009 – 0 a 19 empregados formais –, vemos um crescimento de micro estabelecimentos, na RMRJ, de 5,9%, contra um crescimento, na RMSP e na RMBH, de, respectivamente, 13,9% e 22,9%. Os micro estabelecimentos comerciais formais encontram-se, via de regra, nas ruas da cidade, e não dentro de shopping centers. Entendemos que o seu baixo dinamismo, na cidade do Rio, deve-se, em grande medida, à situação de violência e precarização das ruas da cidade, principalmente fora da Zona Sul. No caso da indústria, na RMRJ, a carência de oferta de infra-estrutura, tem dificultado a ampliação da instalação de estabelecimentos industriais de menor porte, como fornecedores e consumidores de insumos dos grandes empreendimentos que vêm se instalando na RMRJ, tais como a CSA, na Zona Oeste, e a Rio Polímeros (pólo de gás-químico), em Duque de Caxias. Dessa forma, visando superar definitivamente a trajetória de decadência das últimas décadas, e nos apropriarmos, de fato, das perspectivas geradas com os mega eventos esportivos e grandes investimentos industriais, é necessário ocorrer, na cidade do Rio e na RMRJ, através de uma parceria público/privada, um refinamento da estratégia regional – que passe pela definição de prioridades, do ponto de vista social, econômico e territorial – e a consolidação de uma coordenação de políticas. Essa estratégia passa, entre outros pontos, pela continuidade de implantação das UPPs e melhoria do padrão ético na Polícia; pela ampliação dos investimentos em infra-estrutura urbana, principalmente em regiões da cidade como a Zona Suburbana e Zona Oeste; e pela criação de uma governança metropolitana, que consiga gerar uma integração de políticas que englobe os setores de transporte de massa; logística de transporte de carga; saneamento e política ambiental; infra-estrutura de telecomunicações; e as áreas de educação e saúde.

*Mauro Osorio é autor de “Rio Nacional, Rio Local: Mitos e Visões da Crise Carioca e Fluminense”, Editora Senac Rio.

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ENSINO

UniCarioca inaugura unidade no centro do Rio

O Centro Universitário Carioca, a UniCarioca, Universidade do Rio, inaugurou sua unidade no centro da Cidade, no prédio do CDLRio, na Rua da Alfândega, 111. A nova unidade oferecerá cursos de Administração, Gestão de RH, Marketing e Ciências Contábeis. Na foto, da esquerda para a direita, o presidente Aldo Gonçalves, do CDLRio e do Sindilojas-Rio; o acadêmico Arnaldo Niskier; o prof. Abraão Flanzboym, superintendente administrativo do CDLRio; Fernando Melo, assessor da Presidência do CDLRio, e o prof. Celso Niskier, reitor da UniCarioca. .

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IMPOSTOS

ISS ou ICMS: O que pagar e a quem pagar?

Uma questão que sempre trouxe dúvidas e preocupações aos empresários diz respeito ao pagamento de impostos incidentes sobre àquele bem comercializado que envolve tanto a venda O estabelecimento de uma mercadoria, de um critério como a prestação de definitivo para se um serviço. É o caso, por exemplo, dos ressaber o que pagar e a taurantes, que vendem quem pagar em casos além do alimento – como o mencionado é mercadoria -, o serviço medida muito de elaboração da refeibem-vinda ção. O Superior Tribunal de Justiça vem adotando o seguinte entendimento: Sobre operações “puras” de circulação de mercadoria e sobre os serviços previstos no inciso II, do art. 155 da CF (transporte interestadual e internacional e de comunicações), incide ICMS; sobre as operações “puras” de prestação de serviços previstos na lista de que trata a LC 116/03, incide ISS; e sobre operações mistas, incidirá o ISS sempre que o serviço

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Luiz Antonio Alves Corrêa, Vice-Presidente do CDLRio, sócio fundador do Escritório Luiz Antonio Alves Corrêa – Advogados

agregado estiver compreendido na lista de que trata a Lei Complementar 116/03 e incidirá ICMS sempre que o serviço agregado não estiver previsto na referida lista. Em caso examinado recentemente, uma ótica que tem por atividade a elaboração e comercialização de óculos de grau personalizados, sob prescrição médica, questionou a incidência de ICMS sobre essa operação, tendo em vista que esta possui um serviço agregado. O Superior Tribunal de Justiça entendeu que como aquele serviço de elaboração e comercialização de óculos de grau personalizados, sob prescrição médica, não tinha previsão na referida lista contida na Lei Complementar 116/03, incidiria, na hipótese, o ICMS e não o ISS. O estabelecimento de um critério definitivo para se saber o que pagar e a quem pagar em casos como o mencionado é medida muito bem-vinda e de extrema importância, pois dá fim à insegurança dos empresários, permitindo, com isso, que estes possam traçar estratégias e programas comerciais com mais precisão e eficiência, além de acabar com a guerra fiscal entre os estados e os municípios. Contato: luizantonio@laacorrea.adv.br

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EVENTO

Lojistas comemoram o Dia do Rio Os 446 anos da fundação da Cidade do Rio de Janeiro foram festejados pelos lojistas da Cidade, nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, data do Rio. As celebrações, já tradicionais, foram promovidas pela SARCA - Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências, com o apoio do Sindilojas-Rio e do CDLRio. Na segunda-feira, 28 de fevereiro, a comemoração foi no monumento ao Cristo Redentor, no Corcovado. A bênção à Cidade foi dada pelo padre Omar Raposo. A famosa cantora Marlene, que recebeu troféu e faixa com o título de “A Mais Carioca do Rio”, cortou o bolo do 446° aniversário da Cidade, com 4 metros e 46 centímetros, numa referência aos anos de fundação da Cidade. A festa foi animada pela banda da SARCA.

O presidente da SARCA, Roberto Cury, a cantora Marlene e o padre Omar Raposo (ao centro) cortam o primeiro pedaço do bolo em homenagem à Cidade, observados pelo diretor de Associação dos Empregados do Comércio, Moisés Henrique de Andrade; pela presidente da 13ª Área de Integração de Segurança Pública, Maria João Gaio, e pelo conselheiro fiscal do Sindilojas-Rio, Manoel Verdial.

No dia 1º de março, a comemoração foi na Rua da Carioca, cuja reportagem está nas páginas seguintes.

Padre Omar Raposo rezou pela paz em nossa Cidade e depois abençoou o público jogando água benta.

A cantora Marlene recebeu seu troféu do Presidente da SARCA, Roberto Cury.

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Lojistas festejaram o Dia do Rio No dia 1º de março, data da fundação da Cidade, houve a tradicional festa na Rua da Carioca, organizada pela SARCA, com apoio do Sindilojas-Rio e do CDLRio. Presentes o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi; o prefeito do Rio, Eduardo Paes; o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, e o ex-jogador de futebol, Zico, que recebeu o título de “O Mais Carioca do Rio” das mãos do presi-

dente do Sindilojas-Rio e do CDLRio, Aldo Gonçalves. Entre as atrações que marcaram a festa na Rua da Carioca, o bolo de 10 metros distribuído ao público, apresentação da Banda Marcial Dragões Iguaçuanos do Colégio Novo Horizonte, e a chegada da imagem peregrina de São Sebastião, conduzida especialmente da Catedral Metropolitana do Rio por viatura do Corpo de Bombeiros.

O primeiro pedaço do bolo foi cortado pelo presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio, Aldo Gonçalves; pelo presidente da SARCA, Roberto Cury; pelo eterno ídolo do Flamengo, Zico e pelo arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, sob os olhares da deputada Myrian Rios.

Diante da imagem de São Sebastião, o presidente da SARCA, Roberto Cury; o arcebispo do Rio, Dom Orani; o empresário Aldo Gonçalves, e o diretor social do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio, Alfredo Sozinho, rezaram pelas vítimas das enchentes na Região Serrana..

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Cada aniversário deve renovar as nossas forças para que a gente cumpra os desafios que a Cidade tem. O Rio vive um momento especial e não tenho dúvidas de que a cada ano vamos ter um aniversário mais feliz Prefeito Eduardo Paes Empresário LOJISTA


EVENTO

A Cidade está de parabéns e estou muito feliz por ser homenageado. Também estou confiante de que a Cidade estará preparada para os próximos eventos esportivos. Será uma prova de fogo, mas acho que as autoridades estão dando tranquilidade muito grande à população

Zico

O bolo, tradicionalmente montado pela SARCA, tinha várias imagens como pontos turísticos da Cidade, o símbolo das Olimpíadas Rio 2016, e o retrato do “Galinho de Quintino”, Zico.

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, recebeu do presidente Aldo Gonçalves, a faixa “O Ministro Mais Carioca do Rio”. Embora vascaíno, o prefeito Eduardo Paes ergueu a taça que o Flamengo quer receber.

A deputada Myrian Rios entregou ao presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio, Aldo Gonçalves, troféu alusivo ao evento.

O anfitrião da festa, Roberto Cury, levantou a polêmica “Taça das Bolinhas”, que deve ser dada ao primeiro pentacampeão brasileiro de futebol.

O empresário Aldo Gonçalves, cumprimentou Zico após homenageá-lo com o troféu que marcou os 446 anos de fundação do Rio.

O vice-presidente do Sindilojas-Rio, Julio Martin Piña Rodrigues (terceiro à direita), também prestigiou o evento. Na foto, Julio com Aldo Gonçalves, o arcebispo Dom Orani, e a deputada Myrian Rios.

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EVENTO

Campanha do Balão Mágico

A Diretoria do Sindilojas-Rio semestralmente promove campanha de associativismo e de contratos de Medicina Ocupacional entre os colaboradores. No se-

O Presidente Aldo Gonçalves, do Sindilojas-Rio, entrega ao colaborador Jorge Felipe, o principal prêmio da campanha por ter feito o maior número de negócios no segundo semestre de 2010, assistido pelo superintendente Carlos Henrique Martins

gundo semestre de 2010, a campanha teve o título de Balão Mágico, havendo sido feitos 536 negócios. Em

Por equipe, os colaboradores que fizeram mais

cerimônia no dia 28 de fevereiro, o Presidente Aldo

negócios foram Maria Auxiliadora, da Verde; Adriana

Gonçalves, acompanhado dos demais diretores, pre-

Nicolau, da Azul; Edvaldo Cirino, da Rosa, e Claudir

miou os vencedores da Campanha do Balão Mágico.

Carlos, da Roxa.

Das cinco equipes constituídas de colaboradores, a

Para este primeiro semestre, a campanha denomi-

vencedora foi a vermelha. Nesta equipe quem fez mais

na-se “Tô sem freio”, mantendo-se as cinco equipes,

negócios foi Jorge Rocha, seguido de Bruno Pizzani e

embora seus membros tenham sido remanejados para

de André Demétrio.

equipes diferentes da última promoção.

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RECURSOS HUMANOS

PRATA DA CASA Este jargão, se é que podemos chamar assim, é muito utilizado no futebol. Quer dizer o seguinte: o aproveitamento no time principal dos jovens atletas que começaram no clube com idade tenra, por volta de dez, 12 anos e frequentaram as divisões de base. Quantos craques não passaram pelo infanto, juvenil, juniores e depois despontaram no futebol mundial com uma habilidade impressionante? Evidentemente, o sonho de todo adolescente que ingressa em um clube de futebol é ser, no futuro, titular no time de profissionais. Infelizmente os critérios futebolísticos atuais não seguem este princípio com rigidez e, provavelmente, por essa razão, sentimos falta de times de futebol esbanjando a categoria que em outras épocas pudemos apreciar. Hoje, prefere-se contratar atletas renomados, pagando salários estratosféricos, para conseguir, por vezes, resultados pífios. Além de colocar em risco as finanças do clube, os dirigentes ainda enlouquecem a torcida. Pergunta-se: a máxima, segundo a qual, tudo que vem de fora é melhor, funciona mesmo? Há controvérsias. Por ser o mesmo tema, contendo objetivos idênticos, quais sejam: resultados satisfatórios, finanças organizadas e sucesso, como estão na fita as empresas? Fazem uso da “prata da casa” ou os seus gestores acham, também, que os profissionais de fora são melhores? Comparadas ao futebol, vê-se que a mesmíssima coisa acontece nas empresas. Quando um candidato consegue ser aprovado em qualquer organização o seu desejo é, no futuro, ser promovido à outra função, não só em busca de uma melhor remuneração, mas também pensando na sua realização profissional. Ele quer ser útil, quer produzir, quer se sentir competente, quer mostrar o seu trabalho. E aqui não há distinção de sexo: o vento que venta cá venta lá! Deve ser muito chato fazer um sacrifício do caramba, estudar à noite, buscando o aperfeiçoamento para oferecer à empresa na qual trabalha uma mão de obra mais qualificada e o patrão passar batido. Nenhum

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Valmir de Oliveira, gerente Administrativo/ Financeiro do Sindilojas-Rio

toque do tipo:- E aí, já passou para o próximo semestre? Poxa, além de causar desmotivação, a falta de incentivo pode até originar leve depressão. Gente, fala sério. Dependendo do segmento da empresa, o correto é convocar o RH e solicitar avaliações: - Quem está estudando o quê? Administração? Direito? Informática? Contabilidade? Então promovam testes específicos, sintam como esses colaboradores estão evoluindo e vejam se há interesse por parte deles em serem aproveitados futuramente na empresa. Este simples gesto provocará a maior expectativa na galera. E mais: de repente, surgirão verdadeiros diamantes que antes não se mostravam, por diversas razões, sendo A máxima, preteridos por profissegundo a qual sionais vindos de fora, bons também, mas que tudo que vem de fora por desconhecerem a é melhor, funciona cultura da empresa, em mesmo? determinados momentos, cometem falhas de criatividade. Já com os talentos internos isto não ocorrerá, pois eles conhecem a empresa de cabo a rabo, nos pormenores, na medida em que constituem a memória institucional da casa. Eis a grande vantagem. E cá pra nós, essa história de que santo de casa não faz milagre é a maior furada. Só não faz se o dono da casa não permitir. Bem, a exemplo dos clubes de futebol, muitas empresas continuarão no padrão de investimento externo, gastando rodos de dinheiro, sem consultar a sua base, o seu capital humano. Outras, mesmo de forma tardia, irão rever seus conceitos e, imediatamente, aproveitarão o que têm de melhor. Maravilha: abriram os olhos a tempo de fazer mudanças importantes. Ademais, com toda certeza, dirigentes ou gestores que não souberem aproveitar os talentos internos, ou seja, a “prata da casa” podem ficar vendo por muito tempo a banda passar! Contatos: rh@sindilojas-rio.com.br

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PLANEJAMENTO

Loja faz promoção de vendas esquecendo detalhes como o embrulho Ao se planejar venda especial, inclusive a do gênero de liquidação, deve-se ter toda a atenção para se evitar pontos de estrangulamento. Basta um obstáculo ao fluxo de venda, para se pôr a perder todo o planejamento e recursos de uma promoção. Exemplo se teve num sábado recente, aqui no Rio, na filial de importante loja de departamentos. A organização promoveu uma venda especial de artigos para o lar. Tablóide em cores com as principais ofertas foi distribuído junto aos jornais de grande circulação. No interior da loja, cartazes bem feitos e localizados davam ao ambiente, o clima psicológico necessário à promoção. As araras expondo mercadorias em ofertas, destacando, naturalmente, aquelas anunciadas no tablóide. Os vendedores tensos, mas procurando ser atenciosos com a clientela que os rodeava com artigos para emissão de nota de venda. Em ponto estratégico da loja, funcionários atendiam clientes portadores de cheque ou cartão de crédito. Tudo para agilizar o pagamento. As caixas, embora com filas longas, com aquela providência para os que iam pagar com cheque ou cartão de crédito, davam um atendimento bastante rápido. Portanto, até aqui, a impressão que se tinha era a excelência do planejamento. Tudo havia sido previsto para facilitar as vendas, num dia especial. Inclusive a publicidade através de chamadas na televisão no dia anterior e do tablóide em cores, distribuído também na loja, havia atraído um grande número de fregueses. Infelizmente, todo o processo teve um ponto de estrangulamento. E pior: no seu final, na seção de embrulhos. Mesmo antes de chegar à seção, já se podia observar que alguma coisa de anormal estaria ali ocorrendo. Uma multidão se aglomerava junto ao balcão, sacudindo seus talões, reclamando a entrega das mercadorias que já haviam sido pagas. Dentro da seção, o que se poderia chamar de caos. Muitos empregados tentando encontrar os pacotes dos clientes. Naturalmente, as altercações entre compradores e empregados foram constantes. Ao que tudo indica, no início do dia, os empregados da seção de embrulhos mantiveram a rotina de colocar as mercadorias na sacola, grampeando nela o canhoto da nota de compra entregue pelo vendedor. Na primeira hora, tudo deve ter ocorrido dentro da normalidade. Mas com o passar do tempo, com o volume maior de vendas,

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os artigos vendidos começaram a abarrotar a seção. Embora as sacolas fossem colocadas em escaninhos de acordo com a unidade do número da nota, pôde-se perceber que ao serem amontoadas, perdia-se a noção de ordem. A cada pedido de entrega de mercadoria, era aquela procura no escaninho. Com a confusão os empregados da seção não mais empacotavam as mercadorias trazidas pelos vendedores. E os fregueses se amontoando, empurrando, gritando junto ao balcão do setor. Os responsáveis pela promoção certamente esqueceram-se do setor de empacotamento. Alteraram os processos de venda e até mesmo de pagamento, visando agilizar as compras. Deixaram de lado o setor de empacotamento que, pelo visto, nunca havia dado problema. Naquele sábado, contudo, foi o ponto de estrangulamento do planejamento da promoção. O fato além de prejudicar a boa imagem que a empresa comercial goza, deve afetar as próximas vendas. Isto porque junto ao balcão do empacotamento, ouviamse reclamações ao atendimento, motivo para que muitos afirmassem que não poriam mais os pés naquela loja. É, fato que essa atitude é bastante emocional, não se efetivando para muitos clientes que, apesar dos transtornos, voltarão a comprar na loja de departamentos. No comércio como em atividades de prestação de serviços, o pior é ter um cliente mal atendido. Um é capaz de prejudicar a imagem do estabelecimento que cem bem atendidos não são capazes de resgatá-la, afirma experi-

Ao planejar a promoção de uma venda especial, os seus responsáveis não podem descuidar de nada

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mentado lojista. Por outro lado, parece que a direção da loja não deu muita importância ao ponto de estrangulamento. Isto porque a situação perdurou por muito tempo. Pelo menos durante a hora e meia em que lá permanecemos. Embora dando atendimento individual a quem se aventurasse a procurá-lo, o nó no processo de vendas continuava. Não houve, pelo menos naquele período, ninguém que tomasse a iniciativa de procurar desatar o nó górdio; ninguém de bom senso que pusesse ordem naquela seção e, assim, encontrasse uma solução para a entrega de mercadorias. Ao deixarmos a loja, ainda ouvimos alguém procurando a gerência para reclamar que nem todos os artigos adquiridos estavam na sacola. O caos, admitimos, além de prejudicar a imagem da loja ainda provocará prejuízos financeiros, em decorrência de trocas ou extravios de mercadorias ou mesmo de pacotes. A função do planejamento é prever a execução de um empreendimento. Portanto, ao planejar a promoção de uma venda especial, os seus responsáveis não podem descuidar de nada. Os mínimos detalhes devem ser considerados, sob pena de se fracassar em todo o processo. Um ponto de estrangulamento, por menor que seja num processo de vendas pode alterá-lo por completo. E o que se pretendia ser investimento torna-se despesa.

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DIREITO

Comprador de imóvel assume riscos ao não exigir certidões judiciais Já dizia o ditado popular “canja de galinha não faz mal a ninguém”. Pois bem, quem compra imóvel “enrolado” em processo judicial fica sujeito a suportar as consequências de prováveis furos, a menos que consiga provar que não tinha como saber da existência do litígio. Note, também, que o ônus dessa prova é todo de quem adquiriu. Por isso é que fazemos essa advertência, pois há no Superior Tribunal de O adquirente de Justiça vários recursos em trâmite onde inúmeros qualquer imóvel compradores ficaram sem deve acautelar-se seus imóveis, e, pior, sem as economias de anos. Portanto, o adquirente de qualquer imóvel deve acautelar-se, obtendo certidões dos cartórios distribuidores judiciais que lhe permitam verificar a existência de processos envolvendo o vendedor, dos quais possam decorrer ônus sobre o imóvel negociado. Podemos citar um processo envolvendo a Caixa Econômica Federal, que executou a dívida de um casal no Rio de Janeiro e levou seu apartamento a leilão, sendo arrematante o Banco Morada S/A. O casal ingressou com demanda na Justiça e quase seis anos depois conseguiu anular o leilão. Enquanto a Justiça discutia os recursos do caso, e já com a sentença anulando a arrematação – o Banco

Alexandre Lima, advogado do CDLRio

Morada S/A assinou contrato de promessa de venda com outra pessoa. Em 2007, o casal obteve decisão favorável à reintegração na posse do imóvel e ao cancelamento de quaisquer registros de transferência da propriedade para terceiros. O Código de Processo Civil diz que, na compra de um bem sob litígio, a sentença judicial estende seus efeitos ao comprador. Todavia, tal regra deve ser atenuada para se proteger o direito do comprador que agiu de boa-fé. Só que apenas quando for evidenciado que sua conduta tendeu à efetiva apuração da eventual litigiosidade da coisa adquirida, pois não se pode crer que não haja a cautela mínima na hora da aquisição do bem. Por isso, em 1985 criou-se regras para a transferência de imóveis em cartório, a legislação passou a exigir que sejam apresentadas certidões sobre existência ou não de processos envolvendo o bem objeto da transação, assim como, das pessoas que estão vendendo o imóvel. O mais grave, no caso dado como exemplo, é que, embora não houvesse registro da existência do processo junto à matrícula do apartamento no cartório de registro de imóveis, ainda assim o contrato de compra e venda informava que o comprador tinha solicitado as certidões dos distribuidores judiciais, estando, em princípio, ciente das pendências existentes sobre o imóvel. Por outro lado, não houve por parte dos adquirentes a consulta a um profissional da advocacia para resguardar os seus direitos.

* * * *

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NORMAS

Nova Cartilha do Lojista com as normas do Inmetro para produtos têxteis e brinquedos O Sindilojas-Rio está oferecen-

amplamente conhecidos. Já o bom senso depende, acima

do a nova Cartilha do Lojista com

de tudo, do trato urbano e educado, mesmo em momen-

as normas atualizadas de produ-

tos de tensão.

tos têxteis e brinquedos. Em outu-

A primeira Cartilha lançada em 27 de outubro de

bro de 2004 foi editada a primeira

2004, foi elaborada pelas advogadas Ana Luiza Kneip

Cartilha com informações e mesmo

Lopes Jacques e Tatiana Maria Ludmila Braga, do Nú-

esclarecimentos sobre as normas emitidas pelo Instituto

cleo Fisco-Tributário da Gerência Jurídica do Sindi-

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Indus-

lojas-Rio. A segunda Cartilha foi atualizada e foram

trial – Inmetro para produtos têxteis. Agora em sua nova

acrescentadas as normas para brinquedos pela Ana

edição, a Cartilha do Lojista oferece as normas atualiza-

Luiza Kneip Lopes Jacques, Nathalia Lopes de Araújo

das dos têxteis e as novas normas para brinquedos.

e Drielle de Santana Sammarro, também da Gerência

Para o Presidente do Sindilojas-Rio, o empresário Aldo

Jurídica do Sindilojas-Rio.

Gonçalves, a Cartilha objetiva proporcionar ao lojista co-

A nova Cartilha do Lojista está no portal do Sindilojas-

nhecimentos básicos sobre as normas reguladoras das já

Rio (www.sindilojas-rio.com.br). Basta clicar no respecti-

muito conhecidas etiquetas. Assim, os varejistas terão

vo banner para poder ler e, também, imprimir.

condições mínimas de verificação de sua regularidade e

Admite-se cópias da Cartilha para distribuição (gratui-

a do próprio produto à venda. Por outro lado, lembrá-los

ta) a associados de sindicatos, clubes de diretores lojistas

que o relacionamento lojista/fiscalização obedece a pa-

e associações comerciais, desde que seja preservada a

râmetros legais e ao bom senso. Os primeiros devem ser

capa e a apresentação do original.

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LEIS E DECRETOS CONSUMO

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio. Os textos das legislações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através dos telefones 2506.1234 e 2506 1254.

LEGISLAÇÕES

1988. Inst. Norm. RFB nº 1.127,

LEGISLAÇÕES

EM VIGOR

de 7 de fevereiro de 2011 (DOU

EM TRAMITAÇÃO

de 8.2.2011). ESTACIONAMENTO sobre

medidas

-

Dispõe

adotadas

estacionamentos

e

nos

outras

providências. Lei nº 5.862, de 6 de janeiro de 2011 (DOE de 7.01.2011). MOVIMENTAÇÃO DO FGTS - Estabelece

procedimentos

para

movimentação das contas vinculadas do FGTS e baixa instruções complementares. Circ. CEF nº 537, de 17 de janeiro de 2011 (DOU 18.01.2011). IMPOSTO DE RENDA – TRIBUTAÇÃO - Dispõe sobre a apuração e tributação de rendimentos recebidos acumuladamente de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de

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ARRECADAÇÃO E COBRANÇA – TABELA DE CÓDIGOS - Altera o Ato Declaratório Executivo Codac nº 97, de 28 de dezembro de 2010. Ato Declaratório Executivo CODAC nº 12, de 4 de fevereiro de 2011 (DOU 08.02.2011). NOTA FISCAL ELETRÔNICA - Estabelece procedimentos relacionados à Emissão da Nota Fiscal

ASSEMBLÉBIA LEGISLATIVA

BRIGADA ANTI-INCÊNDIO - Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de sistema anti-incêndio nos locais que menciona. Proj. de Lei nº 46/2011 (DOE, Poder Legislativo, de 10.02.2011) Autor: Dep. Luiz Martins.

Eletrônica em situação de emer-

ELÉTRICOS

gência na hipótese que men-

ADAPTADORES TOMADAS DE

ciona.

Res. SEFAZ nº 372, de

28 de janeiro de 2011 (DOE de 02.02.2011). PRAZO ENTREGA RAIS – Prorroga o prazo para entrega da RAIZ. Port. MTE nº 228 de, 8 de fevereiro de 2011 (DOU de 09.02.2011).

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E

ELETRÔNICOS

PINOS - Estabelece condições para a comercialização de produtos elétricos e eletrônicos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Proj. de Lei nº 55/2011 (DOE,

Poder

Legislativo,

de

11.02.2011) Autor: Dep. André Ceciliano.


VENDAS

“NÃO”

Os dez que ajudam a vender Um dos fatores que mais contribuem para o insucesso nas vendas é o mau atendimento por parte dos vendedores de loja. Ao leitor já pode ter acontecido entrar numa loja e ficar esperando o vendedor, que está conversando com um colega e finge não vê-lo. Ou ainda aquele que, ao pedirmos para

ver uma mercadoria que está no alto da prateleira, nos olha com visível ar de aborrecimento. O atendimento prestativo, cortês, educado é um dos melhores instrumentos de venda da loja. Portanto, nunca é demais estar atento para Os dez “não” que ajudam a vender.

1. NÃO ataque o cliente logo que ele pare em frente da vitrine. Dê-lhe tempo para observar, trateo com educação e sem pressa, de modo a não dar impressão de que você quer ver-se logo livre dele.

2. NÃO ignore o cliente, fingindo que não o viu entrar na loja, apenas porque está ocupado com outros afazeres. Peça-lhe que aguarde um momento para ser atendido.

3. NÃO faça cara feia porque o cliente o fez mostrar a mercadoria e não levou nada. Lembre-se de que ele pode voltar outra vez.

4. NÃO o atenda como se estivesse no alto de um pedestal e ele fosse inferior a você. O tratamento respeitoso gera boa vontade e entendimento.

5. NÃO ria ou critique um cliente por mais absurda que tenha sido a pergunta

O atendimento prestativo, cortês, educado é um dos melhores instrumentos de venda da loja

feita a você. Faz parte de sua profissão informar.

6. NÃO trate o cliente com excessiva intimidade, apesar de já o conhecer. Certa distância profissional, desde que não ostensiva, gera confiança.

7. NÃO fale demais, e, principalmente, de assuntos que só interessam a você. Aprenda a escutar, pois, com isso, você terá informações que lhe ajudarão na venda.

8. NÃO tenha preguiça para mostrar a mercadoria. Ela está na loja para ser exibida e vendida. 9. NÃO interrompa o cliente quando ele estiver falando, mesmo que esteja falando demais e tomando seu tempo. Quanto mais ele fala, mais você fica informado do que ele quer

10. NÃO deixe o cliente perdido dentro da loja, à procura de um vendedor. Se não puder atendê-lo, providencie para que alguém mais o faça. É preciso ter sempre em mente que o cliente, como toda pessoa, gosta de ser tratado com atenção e aprecia elogios que satisfaçam sua vaidade. Mas ele gosta de ter um pouco de privacidade na hora de escolher um produto ou decidir-se por um dos modelos expostos na vitrine ou loja. Aí entra a sensibilidade do vendedor de fazer a abordagem na hora certa, evitando que o cliente se afaste ou diga “estou só olhando”. Mas muitas oportunidades de venda são desperdiçadas por uma precipitação do vendedor. E muitas outras oportunidades são perdidas pelo comportamento oposto. Portanto, é preciso permanentemente aprimorar-se a técnica de iniciar o diálogo com cliente provável, exercitando os dez “não” que podem gerar negócios, e amigos.

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VENDAS

Técnica do ‘’Rapport’’ no Atendimento de Vendas

Daniel Lascani jornalista e consultor empresarial*

O ‘’rapport’’ é uma palavra de origem france-

diante de outra pessoa) e da paralinguística (re-

sa, que no idioma da língua portuguesa significa

fere-se a como as mensagens verbais são ditas).

“Relacionamento’’.

Desta forma, em um ambiente de vendas, auxi-

Podemos afirmar que ‘’rapport’’ é a capacida-

lia negociadores a conduzirem seus atendimen-

de de se obter um bom entrosamento com nosso

tos com mais eficiência, com base no ‘’clima’’

receptor.

condicionado - pelos traços comportamentais

Rapport éa capacidade de se obter um bom entrosamento

No campo dos negócios é

- identificados em cada cliente. Se este for deta-

utilizado como técnica para

lhista, sejamos detalhistas também; se este for

se

mais objetivo, assim também sejamos.

conquistar

clientes,

ou

como expressão de uma rela-

O ‘’rapport’’ é uma prática que, certamente,

ção bem sucedida entre ven-

amadurece a percepção de diversos profissio-

dedor e cliente.

nais - através de uma melhor observação e iden-

Imaginemos

que

somos,

tificação de pessoas e situações.

por exemplo, representantes

Portanto, lembremos de sermos analíticos,

comerciais de uma empresa,

mas, também, verdadeiros. Pois, dentre as infi-

e que vamos a uma reunião de negócios, onde,

nitas situações que possam ocorrer em um am-

na volta, nosso gerente pergunta: - como foi?

biente de negociação, é preciso criar equilíbrio,

Respondemos: - muito bom, houve um bom ‘’ra-

entre técnica e autenticidade. Como, por exem-

pport’’ com o cliente!

plo, através dos seguintes conceitos: aquilo que

Como técnica - na prática - ajuda o vendedor a identificar traços físicos e psicológicos do cliente, tais como o humor, a postura, o tom de voz, a respiração, entre outros aspectos.

não gostamos, podemos respeitar. Tenhamos sempre um bom ‘’rapport’’ entre todos nós: pessoas, empresas, clientes e socie-

Num contexto científico está muito relacionado com estudos consagrados, como o da PNL (Programação Neurolinguística), ou da proxémica (refere-se à maneira como nos posicionamos

26

não concordamos, podemos entender, e o que

dade! *Daniel Lascani é, ainda, palestrante, professor de Marketing e Empreendedorismo do CIAD-RJ; editor do Portal Nova Consulta - www.novaconsulta.com.br

Empresário LOJISTA


MOVIMENTO DE CHEQUES

Segundo o registro de cadastro do LIG Cheque do CDL-Rio, janeiro de 2011, em relação ao mesmo mês de 2010, a inadimplência, as consultas e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 0,3%, 6,3% e 3,4%. No acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro/2010 a janeiro/2011) a inadimplência, as consultas e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 0,7%, 12% e 7,9%.

JANEIRO DE 2011 EM RELAÇÃO A JANEIRO DE 2010

TERMÔMETRO DE VENDAS

Cheques

GRÁFICOS DE CHEQUES - CDLRIO

+6,3%

CONSULTAS INADIMPLÊNCIA

+0,3%

DÍVIDAS QUITADAS

+3,4%

JANEIRO DE 2011 EM RELAÇÃO A NOVEMBRO A DE 2010

Percentual CONSULTAS

– 36,8%

INADIMPLÊNCIA

+2,1%

DÍVIDAS QUITADAS

– 8,7%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

JAN/11 - FEV/11 CONSULTAS

Percentual +12,2%

INADIMPLÊNCIA

+0,7%

DÍVIDAS QUITADAS

+7,9%

Procura por informações referentes aos produtos do CDLRio?

Quer conhecer produtos que possam auxiliar na otimização da análise de crédito? Então entre em contato com a Central de Relacionamento, atendimento Help Desk do CDLRio, no telefone (21) 2506-5533, de segunda a sábado de 8:30 às 21h.

março 2011

Empresário LOJISTA

27


TERMÔMETRO DE VENDAS

Comércio lojista do Rio vendeu mais 7,8% em janeiro Depois de um mês de dezembro de boas vendas e do melhor Natal dos últimos anos, o comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro vendeu + 7,8% em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2010, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que abrange cerca de 750 estabelecimentos comerciais da Cidade. No acumulado dos últimos doze meses (fevereiro de 2010 a janeiro de 2011) as vendas cresceram 13%. A pesquisa mostra que os indicadores do mês de janeiro foram puxados pelo crescimento das vendas do comércio varejista especializado nos segmentos de Móveis (9,3%), Eletrodomésticos (8,2%), Confecções e Moda Infantil (7%), Calçados (6,5%), Ótico (6%), Tecidos (4,7%), e Jóias (2,7%). “O resultado foi bom, porque normalmente janeiro é um mês imprensado entre o Natal e o Carnaval. Mas o aumento das vendas reflete as ações promovidas pelo comércio lojista como a manutenção de promoções e facilidades de pagamento. Isso estimulou o consumidor e influenciou o resultado de janeiro”, diz Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio. Segundo a pesquisa, o Ramo Duro (bens duráveis) teve um desempenho melhor do que o Ramo Mole (bens não duráveis): 8,1% contra 6,5%. Quanto à forma de pagamento a venda a prazo foi a preferida pelos consumidores: 8,9% contra 6,6% da venda à vista. Em relação as vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, a pesquisa mostrou que no Ramo Mole, a Zona Norte vendeu mais 12,4%, seguida pela Zona Sul com 1,9% e pelo Centro com 1,7%. No Ramo Duro, a Zona Norte com mais 8,7% esteve em melhor posição, seguido pelo Centro com 7,8% e pela Zona Sul, com 6,5%.

JANEIRO 2011 / JANEIRO 2010

JANEIRO/11

V. Real

Vendas à vista

Vendas a prazo

MÉDIA GERAL

+7,8%

+8,9%

+6,6%

RAMO MOLE

+6,5%

+8,1%

+5,7%

RAMO DURO

+8,1%

+9,7%

+6,1%

JANEIRO 2011 / JANEIRO 2010 - Localização

Localização

Ramo Mole

Ramo Duro

+1,7%

+7,8%

NORTE

+12,4%

+8,7%

SUL

+1,9%

+6,5%

CENTRO

JANEIRO 2011 / JANEIRO 2010 - Categorias

Ramo Mole

Ramo Duro

Confecções

+7,0%

Eletro

+8,2%

Calçados

+6,5%

Móveis

+9,3%

Tecidos

+4,7%

Jóias

+2,7%

Óticas

+6,0%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS DOZE MESES (JAN/11 - FEV/10)

V. Real

Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL

+13,0%

+11,2%

+15,5%

RAMO MOLE

+11,0%

+8,3%

+13,2%

RAMO DURO

+13,8%

+11,8%

+16,3%

Caso sua empresa se interesse em participar desta estatística, contate o Centro de Estudos pelos telefones (21) 2506.1234 e 2506.1254 ou e-mail: estudos@cdlrio.com.br.

28

BARÔMETRO: MÊS CORRENTE / MÊS ANTERIOR DO MESMO ANO

JAN/11 - DEZ/10

V. Real

Vendas à vista

Vendas a prazo

MÉDIA GERAL

– 45,3%

– 45,6%

– 45,2%

RAMO MOLE

– 63,7%

– 59,2%

– 67,6%

RAMO DURO

– 36,8%

– 39,2%

– 34,8%

Empresário LOJISTA


Inadimplência no comércio diminuiu 1,4% em janeiro

GRÁFICOS CDLRIO

A inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro diminuiu 1,4% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço de Proteção ao Crédito do CDLRio. As dívidas quitadas, índice que mostra o número de consumidores que colocaram suas compras em dia, aumentaram 11,5% e as consultas, item que indica o movimento do comércio, cresceram 10,3%, também em relação a janeiro de 2010. No acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro/2010 a janeiro/2011) as consultas e as dívidas quitadas subiram, respectivamente, 9,9% e 7,7%, e a inadimplência caiu 0,9%.

TERMÔMETRO DE VENDAS

Movimento do Serviço de Proteção ao Crédito - CDLRIO

JANEIRO DE 2011 EM RELAÇÃO A JANEIRO DE 2010

Percentual +10,3%

CONSULTAS

– 1,4%

INADIMPLÊNCIA

+11,5%

DÍVIDAS QUITADAS

JANEIRO DE 2011 EM RELAÇÃO A DEZEMBRO DE 2010

Percentual CONSULTAS

– 23,5%

INADIMPLÊNCIA

– 19,0%

DÍVIDAS QUITADAS

– 23,5%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

JAN/11 - FEV/10

Percentual

CONSULTAS

+9,9%

INADIMPLÊNCIA

– 0,9%

DÍVIDAS QUITADAS

+7,7%

março 2011

Empresário LOJISTA

29


Obrigações dos lojistas para abril/2011

ÍNDICES

01/04 - DCT Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

10/04 – IR/FONTE

05/04 – ICMS Pagamento do imposto pelos contribuintes relacionados no anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês anterior. 07/04– DACON – Mensal Prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sindical para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) referente ao mês de fevereiro/2011. 07/04 – FGTS Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior. 07/04 – CAGED Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários ocorridos no mês anterior. 07/04 – ISS Recolhimento do imposto referente ao mês anterior, para empresas com faturamento médio mensal igual ou superior a R$ 968.705,62 (grupo 1). 07/04 – ISS Recolhimento referente ao mês anterior pelos contribuintes submetidos ao regime de apuração mensal, por serviços prestados, retenção de terceiros ou substituição

> GIA/ICMS - 04/2011 Último número da raiz do CNPJ do estabelecimento

30

tributária (inclusive, empresas localizadas fora do município, e sociedades uniprofissionais e pessoas físicas e equiparadas a empresa), exceto os que tenham prazo específico (grupo 2).

Prazo-limite de entrega referente ao mês 03/2011

1

11/04

2

12/04

3

13/04

4

14/04

5

15/04

6, 7 e 8

18/04

9

19/04

0

20/04

Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior. 10/04 – ICMS Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior. 15/04 – PIS, COFINS, CSLL Referente a fatos geradores ocorridos na 2ª quinzena do mês de março/2011 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/ Pasep, CSLL ). 20/04 – SUPER SIMPLES/SIMPLES NACIONAL Pagamento do DAS referente ao período de apuração do mês anterior (março/2011) *20/04 – INSS Recolher a contribuição previdenciária referente ao mês anterior *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08). 20/04 – DCTF – Mensal Prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais referente ao mês de fevereiro/2010. *25/04 - COFINS Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tribu-

> Calendário de IPTU 2011 Final de Inscrição

3ª Cota

tadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no DOU em 17/11/08). *25/04 - COFINS Recolher 7,6% para empresas tributadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08). *25/04 - PIS Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08). 29/04 – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE EMPREGADOS Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional. 29/04 – PIS, COFINS, CSLL Referente a fatos geradores ocorridos na 1ª quinzena do mês de abril/2011 (Retenção de contribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL). 29/04 – IR/PJ Empresas devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior. 29/04 – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE EMPREGADOS Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

> SALÁRIO FAMÍLIA - a partir de 1º de janeiro de 2011 Remuneração

Valor da Quota - R$

Até R$ 573,58

29,41

De R$ 573,59 até R$ 862,11 0e1

11/04

2e3

11/04

4e5

11/04

6e7

12/04

8e9

12/04

Empresário LOJISTA

Acima de R$ 862,11

20,73 Sem direito

A partir de 01-01-2011 conforme Portaria nº 568 MPS-MF, de 31-12-2010, publicada no DOU de 03/01/2011 e com algumas retificações no DOU de 04/01/2011 passa a valer tabela acima, com forme o limite para cocessão da quota do Salário-Família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos, ou invalidado com qualquer idade. A Previdência Social reembolsa as empresas.


PERCENTUAIS APLICADOS ANEXO I Comércio

ANEXO II Indústria

ANEXO III Serviço (I)

ANEXO IV Serviço (II)

ANEXO V Serviço (III)

Receita Bruta Acumulada nos 12 meses anteriores

4,00%

4,50%

6,00%

4,50%

4,00%

De R$ 120.000,01 a R$

240.000,00

5,47%

5,97%

8,21%

6,54%

4,48%

De R$ 240.000,01 a R$

360.000,00

6,84%

7,34%

10,26%

7,70%

4,96%

De R$ 360.000,01 a R$

480.000,00

7,54%

8,04%

11,31%

8,49%

5,44%

De R$ 480.000,01 a R$

600.000,00

7,60%

8,10%

11,40%

8,97%

5,92%

De R$ 600.000,01 a R$

720.000,00

8,28%

8,78%

12,42%

9,78%

6,40%

De R$ 720.000,01 a R$

840.000,00

8,36%

8,86%

12,54%

10,26%

6,88%

De R$ 840.000,01 a R$

960.000,00

8,45%

8,95%

12,68%

10,76%

7,36%

De R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000,00

9,03%

9,53%

13,55%

11,51%

7,84%

De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.200.000,00

9,12%

9,62%

13,68%

12,00%

8,32%

De R$ 1.200.000,01 a R$ 1.320.000,00

9,95%

10,45%

14,93%

12,80%

8,80%

De R$ 1.320.000,01 a R$ 1.440.000,00

10,04%

10,54%

15,06%

13,25%

9,28%

De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.560.000,00

10,13%

10,63%

15,20%

13,70%

9,76%

De R$ 1.560.000,01 a R$ 1.680.000,00

10,23%

10,73%

15,35%

14,15%

10,24%

De R$ 1.680.000,01 a R$ 1.800.000,00

10,32%

10,82%

15,48%

14,60%

10,72%

De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.920.000,00

11,23%

11,73%

16,85%

15,05%

11,20%

De R$ 1.920.000,01 a R$ 2.040.000,00

11,32%

11,82%

16,98%

15,50%

11,68%

De R$ 2.040.000,01 a R$ 2.160.000,00

11,42%

11,92%

17,13%

15,95%

12,16%

De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.280.000,00

11,51%

12,01%

17,27%

16,40%

12,64%

Até 1.499,15

13,50%

De 1.499,16 a R$ 2.246,75

Enquadramento (R$) Microempresa

Empresa de Pequeno Porte

Até R$ 120.000,00

De R$ 2.280.000,01 a R$ 2.400.000,00

11,61%

12,11%

17,42%

16,85%

Ref.: Lei Complementar n° 123/2006

> Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2011

Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS)

Salário de contribuição (R$)

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

540,00 (valor mínimo)

11

De 540,01 (valor mínimo) até 3.689,66 (valor máximo)

20

A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de vinte por cento (20%) sobre o salário-de-contribuição, respeitados os limites mínimo e máximo deste. Aos optantes pelo Plano Simplificado de Previdência Social, a alíquota é de onze por cento (11%), observados os critérios abaixo. Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) - Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 11% sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segurados: contribuintes individuais que trabalham por conta própria (antigo autônomo), segurados facultativos e empresários ou sócios de empresa cuja receita bruta anual seja de até R$ 36.000,00. Tal opção implica exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (LC 123, de 14/12/2006). A opção para contribuir com 11% decorre automaticamente do recolhimento da contribuição em código de pagamento específico a ser informado na Guia da Previdência Social. Além disso, não é vitalícia, o que significa que aqueles que optarem pelo plano simplificado podem, a qualquer tempo, voltar a contribuir com 20%, bastando alterar o código de pagamento na GPS.

> ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física a partir do exercício de 2011 Base de Cáculo mensal em R$

Parcela a Deduzir do imposto em R$

Alíquota % -

-

7,5

112,43

De 2.246,76 a R$ 2.995,70

15

280,94

De 2.995,71 a R$ 3.743,19

22,5

505,62

27,5

692,78

Acima de R$ 3.743,19

INSS- segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos > Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2011 Salário de contribuição (R$)

ÍNDICES

SIMPLES NACIONAL

Ano-calendário

Quantia a deduzir, por dependente, em R$

2010

150,00

Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até 1.106,90

8,00

De 1.106,91 até 1.844,83

9,00

De 1.844,84 até 3.689,66

11,00

> Calendário de Pagamento do IPVA-RJ - 2011

Portaria nº 568, de 31 de dezembro de 2010, publicado no DOU de 03/01/2011 e com algumas retificações no DOU de 04/01/2011.

Final da placa do veículo

Vencimento 1ª parcela/cota única

Vencimento 2ª parcela

Vencimento 3ª parcela

0

> PISOS E BENEFÍCIOS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO Contrato de experiência (máximo: 90 dias)

R$ 510,00

Pisos Salariais:

R$ 576,00 R$ 585,00

1ª faixa 2ª faixa

Operador de Telemarketing

R$ 590,00

Garantia mínima de comissionista

R$ 660,00

Ajuda de custo a comissionista

R$ 23,00

Quebra da caixa

R$ 26,00

Refeições aos sábados: Lanche, após 14:30h

R$

8,50

R$

8,50

Benefício social familiar - empregador

R$

4,50

empregado

R$

0,50

Jantar, após 18:30h

1

17/03/2011

2

23/03/2011

3

24/03/2011

4

11/03/2011

12/04/2011

5

22/03/2011

19/04/2011

6

29/03/2011

27/04/2011

7

03/03/2011

06/04/2011

09/05/2011

8

04/03/2011

08/04/2011

11/05/2011

9

16/03/2011

14/04/2011

18/05/2011

As empresas que efetuarem o pagamento das refeições (lanche ou jantar) em espécie poderão descontar R$ 0,50 do salário dos empregados.

março 2011

Empresário LOJISTA

31


OPINIÃO

Concedendo crédito com segurança com o GestCred

é

Nós fazemos questão de dizer que o GestCred leva nosso associado da informação à gestão com economia e confiabilidade, quando se trata de conceder créditos e gerenciá-los. Não existe outra ferramenta no mercado com a qualidade proporcionada por esse nosso produto. Se a qualidade do produto é excelente, o seu custo segue a mesma linha. Embora você tenha um instrumento de gestão de crédito completo, com diversos relatórios de acompanhamento de sua performance e da qualidade de sua carteira de crédito, o que você paga é simplesmente a Vender a consulta realizada no crédito apoiado momento da concessão no GestCred do crédito. garantia de sucesso Em nosso sistema GestCred tudo começa na definição das variáveis que você considerará para a tomada de decisão de conceder ou não um crédito. E você pode ter regras por loja, por produto, por tipo de entrega, ou qualquer outra necessidade: a flexibilidade é grande. Neste momento, e durante todo o processo inicial, o CDLRio dará o suporte necessário discutindo o que é o mais comum no mercado, o que é mais arriscado ou o que restringe mais o crédito dificultando a venda. Enfim, podemos somar a sua experiência com a nossa e lhe ajudar a produzir o melhor resultado possível. Após você ter definido de que forma o sistema irá decidir sobre a oportunidade de se conceder o crédito a um cliente, você iniciará o seu processo de analisar cada oportunidade de concessão

32

Ubaldo Pompeu, superintendente de Operações do CDLRio

de crédito. E todas essas análises serão efetuadas conforme você definiu em suas regras. Tudo isso ocorre de forma rápida e segura. A todo instante você poderá verificar cada análise feita pelo sistema e saber o porquê da decisão da concessão ou recusa do crédito. Os históricos de todas as análises estarão disponíveis para sua empresa durante todo o tempo. Você consegue saber, em uma única página, qual tem sido o seu índice de aprovação e o seu índice de créditos negados. Poderá cruzar sua inadimplência com as regras que você definiu e fazer alguns ajustes. Tudo isso de forma simples, descomplicada, segura e veloz. Vender a crédito apoiado no GestCred é garantia de sucesso em sua operação. Isso porque o GestCred associa as regras de crédito definidas pelo lojista a mais completa base de dados de comportamento de crédito do país operada pelo CDLRio. Caso sua empresa venda a crédito ou tenha interesse em vender, vai encontrar nesse produto o instrumento adequado. E o mais interessante, poderá antes de mesmo de contratar, verificar se o GestCred é, de fato, eficiente para o seu negócio. Contate o CDLRio e solicite um teste. Baseado nos créditos que foram concedidos e negados por sua empresa no passado, poderemos observar quais seriam os indicativos fornecidos pelo GestCred e comparar com o resultado real alcançado. Assim, sua empresa saberá o quanto o GestCred pode colaborar com o seu processo de crédito e concluir que nosso produto contribuirá, de forma significativa, para o aumento da competência deste processo. Contate-nos pelo e-mail commercial@cdlrio. com.br

Empresário LOJISTA


FIQUE POR DENTRO DAS OBRIGAÇÕES DA LEI E EVITE PREJUÍZOS

PPRA & PCMSO

São programas obrigatórios, de acordo com a Lei 6514/77 e Portarias 3214/78, 29/94 e 08/98. Toda empresa que possui pelo menos um empregado está obrigada a manter o PPRA e o PCMSO, seja qual for a sua atividade (NR-7 e NR-9).

PPRA

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Da área de Engenharia e Segurança do Trabalho tem o objetivo de analisar e gerar programas de prevenção e saúde profissional. Só é isenta a empresa sem empregados!

PCMSO

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Da área de Medicina Ocupacional, tem como objetivo avaliar a capacidade do empregado dentro do ambiente levantado no PPRA.

ASO

Atestado de Saúde Ocupacional (antigo atestado médico). Só é válido, portanto, quando decorrente dos dois programas anteriores.

Atenção! Nosso dever é alertá-lo que qualquer procedimento fora dessa ordem não tem validade!

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Não vale a pena se arriscar. Evite multas e garanta a saúde de seus funcionários.

Rua da Quitanda, 3 - 10º, 11°,12°e 13° andares - Centro -Tel.: (0xx21) 2217-5000 comercial@sindilojas-rio.com.br COPACABANA BARRA DA TIJUCA Telefone : 2235-6873/2235-2992 Tel:2431-5096/2431-5569 E-mail : copa@sindilojas-rio.com.br barra@sindilojas-rio.com.br MADUREIRA TIJUCA Telefone : 2489-8066/2489-4600 Tel: 2284-9443/2284-6181: E-mail : madureira@sindilojas-rio.com.br tijuca@sindilojas-rio.com.br CAMPO GRANDE Empresário LOJISTA Tel : 3356-2597/3394-4384 campogrande@sindilojas-rio.com.br acesse nosso site www.sindilojas-rio.com.br

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