Agroenergético n° 76 - out/2017

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Informativo da Embrapa Agroenergia • Edição nº 76 • 09/10/2017

INDÚSTRIAS INVESTEM NA BIOTECNOLOGIA Págs. 2 a 7


Agroenergético

INDÚSTRIAS INVESTEM NA BIOTECNOLOGIA

Foto: Victor Jardim

Por: Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia.

“ A biotecnologia industrial está aqui para mudar o mundo”. A afirmação categórica foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), Bernardo Silva, na palestra-magna de abertura do IV Encontro de Pesquisa e Inovação da Embrapa Agroenergia (EnPI 2017), que aconteceu de segunda a quarta-feira desta semana (25 a 27/09), em Brasília/DF. O evento contou com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF) e da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). Tema do evento, a biotecnologia industrial, segundo a ABBI, prevê utilização de enzimas e microrganismos para aprimorar os processos industriais e gerar materiais e produtos de alto valor agregado, em setores tão diversos como o de químicos, papel e celulose, mineração, têxteis e energia. As soluções atuais de biotecnologia

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industrial fornecem uma contribuição vital na transição das atuais práticas econômicas não-sustentáveis, para sistemas industriais renováveis – a economia circular e de base biológica – aliando inovação e sustentabilidade para a solução dos principais desafios globais. A transição de um modelo de produção de base fóssil para um de base biológica tem sido apontada como estratégica para reduzir pelo menos a velocidade das mudanças climáticas. Silva apresentou dados que apontam a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) global para US$ 206 trilhões em 2030 – em 2011, era equivalente a US$ 79,39 trilhões. O problema é que, historicamente, as emissões de gases de efeito estufa crescem no mesmo ritmo do PIB. “Nós acreditamos que a biotecnologia industrial está aqui para resolver esse problema”, disse o presidente da ABBI.


Foto: Victor Jardim

Foto: Daniela Collares

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Atualmente, o mercado farmacêutico é um dos maiores clientes dos produtos biotecnológicos, de acordo com dados apresentados pelo assessor de Produção e Inovação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Jorge Carlos da Costa. Embora os derivados da petroquímica ainda constituam as principais matérias-primas dos medicamentos, é na biotecnologia que o setor está encontrando soluções para a necessidade de terapias mais especificas decorrentes do envelhecimento da população. A expectativa é que, em 2020, dos 50 medicamentos mais vendidos, 80% tenham origem na biotecnologia. Com a tendência de aumento do uso desses medicamentos, Costa chama atenção para a necessidade de um grande esforço de pesquisa para o desenvolvimento de soluções nacionais nessa área, especialmente por causa dos recursos públicos aplicados na saúde. Em 2014, apenas 12% dos medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde eram de base biotecnológica; no entanto, eles consumiram mais de 60% do orçamento para essa compra. “Se nós não nos unirmos, podemos estar caminhando para o colapso no fornecimento de medicamentos pelo SUS”, alertou.

Foto: Victor Jardim

Foto: Victor Jardim

Cosméticos Outro segmento que tem direcionado suas atenções para a biotecnologia é o de cosméticos. “É um mercado ávido por inovação e com muito espaço para a biotecnologia crescer”, ressaltou a pesquisadora da Embrapa Agroenergia Patrícia Abrão de Oliveira. Em busca desse mercado, instituições e empresas têm apostado nas pesquisas com microalgas. A start up americana TerraVia, que estabeleceu sua unidade de produção no Brasil, está comercializando óleos e outros produtos obtidos de uma espécie geneticamente modificada para grandes indústrias da área, mostrou a diretora de assuntos regulatórios da empresa, Alda Lerayer. Na Universidade de São Paulo, o professor Pio Colepicolo Neto, também se dedica ao estudo de algas para aplicação em biotecnologias e tem buscado seus objetos de estudo até na Antártida, com a equipe brasileira que desenvolve pesquisas no continente. Mais do que nas algas, contudo, ele está interessado no que podem produzir os fungos que nelas vivem. Mesmo empresas consolidadas no segmento químico estão buscando a biotecnologia para permanecer no mercado cada vez mais demandante por sustentabilidade.

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A Solvay, que surgiu em 1863 produzindo soda cáustica, hoje mantém área de pesquisa dedicada a encontrar novos produtos a partir de resíduos da produção agropecuária, óleos e microrganismos. A engenheira bioquímica Priscila Maziero, do centro de pesquisa da multinacional, conta que a empresa está firmando parcerias com instituições mais experientes em biotecnologia para projetos de inovação, a exemplo da Embrapa Agroenergia.

Foto: Victor Jardim

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Foto: Daniela Collares

Ao longo dos anos, outras classes de enzimas foram sendo adicionadas às rações para permitir a absorção de outros nutrientes, o que não significa que o espaço para inovação acabou. “Essa é uma ciência viva, ela não para”, afirmou o diretor de Inovação e Ciência Aplicada para o Brasil e a América Latina da DSM, Luis Fernando Tamassia. Atualmente, as empresas já estão se debruçando sobre as diferentes características de biomassas produzidas em determinadas regiões e como elas interferem

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Foto: Victor Jardim

A aplicação da biotecnologia em produtos para alimentação animal foi outro tema que ganhou destaque no evento. O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Everton Krabbe explicou que enzimas têm sido usadas há muitos anos para que os animais consigam digerir componentes dos vegetais. “As fitases foram as primeiras enzimas utilizadas comercialmente. Quando na condição ideal de temperatura e pH, normalmente encontradas nos estômagos dos animais, elas atuam na quebra do fitato e liberam uma série de moléculas de fósforo e, em menores quantidades, cálcio, manganês, magnésio, zinco, cobre e alguns aminoácidos”, lembrou.

Foto: Victor Jardim

Nutrição animal


Foto: Victor Jardim

Foto: Victor Jardim

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no desempenho das enzimas. “O milho que se produz no Paraná não é igual ao que se produz em Goiás”, ressalva. Pesquisador da Biorigin, o zootecnista João Fernando Koch falou sobre como a biotecnologia pode fazer com que as rações promovam a saúde intestinal dos animais, o que é essencial para o produtor rural obter bons rendimentos. Para os consumidores de rações para pets, a preocupação é a saúde e a longevidade dos animais. O professor Marcio Brunetto, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), diz que, nos Estados Unidos, os donos de cães e gatos já estão se dispondo a pagar mais por produtos enriquecidos com pré-bióticos, por exemplo. A expectativa é que os brasileiros sigam a tendência.

Eixos de pesquisa

Foto: Victor Jardim

A Biotecnologia Industrial é um dos eixos de pesquisa da Embrapa Agroenergia. “O que agroenergia tem a ver com isso? A primeira resposta é o etanol de segunda geração, mas nós atuamos em várias frentes para a transformação da biomassa”, esclareceu pesquisadora Simone Mendonça, coordenadora do EnPI 2017. “A grande aposta da unidade é que, no século XXI, acontecerá uma descarbonização da economia. Estamos aqui para auxiliar a sociedade brasileira a chegar nesse estágio e a estar na vanguarda”, afirmou o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da instituição, Bruno Brasil.

Foto: Daniela Collares

Os outros eixos de atuação do centro de pesquisa são: Biomassas, Química de Renováveis e Materiais Renováveis. “Eu diria que 60% ou mais da nossa programação

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Na abertura do EnPI, a analista Soraya de Araújo, assessora do Diretor de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Cléber Soares, destacou a Vitrine de Tecnologias da Embrapa Agroenergia e a possibilidade que o evento abre para receber feedback do setor produtivo sobre os ativos nela apresentados. “É nesses fóruns que a gente fomenta e cria os ambientes de inovação”, avaliou. “Eventos dessa magnitude mostram o quanto é importante o apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação”, completou o presidente da Federação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF), Wellington Lourenço de Almeida. O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti, destacou o empenho da equipe em realizar o EnPI. “Quando vemos o quarto encontro ocorrendo, vemos uma constância de propósito da equipe”, elogiou. Dirigindo-se ao grande número de estudantes na plateia, grande parte colaboradores da Unidade, ele lembrou o trabalho feito no Brasil desde a década de 1970, que levou ao sucesso da agropecuária: “Sempre que temos jovens, vale a pena falar do que é o agronegócio brasileiro. Saímos de um país que vivia em insegurança alimentar para nos transformarmos em um dos grandes players do mundo. Nós temos que ter muito orgulho do que o País fez nos últimos 40 anos, transformando a realidade do campo, transformando a sociedade”.

Foto: Daniela Collares

Vitrine

Foto: Victor Jardim

é voltada para o setor industrial”, revelou o chefe-geral da instituição, Guy de Capdeville.

Foto: Daniela Collares

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O EnPI também contou com a apresentação de trabalhos realizados na Embrapa Agroenergia, por colaboradores orientados pela equipe da Casa. Neste ano, eles apresentaram uma ampla gama de temas na área de Agroenergia, Biotecnologia, Química e Tecnologia de Biomassa, tais como enzimas e microrganismos para produção de biodiesel e produtos químicos, reforma de biogás, diesel verde, microalgas, aproveitamento de coprodutos da cadeia agroenergética, entre outros assuntos.

Foto: Daniela Collares

Trabalhos

A Comissão Organizadora parabeniza todos os premiados e seus orientadores.

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Resultado da premiação dos trabalhos do IV EnPI:

1. Tallyta Santos Teixeira 2. Carolina Ribeiro Cereijo 3. Elias Alves da Silva

1. Andrei Steindorff 2. Vânnia Santos

Foto: Daniela Collares

Foto: Daniela Collares

Foto: Daniela Collares

Foto: Daniela Collares

Foto: Daniela Collares

Categoria graduandos 1. Artur Fiuza Arantes 2. Gabriel de Souza Colombo 3. Thuany Raquel Amaral

Foto: Daniela Collares

Categoria doutor

Foto: Daniela Collares

Categoria graduados

Anais do evento já estão disponíveis online.

Confira:

https://goo.gl/vQEoWf. 7


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NOVO MICRORGANISMO PRODUZ ENZIMA DE INTERESSE INDUSTRIAL COM MAIS SUSTENTABILIDADE

Foto: Bruno Brasil

Por: Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia

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Embrapa Agroenergia (DF) desenvolveu um microrganismo geneticamente modificado que atua como biofábrica capaz de produzir um insumo utilizado nas indústrias de biocombustíveis, alimentos, bebidas, papel e tecidos. Esse insumo, as betaglicosidases, é um grupo de enzimas que atuam na última etapa da degradação da celulose de vegetais como algodão, cana-de-açúcar e eucalipto. O centro de pesquisa depositou pedido de patente da tecnologia, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Atualmente, a produção comercial de betaglicosidades é feita principalmente por fungos ou bactérias, que

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necessitam consumir açúcar ou outra fonte de carbono para crescer. A novidade é que os pesquisadores conseguiram fazer com que essas enzimas sejam produzidas por outro tipo de microrganismo, uma cianobactéria. Isso é vantajoso justamente porque elas não precisam ser “alimentadas” com açúcares. Semelhantes a microalgas, elas são organismos unicelulares aquáticos que combinam características de microrganismos e plantas e realizam fotossíntese. Por isso, precisam apenas de CO2 e luz para crescer e produzir as enzimas. O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, Bruno Brasil, explica que, por não precisarem de açúcares ou outras fontes de carbono orgânico,


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as biofábricas de enzimas baseadas em cianobactérias possuem vantagens potenciais quanto ao custo de produção e capacidade de escalonamento. A tecnologia também é capaz de agregar mais sustentabilidade às cadeias produtivas que empregam as enzimas, já que, para crescer, esses organismos capturam CO2 da atmosfera ou de processos produtivos associados. “Poderiam consumir o CO2 que sai das dornas de fermentação de usinas de açúcar e álcool”, exemplifica Brasil. Além disso, por não conterem açúcares, os meios de cultivo das cianobactérias são menos suscetíveis a contaminações que reduzem a produtividade.

Investimentos para reduzir o uso de petróleo e aumentar o de matérias-primas de origem renovável na indústria de transformação estão abrindo espaço para as enzimas que apresentam ação no processo de degradação da celulose, grupo a que pertencem as betaglicosidases. O que elas fazem é desconstruir a estrutura da celulose em várias etapas até reduzi-la a açúcares, como a glicose, que, por sua vez, podem ser convertidos em diferentes produtos – de etanol a fármacos. Aprimorar a eficiência e reduzir o custo dessas enzimas são desafios considerados peças-chave para o crescimento da chamada bioeconomia.

Gene amazônico

Atualmente, betaglicosidases têm sido utilizadas nas indústrias de alimentos para clareamento de sucos de frutas e para aumentar a qualidade nutritiva de produtos fermentados. As cervejarias também as empregam, em processos que facilitam a etapa de filtração. Já nas indústrias têxteis, encontram-se diferentes aplicações sobre tecidos de algodão, como a restauração do brilho.

De olho nessa vantagem da substituição dos fungos por cianobactérias, os pesquisadores depararam-se com o primeiro desafio: não se conhecia, na natureza, espécies capazes de gerar naturalmente quantidades significativas dessas enzimas. Por isso, a equipe dedicou-se logo à modificação genética. Para aumentar a produção de betaglicosidases pela cianobactéria selecionada, o grupo utilizou um gene encontrado na comunidade bacteriana do solo da Floresta Amazônica. Esse gene havia sido identificado anteriormente por outra equipe da Embrapa Agroenergia, que usa técnicas de Biologia Molecular para acessar o DNA de microrganismos mesmo sem cultivá-los em laboratório. Com esse novo gene sendo expresso, os cientistas conseguiram multiplicar em até oito vezes o volume de betaglicosidase produzido pela cianobactéria. A Embrapa e a Furg trabalham, agora, para aumentar ainda mais essa produtividade. Outra linha de desenvolvimento é a engenharia de enzimas. Com os protocolos de transformação desenvolvidos, a equipe quer fazer com que os microrganismos gerem betaglicosidases com novas propriedades, que potencializem o rendimento industrial. “A gente pode fazer com que esse microrganismo produza uma molécula ‘engenheirada’ do ponto de vista molecular para que ela seja um produto melhor”, explica o professor Luis Fernando Marins, da Furg.

Mercado em crescimento O mercado global de enzimas é crescente: estimativas indicam que ele deve atingir a cifra de US$ 5,4 bilhões em 2020. Atualmente, os fabricantes de detergentes são os maiores consumidores desses insumos, que também são muito utilizados na produção de rações, alimentos e bebidas.

Busca de parceiros As biofábricas de betaglicosidases baseadas em cianobactérias constituem uma das 34 tecnologias em fase intermediária de desenvolvimento que compõem a Vitrine Tecnológica da Embrapa Agroenergia. O centro de pesquisa busca parceiros para as próximas etapas de trabalho com esse e outros ativos. Bruno Brasil explica que a instituição aposta na inovação aberta para fazer as tecnologias chegarem de forma mais rápida e assertiva ao mercado. “No caso das biofábricas de betaglicosidases, por exemplo, atuar em cooperação com empresas nessas próximas etapas de desenvolvimento pode nos ajudar a direcionar a engenharia das enzimas para diferentes segmentos industriais”, detalha. Para estabelecer as parcerias, indústrias podem se valer de recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que pode arcar com até um terço dos custos do projeto. Cianobatérias e microalgas constituem uma das seis plataformas industriais em que a Embrapa Agroenergia atua. Para conhecer essa e as outras, bem como os eixos de Pesquisa e Desenvolvimento da instituição, acesse a página da Unidade e a Vitrine de Tecnologias, que está disponível para pessoas e empresas interessadas. Confira também a edição da Agroenergia em Revista sobre microalgas.

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NUTRIÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIA: A EMBRAPA AGROENERGIA APRESENTA TEMA EM SIMPÓSIO DE COGUMELOS

De acordo com o pesquisador, na sua apresentação, ele irá focar especialmente a biotecnologia de macrofungos aplicada a nutrição animal para obter bioprodutos na lógica de biorefinaria: enzimas, biativos (terpenoides, vitaminas, antioxidantes, beta-glucanas). Os cogumelos são macrofungos que promovem a biotransformação dos compostos tóxicos. O cultivo dos cogumelos nas tortas de pinhão-manso e algodão, pode ampliar a integração entre as cadeias produtivas de algodão e de alimentos. “Essa é uma das ações de pesquisa que estamos trabalhando e que colocamos na nossa vitrine de tecnologias”, salienta Siqueira. Conheça nossa vitrine https:// www.embrapa.br/agroenergia/vitrine

Foto: Arquivo pessoal

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ioeconomia será um dos temas discutidos no IX Simpósio Internacional sobre Cogumelos no Brasil. A temática será apresentada, na tarde desta quarta-feira (05), pelo pesquisador Embrapa Agroenergia Félix Siqueira na palestra “Bioeconomia: resíduos lignocelulosicos agroindustriais pré-tratados por basideomicetos para nutrição animal”. Essa palestra esta inserida na programação do evento que acontece em São José dos Campos/SP de segunda, 02, até quinta-feira, 06.

Ramos, estagiário.

Foto: Arquivo pessoal

Por: Daniela Collares, jornalista da Embrapa Agroenergia, com colaboração de Bruno

Vitrine Tecnológica Ao todo são quatro eixos: Biomassa para fins industriais, Biotecnologia Industrial, Química de renováveis e materiais renováveis, explica o chefe de P&D da Embrapa Agroenergia, Bruno Brasil. “Estes temas compõe a Vitrine que tem como objetivo apresentar soluções inovadoras desenvolvidas pela Unidade e pelas instituições parceiras que visa promover de matérias–primas, insumos e processos baseados em biomassa para os mercados de biocombustíveis, nutrição animal, produtos químicos e materiais de origem renovável”, reforça Brasil.

O evento Durante o evento, vai acontecer também minicursos para demonstrar a aplicação da Biotecnologia na alimentação e nutrição. Felix Siqueira reforça que participar desses cursos é importante para conhecer o que está sendo realizado na área de fungicultura agregado a biotecnologia, objetivo principal do evento, onde especialistas que atuam nestes temas estão presentes. Junto com o IX Simpósio acontece também o VIII Simpósio Nacional sobre Cogumelos Comestíveis e o I Encontro sobre Biotecnologia de Alimentos da Universidade de São Paulo. Os eventos são realizados pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Fatec (Faculdade de Tecnologia de Mogi das Cruzes) e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Veja a programação completa dos eventos no site https://www.sicog2017.com/

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PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA E INOVAÇÃO NO CENTRO-OESTE

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Embrapa Agroenergia esteve presente no 6° BioProspectar – Sustentabilidade na Geração de Serviços e Processos no Centro-Oeste promovido pelo Instituto Federal Goiano. O chefe de Transferencia de Tecnologia, Alexandre Alonso participou do debate, juntamente com Kleber Wolf (Embrapii) e Lara Guerreiro (INPI), sobre estratégias de "Prospecção Tecnológica e Inovação". O evento aconteceu em RioVerde/GO, de 02 a 04 de outubro. Durante sua fala, Alonso apresentou iniciativas de prospecção tecnológica na empresa, incluindo o Agropensa e processo de Technology Trend Monitoring da Embrapa Agroenergia. Alonso ainda falou sobre as diversas ações que visam promover a inovação em curso na empresa, como o Hackaton Acadêmico, o Ideas for Milk, o Pontes para a Inovação, a Unidade Embrapii - Bioquímica de Renováveis e o projeto de criação da EmbrapaTec. No final de sua apresentação mostrou como vitrines tecnológicas e negócios tecnologicos podem ser instrumentos poderesos para promover a inovação. Visite nossa vitrine de tecnologias www.embrapa.br/agroenergia

Foto: Arquivo pessoal

Durante o 6° BioProspectar, também foram temas de palestras: Bactéria que aumentam a produtividade de grãos, Metabolomica comparativa – Perkin Elmer, Isolamento e identificação de metabólitos secundários e suas aplicações e Agriculturas de base agroecológica.

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ÁRVORE TAMBÉM É ENERGIA! No Dia da Árvore, a Embrapa Agroenergia separou um material especial para você entender melhor como as árvores geram energia no nosso país. Confira em: https://goo.gl/9HHtFG

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LIBERAÇÃO LENTA DE BIOPRODUTOS PARA MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS AGRÍCOLAS Tecnologia utiliza lignina kraft, resíduo da produção de celulose de papel, para liberação lenta de composto para manejo integrado de pragas.

Quer saber mais sobre essa tecnologia acesse: http://materiais.embrapaconecta.com.br/agroquimicos_embrapa_agroenergia

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Foto: Daniela Collares

Foto: Bruno Laviola

Foto: Itânia Soares

Imagem: Vídeo

Foto: Daniela Collares

Por aí, por aqui...

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Reunião na Embrapa Agroenergia, no dia 03/10, com a ABDI e a Fundação Sorriso-MT pra discutir soluções tecnológicas para o uso eficiente da biomassa e geração de energias Renováveis na região da Sorriso MT.

No dia 22/09, como parte do programa Café com Ciência, Herman Schimidt, da empresa DNA Cloning Service (Alemanha), ministrou palestra sobre "Application of synthetic biologie in plant molecular biology", na Embrapa Agroenergia. A palestra foi transmitida ao vivo. Veja o link para acessar: www.youtube.com/watch?v=iZM4c145Dpg

No dia 21/09, os técnicos da CAESB Mauro Felizatto e Oilton Paiva foram treinados em análise da qualidade de óleo pela pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Itânia Soares.

A equipe da Embrapa Agroenergia participou, no dia 21/09, da audiência pública para debater a criação da Embrapatec, matéria do projeto do PL n 5.243/2016, na Comissão de desenvolvimento economico, indústria, comércio e serviços. A comissão foi requerida e presidida pelo deputado Helder Salomão, com a participação do diretor de Transferência e Tecnologia da Embrapa, Cleber Soares, Marcelo Morandi e Raul Rosinha, ambos também da Embrapa e com representantes da CNA, CONSAD e CONTAG.

No dia 28/09, o Governador do DF, Rodrigo Rollemberg lançou a PecBrasilia 2017 - 3° Mostra Tecnológica da Pecuária do DF e Ride, que acontece de 25 a 29/10, no Parque de Exposições da Granja do Torto. No dia 26, a Seagri, em parceria com a Embrapa Agroenergia, irá realizar uma rodada de negócios. O Chefe de TT da Embrapa Agroenergia Alexandre Alonso representou a Unidade no lançamento da PecBrasilia.


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5° Dia de Campo de Cana-de-açúcar em Goianésia/ GO, 21/09. IAC e Jalles Machado lançam variedades de cana a partir do melhoramento convencional para a Região do Cerrado. A equipe da Embrapa Agroenergia e da Embrapa Cerrados, que também atuam desenvolvimento pesquisas com essa cultura, presentes no evento.

Pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Patrícia Abrão, participou, nos dias 20 e 21/09, da In-Cosmetics 2017 Latin America, em São Paulo/SP. Na Feira, a pesquisadora tem o interesse de prospectar tendências no uso de matérias-primas de fontes renováveis e participar de palestras com esse tema. O evento foi uma exposição dedicada a matérias-primas para a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Saiba mais na página do evento: http:// latinamerica.in-cosmetics.com/pt-br/

Thais Demarchi, Thályta, Thais Salum e Silvia Belém da Embrapa Agroenergia apresentaram trabalhos no 21º Simpósio Nacional de Bioprocessos(Sinaferm).

Félix Siqueira participou de dois eventos na Argentina. O primeiro foi o XI Simpósio Nacional de Biotecnologia REDBIO e o segundo uma reunião técnica no Centro de Recursos Naturales Renovables de la Zona Semiarida.

Simone Favaro, pesquisadora da Embrapa Agroenergia, ministrou o curso “Cadeias produtivas e processamento de oleaginosas para produção de biodiesel” na cidade de Santa Rosa/TO, a 150 km de Palmas. Foram capacitados técnicos regionais e municipais em cadeias produtivas de oleaginosas com foco na agricultura familiar. Ela também visitou o experimento de macaúba em Palmas/TO, instalado pela Embrapa Cerrados em 2008 e, agora, revitalizado pelo professor Anderson Evaristo, da Unitins.

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Daniela Collares

Foto: Arquivo Embrapa

Por aí, por aqui...

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1ª Rodada de Negócios Tecnológicos para Agropecuária

PROGRAMAÇÃO • Abertura • Apresentação das tecnologias • Mesas de negociação

FORMAS DE PARCERIA • Acordos de cooperação técnica • • • •

Cooperação Co-criação tecnológica Co-desenvolvimento Ativos negociáveis

• Contrato de fornecimento ou licenciamento • Objeto • Campo de aplicação

FOCO

PÚBLICO-ALVO

• Transferência de Tecnologia • Parcerias • Oferta de ativos tecnológicos

• Empresários • Investidores • Gerentes de P&D, marketing

Realização

26 de outubro na PecBrasília 2017 Parque de Exposições Agropecuária Granja do Torto Brasília - DF

Inscrições gratuitas Escolha a mesa temática e inscreva-se até o dia 23/10/2017 no email: agroenergia.eventos@embrapa.br As confirmações de inscrição serão enviadas dia 25/10/2017 Acesse o site: www.pecbrasilia.com.br

4 MESAS TEMÁTICAS 1. Biomassa - tecnologias para nutrição animal, aumento de produtividade de cana-de-açúcar, matérias-primas oleaginosas, produção de pigmentos naturais para indústria, biomassas para produção de energia. 2. Biotecnologia – tecnologias para aplicação em indústrias: de biocombustíveis, alimentos, rações , têxtil, farmacêutica e cosméticos e outras. 3. Química de Renováveis – biopesticidas de origem natural, processamento industrial de óleos vegetais e controle de pragas. 4. Materiais Renováveis – nanocompostos de borracha, papéis especiais, espessantes e outros.


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EXPEDIENTE Esta é a edição nº 74, de 15 de agosto de 2017, do jornal Agroenergético, publicação de responsabilidade do Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Agroenergia. Chefe-Geral: Guy de Capdeville. Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento: Bruno dos Santos Alves Figueiredo Brasil. Chefe-Adjunto de Transferência de Tecnologia: Alexandre Alonso Alves. Chefe-Adjunta de Administração: Elizete Floriano. Jornalista Responsável: Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR). Redação: Daniela Collares e Vivian Chies (MTb 42.643/SP). Projeto gráfico e Diagramação: Maria Goreti Braga dos Santos. Foto da capa: Victor Jardim Revisão: Guy de Capdeville.

Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.


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