O EMBAIXADOR 1969 3T

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ESCOLA DE MISSõES

3T69


EDITORIAL Setembro de 1822. «Independência ou Morte l» foi o heróico

brado que ecoou às margens do Ipíranga. Assim, o Brasil conseguiu sua liberdade política. Setembro de 1969. A liberdade espiritual não veio. O povo brasileiro ainda é escravo dos vícios e do pecado. Multidões sem

Cristo caminham para a condenação.

É

preciso lutar muito para

salvar o Brasil! «Ou ficar a pátria salva ou morrer pelo Brasil», diz a segunda estrofe do hino 439. Você pode cantá-Ia? Está disposto a lutar com tôdas as suas fôrças para salvar o Brasil?

«Ou ficar a pátria salva ou morrer Brasil!» Cante assim.

Um abraço,

r

Brasib.

«Morrer pelo


o Diretor Diretor

EMBAIXADOR

DELCYR Responsável. -

DE SOUZA LIMA Diretoria de Publicações

W. do Departamento

Redator

Periódicas

ALVIN HATTON Masculino de Atividades

Missionárias

EDSON J. MACHADO e Chefe da Divisão de Embaixadores

do

Rei

ISALTINO GOMES FILHO Redator- Secretário

PROGRAMAS

Páginas

Uma Grande Obra Uma Luz em Marituba O Pastor dos Xerentes Marchando com Deus Precisamos de Você Você, um Missionário Revisão

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ATIVIDADES

Serviço Real (julho) Trabalho nos Postos (julho) Serviço Real (agôsto) Trabalho nos Postos (agôsto) Serviço Real (setembro) Trabalho nos Postos (setembro) o

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SEÇOES

Uma Boa Oferta Missionária Curiosidades .... Conversando Sôbre Livros O JÔgO do Mês (julho) Um Judeu Errante no Brasil O Jôgo do Mês (agôsto) O Jôgo do Mês (setembro) Lições Simplificadas o

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ARTIGOS

Venha Fumar Comigo Teste Sua Memória o

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EMBAIXADOR Batista Brasileira:

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Publicação trimestral da Junta de F. HaUock, Dtreroc-Supertctecdenee,

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,;,t Educação Religiosa Catbryn Smith,

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~ e Publjca ções Superintendente

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da Convenção de Educação

Religiosa; Àlmir Gonçalves [únior, Superintendente de Administração; Donald K. Laing, Superintendente de Produçãor Paulo Rangel, Superintendente de Distribuição; Paulo Campos, Chefe do Serviço de Díeqremação e Arre . Redação: Rua Panlo Fernandes Zi, Correspondência; CASA PUBLICADORA BATISTA, Caixa Postal 320, ZC 00, Rio de Janeiro, Guanabara, Brasil. Endcr ço telegráfico; BATISTAS. ê


UMA

BOA OFERTA MISSIONÁRIA

Vamos levantar uma boa oferta para Missões Nacionais? Há algumas sugestões que oferecemos e que terão- utilidade se a Embaixada estiver disposta a realizar uma Campanha Pró-Missões. Ei-las: -

,

1. Iniciar a Campanha com bastante antecedência.

Em julho, se

possível. 2. Estabelecer suas possibilidades. 3.

um alvo financeiro

para a Embaixada

dentro de

Realizar reuniões de oração pró-Missões Nacionais.

4. Solicitar à Junta de Missões Nacionais folhetos sôhre a obra missionária para distribuição. A Junta os fornece gratuitamente. 5. Realizar um concurso alusivo a Missões Nacionais, em forma de redação, entre os Embaixadores. O trabalho -vencedor deve ser enviado 1 Divisão de Embaixadores do Rei para publicação.

ti. Realizar um estudo sôbre o trabalho da J. iVI. N. alguns exemplares da revista "A Pátria para Cristo")

(conseguir

7. Distribuir com os Embaixadores, nomes de missionários para orarem por êles. Escrever à Junta solicitando os nomes ou descobri-Ias na revista "A Pátria para Cristo". Outras sugestões podem sei' debatidas na Reunião de Planejamento. O enderêço da Junta de Missões Nacionais para solicitação de material é: Caixa Postal 2844, ZC-OO- Rio - GB. 2

o

-EMBAIXADOR


1~ Reunião JULHO

SERViÇO

REAL CARTAZES

MISSIONÁRIOS

Já se tem tornado praxe, nos trimestres dedicados a Missôes, sugerirmos às Embaixadas a confecção de cartazes missionários como Serviço Real. Alguns Conselheiros que entraram em contato conosco, manifestaram sua palavra de aprovação, aludindo-se a esta atividade como muito benéfica para a igreja.

o

relatar da comissão de Serviço Real deve entrar em contato com os dirigentes das outras organizações e combinar com êles a respeito. Quantos cartazes desejam e com quanto podem ajudar. Providenciar

cartolina,

cola, papel alumínio,

tintas,

tesoura,

lápis

cêra, pincel atômico, etc. Antes da confecçào, os cartazes devem 'ser rascunhados, o que economizará tempo e material. O Conselheiro deve estar sempre orientando a turma. A Embaixada deve ser dividida em grupos de três ou quatro, ficando cada UITl com a responsabilidade de apresentar um determrnado número de cartazes. Apesar da competição, esperam-se bons cartazes. Além de criar uma atmosfera missionária na igreja esta atividade servirá para firmar os laços entre a Embaixada e as outras organizações. 3~

TRIMESTRE

DE

1969

3


JOGRAL

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MUNDO DE MISSõES Tarefa

do

(Niterói-RJ), pecial.

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SÉRGIO

Embaixada,· para

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GOMES

de

NUNES

Embaixador-Es-

As missões estão aí, Prontas para a ceifa, O campo é o mundo, E O mundo espera as missões. Os campos estão prontos para a ceifa. Os nossos missionários levam o Evangelho A todo mundo. Sofrendo perigos. Doencas. E coi'~as horríveis. As missões estão divididas: Missões Nacionais. Missões Estrangeiras. Precisamos colaborar com missões, Susten tar os missionários. Missões! ' Um campo que está pronto para a ceifa. Disse Jesus: "Ide por todo o mundo" "Pregaí o Evangelho a tôda criatura" Devemos acatar a ordem de Cristo Se não pudermos ir, Ajudemos os missionários. Missões Missões Missões Missões é ajudar Missões é cCntagiar Missões Missões Nacionais Missões Estrangeiras Missões Missões (P) (PP) (F)

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piano ou suave muito suave forte muito forte

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lento muito lento com tristeza com alegria

o

.EMBAIXADOR


2~ Reunião

JULHO

UMA

GRANDE

OBRA MYRTES

Estava Neemias edificando os muros de Jerusalém, quando os inimigos começaram a assediá-lo. Sentindo que suas fôrças iam se esgotar e a obra não podia parar, êle orou: "ó Deus, fortalece as minhas mãos". E o Senhor as fortaleceu. A obra de Deus nunca pode parar. Nos momentos de quase fracasso, Deus fortalece o seu povo e ela continua. Você já deve ter estudado o histórico da Junta de Missões Nacionais, organizada há 62 anos. Grandes provações, assédio das fôrças do mal, pressões preparadas por Satanás e outros problemas acompanharam a Junta durante tôda sua existência. Hoje, está estabilizada, embora enfrentando grandes lutas. Seu campo é vasto. Vamos agora focalizar alguns aspectos do trabalho da Junta em vários setores. PROCLAMANDO AOS JUDEUS 1)

O EVANGELHO

O Missionário

Entre

os Judeus

Foi o próprio Jesus quem ordenou a pregação aos judeus: "procuraí as ovelhas perdidas da casa de Israel". O povo judeu ocupa um lugar de destaque nas cogitações e planos da Junta de Missões Nacionais. Temos apenas um missionário trabalhando com os judeus e é sôbre o seu trabalho que vamos falar. Pastor Marcos Golfan (6 nome que usava, Mordecai Goldfarb, foi trocado há alguns anos, quando se naturalizou) nasceu em Orlov, na Tcheco-Eslováquia numa família israelita ortodoxa. Quando criança, além da escola primária, estudava ao mesmo tempo num "Heder", escola de estudo bíblico. Ao terminar o curso ginasial entrou para 3~ TRIMESTRE

DE

1969

MATHIAS

a "Ieshiva", "seminário" onde se prepararia para rabino. Formou-se também em agronomia. Foi na própria "Ieshiva", lendo trechos do Velho Testamento sôbre o Messias, estudando o "midrash rabí" (trechos referentes ao Messias) que êle começou a procurar Jesus. Chegou l11.esmoa sonhar. Até que um dia, indo com um colega ao parque, ouviu o missionário inglês George Sharp falar do plano da salvação. Dêle, ganhou um Nôvo Testamento. Dali à conversão e batismo, foi um passo. Teve que mudar-se para outra cidade, deixando a "Ieshiva" por causa das oposições. Em Jelina, onde se batizou, cuidava da própria fazenda. Durante a Segunda Guerra Mundial, estêve nas florestas da Rússia Branca, onde foi sustentado por outros crentes. Casou-se com Tâmara Casilov, também crente e voltou a Tcheco-Eslováquia. De lá foi para Israel onde trabalhou como instrutor agrícola e como auxiliar do missionário entre os judeus. Depois veio para o Brasil. Em 1960 passou a trabalhar com a Junta Paulistana e logo depoís, em regime de cooperação, com a Junta de Missões Nacionais. Realizando cultos duas vêzes por semana em sua própria casa, evangelizando pessoalmente nas casas e nas lojas, pregando ao ar-livre o pastor Marcos Golfan vem fazendo a obra entre seus irmãos com grandes resultados. 2)

A Primeira Igreja Batista daica em São Paulo

Ju-

A organização da Primeira Igrej a Batista Judaica em São Paulo é um marco histórico para os batistas brasileiros. Assim o missionário se refere à organização: 5


"No dia 1.0 de janeiro de 1963, em nossa casa, foi organizada a Primeira Igreja Batista Judaica em São Paulo. Vieram muitas pessoas e vários pastô-: res. A cerimônia foi muito alegre. Iniciou-se às 15 horas, estendendo-se até às 23 horas, quando terminou. As pessoas queriam simplesmente conversar e cantar juntas". Oito horas de reunião! Por fim, o povo escolhido havia achado o Messias que tanto procurara! Não era sem razão tanta alegria. Outro caso ínspírador é o da conversão do casal Armoni. Vejamos o relato do pastor Golfan: ".José e Caterina Armoni, judeus húngaros, sofreram. muito durante a guerra. Passaram muito tempo em campos de concentração e chegaram a sentir que Deus não podoeria existir, se havia tanto sofrimento. Dr. Arrnoní foi depois para Israel, onde serviu como oficial do exército e veio depois ao Brasil como engenheiro. Passamos várias tardes juntos, conversando sõbre a Bíblia e os problemas espirituais de cada um. Certa noite, Dr. Armoni disse: "Eu nunca soube, até o presente, tão claro porque Jesus veio". Pouco depois, o casal foi batizado. 3)

A Conversão de Berl Sctitzer

E agora, para sua inspiração, transcrevo apenas uma parte da carta . enviada por um jovem ísraelita: "Nasci em Israel, perto de Nazaré. Vivíamos humildemente, sendo meu pai, operário numa fábrica. Estudei o Antigo Testamento mais como um livro histórico. Nasci e vivi na terra onde Jesus Cristo nasceu e viveu, :seIll nunca

ouvir falar a Seu respeito. Vivia sem caminho certo, num circulo de monotonia. Vivia por que havia nascido. A procura de uma vida melhor, cheguei ao Brasil. Consegui entrar numa fábrica, mas o salário não dava para meu sustento. Não sabia o que fazer, quando se achegou a mim um colega de trabalho. Ofereceu ajuda. Contei-lhe o problema com dificuldade, pois hão falava bem o Português. Tornou-se meu amigo e conselheiro, ajudando-me ínclusive, materialmente. Deu-me um Nôvo Testamento que não consegui ler. Quando perguntei porque ajudava um quase estranho, êle respondeu que era crente e me auxiliava porque lhe dava prazer. Não entendi!!!" G

"Num domingo, no Jardim da Luz, em São Paulo, ouvi alguém pregando na minha língua, Achei interessante e prestei atenção". Foi assim que um môço chamado Berl, conheceu o pastor Marcor Golfan e passou a freqüentar as reuniões em sua casa. Converteu-se. E êíe mesmo afirma: "O momento mais feliz da minha vida chegou, o dia do meu batismo", Berl compreendeu porque o mõco crente da fábrica lhe disse' que o ajudava porque lhe dava prazer, quando leu Mateus 22:39, que diz: "amarás a teu próximo como a ti mesmo". PROCLAMANDO O EVANGEUIO AOS PORTUÁRIOS

Em 1949morria o nosso primeiro missionário no pôrto de Santos, Enésio Coelho. É inspirativo ler sôbre o seu curto ministério de dois anos apenas. Êle mesmo foi marítimo e por isso desempenhou sua tarefa com facilidade e alegria. Chegou a visitar 80 navios por mês e em minutos distribuía centenas de folhetos e evangelhos, além de uma palavra pessoal a cada um. Em um de seus relatórios lemos: "durante êste mês distribuí 4.100 folhetos em Português, 2.600 em línguas diversas e vendi 100 Biblias". E em outro: "visitei 171 escritórios e bancos, distribuí 1.258 evangelhos e visitei 29 navios". E assim fêz êle durante o tempo que Deus lhe deu para usar, evangelízando milhares, neste difícil, mas abençoado ministério do evangelismo pessoal. Agora recebe nos céus O prêmio do seu trabalho. Depois de Enésio Coelho, estêve em Santos o obreiro Alcides de Oliveira que após 15 anos de trabalho pediu o seu desligamento da Junta. Atualmente, representa a Junta, nes~ setor de trabalho, o irmão Ernesto Francini, que vem desenvolvendo um grande trabalho, não só junto aos portuários, viajantes e moradores das proximidades do cais como também junto aos jornais, hospitais, passagens de túneis, nos elevadores, etc. Falta somente uma licença para sua entrada nos navios e para que transite no cais do pôrto, tornando mais amplo o seu trabalho. Estamos orando para que esta licença sej a concedida o mais breve possível, a fim de que os que

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EMBAIXADOR


chegam e os que partem possam receber a mensagem que lhes mostrará o verdadeiro Caminho ao pôrto celeste. rERMINANDO

Voltemos a Neemias. Ao ser acossado pelos immrgos, sua palavra foi: "estou fazendo grande

obra, de modo que não poderei descer". A evangelização dos judeus e portuários é uma grande obra. Não podemos parar. Ajude-nos com suas orações. Interceda junto a Deus para que portas' sejam abertas, moços se dediquem ao trabalho e as almas se entreguem a Jesus. Contamos com você.

ACABAM DE SER LANÇADAS AS NOVAS CAMISAS PARA EMBAIXADORES DO REI E CONSELHEIROS

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3~ TRIMESTHE

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DE

BATISTA

1969

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JESUINO

DE

OLIVEIRA

NETTO

Esta seção, cuja finalidade é apontar obras úteis aos Embaixadores do Rei em seu desenvolvimento espiritual, faz as seguintes indicações:

dos interessantes aspectos dos sempre atuais problemas sentimentais dos jovens.

1) CERTO OU ERRADO? T. B. Maston - Junta de Educação Religiosa e Publicações.

Escrita em linguagcm simples entendida por todos, êste livro oferece aos Conselheiros dos Embaixadores do Rei, excelentes sugestões para recreação. Prático c valioso.

Estudo sôbre vários problemas da vida que os jovens enfrentam, dando uma orientação segura e bíblica para a solução.

I

LOPES

2) A ORFÃ - Antônio de Castro - Junta de Educação Religiosa e Publicações. "Mesmo atravessando grandes sofrimentos e perseguições, ela permaneceu firme, não se afastando àa senda do bem, nem do seu Deus". Romance que obteve o segundo lugar no Concurso Literário, promovido pelo Departamento de Livros da Casa Publicadora Batista, 3) QUANDO CHEGA A PRIMAVERA - Munguba Sobrinho Em forma de contos, são aborda8

4) OS MENINOS SE DIVER· TEM - Antonila Cardoso

5) HERóIS E MÁRTIRES DA OBRA MISSIONÁRIA - Juan C. Varetlo - Junta de Educação Religiosa e Publicações. História da obra missionária, seus heróis e seus mártires, desde as primeiras viagens missionárias do apóstolo Paulo, seguindo por um período sombrio, vin,do depois a Reforma, a índia, China, Japão, África" Oceânia, o campo muçulmano, os judeus e finalmente o Nôvo Mundo, incluindo o Brasil e um apêndice sôhre as atividades missionárias dos evangélicos brasileiros. Com biografias de: Carey, Adonirão Judson, Hudson Taylor, Roberto Moffat, Livingstone, João Patton e Francisco Penzotti.

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EMBAIXADOR


3~ Reunião

JULHO

TRABALHO

NOS POSTOS

DEBATE Uma das maiores demonstrações de organização que uma Embaíxada pode dar, é a realização dos estudos nos postos. Isto porque possibilita aos Embaixadores subirem de pôsto (do que depende o interesse pela organização) e também por trazer uma grande mensagem. Para um adolescente ern f'orrnaçâo, em crise vocacional, não há nada mais útil que biografias de grandes heróis missionários e o conhecimento do plano de salvação, além do mecanismo denominacional. Algumas Embaixadas

não realizam o estudo dos requisitos.

cantam corinhos e fazem exercício bíblico. Isso é errado.

É

Apenas

sintoma de

desorganização. A reunião de Trabalho nos Postos é essencial ao desenvolvimento da Embaixada. É preciso providenciar com antecedência, para que a reunião possa acontecer. A nossa sugestão para a reunião de hoje é a forma de "debate". Dividir a Embaixada em grupos conforme os postos. Em cada pôsto, deverão ser f'orrnadas duas equipes para competirem entre si, Por exemplo:

se houver seis Aspirantes, o Conselheiro deve formal' dois grupos, cada um com três. Cada equipe argüirá a outra sôbre a matéria que arribas deveriam estudar. É óbvio. que teremos Aspirantes contra Aspirantes, Arautos contra Arautos, Escudeir-os contra Escudeiros, etc. Quem fizer uma pergunta deve saber respondê-Ia. Não o sabendo fazer, o seu grupo perderá um ponto. Pelas respostas dadas, o Conselheiro verá quais os Embaixadores que estão em dia com a matéria e rubricará os seus cartões. Uma palavra final aos Conselheiros:

se ainda não têm, adquiram

a CADERNETA DO CONSELHEIRO (já está à venda) que lhes possibilitará controlar quisitos. 3?

TRlME~TRE

DE

tôda

a situação dos Embaixadores,

seus postos e re-

1969 "

9


TIAGO

LIMA

Meu caro . Estranhei profundamente seu aspecto naquela tarde quente em que você veio conversar comigo. Você não apresentava aquela f'isionomia agradável de um jovem crente no esplendor de seus 15 anos, criado num lar cristão, voluntarioso, decidido, confiante, vitorioso sôbre o pecado. Pelo contrário, seu rosto contraído, seus olhos injetados, sua fala gaguejante e seus gestos nervosos, mais alguns cacoetes esquisitos, denunciavam uma insegurança, uma falta de confiança própria, que logo me fizeram supor que sua vida espiritual não andava lá muito bem. Não tardou a revela cão do terrível segrêdo. Jantamos °juntos e eu q uase caí de costas quando você, num gesto muito natural de quem faz uma 'coisa absolutamente normal e corriqueira, displicentemente meteu um cigarro no canto da bôca, e acendeu-o, e por entre baforadas que lhe pareciam causar prazer, continuou falando dos problemas da vida de seus planos para O futuro. .

e

10

Perdi completamente o jeito de conversar e, enquanto 11leU coraçâo se compungia, na minha mente uma porção de idéias se confundiam numa velocidade alucinante. Seus pais sabem que você fuma? Sua igreja tem conhecimento deste fato? Seu pastor sabe disso? Asseguro~lhe que fiquei tão embaraçado que nem tive jeito de tocar no assunto com você. Daí o motivo desta missiva. Ali estava a chave daquele seu aspecto desagradável estampado na face. Naturalmente, se eu o houvesse interpelado sôhre isso, você me diria que não acha nada pecaminoso um crente fumar; que você fuma por gôsto e no momento que desejar deixará de fumar; que l~ crentes com pecados muito mais graves e no entanto, são tolerados nas igrejas (e talvez até citasse êsses crentes e êsses pecados); alagaria ainda que o fumar lhe dá prazer e distrai; que é um costume como outro qualquer (tomar cafezinho por exemplo) 'e que é atraso c intolerância as igrejas batistas do Brasil fazerem pressão sôbre seus o

EMBAIXADOR


membros para que não fumem, uma vez que a salvação nada tem a ver com costumes (você nunca usaria a palavra vício para seu hábito de fumar), além do que há muitos crentes de outras denominações que fumam e os batistas de outros países fazem o mesmo. Como eu já estou farto de saber tudo isto (pois é o disco estragado de todos os que se acham enl condições iguais a sua), vamos deixar essas desculpas de lado e conversemos sôbre seu vício de fumar. Creio não lhe caberem dúvidas sôbre a estima e consideração que lhe tenho, resultado da antiga amizade com seus pais e parentes. O fato de você, que tem menos da metade da minha idade, tratar-me de você, desvanece-me e dá o grau de intimidade que existe entre nós dois. Conversemos portanto, como dois amigos íntimos. Que significa seu vício de fumar? Talvez você pense que é apenas um hábito que, quando muito, poderá ser prejudicial à saúde, sem outras implicações. Será mesmo? Nada disso. A coisa é muito mais profunda. Quer ver? Pz-irne ir-arn érrte você,

ao

f urn ar-,

demonstra que a sua vida espiritual anda ruinzinha. Não creio que você ore, leia a Bíblia, fale com Deus, viva numa atmosfera espiritual e ao mesmo tempo seja um fumante. Isto porque, "se o corpo é o templo do Espírito Santo (I Corintios 3:16, 17) e é pecado destrui-Io, você não pode ter uma vida espiritual sadia, sabendo que comete deliberadamente um pecado. Só aí você demonstra que o senhor da sua vida não é Cristo e sim outro que também começa com C - o cigarro. 3?

TRIMESTRE

DE

1969

Em segundo lugar, o vício de fumar diz que você é um. crente muito ordinário. Não se preocupa em ser um crente modêlo, que encha de orgulho seus pais, que alegre sua rgreja e de quem o pastor se envaideça. Pelo contrário, você, que é um rapaz caprichoso, que pretende fazer um curso universitário, que gosta de tudo na linha, cuidadoso no vestir e no apresentar-se, contenta-se em ser um crente chinfrim. Está certo isso? Acha que um cigarro na bôca ajuda seu testemunho? Diga se não é verdade que você agora sente até um pouco de vergonha ern dizer que é crente. Seria tão bom se seus pais não tivessem metido" você nessa encrerica de igreja ... Não me venha dizer que uma coisa não tem nada com a outra. Você sabe que o vÍcio. de fumar tira-lhe tôda autorida de de falar daquilo que deveria ser a sua paixão: o evangelho. Em, terceiro lugar, fumando, você mostra que não tem personalidade. É um mole, um triste "Maria-vai-com-as-outras", medroso e covarde. Seus amigos e companheiros fumarn e insistem que para ser hornern

é preciso

tirar

"saborosas"

baforadas de um "mata-rato" qualquer. E você vai na onda. Parece até que não tem outros meios de mostrar que é mesmo um homern . . . Precisa um cartaz nas costas, dizendo que é homem. Você não sabe escolher? Não tem inteligência para distinguir entre o que é bom e o que é mau ?,Não tem capacidade para julgar as idéias dos outros e vai assim, sem mais aquela, fazendo tudo o que êles dizem? Pensei que você fôsse menos tôlo. Eu queria vê-Io provar que é homem ~

11


era enfrentando a oposiçao, a chacota, o deboche e as risadinhas efeminadas dêsses infelizes idiotas de sua idade que se curvam sem resrstência a tudo o que o diabo lhes manda, a tôda sorte de pecado. Isso SIm.

Em quarto lugar, o VICIO do fumo revela que você é um fraco. Mas ainda: é um derrotado. Não resistiu, não lutou, rendeu-se ao primeiro embate. Em lugar de vitorioso contra o maligno (I João 2:13) e de poder ostentar na vida cristã os troféus de grandes vitórias por Cristo, vencendo o pecado, inspirando outros com vigoroso testemunho, você é um. pobre derrotado, um peixe morto arrastado pela corrente. Onde está a sua fôrça? Onde está a sua vergonha? A primeira derrota abre as portas para outras. Sua resistência foi quebrada, abriu-se uma brecha no muro de sua fortaleza e agora você vai cair com mais facilidade noutros pecados. O vício que já o dominou vai sugando :sua f'ôrça e tirando-lhe tôda a capacidade de resistência. Em quinto lugar, êsse vício indica que você está baixando os seus padrões de vida. A princípio foi-lhe difícil acostumar-se à idéia de fumar, sendo crente. Você sentia vergonha de si mesmo cada vez que punha um cigarro na hôca. Começou fumando escondido. Depois habituou-se e isso não lhe pesa mais na vergonha. Amanhã será fácil começar a beber e tornar-se um "pau-d'água"; a roubar e ir para trás das grades; ou a jogar e sentir a necessidade de varar os miolos com um balaço ou atirar-se do Pão de Açúcar para fugir à responsabilidade de suas loucuras. Acha que 12

não? É por -aí que a gente começa, meu caro. Pense no filho pródigo da parábola. Quando ainda estava na casa do pai, daria um sopapo no nariz de quem lhe oferecesse as bolotas do porco, mas foi devagarinho até pedir para lhas darem, para não morrer de fome. E você vai por êsse caminho, não tenha dúvida. Se não parar já, acaba chegando lá. Em sexto lugar, êsse vício deixa você como um mentiroso. Quando, diante da igreja, deu sua profissão ele fé, você prometeu viver uma vida diferente, viver por Cristo, dar testemunho Dêle ao mundo inteiro. No dia do seu batismo você sentia uma grande satisfação em dizer a todos os seus irmãos e amigos que era um crente, uma pessoa diferente e que não contassem com você para andar nos caminhos do mal. Se naquele dia houvesse uma perseguição e todos os crentes fôssem mortos, você morreria com um sorriso nos lábios, contente em dar a sua vida por Cristo. Mas o diabo o esperou na curva do caminho e o colheu ern sua rêde. Você, que não temia a espada da perseguição, rendeu-se à simples ameaça de o charuarem de "rnulherzinha" se não pusesse um cigarro na bôca. Quebrou sua promessa e está como um mentiroso. Defraudou a confiança do Cristo que deu a vida em seu lt-gar para você ser uma pessoa diferente. E isso é triste. Finalmente, o vício de f'umar diz que você é um porco. Um porco, sim. Não tem escrúpulos em deixar-se escravizar por êsse vício nojento, mal cheiroso, que lhe emporcalha os dedos, o hálito, os dentes, o corpo, a alma e a vida. Veja que coisa horrível, seus dentes amareo

EMBAIXADOR


lccidos pela fumaça maldita! E sua bôca, como cheira mal! E você não 'sente nojo dessa porcaria? Muito me admira que um môço criado decentemente, conhecedor de regras de higiene, não se envergonhe de um hábito tão imundo. E já sei que você vai alegar que eu estou exagerando, porque o Deputado Fulano dos Grudes, o Senador João dos Anzóis e a elegantíssima senhora da alta sociedade Dona Joaquina dos Caracóis, tôdas pessoas finamente educadas, fumam também. Ora, um porco banhado, perfumado e com Iacinhos de fita no pescoço, continua sendo porco. Pois o ilustre deputado, o nobre senador e a distintíssima dama são tão porcos como você. E eu, COlUO seu amigo, não gostaria de vê-lo nivelado a essa gente apodrecida no pecado. E é sujo assim, por dentro e por fora, que você pretende namorar uma rnôça crente pura, santa e cheirosa? Casar-se e ter filhos, lindas e rechonchudas criancinhas, que você vai beijar com essa hôca infectada de tabaco?

MELHORE

Mas eu vou parar aqui. Escrevi-lhe apenas para tentar despertá-Ia dessa letargia que o levou a êsse desatino de permitir que o fumo dominasse a sua vida. E só a escrevi por duas razões: porque sou seu amigo e quero vê-Ia vitorioso contra o pecado; e porque confio em você como crente e que suas reservas espirituais o ajudarão a sacudir o jugo de Satanás. Vamos! Coragem! E conte com minhas orações. Porém se estas minhas razões não meterem em brios e não O convencerem da necessidade de se desfazer deste vício; se você, apesar de tudo isto, acha que deve continuar fumando, então eu lhe faço um desafio: esprema os miolos, rapaz, e procure descobrir uma razão válida, uma única apenas, para você continuar fumando. Se você encontrar uma só que seja, então traga seus cigarros e venha fumar comigo.

°

Seu amigo do peito, TrAGO.

O NíVEL DE SEUS ACAMPAMENTOS

ARTE DE ACAMPAR

A revista

3~

TRIMESTRE

DE

que tem tudo

1969

sôbre acampamentos

13


o

JÔGO DO MÊS

MEIA NOITE Êste é um jôgo para recintos fechados ou um quadrilátero em campo aberto.

Um dos partícípantes do [ôgo é a "coruja".

traçado

Os outros são os "mor-

cegos". A coruja ficará num canto (o seu ninho) e os morcegos em outro (a caverna). A coruja deixa o ninho e~vagueia pelo campo. Todos os morcegos, então, aproximam-se o mais que puderem e ficam perguntando à coruj a: "que horas são?" A coruj a responderá conl qualquer hora que desejar: "três horas", "onze horas", etc. Neste caso, os rnorcegos 'estarão a salvo. Se disser, porém, "meia-noite", os morcegos correrão para a caverna o mais rápido possível e a coruja tentará pegá-Ios. Quando um dêles fôr apanhado, tomará o lugar da coruja e o jôgo será repetido. Além de agilidade, êste jôgo exige muito reflexo. 14

o

EMBAIXADOR


4~ Reunião JULHO

UMA LUZ EM MARITUBA MYRTES

Provàvelmente você nunca visitou uma colônia de hansenianos. As colônias são como pequenas cidades. Possuem hospitais para outras enfermidades, igrejas, lojas, clubes, cadeias e escolas. Como tôdas as comunidades, possuem coisas boas e más. Tentações e pecados. E, certamente, tristeza, pois todos os moradores são portadores do mal de Ransen (lepra). Durante séculos, esta doença foi considerada como incurável e temida como maldição. Graças a Deus, em 1874, o médico norueguês, Dr. Gerhard Hansen (leia Gerárd Ransen), descobriu a bactéria que origina a lepra. Desde então, e principalmente nos tempos modernos, chegou-se à conclusão que é uma doença muito pouco contagiosa e curável, quando descoberta cedo. Mesmo assim, as pessoas sofrem bastante com a separação da família durante o tratamento, ou como é o caso de muitas, por tôda a vida. . Mas isso não é o nosso aspecto principal. Estou apenas tentando apresentar o cenário das atividades do nosso missionário pastor José Júlio da Silva Júníor. É uma vida que precisa ser conhecida por todos os Embaixadores interessados no trabalho do Rei. A DOENÇA

DE JOSÉ JÚLIO

A Colônia de Marituba fica no município de Ananindeva, no Pará. Foi' lá que chegou há 25 anos, o jovem José Júlio. Quem era êle? Crente desde a adolescência, membro da l.a Igreja Batista de Belém, onde exercia vários cargos de responsabilidade, Júlio é um exemplo de que Deus chama para o seu trabalho de maneiras bem diferentes. Môço responsável, chegando a ser vice-presidente da Assembléia da Mocidade Batista Paraense, contraiu a doença da lepra e teve que ir para Marituba. Parecia uma 3~

TRIMESTRE

DE

1969

MATHIAS

carreira encerrada, uma vida inútil. Todos os seus sonhos e planos se acabaram. O sentimento' de derrota era a única coisa que se poderia esperar neste mõço,

o

PRINCíPIO DA OBRA

Mas, este jovem se escudou nas palavras de Paulo: "revesti-vos de tôda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas . do diabo". Sua fé não se abalou. Não foi o seu fim. Foi o princípio de um glorioso trabalho. No ano seguinte a sua chegada em Marítuba, foi convidado pela Administração para organizar o Grupo Escolar, que mais tarde foi oficializado pela Secretaria de Educação. Éste Grupo ficou sob sua responsabilidade até 1946. Três anos depois começou oficialmente o seu trabalho de evangelísta, sob a orientação da Junta Paraense. Em 1949, a Junta Estadual do Pará entregou o trabalho à Junta de Missões Nacionais, indicando o nome do evangelista e uma oferta de 1. 200 cruzeiros antigos para construção do templo. Neste mesmo ano José Júlio foi ordenado pastor. Desde então, vem fazendo em Marituba uma obra que só a eternidade revelará. Seu amor pelo trabalho fica patente neste trecho de uma carta sua: "Com minha alma exultante de alegria estou escrevendo para participar a realização de minha grande aspiração, o lançamento da pedra fundamental do Tabernáculo, que teve lugar a 17 do corrente". É interessante chamar o templo de Tabernáculo. Pode ser um símbolo de que a vida é passageira. Como definiu alguém: "a vida é uma noite passada num hotel desconfortável". O Tabernáculo foi erguido com muito trabalho. Eram grandes as -1tficulda15


des, mas a dedicação do pastor José Júlio tudo venceu. Dr. L. M. Bratcher foi o orador da inauguração. A COMPANHEIRA

PASTORAL

No Instituto Carlos Gomes uma jovem terminava seu curso de música. Também planejava, sonhava, tocava. Vivia feliz. Foi quando a doença a colheu e ela também foi parar em Marituba. Todos os seus sonhos se acabaram. Chegou a pensar em suicídio. Foi quando alguém a aconselhou ouvir O pastor José Júlio pregar. Ela foi, sem muitas esperanças. Lá encontrou Jesus. Logo veio a paz, essa paz que o mundo não entende e não pode dar. Mais tar-:le casaram-se. D. Carmem tem procurado ser a companheira ideal, e o tem conseguido, apesar de suas limitações provocadas pela moléstia. Eis o testemunho de seu próprio marido: "Apesar de sua condição física, Carmem tem se constituído uma auxiliar eficiente na obra de evangelização aqui em Marituba. A sua paciência, a sua fé e o seu profundo amor a Cristo tem despertado muitas almas para a salvação". Dona Carmem não pode mais tocar o piano, mas se alegra com as músicas que ouve, como se uma canção soasse dentro de sua alma, ligando-a mais a êste Jesus que a: salvou da morte eterna.

o

CRESCIMENTO

internos e à administração... cuidamos de mais ou menos 30 pessoas por dia, o que vale dizer que neste período de atividades aviamos 6.300 receitas". E isto, Embaixadores, para um homem que dirige uma igreja, ajuda a espôsa e ainda é prefeito da Colônia. Como disse no princípio, a Colônia é corno uma cidade. E o prefeito é uma pessoa de confiança, escolhido pela administração para direção dos trabalhos internos. É uma responsabilidade muito grande, pois o prefeito supervisiona a alimentação, limpeza, barbearia, alfaiataria, lavanderia e o bem estar em geral dos internos. Ê mesmo impressionante como o pastor José Júlio pode realizar tanta coisa ao mesmo tempo. Ainda foi professor no Seminário Equatorial, tendo deixado para dar mais tempo a Marituba. Para termos uma idéia da extensão do trabalho no Ambulatório, eis a relação do que é gasto por mês, atendendo-se a média de 25 pessoas diàriamente: algodão esparadrapo . gaze . éter sulfúrico ..

8 quilos 5 carretéis 100 jardas 4 litros

mercúrio álcool pomada ataduras

1 litro 4 litr:os uma lata duas peças de morim.

.

DA OBRA

Em 1956,os exames do pastor Júlio e sua espôsa foram negativos e êles puderam mudar-se para uma outra casa. Mas ficaram lá mesmo na Colônia fa-

o trabalho tem dado grandes resultados. Os doentes curados que saem,

lando

Ievarn

de Jesus

aos seus moradores.

Há três anos, suas atividades foram aumentadas com a criação de um ambulatório. No início funcionou em sua própria casa, contando com o auxílio de D. Carmem para aviamento de receitas, o que lhe dava grande prazer. Vamos ouvir do própria pastor-enfermeiro as notícias do nosso ambulatório ali: "~ste ano todo trabalho está sendo realizado em lugar próprio, na parte que foi ampliada no Tabernáculo, onde diàriamente um grande número de internados é atendido com medicamentos. Podemos dizer, sem exagêro, que nosso ambulatório vem desempenhando um papel saliente na vida da colônia, sendo v)";iosa a ajuda que presta aos 16

TERMINANDO

a mensagem

do evangelho

para

onde vão. As vêzes, lugares muito longe, perdidos na ímensídão da Amazônia. Pastor José Júlio conta sôbre um que, curado, trabalha agora a bordo da lancha de prevenção da lepra. :1ão é um trabalho impressionante? Eu acho que sim. E estou certa de que os Embaixadores colocarão êste trabalho no coração. Lá estão internados muitos adolescentes. Na última relação que nos veio, estão mencionadas 41 crianças de 4 a 15 anos. No Natal, a Igrej a de Belém lhes leva doces e brinquedos. Creio que você pode fazer algo assim. Quem sabe, sem esperar pelo Natal? Ajude com o seu amor e ofertas, para que a luz brilhe em Marituba.

o

EMBAIXADOR


-

1" Reunião

•AGôSTO

SERViÇO

REAL "OPERAÇÃO AMOR"

Em nossas últimas lições temos apreciado a situação do nosso povo no interior do Brasil. Suas necessidades [são grandes e constituem um desafio a nossa fé cristã. Nós não podemos ficar sem responder ao anseio destas pessoas. No Serviço Real dêste mês, a Embaixada deve realizar um movimento chamado "Operação Amor". Avisar a Igreja com bastante antecedência, pedindo a -cooperação dos crentes. Alguns programas devem ser apresentados à Igreja para que ela sinta o problema, também. Na "Operação Amor", todos os crentes são convidados para contribuir em com medicamentos que a Embaixada ofertará à Junta de Missões Nacionais. Comprimidos, curativos, gazes, mercúrio cromo, mertiolate e quaisquer outros remédios. Hoje, os Embaixadores irão às -casas dos crentes que se comprometerem a contribuir com remédios e até dinheiro (que a Embaixada deverá utilizar exclusivamente na compra de medicamentos) para receber tais donativos. Êsse trabalho pode parecer de difícil execução, mas é apenas aparência. Além de ser tarefa empolgante, é uma atitude cristã, profundamente cristã. Os remédios devem ser entregues à Junta de Missões Nacionais rua Barão do Bom Retiro, lG21 ou à Divisão de Embaixadores do Rei, rua Paulo Fernandes, 24 - Praça da Bandeira - Rio, GB. 3?

TRIMESTRE

DE

1969

17


TESTE SUA MEMORIA J..

Querr. inventou a)

b) c)

2.

6.

Marconi Carothers Rogério Bacon

b)

c)

a) c)

a)

da Li-

5.

3,

Rodin Withmann Bartholdi

o violino a harpa a flauta

D. Quem inventou o pára-raíos? a) b) c)

nos bailados russos no teatro de declamação nos concertos de piano

a) Enafologia bl Ornitologia Zoologia c)

Virgílio Ulisses Enéas

Qual o mais velho instrumento musical do mundo? a) b) c)

Como se chama o estudo dos pássaros?

Mercúrio Lua Urano

Qual foi o herói das Odisséias? b) c)

4. .Em que espécie de arte se celebrizou Ana Pavlova? a) b) c)

7,

o lagarto a jibóia a baleia

Quem esculpiu a "Estátua berdade"? a) b) c)

Qual o menor dos planêtas? b)

Qual o animal que mais vive? a)

3.

os óculos?

10.

Benjamim Franklin Edson Volta

Quem roí o autor do célebre livro sôbre Cartago, íntítulado "salambo"? a)

~ b) c)

Flaubert Shakeaspeare Balzac.

Veja as respostas na página 27. Mas antes, procure acertar sem olhar. 18

o

EMBAIXADOR


UM JUDEU

'ERRANTE NO

3~ TRIMESTRE

BRASIL

DE

1969

, ;9


- O

EMBAIXADOR,


o

PRAZER

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FõR POSSíVEL, NÃO DEIXE QUE AS AUTORIDADES

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TRIMESTRE

DE

SH

PF..\'SAX/)()

1969

21


.,..-----------------------.-t---------------SALOJI,to SALOJIÃO TODAVIA,

FALAR

FA.LAVA O PORTUe[J1:S éo» DESEMBARACO. T'RBG.4NDO RJl BAO F1Df:;LIS" COMETEU UJ,j t;RRQ SOBRE O FILJIO PRODlGO:

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HAVIA

1TARIAS V:fSITAS.<'1 CIDADE DE llIACAE. ACHOU QUE Ã ONICA" MANEIRA DO EVANGELHO PENETRAR 'CIDADE 'SERIA ATRAVÉS DE- UMA. FAMII,lA. QUE SE CONVERTESSB OU UMA JA CON'v'ERTlD.1 QUE' FOSSE MORAR 1.11.

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MEU

JORNAL

FORAM

ESCRIT

POR PESSOAS QUE DESCONHEÇO FORAM PAGOS, NÃO OS PEDI ENTÃO,

o

PUBLIQUEi

EMBAIXADOR


PODE DEIXAR,

SEU PADRE.

VOU

L05

ASSIM

PREVENIJÁ

VIRÃO

3~ TRIMESTRE

PORQUE ARMADOS

DE

1969


INFLUENCIADO ;DEUS CÓNT1NUAVA ABRNÇOA""-DO. :ng SALVOS. O PADRE, TBMEROSO f/l'TENTO, O CULTO FOI TRA

AQUG:LB ABNEGADO NÃO LEVOU AVANTE

CRUPO SEU

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SUA ESP6.C{A. E F'JJ.JHOg; O DR. CURINDfBkPASSoi; SIMPATIZAR COM OS CRENTES E F.G:Z-SE AMIGO DE $.1DOftfÁO. NAOUHLA MESMA NOITE, PEL~1 PRIMEIRA VEZ~ ASSISTIU A-O CULTO .\",l JGREJA. e..'TISTA DE ilfACAE. E . CONV ERTEU-SE.

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PARA

24

ME ·.AMEDRONTAR

o

EMBAIXADOR


2:}

Reunião

AGôSTO

o PASTOR DOS XERENTES MYRTES

Quando o pastor Guenther Carlos Krieger estêve aqui no Rio, pude conversar com êle sôbre sua chamada. Da conversa, ficou bem gravada uma frase sua: "é muito importante escolher a vocação, porque só se tem uma vida e é preciso saber como investi-Ia". Nesta lição veremos como e porque o pastor Guenther, "investiu" sua vida entre os índios xerentes. Há algum tempo atrás, um grupo de índios estêve na sede da Junta de Missões Nacionais. Foi triste ouvir o seu canto fúnebre "quando Tupã busca índio, índio canta assim" e o seu apêlo "índio quer professôra, quer médico, índio tá desaparecendo". É verdade. Os índios estão desaparecendo. A herança que os civilizados lhes deixaram foram os vícios, as doenças e a própria decadência. Foram afastados para lugares longínquos, onde a caça é rara. Como não são muito dados ao trabalho e muitos os exploram, a miséria reina na maior parte das tribos. Embora os esforços de alguns, como o Mal. Roridon e algumas missões religiosas, o índio continua desaparecendo. E desaparecendo sem Cristo no coração. Conheçamos agora um pouco sôbre o jovem pastor que está gastando sua vida entre os xerentes: pastor Guenther Carlos Krieger (leia "Guinter Carlos Criguer").

MATHIAS

çou a freqüentar assiduamente, tão logo começou "a entender as coisas". Aos 14 anos foi "confirmado", conforme é costume na igreja luterana. Por êste tempo, já havia deixado a escola para aprender a profissão de relojoeiro. Aliás, até hoje, é um bom relojoeiro, embora o ministério lhe ocupe todo o tempo. Mas, Deus estava planejando algo diferente para o jovem relojoeiro. Aos 18 anos foi para São Paulo, com muitos sonhos e propósitos. Em São Paulo, foi trabalhar numa relojoaria. O ordenado era bom, mas faltava alguma coisa na sua vida. Comprou uma Bíblia e começou a lê-Ia. No domingo seguinte foi a uma igrejaTuterana que não era distante de sua pensão. Ouviu no sermão o versículo: "que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" Começou a estudar o plano de salvação. E é êle mesmo quem diz: "aceitei Jesus ali mesmo, num quarto de pensão da

rua Santa Eíígênla".

Não podendo mais viver no antigo ambierrte, mudou de emprêgo e 'residência. Passou a freqüentar as reuniões da "Mocidade para Cristo". Nesta época, já estava decidido a entrar para o Seminário. Estudou no Instituto Peniel, em Jacutinga, colégio que prepara para o trabalho com os índios. A CHAMADA

PARA

O CAMPO

DO NASCIMENTO li CONVERSÃO

Foi em 25 de janeiro de 1938, em Blumenau, Santa Catarina, que o futuro "pastor dos xerentes" veio ao mundo. Sendo seus país alemães, foi educado numa igreja luterana, que come3~

TRIMESTRE

DE

1969

Vamos deixar que o próprio pastor Guenther conte como foi sua experiência, ocorrida num estágio entre os índios, o que faz parte do curso: "Era setembro de 1958. De madrugada fui acordado pelo sertanejo que na25


veria de ser meu guia às aldeias. Para aquêle dia, teríamos 12 léguas de viagem sôbre burro de pisada dura. Enquanto caminhávamos, o sertanejo expressou sua opinião a respeito dos índios: "Môço, caboclo não dá para ser gente, não". Eu já havia escutado isto muitas vêzes em Tocantínia e Pedro Afonso. Mesmo assim, sabia que Aquêle que me havia enviado era suficientemente poderoso para fortalecer-me em minha tarefa. Num sábado, ao cair da tarde, cheguei à aldeia. O "capítão", um índio já idoso, recebeu-me com o tradicional "adeus, como vamo?" Com um "vamo encostá" convidou-me para jantar. Assim, minha primeira refeição na aldeia foi um cozido de ínhame num prato furado". Ê:ste foi o primeiro contato do pastor com o seu futuro rebanho. Era de desanimar tudo o que viu: a miséria, a superstição, o quase fatalismo do índio, que encontra uma explicação para a sua pobreza e até para o seu direito de matar de vez em quando, uma vaca do civilizado. Não é furto, segundo êles. Ê: apenas vingança ao cristão que não perde oportunidade de deliciar-se com um saboroso pedaço de carne de veado ou outra caça, que segundo dizem, lhes foi doado pelo Criador. Há com razão, um preconceito contra o cristão. Ê:les têm sofrido bastante nas mãos de alguns "cristãos". Tudo isso, tôda esta barreira, aparece no diário de viagem do pastor Guenther, quando pede a Deus um sinal para confirmação da sua chamada: Comecei morando entre êles no "esqueleto" da minha casa: quatro esteios e a armação do telhado. Comecei a sentir suas dores e necessidades. Agõsto e setembro são os meses da fome. Tudo acaba e a caça desaparece. Os índios foram grandemente prejudicados pelos brancos. Aprenderam seus vícios, seus maus costumes, suas práticas imorais. Comecei a falar-lhes de Jesus em português. O resultado foi nulo. Têm didificuldade de assimilar o sentido de nossos vocábulos. Concluí que para ganhá-Ios era preciso aprender sua lingua. Nós nos sentimos recompensados quando êles começam a cantar hinos de louvor a Deus em sua própria língua. Abri uma escola para ensinar-lhes a ler. Conheço um pouco de medicina e odontologia. Com êsses rudimentos temos debelado grandes surtos de epide-

mia que seriam fatais para dizimar aldeias inteiras. Pelo regime de fome em que vive, o índio é fraco perante a enfermidade. O perigo se agrava, quando por superstição, evita qualquer alimento. Diante de tanta dificuldade, eu precisava ter convicção ainda maior sôbre ser a vontade de Deus que eu ficasse entre êles. Comecei a pedir a Deus que me desse um índio convertido: "Dá-me um índio para Cristo". Um dia aproximou-se de mim um dêleso Perguntei-lhe: - Você quer aceitar Jesus, hoje? Êle respondeu: - Hoje eu quero. E difícil para um índio dar essa resposta. Expliquei-lhe o que envolvia essa aceitacão. Ele concordou. Ali mesmo nos ajoelhamos e oramos. Houve depois mais cinco decisões. Outro veio a mim e disse: - Não quero mais saber de coisas do diabo. Diabo não quer bem a nós. Assim foi confirmada minha chamada.

o PROSSEGUIMENTO MINISTÉRIO

DO

Com 21 anos, em 1.0 de setembro de 1959,pastor Guenther foi nomeado pela Junta de Missões Nacionais. Está entre os xerentes, na aldeia da Baixa Funda, visitando também a Aldeia do Sono, acompanhado sempre pela admirável companheira, D. Wanda e os pequenos Orlando Luís, Guenther Filho e Marcos Fernando. o seu trabalho tem sido cheio de dificuldades, mas as bênçãos são maiores e êle prossegue. Tem havido conversões sinceras e os convertidos são de grande valor na evangelização de seus irmãos. Um episódio interessante foi ~o casa daquele índio da Aldeia do Sono que contou ao pastor o seu plano de vingan,ça, contra um rival. Em vão, o pastor "procurou díssuadí-Io. Finalmente, o índio argumentou: "Eu num só nascido para semente, nasci pra morrer. Já matei cabôco, já matei cristão. Já fui baleado e num morri". Mas tõda sua atitude mudou quando o pastor lhe disse que se ainda estava vivo era pela bondade de Deus. Ele o queria salvo e por isso lhe dava oportunidade. O índio acabou dizendo:

/

26

o

EMBAIXADOR


-

Eu ficá muito satisfeito

que Jesus qué bem eu.

em sabê

E assim, muitos outros casos. Para os índios, êle é o amigo. Êles reconhecem o amor com que o pastor Guenther se dedica ao trabalho. Disse nosso biografado, numa ocasião: - É verdade que não tenho um púlpito sequer para pregar, mas Deus me chamou para anunciar Sua Palavra, não para dirigir. Quero conquistar os índios pelo amor. E uma prova' de que vai conseguindo é a expressão do "capitão" (cacique) Florêncio, que seriamente acidentado pela queda de uma árvore, assim recebeu sua visita: - Quase eu não vê mais o nosso amigo. Ainda hoje eu chora de saudade quando lembra de você. OS "AUXILIARES" DOS XERENTES

DO PASTOR

Depois de um ano de trabalho entre os xerentes, o pastor Carlos Krieger, pediu uma licença à Junta e foi a Machado, Minas Gerais, onde se casou com Wanda Braidotti. No mesmo mês e ano (novembro de 1960) foi ordenado pastor. Dona Wanda, que deixou tudo para acompanhar o marido no ideal de ambos, tem sofrido provações, doenças, e falta de confôrto, mas permanece firme e feliz no seu ministério. Depois de submetido a uma operação, pastor Guenther voltou para a aldeia e narra, numa, carta, o que ocorreu: "Durante todos os dias de minha convalescência, as índias não cessavam de vir a nossa casa para estar com Dona Wanda".' Em outra, êle comenta: "Ela consegue com as indias, em poucos dias O

Wanda conta histórias

Podemos imaginar como isso lhes agrada. Ajuda assim, a seu marido, além de cuidar da casa e dos três filhos, naquele ambiente difícil. A respeito do primogénito, Orlando Luís, há uma referência interessante do pastor, quando de sua primeira visita à tribo: "Orlando Luís limitou-se a sorrir para todos por mais sujos e maltrapilhos que fôssem e ser admirado pela sua pele branca", Cada um fazendo a sua parte. TERMINANDO

Qual a nossa participação? A sua participação nesta obra grandiosa .de preparar as tribos para a volta de Jesus? Há centenas de outras tribos que não têm um missionário. "Sinto-me galardoado por todos os esforços, temores e privações que tenho enfrentado na minha vida com os índios". Êste é o maravilhoso testemunho de um jovem que na aldeia da Baixa Funda, do Sono ou mesmo em Tocantínia, traduzindo para o xerente a Biblia, e que canta na língua que por amor e chamada divina, fêz sua: "Cristo kuba krê psêktabdí,

Cristo kuba krê psêktabdi. Tã ikodi za há" Com Cristo no barco é muito bom, Com Cristo no barco é muito bom. Chuva não virá,

que não consegui em anos". Dona

TESTE SUA

MEMóRIA

(respostas)

1. Rogério Bacon; 2. A baleia (cerca de 500 anos);

4. Nos bailados russos; 5. Ornitologia; flauta; 9. Benjarnim 3'~ TRIMESTRE

DE

Franklm, elO. 1969

com o auxílio

do Ilanelógrafo, e em língua xerente.

3. Bartholdi,

6. Mercúrio; 7. Ulisses; 8. A

Flauhert. 27


3~ Reunião AGôSTO

TRABALHO

NOS POSTOS CAIXA DE SURPRÊSAS

Sugerimos para esta reunião de Trabalho surprêsa",

nos Postos, um "programa

Se a Embaixada tiver todos os Embaixadores fazendo o mesmo Pôsto, será muito simples. Conseguir uma caixa que será 'a "Caixa de Surprêsas". Escrever em tiras de papel os requisitos do pôsto a ser alcançado. Dobrar as tiras e colocá-Ias dentro da caixa. Instruir os Embaixadores com a devida antecedência, para que estudem.. todos os requisitos do Pôsto que estão fazendo. Assim, todos os requisitos escritos nas tiras, serão do conhecimento dos Embaixadores. Na hora do programa, um por vez, cada Embaixador tirará um papel da "Caixa de Surprêsas" e apresentará, perante 'a Embaixada, o requisito que estiver indicado. . Repetir os Embaixadores, até que todos os requisitos tenham sido apresentados, ou esgotado o tempo. Ser-do satisfeitos os requisitos, o Conselheiro rubricará os cartões. Se a Embaixada 1'ô1'composta de Embaixadores em diversos postos, o Conselheiro deverá preparar uma "Caixa de Surprêsas" para cada Pôsto. As tiras poderão ser guardadas para outra ocasião, ou para a 21;1. rodada.

o Embaixador que não souber o requisito que lhe coube, deverá esperar por uma segunda chamada, depois que todos os outros tiverem a sua vey 28

o

EMBAIXADOR


4~ Reunião AGôSTO

MARCHANDO

COM DEUS JAINER

Nós, Embaixadores do Rei, possuímos uma grande responsabilidade, proveniente do nosso próprio nome. Os Embaixadores de um govêrno, sempre são encarregados de missões muito importantes. É um pôsto que exige muito da pessoa, por ser de alto privilégio. Aliás, privilégio exige responsabilidade. É da aplicação ao dever do Embaixador que depende todo o prestígio e êxito do govêrno que êle representa. Se fôr um representante relapso, o trabalho irá por água abaixo. Mas, a missão do Embaixador do Rei é ainda mais importante. li:le é incumbido de levar aos perdidos a mensagem de salvação, razão porque deve marchar com coragem. Deus sempre abençoa os passos daquele que obedece as suas ordens. Guilherme Carey, o Pai das Missões Modernas, escreveu uma carta de Calcutá, onde estava sofrendo as piores provações e dizia nela: "Apesar de tudo, Deus está comigo. Sua palavra é a verdade segura. E ainda que as superstições do paganismo fôssem mil vêzes piores do que são; ainda que fôsse abandonado pelos meus e perseguido por todos, minha esperança fundada na Palavra de Deus permanecerá sôbre todos os obstáculos e triunfará. E eu sairei destas angústias qual ouro -:;:>urificado pelo fogo". .Vejamos hoje alguns aspectos desta marcha com Deus. A FINALIDADE

DA MARCHA

Todos nós gostamos de observar as grandes paradas militares. Apreciamos o garbo com que os soldados se apresentam em desfile nas ruas, mostrando ao povo as armas e sua pompa. 3Q,

TRIMESTRE

DE

1969

GOMES

DA

SILVA

Os estudantes, nesses dias, desfilam com o objetivo de homenagear a pátria e relembrar o dia em que, às margens do rpiranga, ouviu-se "Independência ou Morte!" Quando se faz necessário, as nações marcham para a guerra. Mas, a marcha do Embaixador do Rei é diferente. Na sua luta não se utilizam armas para matar as pessoas. li:le parte escudado na Palavra de Deus para lutar contra Satanás. Luta contra o pecado e procura salvar os que vivem nas trevas. O Brasil, pátria tão querida por todos nós, precisa da nossa atuação como crentes. A superstição e a incredulidade dominam o nosso povo. O Brasil precisa de Cristo. Só o Evangelho pode transformar vidas inúteis em vasos de bênçãos. A finalidade da nossa marcha é levar a cada brasileiro a mensagem de Jesus Cristo. Distribuir com o próximo o que já possuímos: a salvação que Cristo oferece. COMO MARCHAR

Há muitas maneiras de marchar. Mas, no presente estudo veremos a marcha com os ambulatórios e com os díspensáríos. O ambulatório é uma pequena enfermaria fixa para curativos, primeiros socorros e pequenas operações. Dispensário é um estabelecimento de beneficência onde se dão gratuitamente cuidados e medicamentos aos doentes sem recursos que podem ser tratados em casa. A Junta de Missões Nacionais mantém díspensáríos no interior visando não só a cura física, mas também a espiritual. Dando saúde e Cristo. 29


Os dispensários são como oaS1S em meio do deserto. Amenizam os problemas dos que não possuem um médico sequer. Ao todo, temos 12 díspensártos ajudando o povo. É u'a maneira de marchar. U'a maneira de mostrar o amor de Cristo. Os ambulatórios também prestam grandes serviços, ajudando um considerável número de pessoas. Nossos missionários enfermeiros combatem inúmeras doenças que poderiam causar sérios problemas. É assim que marchamos com Deus: com os missionários presentes onde não há . médicos, levando Cristo às almas enfêrmas, carecendo de socorros médicos e de Cristo. OS QUE

MARCHARAM

Os vocacionados que já marcharam com Deus para a luta, deixaram tudo: cidade, confôrto, emprêgo de futuro e' família pra atenderem a chamada do Rei. E estão felizes, porque estão cumprindo seu dever. A primeira enfermeira a marchar foi a irmã Sara Cavalcanti, hoje aposentada, que seguiu para o sertão em 1938. O Vale do Tocantíns, principalmente a cidade de Pedro Afonso, sentiu a presença da irmã Sara. A enfermeira Joana Gomes, de Araguatins, Goíás, na revista "A Pátria para Cristo" nos dá notícias do seu trabalho (ler o trecho, na revista): Andei em lugar onde havia muita gente com febre. É pena que quase não tenha podido ajudar. Levei poucos comprimidos que logo acabaram. Atendi alguns doentes. E desta maneira foi todo o trabalho de julho. Outro testemunho que nos fala bem de perto das necessidades do sertão é o relato do pastor Joaquim Lopes Leão:

"Índios estão morrendo de febre, tuberculose, anemia e hidropísia por falta de medicamentos. Ore por nós e ajudem-nos a socorrer os pobres indios". E há outra declaração que pode nos ajudar. É da enfermeira Vitória Buris, de Pedro Afonso, em Goíás: "Deus continua a abençoar nosso trabalho. :Êste mês atendemos três rapazes cortados. Pensei em não atendê-tos, devido à gravidade do caso. Tentei fazer com que êles fôssem para um lugar onde houvesse médico, mas não quiseram. Assim, continuei a tratar dêles, fiz unia boa limpeza e' em dois dei pontos, apesar de que quando aqui chegaram, já fazia quatro dias que haviam se machucado. Dois foram na semana passada para casa, quase bons, e o outro em quem ia eu fazer curativos em casa, todos os dias, disse-me que amanhã virá ao ambulatório para tratamento. Não ficaram bonitos, mas estão bem. Aproveitei a oportunidade e Ialeí-Ihes do amor de Deus". TERMINANDO

o texto de Êxodo 14:15 "Dize aos filhos de Israel que marchem" inspirou os mensageiros da Convenção Brasileira ell1 26 de julhO de 1907 a criarem a Junta de Missões Nacionais. Ainda hoje o imperativo divino deve ecoar no coracão de cada Embaixador. Deus precisa de você para marchar ell1 busca das ovelhas perdidas. O sertão necessita de enfermeiros médicos crentes e consagrados. A idade da escolha da profissão é a que estamos vivendo. Pare! Pense! Consulte o Senhor. Caso sinta que Deus está lhe chamando para a obra, obedeça-o e será feliz e vitorioso.

SUGESTõES: Leitura Bíblica: Lucas 10:25-37 Hino/indicado: 450 do Cantor Cristão 30

o

EMBAIXADOR


5~ Reunião AGôSTO

SERViÇO REAL "OPERAÇÃO ~CONJUNTO" Estamos chegando perto do dia de Missões Nacionais. É a ocasião em que as igrejas batistas do Brasil levantarão sua oferta para o sustento do trabalho promovido pela Junta de Missões Nacionais no interior do país. Sendo uma organização de espírito intensamente missionário, "Embaixadores do Rei" não pode deixar de contribuir para com êste esfôrço. A sugestão que oferecemos para hoje é denominada de "Operação-Conjunto". O Conselheiro deve fazer um apêlo aos demais membros da igreja para que cooperem COlTl a Embaixada neste sentido, oferecendo-lhes os jornais velhos e coisas aparen temente inúteis que têm em casa, mas que os garotos sempre fazem render dinheiro.

DE' posse de jornais, garrafas, latas, ferro velho, etc., a Embaixada venderá todo êsse material, destinando a importância à Junta de Missões Nacionais como oferta. ' Reunindo-se a Embaixada num dia de semana, a reunião de hoje deve ser para buscar o material. Os Embaixadores irão às casas dos crentes e pegarão o que lhes fôr dado. Sendo no domingo, no horário das outras organizações, muitos crentes já estarão na igreja. Neste caso, fazer as visitas mais. cedo e no horário de funcionamento das organizações, apenas arrumar tudo na sala ele reuniões, para que o Intendente, durante a semana, possa vendê-los, Aos que participarem hora de Serviço Real. 3q

TRIMESTRE

DE

1969

desta atividade,

o Conselheiro marcará

uma

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31


o

A

JOGO DO MES

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«

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--4JMS. -- -- -- - - -- --- -- ~ ~

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o CONTADOR Traçam-se duas linhas distantes uma da outra aproximadamente 40 metros. Um dos participantes do jôgo, será o "contador", que ficará na linha A, de costas para os demais participantes que estarão na linha B. Os Embaixadores avançam na direção da linha A, enquanto o contador bem alto e ràpidamente, conta de 1 a 10. Terminando a contagem, volta-se na direção dos Embaixadores e chama pelo nome aquêles que estiverem se movendo. Êstes voltarão à linha de partida e começa-

rão de nóvo. Os outros ficam nos mesnios lugares, de onde reiniciarão a marcha. Novamente o contador voltando de costas para o grupo, reinicia a 'contf1gem. Os Embaixadores recomeçam a caminhada. Ao chegar alO, repetem a mesma operação. O vencedor é aquêle que chegar primeiro à linha A, onde substituirá o contador. Além de agilidade, êste jôgo

exige muito reflexo.

/

32

o

EMBAIXADOR


1~ Reunião SETEMBRO

PRECISAMOS

DE VOCÊ MYRTES

Quando Paulo teve sua visão no caminho de Damasco, expressou seu anseio e seu temor numa interrogação: "Senhor, que queres que faça?" O salmista depois de meditar sôbre tudo que o Senhor lhe havia concedido, com a alma cheia de gratidão, também pergunta: "Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios?" Perguntas semelhantes estão se formando em seu coração. Deus lhe deu a bênção da vida, da salvação, da separação dêste mundo que se desmorona moralmente. Deus lhe deu o privilégio de nascer numa terra livre e com um belo futuro se os seus filhos jovens pensarem e se prepararem para amanhã. Você tem muitas razões para ser feliz, Embaixador do Reino Eterno. E certamente está pensando distribuir esta felicidade com outros que estão tristes, sem esperança neste e noutro mundo. Sei que muitas vêzes o amor faz com que você se revolte contra as injustiças, as desigualdades de classe, as limitações a que estamos sujeitos. Mas a revolta, somente, não soluciona. É preciso ação, fazer a nossa parte para tornar melhor o mundo em que vivemos. É isto que os batistas brasileiros vêm procurando fazer. E é por isto que precisamos de você. PRECISAMOS

DE SUAS ORAÇÕES

O Instituto Teológico de Carolina, que deu o seu Diretor para Secretário Executivo da Junta de Missões Nacionais, ficou com um Diretor Interino, pastor Wilson França. Precisamos pedir a Deus um diretor e proressôres, 3Q

TRIMESTRE

DE

1969

MATHIAS

não só para Carolina, como também para Ibotirama, onde apenas 5 professôres estão fazendo a obra. Precisamos pedir professôres especializados nas diversas matérias pará não sobrecarregar os outros. Há professôres dando cinco turnos 'de aula. É demais para uma pessoa só. Em Cantinho da Ribeira, o Ambulatório foi fechado para que a enfermeira pudesse atender a escola e o trabalho de evangelismo. Em alguns lugares, as professôras têm que tomar a liderança da igreja por falta de pastôres. Sabe com quantas môças a Junta conta no campo? Com oitenta. E com rapazes? Seis. O que há com os moços? É tempo de obedecer à ordem de Jesus: "Rogai ao Senhor da seara que envie obreiros para sua seara". Certo que as môças são obreiras dedicadas e fazem uma grande obra, mas por que os moços não se apresentam para o trabalho? Precisamos orar para que os jovens se apresentem para o trabalho. Precisamos orar também para que

Deus abra as portas para o trabalho em muitos lugares. Pedir recursos para que nada falte aos que já estão nos campos. Pedir que os corações se tornem sensíveis à pregação e ao amor de Cristo. Onde o Evangelho chega e é aceito, o homem muda. E não só êle, como também o lugar. Ainda outro dia estive lendo sôbre um índio, que após ouvir a pregação do DI'. Bratcher, disse à Beatriz Colares: "Al1, ícornon, eu alembra quando doutô Bradu falou do caminhado índio véio e do caminho de Jesus. Meu coração tá quase endireitado", 33


É

isto. Jesus endireita o coração, o

lugar e a pátria. PRECISAMOS DE SUA CONTRIBUIÇÃO

Já são do nosso conhecimento as grandes necessidades dos índios, dos ambulatórios e das escolas. O trabalho de colportagern e evangelismo necessita de milhares e milhares de folhetos por mês. Os ambulatórios distribuem centenas de "amostras grátis" que precisam receber da Junta. As necessidades materiais aumentam dia a dia. O trabalho cresce. O custo de vida sobe, no sertão, mais que nas capitais. Uma professôra que aqui estêve, em férias, contou-me algo que me fêz pensar, sentir e sofrer. Tendo perguntado a um de seus pequenos alunos alguma coisa, êle não soube a resposta. Isto já vinha acontecendo com freqüência. Nunca se lembrava de nada. Tentando brincar, ela perguntou: - Será que você não se lembra nem do que almoçou hoje? A criança baixou a cabeça e não respondeu. Ela insistiu na pergunta e o menino soluçou: - Eu não almocei hoj e ... É fácil imaginar o que sentiu a professôra, que no intervalo das aulas pre-

parou um almôço rápido para a criança e assim por muitos dias, até que seu pai arrumasse um trabalho e pudesse comprar alimentação. Você pode contribuir. Pode mandar ofertas em dinheiro, em material, em roupas, em remédios. O essencial é amar a obra. O amor se manifesta em dar. PRECISAMOS

DE VOCÊ

Pode ser que você esteja pensando que já 'Cmos muitos missionários no 34

sertão, quando ouve falar em mais de 300 obreiros da Junta de Missões Nacionais. Mas já parou para pensar que somos 80.000.000 de brasileiros? Que no maior estado do Brasil, o Amazonas, não temos um obreiro sequer? Que das inúmeras tribos brasileiras, somente três estão sendo evangelizadas por nós? Muitos obreiros já estão se cansando e terão de ser substituídos. Pense t arn bérn na voz de Deus: "Eu te constituí por atalaia ... " Esta é uma bonita idade para ouvir a interrogação de Jesus: "amas-me?" e responder: "sim, Senhor". A Junta tem orado e está orando para que Deus envie um médico para Missões Nacionais. Imagine o trabalho que êle poderá fazer. Já leu a história daquele médico que deu. a sua vida na missão Caiauá? E a de BiU Wallace, embarcando para a China com o seu diploma e sua 'mocidade; pronto para servir, acabando por dar a sua vida em defesa da Verdade, por amor a Cristo? Deus precisa de moços, para a evangelização do Brasil. Precisa de lingüistas para trabalharem junto aos índios. Precisa de evangelistas para os diversos grupos, como judeus, italianos, japoneses, etc., que estão em nossa terra. o seu Rei precisa de Embaixadores para ganhar o Brasil. Precisa de você. ';l'V,RlVIIN ANDO A vida de um Embaixador deve ser uma vida de serviço. Se Deus precisa tanto de você, creio que você não deixará de atendê-Io. Deus precisa de moÇOS

que se disponham a trabalhar para

Êle. E então, maravilhas serão vistas. Entregue a sua vida a Deus para o trabalho missionário. Precisamos de você.

o

EMBAIXADOR


2~ Reunião SETEMBRO

TRABALHO

NOS

POSTOS

ESTUDO

EM

GRUPO

Queremos insistir com as .Embaixadas para que tracem seus programas de acôrdo com a nossa orientação, de modo que o Trabalho nos Postos seja feito mensalmente. A Embaixada

será a beneficiada, pois seus membros

terão maiores

.possíbiíirtades de promoção aos postos. Sugerimos também que cada Embaixador tenha o Manual do posto em que se encontra. Isto será de grande utilidade. Em qualquer lugar, o Embaixador poderá estudar por conta própria, o que facilitará em muito o trabalho do Conselheiro. Para hoje, indicamos o plano "aula-teste". 1:;t

O Conselheiro deve examinar sua Caderneta com antecedência, e na reunião de setembro comunicar aos Embaixadores a matéria a ser

estudada.

Ass irn, estarão melhor-es preparados

para a reunião.

Dividir a Embaixada em grupos, conforme os postos. Cada grupo lerá um líder que dirigirá a reunião. 'Ele lerá um trecho e fará perguntas aos demais membros do grupo. Todos participarão, dizendo o que aprenderam do texto lido. Após êsse estudo em grupo, o Conselheir-o poderá fazer um teste para conhecer o aprendizado dos Embaixadores. Aos que tiverem assimilado a matéria, serão considerados os requisitos respondidos corretamente. 3~ TRIMESTRE

DE

1969

35


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O JOGO DO MES : I 1

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os Ernbaixadorcs

BANDEIRA

ern duas

equipes,

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cam po dividido

ao mero, ocupando cada equipe, um dos lados do campo. Haverá uma "bandeira" (lenço ou camisa, ete.), de cada lado e que deverá ser capturada pelos adversários. Um jogador que entrar no campo do inimigo e fôr pego, estará "colado". Só poderá sair do lugar, se alguém do seu lado lhe puser a mão, "descolando-o". É

proibido ficar montando' guarda à bandeira

ou aos capturados.

A bandeira não pode ser passada de um para outro. Quando um grupo levar a bandeira dos oponentes para o seu campo, ganha0- o jôgo. 36

o

EMBAIXADOR


-

3~ Reunião

-

SETEMBRO

VOCE, UM MISSIONARIO ISALTINO

Orten taçâe : Três Embaixadores sentados ao redor u'a mesa, pesquisando material para um trabalho. Livros, jornais, revistas e papéis devem estar espalhados sôbre a mesa. Deverão ler os dados biográficos 'como se estivessem lendo o material coletado. Conseqüentemente, devem ser pessoas que leiam bem, com desernbaraço, para brilho do programa. Usar o mesmo texto para os mirins, ou efetuar reunião em conjunto. Se fôr apresentado à igreja, os Embaixadores participantes devem estar uniformizados. 'Neste caso, modificar algumas palavras. Onde estiver escrito "Embaixador", deve ser lido "irmão", por exemplo, para generalizar a mensagem.

-de

aos f..ilhos de Israel que marchem", foi o brado de sua fundação. E os filhos do Nôvo Israel têm marchado. A Junta tem desfraldado a bandeira do Evangelho em lugares dos mais remotos possíveis". JEIEL: história

Quer dizer que há 62 anos da Junta?

MARCOS; Jorge.

Isso mesmo.

Mas, continua,

É,

está bem escrito .

MARCOS: Olha, acrescente algo importante: a primeira sede da Junta foi em Campos, no Estado do Rio de Janeiro.

JEIEL: É bom fazer direito mesmo. O 'Conselheiro vai dar nota aos trabalhos de grupo. Quem tiver a maior nota vai ganhar uma inscrição para os Acampamentos de Verão, em janeiro.

JORGE: (escrevendo): "A sede da Junta foi na cidade pos, no Estado do Rio de pronto.

MARCOS: Jorge, só para sabermos co.mo anda a sua parte, dá uma lida para ouvirmos.

JEIEli: Já tenho algo dois missionários que nha responsabilidade quis asse sôbre a vida

;JORGE: (lendo em voz alta): "Missões Nacionais é uma obra de grande importância para o evangelismo brasileiro. Desde 1907 proclama pelos sertões 'do Brasil que Cristo é a oportunidade de salvação para todos os homens. Curando as doenças do corpo que enfraquecem as pessoas e também as da alma, que matam para a eternidade, 'ela vai fazendo o seu trabalho. "Dize :3~ TRIMESTRE

DE

1969

de

JORGE: "O primeiro lugar onde a Junta fêz tremular o pendão do Evangelho, foi no Acre. Lá, o pastor Crispiniano Silva, organizou uma igreja com 25 membros". JEIEL:

.;JORGE: (mexendo nos papéis): Puxa, estou tendo um "trabalhâo" para organizar direito o princípio do nístórtco -da Junta de Missões Nacionais.

GOMES COELHO FILHO

MARCOS: ótimo!

primeira de CamJaneiro",

anotado sôbre os ficaram sob mipara que eu pesdêles.

Pode ler?

JEIEL: Posso. "Pastor Carlos Krieger é um dos maiores vultos missionários que o Brasil conhece. Dono de uma boa cultura, não se preocupou com um emprêgo rendoso. Entregou sua vida nas mãos de Deus e compreendeu que Éle o chamava para uma tarefa espinhosa: evangelízar os índios. Apresentou37


-se para o trabalho. Hoje é um dos mais dedicados obreiros da Junta. Trabalhando com os xerentes, logo traduziu para a língua dêles, várias porções da Bíblia. Desta maneira, os índios já podem ler a Palavra de Deus. MARCOS: Puxa, legal! Bem feito o trabalho! Além de evangelizar, alfabetiza. JORGE: É mesmo. E é melhor que a Bíblia em português. Os índios vão gostar muito mais de uma literatura na língua dêles. Estimula o desenvolvimento intelectual. E também é bom porque preserva a língua xerente para estudos. JEIEL: Tem mais: "Também a espõsa

do pastor Guenther Carlos Krieger realiza uma obra admirável. É ela quem está ensinando os índios a ler. Sem dúvida alguma, é uma dupla admirável que em muito tem diminuído a ignorância do povo brasileiro sôbre as verdades divinas".

Alexandre. Além de nova casa de cultos, construiu também uma escola que em. muito ajudou na alfabetização e na pregação do Evangelho". JORGE: Um bom trabalho! E havia pensado em desistir! Isso nos traz uma lição. Muitas vêzes nos afligimos porque uma coisa que fazemos não apresenta 'resultados. Mas Deus disse: "a minha palavra não voltará vazia". Nossos insucessos podem ser tornados em sucessos por Deus.

E há mais. Apenas guardei êste trecho porque julguei ser o mais importante. MARCOS:

São vidas inspiradoras e abençoadas que nos dão grandes lições de fé. Homens e mulheres que deram suas vidas pelo trabalho de pregação do Evangelho. Deixaram tôdas as vantagens de uma vida cômoda e se dedicaram a um trabalho aparentemente difícil e sem recompensa. JEIEL:

Bem, vamos tomar um café que a mana preparou para nós. Depois voltamos para continuar. (Saem. Alguém faz o solo do hino 447, l,a estrofe.) MARCOS:

MARCOS:

Jeiel.

Está ótimo. Bom trabalho,

.JORGE: E você, Marcos? Anotou alguma coisa sôbre algum missionário? MARCOS: Anotei sôbre o pastor Alexandre G. Silva.

o nome da Embaixada que fêz intercâmbio conosco, no mês passado. JEIEL:

É

MARCOS: Foi um grande obreiro (Começa a ler): "Durante 35 anos labutou firmemente no sertão. No princípio, tudo lhe foi tão difícil, que êle quase desistiu. O missionário Salomão Ginsburg enviou-lhe um telegrama dizendo: "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". O Pastor Alexandre reconsiderou seu pedido. Resolveu ficar. Entusiasmado, percorria tõda a região do Tocantins, pregando em todos os lugares sem desanimar. Em pouco construiu um nôvo templo para a Igreja Batista de Pôrto Franco. Também a de Constantinópolis começou a crescer. E logo foi necessário um nôvo templo, também construido na gestão do pastor

38

TERMINANDO

(Pelo Conselheiro):

Você, Embaixador, também pode ser um missionário. Marchando pelo Evangelho, com uma vida entregue nas mãos de Deus, você pode ser um vaso de bênçãos. Também pode ter uma vida inspiradora. Há uma vida inteira pela sua frente. Que vai fazer dela? Um célebre pensamento diz: "passarei por esta vida apenas uma vez, assim sendo, devo produzir o máximo". A vida humana é curta. Você precisa saber aproveitá-Ia. É preciso empregá-Ia bem, para não se arrepender mais tarde. \Tocê não quer dedicar sua vida ao trabalho de Deus? Não deseja ser também um herói do Evangelho? Deus precisa de você. Atenda o seu convite. Você pode ser um missionário. (Encerrar com os corinhos: "Por Jesus Trabalha" e "Ide" (n.o 19 do "Hinário dos Embaixadores do Rei")

o

EMBAIXADOR


4'~Reunião SETEMBRO

REVISAO A finalidade desta reunião é teslar o aproveitamento da Embaixada durante o trimestre. Através de per,guntas formuladas aos Consulados, o Conselheiro saberá da assimilação que os Embaixadores fizeram das 1

lições.

Para maior efeito, pode-se fazer um torneio entre os consulados. O que tiver o maior número de respostas certas será o vencedor. Damos a seguir, algumas das perguntas que poderão ser feitas:

3.

4. 5. 6.

O PASTOR DOS XERENTES. 1.

o

2.

Em que denominação protestante foi êle criado '? Qual foi Sua primeira refeição entre os índios? Como foi confirmada a sua chamada para o trabalho entre os índios? Quais são as aldeias em que o "pastor dos xerentes" trabalha? Qual o trabalho que sua espôsa realiza com os índios?

UMA GRANDE OBRA: 1.

2. 3.

Há quantos anos foi organizada aJunta de Missões Na-

cionais? Quem é o missionário entre os judeus? Como se deu sua conversão?

4.

Quando foi organizada

·S.

Igreja Batista Judaica em São Paulo? Quem foi o primeiro missio-

a l:;t

nário no pórto de Santos? ~ 6.

Quem está atualmen te neste setor?

lJlVIA LUZ EM MARITUBA: 1. 2.

Qual o nome do pastor que trabalha em Marituba ? Qual a data da sua ordenação ao pastorado?

:.3~ TRIMESTRE

DE

1969

O templo por êle erigido é chamado de Tabernáculo ou Tenda? Certo ou errado: pastor Davi Gomes foi o orador da inauguração. Qual o nome de sua espôsa? Quais são as três atividades que José Júlio desempenha em Mari tuba?

3. 4.

5.

6.

"pastor

MARCHANDO 1.

2.

dos Xerentes"

é

COM DEUS:

Segundo a declaração da autora da lição, qual a missão do Embaixador do Rei? Quem disse que "minha esperança fundada na Palavra de Deus permanecerá sôhre 39


3.

4. 5.

6.

todos os obsláculos e triunfará"? Qual a finalidade da marcha com Deus? Qual a diferença entre ambulatório e díspensárío ? Qual foi a primeira enfermeira a marchar para o sertão? Precisa Deus de nós para a marcha pela salvação do Brasil ?

PRECISAMOS 1.

2.

3. 4. 5.

6.

VOCÊ) UM MISSIONARIO 1.

Quando a Junta de Missões Nacionais foi criada?

2.

Qual foi o primeiro lugar em que a Junta abriu trabalho?

3.

Qual foi a primeira Junta?

4.

Quanto tempo o pastor Alexandre G. Silva trabalhou no sertão?

5.

O que dizia o telegrama que Salomão Ginsburg passou ac pastor Alexandre?

6.

Quais são as duas igrejas que mais experimentaram a ação do pastor Alexandre?

DE VOCÊ\:

Cinco prof'essôres estão fazendo a obra em Ibotirama. Êsse número basta ou são precisos mais? O que aconteceu com o Ambulatório em Cantinho da Ribeira? Quantos rapazes a JMN tem no campo? Quantos missionários a Junta possui no Amazonas? Quantas tribos já foram alcançadas por nós?

A Junta precisa de mais obreiros ou os que tem já bastam '!

sede da

Importante: essas perguntas são apenas algumas das que podem ser formuladas. O Conselheiro deve extrair outras mais das lições.

A TENÇAO, EMBAIXADOR!

Adquira a sua

CARTEIRA I

DE

IDENTIDADE

-

dos Embaixadores do Rei. Solicite formulário especial a: Divisão de Embaixadores do Rei Rua Paulo Fernandes, 24 - Rio ou zc.oo Caixa Postal, 320 Rio - GB. 40

o

GB.

EMBAIXADOR


LIÇOES SIMPLIFICADAS

Damos a seguir, a simplificação das lições apresentadas. Esta seção visa transmitir aos mirins (9-11 anos), os ensinamentos dos programas, numa linguagem mais simples para a sua idade. Os "caçulas" devem se utilizar dêstes resumos, obedecendo orientação do Conselheiro. 3~

TRIMESTRE

DE

1969

41


UMA GRANDE Muitos homens maus têm procurado impedir o trabalho de Deus. Fazem tudo contra os crentes, mas é sempre inútil. A obra de Deus nunca pára. Deus sempre ajuda o seu povo. Na história da Junta de Missões Nacionais, há relato de grandes lutas. Muitas vezes, Satanás tentou impedir o progresso, mas falhou. E a Junta seguiu, anunciando o Evangelho. Hoje, veremos alguns aspectos dêsse trabalho. ANUNCIANDO AOS JUDEUS 1.

O EVANGELHO

O Missionário Entre deus

os Ju-

OBRA

Pastor Marcos vem fazendo -a obra entre seus irmãos, com grandes resultados. 2. A Primeira Igreja Batista Judaica em São Paulo. No dia 1.o de janeiro de 1.963, na casa do missionário, foi organizada a Primeira- Igreja Batista Judaica em São Paulo. A cerimônia foi muito alegre. Iniciou-se às 15 horas e foi até às 23 horas. Havia muita gente e muitos pastôres também. Como êles estavam contentes r Durante centenas de anos procuraram o Messias. Haviam encontrado t Ainda nesta igr'eja, houve o episódio do casal Armoni, judeus húngaros. Sofreram muito durante a guerra. Passaram muito tempo em campos de concentração. O sofrimento foi tão grande, que chegaram a descrer de Deus. Urna noite, após muito conversar sôbre Jesus com o pastor Marcos Golfan, o DI'. Armoni disse que agora sabia claramente porque Jesus veio. Pouco depois, ele e a espôsa foram batizados.

o pastor Marcos Golfan nasceu na Tcheco-Eslováquia, numa família israelita ortodoxa. Estava estudando para ser rabino, depois' de se ter formado em agronomia. Lendo textos sôbre o Messias, começou a angustiar-se, procurando-o. Chegou até a sonhar. Um dia, ouviu um missionário inglês falar do plano de salvação. Recebeu dêle um Nóvo Testamento e pouco depois, veio a conversão. Foi: muito perseguido por ser crente, mas sempre resistiu. Após casar-se com Tâmara Casilov, foi trabalhar em Israel, onde auxiliou o missionário entre os judeus. Veio depois para o Brasil. Agora, trabalhando com a Junta de Missões Nacionais, realiza cultos duas vêzes por sernaria ern sua pró-

O primeiro missionário que a Junta teve trabalhando nos portos, foi Enésio Coelho. Visitava 80 navios por mês e distribuía centenas. de folhetos e evangelhos em' poucos minutos, além de dar uma pa-

pria casa, evangeliza pessoalmente

lavra pessoal a cada um. Morreu

nas casas,e lojas e prega ao ar-livre .

com apenas dois anos de serviço.

./

42

ANUNCIANDO O EVANGELHO AOS PORTUÁRIOS

o

EMBAIXADOR


Atualmente é o irmão Ernesto .Francini quem representa a Junta neste setor. Evangeliza os portuá:rios, viajantes, moradores próximos ao cais, junto aos jornais, hospitais, passagens de túneis, elevadores, etc. Falta apenas uma licença para sua entrada nos navios. Quando isso :acontecer, o seu trabalho será mais amplo. E muitas pessoas mais, receberão a mensagem que os levara ao pôr to celeste.

TERMINANDO: Como foi dito no princípio, a obra de Deus não pode parar. A evangelrzaçâo dos judeus e portuários é uma grande obra. Não podemos parar. Ajude-nos com suas orações. Interceda junto a Deus para que portos sejam abertos, moços se dediquem ao trabalho e almas se entreguem a Jesus. Contamos com. você.

UMA LUZ EM MARITUBA Uma colônia de leprosos é uma pequena cidade. Há hospitais, igrejas, lojas, clubes, cadeias e escolas. Para lá vão as pessoas atacadas de lepra, porque. não podem viver COlTl outras pessoas. Algumas ficam lá para o resto da vida. E é numa colônia dessas, chamada Marituha, que temos o nosso missionário pastor José Júlio da Silva Júnior. Conheçamos a sua vida.

A DOENÇA DE JOSÉ JúLIO

o

PRINCíPIO

DA OBRA

Mas êste môço não se abalou. 1st; não foi o seu fim. Foi o princípio. Um dia depois de chegar a Marituba, organizou um Grupo Escolar que dirigiu até 1946. Depois começou o trabalho como evangelista. Em 1949, construindo-se o templo, José Júlio foi ordenado pastor. E a obra queêle vem fazendo, só a eternidade revelará. O templo foi chamado de Tabernáculo. O orador da ocasião foi o pastor L. M. Bratchcr.

Marituba fica no Pará. Foi lá que José Júlio chegou há 25 anos. Era crente desde garôto, membro da 1~· Igreja Batista de Belém. Muito trabalhador na igreja, Júlio é uma prova de que quando Deus chama, utiliza-se de vários recursos. Nosso herói ficou doente. Contraiu a lepra e teve de ir para Marituba. Todo mundo pensou que era o fim. Sonhos e planos acabados. 3~ TRIMESTRE

DE

1969

O que parecia ser o fim de uma carreira, foi o comêço de um grande trabalho. Muitas almas têm sido salvas. A COMPANHEIRA PASTORAL No Instrtuto Carlos Gomes, uma jovem cheia de planos, tocava e sonhava. Vivia feliz. Um 01a, ficou 43


leprosa também e foi para Marituba. Desesperada, queria se matar. Aconselhada, foi ouvir o -pastor José Júlio pregar. E nesta ocasião, encontrou Jesus. COIUJesus, veio a paz, doce e suave paz. Casou-se com José Júlio pouco tempo depois. Dona Carmem tem procurado ser a companheira ideal, apesar de suas limitações causadas pela doença. A SUa paciência, sua fé e o profundo amor a Cristo têm levado muitas almas ao Salvador. D. Carmem não pode mais tocar o piano, rnas alegra-se COIUas IUÚsicas. Há uma canção no seu coração, ligando-a a Jesus, o doce e bom Jesus.

o CRESCIMENTO

DA OBRA

Pouco depois, O casal organizou um ambulatório, onde dona Carmem aviava as receitas. O ambulatório, atualmente funciona nas dependências do Tabernáculo. Cuida de mais ou menos 30 pessoas por dia. Além de dirigir a igreja e o ambulatório, o pastor José Júlio foi

TENHA

ORGULHO

escolhido pela administração para ser prefeito da colônia. Ele supervisiona a alimentação, Iimpeza, barbearia, alfaiataria, lavanderia e cuida de tudo para que os internos

estejam bem. Se você desejar ver a relação do material que é gasto num mês, veja na página 15 e compreenderá como o trabalho é grande.

TERMINANDO

o

trabalho é impressionante, não é? A 1:;t Igreja Batista de Belém envia doces e brinquedos para as crianças que lá estão. Os Embaixadores também podem fazer isso. Quem sabe? Serra uma atitude muite. bonita. Não se esqueça de orar por êste trabalho. Participe com seu amor, orando e contribuindo para a manutenção do trabalho entre os leprosos. Assim, a luz continuará a brilhar em Marituba.

DE SER EMBAIXADOR

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BATISTA o

EMBAIXADOR


o

PASTOR DOS XERENTES

, Um grupo de índios, 'um dia, foi à sede da Junta de Missões Nacionais. Fêz um doloroso apêlo. Queria médico e professôra. Os Índios estão morrendo aos poucos, sem socorro médico. Os civilizados lhes deixaram os vícios e doenças como herança. Foram afastados para longe da caça, o que os prejudicou muito. O índio está desaparecendo. E desaparecendo sem Cristo no coração. Há alguém, entretanto, que está entre os índios, levando-lhes a mensagem de Cristo. Conheçamos a sua história. A história de Guinter Carlos Criguer. DO NASCIMENTO

À

CONVERSÃO

O futuro "pastor dos xerentes" nasceu em 1938, em Blumenau, Santa Calarina.Foi criado na Igreja Luterana. Aos 14 anos, aprendeu o ofício de relojoeiro, o que o levou para São Paulo aos 18 anos, para trabalhar numa relojoaria. Cornpr ou urnu Bíblia e começou a le-Ia. No domingo foi a uma i'gre-

ja luterana. Tocado pelo sermão, começou a estudar o plano de salvação. E foi no quarto de pensão rn es.mo, que aceitou a Cristo. Mudou de emprego e residência. Estudou depois no Instituto Peníel, em Jacutinga (MG), colégio que prepara para o trabalho com os Índios. A CHAMADA

Em setembro

PARA

O CAMPO

de 1958, o pastor

Guinter foi para junto dos índios, 3~

TRIMESTRE

DE

1969

fazer um estágio. Teria de caminhar 12 quilômetros sôbre um burro. Depois de muito andar, ouvindo palavras contra os Índios, chegou à aldeia. Sua primeira refeiçào: cozido de inhame num prato furado. Ficou tão triste com o que viu! Miséria, ignorância, doenças, fome! Depois de muitos dias, chegou-se urn Índio até ele. Há bastante tempo que o pastor Gu intcr pedia a Deus: "Dá-me um índio para Cristo". Seria o sinal de que Deus o queria ali. Perguntou ao índio: "Você quer aceitar a Cris to ?". O índio respondeu: "Hoje eu quero". É difícil para um índio dar essa resposta. E êle estava sendo sincero. Depois vieram mais cinco, para aceitar Jesus. Outro veio e disse: - Não quero saber mais de coisas do diabo. Diabo não quer bem a nós. Assim, o pastor Guinter teve sua chamada confirmada.

o

PROSSEGUIMENTO MINISTÉRIO

DO

Em 1959, o pastor Guinter foi nomeado para trabalhar entre os xerentes. Está nas aldeias de Baixa Funda e do Sono. Um dia, um índio queria matar outro. O pastor tentou fazer com' que êle esquecesse a idéia. Mas o índio disse que não. Já tinha brigado muito, matou outros, foi ferido e ainda estava vivo. Então, o pastor Guinter lhe disse que se êle estava vivo era pela bondade de Jesus. Êle o amava e queria salvá-lo. O índio mudou por completo: 45


- Eu ficá rnuito satisfeito sabê que Jesus qué bem eu.

em

O filho mais velho, Orlando Luís, quando foi pela primeira vez a uma

tribo, limitou-se a sorrir para todos,

E assim, muitos outros casos. Os índios o. chamam de "amigo". Estimam-no. muito.

fazendo amigos. Cada um trabalhando

os

TERMINANDO

"AUXILIARES" DOS XERENTES

DO PASTOR

Em 1960, o. pastor Guinter casou-se com Wanda Braidotti, Ela deixou tudo. para acompanhar o marido. Tern sofrido com a falta de confôrto, mas está contente, Está fazendo uma grande obra. Conta histórias para os índios, em língua xerente, cuida da casa e dos três filhos.

MARCHANDO Nós, Embaixadores do Rei, temos uma grande responsabilidade: levar a Inensagel11. de salvação por Cristo a muitas pessoas. Devemos marchar COIll coragem, sabendo que Deus abençoa aquêles que acei-

tam suas ordens. Guilherme Carey, o. Pai das Missões Modernas, escreveu estas palavras: "apesar de tudo, Deus está comigo. Sua palavra a Verdade segura. E ainda que as superstições do.paganismo. fôssem mil vêzes piores e que eu fôsse abandonado pelos meus e perseguido por todos, minha esperança fundada na Palavra de Deus.r permanecerá sôbre todos os obstáculos e triunfará e eu sairei destas angústias qual ouro. purificado pelo. fogo.". 'é

46

como pode.

Não é um trabalho bonito? E nós? O que poderemos fazer? Você não quer participar de alguma maneira? Há dezenas de tribos

sem missionários. O pastor dos xerentes sente-se feliz, muito feliz, pelo trabalho. que realiza. Você também pode ter êste galardão.

COM A FINALIDADE

DEUS DA MARCHA

Quase todos nós gostamos das grandes paradas militares. O estudante no dia 7 de setembro, desfila com o objetivo de homenagear a pátria, no dia da sua independência. Mas, a marcha do Embaixador é diferente: é em direçâo ao pecado e visa buscar e salvar os perdidos. A finalidade da marcha é levar a cada brasileiro a mensagem salvadora de Jesus Cristo. COMO MARCHAR Há muitas m~neü~as de marchar. presente lição marcharemos com os ambulatórios e dispensários.

1\'a

O. EMBAIXADOR


Ambulatório é uma pequena enfermaria fixa para curativos, primeiros ·socorros e pequenas operações. Dispensário é um estabelecimento de beneficência onde se dão gratuitamente cuidados e medicamentos aos pobres que podem ser tra-

tados em casa. Entre os dispensários podemos citar Araguaina, Araguatins, Babaçulândía, Ipupíara, Itacajá, J aparatuba, Marabá e Natividade. Nos lugares onde os médicos não vão, aí estão os nossos míssíonários, levando remédio para o corpo C salvação para a alma.

Eis alguns testemunhos de missionários: Assim escreve o pastor Joaquim Lopes .de Leão: "índios estão morrendo de febre, tuberculose, anemia

e hidropisia, por falta de medicamentos. Ore por nós". A enfermeira Vitória Suris nos diz o seguinle: "Este mês atendemos três rapazes cortados. Tentei fazer com que fôssem para um lugar onde houvesse médico, mas não quiseram. Assim continuei a tratar dêles. Dois foram para casa na semana passada, quase bons. A proveitei a oportunidade e falei-Ihes do amor de Deus". TERMINANDO

OS QUE

MARCHARAM

A primeira enfermeira a marchar foi a irmã Sarah Cavalcanti, hoje aposentada. Seguiu para o sertão em 1938.

PRECISAMOS Paulo, no caminho

quando

encontrou

de Damasco,

Jesus, pergun-

tou: - Senhor, que queres que faça? O salmista, pensando nas bênçãos de Deus, perguntou: - Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios? Estas perguntas também são nossas. Há o desejo de fazer alguma coisa para Deus, de trabalhar para Êlc, quando pensamos no que Êle fêz por nós. 3?

TRIMESTRE

DE

1969

O sertão necessi ta de médicos e enfermeiros crentes, consagrados. Deus precisa de nós, Embaixadores, para marchar em busca das ovelhas perdidas.

DE VOCE A Junta de :Vlissões tem procurado levar ó Evangelho a outras pessoas, para que sintam a mesma alegria. Por isso, precisa de você. PRECISAMOS

DE SUAS

ORAÇõES Precisamos de muitos prof'essôres nos nossos institutos teológicos. . Os professôres são' poucos e ficam sobrecarrega dos. Nas nossas escolas prirnári'as, há 47


prof'essôras dando cinco turnos de aula. Isto é demais. Numa cidade, o ambulatório foi fechado para que a enfermeira pudesse tomar conta da escola e da igreja. Falta muita gente para trabalhar. Temos 80 môças e somente 6 rapazes nos campos. O que há com os Embaixadores que não se apresen-

PRECISAMOS

- tam para o trabalho? Ore para que os jovens se apr esentern para o trabalho. Ore para que Deus abra as portas para o traba lho em m u i Los lugares. Pata que haja recursos e para que almas aceitem a Cristo como Salvador. PRECISAMOS DE SUA CONTRIBUIÇÃO Já sabemos das necessidades dos índios, dos ambulatórios. A Junta gasta milhares-e milhares de folhetos por dia. Os ambulatórios precisam de remédios. O custo de vida cresce. Depois de tudo isso, você pode calcular como a Junta de Missões Nacionais precisa de dinheiro. Há uma prof'essôra que preparava comida para um aluno cujo pai estava desempregado. A pobreza é muito grande, no sertão. Você pode contribuir. Pode 111andar ofertas em dinheiro, em material, em roupas e remédios. Precisamos de sua contribuição.

V<;>cê,um

DE VOCE

A Junta de Missões Nacionais precisa de mais missionários. Somos 80.000. 000 ~le brasileiros para ouvir o Evangelho. No Amazonas, o maior estado do Brasil, não temos um missionário. Das dezenas de tribos brasileiras, estamos trabalhando em apenas três. Muitos obreiros estão se cansando e precisam ser substituídos. Quem irá para o lugar dêles? A Jun ta precisa de um médico para trabalhar no sertão. Como há necessidade- de um! Deus precisa de jovens que queiram salvar o Brasil. Precisa de missionários que trabalhem j unto aos judeus, aos italianos, japonêses e outros. Precisamos de você para poder salvar o Brasil. TERMINANDO Como Embaixador do Rei, você precisa ter uma vida de serviço. Se Deus precisa tanto de você, creio que você não deixará de atendê-Ia. Deus precisa de moços que queiram trabalhar, submissos a Êle. Grandes coisas serão feitas, então.

Entregue a sua vida a Deus para o trabalho

missionário.

Missionário

Devido ao caráter do programa, sugerimos que a reunião seja feita em conjunto ou que os mirins usem o 111eSmOtexto da página 37. 7'

48

o

EMBAIXADOR


ÁLBUM

MISSIONÁRIO

Lewis Malen

Bratcher

L. M. Bratcher nasceu em 6 de novembro de 1888, num sitio próximo da cidade de Black Block, no Kentucky. Aos 15 anos se converte e aos 18 sente a chamada de Deus para o ministério. Sua família dispunha de poucos recursos e não lhe foi fácil estudar. Ingressou no Georgetown ColJege e se formou. Durante seus estudos, após uma competição esportiva, Bratcher encontrou o saudoso missionário A. B. Deter e dêle se fêz amigo. Através dêsse encontro tomou conhecimento do Brasil, suas oportunidades e suas necessidades. E foi então que nasceu em seu coração o desejo de ser missionário no Brasil. Casou-se com Artie Amanda Porter e foi. morar no Seminário de Louisville, onde recebeu os graus de Mestre em Teologia, (917) e Doutor em Teologia (1918), Agora chegou a hora de trabalhar. E o Brasil foi O país privilegiado ao receber, em 5 de fevereiro de 1919, um dos mais apaixonados obreiros estrangeiros pela obra nacional. Começou no Brasil como educador, dirigindo o Colégio Batista Fluminense, em Campos. Seu primeiro período de trabalho terminou em 1923, quando teve férias e foi passá-Ias em sua terra. De volta em 1925, animado por S. L. Ginsburg, resolveu fazer uma viagem pelo sertão. Seu ideal era abrir uma nova frente de trabalho no Estado de Goiás, entretanto, acometido de ímpaludísmo teve que recuar sob a ameaça da morte. Além disso, surgiram dificuldades de caráter admmistratívo. Os meios de transporte eram precários. Mesmo assim, Bratcher conseguiu chegar a várias cidades do Brasil. Recuperada novamente sua saúde, a Junta de Missões Nacionais teve em seu têrço renovado o nome de Bratcher e logo depois era êle eleito Secretário Correspondente e Tesoureiro da Junta. De 1926 até 1953, Bratcher fêz vibrar o coração dos batistas brasileiros quando falava sõbre Missões, Através de sermões, artigos, livros e folhetos transmitia o seu entusiasmo. Havia uma certa descrença com rela=ão à Junta de Missões Nacionais, da parte dos batistas brasileiros, que achavam sendo ela fundada em 1907, pouca coisa havia crescido. Bratcher venceu êsse ceticismo com sua visão, persistência e paixão missionária. "A pouco e pouco todos começaram a. perceber que algo de extraordinário estava acontecendo." Os seus apelos achavam resposta nos corações dos jovens que deixavam seus lares e entravam a trabalhar com êle, depositando suas vidas no altar do Senhor para que êle as usasse. Foi então que surgiram as muí conhecidas Lidia-de Castro, MarcoJina Magalhães, Amínadab Coutinho e Beatriz Silva. . . Bratcher empolgava-se com o plano de expansão nos grandes vales. Durante 14 anos se bateu com a idéia fixa de atingir os vales do Araguaía, Tocantins e S. Francisco. :l;:sseera seu alvo e seu sonho. Os obreiros seguiam, um após outro. Em 16 de dezembro de 1953, Deus o chamou à SUa presença, mas o seu sonho já era um sonho da Junta. As suas idéias já estavam lançadas e enraizadas nos corações dos quevnrosseguírram a SU9. marcha de conquista do sertão brasileiro. "Ao Brasil deu a vida-e assxn foi justo que aqui morresse, naquela manhã morna de 1953",


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