No controle do guidão - Caderno boa viagem

Page 1

OGLOBO QUINTA-FEIRA 19.6.2014 oglobo.com.br

De trem. Trilhos panorâmicos e gastronômicos nos Alpes suíços Buenos Aires. Massa artesanal com sabor da Sardenha

Pedais urbanos Testamos roteiros de bicicleta e descobrimos lugares diferentes em cidades na Europa, nos EUA e no Brasil


BEM-VINDO

S

Suíça

TRENS, QUEIJOS E CHOCOLATES P4 l

Itália

VENEZA E OS AROMAS BIZANTINOS P10

E

m seu livro “Diários de bicicleta”, lançado aqui no Brasil em 2010, David Byrne descreve o ponto de vista de um ciclista — “mais rápido que uma caminhada, mais lento que um trem e muitas vezes ligeiramente mais elevado que o de uma pessoa” — como sua janela panorâmica em muitos lugares do mundo. Um ângulo de visão que cai como uma luva para o viajante que valoriza explorar recantos nas cidades que visita. Com esse olhar mais atento e disposição para pedalar em centros urbanos onde esteve nos últimos dois anos, a repórter Fernanda Dutra mostra que deixar-se perder guiando uma bicicleta em cidades como Amsterdã, Berlim ou Londres pode resultar em um delicioso passeio por locais inesperados e interessantes.

l

Reino Unido

HÁ ALGO DE FESTIVO NO VERÃO DE LONDRES P12 l

Bicicleta

DESCOBERTAS SOBRE DUAS RODAS P14 l

Argentina

BONS PRATOS E CASACOS EM BUENOS AIRES P27 l

Cristina Massari EDITORA ASSISTENTE

NA WEB

oglobo.com.br/boa-viagem BLOG DE BORDO oglobo.com.br/blogs/bordo FACEBOOK facebook.com/BoaViagemOGlobo TWITTER twitter.com/BoaViagemOGlobo EXPEDIENTE EDITORA Carla Lencastre (carla@oglobo.com.br) EDITORES ASSISTENTES Bruno Agostini (bruno.agostini@oglobo.com.br) e Cristina Massari (cristina.massari@oglobo.com.br) REPÓRTERES Eduardo Maia (eduardo.maia@oglobo.com.br) e Fernanda Dutra (fernanda.dutra@oglobo.com.br) DIAGRAMADOR Maurício Tussi (mauricio.tussi@oglobo.com.br) Redação 2534-5000 boaviagem@oglobo.com.br Publicidade 2534-4310 publicidade@oglobo.com.br Correspondência Rua Irineu Marinho 35, 1º andar, Rio de Janeiro, CEP 20230-901/RJ.

Vista do trem que sobe até a estação ferroviária de Jungfraujoch, a mais alta da Europa EDUARDO VESSONI

CAPA Ciclista passeia em rua de Paris. Foto de Valerio Mezzanotti/ The New York Times. Acima, grupo participa do Dia Mundial do Passeio de Bike Sem Roupa, no último sábado (14/6) pedalando em frente ao Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles. Foto de Lucy Nicholson /REUTERS



BICICLETA

14

FERNANDA DUTRA

São Paulo.

Ciclofaixas aos domingos

Barcelona.

Até a Sagrada Família pela ciclofaixa Amsterdã.

Bicicletário lotado na cidade

São Francisco.

Uma das ruas grafitadas do bairro Mission

PAVEL PROKOPCHIK/THE NEW YORK TIMES


No

controle do

guidão Roteiros simples e divertidos para pedalar em cidades europeias, americanas e brasileiras FERNANDA DUTRA

P

fernanda.dutra@oglobo.com.br

LOURDES SEGADE/THE NEW YORK TIMES

erder-se em uma cidade estrangeira a pé, embora seja bom para descobrir novos lugares, muitas vezes tem custo, ou para o bolso, por conta do táxi, ou para as pernas. Mas se perder de bicicleta geralmente não custa nada. Em Amsterdã, Berlim e Londres, entrar na rua errada me levou a conhecer parques e praças, entre tantos que existem nessas cidades, e até bairros que nem imaginava serem interessantes. Depois, pedalava aleatoriamente até reencontrar o caminho do hotel. As bicicletas me convenceram de que podem completar a viagem, cobrindo áreas mais extensas, levando a mais lugares em menos tempo e revelando regiões de subúrbio charmosas. Atualmente, milhares de turistas se aproveitam da comodidade dos sistemas de bicicletas públicas compartilhadas pelo mundo. Amsterdã foi precursora na ideia: em meados dos anos 1960, um grupo de ativistas espalhou pelos canais as chamadas Bicicletas Brancas. Qualquer um poderia usar o quanto quisesse. Em pouco tempo, elas foram roubadas. Várias experiências foram testadas, até que a França lançou um sistema eletrônico que rastreava cada bicicleta. Em 2007, quando o Vélib começou em Paris, menos de dez países no mundo

tinham bicicletas públicas. Hoje, são quase 50 e mais de 500 cidades, segundo um relatório do instituto americano Earth Policy. O Vélib ajudou a dobrar o número de deslocamentos diários em bicicletas por Paris. As estatísticas mostram que ao menos uma entre três bicicletas na rua é do sistema público. A adoção da bicicleta no dia a dia foi tão forte que, em 2012, todos os países europeus, com exceção da Bélgica e de Luxemburgo, venderam mais bicicletas que carros, informa o site de rádio NPR, baseada em Washington DC. Mais bicicletas na rua acabaram por estimular a expansão das ciclovias, o que vem acontecendo no Brasil também. Por aqui, o Rio foi a primeira capital a lançar as bicicletas públicas, em 2009. As regras lá fora costumam ser mais rígidas do que no Brasil. Nos EUA e na Europa, ciclistas devem cumprir leis de trânsito semelhantes às dos motoristas de carro, como andar nas faixas indicadas, nunca em calçadas ou na contramão, respeitar os sinais de trânsito, estacionar nos locais indicados. Algumas cidades têm peculiaridades, como exigir o uso de capacete para todos os ciclistas (na Austrália) ou só para menores de 16 anos (na Suécia). Em geral, observando o comportamento de outros ciclistas , é fácil entender as regras. Confira nas próximas páginas dicas e ideias de pedaladas nos EUA, na Europa e no Brasil. l

BOA VIAGEM QUINTA-FEIRA 19.6.2014

15 _

FERNANDO DONASCI


BICICLETA

16

EUA Das vias expressas às ciclovias

P

oucas cidades representam tão bem a cultura do carro nos Estados Unidos como Los Angeles. Quem não dirige ou paga caro nos táxis ou não vai muito longe. Mas mesmo a metrópole cortada por vias expressas vem se esforçando para expandir suas ciclovias e incentivar o turismo independente da gasolina. Nos calçadões à beiramar, em Santa Monica ou Venice Beach, o ciclismo já é uma opção popular. Várias lojas alugam bicicletas e triciclos para rodar na ampla ciclovia de mão dupla. Foi uma surpresa, porém, confirmar que também é tranquilo rodar em bairros de maior densidade urbana e tráfego. Escolhi explorar Silver Lake e Echo Park, onde a bicicleta é quase tão onipresente como em Portland — a capital hipster americana orgulha-se de ter o maior percentual no país de moradores que vão trabalhar de bicicleta, 6,4% — quase o dobro de São Francisco, com 3,4% — segundo o Censo nacional. Como LA ainda não tem sistema de bicicletas públicas, aluguei uma na loja e oficina Speed Works, em Silver Lake. Gostei mais de guiar uma bicicleta que não anunciasse minha condição de turista. Parada no sinal, recebi elogios de um rapaz pela cor prateada da bike; mais tarde, fui parabenizada por não furar o sinal de trânsito. Planos, Silver Lake e Echo Park são ligados pela Sunset Boulevard num longo trecho de ciclovia. Os dois oferecem boas paradas, como os cafés Intelligentsia e Casbah; a loja de discos Origami, que também expõe gravuras, e a Time

Travel Mart, com “itens indispensáveis a uma viagem no tempo”, como fitas VHS e bigodes postiços. São Francisco não tem tantas áreas planas quanto Los Angeles. Mas é das mais amigáveis às bicicletas no país. Dados da organização não governamental local Bicycle Coalition indicam que as bicicletas compõem 67% do trânsito em dias de semana na Market Street, avenida que cruza a cidade — o equivalente a três mil viagens por dia. Por isso a Market St. não é recomendável aos ciclistas inexperientes. Mais fácil percorrer a margem da Baía de São Francisco. É possível rodar um longo trecho com raros desvios na ciclovia, desde o Píer 39, onde reinam os famosos leõesmarinhos, até a área recémrevitalizada de Dogpatch. Entre os dois, está Embarcadero, região repleta de armazéns renovados. Ali fica o Exploratorium, mais novo museu da cidade, com exposições interativas sobre ciências. A poucas pedaladas, topamos com o Ferry Building, prédio histórico tomado por lojas gourmet. Mais adiante, a escultura de arco e flecha gigante de Claes Oldenburg e Coosje van Bruggen. O extenso Golden Gate Park oferece uma pedalada ainda mais tranquila, que pode ser combinada com a visita ao museu de arte De Young e à Academia de Ciências da Califórnia. Desde agosto de 2013, é possível fazer tudo isso com o sistema de bicicletas públicas, o Bay Area Bike Share. O cadastro é feito nas estações de rua; a diária custa US$ 9. O único porém é que as bikes não têm

FOTOS DE FERNANDA DUTRA

Los Angeles.

Ciclistas em Downtown, área onde fica o Walt Disney Concert Hall, projeto de Frank Gehry Miami . As bikes do

Art Déco estarão em breve no Design District e em Wynwood

cestinha, só um elástico para prender as bolsas. Miami Beach tem seu bike share, a DecoBike, desde 2011, com mais de três milhões de aluguéis registrados até hoje. As diárias custam US$ 14. Pedalar de North a South Beach é simples. Há ciclovias nas principais vias, largas o suficiente para dar uma sensação de segurança. Dê-se um tempo para conhecer a bike no trecho à beiramar do Lummus Park, com a

vista das fachadas art déco de South Beach. É fácil atravessar a ponte Venetian até Downtown Miami, mas acrescente mais 5 km à jornada. Se preferir, alugue outra bike por lá. Mas não deixe de percorrer os bairros de Midtown, Wynwood e Design District. Essas áreas têm ruas menos movimentadas, com ciclovias, e são repletas de grafites e galerias. A DecoBike deve instalar suas estações por ali ainda este ano. l


U Los Angeles

MUITO FÁCIL. No píer de Santa Mônica, alugam-se bicicletas e triciclos para quem quer percorrer o calçadão de ciclovia à beira-mar, de cerca de 14 km. FÁCIL. Silver Lake e Echo Park são bairros vizinhos, hipsters e conectados por ciclofaixas nos dois lados da Sunset Boulevard. Comece em Silver Lake e termine no recente parque de Echo Park, com pedalinhos e café. São cerca de 3,5 km. U São Francisco

ANGEL FRANCO/THE NEW YORK TIMES

Do Central Park ao Brooklyn ou Queens

U Miami

ISABEL DE LUCA NOVA YORK

Correspondente ideluca@oglobo.com.br

Pode-se dizer que o sistema de aluguel de bicicletas de Nova York, inaugurado há cerca de um ano, é um sucesso: o serviço anual já tem quase cem mil assinantes e, ao contrário do que se previa numa cidade conhecida pelo trânsito caótico de carros, táxis e pedestres, nenhum acidente grave foi registrado. São seis mil bicicletas azuis espalhadas por 332 estações no sul de Manhattan e em alguns pontos do Brooklyn. Devido a problemas de financiamento, porém, o CitiBike — batizado para honrar um patrocínio de US$ 41 milhões — busca novos investidores para bancar uma aguardada expansão. Em Manhattan, o serviço, que custa US$ 9,95 por dia, é encontrado da Rua 59 para baixo. Mas o ciclista deve se aventurar com atenção: a cidade é rigorosa na punição de ciclistas que violam as leis de trânsito. Ficou famosa a prisão do ator Alec Baldwin, no mês passado, por pedalar na contramão. Um dos roteiros mais simpáticos — e menos complicados — é explorar o Central Park. O parque, que disponibiliza mapas nas principais entradas, também aluga bicicletas (US$ 15 por hora) e

MUITO FÁCIL. Dentro do parque Golden Gate, há ciclovias tranquilas, cercadas de verde, e atrações como o museu de arte De Young e a Academia de Ciências da Califórnia. FÁCIL. O trecho voltado para a baía tem um longo calçadão, com áreas revitalizadas. Do Fisherman’s Wharf, passando pela área central de Embarcadero e chegando ao bairro da moda, Dogpatch, são 7 km.

MUITO FÁCIL. À beira-mar, em

Nova York. Ciclistas devem estar atentos às leis de trânsito, seguidas com rigor oferece passeios guiados (US$ 53, em média). Não faltam atrações durante a viagem de 8 quilômetros, como o Strawberry Fields — o lendário campo em homenagem a John Lennon —, o Castelo Belvedere, o Terraço Bethesda, o Reservatório Jacqueline Kennedy Onassis e o Jardim de Shakespeare. Para os mais audaciosos, há passeios como uma ida a Fort Tilden, no Queens, numa das praias mais selvagens da região. O percurso — de 21,5 kms — é plano e ainda conta com uma série de atrações no meio do caminho. De Manhattan, a dica é atravessar a Williamsburg Bridge em direção ao

Brooklyn, pegar a Wythe Avenue para o sul e seguir pela Franklin Avenue. Virar à esquerda na Nostrand Avenue e imediatamente à direita na Bedford Avenue. Seguir a Bedford Avenue para o sul — passando pelo Brooklyn College e o prédio art déco da Sears — até o fim, à beira-mar. Dali, dobrar à esquerda na Emmons Ave., continuar por 800 metros e entrar na Belt Parkway Greenway, por 3,2 kms. Pegar a Flatbush Ave. — onde fica o Floyd Bennett Field, o primeiro aeroporto de Nova York —, cruzar a Gil Hodges, virar à direita na Rockaway Point Boulevard e pronto: a entrada da praia de Fort Tilden estará à esquerda.

South Beach, além de várias estações de DecoBike, é possível circular entre palmeiras e gramados, com a vista para os belos prédios art déco. Continue pela Ocean Drive e confira o trecho sul de South Beach. FÁCIL. Revitalizados, os bairros de Wynwood, Design District e Midtown são ligados por ciclovias e repletos de arte de rua, galerias e bons restaurantes.

U Nova York

MUITO FÁCIL. Uma rota de quase 5 km de ciclovia cobre a porção sul do Central Park até o Reservatório Jacqueline Kennedy Onassis. É o meio mais fácil de explorar o parque e gastar calorias na Big Apple. FÁCIL. A ciclovia mais antiga do país é a Ocean Parkway, que conecta o Prospect Park, no Brooklyn, ao mar, no bairro de Coney Island. São 10 km.


BICICLETA

18

JONATHAN NACKSTRAND/THE NEW YORK TIMES

Europa Entre parques e museus

C

om quase 800 quilômetros de vias adaptadas às bicicletas, Estocolmo serve de referência para diversas outras capitais por conta de seu planejamento urbano. É o paraíso do ciclista. Assim como Berlim, que tem mais de 700 kms de vias adequadas às duas rodas, e Amsterdã — a cidade onde caminham menos pessoas do que rodam bicicletas. São mais de 800 mil magrelas. A maior dificuldade nessas cidades vai ser se acostumar ao trânsito de ciclistas nas vias mais movimentadas. Suecos são considerados prudentes. Já os holandeses não hesitam em furar sinais vermelhos ou ultrapassar os mais lentos. Mais fácil começar nos parques, numa das bicicletas do sistema público. Em Estocolmo, a CityBike funciona de 1° de abril a 31 de outubro. Os passes são comprados nas lojas de conveniência 7-Eleven e Pressbyran e o mais barato custa 165 coroas suecas (R$ 55), para três dias. A bicicleta deve ser devolvida em três horas. Mas esse é um período mais do que suficiente para percorrer a avenida à beiramar de Strandvägen, onde estão alguns dos endereços mais nobres da cidade. A via leva até a ilha dos museus, Djugarden, que concentra os melhores museus suecos (o mais recente é dedicado à banda Abba). Djugarden é também o nome do mais belo parque da cidade. Vale ainda percorrer o bairro de Södermalm. Repare nas modas ciclísticas, das cestinhas às bolsas que vão penduradas nas laterais da roda traseira e às próprias bicicletas, quase um atestado de identidade de seus donos. O bairro tem ótimos restaurantes e compras.

Estocolmo. Cidade com um dos melhores planejamentos de trânsito Berlim. Quase todas as ruas têm ciclovias e bicicletários Praça dos Museus.

Em Amsterdã, o Rijksmuseum é cercado por ciclovias

Nos verões de Amsterdã, quando os canais estão apinhados de turistas, o extenso e belo Vondelpark lota de grupos de amigos jogando futebol e fazendo churrascos. Ainda assim, é o melhor lugar para pegar o jeito da bicicleta alugada. As mais famosas lojas de aluguel, Yellow Bike e MacBike, trabalham da mesma forma: reservam por hora ou diária, mantendo como garantia uma cópia do seu cartão de crédito ou um documento com foto mais € 50. Não deixe de pagar

o seguro contra roubos. Nem de trancar a bicicleta. O sistema holandês de bicicletas públicas é voltado aos locais, tanto que o site para o registro não tem versão em inglês. No circuito turístico, poucas pedaladas separam o Vondelpark do Van Gogh Museum e do recém-reinaugurado Rijksmuseum. O norte de Amsterdã também é muito frequentado no verão. A região, separada por um canal no centro, tem como símbolo de sua revitalização o Eye Museum, dedicado

a cinema. Pegue a balsa até o outro lado atrás da estação central, com a bicicleta. Nas margens, há bares com shows e mostras de arte. Outra opção é visitar o Noorderpark, cuja revitalização será concluída este ano, uma área de 35 hectares com trechos dos dois lados do canal. Em Berlim, quase toda rua é para se pedalar. Um dos passeios mais bacanas é seguir o traçado antigo do Muro de Berlim. A trilha toda tem 160 quilômetros e ultrapassa as fronteiras da cidade. Mas dá para fazer uma versão menor pelo centro, do Mauerpark (lugar de um famoso karaokê ao ar livre nos domingos) até a East Side Gallery, com trechos de muro grafitados, passando por torres de patrulha originais e o Portão de Brandenburgo. Uma pedalada ainda mais tranquila pode ser feita no Tiergarten, um dos parques berlinenses mais belos. Berlim é ainda melhor do que Amsterdã para pedalar por conta de suas ruas largas, reconstruídas após a guerra. Dá para se registrar gratuitamente nas próprias estações ou num aplicativo. Meia hora sai por € 1, e 24 horas, € 9. l


FOTOS DE FERNANDA DUTRA

U Estocolmo

MUITO FÁCIL. No Centro, a ciclovia à beira-mar dá vista a belos exemplares de arquitetura e leva à ilha dos museus e a um dos parques mais belos de Estocolmo, Djugarden. FÁCIL. Estocolmo tem vias amigáveis aos ciclistas e um bom número de bicicletários. Faça como os locais e explore o bairro hipster de Södermalm percorrendo a rua Hornsgatan e a Stadsgardsleden. U Amsterdã

VALERIO MEZZANOTTI/THE NEW YORK TIMES

Pedaladas em grupos em Paris

U Berlim

FERNANDO EICHENBERG PARIS

Correspondente

eichenberg@oglobo.com.br

No tempo de uma década, entre 2001 e 2010, o número de deslocamentos diários exclusivos de bicicleta na região parisiense dobrou, passando para 652 mil. As pedaladas aumentaram principalmente a partir de 2007, quando foi inaugurado o sistema de aluguel de bicicletas Vélib (velib.paris), que em abril passado ultrapassou 200 milhões de locações. Para os turistas mais esportistas, conhecer a capital francesa em circuitos de bicicleta pode ser uma boa opção. Pode-se usar uma das 23,6 mil vélibs espalhadas em 1.752 estações da cidade e em 30 localidades nos subúrbios ou, se a exigência for maior para o percurso escolhido, alugar uma bicicleta de melhor qualidade em um estabelecimento especializado. As vélibs são práticas e de fácil uso, podem ser alugadas instantaneamente por um (€ 1,70) a sete dias (€ 8 ), apenas por meio de uma cartão de crédito, e a primeira meia hora é gratuita. Cada vez se vê mais grupos de turistas pedalando pela cidade, com ou sem guia, seja com as bicicletas vélib ou outras alugadas. Há circuitos que podem variar

MUITO FÁCIL. Se quiser evitar o trânsito intenso nas ciclovias, comece pelo belo Vondelpark e, ali pertinho, visite a praça dos principais museus da cidade, e, depois, a Heineken Experience. FÁCIL. A região norte de Amsterdã tem novos museus e bares e é badalada em dias de tempo bom. Pegue a balsa na estação de trem, visite o museu de cinema Eye e o Noorderpark.

Paris. As bicicletas estão cada vez mais populares na capital francesa de 25 minutos a mais de duas horas, dependendo dos interesses e do fôlego do ciclista. Um passeio pelo Jardim des Plantes, o Instituto do Mundo Árabe, o Panteão, o Senado, a igreja Saint-Sulpice, o Museu d’Orsay e o Quai Branly, com término na Torre Eiffel, é estimado em cerca de 35 minutos, sem paradas. O site parisvelosympa.com, por exemplo, propõe um percurso de três horas (entre € 20 e € 35, segundo tarifas por idade, grupo ou individual), passando pelas ruelas do bairro Marais, o Centro Georges Pompidou, o Palais Royal, o

Museu do Louvre e a ilha de Saint-Louis. Para os mais aventureiros, nos arredores de Paris, o Canal de Loing é considerado um percurso de predileção dos ciclistas, a partir de Moret-sur-Loing, cidade fetiche do pintor Alfred Sisley (1839-1899). Na volta, é possível aproveitar o décor da floresta de Fontainebleau, num trajeto de cerca de duas horas, em sua totalidade. Antes de viajar, vale dar uma olhada na página do Facebook “Pedaladas por Paris”, com sugestões de passeios organizados, ou consultar guias especializados.

MUITO FÁCIL. Transformado em parque no século XVIII, Tiergarten é o pulmão berlinense. Pistas de corrida e ciclovias em meio ao verde passam pelo memorial a Rousseau e o memorial soviético da Segunda Guerra Mundial. FÁCIL. Seguindo o traçado do antigo Muro de Berlim dentro da cidade, num caminho de cerca de 20 km, veem-se antigos postos de patrulha, museus e memoriais. U Paris

MUITO FÁCIL. Saindo do Canal St. Martin, siga o Canal de Jemmapes e o Quai de la Marne até o Parc de la Villette. FÁCIL. À beira do Sena, tenha a Torre Eiffel como ponto de referência. Entre no Boulevard St. Germain, que também tem ciclovias. Dali, dá para ir à Ile de la Cité, onde fica a Notre-Dame, ou à ilha de Saint- Louis.


BICICLETA

20

LUKE MACGREGOR/REUTERS

Europa Ciclovia de tapete vermelho

MUITO FÁCIL. A margem

sul do Tâmisa tem uma ciclovia cheia de atrações. Comece na altura da Tate Modern e siga até o parque de King’s Stairs Garden. FÁCIL. O Hyde Park é cortado por ciclovias. Curta o verde. Pegue a Constitution Hill, passe pelo Palácio de Buckingham e percorra a avenida The Mall.

L

ançado em 2010, o sistema de bicicletas públicas de Londres se tornou uma bandeira política do prefeito Boris Johnson. Tanto que quase ninguém diz o nome oficial Barclays Cycle Hire e sim Boris Bikes. Já existem mais de dez mil bicicletas disponíveis em 700 estações. Não é preciso se registrar para alugar: na estação, passe o cartão de crédito para comprar um passe de 24 horas (2 libras), que dá direito a um número ilimitado de retiradas para viagens de até 30 minutos. Se passar disso, o sistema cobra no cartão uma taxa de 1 libra. Depois, só digitar o código em um painel próximo à bicicleta desejada e esperar o sinal verde. O trânsito em mão-inglesa pode confundir um pouco no início. Melhor começar a pedalar num fim de semana ou, longe dos carros, na ciclovia à beira do Tâmisa. Na margem sul, na altura da Tate Modern, a vista inclui a moderna Millennium Bridge e a antiga St. Paul’s Cathedral. Mais adiante, vem a imponente London Bridge. Nos arredores, vale parar no Clink Prison, presídio do século XII convertido em museu. Longos trechos das margens sul e norte do Tâmisa já têm ciclovia, logo, dá para criar um roteiro de acordo com o fôlego. Outro passeio bacana, que exige mais atenção, envolve descobrir o Hyde Park, com seus gramados perfeitos, passar pela Constitution Hill em direção ao Palácio de Buckingham e então percorrer a avenida The Mall, pintada de vermelho por ser onde passam os carros em cortejos da realeza. Enquanto Londres ainda está se habituando com a vida sobre duas rodas, Barcelo-

U Londres

U Barcelona

DIVULGAÇÃO/GREATER LONDON AUTHORITY

Londres.

The Mall, por onde passam os cortejos da realeza no circuito do Hyde Park Boris Bikes. As

bicicletas azuis ganharam como apelido o nome do prefeito

na já pode ser considerada amigável às bicis, como se diz em catalão. A cidade foi uma das primeiras na Europa a implantar seu sistema de bicicletas públicas, em 2007, que acabou incentivando melhorias urbanas e a construção de mais ciclovias. O sistema só pode ser usado por moradores, mas não faltam lojas de aluguel. Uma delas é a Barcelona Rent a Bike, com pontos na Praça Catalunya e na praia Barceloneta. A empresa co-

bra desde € 6 por duas horas de aluguel, com tranca e capacete incluídos. A pedalada começa bem na praia Barceloneta, das mais badaladas da cidade. Além de lojas e restaurantes, o calçadão tem duas atrações que não se deixam passar batidas: o gigante peixe metálico desenhado pelo arquiteto Frank Gehry, parte do Hotel Arts, e a torre em aço e vidro da artista alemã Rebecca Horn, uma homenagem da artista aos prédios antigos

derrubados para a revitalização da área incentivada pelos Jogos Olímpicos de 1992. A ampla rede de ciclovias também torna fácil conhecer os principais pontos turísticos. Percorrendo a Avenida Diagonal, larga e arborizada, vê-se alguns dos prédios mais bonitos da cidade. Virando à direita ou à esquerda na Carrer de Provença, damos de cara com obras-primas de Antoni Gaudí: de um lado, a Sagrada Família, do outro, a La Pedrera. l

MUITO FÁCIL. Comece pela Barceloneta, passe pelo bairro olímpico e siga até onde as pernas lhe permitirem. FÁCIL. Endereço de belos exemplos arquitetônicos, a Avenida Diagonal possui ciclovia. Na rua Provença, de um lado da Diagonal fica a Sagrada Família e, do outro, La Pedrera, duas obras de Antoni Gaudí. U Zurique

MUITO FÁCIL. À beira do Lago Zurique, começando na região de Zürichhorn, há uma ciclovia com trechos em parques e ao longo de uma estrada tranquila. FÁCIL. Cortando a cidade ao meio, o Rio Limmat também é ladeado por ciclovias. U Viena

MUITO FÁCIL. O Canal Donau, num nível abaixo da rua, tem bares e arte de rua e pista segura e liberada às bicicletas. FÁCIL. Viena foi projetada com vias circulares, paralelas ao rio. A principal, Ring (anel), guarda cartões-postais, alguns parques e é toda adaptada aos ciclistas.


Referente ao trabalho artístico, logotipos e propriedades da Disney © Disney.

FOTOS DE FERNANDA DUTRA

Zurique. Bicicletas gratuitas para andar perto do rio e do lago

DISNEYLAND

MUNDO MÁGICO COM DÓLAR A R$ 1,99

Verão em piscinas e praias de rio Nos verões, os suíços resolvem sua falta de litoral passando tempo à beira de (ou submersos em) seus rios e lagos de água cristalina. Na bela capital financeira, Zurique, não é diferente. Por isso, quase toda a margem leste do Rio Limmat tem ciclovias. Entre maio e outubro, a cidade empresta bicicletas, só pedindo-as de volta até o final do dia. Basta ir num dos postos indicados (um deles em frente à estação central de trens), mostrar o passaporte e deixar € 20 de depósito. Siga ao norte até a piscina pública de Oberer Letten para beliscar petiscos e se refrescar no Limmat. Perto dali está Zürich West, antigo distrito industrial onde hoje se concentram ateliês e restaurantes. Seguindo ao sul, topamos com o lago que dá nome à cidade. A margem leste logo se cobre de verde nos jardins de Zürichhorn, com esculturas ao ar livre, cafés e o último projeto do arquiteto Le Corbusier, a casa Heidi Weber. Continue na ciclovia à beira do lago enquanto tiver fôlego. A

paisagem se torna mais bucólica. Em Viena, seguir a água é também uma boa ideia. O Canal Donau, rebaixado em relação ao nível da rua, tem paredões cobertos de arte de rua. Bares, com mesas sobre a areia no verão, tornam a área concorrida na happy hour. Fechado a carros, o trecho todo é facilmente percorrido de bicicleta. Alugue usando o sistema público da cidade, CityBike. É gratuito se, a cada hora, o cliente devolver a bicicleta à estação por 15 minutos. Planeje-se para fazer o registro on-line antes, pois o sistema nas ruas não é tão prático. Custa € 1, além de um depósito caução de € 20, devolvido ao cliente após o retorno da bicicleta no primeiro aluguel. Viena é bem adaptada aos ciclistas. Tanto que é possível fazer todo o roteiro tradicional turístico, passando pelos principais museus e monumentos, percorrendo o Ring (anel), principal avenida vienense que circula o centro.

Ingressos Conheça os parques com a CVC. Os ingressos para os melhores parques do complexo Disneyland Resort você encontra na CVC: com a opção Park Hopper, você pode conhecer o Disneyland Park e o Disney’s California Adventure Park.

Hotéis

Disneyland Hotel

Disney’s Paradise Pier Disney’s Grand Californian Resort & Spa

31 Hotel

Diárias a partir de 10x R$ À vista R$ 310. Base US$ 158.

24

Diárias a partir de 10x R$ À vista R$ 240. Base US$ 119.

43

Diárias a partir de 10x R$ À vista R$ 430. Base US$ 216.

Ligue:

2126-8200 2126-2000 3325-4490 Prezado cliente: preços por pessoa com hospedagem em apartamento quádruplo, considerando 4 adultos pagantes. Ofertas limitadas. Preços, datas de saída e condições de pagamento sujeitos a reajustes sem aviso prévio. Condições de pagamento: até 10x no cartão de crédito para o pagamento dos hotéis e em 4x sem juros para os ingressos. Ofertas válidas até 1 dia após a publicação deste anúncio. Câmbio reduzido CVC válido por tempo limitado para compra de diárias de hotel: US$ 1,00 = R$ 1,99. Preço das diárias válido para as reservas de código Special Offer FLOS para hospedagem no mês de julho.

O Boa Viagem possui 541 mil leitores.

23% pretendem viajar para o exterior nos próximos 12 meses. Anuncie: (21) 2534-4310 • (11) 3266-7888

fonte Ipsos Marplan - Grande Rio - Jan 11 a Dez 11

Viena. Uma avenida leva aos principais cartões-postais da cidade

O Disneyland Park da Califórnia é o primeiro parque temático criado por Walt Disney. Foi ali que começou a magia desse mundo encantado. O castelo da Bela Adormecida domina a paisagem do parque, que pertence ao complexo Disneyland Resort e fica em frente ao eletrizante Disney California Adventure Park.


22 CUSTODIO COIMBRA

U Rio de Janeiro

BICICLETA

MUITO FÁCIL. O Parque do Flamengo é o trecho que, mesmo aos domingos, tem mais espaço para circular de bicicleta. Comece em Botafogo e termine no Museu de Arte Moderna. FÁCIL. As ciclovias da Lagoa Rodrigo de Freitas e das praias de Copacabana, Ipanema e Leblon costumam ficar bem movimentadas nos fins de semana e exigem um pouco mais de atenção. U Porto Alegre HANS VON MANTEUFFEL

Brasil Na beira do mar ou do rio

MUITO FÁCIL. Siga à beira do

Guaíba. Inicie na Fundação Iberê Camargo, passe pelo Estádio Beira-Rio e veja o pôr do sol no Gasômetro. FÁCIL. O Parque da Redenção é um dos lugares mais agradáveis para pedalar. Dali, visite o boêmio Cidade Baixa, seguindo na via com ciclofaixa General Lima e Silva.

O

Rio de Janeiro, além de ter a mais extensa rede de ciclovias do país (cerca de 360 km), foi a primeira capital a lançar o sistema de bicicletas públicas em 2009. O Pedala Rio teve problemas de serviço e alto número de furtos, que levaram a empresa a rever o formato. Com novo design e sistema, a versão atual foi lançada em 2011. As laranjinhas já somam 600 unidades em 60 estações espalhadas pela cidade. A julgar pelas estações vazias nos finais de semana ou na hora do rush, constata-se que cariocas e turistas adotaram o sistema, que cobra R$ 10 de mensalidade e R$ 5 de diária. É possível comprar passes pelo telefone ou pelo aplicativo para smartphones. O mesmo sistema carioca já foi implantado em 19 cidades brasileiras, sendo oito capitais. Porto Alegre lançou o seu em setembro de 2012 e, atualmente, tem 39 estações. A capital gaúcha não tem praia, mas tem sua versão de orla: a beira do Guaíba. Um bom passeio pela margem do rio pode começar na Funda-

U Recife

DIVULGAÇÃO/FÁBIO DEL REI

Rio. Pedaladas no Aterro do Flamengo Recife. Ciclofaixas

se encontram no Marco Zero

Guaíba. A Fundação Iberê Camargo à beira-rio

ção Iberê Camargo, que exibe obras do artista num prédio modernista projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira, vencedor do prêmio Pritzker de arquitetura. A poucas pedaladas está o estádio Beira-Rio, reformado para a Copa do Mundo. Programe-se para ver o pôr do sol no Gasômetro, antiga usi-

na transformada em centro cultural. O Parque da Redenção é o Ibirapuera de Porto Alegre. Um passeio por lá pode ser aliado a uma visita ao boêmio bairro Cidade Baixa, usando a ciclovia da Avenida Lima e Silva. O Bike PE chegou à região metropolitana de Recife em janeiro de 2013. Já tem 70 estações e, para os pernambucanos, tem o benefício de ser gratuito para quem usa o vale transporte. A maior parte das ciclovias recifenses se concentra na orla. Nos dias de semana, a ciclovia de Boa Viagem é o melhor ponto para as pedaladas. Nos domingos e feriados nacionais, a cidade ganha mais quilômetros de ciclofaixa, demarcadas com cones. Os roteiros conectam as zonas norte (desde o bairro Casa Amarela), sul (desde Boa Viagem) e oeste ao Marco Zero no centro. l

MUITO FÁCIL. Nos dias de semana, o lugar mais seguro para pedalar é ao longo da praia de Boa Viagem, seguindo a avenida de mesmo nome. FÁCIL. Aos domingos, há o projeto Ciclofaixa com rotas demarcadas saindo do Marco Zero, no centro histórico. A rota sul leva até Boa Viagem em 6,5 km. A norte passa por pontos turísticos e chega ao bairro Casa Amarela, em 12 km. U São Paulo

MUITO FÁCIL. O Ibirapuera é um dos melhores lugares para pedalar. Aos domingos e feriados nacionais, há um trajeto de ciclofaixas que liga o Ibirapuera aos parques do Povo, das Bicicletas, Villa-Lobos e Clube do Chuvisco em 22,5 km. FÁCIL. Aos domingos, é possível seguir de bicicleta em 41,7 km da Avenida Paulista ao Centro. Dá para encurtar a rota fazendo um trecho de metrô.


MARCIA ABOS SÃO PAULO marcia.abos@sp.oglobo.com.br

Pedalar nos 120 km de extensão das ciclofaixas de lazer de São Paulo só é possível aos domingos e feriados nacionais, das 7h às 16h. São seis circuitos em diferentes regiões da metrópole que atraem uma média de 150 mil pessoas por dia. Um dos melhores é o trecho Sul/Oeste, conhecido como “ciclofaixa entre parques”. Em um percurso de 22,5 km, interliga os parques do Povo, do Ibirapuera, das Bicicletas, Villa-Lobos e Clube do Chuvisco. A novidade dentre os circuitos paulistanos é a ciclofaixa que liga a Avenida Paulista ao Centro da cidade. O circuito completo tem 41,7 km de extensão, mas pode ser encurtado usando o metrô, que aos domingos e feriados aceita ciclistas em todo seu horário de funcionamento. Na Avenida Paulista, há ciclofaixa em toda a avenida, em ambos os sentidos, ligando a

Rua da Consolação à Praça Osvaldo Cruz. Esse trecho é interligado ao Centro através do eixo Vergueiro-Liberdade. Ao chegar à região central, o percurso passa por pontos turísticos históricos, como o Teatro Municipal, o Viaduto do Chá, o Mosteiro São Bento, as praças Dom José Gaspar, Franklin Roosevelt e da Luz, conectando-se ao Minhocão. O percurso chega também até a região do Ibirapuera. São Paulo tem ainda trechos de ciclovias — pistas para uso exclusivo de bicicletas, totalmente separadas do trânsito de veículos automotores, e que costumam atrair ciclistas mais focados na prática esportiva. A maior delas segue à margem do Rio Pinheiros, com 21,5 km de extensão. Há outro trecho de ciclovia na Avenida Faria Lima, com 2 km de extensão. A cidade conta com dois serviços de compartilhamento de bicicletas. Para usá-los é preciso fazer o cadastro pela internet e registrar um cartão de

fonte Ipsos Marplan - Grande Rio - Jan 11 a Dez 11

O Boa Viagem possui 541 mil leitores.

23% pretendem viajar para o exterior nos próximos 12 meses.

Anuncie: (21) 2534-4310 (11) 3266-7888

Anuncie: (21) 2534-4310 (11) 3266-7888

Av. Paulista.

A ciclofaixa funciona somente aos domingos Lazer. Até

crianças aproveitam para pedalar nos fins de semana

crédito que servirá para a retirada de bicicletas nas estações. É bom ter um em mãos, para estacionar a bicicleta e conhecer pontos turísticos. Um dos serviços oferece 150 estações com 1.500 bicicletas. No outro, são 15 estações com 129 bicicletas. Os dois serviços são gratuitos na primeira meia hora de uso, mas é possível após intervalos de 15 ou sete minutos, realizar novas retiradas gratuitas.

23 _ BOA VIAGEM QUINTA-FEIRA 19.6.2014

FOTOS DE FERNANDO DONASCI

Pedalando entre os parques paulistanos


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.