Cultura Corporal na Educação Infantil: Possibilidades Didáticas

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Ana Claudia da Silva Pereira Fernanda Rossi

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Ana Claudia da Silva Pereira Fernanda Rossi

Ilustrações por:

Emanoel Barbosa dos Santos

Faculdade de Ciências – Campus de Bauru


Pereira, Ana Claudia da Silva. Cultura Corporal na Educação Infantil : possibilidades didáticas [recurso eletrônico] / Ana Claudia da Silva Pereira, Fernanda Rossi. Bauru : UNESP/FC, 2020 82 p. : il.

ISBN 978-65-86498-01-1

Inclui bibliografia 1. Educação Infantil. 2. Proposta Pedagógica. 3. Cultura Corporal. I. Pereira, Ana Claudia da Silva. II. Rossi, Fernanda. III. Título.


Ana Claudia da Silva Pereira

Graduada em Psicologia pela Universidade do Sagrado Coração e Pedagogia pela Universidade Nove de Julho. Mestre em Docência para a Educação Básica pela UNESP Bauru. Atua como Especialista em Gestão Escolar – Diretora de Escola de Educação Infantil no Sistema Municipal de Ensino de Bauru-SP. É membro do Grupo de Pesquisa Infância e Educação Infantil: Políticas e Programas (GEI-UNESP). E-mail: anaclaudia@bauru.sp.gov.br

Professora Assistente Doutora do Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da UNESP Bauru. Graduada em Licenciatura em Educação Física pela UNESP Bauru e mestre e doutora em Ciências da Motricidade pela UNESP Rio Claro. Vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Históricas, Sociológicas e Pedagógicas em Educação Física. E-mail: fernanda.rossi@unesp.br

Fernanda Rossi


Apresentação

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .................................................................................08

O Ensino e a Aprendizagem na Educação Infantil .................................10 Cultura Corporal na Educação Infantil: Diálogos e Práticas ................12 Uma palavra sobre Avaliação na Educação Infantil ................................16 PARTE I

O Trabalho Pedagógico com Bebês .....................................19

Pequenos Artistas . . . . . . . . . . . . ....................................................................................22 Caixas Mágicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................................................24 Rosto Divertido . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................................................26 Piquenique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....................................................................................27 Equilibrista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....................................................................................29 Bateria Humana . . . . . . . . . . . . . . ...................................................................................30 Banho Brincante . . . . . . . . . . . . . ....................................................................................31 Pula-Pula Divertido . . . . . . . ...................................................................................33 Você e Eu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..................................................................................34 Pega-Pega . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................................................36 Cama de Gato . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................................................37 Relaxamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................................................39 Tapete Sensitivo . . . . . . . . . . . . ..................................................................................40 Águas Coloridas . . . . . . . . . . . . ...................................................................................42 Come-Come . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................................................................43 Mundo Encantado . . . . . . . . ..................................................................................44


PARTE II

O Trabalho Pedagógico com Crianças Pequenas ......................................................................47

Teia de Aranha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Estátua ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Como Sou? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..................................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Mamãe/Papai Polenta . . . . . . . . . . . . . . . ............................................................ . . . . . . . . . . . . . 55 Cai Chuvinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................................................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Jaula do Leão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .................................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Tampinhas Movediças . . . . . . . . . . . . . . . . .................................. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Animal na Roda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Caixa Surpresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........................................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Desafio do Jornal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......................................................... . . . . . . . . . . . . . 66 Mão de Pé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Corpo que Fala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................................................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Faz-de-Conta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......................................................................70 Sr. Bigode . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................................................................. . . . . . . . 71 Desenhos Divertidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......................................................................72 Siri ........... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .................................................. . . . . . . . . . . . . . . . . ..74 Escravos de Jó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Teatro Musical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Saltando o Feijão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Acompanhe meus Pés . . . . . . . . . . . . . . ............................................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Referências

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Brincar e movimentar-se faz parte do ser criança. O livro Cultura Corporal na Educação Infantil: possibilidades didáticas tem o objetivo de propiciar às crianças a apropriação e ampliação do repertório da Cultura Corporal, por meio de experiências corporais mediadas pela ludicidade, expressão de gestos e fruição artística e estética do brincar, desenvolvendo o conhecimento de si, a percepção sensorial, o domínio consciente de seu corpo, as possibilidades de movimentar-se, o vínculo afetivo, a curiosidade, a criatividade e a imaginação.

Bauru-SP como base e referência. Acreditamos que a escola é responsável pela socialização dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos produzidos pela humanidade (SAVIANI, 2011) e que o desenvolvimento humano é um processo cultural e socialmente mediado e, portanto, a educação tem um papel condutor no desenvolvimento infantil, tendo o professor como principal mediador desses conhecimentos (VIGOTSKI; LURIA; LEONTIEV, 2010). Diante do exposto, buscamos subsidiar as interações e ações pedagógicas do(a) professor(a) de Educação Infantil e do(a) auxiliar de creche na área de conhecimento da Cultura Corporal. Para isto, organizamos o livro em duas partes, de acordo com a faixa etária das crianças, embora as atividades possam ser reelaboradas para atender ambas as idades, de acordo com o desenvolvimento e aprendizagem das crianças e o contexto educativo:

A construção deste material contou com a importante contribuição de professoras e auxiliares de creche que atuam na Educação Infantil no município de Bauru-SP com crianças de zero a três anos, durante a pesquisa realizada no mestrado profissional. PEREIRA, A. C. S. Diálogos e práticas com a Cultura Corporal na Educação Infantil: crianças de zero a três anos. Orientadora: Fernanda Rossi. 2020. 226f. Dissertação (Mestrado em Docência para a Educação Básica) – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista. Bauru, 2020.

Na Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino de Bauru-SP não há professores(as) de Educação Física e Arte. Portanto, a área de conhecimento da Cultura Corporal é de responsabilidade do(a) Pedagogo(a).

Para a elaboração das proposições de ensino deste livro apoiamo-nos em estudos da infância e da Cultura Corporal, bem como na Pedagogia Histórico-Crítica de Demerval Saviani e na Psicologia Histórico-Cultural de Lev S. Vigotski, tendo a Proposta Pedagógica para a Educação Infantil do município de

No município de Bauru as auxiliares de creche são responsáveis pelo atendimento às crianças do berçário (turma mista: Infantil e Infantil I), pois não há professor(a) nesta turma.

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Parte I: O trabalho pedagógico com bebês – para crianças de zero a um ano e sete meses.

Brincadeiras de destrezas e desafios corporais; Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas, e um eixo elaborado pelas autoras: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Parte II: O trabalho pedagógico com crianças pequenas – para crianças a partir de um ano e oito meses a dois anos e sete meses.

As fotos que ilustram este material são do arquivo pessoal das autoras e os responsáveis pelas crianças autorizaram o registro e a divulgação das imagens destes processos de ensino e aprendizagem. Agradecemos as crianças, os responsáveis e as professoras e auxiliares de creche pela participação neste trabalho que possibilitou a ilustração e contribuiu para uma melhor compreensão das interações e ações pedagógicas realizadas por meio das brincadeiras com a Cultura Corporal neste livro.

Especificamente para os bebês (zero a um ano e sete meses) a Proposta Pedagógica para a Educação Infantil do município de Bauru não contempla conteúdos, portanto este material educacional também busca fomentar a fundamentação teórica, as possibilidades de conteúdos e formas de organização de interações e ações pedagógicas, relacionadas à Cultura Corporal, para este público. No Sistema Municipal de Bauru as crianças com idades entre quatro meses e um ano e sete meses equivale à turma mista, dividida em Infantil (4 a 11 meses) e Infantil I (1 ano a 1 ano e 7 meses).

O repertório contido aqui não deve ser tomado como modelo, mas pensado como possibilidade de mediação de conhecimentos teóricopráticos, contribuindo para uma educação de qualidade que proporcione desenvolvimento e aprendizagem aos bebês e crianças pequenas. O(a) professor(a) poderá a partir das atividades propostas criar suas próprias brincadeiras. Também poderão adequá-las de acordo com sua disponibilidade e contexto educativo.

Consideramos crianças pequenas neste livro aquelas que estão na faixa etária de 2 a 3 anos de idade. No Sistema Municipal de Bauru as crianças com idades entre um ano e oito meses e dois anos e sete meses equivalem à turma Infantil II.

As propostas de interação/ação pedagógica estão estruturadas com título, faixa etária, eixo dos conteúdos, objetivos, conteúdos, espaço físico, recursos, desenvolvimento da ação e tempo estimado de duração. Ainda, informações adicionais são apresentadas quando pertinente.

Convidamos os leitores e as leitoras ao estudo e à pesquisa sobre a Cultura Corporal na Educação Infantil por meio deste material, concebido com o propósito de impulsionar e colaborar com a atuação dos(as) profissionais da Educação Infantil e com a formação dos bebês e das crianças pequenas.

As brincadeiras contemplaram quatro eixos de conteúdos, sendo três deles extraídos da Proposta Pedagógica para a Educação Infantil do município de Bauru-SP, a saber: Brincadeiras de situações opositivas;

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A Educação Infantil, como primeira etapa da educação básica brasileira, prima pelo ensino de qualidade a todas as crianças na faixa etária de zero a cinco anos de idade.

de forma intencional e científica); forma (o modo como é ensinado); e o destinatário (para quem é ensinado), considerando toda a especificidade desta etapa educacional, a fim de promover o desenvolvimento da criança em suas máximas possibilidades (SAVIANI, 2011).

De acordo com Garanhani e Nadolny (2011, p. 65) a escola da pequena infância proporciona desenvolvimento e aprendizagem pela mediação do “conhecimento culturalmente construído e traduzido em diferentes formas de linguagem (oral, corporal, musical, gráficopictórica e plástica)”.

Na Educação Infantil, a aprendizagem ocorre pelo brincar que, segundo Garanhani e Nadolny (2011 p. 66), “oferece à criança condições de se desenvolver e se apropriar de elementos da realidade por meio da compreensão dos seus significados”. Ideia também defendida por Ayoub (2001), Ehrenberg (2014) e Kishimoto (2010) que afirmam a importância do brincar na organização curricular desta etapa da educação básica.

A mediação é necessária para apresentar os elementos da cultura humana, portanto o professor empresta o olhar, a voz e o corpo à criança, demonstrando por excelência, que a apropriação da cultura tem um caráter educativo (BAURU, 2016).

Pelo brincar as crianças aprendem e se desenvolvem. A ludicidade é de suma importância para o desenvolvimento e a aprendizagem infantil. De acordo com NistaPiccolo e Moreira (2012, p. 68) “a ludicidade deve permear as propostas, alinhavando os conteúdos e até mesmo a mediação do professor”. De acordo com os autores, devem ser oferecidas às crianças “atividades adequadas à sua compreensão, interesse e e expectativas, e que ao mesmo tempo proporcionem prazer no momento em que são vivenciadas”.

As atividades oferecidas na escola proporcionam à criança novas aprendizagens, de modo que desenvolva habilidades e capacidades mediante a apropriação do conhecimento. Portanto, não é qualquer atividade que faz com que a criança aprenda e se desenvolva, mas aquela intencionalmente planejada pelo adulto que desperte nela novas ações e operações (LEONTIEV, 1978). No processo de ensinar na Educação Infantil deve-se considerar a tríade conteúdo-formadestinatário, ou seja, conteúdo (o que é ensinado

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atividade objetal manipulatória. Neste período do desenvolvimento é de fundamental importância para a criança a relação que ela estabelece com os objetos que lhe são apresentados pelos adultos (BAURU, 2016).

Leontiev (2010) ao falar sobre a atividade principal da criança nos explica que para cada faixa etária há uma atividade guia dominante.

“A atividade dominante é aquela responsável pela formação e reorganização dos processos psíquicos centrais de um dado período do desenvolvimento” (BAURU, 2016, p. 103).

A criança de zero a três anos se relaciona alternadamente com o “mundo das pessoas” e o “mundo das coisas” (BAURU, 2016, p. 114). Portanto, a atuação de professores e outros profissionais que assumem a função de mediador dos processos educativos, na escola de Educação Infantil, é de extrema importância para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, visando sua formação plena e em suas máximas possibilidades.

No primeiro ano de vida a atividade dominante da criança é a comunicação emocional direta com o adulto, portanto a relação adulto-social e criança é fundamental para que a criança se desenvolva. Na primeira infância (um a três anos), a atividade dominante da criança é a

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De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2010), cada instituição de ensino deverá elaborar sua proposta pedagógica respeitando os princípios éticos, estéticos e políticos. Princípios estes que garantam o respeito às pessoas e ao bem comum, o direito à cidadania e à criticidade, à ludicidade, à sensibilidade e à criatividade.

por meio da apropriação de atividades da cultura corporal: as brincadeiras de jogo, de dança e de ginástica, entre outras” (BAURU, 2016, p. 410). Para contemplar tal objetivo a Proposta está organizada em três eixos de conteúdos: Brincadeiras de situações opositivas; Brincadeiras de destrezas e desafios corporais; Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Nos últimos anos, o Sistema de Ensino do município de Bauru-SP voltou sua atenção para a necessidade de repensar a prática pedagógica nas escolas de Educação Infantil e investiu no processo de construção e implementação de uma nova Proposta Pedagógica para a Educação Infantil, a qual foi implementada no ano de 2016 (BAURU, 2016).

A Proposta conta com 723 páginas, divididas em três partes: parte I – Fundamentos teóricos, parte II – Matriz curricular, parte III – Organização do trabalho pedagógico. Foi concebida como uma construção político-pedagógica democrática e participativa entre os profissionais do Sistema Municipal de Ensino envolvidos com a educação: professores, gestores, supervisores, técnicos, entre outros, e a parceria de profissionais da UNESP - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus Bauru, sendo possível avançar significativamente em conhecimentos, fundamentação teórica e novos conteúdos curriculares em todas as áreas de conhecimento. Fundamentou-se na pedagogia histórico-crítica e na psicologia histórico-cultural, tendo como principais teóricos Dermeval Saviani e Lev Vigotski (BAURU, 2016; PASQUALINI, 2018).

Diante da complexidade deste documento, que contempla as áreas de conhecimento: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências da Sociedade, Cultura Corporal, Artes Visuais, Música e Artes Literárias, escolhemos para este material educacional desenvolver reflexões, estudos e propostas de ensino na área de conhecimento da Cultura Corporal.

Os três eixos de conteúdos estão detalhados na Proposta Pedagógica para a Educação Infantil do município de Bauru-SP nas páginas 399-442. Disponível em: https://www2.bauru.sp.gov.br/arquivos/ arquivos_site/sec_educacao/proposta_pedagogica_ educacao_infantil.pdf

O objetivo geral da área de Cultura Corporal, na Proposta Pedagógica de Bauru, consiste em “Ampliar as possibilidades de domínio consciente e voluntário das ações corporais de natureza lúdica, artística e de destreza

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O eixo “Brincadeiras de situações opositivas” tem como objetivo “aceitar a oposição corporal do outro buscando criar ações corporais que superem a oposição do outro e/ou criem uma oposição para o outro” (BAURU, 2016, p. 413). O documento afirma que propor ações corporais opositivas cria nas crianças uma tensão lúdica que impulsiona a busca de soluções para resolver problemas, neste caso, situações de perseguir e fugir; atacar e defender, que irão orientar as ações corporais das crianças. O adulto deve reconhecer o problema, os motivos e objetivos que aparecem nas atividades de Cultura Corporal desse eixo, auxiliando nas resoluções de tais problemas, fazendo com que as crianças percebam outras possibilidades de agir na brincadeira a fim de que solucionem os problemas que a atividade apresenta e, assim, avance em seu desenvolvimento (BAURU, 2016).

O eixo “Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas” tem como objetivo “criar uma dimensão estética e artística com as ações corporais a fim de mostrar uma determinada forma ou imagem com os movimentos corporais” (BAURU, 2016, p. 416). Este eixo permite à criança brincar com seu corpo de forma estética e artística, permitindo ver a beleza que existe em cada movimento corporal, ampliando qualitativa e quantitativamente as ações corporais infantis por meio de suas ações intencionais (BAURU, 2016). Na Educação Infantil as crianças brincam e vão aprendendo sobre suas possibilidades e limites em seus movimentos corporais. Portanto, o trabalho educativo nesta faixa etária deve proporcionar uma riqueza de variedades de experiências com o corpo por meio da ludicidade, garantindo o direito de movimentar-se e o interesse da criança pelo brincar, para que a atividade tenha sentido para ela promovendo seu desenvolvimento e aprendizagem (KISHIMOTO, 2010). Ao analisarmos a área de conhecimento da Cultura Corporal na Proposta Pedagógica para a Educação Infantil do município de Bauru, no processo de elaboração das atividades para bebês e crianças pequenas neste material educacional, notamos a ausência de conteúdos, bem como de orientações didáticas pertinentes a esta faixa etária dos bebês (zero a um ano e sete meses). O eixo “Brincadeiras de situações opositivas”, por exemplo, não contempla atividades pertinentes para os bebês de até um ano, algumas brincadeiras podem começar a ser introduzidas ao final do segundo ano de vida,

O eixo “Brincadeiras de destrezas e desafios corporais” tem como objetivo “aceitar desafiarse corporalmente, buscando novas possibilidades de destrezas para si (metas possíveis)” (BAURU, 2016, p. 415). Este eixo favorece a exploração consciente das possibilidades e limites dos movimentos pelas atividades propostas com as ações corporais, desde a mais simples às mais complexas, por meio da ludicidade. O professor deve propor vivências por meio de jogo, dos brinquedos e do brincar que fazem parte da cultura infantil, inserindo as crianças em atividades que garantam seu interesse e envolvimento para que não resultem em atividades de exercícios monótonos, repetitivos e sem sentido, mas antes que promovam seu desenvolvimento e a conquista do domínio de suas ações corporais (BAURU, 2016).

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porém a criança pequena ainda não dispõe de repertórios de movimentos e ações para participarem ativamente destas brincadeiras.

A percepção sensorial é fundamental no trabalho desenvolvido com as crianças pequenas, pois os bebês conhecem o mundo por meio dos seus cinco sentidos (visão, olfato, paladar, audição e o tato). Como ressalta Magalhães (2011, p. 64), “a cultura historicamente constituída, passa a entrar na vida do indivíduo pelas vias sensitivas e constituirá, dia após dia, o seu psiquismo”.

À luz da literatura estudada para a dissertação de mestrado que deu origem a este produto educacional e da pesquisa de campo que teve por objetivo investigar como ocorrem as interações e ações pedagógicas com as crianças da pequena infância, no desenvolvimento da área de conhecimento da Cultura Corporal na Educação Infantil com crianças de zero a três anos, compreendemos que é possível avançar no conhecimento desta temática ao sugerir um quarto eixo de conteúdos para a área de conhecimento da Cultura Corporal na Educação Infantil: o eixo de “Brincadeiras de percepções sensoriais”.

De acordo com Martins (2009), o bebê responde ao mundo mediante o que capta sensorialmente dele, dirigindo sua atenção às propriedades físicas mais evidentes dos objetos, diferenciando, analisando e discriminando os objetos que lhes são apresentados. Portanto, no primeiro ano de vida, a estimulação sensorial é fundamental e os professores/auxiliares de creche podem criar condições para que os brinquedos e outros objetos estimulantes sejam atrativos e disponíveis para os bebês.

Este eixo – “Brincadeiras de percepções sensoriais” – tem o objetivo de sentir, conhecer e reconhecer o mundo por meio dos cinco órgãos do sentido (visão, audição, olfato, paladar e tato), num movimento constante de apropriação e construção da cultura.

Os bebês conhecem e interagem com o mundo circundante, apreendendo o significado das coisas pelos sentidos do corpo, o que nos motiva a indicação do eixo de conteúdo Brincadeiras de percepções sensoriais para a área de conhecimento da Cultura Corporal. As interações e ações pedagógicas relacionadas neste material foram desenvolvidas na escola em que a professorapesquisadora atua, possibilitando a indissociação teoria e prática na pesquisa e ação com as crianças. O processo ocorreu entre o segundo semestre de 2018 e o segundo semestre de 2019. As vivências foram realizadas com aproximadamente 21 crianças com idades variadas de seis meses a um ano e sete meses, e 18 crianças com idades

Nossas sensações e percepções decorrem do corpo em contato com o mundo, ou seja, “a percepção reúne nossas experiências sensoriais em um mundo único” (MERLEAU-PONTY, 1994, p. 310). Nesse sentido, Kaercher (2001) ao descrever o trabalho com as crianças pequenas de até dois anos, ressalta que é preciso perceber que é por meio dos sentidos que a criança apreende as informações, possibilitando a compreensão do mundo ao seu redor. “Assim, tudo que puder ser cheirado, ouvido, visto, tocado ou saboreado terá uma grande importância” na construção do conhecimento da criança (KAERCHER, 2001, p. 84). 14


tivemos a oportunidade de dialogar com estas profissionais, explicando as brincadeiras e sua fundamentação teórica, bem como ouvindo e buscando soluções para suas dificuldades e necessidades, conforme apresentadas na dissertação de mestrado.

entre um ano e oito meses e dois anos e sete meses. As atividades foram registradas por meio de fotografias e compõem um rico registro do trabalho didático-pedagógico com as crianças. Turma mista Infantil e Infantil I (berçário).

As interações e ações pedagógicas foram associadas a um eixo de conteúdo que se sobressai em relação aos objetivos a serem desenvolvidos, porém entendemos que algumas atividades podem perpassar por mais de um eixo, senão por todos. Lembramos que é desejável que os eixos sejam trabalhados articuladamente. Em uma atividade pode estar presente um, dois ou mais eixos. O professor/ auxiliar de creche estabelece seu objetivo principal, sem fragmentar os conteúdos, dando enfoque ao que quer ensinar naquele momento.

Turma Infantil II.

Ressaltamos que algumas ações foram desenvolvidas com facilidade, entretanto outras exigiram um pouco mais de planejamento e organização em sua execução. O processo de desenvolvimento deste material proporcionou momentos muito ricos de troca de experiência e aprendizado tanto para as crianças quanto para professoras e auxiliares de creche. Para cada atividade realizada com as crianças,

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A avaliação na Educação Infantil não deve ocorrer com o intuito de classificar, promover ou reprovar a criança, mas deve visar o pleno desenvolvimento e aprendizagem desta. Para isso, o professor pode fazer uso de diversos recursos como a observação, registro individual e coletivo, fotografia, filmagem, desenhos, álbuns, portfólios, entre outros (BRASIL, 2010; CAMPANHOLI, 2014; CASCAVEL, 2008).

cada uma delas há uma forma apropriada de ensinar, portanto devemos ter olhar atento para perceber as necessidades da criança e a forma como poderemos potencializar a apropriação dos conhecimentos. Para Hoffmann (1996) a avaliação na Educação Infantil deve levar em conta a diversidade de interesse e experiências das crianças, o interesse do professor, como mediador do conhecimento, em acompanhar essa criança na busca do conhecimento oferecendo-lhe novos desafios e, com isso, investir em um processo avaliativo que proporcione o repensar do fazer pedagógico à procura de novas formas para que a criança aprenda.

Por meio da avaliação pelo instrumento de observação e das diversas formas de registro, o professor pode observar como se dá a interação da criança com seus coetâneos, com o adulto, com os brinquedos e objetos, enfim, com os conteúdos mediados, contemplando uma visão total do desenvolvimento da criança, bem como de suas particularidades individuais (BRASIL, 2013).

O professor e o auxiliar de creche devem socializar com a criança seus avanços e dialogar com elas a respeito de suas dificuldades e suas possibilidades de superação, potencializando o acesso às conquistas em seu desenvolvimento e formação. Não deve jamais focar no que a criança não sabe ou não consegue fazer ainda, mas no seu processo de aquisição do conhecimento, incentivando-a, lembrando que a comparação de seus avanços deve ser feito apenas com ela mesma, nunca com outra criança (BRASIL, 2013; CASCAVEL, 2008).

A avaliação “é um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças”. Ela tem a função de acompanhar, orientar, regular e redirecionar todo o processo de ensino e aprendizagem (BRASIL, 1998, v. 1, p. 59). As impressões registradas por meio da avaliação compõem um rico material para refletir sobre a prática docente e alterar o curso de seu planejamento. Lembramos que toda criança é capaz de aprender, porém para

A avaliação deve acontecer de forma “sistemática e contínua” com o objetivo de melhorar a ação educativa e, também, de 16


informar aos responsáveis quais os avanços que a criança tem alcançado ao frequentar a escola (BRASIL, 2013, p. 60). A avaliação é parte do trabalho pedagógico e deve envolver toda a comunidade escolar. Na Educação Infantil ela está presente em todas as atividades, todos os dias!

Para saber mais: SHORES, E.; GRACE, C. Manual de Portfólio: um guia passo a passo para o professor. Artmed, SP: 2001. Disponível em: https://professoresherois.com.br/wp-content/ uploads/2014/08/MANUAL-DO-PORTF%C3%93LIO-UMGUIA-PASSO-A-PASSO-PARA-O-PROFESSOR.pdf

Hernández (2000) acrescenta que ao elaborar o portfólio com as anotações pessoais, experiência de aula, trabalhos pontuais, representações visuais etc., ficam evidenciadas as estratégias utilizadas na construção do conhecimento, portanto este recurso não é um produto final, mas um documento que acompanha o processo de ensino e aprendizagem da criança.

Para impulsionar as ações avaliativas na Educação Infantil propomos, como uma dentre outras possibilidades, a utilização do portfólio como um instrumento de registro individual das aprendizagens e desenvolvimento da criança. De acordo com Shores e Grace (2001, p. 1), “portfólio é definido como uma coleção de itens que revela, conforme o tempo passa, os diferentes aspectos do crescimento e desenvolvimento de cada criança”. É um material rico, composto com as experiências e vivências das crianças, registrado por meio de fotos e relatórios, e com a intenção de auxiliar na avaliação formativa de ambos, crianças e adultos.

A seguir, apresentamos as interações e ações pedagógicas para bebês e crianças pequenas, organizadas em: Parte I: o trabalho pedagógico com bebês e Parte II: o trabalho pedagógico com crianças pequenas.

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As interações e ações pedagógicas realizadas no berçário devem estimular e provocar o desenvolvimento e aprendizagem ao mesmo tempo em que respeite o ritmo dos bebês/ crianças pequenas. As brincadeiras mediadas podem variar entre brincadeiras calmas e ativas, na área externa e interna da escola, sempre de forma tranquila e sem longos períodos de espera, sendo flexíveis para que os bebês entrem e se afastem do grupo conforme seu interesse (BAURU, 2016).

O primeiro ano de vida do bebê é muito importante para o seu desenvolvimento. As ações exploratórias de seu próprio corpo permitem a ele se conhecer, descobrir limites e avançar para o domínio consciente do movimento. A escola de Educação Infantil é de suma importância neste processo, sendo necessário o planejamento do fazer pedagógico, contemplando o que e como ensinar para as crianças desde a mais tenra idade. Portanto, ressaltamos:

Barbosa e Horn (2001) corroboram com esta ideia ao ressaltar a importância do adulto em observar a criança: como elas brincam, do que gostam de brincar, como as brincadeiras se desenvolvem, quais ambientes preferem, qual seu foco de interesse, quando estão mais calmas ou agitadas, em qual contexto sociocultural se insere a proposta pedagógica da Unidade de Ensino, para que se proponham interações próprias às suas idades. As autoras destacam que “com as crianças bem pequenas, por exemplo, é fundamental observarmos sua linguagem, que se manifesta através dos gestos, olhares, choro.. [.. ] permitindo ricas e variadas interações sociais” (p. 67-68).

[.. ] a importância do planejamento pedagógico desde o ingresso do bebê na escola, estabelecendo de forma clara e consciente objetivos, conteúdos e encaminhamentos metodológicos a partir de uma avaliação das necessidades de aprendizagem, afeto e cuidados dos bebês/crianças (BAURU, 2016, p. 630). O berçário tem uma rotina bem marcante de cuidados diários que envolvem trocas, alimentação, sono e momentos de estimulação, sendo que o planejamento de interações e ações pedagógicas deve ser flexível às necessidades dessa faixa etária (BAURU, 2016).

Vale ressaltar que a atividade guia dominante do bebê, em seu primeiro ano de vida, é a comunicação emocional direta com o adulto, portanto essa comunicação através do colo, olhar, voz, momentos de atenção e afeto irão subsidiar todas as interações e ações

Etapa que compreende as turmas Infantil e Infantil I no Sistema Municipal de Ensino de Bauru.

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pedagógicas no berçário. Essa comunicação é de suma importância, pois tem caráter emocional, ou seja, por meio da comunicação ocorrem trocas de afetos entre a criança e o adulto. “O afeto é o processo central responsável pela unidade entre as funções sensoriais e motoras” (BAURU, 2016, p. 113).

produzam som e que estejam ao alcance de suas mãos, olhos e ouvidos (JUNQUEIRA FILHO; KAERCHER; CUNHA, 1998).

As interações e ações apresentadas a seguir estão articuladas com os eixos de conteúdo: Brincadeiras de situações opositivas; Brincadeiras de destrezas e Corroborando esta ideia, Maturana (2004, p. 32) desafios corporais; Brincadeiras de imitação afirma que “a emoção define a ação”, ou seja, e criação de formas artísticas; e Brincadeiras os bebês se comunicam pela ação e a emoção. de percepções sensoriais, sendo os três As emoções vão ditando as disposições corporais primeiros eixos sugeridos pela Proposta que vão anunciando determinado movimento ou Pedagógica para a Educação Infantil do conduta do bebê. município de Bauru e o quarto elaborado pelas autoras. Ainda, este último recebe um O bebê responde por meio dos movimentos enfoque maior devido à especificidade do corporais à estimulação do adulto. E a partir trabalho pedagógico com bebês. do primeiro ano de vida essa atividade guia vai mudando gradativamente para atividade objetal Entendemos conteúdos, com fundamentação manipulatória, em que o adulto passa a estar em em Libâneo (1994, p. 128), como “o conjunto de segundo plano e os objetos em primeiro plano. conhecimentos, habilidades, modos valorativos No entanto, é o adulto quem vai apresentar e atitudinais de atuação social, organizados e nomear, enfim, intermediar essa nova fase pedagógica e didaticamente tendo em vista a do conhecimento, a relação com os objetos e assimilação ativa e aplicação pelos alunos na seus usos sociais (BAURU, 2016). Os bebês, a sua prática de vida”. princípio, brincam com seu corpo e, à medida que crescem, ampliam a capacidade de perceber Os conteúdos desenvolvidos foram: expressão o mundo por meio das brincadeiras e dos corporal, esquema corporal, higiene corporal, objetos sociais (FELIPE, 1998). percepção sensorial, habilidades motoras, identidade e autonomia, relação interpessoal, Embora o professor e demais adultos tenham equilíbrio, ritmo e coordenação motora global uma grande importância no desenvolvimento e e fina, com o objetivo de proporcionar e aprendizagem da criança, eles não são os únicos estimular o desenvolvimento e a aprendizagem responsáveis, as crianças também aprendem dos bebês, além de subsidiar as interações e e se desenvolvem brincando sozinhas ou com ações pedagógicas do professor de Educação outras crianças. Portanto, na ausência do adulto, Infantil e do auxiliar de creche por intermédio o ambiente deve estar preparado para que a de fundamentação teórico-prática. criança brinque só por sua própria iniciativa ou com seus pares, utilizando brinquedos que não ofereçam risco, que tenham cores vibrantes, que 21


Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivo: Brincar com as cores, tintas e movimentos corporais (engatinhar, rolar, tocar, deslizar) criando uma dimensão estética com o corpo a fim de produzir suas marcas corporais e sua imagem.

engatinhar, rolar; identidade e autonomia. Espaço físico: Pátio, solário ou outro espaço semelhante. Recursos: Papel craft, durex largo, caixas de papelão grande, cola, tesoura, canetão, fotos do rosto e pés dos bebês, tinta creme, corante comestível de várias cores.

Conteúdos: Expressão corporal; esquema corporal; percepção sensorial (tato); habilidades motoras básicas de deslizar,

DESENVOLVIMENTO: 1 a ª Etapa: Para esta etapa será necessário fazer um tapete com aproximadamente oito folhas de papel craft unidos com fita durex largo. Em cima do tapete de papel craft colocar a tinta creme e, em seguida, colocar o bebê sobre a tinta para que ele esparrame-a com o corpo, usando mãos, braços, pernas e pés, enfim, todo o corpo. Enquanto o bebê vai se movimentando adicionar aos poucos o corante para dar cor (de preferência usar várias cores). O professor/auxiliar de creche deverá auxiliar o bebê e conversar com ele para que vá sentindo, falando e reconhecendo as partes de seu corpo, bem como se movimentando sobre o espaço. Recomendamos que esta etapa seja feita com no máximo

seis bebês por vez e dois adultos. Os bebês devem permanecer sentados ou se locomover engatinhando ou rolando, nunca em pé, pois a tinta creme é escorregadia. Os bebês devem

reme:

tinta c a d a it e c e R

água, 4 copos de o, rinha de trig 1 copo de fa de sal e pa) 1 colher (so a) de açúcar. (sop 2 colheres e gredientes in s o s o d to Misturar cozinhar até ar ra a p o g fo o lig levar a mingau. Des e d to n o p alcançar o usar. sfriar para e esperar e

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permanecer apenas com a fralda, sendo que necessitam de banho após o término desta proposta.

Variação: Pode-se colar a figura inteira numa caixa grande ou cortá-la ao meio e colar a parte de cima em uma caixa e a parte de baixo em outra. Cada lado da caixa terá a imagem de uma criança. O professor/auxiliar de creche poderá incentivar cada criança a encontrar a parte do corpo com o seu sapato e posicioná-la corretamente com a parte do corpo em que está o seu rosto, reconhecendose e identificando os seus amigos. Tempo estimado: Esta atividade é desenvolvida em três dias, sendo realizada uma etapa por dia com uma hora de duração em média.

2 a ª Etapa: Com o papel já seco, virar do lado contrário e trazer um bebê por vez para ser desenhado no seu tamanho real. Nesta etapa serão necessários dois adultos, sendo que um segura o bebê deitado sobre a folha e o outro o desenha. 3 a ª Etapa: Recortar o corpo do bebê que foi desenhado e colar em caixas de papelão encapadas com papel craft. Imprimir e recortar as fotos do rosto e dos pés da criança em tamanho real e colar na figura do corpo que está fixada na caixa. Incentivar o bebê a apontar ou falar as partes do corpo que o professor/auxiliar de creche mostrar. Obs: as caixas podem ser adquiridas gratuitamente em lojas e supermercados. Usar de preferência caixas grandes e quadradas.

Esta brincadeira com tinta permite a livre exploração da criança, ampliando seu repertório de expressão corporal. Com isso, ela desenvolve um domínio consciente de seus movimentos, favorecendo o reconhecimento de seu corpo, o que contribui para a construção de sua identidade.

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivos: Sentir, ver e cheirar, conhecer e reconhecer as texturas, temperaturas e cores, tocar, apertar, amassar e brincar com os materiais das caixas.

Espaço físico: Solário ou sala de estimulação. Recursos: Areia mágica, massa de modelar, gelatina.

Conteúdos: Percepção sensorial (tato, visão, olfato, paladar, audição).

DESENVOLVIMENTO: Preparar caixas com materiais diversificados como areia mágica, massa de modelar ou gelatina (já pronta, em consistência de comer). Oferecer os produtos aos bebês para que manuseiem com as mãos, os pés, o corpo. Recomendamos que se ofereça um tipo de material por vez, em grupos de no máximo cinco bebês por adulto. As crianças poderão observar, tocar, pegar, amassar, esfregar no corpo, pisar, criar formas, brincar etc.

“Brincar” Para refletir: [.. ] “temos clareza de que a opção pelo brincar desde o início da educação infantil é o que garante a cidadania da criança e ações pedagógicas de maior qualidade” (KSHIMOTO, 2010, p. 1) 24


Durante o momento de exploração dos materiais, o professor/auxiliar de creche deverá ir nomeando as texturas, cores, possibilidades de formas etc., além de estar bem atento para que a criança não coloque materiais não comestíveis na boca. Pode-se oferecer nesta atividade outros tipos de materiais, como por exemplo: argila, barro. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Brincar com diferentes materiais favorece à criança o desenvolvimento de suas funções psíquicas e novas capacidades de percepção, sensação e imaginação.

Funções psíquicas é a capacidade ou propriedade de ação de que nosso psiquismo dispõe para captar a realidade objetiva. São exemplos de funções psíquicas: sensação, percepção, atenção, memória, linguagem, pensamento, imaginação, emoção e sentimento (BAURU, 2016).

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivos: Reconhecer-se através do espelho, criando uma dimensão estética com os movimentos faciais e corporais, explorando as possibilidades de caretas e gestos variados. Compreender o corpo como possibilidade de expressão. Nomear as expressões, os sentimentos e as emoções.

Conteúdos: Expressão corporal, identidade e autonomia, sentimentos e emoções. Espaço físico: Sala de estimulação com espelho. Recursos: Espelho.

DESENVOLVIMENTO: Colocar os bebês em frente ao espelho para que se observem. Nomear partes do rosto e corpo, tocar o próprio rosto e corpo. Sugerir que façam caretas e gestos, o professor/ auxiliar de creche deverá proporcionar diferentes gestualidades para estimular a criação das crianças e ir nomeando cada uma delas, assim como o sentimento despertado por cada movimento. Por exemplo: pedir para que a criança dê um sorriso e dizer que está feliz. Pedir às crianças que pisquem, mandem

beijo, deem tchau etc. Recomendamos que seja feito com, no máximo, três bebês por vez. Variação: Fazer os movimentos ao som de músicas clássicas ou outras. Tempo estimado: Aproximadamente 10 minutos. Brincar em frente ao espelho favorece o desenvolvimento da expressão corporal das crianças, o reconhecimento de si e a construção de sua identidade.

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivo: Brincar com os amigos e os objetos, estimulando a percepção dos cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato) e o desenvolvimento da imaginação e da fantasia.

Espaço físico: Solário ou área externa (pátio ou gramado). Recursos: Lençóis, almofadas, brinquedos diversos, frutas.

Conteúdo: Percepção sensorial (visão, audição, olfato, paladar, tato).

DESENVOLVIMENTO: Preparar um espaço aconchegante onde os lençóis sejam postos com as almofadas (estes podem ter cheiros, tipo lavanda, laranjeira) e brinquedos espalhados aleatoriamente para que o bebê possa explorar o local e os objetos livremente, ir e vir, tocar os brinquedos, comer as frutas, brincar e imaginar. O ambiente deve conter brinquedos coloridos, com sons, livros adequados para a idade e manuseio; frutas com e sem a casca para a criança manusear, sentir a textura, o cheiro e o sabor. Durante este momento também pode haver uma música de fundo que explore os sons da natureza (ex: chuva caindo, passarinhos cantando, etc.). Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

“Se observarmos com bastante atenção os bebês, veremos que suas ações iniciais (olhar os objetos, levá-los à boca, virar a cabeça, agarrar, soltar, puxar, jogar, empurrar, etc.) têm por objetivo explorar a realidade que os cerca para melhor conhecê-la. Assim, eles vão adquirindo noções de objeto, suas formas, texturas, propriedades, para que servem, bem como vão aos poucos percebendo noções de espaço e de tempo” (FELIPE, 1998, p. 8-9).

Pelo brincar a criança imprime significado a sua realidade por meio da imaginação e da fantasia (GARANHANI; NADOLNY, 2011).

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Sugestão: Considerando a rotina intensa do berçário no período da manhã, essa interação pode ser feita no fim do dia quando as crianças já dormiram, se alimentaram e estão trocadas, a fim de que possam aproveitar o momento de estimulação e interagir umas com as outras, com os objetos e com os adultos num ambiente acolhedor e calmo. A manipulação de objetos diferenciados e a vivência em espaços diversos permitem às crianças experimentar novas sensações e percepções, ampliando seu repertório de linguagem corporal.

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivo: Buscar novas possibilidades de destrezas para si com atividades que requeiram ações de equilíbrio corporal.

Espaço físico: Sala de estimulação. Recursos: Bacias, bolinhas coloridas, colheres, água.

Conteúdos: Habilidade motora de apreensão (pegar e transferir o objeto de lugar); equilíbrio, coordenação motora fina.

DESENVOLVIMENTO: Preparar uma bacia com água e uma bacia vazia. Na bacia com água colocar as bolinhas coloridas que ficarão flutuando. Apresentar o material da brincadeira para o bebê, nomeando-o e deixando que ele explore os objetos. Falar sobre as cores, tamanho, utilidade, textura etc. Explicar para a criança, por meio de demonstração, como a brincadeira ocorrerá. Oferecer uma colher à criança que deve segurá-la com a mão e tentar pegar uma bolinha de cada vez da bacia com água e colocar na bacia vazia. A criança deverá transpor a bolinha de uma bacia para a outra. Em seguida, o professor/auxiliar de creche pode colocar a bacia vazia, na qual a bolinha será transferida, longe da bacia em que o bebê está pegando as bolinhas, assim ela terá que percorrer o caminho equilibrando

a bola na colher. Enquanto um bebê está em atividade, os outros estarão observando juntamente com o professor/auxiliar de creche que nomeará as ações, estimulando a atenção da criança. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Brincadeiras que envolvem equilíbrio e coordenação motora desenvolvem na criança consciência corporal, possibilitando brincarem, exercitarem e diferenciarem as diversas possibilidades de movimentos com o corpo (andar, ficar parado, equilibrar objetos etc.).

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivo: Aceitar desafiar-se corporalmente, buscando novas possibilidades de destrezas para si por meio do ritmo.

Espaço físico: Solário ou sala de estimulação. Recursos: Som, mídia digital.

Conteúdos: Ritmo, coordenação motora global.

DESENVOLVIMENTO: Francisco entrou na roda’, entre outras. Tempo estimado: Aproximadamente 15 minutos.

O professor/auxiliar de creche deverá bater as mãos pausadamente e pode-se contar para isso: para cada número uma palma. Primeiro devagar e depois ir acelerando. Igualmente com os pés, primeiro um, depois o outro, depois os dois juntos. Depois alternando ora as mãos, ora os pés. Adicionar outras partes do corpo para que a criança perceba que há diferença entre os sons. A brincadeira poderá ser realizada com alguma música ritmada como, por exemplo, ‘Atirei o pau no gato’, ‘Pai

O ritmo está presente em nossas vidas. Toda ação corporal possui ritmo. Brincar com o corpo, explorando o ritmo dos movimentos corporais permite à criança ampliar seu repertório de ações e movimentos, expressar sua criatividade e desenvolver a atenção e a concentração.

“Ritmo” “Segundo Artaxo e Monteiro (2008), todo ser vivo ou elemento vivo tem um ritmo; o nosso corpo possui ritmo, o nosso organismo trabalha através do ritmo e está sujeito a alterações e oscilações. Há ritmo nos batimentos cardíacos, na respiração, no movimento das pálpebras; o ritmo está presente na natureza: no movimento das marés, no cair da chuva, na alternância entre dia e noite, na percepção do passar do tempo, nas estações do ano, nas fases da lua, etc. Enfim, toda a natureza está condicionada a um ritmo” (BAURU, 2016, p. 518).

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivos: Promover um momento agradável de troca de afeto e brincadeira com o adulto, por meio da voz, do olhar, do toque, da apresentação de objetos. Estimular a consciência e a percepção corporal.

tato, audição); identidade e autonomia; esquema corporal, higiene corporal. Espaço físico: Banheiro. Recursos: Banheira, produtos de higiene, brinquedos, livros para banho.

Conteúdos: Percepção sensorial (visão, olfato,

DESENVOLVIMENTO: Segurar o bebê de forma bem aconchegante, acariciá-lo e com voz calma chamá-lo pelo nome. Neste momento, o bebê entra em contato com seu corpo em movimento na água, com brinquedos e livros próprios para esta finalidade, promovendo um espaço de relaxamento, ludicidade e aprendizagem. Dar o banho conversando com o bebê e nomeando as partes de seu corpo. Deixá-lo brincar na banheira. E no momento da troca, tanto do banho quanto de fraldas, também conversar com ele, cantando músicas que acalme e/ ou estimule os movimentos corporais (ex: “dona aranha”). Esta atividade deve ser feita individualmente, pois favorece uma aproximação rica de afeto e aprendizagem para a criança e o educador.

“Percepção Sensorial” “Ao apresentar os objetos para o bebê, o educador suscita na criança a concentração visual e proporciona o exercício da direção psíquica dos movimentos das mãos, o que contribui decisivamente para a formação dos sistemas sensoriais (visão, audição, tato, olfato, paladar). Por isso, é fundamental que o professor/educador proponha ao bebê ações que incentivem a observação dirigida de objetos e a atuação com eles” (BAURU, 2016, p. 117-118).

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A ludicidade faz parte do processo de ensino e aprendizagem na Educação Infantil, sendo um fator de suma importância para a formação da criança. É imprescindível conhecer esse universo lúdico para que haja um bom desenvolvimento do trabalho pedagógico.

Os momentos destinados ao banho e troca são muito ricos, pois fortalece o vínculo afetivo entre o adulto e a criança. Nessas interações, por meio da estimulação da fala e do toque e da apresentação das partes do corpo e dos objetos brincantes, a criança desenvolve o cuidado de si e o esquema corporal, além da linguagem oral.

e leitura: Sugestão ,dT. M. (org.). O

O KISHIMOT rias. São Paulo: uas teo brincar e s ing, 2002. n r a e L n o s om Pioneira Th

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivo: Aceitar desafiar-se corporalmente, buscando novas possibilidades de destrezas para si por meio do desenvolvimento das habilidades motoras básicas de sentar, andar, pular, virar cambalhota, rolar, engatinhar, subir, descer etc., tendo a ludicidade como eixo norteador da atividade.

Conteúdos: Coordenação motora global, equilíbrio, habilidades motoras básicas. Espaço físico: Sala de estimulação. Recursos: Colchão, sofás, tatame, lençol, almofadas, rolos.

DESENVOLVIMENTO: Nesta brincadeira as ações de pular, correr, saltar, rolar etc., propiciam à criança conquistar independência motora e equilíbrio corporal, fundamentais nessa fase da vida para desenvolver a autonomia e o conhecimento do seu corpo e seus limites.

Preparar um local com vários colchões, almofadas e rolos para que os bebês possam brincar livremente, correr, saltar, pular, rolar, virar cambalhota etc., sempre com a supervisão do professor/auxiliar de creche. Para este momento pode-se colocar um fundo musical. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos. Sugestão: Para esta brincadeira organizar as crianças por idade. Primeiro os bebês que ainda não andam, depois os bebês que já andam e correm, para que possam brincar sem risco de se machucarem.

A ludicidade é um dos principais eixos norteadores do processo de ensino aprendizagem na Educação Infantil. O educador deve organizar as ações pedagógicas sempre se valendo do lúdico, permitindo à criança vivenciar as situações de aprendizagem com seus coetâneos, com os outros adultos e com os brinquedos (MARINHO, 2012). 33


Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

básicas de sentar, virar, rolar, engatinhar, pegar, soltar etc.; coordenação motora global e fina.

Objetivo: Conhecer o próprio corpo, sentindo suas limitações e capacidades para locomoverse, buscando novas possibilidades de destrezas para si e o desenvolvimento da afetividade.

Espaço físico: Solário ou sala de estimulação.

Conteúdos: Expressão corporal; esquema corporal; relação interpessoal, habilidades motoras

Recursos: Brinquedos diversos (coloridos, sonoros, etc.).

DESENVOLVIMENTO: Estimular os bebês a direcionar o olhar para diferente pontos, rolar, virar, sentar, arrastar-se, engatinhar, andar, mastigar, pegar, soltar, levantar etc., sempre com tom de voz agradável, conversando com ele a todo o momento para que se sinta acolhido. Oferecer objetos coloridos, sonoros, macios para que a criança tente alcançar, buscar, pegar. O professor/auxiliar de creche pode colocar uma música clássica calma de fundo durante os momentos de estimulação e a todo o momento conversar com a criança, trocando olhares, gestos, toques, para que a criança vivencie essa troca de afeto tão importante para sua formação. Recomendamos que essa estimulação seja feita individualmente, para

que o bebê tenha plena atenção e reconheça seu corpo em movimento. Tempo estimado: Aproximadamente 20 minutos.

“Coordenação Motora” A criança, desde bem pequena, por meio de seus movimentos vai percebendo as diferentes sensações produzidas ao movimentar-se e tenta reproduzi-las na tentativa de se apropriar dos movimentos. Pela coordenação motora e as sensações advindas dela a criança explora e conhece seu corpo (BÉZIERS; HUNSINGER, 1994).

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Ações de estímulo ao movimento permitem à criança tomar consciência da sua corporeidade e como se constitui e se organiza o seu entorno. Assim, a criança se reconhece e reconhece o mundo ao seu redor. Esse também é um excelente momento de fortalecimento de vínculos com o adulto.

ASIL. Saiba mais: BR deiras das Jogos e brinca res na culturas popula cia. Brasília: Primeira Infân adania, 2019. id C a d o ri té is Min http://www. : m e l e ív n o p is D arquivos/ mds.gov.br/web _feliz/ arquivo/crianca Feliz_web.pdf CartilhaCrianca

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de situações opositivas.

Objetivos: Correr, fugir e pegar aceitando a oposição corporal do outro e buscando superar esta oposição.

Espaço físico: Solário ou sala de estimulação. Recursos: Não há necessidade de recursos específicos.

Conteúdos: Corrida, equilíbrio, coordenação motora global.

DESENVOLVIMENTO: Preparar o ambiente para esta brincadeira para que o bebê brinque com segurança. Brincar com ele de correr e pegar. O professor/auxiliar de creche deve avisar a criança de que está se aproximando e, conforme se aproxima, a criança corre para não ser pega. Juntamente com o pega-pega pode ser acrescentada a brincadeira de esconde-esconde. A criança ou o adulto pode esconder-se em um esconderijo que pode ser atrás de algum móvel ou brinquedo da sala de estimulação e quando a criança ou o adulto for encontrado deve correr para não ser pego. Nesta brincadeira também pode ser incorporada uma história (livre) que indique os momentos de correr, parar e esconder-se para as crianças. Tempo estimado: Aproximadamente 20 minutos.

O espaço destinado às atividades é de suma importância, pois é por meio dele e de como ele é organizado que a criança entra em contato com os objetos culturais, aprende e se desenvolve (BAURU, 2016).

Vivenciar brincadeiras com o equilíbrio e as habilidades motoras de andar, correr e esquivar, bem como a tomada de decisão de se esconder e de sair do esconderijo, propiciam às crianças a ampliação do domínio consciente de suas ações corporais e oportunizam superar desafios e dificuldades. 36


Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivos: Apropriar-se e ampliar o repertório de brincadeiras da cultura infantil (cama de gato), desenvolvendo as habilidades motoras de pular, saltar, abaixar, rolar, engatinhar, esquivar-se, bem como o equilíbrio corporal etc.

pular, saltar, abaixar, rolar, engatinhar, esquivar; equilíbrio. Espaço físico: Sala do soninho, pátio. Recursos: Berços ou cadeiras, paredes com ganchos, barbante.

Conteúdos: Habilidades motoras básicas de

DESENVOLVIMENTO: Preparar a cama de gato na sala de soninho ou no pátio: amarrar o barbante entrelaçado usando um corredor de berço ou cadeira dos dois lados. Propor o desafio de passar rastejando, rolando, engatinhando por baixo da cama de gato ou passar/pular por cima dela.

Ao desenvolver as habilidades motoras básicas de pular, saltar, rolar etc., a criança aumenta o domínio do seu corpo progressivamente, por isso, a importância do estímulo a diferentes experiências corporais, de modo a potencializar a vivência e a construção de diferentes destrezas, além de ampliar o repertório de expressões da Cultura Corporal.

Variação: Esta brincadeira também pode ser feita usando fitas coloridas com brinquedos pendurados ou elásticos e em espaços abertos, como o tanque de areia, bem como ser acompanhada de música. Tempo estimado: Aproximadamente de 15 a 30 minutos.

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepção sensorial

Objetivos: Proporcionar estado de relaxamento e autoconhecimento por intermédio de massagem corporal. Sentir, perceber e nomear as partes do corpo.

Espaço físico: Solário ou sala de estimulação. Recursos: Aparelho de som, mídia digital de músicas.

Conteúdos: Percepção sensorial (tato, audição, visão, olfato), esquema corporal, ritmo.

DESENVOLVIMENTO: Em ambiente acolhedor, colocar uma música calma ou cantar com voz suave e ir massageando o bebê. Primeiro as mãos e braços, depois os pés e pernas, barriga, rosto e cabeça. Enquanto estiver fazendo a massagem falar suavemente o nome das partes do corpo tocadas. O toque pode ser suave ou mais intenso, de acordo com o ritmo da música. Usar hidratantes com aroma agradável ou aromatizar a sala no momento da atividade (lavanda, flor de laranjeira etc.). O professor/ auxiliar de creche pode adaptar músicas infantis conhecidas e substituir partes dela por partes do corpo. Ex: Dona aranha: “a dona aranha subiu pela ‘barriga’, veio a chuva forte e a derrubou, tibum”. A dona aranha subiu pela ‘cabeça’.. a dona aranha subiu pelas ‘pernas’.. Tempo estimado: Aproximadamente 15 minutos.

O relaxamento e a interação do bebê com o adulto propicia a consciência corporal e desenvolve a percepção pelo toque. Amplia a comunicação emocional direta com o adulto, fortalecendo o vínculo afetivo.

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivos: Propor elementos diferenciados para que a criança brinque e sinta por meio do tato (pés e mãos) diversas texturas, promovendo o desenvolvimento da imaginação e da fantasia por meio da ludicidade. Nomear texturas e sensações.

audição), habilidades motoras básicas de engatinhar, andar, sentar, pegar etc. Espaço físico: Solário ou sala de estimulação. Recursos: Lixa, algodão, areia, folhas, massa de modelar, bucha, macarrão, sagu, EVA, tampinhas de garrafa pet, água etc.

Conteúdos: Percepção sensorial (tato, visão,

DESENVOLVIMENTO: Sugestão: O tapete ou caixa pode ficar exposto na sala de estimulação do berçário para o bebê explorá-lo quando quiser. Se tiver materiais que ofereçam algum risco à criança, como água, gelatina, tinta creme, entre outros, a atividade deve ser supervisionada a fim de evitar acidentes.

Confeccionar um tapete sensorial no qual o bebê irá caminhar, engatinhar ou explorar com as mãos os elementos presentes. Deve conter diversas texturas e que provoque diferentes sensações: lisa, áspera, gelada, quente etc. A base do tapete pode ser feita com tecido ou EVA, caixas de papelão, bacia ou outro material e do tamanho que desejar. Ao preparar os materiais e em casos que tenham materiais que molhe ou suje a roupa da criança, o professor/auxiliar de creche precisará de ajuda para realizar a atividade e, em seguida, a troca da criança. Para confecção desse tapete pode ser solicitado ajuda à família que poderão construir parte do tapete ou trazer materiais para a confecção na escola. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

“A cultura historicamente constituída, passa a entrar na vida do indivíduo pelas vias sensitivas e constituirá, dia após dia, o seu psiquismo” (MAGALHÃES, 2011 p. 64). Ou seja, os bebês conhecem o mundo por meio de seus cinco sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato).

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Com o foco no sentido do tato, ao experienciar novos elementos e possibilidades corporais a criança amplia seu repertório de sensações e imaginação e, assim, modifica sua relação com seu corpo, com o mundo e as pessoas.

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivo: Desenvolver as diversas percepções sensoriais estimulando a imaginação e a fantasia por meio da brincadeira.

Espaço físico: Sala de estimulação ou solário. Recursos: Potes ou bacias transparentes, água, sucos artificiais ou corantes comestíveis (diversos sabores/cores).

Conteúdo: Percepção sensorial (visão, paladar, tato, olfato, audição).

DESENVOLVIMENTO: Posicionar os bebês sentados em círculo e, no centro, colocar diversos potes com água (sugerimos trabalhar com grupo de no máximo seis crianças). Adicionar o pó do suco ou corante e ir orientando as crianças sobre a cor e o sabor. Deixá-los brincar com a água colorida, experimentando, cheirando, colocando a mão, o pé ou partes do corpo.

Essa brincadeira aumenta a capacidade sensitiva e a percepção corporal da criança por meio dos cinco sentidos (tato, paladar, audição, visão e olfato). A criança aprenderá a nomear suas sensações, percepções e emoções, e a fantasiar e imaginar durante a brincadeira. O desenvolvimento dessas capacidades modifica qualitativamente suas relações com os outros e consigo.

Variação: Pode-se utilizar um borrifador para fazer chuvinha colorida nas crianças e permitir que elas manuseiem brincando entre si. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

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Turmas: Infantil e Infantil I

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivo: Estimular a percepção dos sentidos do paladar, do olfato e do tato por meio do oferecimento de alimentos com textura, cheiro e sabores diversos.

Espaço físico: Sala de estimulação ou solário. Recursos: Alimentos diversos (azedo, doce, salgado, amargo, duro, mole, quente, frio etc.).

Conteúdo: Percepção sensorial (paladar, olfato, tato).

DESENVOLVIMENTO: Preparar potes com diversos tipos de alimentos: doce, salgado, azedo, etc. O professor/auxiliar de creche deve oferecer e nomear os alimentos, bem como as sensações e reações da criança ao experimentá-los. Exemplo: observar a reação da criança e nomeá-la dizendo: é azedo, é doce, é ruim, é gostoso etc.

Sugestão: Sugerimos que esta atividade seja feita com um grupo de no máximo seis crianças desta faixa etária e que se comece pelos alimentos mais agradáveis, pois se as crianças não gostarem do primeiro alimento oferecido, provavelmente não aceitarão o próximo.

Variação: Também podem ser separados vários objetos com cheiros diferentes e oferecidos para que a criança perceba o aroma e possa nomear os objetos e as sensações. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Brincadeiras com foco nos sentidos do paladar, do olfato e do tato desenvolvem na criança a sua capacidade perceptiva e sensitiva por meio de uma integração multisensorial.

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Turmas: Infantil e Infantil I (mista)

Faixa etária: 4 meses a 1 ano e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivos: Desenvolver possibilidades de executar movimentos variados, imaginar e conhecer outras culturas.

Espaço físico: Sala de estimulação ou solário. Recursos: Livros de histórias, mídias digitais.

Conteúdos: Percepção sensorial (visão, audição, tato), identidade e autonomia.

DESENVOLVIMENTO: O professor/auxiliar de creche deve selecionar histórias que permitam a criança participar fazendo gestos, imaginando, cantando. Escolher histórias com repertório diferenciado, apresentando outras culturas, como a africana e a indígena. Preparar materiais diferenciados, materiais de largo alcance, objetos da

natureza, fantoches etc. Com as crianças sentadas em círculo ou semi-círculo realizar a contação de histórias, introduzindo elementos para que as crianças toquem e manipulem ou solicitando que façam algum gesto. Tempo estimado: Aproximadamente 10 minutos.

“Materiais de “largo alcance” oferecem a possibilidade de mobilizar as mais variadas ações, durante as quais as crianças podem atribuir diversos significados, que no momento das histórias se constituem personagens inusitados. Ex. lenços, bexigas, roupas, pedras, penas, etc” (BAURU, 2016, p. 195).

Sugestão

de

livros: “Menina bonita do laço de f ita” de Ana M de autoria aria “Tutu, o m Machado. de autoria enino índio” de Toni B randão.

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Ao ouvir histórias a criança desenvolve sua identidade e conhece outras possibilidades de ser no mundo. Contar histórias possibilita à criança conhecer novas culturas, se apropriar da história por meio da imitação dos personagens, se identificar ou se distanciar do narrado e expressar suas idéias, opiniões medos e sentimentos. A história também possibilita a imitação e a interpretação por meio dos diversos movimentos corporais.

sicas ú m e s ia r ó Dicas: Hist ambém t e r lo lc o f do ntadas e o c r e s m e pod ando as iv t o m , s a d a cant s a serem e r io a m s a crianç s. personagen

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A criança de dois a três anos está na transição de bebê para criança pequena e possui suas particularidades. É uma fase cheia de desafios a serem superados, pois estão aprimorando sua coordenação motora, desenvolvendo a fala e o pensamento, relacionando-se com crianças e adultos pela linguagem e as ações corporais.

movimentos aparecem como forma de registros gráficos na parede, papel ou no chão como forma de expressão da criança e controle de seu corpo. Para o trabalho com crianças de dois a três anos a atividade guia dominante é a objetal manipulatória, onde predomina uma relação da criança/adulto com o objeto social. Nessa mudança de atividade dominante ocorre um “salto qualitativo na consciência da criança” o que faz com que ocorra uma mudança na sua relação com a realidade (BAURU, 2016, p. 104). A criança passa a se interessar pelas coisas que estão no mundo e os objetos ganham significados. Brincadeiras com objetos passam a ser muito interessantes ao mesmo tempo em que ganham significado especial ao se aproximarem da próxima atividade guia dominante que são os jogos de papeis.

Além das estimulações sensoriais e o reconhecimento de si e dos outros, que são ações prioritárias no primeiro ano de vida, nos segundo e terceiro anos ganham força as ações educativas e intencionais que possibilitarão à criança conhecer e reconhecer o significado dos objetos e seu uso social. A linguagem se torna uma importante ferramenta de mediação educativa nessa exploração dos objetos disponíveis no mundo que a cerca. Outra característica importante dessa fase é o locomover-se, aprender a andar, o que faz com que a criança se torne mais independente e avance na sua conquista em descobrir os objetos ao seu redor.

O adulto como mediador deve fazer uma rica seleção de objetos, mostrá-los, nomeá-los e demonstrar seu uso social. Propor atividades que envolvam objetos selecionados é muito interessante para crianças nessa faixa etária.

Junqueira Filho, Kaercher e Cunha (1998) ressaltam que por volta de um ano e meio a três anos, ao mesmo tempo em que as crianças vão consolidando seus movimentos globais por meio de atividades que envolvam o andar, correr, pular, rodopiar, subir etc., em espaços como o tanque de areia e o parque, também afinam seus movimentos de motricidade fina das mãos. Todos esses

As atividades selecionadas e apresentadas a seguir trabalham os quatro eixos de conteúdos: Brincadeiras de situações opositivas; Brincadeiras de destrezas e desafios corporais; Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas (eixos presentes na Proposta

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Pedagógica para a Educação Infantil de Bauru) e Brincadeiras de percepções sensoriais (eixo elaborado pelas autoras).

A criança pequena se relaciona alternadamente com o “mundo das pessoas” e o “mundo das coisas”, portanto o adulto, como mediador, exerce função importante no processo de desenvolvimento e aprendizagem, pois é ele quem vai nomeando os objetos e sua função social (BAURU, 2016, p. 114). Na escola de Educação Infantil “todo mundo brinca se você brinca”, como bem pontuou Dornelles (2001, p. 101). Logo, dispor de tempo para brincar com a criança e ensiná-la a brincar é fundamental, pois a brincadeira não é algo espontâneo na criança, mas aprendida. Vale lembrar que, apesar do papel importante do professor ou outro adulto nesse momento, a criança também aprende brincando sozinha e com seus pares, o que também deve ser proporcionado no contexto escolar.

Nesta segunda parte são enfatizados os objetivos/conteúdos já apontados na primeira parte, ou seja: expressão corporal, esquema corporal, higiene corporal, percepção sensorial, habilidades motoras, identidade e autonomia, relação interpessoal, equilíbrio, ritmo e coordenação motora global e fina. Ainda, são incluídos outros como lateralidade, dança e autoconhecimento, sendo didaticamente elaborados para as crianças de dois a três anos, considerando a especificidade desta faixa etária. Nesta etapa será explorado o uso de objetos bem como as brincadeiras de papeis (jogos simbólicos) que começam a acontecer conforme a criança vai aprendendo sobre os objetos e seus usos sociais. Para saber mais acesse a Proposta Pedagógica para a Educação Infantil do município de Bauru/SP, p. 101-161, disponível no site: http://www2.bauru.sp.gov.br/arquivos/arquivos_site/sec_ educacao/proposta_pedagogica_educacao_infantil.pdf

Ao recorrermos à literatura para compreender como se dão os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança pequena, podemos entender que elas vão aprimorando seus movimentos corporais à medida que constituem seus esquemas corporais, reconhecem e interagem com os espaços e objetos, movimentam-se e agem, e assim vão se inserindo, apropriando e recriando o mundo da Cultura Corporal.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivos: Desenvolver o senso de direção e o equilíbrio; ampliar a noção espacial; brincar; imaginar. Estimular os sentidos da audição e do tato.

pular, abaixar, agachar. Espaço físico: Sala de aula, pátio ou área externa da escola.

Conteúdos: Percepção sensorial, equilíbrio, lateralidade, habilidades motoras de andar,

Recursos: Barbante, móveis ou pilares.

DESENVOLVIMENTO: Distribuir o barbante pelo espaço em que for realizada a brincadeira (sala, pátio etc.). Em seguida vedar os olhos da criança, uma de cada vez, e instruí-la a seguir o barbante com as mãos. No primeiro momento, as crianças podem tatear o barbante para se familiarizar com o material, sozinhas ou em grupo. Posteriormente o professor/auxiliar de creche pode contar uma história (livre) para a criança para que ao andar de olhos fechados, segurando o barbante, possa também imaginar os elementos narrados na história e realizar os movimentos solicitados (pular, abaixar, agachar etc.). Exemplo de história: Passeio na floresta. O professor vai narrando um passeio na floresta e pedindo que eles pulem o lago, abaixe para entrar na caverna, volte alguns passos para não cair no buraco, etc. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Brincar é um espaço de criação cultural por excelência (KISHIMOTO, 2002).

A imaginação e a ludicidade devem ser os eixos norteadores de toda a brincadeira. Ao brincar com os olhos fechados enfatiza-se o desenvolvimento de outras percepções sensoriais, como audição e tato. A agilidade e o equilíbrio também são estimulados nesta brincadeira, contribuindo para o domínio consciente das ações motoras das crianças.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivo: Criar uma dimensão estética e artística com as ações corporais a fim de mostrar uma determinada forma ou imagem do corpo por meio da dança.

corporal para permanecer imóvel; equilíbrio, ritmo. Espaço físico: Pátio ou área externa da escola.

Conteúdos: Dança; expressão corporal; domínio

Recursos: Aparelho de som e mídias digitais.

DESENVOLVIMENTO: Ao som de música que dê vida à brincadeira “Estátua” as crianças devem ser motivadas a dançar, executar e imitar o que a música pede e criar gestos para a palavra ‘estátua’ se mantendo imóvel. O professor/auxiliar de creche poderá propor formas de estátua temáticas, como por exemplo, imitar animais ou fazer caretas, também deve explorar a criatividade das crianças na criação das poses de estátua. Tempo estimado: Aproximadamente 20 minutos.

Criar e recriar gestos desenvolve a imaginação e a criatividade da criança e amplia o domínio consciente de seus movimentos corporais. A criança aprende a ter consciência dos limites, dificuldades e possibilidades do que pode fazer com seu corpo em movimento.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivo: Criar uma dimensão estética e artística com as ações corporais a fim de mostrar uma determinada forma ou imagem com o corpo reconhecendo por meio desta ação a constituição corporal.

identidade e autonomia. Espaço físico: sala de aula ou outro espaço amplo. Recursos: papel craft, canetão, giz de cera, espelho.

Conteúdos: Esquema corporal; autoconhecimento,

DESENVOLVIMENTO: Fazer uma roda com as crianças sentadas. Conversar com elas sobre como o corpo humano é constituído fisicamente. Mostrar através do espelho como são (individualmente), permitir que se toquem, colocando a mão sobre seus membros inferiores, superiores, cabeça, tronco etc. Em seguida, escolher uma criança para ser desenhada. Colocar o papel sobre o chão, pedir para que a criança se deite nele e desenhar o contorno do seu corpo. Na sequência, questionar as crianças sobre o que estaria faltando no corpo e ir completando o desenho conforme as indicações. Por último, as crianças terão autonomia para pintar o desenho do corpo com giz de cera ou tinta. Coloque o nome da criança que foi desenhada e pendure na sala de aula para que vejam com frequência. Outra maneira

de realizar esta proposta é com giz de lousa na calçada ou contorno com barbante. Ainda, há a possibilidade de explorar como o corpo humano é constituído por dentro com orgãos, músculos, nervos, pele etc. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos. “O corpo é expressão da Cultura” (DAOLIO, 1995, p. 39). Nossa forma de ser no mundo. Os gestos e movimentos corporais representam valores e princípios culturais. “No plano da consciência corporal, nessa idade a criança começa a reconhecer a imagem de seu corpo, o que ocorre principalmente por meio das interações sociais que estabelece e das brincadeiras que faz diante do espelho. Nessas situações, ela aprende a reconhecer as características físicas que integram a sua pessoa, o que é fundamental para a construção de sua identidade” (BRASIL, 1998, v. 3, p. 23).

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A exploração de desenhos do corpo (de si mesma) estimula na criança o desenvolvimento do conhecimento de si e do outro e a construção da imagem corporal e de sua identidade, além de ampliar seu vocabulário e conhecimentos sobre o corpo.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de situações opositivas.

Objetivo: Aceitar a oposição corporal do outro buscando criar ações corporais que superem e/ou criem uma oposição para o outro, por meio de brincadeira de natureza de pega-pega.

Espaço físico: Pátio ou área externa da escola. Recursos: Não são necessários recursos específicos.

Conteúdos: Coordenação motora global; habilidades motoras básicas de correr, pegar e fugir.

DESENVOLVIMENTO: T: mamãe/papai o que você está fazendo? C: polenta (ou outra sugestão de prato). T: dá um pouquinho? C: o gato comeu. T: cadê o gato? C: está em cima do telhado. T: como eu faço para subir lá? C: pega a escada. T: e se eu cair? C: bem feito! Bem feito!

Conversar com a criança sobre a brincadeira de pega-pega denominada ‘mamãe/papai polenta’, na qual a criança deve correr e tentar pegar o amigo. Pode-se pedir sugestões para as crianças de outro prato de comida que lhes agradem para mencionar na brincadeira. O professor/auxiliar de creche escolhe a primeira criança a participar, que deverá ser a “pegadora”. Em seguida, a turma pergunta e a criança escolhida responde. O professor/auxiliar de creche pode auxiliar o grupo e a criança que será a mamãe ou papai polenta. Usaremos T para turma e C para criança:

Mamãe polenta foi uma brincadeira muito popular na década de 90. É um jogo infantil divertido de encenação, imaginação e pega-pega. Pode ser acessada pelo site: https://museugrandesnovidades. com.br/brincadeira-mamae-polenta/

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Neste momento, a criança escolhida como mamãe ou papai polenta e que ocupa a posição de “pegadora” correrá atrás dos amigos, tentando pegar alguém. A criança pega deverá ser o novo “pegador”. Variação: Uma variação desta brincadeira é a que chamamos de “cabritinhos”. Utiliza-se o mesmo esquema de perguntas e respostas. Uma criança é o lobo e as demais são os cabritinhos. Usaremos L para lobo e C para cabritinhos. L: cabritinho quer comer.. . . ? (Ir falando nomes de comidas, frutas, legumes, verduras etc). C: méééééé. (significa sim - devem dizer isso para cada pergunta, pulando). L: cabritinho quer apanhar? (frase dita quando a criança decidir que está na hora de correr para pegar) C: méééééé. (os cabritinhos devem correr para não serem pegos pelo lobo) A criança que for pega será o próximo lobo. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos. Por meio das ações de correr, parar, fugir, pegar, a criança toma consciência de si, do outro, do espaço, aprende regras, socializa-se e fortalece seu tônus muscular.

de outras Sugestões s: brincadeira , Patinho feio ovo podre, corre cotia. 56


Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivo: Brincar explorando os sentidos do tato e da visão por meio de brincadeira com água.

Espaço físico: Parque ou área externa da escola.

Conteúdos: Percepção sensorial (tato, visão); coordenação motora fina.

Recursos: Água, borrifador.

DESENVOLVIMENTO: No primeiro momento, o professor/auxiliar de creche deverá apresentar o objeto da brincadeira e permitir que as crianças o manipulem. Num segundo momento, encher o borrifador de água e borrifar nas crianças que estarão brincando livremente e poderão correr e se esconder dos esguichos de água ou ficar e se molhar. O professor/auxiliar de creche poderá dar um borrifador para cada criança, ensinar como usá-lo e deixá-las brincar competindo quem esguicha mais longe ou simplesmente molhando um ao outro e a si mesmo. Pode-se contar uma história (livre) antes e/ou durante a brincadeira para que as crianças imaginem o que vai sendo narrado. Por exemplo, combinar palavras como ‘chuva, gota, nuvem’ e cada vez que o professor falar essas palavras deve ser borrifada água nas crianças.

Exemplo de história (livre): ‘Em um belo dia o sol resolveu tirar férias e pediu para sua amiga nuvem substituí-lo. A nuvenzinha era muito feliz e brincalhona e adorava agradar a natureza e as pessoas com exposições de suas gotinhas mágicas (espirrar nas crianças). Um dia passeando pelo jardim da escola, ela viu muitas crianças brincando e resolveu brincar também. Sacudia-se para cá (espirrar nas crianças), sacudia-se para lá (espirrar nas crianças). Conforme as crianças corriam e se escondiam, a nuvenzinha se sacudia’ (correr atrás das crianças e espirrar água). Pode-se, também, colorir a água com suco artificial ou corante. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

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Lembramos que as brincadeiras com os objetos nessa fase são muito importantes, pois é pela exploração destes que a criança vai apreendendo o mundo. Conforme a criança pequena descobre esses objetos e sua finalidade, eles passam a ser instrumentos com função social. “O adulto nomeia e transmite para a criança o significado e os modos socialmente elaborados de ação com o objeto, permitindo sua conversão em instrumento da cultura”. A partir disto a criança organiza e utiliza o que aprendeu em outras situações (BAURU, 2016, p. 121).

A ludicidade que permeia a brincadeira e o elemento água propiciam a capacidade imaginativa e fantasiosa da criança, sobretudo quando estimulada pela contação de histórias. O movimento de apreensão de objetos, como o borrifador, desenvolve a coordenação motora fina e a inclusão deste objeto na brincadeira contribui para a compreensão de modos sociais de ação com os instrumentos culturais.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de situações opositivas.

Objetivos: Criar oposição para o outro por meio de brincadeira de perseguição e fuga. Explorar os espaços locomovendo-se com segurança.

Espaço físico: Pátio ou área externa da escola. Recursos: Não há necessidade de recursos específicos.

Conteúdos: Habilidades motoras básicas de correr e esquivar-se; socialização, noção espacial.

DESENVOLVIMENTO: Será desenvolvida a brincadeira de pega-pega denominada ‘jaula do leão’, na qual a criança irá correr para pegar e correr para fugir. Perguntar às crianças se todas conhecem o leão, onde ele vive, o que come, qual som produz. Em seguida, apresentar a brincadeira. O professor/auxiliar de creche irá fazer uma roda com as crianças, uma delas é escolhida para ir ao centro e ficar deitada (dormindo) e todo o grupo canta: “Lá na jaula do seu leão ninguém pode por a mão, o leão é muito bravo. Acorda leão!”. Quando o grupo gritar: “acorda leão!” a criança que está ao centro, deitada “dormindo”, deve se levantar, rugir como um leão e correr atrás dos amigos a fim de pegar um deles. Durante a brincadeira, quem for pego é o próximo leão ou leoa. Finaliza quando todos participarem. Pode variar pedindo que todos sejam leões e ao acordarem corram

atrás da professora; a brincadeira pode ser feita de dois em dois; de três em três e assim por diante. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

“As crianças costumam dedicar grande parte do seu tempo aos jogos e brincadeiras. [.. ] é através da brincadeira que as crianças também se constituem como indivíduos” (FELIPE, 1998, p. 16).

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Esta brincadeira desenvolve na criança habilidades motoras básicas de correr e se esquivar e a tomada de decisão de fugir. Neste processo, a interação e a socialização com outras crianças são estimuladas ao buscar soluções para o problema que a brincadeira apresenta, além de estimular a consciência do seu corpo e do entorno para se mover com liberdade.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivos: Identificar, nomear e reconhecer o seu corpo. Discriminar cores.

Espaço físico: sala de aula, pátio ou área externa da escola.

Conteúdos: Esquema corporal; coordenação motora fina (movimento de pinça); equilíbrio; identidade; discriminação de cores, imaginação.

Recursos: Tampinhas de garrafa pet coloridas.

DESENVOLVIMENTO: Entregar a cada criança uma tampinha de garrafa pet colorida e pedir que segure. Nesse primeiro momento, as crianças irão explorar o objeto: tamanho, cor, textura. Em seguida, o professor/auxiliar de creche vai nomear as partes do corpo em que a criança deverá colocar a tampinha. Exemplo: sentar em cima da tampa, colocar no joelho, no ombro, na testa, na barriga, no pé, na mão, nas costas etc. Associado à intenção do desenvolvimento do esquema corporal, o professor/auxiliar de creche solicita às crianças a identificação das cores das tampinhas. Nesta brincadeira devese prestar bastante atenção nas crianças para que não coloquem a tampinha na boca. Tempo estimado: Aproximadamente 20 minutos.

“A coordenação motora fina (CMF) [.. ] envolve a estimulação dos movimentos de pequenos músculos, como o movimento dos dedos, que são fundamentais para a criança pegar, manipular, encaixar, puxar, empurrar, juntar, segurar em pinça, rabiscar, torcer, virar” (BAURU, 2016, p. 638).

Brincar com objetos e o corpo ativa a imaginação das crianças, desenvolve atenção e concentração. Ao nomear as partes do corpo a criança aprende sobre esquema corporal e desenvolve sua identidade. Esta brincadeira também possibilita à criança o desenvolvimento de suas habilidades na coordenação motora fina.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivos: Demonstrar com o corpo possibilidades de expressão, por meio de diversas atividades como pular com dois pés juntos; pular agachado; engatinhar etc. Expressar corporalmente diferentes animais.

pular agachado, engatinhar, entre outras possibilidades. Espaço físico: Pátio ou área externa da escola. Recursos: Não há necessidade de recursos específicos.

Conteúdos: Expressão corporal, habilidades motoras básicas de pular com dois pés juntos,

DESENVOLVIMENTO: que está ao centro imita o movimento do animal. Quando fala a palavra ‘fugiu’ a criança que está ao centro deve sentar-se em seu lugar. Finaliza quando todas as crianças participarem da brincadeira. Esta brincadeira pode ser feita de dois em dois, três em três, todos juntos. Ir propondo novos animais para que a criança imite, como por exemplo: sapo – pular agachado; gato – andar engatinhando, macaco – pular com os dois pés juntos e assim sucessivamente. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

No primeiro momento, organizar uma conversa com as crianças sobre os animais, investigar o que elas conhecem, perguntar se sabem como vivem, do que se alimentam, como se movimentam etc. Poderão ser trazidos alguns animais de brinquedo para que as crianças explorem e criem movimentos com eles. Também poderá utilizar o recurso do vídeo para mostrar os animais e seus diferentes movimentos. Num segundo momento, fazer uma roda com as crianças sentadas, sendo que uma é escolhida para ir ao centro. O grupo escolhe um animal e todo o grupo canta batendo palmas: “olha o (nome do animal) na roda, olha o (nome do animal) na roda, olha o (nome do animal) na roda e ele quer fugir, fugiu!”. Enquanto o grupo canta, a criança

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As possibilidades de imitação de animais ou elementos da natureza no contexto da brincadeira desenvolvem a gestualidade e a expressão corporal, bem como permite a interação com seus pares e com o adulto. O processo de criação de gestos e movimentos desenvolve a consciência e diferenciação motora na criança, bem como o domínio progressivo de suas habilidades corporais.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivos: Estimular a sensibilidade das crianças pelo sentido do tato e da visão; explorar a imaginação; ampliar o vocabulário.

Espaço físico: Sala de aula ou outro espaço considerado adequado. Recursos: Caixa fechada com abertura que caiba uma mão, objetos diversificados.

Conteúdo: Percepção sensorial (tato, visão).

DESENVOLVIMENTO: Preparar uma caixa e inserir objetos diversificados que permitam à criança experimentar uma variedade de texturas, temperaturas, consistências, formas, tamanhos dos objetos. O professor organiza uma roda com as crianças e chama uma por vez para participar, pedindo que coloque a mão na caixa, escolha e segure um objeto. Não será possível enxergar os objetos dentro da caixa. No desenrolar da brincadeira, o professor deve fazer perguntas para a criança, dando pistas a ela, como por exemplo: é duro? É mole? É grande? É pequeno? É fino? É grosso? É gelado? É quente? Etc. Em seguida, a criança retira o objeto da caixa e então o professor nomeia, indica a sua função e oportuniza a todas as crianças tocarem, sentirem, cheirarem, experimentarem o objeto. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

A caixa surpresa desenvolve a percepção sensorial do tato sem o auxílio da visão. Esta caixa pode ser comprada ou confeccionada pelo adulto.

Explorar o sentido do tato, neste contexto de adivinhação, desperta na criança a imaginação e a fantasia e desenvolve a percepção sensorial, sendo possível reconhecer pelo sentido tato diferentes objetos do cotidiano. 65


Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivo: Movimentar e expressar-se por meio da dança, criando uma dimensão estética e artística com as ações corporais a fim de mostrar uma determinada forma ou imagem com o corpo.

Espaço físico: Sala de aula, pátio ou área externa. Recursos: Jornal, som, mídias digitais.

Conteúdos: Dança; expressão corporal; ritmo; equilíbrio.

DESENVOLVIMENTO: Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Posicionar as crianças de forma espalhada pelo pátio ou outro ambiente e entregar a cada uma delas uma folha de jornal. Oriente que cada uma fique em cima de sua folha. Avise-as que não deverão sair de seu jornal e que não podem rasgá-lo. Deixem explorar movimentos diversificados sobre o jornal. Solte a música e deixe-as dançar orientando, por exemplo: “Pular com os dois pés! Pular com um pé só! Braços pra cima! Mãos na cintura!” Lembreos que não podem parar de dançar até a música acabar, sempre em cima do jornal. Após encerrar a dança, pode-se aproveitar o jornal amassado e rasgado para fazer outra brincadeira: fazer bolinhas e arremessar ao cesto com uma distância determinada de modo que seja desafiadora a proposta e, ao mesmo tempo, possível de realizá-la.

A dança é uma das manifestações da Cultura Corporal e contém uma identidade cultural carregada de sentido e significado (NEIRA; NUNES, 2014). Por meio da dança a criança aprende diversas formas de movimentos, como andar, pular, saltar, etc. (VERDEN-ZÖLLER, 2004).

Brincar com o ritmo dos movimentos no encanto da dança ativa a imaginação e a criatividade da criança, que investe em gestos e expressões corporais diversificadas. A criança também aprende regras e desenvolve o domínio dos movimentos e o equilíbrio corporal.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivo: Desenvolver a destreza na execução de movimentos ao pegar e transferir um objeto de lugar.

Espaço físico: Sala de aula ou pátio. Recursos: Bacias, bolinha colorida, água.

Conteúdos: Habilidade motora básica de apreensão; equilíbrio.

DESENVOLVIMENTO: Separar uma bacia com água, uma bacia vazia e bolinhas de cores variadas. Apresentar os objetos para as crianças e permitir a livre exploração para conhecerem os materiais. Num primeiro momento, explorar os objetos, brincando com a água e a bolinha separadamente. Num segundo momento propor o desafio de pegar com os pés a bolinha colorida que estiver flutuando na bacia com água e soltá-la fora da bacia ou em outro recipiente. Esta atividade é feita individualmente, pois algumas crianças necessitam de ajuda. As demais enquanto aguardam sua vez podem receber uma bolinha para segurarem e brincarem. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Desenvolver as habilidades com os pés possibilita a criança refinar seus movimentos, ampliar o domínico corporal, desenvolver o equilíbrio e a coordenação motora fina e global.

Os objetos permitem à criança várias possibilidades de expressão e criação (FELIPE, 1998).

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de percepções sensoriais.

Objetivos: Explorar livremente os sons produzidos pelo corpo. Associar o som aos movimentos do corpo.

Espaço físico: Sala de aula, pátio ou área externa. Recursos: Não necessita de nenhum recurso específico.

Conteúdos: Ritmo; expressão corporal.

DESENVOLVIMENTO: Conversar com as crianças sobre as possibilidades de sons produzidos pelo corpo. Realizar as opções dadas pelas crianças e acrescentar outras, por exemplo, bater palmas, bater o pé, bater na barriga, mandar beijo, estalar os dedos, assoprar os lábios, estalar a língua, espirrar, tossir, roncar, assobiar etc. Pode-se contar uma história (livre) e no desenrolar dela ir encaixando os sons do corpo. Começar com ações mais simples e aumentar a complexidade dos movimentos corporais. O professor/auxiliar de creche deve incentivar e levar a criança a reconhecer cada avanço nas brincadeiras propostas. Tempo estimado: Aproximadamente 20 minutos.

Esta brincadeira possibilita que a criança tome consciência de seu corpo e dos sons que ele produz e desenvolve sua capacidade criativa, mediante a consciência de que o corpo também pode ser meio de percussão, podendo criar e brincar com os sons e movimentos corporais.

Sugestão d

e leitura: NISTA-PICCO LO, V. L.; MOR EIRA, W. W. Corpo em Movimento na E ducação Infantil. São P aulo: Cortez, 2 012. Sugestão de c oletâneas de música que trabalham son s do corpo: Pala

As crianças costumam brincar com o corpo (FELIPE, 1998), sendo o próprio corpo um brinquedo.

vra Cantada Dupla musical infantil forma da por Paulo T atit e Sandra Peres. 69


Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivos: Proporcionar momentos de interação entre as crianças nas brincadeiras de jogos simbólicos; imitar adultos nos jogos de papeis; conhecer-se; brincar; imaginar; fantasiar.

Espaço físico: Sala de aula, pátio, casa da boneca. Recursos: Brinquedos diversos.

Conteúdos: Identidade e autonomia; relação interpessoal.

DESENVOLVIMENTO: Organizar o espaço com vários brinquedos, instrumentos utilizados no dia a dia em casa, como por exemplo, mesa, copos, talheres, panelas e ferramentas; carros, bonecas etc. Oportunizar que a criança brinque livremente. O professor pode enriquecer esta brincadeira oferecendo ações específicas com materiais de diferentes profissionais, representando, por exemplo, engenheiros, professores, médicos, entre outros, e organizar o ambiente com antecedência, explicar as funções dos objetos, estabelecendo as regras e combinados. Tempo estimado: Aproximadamente 1 hora.

À medida que as crianças crescem “vão ampliando a capacidade de perceber o mundo através das brincadeiras de “faz de conta”, onde substituem um objeto real por outro objeto, uma ação real por outra ação” (FELIPE, 1998, p. 16). Curiosidade: “desde os primórdios da educação Grecoromana, com base nas ideias de Platão e Aristóteles utilizava-se o brinquedo na educação” (WAJSKOP, 2001, p. 21). “Não devemos fazer divisões entre brinquedos e brincadeiras de meninos e meninas, não reprimindo as crianças frente à curiosidade que demonstram em relação a estes brinquedos e brincadeiras” (FELIPE, 1998, p. 16).

A brincadeira de jogos de papeis estimula a imaginação e a fantasia da criança, bem como a consciência corporal. As crianças aprendem a cooperar, a expressar suas ideias, emoções e sentimentos, a resolver problemas e a brincarem juntas. 70


Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais

Objetivos: Criar diferentes gestualidades faciais, bem como exercitar a musculatura da face por meio do desafio de apreender um objeto entre o nariz e a boca sem utilizar as mãos.

Conteúdos: Expressão corporal, esquema corporal. Espaço físico: Sala de aula. Recursos: Canudo ou lápis sem ponta.

DESENVOLVIMENTO: Oferecer à criança um canudo ou lápis ou algum material semelhante e propor, por meio de demonstração, que ela tente “fazer um bigode” com o objeto, prendendo-o em seu rosto (entre o nariz e a boca) e mantê-lo preso sem fazer uso das mãos. O professor poderá contextualizar a brincadeira contando uma história (livre), proporcionando à criança o desenvolvimento da imaginação e da fantasia. Tempo estimado: Aproximadamente 15 minutos.

A brincadeira de criação de gestos faciais possibilita a expressão corporal e a expressão de sentimentos, além de exercitar os músculos da face. Pelo corpo o indivíduo tem o primeiro contato com o ambiente que o cerca, sendo que as aptidões motoras são aprendidas por meio da cultura (DAOLIO, 1995). Portanto, não se trata de estimular o movimento corporal de forma descontextualizada, mas sim considerar as experiências de movimento imersas em uma dinâmica cultural, dotadas de sentido e significado para as crianças. 71


Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeira de imitação e criação de formas artísticas

Objetivos: Construir a imagem corporal e expressar-se por meio do desenho.

Recursos: Tinta, canetão, giz de cera, lápis de cor, carvão, pincel, rolo, balão, papel craft, sulfite etc.

Conteúdos: Expressão corporal, desenho. Espaço físico: Sala de aula, pátio ou área externa.

DESENVOLVIMENTO: Propor diversos riscadores, suportes e locais diferenciados para que a criança possa se expressar pelo desenho, desenhando livremente, desenhando o que vê, o próprio corpo, as mãos, os amigos etc. Desenhar de diversos ângulos, embaixo da mesa, deitado no chão. Possibilitar às crianças desenhar com apoio na parede, no chão, na mesa, no tronco das árvores do parque etc. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Desenhar desenvolve na criança muitas capacidades, como a imaginação, a criatividade, a percepção, a atenção. O foco do desenho em Cultura Corporal e a exploração de diferentes posições corpóreas visa estimular que a criança perceba seu corpo e as inúmeras experiências de movimento que pode criar, favorecendo uma imagem corporal dinâmica (em movimento) e a consciência de sua corporeidade.

O desenho é uma das diversas formas de expressão da criança. O professor deve estimular o desenho livre, como formas da criança atribuir sentido ao que aprende e conhece no mundo da cultura e da natureza. (BAURU, 2016).

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivo: Desenvolver os movimentos de pinça.

Recursos: Sucatas diversas (diferentes potes, tampas de garrafa pet), prendedores de roupa, barbante.

Conteúdos: Habilidades de abrir, fechar, pinçar, encaixar. Coordenação motora fina. Espaço físico: Sala de aula, pátio ou área externa.

DESENVOLVIMENTO: Colocar um pote com tampinhas de garrafa ou objetos pequenos e um pote vazio. Orientar à criança para pegar com o prendedor as coisas de um pote e passar para o outro. Outra forma de brincar pode ser com o varal de barbante, pedir para que as crianças coloquem o prendedor no varal ou prendam objetos no varal. Ambas as atividades exigirão movimento de pinça.

Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos. Esta brincadeira desenvolve e aprimora o movimento de pinça da criança, fundamental para que ela brinque e manuseie objetos, lápis, trocas de roupa, entre outras brincadeiras e ações do cotidiano, além de desenvolver as funções psicológicas da atenção e concentração.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas

Objetivos: Brincar com a cantiga ‘Escravos de Jó’ coordenando os movimentos com o ritmo da música. Desenvolver a imaginação e a criatividade. Valorizar outras culturas.

Espaço físico: sala de aula, pátio ou área externa. Recursos: Não há necessidade de nenhum recurso específico.

Conteúdos: expressão corporal, ritmo.

DESENVOLVIMENTO: Conversar com as crianças sobre a brincadeira Escravos de Jó. O professor deve perguntar às crianças se elas conhecem a brincadeira e a sua origem. Em seguida contar a história da música, contextualizando a brincadeira. Na sequência, ensinar como se brinca, cantando a música:

Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos. Ao contextualizar as brincadeiras a criança conhece outras culturas, aprendendo a valorizar a diversidade. As variadas expressões corporais propiciam o desenvolvimento da criatividade, sendo que ritmar gestos e movimentos favorece o esquema corporal da criança.

Escravos de Jó jogavam caxangá tira, põe deixa ficar! guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue, zá guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue, zá.

Associar cada verso a um determinado tipo de expressão corporal previamente combinada. Pedir que as crianças dêem sugestões de movimentos.

Sobre a história da brincadeira, acesse e conheça: https://fatosdesconhecidos.ig.com.br/quem-eram-os-escravos-de-jo-e-por-que-eles-jogavam-caxanga/

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivo: Representar com expressões corporais as histórias contidas na música.

Espaço físico: Sala de aula, pátio ou área externa.

Conteúdos: Expressão corporal; ritmo, dança.

Recursos: Som, mídias digitais.

DESENVOLVIMENTO: cantar e se expressar por meio de seus movimentos. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

Conversar com as crianças sobre as cantigas de sua preferência e apresentar outras, como por exemplo: “Atirei o pau no gato”; “O cravo brigou com a rosa”; “Teresinha de Jesus”, “A linda rosa juvenil” etc. Propor movimentos corporais para cada frase da música, movimentos simples ou complexos, ouvir as sugestões das crianças e, por fim, criar um teatro musical, em que as crianças deverão

Dançar e criar formas e movimentos com o corpo, interpretando músicas infantis, desenvolve nas crianças o domínio consciente de seus movimentos, a imaginação, a criatividade e a expressão de sentimentos e emoções.

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Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de destrezas e desafios corporais.

Objetivos: Desenvolver o domínio das ações corporais, explorar a imaginação e conhecer brincadeiras de outra cultura.

saltar; equilíbrio. Espaço físico: Pátio ou área externa.

Conteúdos: Habilidade motora de pular e

Recursos: Corda.

DESENVOLVIMENTO: Esta brincadeira se originou na Nigéria e se assemelha com a que chamamos de ‘cobrinha’ no Brasil. A brincadeira se desenvolve por meio de pular e saltar a corda evitando ser pego por ela. O professor ao propor brincadeiras de outras culturas deverá contextualizar a história da brincadeira para a criança. A brincadeira acontece da seguinte forma: dois adultos seguram a corda, ou se houver apenas um adulto, a outra ponta da corda pode estar presa a um pilar ou móvel ou mesmo permanecer solta. Solicitar às crianças que pulem e saltem durante o movimento de zigue-zague da corda, sem encostar nela. Para esta faixa etária, mesmo que toquem a corda, as crianças devem continuar pulando e saltando, ampliando suas possibilidades de movimento e superando suas dificuldades. Tempo estimado: Aproximadamente 20 minutos.

Esta brincadeira possibilita à criança o desenvolvimento de suas ações corporais, bem como conhecer outras culturas, valorizando a diversidade cultural.

Brincadeira extraída de: CUNHA, D. A; FREITAS, C. L. Apostila de Jogos Infantis Africanos e Afro-Brasileiros. II Semana da Consciência Negra. UFPA/CUNTINS, 2010. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2015/11/Apostila-Jogos-infantis-africanos-e-afro-brasileiros.pdf 77


Turmas: Infantil II

Faixa etária: 1 ano e 8 meses a 2 anos e 7 meses

Eixo dos conteúdos: Brincadeiras de imitação e criação de formas artísticas.

Objetivos: Estimular a expressão corporal e o ritmo pela imitação de gestos propostos na brincadeira. Conhecer brincadeiras de outras culturas.

Espaço físico: Sala de aula, pátio ou área externa. Recursos: Som, mídias digitais.

Conteúdos: Expressão corporal; ritmo.

DESENVOLVIMENTO: As crianças deverão estar em círculo. O professor irá cantar e bater palmas andando dentro do círculo, passando por todas as crianças, e deverá escolher uma, parar em sua frente, e realizar algum tipo de dança ou movimento e a criança deverá imitá-lo. Em outros momentos, a criança deverá criar os movimentos. Para que as crianças não fiquem muito tempo esperando, o professor para em frente a criança escolhida, realiza o movimento e em seguida a criança também realiza juntamente com todas do grupo. Podem ser usadas músicas, em que todos cantam e ao parar a música o professor ou a criança que estiver ao centro escolhe outra criança e para na sua frente para que ela imite seu movimento. Tempo estimado: Aproximadamente 30 minutos.

A expressão e criação de gestos corporais estimula a criatividade e a imaginação infantis. A música contribui para desenvolver o ritmo. Incluir brincadeiras de outras culturas no processo de ensino permite à criança ampliar seu repertório da Cultura Corporal, valorizando a diversidade cultural.

Brincadeira extraída de: CUNHA, D. A; FREITAS, C. L. Apostila de Jogos Infantis Africanos e Afro-Brasileiros. II Semana da Consciência Negra. UFPA/CUNTINS, 2010. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2015/11/Apostila-Jogos-infantis-africanos-e-afro-brasileiros.pdf

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Brincar e movimentar-se faz parte do ser criança. Pela Cultura Corporal a criança se expressa e descobre a si e ao mundo circundante. Nesta obra, propomos aos professores e demais profissionais da Educação Infantil interações e ações pedagógicas a serem desenvolvidas com a faixa etária de zero a três anos. Buscamos propiciar aos bebês e crianças pequenas a apropriação e ampliação do repertório da Cultura Corporal, por meio de experiências corporais mediadas pela ludicidade, expressão de gestos e fruição artística e estética do brincar, desenvolvendo o conhecimento de si, a percepção sensorial, o domínio consciente de seu corpo, as possibilidades de movimentar-se, o vínculo afetivo, a curiosidade, a criatividade e a imaginação.

Faculdade de Ciências – Campus de Bauru


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