Pontilhismo

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CREATE

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Apresentação:

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A revista Create tem como tema o Pontilhismo. Técnica que aplica sobre a tela pequenos pontos de cores puras, onde juntos formam uma imagem com efeitos desejados pelo pintor nos olhos do observador. Essa técnica é tão importante que é considerada a teoria que tornou possível a criação da televisão e imagem digital. Vai ser mostrado de forma interativa, tutoriais com textos compactos, informação e imagens para Designers Gráficos, ilustradores e outros profissionais da área conheçam o movimento e os que já o conhecem podem se aprofundar no assunto e aprender com utilizar essa técnica em seus trabalhos. A intenção é mostrar a importância desse movimento e todo o estudo que a por trás dele sobre cores, luz e sombra. Mostrar como elementos tão básicos como esses, se tornam tão grande quando são utilizados com base nesses estudos. Quando acontece essa união, o resultado é uma obra extremamente interessante, onde é necessária uma sensibilidade do observado, pra ver a riqueza de detalhes que há na união de todos os pontos. O objetivo da revista Create é mostrar e analisa técnicas importantes para a história da arte, mas pouco comentadas atualmente. Apresenta artistas precursores do movimento e artistas que a utilizam atualmente. Algo muito importante, ela da visibilidade a artistas que ate então eram pouco conhecidos, divulgando os seus trabalhos, mostrar a criatividade de cada um desses artistas, que muitas vezes não utilizam só o Pontilhismo, a mesclam com outras técnicas também. Vocês vão gostar muito de conhecê-los!

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Profissionais: Jim Pescott @dotpainterart

Marcio Ramos @mramospontilhismo

Sandro Freitas @sandrofreitasarte

Amadores: Adailton Pardini @adailtonpardini

César Martins @csr_martins

Thiago Lobao @holyland_tl

Queel Andrade @queeltattoo

Stephano Almeida @stephano_almeida

Isabelle Nascimento @_isanasc

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Andrey Ivo @andreyait

Leticia Angelim @letsangelim

Juliana Anselmo @ju_anselmo

João Victor @jvmdls

Gustavo França @gfranca_

Stenio Peres @alienstenio

Evelin Janiny @evelinjaniny

Maiana Vasconcelos @maianavasconcelos

Gabriel Rodrigues @art.gabriel

Júlia Steffen

@juliasteffenmuniz

Renato Oliveira @renatoalt3

Batel Ben @batel_ben

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Pablo Rodrigues @pablitoast

Mateus Abreu @mateusfabreu

Lucas Felipe @lcs_f

Adauto Vieira @adauto13zeta

Will Barcellos @willbbarcellos

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Pontilhismo Cores

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Luz e sombra

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Visão

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Fotografia

Foto: Bruna Cristina

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Precursores

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Profissionais

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Amadores

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Tutoriais

Stenio Peres e Isabella Nascimento •7•


O movimento nasceu da observação de que pontinhos de cores puras colocadas lado a lado produziam um efeito melhor do que mistura as cores na paleta. Essa observação veio do movimento impressionista, que falam que as cores deviam ser usadas em justaposição, ao invés de misturadas como era o comum. Os pontilhistas apenas levaram esse principio ao extremo, começaram a teorizar o assunto tendo como base os princípios científicos da ótica, com isso desenvolveram uma teoria complicada na busca de uma exatidão para a mistura dos pontos. A técnica foi chamada de Pontilhismo porque as figuras são representadas em minúsculos pontos, utilização de pontos a obra ficava com um toque de realidade, causando nos olhos de quem vê uma mistura de imagens e cores, para que o observador veja a obra como um todo. Foi um movimento artístico que tanto se desenvolveu a partir do impressionismo como também apôs a ele. Deu inicio mais tarde à grande revolução na arte ocidental; a Arte Moderna. No Brasil, o pontilhismo aceita o preto e branco, fora do Brasil, este trabalho é tido como acadêmico derivado do pontilhismo, e se chama Stippling, um termo americano, na tradução livre significa pontilhar. É quase uma forma de falar da mesma coisa, apenas reforçado pelo detalhe, Stippling é o ‘’pontilhismo’’ com pontos apenas em preto. Em termos acadêmicos o pontilhismo coloridos, utiliza em sua base o uso da Lei de Cores Complementares, o Stippling utiliza a base de Cores Interpretativas ou ate de você atribuir cor aos tons de cinzas para formar a imagem e entra o impressionismo. Digamos que a fase do pontilhismo foi um dos únicos momentos em que a arte encontrou de fato a ciência. A lei de cores complementares foi o resultado disso e se tornou umas das bases da pintura moderna.

O pontilhismo verdadeiro é colorido.

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A cor é uma sensação produzida pela ação da luz sobre o órgão da visão. Para aparecer ela precisa da luz e do olho. A cor-luz tem como melhor expressão a luz solar, por reunir todos os matizes existentes na natureza. A cor-pigmento é a substância que de acordo com a e sua natureza ela absorve, refrata e reflete os raios luminosos componentes da luz. O círculo cromático pigmentar é composto doze matizes. As cores primárias são três cores que, misturadas em proporções variáveis, produzem todas as cores do círculo. Para os que trabalham com a corluz as cores primárias Círculo são: vermelho, verde cromático e azul. Já para os que trabalham com substâncias corantes opacas as cores são o vermelho, amarelo e azul. As três cores secundárias representam a mistura de duas cores primárias. As seis cores terciárias são as intermediárias entre uma cor secundaria e qualquer das duas primárias que lhe dão origem. O vermelho é uma cor primária tanto na cor-luz como na cor-pigmento. É a mais saturada das cores, por isso acaba sendo mais visível que as outras. Outra cor primaria é o verde, que tem a cor magenta como sua complementar. Misturado ao azul, produz o ciano; e ao vermelho, produz o amarelo. O azul é mais uma das cores primárias, assim como o vermelho, na cor-luz e na cor-pigmento. Todas as cores que se misturam com o azul esfriam-se, por ser ele a mais fria das cores.

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O desenho possui sombras coloridas que combinam com a luminosidade dando efeito de dimensão e profundidade. Os pequenos pontos de cor de tamanho uniforme que nunca se fundem, mas reagem uns aos outros em função do olhar à distância. Amarelo + Roxo Vermelho + Verde Verde + Vermelho + Roxo Laranja + Roxo Azul + Laranja Quando olhamos para um objeto, o que vemos, é a luz que é refletida do objeto para os olhos. Muitas pessoas acreditam estar vendo o preto, quando na realidade estão vendo uma área muito escura, pois o preto é a ausência de luz. Essa luz refletida é bem menos intensa do que a luz direta, mas também ilumina os objetos. Portanto, sempre haverá uma luz refletida vindo na direção contrária à luz direta. Esta luz refletida ilumina, parcialmente, o lado da sombra. O mesmo desenho pode ser feito várias vezes, utilizando-se a mesma incidência de luz, mas alterando a intensidade do contraste entre a luz e sombra. Isso acontece quando o objeto recebe a mesma luz, mas esta em um plano diferente. Um desenho é modificado pela intensidade da luz e sombra. O sombreamento da um aspecto tridimensional a um objeto. A luz atinge o lado da cabeça mais próximo à fonte de luz, e as sobras se formam onde a luz fica bloqueada, por exemplo, pelo nariz. • 10 •


Nossa visão é auxiliar do cérebro, que lhe possibilita projetar nas coisas as dimensões de nossos sonhos. O cérebro realiza avaliação, análise e correção das imagens visuais recebidas. No estágio de pré-consciência, o cérebro é influenciado pelo que nós conhecimentos do mundo. Observando de perto parece que os pontos jogados em uma tela, à distância os olhos tratam de transformar os pontos em imagem. Podemos ver os dois pontos de vista uma imagem, de perto com os pontos bem detalhados e outra distante, onde os pontos se fundem. Atualmente vemos esses traços do Pontilhismo em um monitor, por exemplo. Que emite luz, permitindo mistura as cores: vermelho, verde e azul. Tem também o processo de impressão, onde as cores primárias são: ciano, magenta e amarelo. Assim como no Pontilhismo, pontos de diversos tamanhos são misturados na superfície durante o processo. Tem também tatuadores que trabalham com pontilhismo, as tatuagens feitas a partir dessa técnica tem uma grande riqueza de detalhes.

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Foto: Bruna Cristina @brncrn_ 18 anos Curitiba - PR

O efeito produzido pelo pontilhismo é semelhante ao da ampliação da retícula fotográfica, pela qual se obtêm a granulação da imagem. A câmera tem um sensor, um chip com filtros e fotossensores. Quando a luz incide esse sensor, de acordo com a quantidade de energia gerada, sabe-se a luminosidade de cada ponto. Acontece assim o processo de captura de imagem. As cores complementares ou opostas, colocadas lado a lado, se misturariam no olho do espectador com maior luminosidade do que se misturadas na paleta do pintor. O todo se fundia quando visto de longe, mas na verdade os pontos individuais nunca se mesclam completamente, dando um efeito granulado, cintilante, à superfície.

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Os artistas George Seraut e Pual Signac impulsionaram o Pontilhismo como técnica e o Divisionismo como teoria. O trabalho de Seurat e Signac aprofundou as pesquisas que os impressionistas realizaram sobre a percepção ótica. A ultima exposição do movimento impressionista marcou o nascimento do neoimpressionismo, onde eles foram os grandes destaques.

George Seurat George Seraut abandonando o foco impressionista na representação do ambiente e na incidência da luz, e dando mais importância a pesquisa científica da cor. Seurat acabou reproduzindo as pinceladas a um sistema de pontos uniformes que, no seu conjunto, dão ao observador a percepção de uma cena, estudou a teoria científica da visão cromática e decidiu construir seus quadros por meio de pequenos e regulares pinceladas, de cor ininterrupta, como um mosaico. Esperava ele que isso levasse à mistura das cores no olho, sem que perdessem sua consistência e luminosidade. A obra Tarde de Domingo na Ilha de La Grande Jatte foi considerada o marco no inicio do movimento Neoimpressionista Frances.

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Paul Signac Após a morte de Seurat, Signac tornou-se líder da tradição pontilhistas e mostraram que as suas obras tinham uma característica bem particular, os pontos eram mais evidentes, pois havia um espaçamento maior entre eles. Com tons vibrantes e cores complementares. Pintou principalmente paisagens, que ele realizou durante suas viagens, entre as quais numerosas vistas de portos e marinhas. No seu livro “De Delacroix ao Neo-Impressionismo”, ele defendeu os preceitos da pintura impressionista e o estudo da cor.

Regatta in Concarneua, 1891

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Jim Pescott O artista canadense Jim Pescott faz o melhor pra conseguir se sustentar com o seu trabalho. Fala que alguns anos foram muito bons outros nem tanto. Diz também que o mercado das artes é assim. Não é muito de ter rotina, para ele pintura e desenho acontecer quando sente que é para acontecer. Não importa muito o momento.

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Marcio Ramos O brasileiro Marcio Ramos atualmente esta morando na Alemanha, onde esta estudando Artes (visitando museu e workshops de arte). Desde 2003 consegui se manter com o seu trabalho. É algo como ter uma idéia diariamente e colocar em prática, uma idéia sempre vira um projeto que se torna um trabalho, diz Ramos.

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Sandro Freitas Depois de trabalhar quatro anos como artista gráfico e diretor de arte da Camiseteria RedBug. Desde o inicio do ano é artista gráfico freelancer em Natal, onde mora. Em 2010 resolveu estudar desenho de forma mais profissional, de lá pra cá tem desenhado quase que em tempo integral. Pelo menos dez horas de trabalhos diários.

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Obras originais que foram feitas no ônibus, no caminho para o trabalho. Elas estavam expostas na exposição que ele realizou no Palácio Potengi (Pinacoteca). Depois foram digitalizadas e coloridas no Photoshop.

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Atualmente o pontilhismo é usado de varias formas. Na maioria das vezes quando ele é puro, é só preto, o chamado Stippling. Algumas pessoas geralmente mesclam com outras técnicas, como aquarela e pequenos traços.

Adailton Pardini O jovem paulista esta cursando Design Gráfico, onde conheceu e começou a utilizar a técnica. Costuma desenhar nos finais de semana. Diz que essa técnica exige muita calma e tempo de dedicação para o seu desenvolvimento.

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César Martins A primeira vez que utilizou o pontilhismo foi em um projeto da faculdade. Fala que usa o pontilhismo para passar a impressão de volume, luz e sombra. Diz que nas partes mais escuras usa pontos mais próximos, e nas mais claras os pontos ficam mais afastados.

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Thiago Lobao Aproveita um tempo livre que tem entre uma atividade e outra no seu trabalho para aprimorar a técnica. Costuma mesclar algum outro estilo que gosta, para criar um desenho mais sombrio. Usa os pontos onde a uma necessidade maior de detalhes, como o olho. Diz que os pontos passam mais a idéia de luz e sombra.

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Stephano Ameida Utiliza a técnica há um mês. Sempre que pode esta desenhando, geralmente é a noite, onde o silencio é maior e pode se concentrar melhor. Para ele o pontilhismo se deriva do iluminismo devido à natureza não ser definida por traços, acredita que existam pontos fundamentais. Ele não costuma mesclar o pontilhismo com outra técnicas.

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Queel Andrade Começou a utilizar a técnica a pouco, depois que teve contato com alguns tatuadores que usam essa técnica e a pedido de um cliente. Pesquisou, se identificou e esta mesclando essa técnica com outras para criar seu estilo. Ela fala que o pontilhismo deixa a tatuagem mais delicada, impossibilita ser copiada e da um efeito superior a um trabalho somente sombreado.

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Leticia Angelim Seu interesse pelo pontilhismo começo porque tem contato com um tatuador que faz tatuagens a técnica. Ela então resolveu tentar também. Seus desenhos têm toda uma inspiração por trás. Costuma desenhar quando algo ou alguém lhe inspira. Ela diz que não conseguir desenhar se alguém pedir.

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Isabelle Nascimento A estudante de Design Gráfico diz que já tinha visto alguns trabalhos com o pontilhismo, mas nunca havia feito nada parecido. Teve que fazer alguns trabalhos utilizando a técnica na faculdade e acabou pegando gosto pela coisa.

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Atualmente esta misturando o pontilhismo com aquarela. Faz o esboço a lápis e depois aplica os pontos, sempre do mais claro pro mais escuro. Em seguida aplica a aquarela sem muita técnica, vai misturando as cores de acordo com o contexto. O seu objetivo é deixar a aquarela ultrapassando o limite dos pontos, deixa borrado. • 27 •


Andrey Ivo O seu primeiro contato com a técnica foi na aula de Artes na escola quando pequeno, mas só começou há usar esse ano porque se interessa bastante por tatuagens que usam o pontilhismo. Para ele o pontilhismo é como as moléculas da água. Que quando estão unidades ganham a forma solida, e se estão muito separada a forma gasosa, mais dispersa. No pontilhismo quando os pontos estão mais unidos se transformam em uma forma solida, uma sombra mais definida. E quando estão mais separados representam uma área mais clara, formando a luz do desenho.

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Juliana Anselmo Conheceu a técnica através de um programa de televisão há cerca de dois anos e decidi experimentar. Desde então se tornou parte do seu estilo. Costuma desenhar em qualquer momento livre do seu dia. Leva uma pasta com um bloco de papel e canetas para todo lugar aonde vai. Em seus desenhos de retrato ela sempre utilizar o pontilhismo como técnica de luz e sombra.

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Esta iniciando agora uma série de ilustrações com presença de pontilhismo intitulada “Magrelinhos”. Ela utilizou a técnica de contorno e preenchimento que lembra o cartoon e com o pontilhismo faz nuances e efeitos no cenário em que se encontra a personagem. Pretende utilizá-la para entrar no mercado de ilustrações.

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João Victor Usa o pontilhismo a cerca de um ano. Sempre gostou muito do efeito da técnica nas tatuagens, e quis passar isso para os seus desenhos. Antes pintava seus desenhos todo preto e branco, com o pontilhismo pode aplicar efeitos como degrede e profundidade. Todo tempo que tem livre ele esta desenhando. Criando novas mandalas ou novos detalhes para inserir nelas.

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Gustavo França Queria fazer o sombreamento em um desenho, foi incentivado a usar o pontilhismo. Já conhecia técnica, graças as aulas de artes na escola, mas nunca tinha usado antes. Costuma desenhar durante as aulas, e em qualquer tempo livre. Mistura o pontilhismo com a técnica que usa para os cabelos, acha que assim fica melhor.

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Maiana Vasconcelos Começou a usar a técnica na faculdade, para da profundidade aos desenhos chapados, gostou tanto que alguns são apenas feitos com pontilhismo. Com o pontilhismo ela faz o efeito de sombreamento, profundidade, e dá um ar místico também, de algo se desfazendo. Gosta de mesclar com grafite. E também com aquarela, que me traduz leveza, transparência.

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Stenio Peres Utiliza a técnica há uns dois anos, não fez nenhum curso de técnicas de desenho ou algo parecido, aprendeu assistindo algumas vídeo aula e esta aprimorando com a pratica. Sempre gostou de fazer desenhos realistas, mas sem pontilhismo, depois de um tempo foi que ele uniu a técnica ao estilo. Geralmente desenha mais nos finais de semana, no meio da semana só na madrugada. Sempre mistura o pontilhismo com alguma outra técnica, boa parte dos desenhos são feitos com pontos e depois o sombreamento mais simples faz com lápis grafite.

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Evelin Janiny Depois que viu um desenho sendo feito utilizando a técnica do Pontilhismo decidiu tentar usar, acabou amando pontilhar, o pontilhismo se tornou uma terapia para ela. Sempre que esta estressada vai pontilhar, desenhar sempre a acalma e a traz paz. É preciso paciência para desenvolver essa técnica, uma vez que, o desenho em questão é desenvolvido ponto por ponto.

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Lucas Felipe Conheceu o pontilhismo quando estava pesquisando sobre estilos de tatuagem. Os esboços dos seus desenhos são feitos a partir de uma referência. Diz que o pontilhismo pode ser utilizado para fazer sombreamento, chapado (que é o preenchimento por inteiro), hachura e outras coisas. E que o distanciamento entre os pontos é muito importante para da profundidade ao desenho.

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Gabriel Rodrigues Conheceu o pontilhismo a certa de um ano. Quando estava procurando uma forma de fazer uma tatuagem única. Descobriu então uma forma de colorir só usando pontos, que de certa forma seria único. Mesmo que você faça o mesmo desenho mais de uma vez, será mais de um desenho por ser pontilhado. E isso o encantou. Dedica o seu tempo livre para a arte. A técnica que ele mais domina é o lápis de cor. Atualmente esta se aprimorando no pontilhismo com aquarela, mas o que ele mais gosta é o pontilhismo.

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Júlia Steffen Sempre se interessou por desenhos, desde pequena. Então aos 14 anos começou a tentar se aprofundar em alguma técnica, algum estilo. Decidiu fazer um curso de desenho realista, na qual estuda até hoje. Uma das partes desse curso trabalhava com caneta nanquim, que é mais utilizada para fazer desenhos com pontos ou pequenos traços. Depois que começou a trabalhar com esse material, gostou muito e até hoje a maioria dos desenhos que faz são provenientes dessa técnica.

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Renato Oliveira Descobriu a técnica a menos de um ano, meio que por acaso. Costumo desenhar nas horas vagas. Inicia seus desenhos com um rascunho feito a lápis, e depois aplica os pontos. A forma como usa o pontilhismo se assemelha à ilustração científica, pois é uma técnica detalhista, principalmente em relação à luz e sombra.

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Batel Ben Essa bela israelense esta cursando Arte. Usou a técnica pela primeira vez há alguns meses atrás, quando conheceu o seu namorado. É um tatuador e usar esta técnica regularmente. Costuma desenhar a todo o momento, ate colegas de sala de aula se tornam modelo para ela. Esta tentando incorporar esta técnica na sua arte, a idéia é que ela faça parte do seu trabalho. Tem o objetivo de ser uma grande artista, fazendo o que a faz sentir bem.

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Pablo Felipe Usa a técnica de pontilhismo desde que começou a tatuar, na busca por um estilo de tatuagem que combinasse mais com os desenhos que ele gosta. Desenha sempre que não estou trabalhando, sempre ando com material pra desenho. Então quando vem alguma ideia, sempre faz uns rabiscos. Alguns desenhos mais trabalhados ele costuma fazer somente em pontilhismo, é bem trabalhoso, mas o resultado é muito bom.

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Mateus Abreu Depois de ficar bastante inspirado pela exposição “Animal VS Deus”, começou a buscar trabalhos similares, que utilizassem bastante pontilhismo e traços minuciosos. A partir dessas referências e inspirações, começou a desenvolver seu próprio estilo. Define seu estilo como uma boa mistura de paciência com experimentação e estudos. Colocando um ponto aqui, outro ali vai vendo onde eles se encaixam.

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Adauto Vieira A tatuagem o levou a estudar a técnica há uns quatro meses. Costuma desenho todos os dias em meu horário de almoço e quase todos os dias depois do trabalho. Diz que caneta e papel juntos o atraem. Quase sempre procura pontilhar onde estaria à sombra do desenho. Usa o pontilhismo principalmente pra estudar profundidade e perspectiva. Não costuma mesclar estilos diferentes no mesmo desenho, mas não é uma regra, mesmo por que não faz uso somente do pontilhismo na sua arte.

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Will Barcellos Desenha quando não esta no trabalho, quase que diariamente. Costuma dizer que é um artista suicida, busca o tempo todo um trabalho que o acabe, que o destrua. Diz que eles quase conseguem isso. A maioria dos seus quadros tem Formato A1 (100x70cm). Fala que hoje não tem esperança de viver de arte, mas se deu a missão de fazer arte até o último dia de sua vida, nem que seja apenas pra mostrar para amigos, pra presentear pessoas que ama ou apenas pra tornar o mundo mais belo.

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Tutorial - Pontilhismo com pequenos traços Stenio Peres

1. Faz o esboço lápis grafite;

2. Vai aplicando os pontos e os traços para definir a forma, luz e sombra do desenho;

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Tutorial - Pontilhismo com aquarela Isabelle Nascimento

1. Faz o esboço lápis grafite;

2. A definição da forma, luz e sombra do desenho são dadas pelos pontos;

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3. Por ultimo, a aquarela da vida a arte.


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R$ 15, 80

D E S

2 0 1 4

P O N T I L H I S M O

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