Jornal SINDITÁXI-PR – dezembro 2018

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Trabalhador taxista: procure o SINDITÁXI, venha conhecer mais nossas conquistas e também seus direitos!!

DEZEMBRO 2018-ANO 6-NÚMERO 52 Jornal oficial do Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná

Curitiba dá com uma mão e retira com a outra... E se esquece da segurança

Leia na página 3 SINDITÁXI-PR parabeniza Ney Leprevost O deputado estadual Ney Leprevost será o novo secretário da Justiça, Família e Trabalho, a partir de janeiro de 2019. O parlamentar foi convidado pelo futuro governador do Estado, Ratinho Júnior. O SINDITÁXI-PR parabeniza Ney Leprevost pelo reconhecimento! Página 3

Conheça a grande novidade do Táxi 100 e a parceria com a AAVEIPAR. Pág 5 TÁXI É TRADIÇÃO E SEGURANÇA. QUANTO VALE SUA VIDA? VEJA NA PÁGINA 4


2 DEZEMBRO 2018 EXPEDIENTE

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EDITORIAL

A mesma tecla

Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná

Av. Presidente Kennedy, 1863, Curitiba, PR; Contatos: (41) 35242555; (41) 3527-2555; e-mails: sinditaxi-pr@sinditaxi-pr.org. br, presidente@sinditaxi-pr.org. br, vicepresidente@sinditaxi-pr. org.br, secretario@sinditaxi-pr. org.br, financeiro@sinditaxi-pr. org.br, social@sinditaxi-pr.org. br, socialfem@sinditaxi-pr.org.br, litoral@sinditaxi-pr.org.br, advogado@sinditaxi-pr.org.br, ouvidoria@sinditaxi-pr.org.br, comunicação@sinditaxi-pr.org.br; site: www.sinditaxi-pr.org.br

Diretoria executiva

Início mandato: 30/01/14; final: 29/01/17; Função RF Presidente: Abimael Mardegan; Vice Presidente: João Pedro da Silva; 1.º Secretária: Joara Aparecida Joeckel; 2.º Secretário: Darlan Marcos de Almeida; 1.º Tesoureiro: Luiz Carlos Malaquias; 2.º Tesoureiro: Mario Luiz Cunha; Diretor Social: João Jorge Cordeiro Neto; Conselheiros Fiscais: Elio Aquino de Oliveira, Camilo de Siqueira e Eliel Rocha; Suplentes: Adelino de Oliveira, Marlon Thiago Kreusch, Milton Monteiro de Souza, Julcimar Francisco Zambon, Ananias Martins, Claudinei Braulino Teixeira e Nereu da Silva

O Jornal SindiTaxi PR é uma publicação da Multimeios – soluções em comunicação (Oficina de Notícias LTDA); CNPJ: 01.629.204/0001-59; Rua Francisco das Chagas Lopes, 816, Boa Vista, Curitiba, PR, CEP: 82650-130. Tem circulação mensal e distribuição gratuita e dirigida para os profissionais taxistas. Não tem vínculo político e seus artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do jornal. É expressamente proibido a reproduzir qualquer material sem autorização prévia da editoria. Editor: Emildo Coutinho/Mtb 2746/10/emildocoutinho@gmail.com/32564159/99761-6793

Continuamos a bater na mesma tecla: a questão da presença dos aplicativos em Curitiba sem qualquer fiscalização ou até mesmo a burocracia e exigência destinada ao profissional taxista. O SINDITÁXI-PR através deste veículo de comunicação oficial procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura e teve suas perguntas encaminhadas à Urbs,. Leia mais em nosso assunto de capa e Feliz Natal e um Próspero Ano Novo a todos nós!!

VOTOS E AGRADECIMENTO A vocês, usuários de táxis; vocês que têm o discernimento, a plena consciência de usar somente um transporte regulamentado e seguro; meus parabéns!! Um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo é o que nós, do SINDITÁXI-PR, desejamos a todos os usuários de transporte individual de passageiro regulamentado por lei.

PALAVRA DO PRESIDENTE

Fechamos o ano de 2018 com um cer to avanço quanto à conscientização da classe Fechamos o ano de 2018 com um certo avanço em relação à conscientização dos profissionais táxistas! Isto é, em relação ao fato de que só existe um único órgão que os representam: o seu sindicato. Com isto concretizado poderemos avançar cada vez mais em defesa e direitos da classe. O SINDITÁXI-PR vem lutando pela dignidade da profissão com as armas que consegue e com o que o taxista nos permite. O ano que entra vem cheio de esperança por dias melhores. Não podemos nos esquecer que esses dias irão depender de nossas atitudes. Como tenho dito sempre: não existe milagres sem rezar; muito menos colheita sem plantar! As nossas atitudes darão o caminho a seguir... Observação: todos falam em união mas na hora H todos querem aparecer. Quando não conseguem aí vem ao sindicato pedindo ajuda, apoio, pois só este é reconhecido pelos órgãos como legítimo defensor da categoria. O SINDITÁXI-PR já foi criticado por sonhar por dias melhores à categoria! Foi chamado de “sindisonho” e até hoje não desistimos deste sonho!! Pena que o próprio taxista é cético consigo mesmo. Quem sabe um dia ele venha a sonhar junto com o seu sindicato por dias melhores. Um Feliz Natal e um ano cheio de bençãos para todos. A mudança só depende de cada um de nós!!!

TÁXI 100

O único 100% da classe

Presidente Abimael Mardegan

O Táxi 100 é o único aplicativo 100% da classe! É de todos. Basta você querer se associar! E desfrutar das suas vantagens. Táxi 100! 100 dúvida é

o que você estava esperando! O Táxi 100 cliente já está em pleno funcionamento. O Táxi 100 moto-

rista também! É só baixar. Não espere mais pelos outros, faça você a diferença e busque o que é seu! Táxi 100 = 100% taxista.


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CAPA

Em reunião na Prefeitura prefeito disse não saber da situação dos taxistas e do transporte de passageiros em Curitiba O SINDITÁXI-PR vem combatendo a situação injusta vivida pelos profissionais taxistas através deste Jornal SINDITÁXI-PR. Recentemente, em reunião como o prefeito Rafael Greca, um taxista que esteve presente informou ao sindicato que Greca disse não saber que a situação em Curitiba está desta forma. Atualmente vivemos na cidade uma grande injustiça. O decreto municipal que autorizou aplicativos a fazerem transporte individual de passageiros não requer do motorista o mesmo que requer do taxista em relação à impostos, aparência e condição do veículo. Isto tem acarretado, consequentemente, grande problema aos profissionais do táxi bem como à população. À esta, as consequências têm sido catastróficas. Diante da facilidade em ser motorista de aplicativo muitos maus elementos têm aproveitado da situação para cometerem crimes de furto, assédio e até homicídio, conforme temos visto nos meios de comunicação de massa constantemente. Durante a escrita deste texto, por exemplo, através do messenger do sindicato recebemos a seguinte mensagem, que publicamos na íntegra conforme recebido: “Bom dia, estou indignado e queria reportar alguém que possa fazer alguma coisa. Tenho acompanhado um grupo de UBER E 99 pelo face. Estou realmente preocupado , com a falta de segurança, e a falta de preparação destes motoristas. Cheguei a uma breve conclusão

que estes aplicativos que estão ganhando seu dinheiro, colocam em risco a vida dos passageiros. A cada postagem que eles fazem vejo mais o despreparo. Acredito que estes aplicativos tem que acabar, pois ninguém está seguro com pessoas despreparadas como estes motoristas de Uber e 99” (sic). Reportagem A reportagem do Jornal SINDITÁXI-PR entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal, via WhatsApp, e explanou a situação, inclusive o fato do prefeito não estar ciente da situação. Como resposta, nos foi solicitado que enviassemos perguntas via e-mail – inclusive mencionando o tal decreto – e assim o fizemos. Algum tempo depois obtivemos a seguinte resposta: “Estou encaminhando as suas demandas sobre os taxistas para a Eliana Fachin, da Urbs, que nos lê copiada neste e-mail”. Até o fechamento desta edição não obtivemos resposta da assessoria de imprensa da Urbs. “Entendemos que a Urbs, que deveria ser responsável por qualquer tipo de transporte, seja individual, seja coletivo, qualquer tipo de transporte em Curitiba, enfim, mas a Secretaria de Finanças pelo jeito quer tomar o cargo da Urbs então ela não se faz mais necessária em Curitiba, podendo até ser estinta, já que a Secretaria de Finanças está tomando a frente”, disse o presidente do SINDITÁXI-PR, Abimael Mardegan.

Taxistas e representantes da classe reunidos com o prefeito Rafael Greca

RECONHECIMENTO Parabéns a Ney Leprevost! O SINDITÁXI-PR parabeniza o deputado estadual Ney Leprevost pelo convite aceito de ser o novo secretário da Justiça, Família e Trabalho, a partir de janeiro de 2019. O convite foi feito pelo governador eleito Ratinho Junior. Essa secretaria incorpora políticas públicas que têm sintonia e estão conectadas por demandas que possuem relação entre si. Segundo informação divulgada por Ratinho nas redes sociais, trata-se de um novo modelo, mais enxuto, para dar resNey Leprevost: reconhecimento posta ágil às demandas sociais.


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SAUDOSISMO II

Continuamos divulgando fotos antigas como forma de chamar a atenção para o fato de Curitiba estar destruindo suas origens ao não defender os profissionais taxistas com sua política pública Você trocaria uma profissão centenária por uma aventura incerta? Perigosa? Entrar no carro de um estranho sem o mínimo de segurança? Em uma viagem que poderia colocar fim à sua existência?


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Capítulo 22 — O que importava era o amor. Ah, e que

amor

Assim como havia prometido, meu pai colocou meu irmão Vagner na minha cola, proibindo de encontrar-me com Ademir. E nem falar com ele via celular podia, pois era um aparelho só, para toda a família! Mas sabia que, cedo ou tarde, daria um jeito. Meu medo era de que ele cansasse de mim e desistisse! Até tentou se aproximar, certo dia, em uma festinha na casa de uma amiga. Eu dei uma saidinha e fiquei no portão da casa. Havia pedido para uma amiga da escola avisar ele. Ele apareceu e Vagner chegou junto, metido como um galo garnizé! Foi a maior cena. Os dois discutiram mas Ademir recuou e foi embora. Afinal, era bem mais maduro, adulto, que o idiota de meu irmão. Mas através desta mesma amiga conseguimos trocar algumas ideias e, finalmente, arquitetar minha fuga. Ele havia terminado seu trabalho em Marechal Cândido Rondon e combinamos de nos encontrarmos em uma estrada rural, perto de onde eu morava. Saí somente com a roupa do corpo para não despertar suspeitas. Nem acreditei em minha frieza. Jamais passou por minha cabeça dizer um simples tchau, um adeus, um tschüss, um auf wiedersehen, para quem quer que fosse. Estava era louca para cair fora daquele mundo opressor no qual era quase uma escrava, uma propriedade. Mantive a calma, de tal forma que ninguém suspeitou de nada. Quando deu o horário que havíamos combinado simplesmente saí bem lentamente. Caminhando como se estivesse pensando no que deveria fazer e fui andando, andando, andando... Saí do quintal da casa, em direção ao pomar de frutas, evitando a saída principal, claro, daí para a plantação de mandioca e por fim peguei os campos da propriedade vizinha. Cruzei pastos, cercas de arame farpado até atingir a pequena estrada que me levou até o carro de Ademir, parado, me esperando. Quando entrei no veículo ele

perguntou, antes de me beijar: – Tudo bem? – Tudo! Tudo certo! Me beijou rapidamente e colocou o motor em movimento. Saiu rápido do lugar, levantando poeira. Olhei para trás para ver aquela cena pela última vez; a poeira esbranquiçada que sempre levantava daquelas estradas de terra, de saibro, sempre emburacadas, poeirentas na seca e lameadas no período de chuva. Ademir viu meu gesto e perguntou: – Tá arrependida? Não consegui evitar a gargalhada. – Tá louco?! Quando atingimos a rodovia PR-495 ele pegou sentido Foz do Iguaçu, em cerca de duas horas e meia, talvez menos, estaríamos lá. No caminho ele continuou a me falar sobre tudo o que sempre falava; sobre história, sobre política, sobre economia, subre tudo, sobre a vida, enfim. Me senti a pessoa mais feliz do mundo, a mais sortuda garota, por encontrar, naquele fim de mundo, alguém como ele, que abria um mundo, um universo para mim. Começou a me falar sobre a língua árabe, também. E sobre sua religião, sobre o Islã. Já havia me contado, bem de leve, como é. Mas durante aquelas horas da viagem se aprofundou mais no assunto. Fiquei surpresa quando ele me disse que eu já havia nascido muçulmana. – Não!! – respondi – Eu nasci na igreja Luterana... Ele riu. – É que é assim, meu amor, todo mundo nasce muçulmano e, por um motivo ou outro, por uma circunstância ou outra, nós nos afastamos de Alá... Talvez tenha sido nossos antepassados, mas é a mesma situação... Permanecia com olhar fixo nele. – Habi... – como adorava quando ele me chamava assim!! – tem que entender uma coisa, como nos amamos, vamos ficar juntos até o fim, certo? Então tem que

entender uma coisa: não há outra fé, outra religião, senão essa? O que poderia dizer? Estava pouco me lixando para a igreja Luterana, para Martin Lutero em pessoa, até porque era a igreja de minha família, dessa gente que estava cansada deles. Ele continuava: – Então, pra você ver como são as coisas, nós nos encontramos em Marechal Cândido Rondon... Cê tava lá, perdida, longe de Alá, e eu te encontrei para te colocar de volta no caminho. Que lindo isso, meu Deus!! Que romântico, que amor, que habi, que tudo!! Eu estava sentindo um desconforto no pescoço por olhá-lo daquela forma, então virei todo o meu corpo em direção a ele, para encontrar posição melhor. – Só desse jeito que se mexeu já vi que tá entendendo, habi. Tá prestando atenção e isso é muito bom, porque nosso amor é muito mais que uma atração carnal, é também espiritual... Eu tava quase chorando... Fui entendendo porque ele nunca avançou o sinal comigo... Nem sequer tentou tocar em meus seios, como faziam os outros moços... Era um cara de respeito, religioso, amava não somente meu corpo mas também minha alma!! Como não se entregar àquela porta que se abria em minha frente? Como não abraçar aquela fé tão linda e pura que gerava um ser como aquele? – Digo isso, habi, porque terá que se converter, mudar seus hábitos... – Já estou convertida... – disse e me virei para a frente, abraçando-o pela parte superior das costas para encostar minha cabeça em seu ombro – Muito lindo tudo o que cê falou... Não consegui segurar mais. As lágrimas começaram a brotar de meus olhos. Ele continuou explicando que as pessoas não entendem bem a situação e acham que todo árabe é muçulmano, ou islâmico, que é a mesma coisa. Islâmico ou muçulmano é a religião, árabé é a etnia. – Infelizmente há muitos infiéis em nossa etnia também, habi; é uma pena... Assim como muitas nações que já foram muçulmanas se desviaram do caminho, se tornando infiel, como a Espanha, por exemplo... Como isso poderia acontecer? Como alguém, uma pessoa, um povo, uma nação deixavam de seguir algo tão lindo? Tão puro? Tão amável? Tinha que agradecer a Deus por ter colocado Ademir em minha vida. Tinha que agradecer a Alá, por ter me dado ele, me tirando daquele lugar triste em que vivia e me trazendo à felicidade. Notei que ele estava dirigindo com dificuldade e me afastei, voltando à minha posição inicial e postura de ouvinte. – Cê fai ficar em um hotel em

Novela exclusiva para o Jornal SINDITÁXI-PR A Cabeça do Boi — as aventuras e desventuras de um taxista curitibano é uma novela escrita especialmente para o Jornal SINDITÁXI-PR. Criada pelo jornalista Emildo Coutinho, editor desta publicação, é uma obra fictícia que visa apenas o entretenimento. Jornalista há 25 anos, formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Coutinho também é escritor, fotógrafo, professor de inglês e atualmente está no último ano da faculdade de Letras. Capítulos anteriores podem ser lidos nas edições publicadas na página no Facebook Multimeios — soluções em comunicação. E-mail emildocoutinho@ gmail.com/whats 99761-6793.

Foz do Iguaçu, até fazermos o seu Shahada, que é uma recitação, ou declaração de fé. Durante os dias que ficar no hotel poderá ler o Alcorão e eu te explico tudo o que não entender. Ok? – Sim...! Estava pensando em perguntar como seria o casamento, se poderia usar branco mas fiquei com medo de desmonstrar muito ignorância e, naquela altura do campeonato, não tinha mais importância isso. Poderia ser do jeito que fosse. Estava totalmente apaixonada por Ademir. – Já falei sobre você com o imame... – Com quem?? – É o nosso sacerdote, que dirige as presses na mesquita... Você entenderá tudo isso... – É... Tenho muito para aprender... – e arrisquei – habi... Ele sorriu. – Também vou te ensinar árabe... – Meu Deus!! Parece uma língua muito difícil!! – Só parece, mas não é. Vai ver... E depois, dá pra aprender com os caracteres ocidentais, sabe? Com a escrita em português... – Sei como é... Fiquei contemplando, por algum tempo, a paisagem que corria pelo vidro da janela. Sempre imaginara que um dia meu príncipe chegaria, que me tiraria daquela vidinha sem graça, serviçal e fedorenta. Por um momento pensei em minha família, em meus pais, em meus irmãos... Mas só por um momento. Tinha me decidido e estava feito. Estava bem, me sentindo muito bem. Claro que, vez ou outra, poderia pensar neles. Quem sabe, até, em um futuro próximo, entrar em contato, para dar notícias... Quem sabe, né? Mas naquele momento estava muito, muito feliz. Não queria pensar neles. Fechei meus olhos e pensei

O jornalista Emildo Coutinho em Ademir, alí do meu lado. Sua voz me trouxe novamente para a esfera física: – Sobre nossa crença, habi, tem muita coisa que vai ter que fazer, como mudar seus vestiários, andar com a cabeça coberta. Já deve ter imaginado, né? Já. Já tinha imaginado. Isso não era nada, comparado ao grande amor que encontraria. Ao princípe árabe que aparecera em minha pequena cidade, na parte rural de minha pequena cidade, para tirar-me daquele mundo germânico ao qual estava inserida. Não, nada poderia atrabalhar esse amor. O que era andar com aquele véu? Nada. Aliás, até que achava bonito alguns estilos. Havia diversas cores, formatos, modo de usar. Teria que saber qual seria o mais apropriado, claro. Mas isso ele explicaria. Ademir iria me explicar tudo. Como ingressar naquele novo mundo, naquela nova religião, naquela nova fé, naquela forma nova de se vestir, comer, certamente; tudo, enfim... E ele era lindo, sexy, com aquela barba e pele morena. Aqueles olhos expressivos, pareciam contornados com alguma espécie de pintura. Sempre achara os homens morenos mais bonitos. E os árabes se destacam entre eles. E Ademir era o mais lindo de todos. Pensei em Aladin, do desenho animado que vira há anos. Toda aquela aventura, tapete mágino, voador, lâmpada que sai um gênio de dentro... Ah!! Não estava acreditando... Era a mais feliz das Mädchen!! Já idealizava um mundo próprio para mim e Ademir, para ambos, com filhos; vários filhos, certamente. Alguém lhe dissera, há muito tempo, que os árabes tinham sempre muitos filhos, famílias numerosas. Certamente ele teria a mesma ideia, claro. Muitos filhos estragam o corpo, mas isto, também, era nada. O que importava era o amor. Ah, e que amor!!


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OPINIÃO

Queremos sua opinião quanto ao Jornal SINDITÁXI-PR O Jornal SINDITÁXI -PR é também distribuído via WhatsApp, se utilizando da tecnologia que muito colabora com a distribuição de informação. Queremos, agora, saber sua opinião sobre o veículo. Por favor, envie-nos seus comentários, sugestões, opiniões, enfim, que aqui publicaremos. Fizemos uma experiência em nossa última edição publicando a questão direta e objetiva “O que achou do jornal?” e alguns se manifestaram. Contamos com a colaboração de vocês!

DO FACEBOOK

Navegantes impõem regras aos piratas Não poderíamos perder a “piada” deste título, mas é interessante esta atitude da Prefeitura de Navegantes, em Santa Catarina. Diante de tantos crimes envolvendo os aplicativos há que, ao menos, tentar colocar alguma regra e controle. Caso contrário a situação persistirá, assim como vemos acontecendo, infelizmente, em Curitiba.


8 DEZEMBRO 2018

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