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T.U.M TODO UNIVERSO MUSICAL BRASIL

Cinco estilos musicais, suas origens, períodos, fatos marcantes e personagens importantes que também compuseram a história de nosso país.


HISTÓRIA

MPB

Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturou-se em nossa terra, as cantigas populares, os sons de origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas europeias. Também contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons tribais. Nos séculos XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se

desenvolvendo e aumentando demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram a história da MPB: o lundu e a modinha. O lundu, de origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a modinha, de origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida calma e erudita.


Na segunda metade do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura do lundu, da modinha e da dança de salão europeia. Em 1899, a cantora Chiquinha Gonzaga compõe a música Abre Alas, uma das mais conhecidas marchinhas carnavalescas da história. Em 1917 aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante cantor e compositor da MPB do início do século XIX. Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro, destacam-se os seguintes cantores e

compositores : Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes intérpretes da música popular brasileira : Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves.

Principais Músicas: Aquarela do Brasil - Ari Barroso Carinhos –Pixinguinha Felicidade – Lupicínio Rodrigues O que que a baiana tem – Carmen Miranda


SAMBA HISTÓRIA Termo: No Brasil, acreditase que o termo "samba" foi uma corruptela de "semba" (umbigada), palavra de origem africana possivelmente oriunda de Angola ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil.

UM POUCO MAIS O samba é um gênero musical, do qual deriva de um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e considerado uma das

principais manifestações culturais populares brasileiras. Foi no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, que a dança praticada pelos escravos libertos entrou em contato e incorporou outros gêneros musicais tocados na cidade (como a polca, o maxixe, o lundu, o xote, entre outros), adquirindo um caráter totalmente singular.


Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). A canção tem a autoria reivindicada por Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, com coautoria atribuída a Mauro de Almeida, um então conhecido cronista carnavalesco. Na verdade, "Pelo Telefone" era uma

criação coletiva de músicos que participavam das festas da casa de tia Ciata, mas acabou registrada por Donga e Almeida na Biblioteca Nacional. "Pelo Telefone" foi a primeira composição a alcançar sucesso com a marca de samba e contribuiria para a divulgação e popularização do gênero. A partir daquele momento, esse samba urbano carioca começou a ser difundido pelo país.


ROCK HISTÓRIA O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi Nora Ney (conhecida cantora de samba-canção) quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de Bill Haley & His Comets (trilha do filme Sementes da Violência), em outubro de 1955, para a versão brasileira do filme. A Jovem Guarda foi um movimento cultural brasileiro, surgido em meados da década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda. Surgida em agosto de 1965, a partir de um programa televisivo exibido pela TV Record, em São Paulo, apresentado pelo cantor e compositor Roberto Carlos,

conjuntamente com o também cantor e compositor Erasmo Carlos e da cantora Wanderléa, a Jovem Guarda deu origem a toda uma nova linguagem musical e comportamental no Brasil. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Os Mutantes e Tom Zé alguns dos principais nomes que deram origem ao tropicalismo. Um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira ; misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais.


Ao longo da década de 90, grupos mineiros surgiriam, como Pato Fu, Jota Quest e Tianastacia. Em 1994, surgiu em Recife o movimento Mangue beat, liderados por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. O movimento misturava percussão nordestina a guitarras pesadas, conquistando a crítica. Entre 94 e 95 surgiram dois grupos bem-sucedidos pelo humor: os brasilienses Raimundos (94), com o ritmo forrocore" (forró+hardcore) e os guarulhenses Mamonas Assassinas (95), parodiando do heavy metal ao sertanejo, que chegaram a fazer 3 shows por dia e venderam mais de 3 milhões de cópias. Outros destaques são O Rappa,

também reggae/rock; Charlie Brown Jr., um "skate punk" com vocais rap; Cássia Eller, com um repertório de Cazuza e Renato Russo; e Los Hermanos. A partir dos anos 2000, começaram a surgir bandas de rock com influências do emotional hardcore, que ganharam muito destaque graças à internet e a redes sociais, como o Orkut. Entre os maiores destaques estão as bandas Nx Zero e Fresno, os maiores representates da categoria no Brasil, que contêm letras simples e que tratam de sentimentos e emoções, altamente populares para o público jovem.


SERTANEJO HISTÓRIA Surge em 1929, quando Cornélio Pires começou a gravas “causos” e fragmentos de cantos tradicionais rurais da região caipira. O gênero se caracteriza pelas letras com ênfase no cotidiano.Geralmente interpretada por um duo. De 1929 a 1944, com música caipira, ou sertaneja de raiz. Nesta faze eram interpretada modas-deviola e toadas, canções estróficas que após uma introdução da viola denominada “repique” falavam do universo sertanejo numa temática essencialmente épica, muitas vezes satíricomoralista e menos frequentemente amorosa. Destacam-se desta época

Cornélio Pires e sua “Turma”, Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, Pena Branca e Xavantinho. Pós-guerra aos anos 60, são introduzidos instrumentos (harpa, acordeom), estilos (duetos com diversos intervalos), e gêneros variados como a polca. As letras vão ficando gradualmente mais amorosas, conservando o caráter autobiográfico. Nesta faze destacam-se, Cascatinha e Inhana, José Fortuna, Luizinho, imeira e Zezinha, Nhô Pai, Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, Tião Carreiro e Pardinho.


Final dos anos 60 até os dias de hoje, com a introdução da guitarra elétrica e o chamado “ritmo jovem”, por Leo Canhoto e Robertinho. O modelo é a Jovem Guarda, sendo que um de seus integrantes, Sérgio Reis, começa a gravar o repertório tradicional sertanejo, nesta nova faze sertaneja, os cantores alternam solos e duetos para apresentar canções, muitas vezes em ritmo de balada, que tratam principalmente de amor romântico, de clara inspiração urbana. Artistas representativos desta última tendência são Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé

di Camargo e Luciano, Christian e Half, Trio Parada Dura, Chico Rei e Paraná, João Mineiro e Marciano, Nalva Aguiar e Roberta Miranda. Principais Músicas: Chico Mineiro - Tonico & Francisco Ribeiro – 1946 “Estrada da Vida” Milionário e José Rico 1988 “Fio de Cabelo” Marciano & Darci Rossi – 1982 “Seu amor ainda é tudo” João Mineiro e Marciano 1987


MÚSICA GAÚCHA HISTÓRIA

A música gaúcha de origem chamado "tradicionalismo" tradicionalista parece ter no que tange aos diversos origem na escola literária do gêneros musicais que parnasianismo, por sua caracterizam a "música semelhança quando canta gaúcha". Tem como temas coisas da natureza e do principais o amor pelas ambiente como: a terra, o tradições presente no ente chão, os costumes, o cavalo - e folclórico denominado pela musicalidade, sempre gaúcho: o campo, o cavalo, buscando a rima num arranjo os valores, a culinária muito acertado com as regional e a mulher. A melodias, criando entre letra, música nativista é música e dramatização, uma construída em cima de um dinâmica que rebusca origens andamento mais lento e e paixões. Vale a pena estudar intimista, com letras em este aspecto e descobrir que geral conotativas e por outras origens históricas metafóricas. Seus maiores podemos enriquecer nossas representantes foram culturas. Teixeirinha, José Mendes e Música nativista é um termo Gildo de Freitas. genérico usado no estudo da música sul-rio-grandense para designar um determinado ponto de vista diferente do


Apesar de tratar dos mesmos temas que os tradicionalistas, os nativistas discordam destes em alguns pontos. Entre os pontos de maior divergência estão o passado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e a influência espanhola dos países vizinhos. São divergências bastante sutis, mas podem ser percebidas em certas canções, como por exemplo "Sabe, Moço", cantada por Leopoldo Rassier, que fala da tristeza de um soldado que lutou nas guerras históricas dos estados e recebeu cicatrizes em vez de medalhas. É um assunto que dificilmente seria abordado pelos tradicionalistas, que preferem ver glória e heroísmo nas mesmas guerras.

Existe um certo atrito entre os artistas nativistas e os representantes da Tchê Music. A principal razão disso é cultural: enquanto os nativistas buscam o retorno às raízes da música gaúcha, os "tchê's" buscam modernizá-la, adicionando elementos de ritmos brasileiros e até estrangeiros - o que faz com que os nativistas afirmem que a música deles já não é mais tipicamente gaúcha. Entre os principais ritmos de música nativista estão: a milonga, o chamamé, a chamarra, a polca, a vanera (com suas variantes vanerão e vanerinha), o bugio, o rasguido doble e a rancheira.



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