Revista Elevador Brasil - Edição 160

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EDITORA WORLD PRESS EDITORA WORLD PRESS RUA FORTALEZA, 105 - PALMEIRAS CABO FRIO - RJ - CEP: 28911-200 TELEFAX: XX |22| 2648-9751 REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM EDITORA WORLD PRESS LTDA A REVISTA ELEVADOR BRASIL ESTÁ REGISTRADA SEGUNDO AS NORMAS DA LEI DE IMPRENSA. EDITOR RESPONSÁVEL EDILBERTO ALMEIDA DIRETOR ADMINISTRATIVO PAULO CARDOSO WEBMASTER DIEGO TULIO DESIGN / DIAGRAMAÇÃO DIEGO TULIO REDAÇÃO JULLYANA BRAGANÇA ALICIA DO NASCIMENTO ELIZABETH SIMÕES TATIANA MARTINS COMERCIAL RONALDO SANTOS FOTOGRAFIA WAGNER CARDOSO ANÚNCIOS PARA ANUNCIAR NA REVISTA ELEVADOR BRASIL, BASTA ENTRAR EM CONTATO PELO TELEFONE |22| 2648-9751 OU ENTÃO ENVIAR UM E-MAIL PARA NOSSO ENDEREÇO ELETRÔNICO REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM. ASSINATURAS LIGUE: |22| 2648-9751 OU ENVIE E-MAIL: REVISTAELEVADORBRASIL@ GMAIL.COM PARA TER INFORMAÇÕES DE COMO É POSSÍVEL ASSINAR A REVISTA ELEVADOR BRASIL. COLABORAÇÃO VOCÊ PODE ENVIAR MATERIAL EDITORIAL OU NOTÍCIAS PARA COLABORAR COM A NOSSA REVISTA. AS MATÉRIAS AQUI EDITADAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS RESPECTIVOS AUTORES. ENVIE O CONTEÚDO PARA O REVISTAELEVADORBRASIL@GMAIL.COM CORRESPONDENTES FRANCISCO THÜRLER VALENTE - SÃO PAULO PAULO DAL MONTE - RIO DE JANEIRO HÉLIO SILVA - SÃO PAULO JOÃO EDUARDO DE A. E CASTRO - BRASÍLIA EDUARDO DIAS GRILLO - SÃO PAULO CLAUDIO H GUISOLI - BELO HORIZONTE

O mundo sofre com esta pandemia e os elevadores são veículos de transporte que têm grande influência na vida cotidiana de todos que convivem em grandes centros urbanos. Estamos vivendo a realidade em um novo mundo, que não sabemos se será mais com antes. É incrível descobrir que quando aviões, trens e outros transportes estão praticamente impedidos de continuar em operação, os elevadores continuam a trabalhar sem parar, tornando a vida de seus usuários mais confortável e dinâmica. Esta pandemia, do Novo Coronavírus, obrigou as empresas a assumirem novas estratégias e ações para manter as atividades de rotina. As conservadoras de elevadores, os fabricantes de peças e acessórios e até mesmo nós, que organizamos os principais eventos do setor no Brasil, tivemos que adaptar nossas atividades para enfrentar estes tempos de incertezas. A ExpoElevador teve sua data de realização alterada para os dias 01, 02 e 03 de março de 2021. Resistimos até o último momento para manter a data de julho de 2020, mas infelizmente não restou outra alternativa, senão a de protelar a data da feira. Este é um ano atípico e contamos com a compreensão de todos os nossos parceiros e amigos, que durante muitos anos tem apoiado nosso trabalho. Todas as ativi-

dades e programações para a realização da próxima ExpoElevador, em 2021, estão mantidas. Todos os expositores estão confirmados, novos expositores estão confirmando presença e os contratos com nossos fornecedores estão sendo cumpridos. Portanto, tudo segue de forma que teremos um grande evento, como sempre Deus permitiu. Esta edição traz uma matéria sobre a ABEEL - Associação Brasileira das Empresas de Elevadores – que conquistou recentemente os primeiros associados no Nordeste. O Eng.º Cláudio Henrique Guisoli assina um artigo sobre “A imprescindibilidade da realização de ensaios e testes periódicos em elevadores” e o Eng.º Paulo Roberto dos Santos traz um artigo muito pontual sobre “A importância da Inovação e da Quarta Revolução Industrial para recuperação pós COVID-19”. No quadro “Caso de Sucesso”, você vai conhecer a história da MGU Elevadores, empresa que se destaca no Acre com plantão 24h e agilidade nos atendimentos de chamados. Além disso, você vai conferir o artigo “Manutenção dos elevadores com o advento da pandemia COVID-19: necessidades e prevenção de riscos” e muito mais! Boa leitura! Abraços, Edilberto Almeida

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Sumário ABEEL conquista os primeiros associados no Nordeste Schmersal lança o Confiance Light, quadro de comando de alta performance para aplicações simples Momento de crescer Manutenção dos elevadores com o advento da pandemia COVID-19: necessidades e prevenção de riscos Schmersal implementa projeto piloto de produção em casa de chaves e sensores A imprescindibilidade da realização de ensaios e testes periódicos em elevadores Paulo Manfroi é o novo CEO da Thyssenkrupp Elevadores para a América Latina

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Balanceamento da cabine e contrapeso do elevador A importância da Inovação e da Quarta Revolução Industrial para recuperação pós COVID-19 MGU Elevadores se destaca no Acre com plantão 24h e agilidade nos atendimentos de chamados Solução para manutenção de equipamentos importados

Dicas de Leitura

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Linha

TOTAL COLOR É ÚNICO.... CBA-CR 04

É EXCLUSIVO.... É ELEVCOM....

CB-CR 05

CBP-CR 02

CBV-CR 03

Entre em contato: (11) 2796-3511 (11) 9 8699-7362

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vendas@elevcom.com.br


Fax : ( 13 ) 3227 - 5503 ELEVADORES & COMPONENTES

Atende NBR NM 13994 E NBR NM 313

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3 Ensaiada a fogo

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Fechos eletromecânicos

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Porta de Pavimento Automática


Botoeiras de Pavimento sobre a parede

Lanternas tipo IPD de andar

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NEGÓCIOS

ABEEL conquista os primeiros associados no Nordeste Associação cresce com a adesão de empresas de Pernambuco e Fortaleza

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ABEEL - Associação Brasileira das Empresas de Elevadores - começa a expandir seu quadro de associados. A entidade empresarial pioneira no segmento de elevadores em âmbito nacional, que já conta com associados dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, anuncia as primeiras conquistas no Nordeste, com a adesão de doze empresas localizadas em Recife-PE e em Fortaleza-CE. São empresas especializadas em manutenção, modernização e conservação de elevadores, consideradas as principais da região. “É uma grande honra contar com a adesão dos primeiros associados no Nordeste, apenas três meses após a criação da ABEEL”, afirma Marcelo Braga, presidente da entidade e também do Se-

ciesp (Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo). Segundo ele, é importante destacar o fato desses novos associados estarem localizados na região que mais deve crescer nos próximos anos. “É um sinal vigoroso de estarmos no caminho certo para atender à necessidade de estabelecer uma representação nacional que defenda os interesses do segmento de elevadores”, destaca Braga. Logo em sua criação, a ABEEL já obteve a adesão das empresas dos Estados de São Paulo, associadas ao SECIESP, e do Rio de Janeiro, associadas ao SECMIERJ (SECMIERJ - Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado do Rio de Janeiro).

Pernambuco

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O diretor da ABEEL no Recife será o empresário Eduardo Costa, que também é diretor da Dibasa Elevadores, empresa que atua no segmento de elevadores há 35 anos. Entre os novos associados destacam-se: Entre os novos associados de Pernambuco destacam-se: • Dibasa Comércio e Serviços Técnicos Ltda • Astem Elevadores • Gestt Elevadores • Safe Elevadores Ltda Me • Acessplus Manutenção Ltda – Me • Ateb Assistência Técnica Elevadores Brasil Ltda • D&A Elevadores Ltda • BTA Elevadores Ltda • Elevadores Versátil

• Beta Elevadores Ltda • Komet Conservação e Modernização de Elevadores Ltda Me E do Ceará: • Elevadores União Ltda Entre as pautas a serem defendidas pela nova entidade estão: avanço tecnológico da indústria nacional, aumento da produtividade, parcerias internacionais, programas de capacitação e reciclagem do conhecimento para os colaboradores das empresas, assuntos jurídicos, atuação nas áreas de normas e legislação, bem como junto ao poder executivo, na defesa e fortalecimento das empresas do setor e da segurança dos usuários.

Ceará

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LANÇAMENTOS

Schmersal lança o Confiance Light, quadro de comando de alta performance para aplicações simples Novidade complementa a linha Confiance de quadro de comandos, disponibilizando soluções completas para elevadores elétricos

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empre desenvolvendo soluções tecnológicas de ponta para o segmento de elevadores, a Schmersal apresenta o novo Comando Confiance Light, dedicado a aplicações mais simples com a mesma qualidade que a multinacional entrega em todo seu portfólio. O lançamento soma-se ao Confiance B&P408 e ao Confiance 222 Serial, fortalecendo a linha Confiance e tornando-a uma das mais completas do mercado. O novo Confiance Light é uma solução compacta que traz flexibilidade aos clientes no atendimento aos condomínios. A novidade é indicada para aplicações mais simples, com baixa velocidade e poucas paradas. Sua flexibilidade permite que seja utilizado com ou sem casa de máquinas, bem como para batente com inversor aplicado na caixa de corrida. O mais recente integrante da linha Confiance trabalha nas versões malha aberta e malha fechada, e pode ser aplicado com motor de imã permanente. Também contempla o opcional duplex inteligente para dois elevadores, ou seja, permite que o usuário escolha qual elevador ele quer que o atenda - basta pressionar o botão por alguns segundos que o social o atenderá, mesmo que o de serviço esteja mais próximo, e vice-versa. Indicado para elevadores novos ou modernizações, o Confiance Light atende até 60mpm e suporta até 12 paradas, oferecendo todo conforto ao usuário devido suas partidas e paradas suaves, além de ter placas com baixo consumo de energia. Compacto, eficiente, de fácil especificação e sim-

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Confiance Light


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ples na instalação, o novo Confiance Light garante economia e praticidade para o modernizador. A novidade tem inversores com software dedicado para elevação, reduzindo em até 15 minutos o tempo de ajustes do inversor, e proporciona excelente desempenho nas curvas de aceleração e desaceleração. Com fabricação nacional, o comando da Schmersal permite o ajuste para o controle de luminosidade dos displays em 16 níveis, reduzindo o consumo de energia. O Confiance Light registra até 128 falhas do elevador com os últimos oito eventos, facilitando a análise do técnico para identificar a causa. Presente no Comando 222S e no Confiance Light, o D&T simplifica a interface entre homem e máquina, pois auxilia a programação e a visualização dos eventos do quadro de comando de forma simples e clara, facilitando o diagnóstico e agilizando a manutenção do elevador. Outro diferencial é a opção de adquirir uma interface bluetooth que permite acessar o D&T por meio de aplicativo no celular. Assim, o modernizador poderá utilizar o dispositivo de dentro da cabine do elevador. O novo Confiance Light estará disponível para o mercado a partir de abril, com todo suporte do time Schmersal. Esse lançamento e a linha completa de quadro de comandos para elevadores também estarão na ExpoElevador 2021, que acontecerá de 1 a 3 de março de 2021, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo. O maior evento do segmento na América Latina reúne grandes especialistas do setor compartilhando informações, tendências e novidades. O estande da Schmersal na ExpoElevador é o 05A.

Sobre a Schmersal

Multinacional alemã líder mundial em sistemas de segurança para máquinas industriais, a Schmersal também desenvolve soluções em automação e tecnologia para elevadores. Com mais de 25 mil produtos e presente em 17 países, a empresa tem fábrica na cidade de Boituva, no interior de São Paulo, além de linhas de produção na Alemanha, China e Índia. A companhia conta com a Academia Schmersal, criada para capacitar profissionais ligados à segurança industrial para atender as especificações técnicas exigidas pela Norma Regulamentadora 12. A Schmersal também integra o ranking “Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil”, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria Great Place to Work (GPtW). www.schmersal.com.br. Mais informações para a imprensa: Press à Porter Gestão de Imagem (11) 3813-1344 – ramal 33 Confiance Light sem casa de máquina

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Rosa Pellegrino – rosa@pressaporter.com.br Érica Carmo – erica@pressaporter.com.br Gustavo Diamantino – gustavo@pressaporter.com.br


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MODERNIZAÇÃO

Momento de crescer

A

Por Roberto Saggiomo

revolução industrial estimulou a criação de cadeias de emprego na área fabril nas cidades e a migração de indivíduos em busca de melhores condições de vida, criando assim a massa de trabalhadores fundamentais para a construção de nossos prédios e alterando a paisagem urbana do século XX. Com o advento da criação, produção e instalação de equipamentos e a linha Branca com o selo verde (Rotulagem Ambiental ou Selo Verde: é a certificação de produtos adequados ao uso que apresentam menor impacto no meio ambiente em relação a outros produtos comparáveis disponíveis no mercado) nos fez criar com a tecnologia cada dia mais crescente, equipamentos com baixo consumo de energia e pequena emissão de carbono, tanto na fabricação como no uso diário.

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No caso do mercado de transporte vertical (elevadores e escadas rolantes), além das tecnologias acima descritas, tem a relevância de uma menor taxa de elevadores parados por desgaste de partes e peças e com o tempo uma economia que paga a nova tecnologia embarcada nos equipamentos. Para além do claro benefício econômico, temos a otimização do tráfego predial, melhorando o efeito colateral da expansão urbana do século XXI. Nós, que somos operadores do mercado de transporte vertical, temos como mantra o bom atendimento e a responsabilidade com a segurança e com o país, no sentido de mitigar o consumo de nossas fontes energéticas, e claro, o uso não fundamentado de matéria prima em equipamentos, que por serem ultrapassados, desgastam a uma taxa muito maior que aqueles com as novas tecnologias (principal-


mente o uso racional de energia elétrica na ponta – prédio e etc.) Devemos, dentro do possível, vender a realidade para os proprietários, administradoras e para a indústria a necessidade premente da modernização do parque com equipamentos de alto consumo de energia e partes e peças. Até o fechamento desta edição não encontrei nenhuma fonte de estudo brasileiro que nos informe a fotografia atual do número destes equipamentos com tecnologia do século XX. Neste momento de pandemia por conta do COVID-19, temos que aproveitar e trabalhar dentro dos departamentos de marketing e vendas, maneiras de mudar a visão dos clientes e demonstrar com fatos a grande oportunidade que este mercado tem de oferecer equipamentos com alta eficiência e baixo consumo de manutenção e energia – o que por si só já paga as modernizações em poucos anos (para um prédio e uma fração do tempo de vida útil do aparelho tanto de habitação como comercial e principalmente governamental). A civilização mundial sempre se reinventou na dificuldade, sendo ali que encontramos as oportunidades de mudar os paradigmas e crescermos como mercado organizado.

Sobre o autor Roberto Saggiomo começou a trabalhar com 14 anos na Telesp. Com 18 anos, foi para o Otis e hoje aos 45, ainda atua no mercado de elevadores. Especializado em marketing, com cursos na ESPM e FGV e sempre se atualizando em cursos, conhece a parte técnica e comercial. Já atuou também nas áreas de manutenção, modernização e vendas novas. Hoje é proprietário da Criart Prime Elevadores Ltda, que atua no segmento de modernizações na capital de São Paulo.

( aberta )

Vamos à luta!

em nosso site.

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SEGURANÇA

Manutenção dos elevadores com o advento da pandemia COVID-19: necessidades e prevenção de riscos

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Por Eng. Luciano Grando

om o objetivo de auxiliar a sociedade, e principalmente os profissionais envolvidos com as atividades de manutenção de elevadores neste período da pandemia COVID-19, apresentamos orientações e recomendações específicas para execução das atividades e para prevenção do risco de contágio, complementares às orientações das autoridades competentes. Elevadores são equipamentos de transporte vertical necessários nas edificações, principalmente neste momento em hospitais e centros clínicos que precisam manter o transporte de pessoas e macas, assim como nas indústrias e supermercados que abastecem os produtos fundamentais para sociedade e necessitam de elevadores para movimentação de cargas. Não

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podemos desconsiderar os condomínios residenciais e comerciais em uso, pois temos pessoas com mobilidade reduzida que necessitam utilizar os elevadores, tais como cadeirantes, pessoas com restrição visual, pessoas com restrições para andar e inclusive os idosos. Para garantirmos a disponibilidade e funcionamento seguro dos elevadores temos que considerar a necessidade de realizar as manutenções periódicas (preventivas), com substituição ou reparação de peças quando necessário, bem como manter equipes de atendimento de chamados 24hs por dia, para restabelecer o funcionamento ou retirar pessoas presas na cabina dos elevadores. Temos, portanto, que considerar a manutenção dos elevadores um serviço essencial para sociedade,

que não poderá ser interrompido neste momento crítico. Recomendamos em regra manter a periodicidade da manutenção preventiva, pois o desgaste dos componentes não ocorre somente nos últimos 30 ou 60 dias, mas é consequência do tempo e intensidade de uso anterior, durante a vida útil dos componentes. Para casos específicos, mediante análise do profissional responsável técnico essa periodicidade pode ser ampliada. Em relação aos usuários, as atividades de manutenção não interferem nas medidas de prevenção já adotadas nos edifícios, hospitais e condomínios, uma vez que a manutenção dos equipamentos ocorre principalmente na casa de máquinas e sobre a cabina, locais de acesso restrito aos técnicos de manutenção, sendo recomendado


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adoção de medidas de prevenção específicas. MANUTENÇÃO DE ELEVADORES Elevadores são equipamentos destinados ao transporte de passageiros e cargas, sendo constituído principalmente de um conjunto de tração (máquina / motor), contrapeso, sistema de suspensão através de cabos de tração ou mecanismos hidráulicos, quadro ou painel de comando, sinalizações em geral, regulador de controle de velocidade, sistema de freio de segurança e amortecedores de impacto do tipo para-choque. Sendo equipamentos eletromecânicos, demandam manutenção periódica e serviços de assistência técnica contínuos para a garantia de sua funcionalidade e segurança para todos os usuários. Neste momento, considerando a pandemia COVID-19, recomendamos restringir as atividades de manutenção preventiva àquelas em que o técnico não possui contato com os usuários, realizadas na casa de máquinas, que englobam a maior parte dos componentes: máquina de tração, limitador de velocidade, cabos de suspensão, painel de comando, fiações e dispositivos; e realizadas sobre a cabina, que englobam: componentes da cabina, fiações, operador de portas e portas de pavimento. As atividades de limpeza do poço e da casa de máquinas podem ser postergadas, pois necessitaria destinação para os resíduos recolhidos, e assim possibilidade de contato dos técnicos com os responsáveis na edificação. Quando necessário acessar os pavimentos, por exemplo para elevador sem casa de máquinas, o técnico deve dar preferência para o pavimento superior da edificação, neste caso promover a isolação dos locais com barricadas móveis, visando manter o distanciamento recomendado pelas autoridades competentes. Antes de iniciar as atividades em um pavimento providenciar a abertura das janelas e portas, se existentes, para melhorar a

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Desenho esquemático de um Elevador – destaque casa de máquinas

ventilação e renovação de ar no local. As atividades de manutenção realizadas no poço dos elevadores, como limpeza, bem como realizadas nos pavimentos e no interior da cabina, como itens estéticos e botões, podem ser postergadas para minimizar a possibilidade de contato do técnico com os moradores/usuários. Importante alertar quanto à logística das peças de reposição, pois os elevadores necessitam de peças para reparação ou substituição preventiva e corretiva. Nesse sentido compete ao poder público manter em funcionamento tanto a fabricação para reposição dos componentes quanto o transporte e logística nas cidades, incluindo fábricas, centro de distribuição e almoxarifado. A quebra dessa cadeia produtiva pode impedir a reparação dos elevadores, e assim prejudicar ou inviabilizar o transporte vertical em hospitais, clínicas médicas, fábricas e condomínios comerciais e residenciais. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DO RISCO DE CONTÁGIO Recomendamos a adoção de medidas de controle específicas para prevenir e minimizar o risco de contágio dos trabalhadores e dos usuários, com-

plementares as medidas já definidas e orientadas pelas autoridades competentes. A orientação geral das autoridades competentes é no sentido de mantermos o distanciamento social, evitando proximidade e contato entre as pessoas. Nesse sentido, recomendamos que o técnico de manutenção realize suas atividades desacompanhado (sozinho), inclusive enviando os documentos e comprovantes dos serviços através de meio eletrônico após os serviços. Especial atenção na entrega da chave da casa de máquinas, recomendamos ao condomínio limpar a mesma com álcool gel antes de entregar ao técnico e quando retornar, bem como recomendamos disponibilizar ao trabalhador (técnico da empresa de manutenção), lavatório para higienização das mãos antes e após as atividades. Os EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) já utilizados pelos técnicos de manutenção, podem auxiliar na prevenção e controle do risco de contágio, assim recomendamos aos técnicos utilizar no mínimo: uniforme calça e camisa manga longa, crachá de identificação, boné casquete ou capacete, óculos de proteção, luvas, calçado de segurança e máscara de pó.


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Estes EPIs, mesmo não sendo específicos para agentes biológicos, podem minimizar o risco de contágio tanto para o técnico quanto a transmissão para os usuários. Com objetivo de evitar riscos à saúde dos trabalhadores e da sociedade como um todo, o deslocamento dos técnicos para os locais deve ser realizado através de veículos próprios ou individual, não utilizando o transporte público (o que poderia colocar sua saúde em risco). Em relação ao uso dos elevadores, nossa recomendação é o proprietário adotar medidas para restringir ao uso INDIVIDUAL da cabina, ou grupo de pessoas da mesma habitação, proibindo o uso coletivo do elevador e evitando assim contato social. Também é recomendável não formar filas, bem como manter as áreas de acesso (hall) ventiladas. CONCLUSÃO Entendemos que as atividades de manutenção de elevadores não podem ser suspensas neste período da pandemia causada pelo COVID-19, por ser um serviço essencial para sociedade e para os meios de atendimento aos pacientes e logística de produtos essenciais nos supermercados. Consideramos a manutenção como sendo uma necessidade INADIÁVEL, tanto para manter os equipamentos em funcionamento quanto para atender eventualmente a necessidade de resgate de pessoas presas na cabina. As atividades manutenção preventiva e corretiva dos elevadores, bem como a substituição ou reparação de peças, são absolutamente necessárias para garantir a continuidade

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de funcionamento e segurança dos usuários, equipamentos utilizados em hospitais e centros clínicos que precisam manter o transporte de pessoas e macas, assim como nas indústrias e supermercados que abastecem os produtos fundamentais para sociedade, e nos condomínios para prover acessibilidade as pessoas com mobilidade reduzida ou mesmo evitar deslocamentos e contatos das pessoas em percurso por escadas. A execução das atividades pode ser realizada com observância das medidas de prevenção estabelecidas pelos órgãos competentes, pois são atividades realizadas desacompanhadas (técnico está sozinho) e sem necessidade de contato com outras pessoas. O técnico deve realizar a higienização frequente das mãos, antes e após a execução das atividades. Recomendamos a adoção de medidas de controle específicas para as atividades de manutenção de elevadores, complementares as medidas de controle definidas pelas autoridades competentes, através de procedimentos de trabalho e do uso de EPIs inerentes a função, medidas que reduzem ainda mais a possibilidade de transmissão do vírus pois evitam o contato e garantem o distanciamento entre as pessoas. MANUTENÇÃO DE ELEVADORES - Necessário realizar manutenção preventiva, corretiva e atendimento de chamados; - Manter a periodicidade das manutenções preventivas, exceto para casos específicos definidos pelo responsável


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técnico; - Restringir àquelas atividades realizadas na casa de máquinas e sobre a cabina; - Suprimir atividades realizadas nos pavimentos, dentro da cabina, limpeza do poço e da casa de máquinas; - Manter equipe de atendimento 24hs, para atendimento de chamados e emergências; - Manter peças de reposição, através das fábricas, centros de distribuição e almoxarifados; MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DO RISCO DE CONTÁGIO - Realizar atividades desacompanhado (sozinho); - EPIs dos trabalhadores: uniforme calça e camisa manga longa, crachá de identificação, boné casquete ou capacete, óculos de proteção, luvas, calçado de segurança e máscara de pó; - Disponibilizar lavatório para o trabalhador, antes e após os serviços; - Atividades devem ser realizadas na casa de máquinas e sobre a cabina; - Evitar realizar atividades no interior da cabina, nos pavimentos e no poço dos elevadores. Postergar atividades de limpeza ou remoção de produtos e peças antigas que estejam nos locais (peças substituídas, óleo e estopa usados e outros); - Se necessário realizar atividades nos pavimentos, promover o isolamento dos locais com barreiras, atendendo o distanciamento social recomendados pelas autoridades, bem como promover a abertura de janelas e portas para ventilação do local de trabalho; - Entrega e recebimento da chave da casa de máquinas utilizando álcool gel para higienização; - Entrega de documentos e comprovantes dos serviços por meio eletrônico, evitar assinaturas em formulários de papel durante as atividades; - Deslocamento dos técnicos individual através de veículo próprio da empresa, ou transporte individual (táxi, aplicativo); - Uso dos elevadores de forma individual, ou pessoas da mesma habitação/família, com áreas de acesso ventiladas (hall dos pavimentos). Porto Alegre, 27 de março de 2020. @2019 ABEMEC-RS: É autorizada reprodução parcial ou integral deste artigo técnico, desde que citada a fonte.

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Porto Alegre - RS, 27 de março de 2020. Publicação em versão eletrônica disponível nos sites da entidades: www. abemec-rs.org.br ; www.fenemi.org.br SOBRE O AUTOR Eng. Luciano Grando – CREA/RS 88.407 (luciano@ grandoengenharia.com.br) - Engenheiro mecânico e segurança do trabalho. Diretor técnico da empresa Grando Engenharia, especializada em transporte vertical. Membro da ABEMEC-RS – Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos. Diretor e Conselheiro do CREA-RS – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS. Membro da Comissão de Estudos de Elevadores Elétricos da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Consultor, palestrante e perito especializado em equipamentos de transporte vertical. SOBRE A ABEMEC-RS

A Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos Seção RS é uma sociedade civil sem fins lucrativos, que tem em seus objetivos congregar os profissionais engenheiros mecânicos e industriais e suas modalidades na área da mecânica, afim de promover o desenvolvimento tecnológico e cientifico, a defesa e a representação dos profissionais engenheiros da área mecânica. Entidade filiada à FENEMI – Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial, que congrega as associações regionais do Brasil. Entidades profissionais vem apresentar orientações e recomendações quanto à necessidade de manter a manutenção preventiva e corretiva dos elevadores neste momento que estamos enfrentando a pandemia do COVID-19, bem como apresentar sugestões de medidas de controle específicas para a atividade e complementares aquelas definidas pelas autoridades competentes.


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EMPREENDEDORISMO

Schmersal implementa projeto piloto de produção em casa de chaves e sensores Iniciativa é uma das dezenas que fazem parte de plano com ações preventivas de combate a disseminação do Covid-19

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ultinacional que desenvolve e fabrica soluções para elevadores, automação e segurança para máquinas industriais, a Schmersal adotou projeto piloto de produção na casa de colaboradores de pequenas chaves e sensores. A iniciativa é uma das ações preventivas de combate a disseminação do covid-19 adotadas na fábrica, localizada na cidade de Boituva, a 133 km da capital paulista. Com 160 colaboradores diretamente vinculados na produção da fábrica, o projeto piloto contempla 5% do efetivo trabalhando em casa. “Avaliamos quais postos da área produtiva permitem produção com menor número de equipamentos envolvidos e sem impacto na qualidade de nossos produtos. Escolhemos algumas pessoas para iniciarmos o projeto piloto, o que está permitindo o aprendizado sobre a dinâmica deste processo para posterior ampliação”, comenta Bruno Ricardo Diniz, gerente industrial da Schmersal. Nesse projeto piloto, estão contemplados os montadores da área de eletrônica da Schmersal, atividade usualmente realizada em um ambiente fechado e com maior proximidade entre os colaboradores. “Por serem produtos da área de eletrônica, apenas tivemos que escolher itens que não precisam de cuidados com a eletrostática - requisito básico para montadores de eletrônica. Dessa forma, estamos montando

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Schmersal adotou projeto piloto de produção na casa de colaboradores de pequenas chaves e sensores (Divulgação)

em casa pequenas chaves e sensores que não têm componentes sensíveis a eletrostática”, explica Cristiano Martins, coordenador de produção eletrônica da Schmersal. A logística do projeto piloto consiste no modelo Milk Run, ou seja, um sistema de entregas em que, ao mesmo tempo que se deixa a mercadoria, se leva a outra. O próprio supervisor da área faz a gestão da rota e o time de Plano de Controle de Produção (PCP) faz a programação semanal. A

equipe da logística separa os componentes que serão distribuídos nas casas dos colaboradores e, nesta mesma rota, coleta os itens finalizados na produção anterior. “Mesmo sendo uma atividade semanal, o Milk Run pode ser acionado para coletas diárias, dependendo, neste caso, da demanda de nossos clientes. A premissa aqui é reduzir as interações ao menor número possível”, acrescenta Diniz. Ele explica que os colaboradores do projeto piloto foram orientados a buscar


Nesse projeto piloto, estão contemplados os montadores da área de eletrônica da Schmersal, atividade usualmente realizada em um ambiente fechado e com maior proximidade entre os colaboradores (Divulgação)

um ponto isolado da casa, para que possam se concentrar e fazer o trabalho com o mesmo nível de qualidade que executam na Schmersal. “Oferecemos todas as ferramentas necessárias para a execução do trabalho, lembrando que isto foi feito com colaboradores que não necessitam de apoio ou suporte técnico por terem pleno domínio da atividade em execução”, destaca o coordenador de produção eletrônica da Schmersal.

Colaboradores do projeto piloto foram orientados a buscar um ponto isolado da casa, para que possam se concentrar e fazer o trabalho com o mesmo nível de qualidade que executam na Schmersal (Divulgação)

A capacidade de montagem dos itens em casa é basicamente a mesma da indústria, uma vez que as atividades são dimensionadas para ocuparem o tempo equivalente aos turnos de trabalho. A Schmersal manteve todos os funcionários da fábrica empregados e, até o momento, não teve diminuição nos pedidos de clientes. “Mas temos consciência que teremos impacto, uma vez que haverá uma redução geral de demanda”, finaliza o gerente industrial da Schmersal.

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ARTIGO TÉCNICO

A imprescindibilidade da realização de ensaios e testes periódicos em elevadores

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Por Cláudio Henrique Guisoli

as inspeções de rotina mensais é avaliado o estado de conservação de equipamentos diversos de elevadores. Entretanto, as inspeções de rotina não são suficientes para garantir a confiabilidade operacional de equipamentos de segurança essenciais nos elevadores, por exemplo, limitador de velocidade, freio de segurança, freio eletromecânico da máquina de tração entre outros. Infelizmente, fatos recentes comprovam casos de acidentes, até fatais, em que a manutenção preventiva mensal estava sendo feita regularmente, mas equipamentos de segu-

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rança não atuaram quando requerido. Ao comprar um veículo, o adquirente recebe juntamente com o veículo o manual do proprietário. No manual constam as revisões e suas periodicidades, que devem ser observadas para manter o carro em bom estado de conservação e seguro. Assim, como veículos passam por revisões periódicas estabelecidas pelos fabricantes, também os elevadores têm de passar por inspeções e ensaios periódicos no decorrer da vida útil, conforme estabelecido por normas técnicas da ABNT, de modo a comprovar a condição operacional segura dos equi-


pamentos. Quando e em quais circunstâncias os elevadores devem passar por inspeções ou ensaios periódicos? Não temos uma norma técnica ABNT específica a respeito de ensaios periódicos para elevadores elétricos de passageiros. A norma ABNT MB 130:1955 “Inspeção Periódica de Elevadores e Monta-Cargas” foi cancelada no ano de 2009, e até a presente data não foi publicada outra norma ABNT para substituí-la, apesar da importância fundamental que tal assunto requer. Entretanto, a norma ABNT NBR NM 207 estabelece em que circunstâncias e a quais ensaios os elevadores devem ser submetidos, apesar de não entrar em pormenores de como realizar as inspeções e ensaios. Inspeções e ensaios periódicos em elevadores recém instalados Devem ser realizadas inspeções e ensaios periódicos nos elevadores depois que eles tiverem entrado em serviço para verificar se estão em condições operacionais seguras. Essas inspeções e ensaios periódicos devem ser realizados conforme “Anexo E” da norma pertinente. Inspeções e ensaios depois de modificações relevantes ou depois de um acidente Inspeções e ensaios devem ser realizados depois de modificações relevantes ou depois de um acidente para assegurar que o elevador continua a atender a norma. As inspeções e os ensaios devem ser realizados conforme “Anexo E”. Em particular, são as seguintes as modificações importantes: Troca: - da velocidade nominal; - da carga nominal; - da massa do carro; - do percurso do carro; - do tipo do dispositivo de travamento da porta de pavimento (a substituição de um dispositivo de travamento por

um do mesmo tipo não é considerada como uma modificação importante). Troca ou substituição: - do sistema de controle; - das guias ou do tipo de guias; - do tipo de porta (ou a adição de uma ou mais portas da cabina ou de pavimento); - da máquina ou da polia motriz; - do limitador de velocidade; - do para-choque; - do freio de segurança. Estes ensaios serão, no máximo, aqueles requeridos para os componentes originais antes da entrada do elevador em serviço. Inspeções e ensaios periódicos no decorrer da vida útil dos equipamentos Inspeções e ensaios periódicos não devem ser mais exigentes que aqueles requeridos antes do elevador entrar em serviço. Estes ensaios periódicos não devem, através de sua repetição, causar excessivo desgaste ou impor tensões que possam diminuir a segurança do elevador. Em particular, este é o caso de ensaio de componentes como o freio de segurança e para-choque. Se forem feitos ensaios nesses elementos, eles devem ser realizados com a cabina vazia e velocidade reduzida. A capacidade desses elementos foi verificada durante os ensaios de tipo. Além disso, sua montagem correta e operação foram verificadas nos ensaios feitos antes da entrada em serviço. A pessoa indicada para fazer o ensaio periódico deve assegurar-se de que esses componentes (que não operam no serviço normal) estejam sempre em condições operacionais. As inspeções e os ensaios devem incidir sobre: - os dispositivos de travamento; - os cabos de suspensão; - o freio eletromecânico. Se os componentes do freio são tais que no caso de falha de um deles o outro não é suficiente para frear o carro, uma inspeção detalhada deve ser feita nos cubos, pivôs e articulações para assegurar que

não há desgaste ou acúmulo de pó afetando sua satisfatória operação; - o limitador de velocidade; - o freio de segurança ensaiado com cabina vazia e a velocidade reduzida; - os para-choques (tipo dissipação de energia) devem ser ensaiados com cabina vazia e a velocidade reduzida; - o dispositivo de alarme. No mercado de manutenção de elevadores a rotatividade das empresas é elevada, principalmente por motivo de insatisfação dos proprietários e síndicos quanto à qualidade do serviço apresentado e para redução de custos. Entretanto, a inspeção inicial para assumir a manutenção de novos elevadores na carteira é, geralmente superficial, obscurecendo problemas graves que podem resultar em acidentes, por vezes até fatais. Portanto, a empresa de manutenção ao invés de estar agregando um ativo interessante à sua carteira de clientes, na realidade pode estar assumindo uma instalação potencialmente perigosa do tipo “bomba relógio”. O que temos visto é que a grande maioria das empresas tem suprimido a inspeção inicial criteriosa e corrido o risco da possibilidade de um acidente e, nesse caso, terá de assumir os ônus dos problemas que, em princípio, eram de responsabilidade da empresa anterior, mas que se tornaram seus assim que assumiram a manutenção. O ideal é que os serviços de inspeção anual sejam realizados por empresa independente, por exemplo, uma consultoria técnica independente, sem quaisquer vínculos com a empresa mantenedora. A inspeção inicial é de grande importância, principalmente em caso de elevadores que entram na carteira sem qualquer histórico de manutenção da empresa anterior, o que frequentemente acontece no setor de elevadores. A maioria das capitais e as grandes cidades interioranas do Brasil possuem legislação específica que obrigam as empresas mantedoras a apresentar anualmente o RIA – relatório de inspeção anual – para atestar a segurança operacional dos elevadores sob assistência

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técnica de cada empresa. Nas localidades onde o RIA é obrigatório, geralmente, as empresas de manutenção incluem em seus contratos de prestação de serviços a obrigatoriedade de realização da inspeção inicial e assumem o ônus da realização da inspeção anual que irá gerar o RIA de cada elevador. Com a concorrência predatória no mercado de elevadores e o valor do ticket médio cada vez menor, é praticamente impraticável assumir o ônus da realização de uma inspeção anual criteriosa e/ou assumir a responsabilidade técnica de instalação da concorrência, sem cobrar o valor devido pela execução dos testes e ensaios, que requerem pessoal técnico especializado, tempo e equipamentos. Não existe uma padronização do check-list dos itens a serem verificados e ensaiados nas inspeções anuais. Portanto, cada empresa relaciona os itens que julga serem importantes e/ou pertinentes, o que faz com que algumas empresas avaliem muitos, outras pouco e ainda outras quase nenhum. Como conclusão, a realização da inspeção anual requer pessoal técnico qualificado e, além disso, literatura técnica especializada para elaboração dos procedimentos técnicos que serão utilizados no decorrer de cada inspeção anual. Recomendo o “Manual de ensaios de componentes de elevadores”, um excelente trabalho do nosso colega engº Francisco Thurler Valente, que será, sem dúvida, de grande utilidade para as empresas mantenedoras de elevadores.

Sobre o autor Cláudio Henrique Guisoli, engenheiro industrial mecânico graduado pelo CEFET-MG, diretor da empresa “Vertical Consultoria”, escritor, palestrante, instrutor em treinamentos gerenciais e técnicos, secretário do grupo de trabalho da ANBT em BH do projeto da norma de inspeções e ensaios em elevadores elétricos de passageiros, com experiência de 35 anos no setor de transporte vertical de passageiros. Contatos: (31) 3337-9695 ou (31) 99795-3618 – E-mail: guisoli@uol.com.br

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NEGÓCIOS

Paulo Manfroi é o novo CEO da Thyssenkrupp Elevadores para a América Latina

O

engenheiro Paulo Manfroi é o novo CEO da Thyssenkrupp Elevadores para a América Latina. A mudança ocorre em decorrência da aposentadoria de Alceu Paz de Albuquerque, que comandou a empresa nos últimos 29 anos, como parte de um processo de transição pautado nos direcionamentos da governança corporativa, com total integração do corpo diretivo. Formado em engenharia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e com MBA e Pós-Graduação em Gestão Empresarial pela FGV e Fundação Dom Cabral e INSEAD, na França, Manfroi construiu uma sólida carreira na empresa. Começou como estagiário

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e ao longo de 34 anos ocupou vários cargos até assumir o comando da área de Serviços, um dos pilares do negócio, que responde pela manutenção de milhares de equipamentos instalados em 14 países da América Latina, incluindo o Brasil, como elevadores, escadas e esteiras rolantes, pontes de embarque e uma linha específica de acessibilidade. Recentemente, ocupava a posição de COO da companhia. À frente da empresa em um momento de crise, onde a pandemia do coronavírus (Covid -19) traz um desafio adicional ao negócio, o foco principal é buscar o equilíbrio para preservar a saúde dos colaboradores e manter a sustentabilidade do negócio. “Estamos viven-


do uma crise sem precedentes no mundo. Adotamos todas as medidas para assegurar a saúde e a integridade de nossos colaboradores e, ao mesmo tempo, garantir o serviço essencial para o deslocamento de milhares de pessoas, que precisam de mobilidade neste momento de crise, principalmente os hospitais, os aeroportos, o sistema de transporte, como o metrô, e os edifícios em geral”, destaca o CEO. A médio e longo prazo, o executivo tem como meta ampliar a gestão de negócio focada na transformação digital. Neste momento de medidas restritivas, a empresa vem reforçando junto aos clientes a importância dos canais digitais para agilizar o atendimento, como o App Seu Elevador, meio mais rápido para registrar um chamado a partir do smartphone. “No mundo moderno, as pessoas exigem das empresas respostas rápidas. Precisamos acompanhar esse ritmo e adicionar valor aos nossos produtos e serviços, por meio da tecnologia. É esse diferencial que estamos trazendo para o nosso segmento, que movimenta milhares de pessoas todos os dias pelo mundo”, destaca o CEO da thyssenkrupp Elevadores. Hoje, a empresa é protagonista do processo de transformação digital da indústria de elevadores com o lançamento de tecnologias como o MAX, primeira solução de manutenção preditiva de elevadores, a partir de soluções de IoT e machine learning/IA. O MAX já está conectado a mais de 125 mil elevadores no mundo, incluindo o Brasil, onde os elevadores novos já saem de fábrica equipados com a nova tecnologia. “O MAX manda uma mensagem diretamente para o técnico, dizendo que identificou uma falha e aponta cinco possíveis soluções para o problema, assim o técnico vai agir de forma preditiva e mais precisa na solução e não no diagnóstico da falha”, explica Manfroi. A

interface entre o MAX e o técnico de manutenção é feito por meio do App tkEmobile, via smartphone. Na outra ponta do processo, por meio do App Seu Elevador, o cliente também é notificado sobre o problema que o MAX detectou no elevador e que um técnico já está a caminho. Hoje, 10% dos clientes do Brasil já utilizam o App para se comunicar com a empresa.

Paulo Manfroi, CEO da thyssenkrupp Elevadores América Latina (Foto: Divulgação)

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ARTIGO TÉCNICO

Balanceamento da cabine e contrapeso do elevador

O

Por Eng. Boris Risnic

sistema de tração dos elevadores de passageiros é concebido para evitar que os cabos de aço se prendam ou se entrelacem, pois isso causaria sérios transtornos aos passageiros, com trancos e quedas súbitas com perigo de acidentes graves. O uso de carreteis que enrolam o cabo em elevadores ou guinchos de carga são proibidos em elevadores de passageiros. As Normas são claríssimas sobre isso. Por que? Um carretel enrolando um cabo pode apresentar duas condições de acidentes graves: 1- O cabo sendo enrolado pode formar um calombo de cabo sendo enrolado sobre ele mesmo e quando o calombo fica muito alto ele desaba, provocando queda súbita de alguns metros da cabina e forçando o cabo quando cessar a queda, podendo até arrebentar. Além disso, carreteis não são bons quando se quer enrolar 3 ou 4 cabos neles. Forma-se uma confusão. 2- Se, por algum motivo, a cabina sendo erguida se prender nos trilhos e ficar entalada, o carretel continuará sendo enrolado e forçará o cabo até ele se partir, provocando a queda da cabina e matando os passageiros. Se a cabina se entalar na descida o cabo continuará sendo desenrolado e ficará solto sobre a cabina. Qualquer movimento dentro dela que a faça se soltar, ela cairá também, pois não há mais cabos sustentando-a. Portanto, usar carretel em um elevador de passageiros, nem pensar! As Normas especificam o uso de Polias de tração por atrito. Os cabos que sustentam a cabina passam pelos sulcos da Polia de Tração e vão se prender na outra extremidade em um contrapeso. A tração ou movimento do

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motor gira a Polia e é transmitida aos cabos pelo atrito que estes formam com o sulco da polia, ou seja, eles não escorregam nos sulcos e são movimentados pela Polia. Na verdade, estes sulcos na polia são em formato de “V” para aumentar ainda mais o atrito deles com os cabos. A Polia oferece segurança máxima: 1- Não cria calombos de cabos empilhados sobre si mesmos; 2- Se a cabina entalar nos trilhos, na subida, os cabos deslizam pois o atrito foi calculado para suportar só o peso da cabina; 3- Se a cabina entalar nos trilhos, na descida, os cabos ao se afrouxarem devido à perda de peso da cabina, começam a deslizar também; 4- Além de tudo isso, o equilíbrio de peso entre a cabina e o contrapeso alivia o esforço que o motor precisa fazer para mover a cabina; 5- Agora, um único perigo existe se o equilíbrio de peso estiver muito errado, ou seja, o contrapeso for muito mais leve que a cabina, o atrito vai diminuir muito nos sulcos. Ao entrarem muitos passageiros na cabina, ela pode causar o escorregamento dos cabos na Polia e “cair” até bater na mola do fundo do poço no subsolo. Muitos passageiros podem se machucar. Segundo a Norma, o peso do con-

trapeso deve ser igual ao peso da cabina com dois passageiros (150 kg). Se o seu elevador não consegue subir com o número máximo de pessoas que está escrito na cabina, ele certamente está desbalanceado. Peça para balancearem.

SOBRE O AUTOR

Autor: Eng. Boris Risnic CREA: 0600.366.433 Consultoria em Elevadores, Vistorias, Laudos Técnicos Fones: (11) 3791-3304 ou (11) 99252-6993 www.drelevador.com.br E-mail: brisnic@gmail.com

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ARTIGO TÉCNICO

A importância da Inovação e da Quarta Revolução Industrial para recuperação pós COVID-19

J

Por Paulo Roberto dos Santos

á perceberam como nossas vidas podem se transformar rapidamente? E assim se passou com as empresas e com toda economia. Muitas empresas estão sofrendo as consequências da quarentena e distanciamento social. Empresas que possuem um bom processo de inovação em funcionamento, provavelmente sentiram menos o impacto da crise, isso porque elas contaram com sistemas de monitoramento de tendências que detectaram a chegada da crise e suas consequências. E serão as empresas que conseguirão sair da crise com mais rapidez, e em alguns casos, até melhores do que seus concorrentes. Pois, foram capazes de criar uma estratégia inovadora para conquistar clientes e mercados nesse novo senário. Um bom processo de Inovação consiste basicamente por três fases: Detectar a Inovação, Selecionar a Inovação e Implementar a Inovação, tudo isso suportado por uma cultura organizacional de inovação.

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Figura 1 - Processo de Inovação (Fonte: Zorfatec Consultoria em Inovação)

O monitoramento sistemático das tendências Detectar a Inovação, na verdade é o exercício contínuo de monitorar as tendências, de forma planejada e sistêmica. Em que cada especialista da empresa realiza leituras periódicas de fontes de informação sobre tendências, relevantes para sua área de atuação. Essas tendências são registradas e classificadas em quatro áreas: Economia, Legislação e Política; Energia e Meio Ambiente; Sociedade e Comportamento; Tecnologia. E em relação ao tempo estimado para impacto nos negócios da empresa e com que intensidade o impacto pode ocorrer. Desta maneira podemos criar um panorama que apresentará nos vários setores as principais ameaças e oportunidades, bem como o tempo e intensidade do impacto de uma tendência. Selecionar potenciais oportunidades e mitigar os riscos Depois de coletar as principais tendências, o time que compõe o Comitê de Inovação faz a seleção das tendências mais relevantes para a empresa, em cada uma das quatro áreas. Uma

análise SWOT poderá auxiliar para identificar as ações de inovação que a empresa pode desenvolver, assegurando assim um planejamento robusto. Uma vez que tenhamos o planejamento, baseado nas tendên-

cias identificadas, a etapa seguinte é relativamente lógica e muito familiar para as empresas, que é a implementação, ou seja, desenvolver os projetos, de acordo com os planos estabelecidos.

Figura 2 - Radar de tendências (Fonte: Zorfatec Consultoria em Inovação)

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A quarta revolução Industrial e a COVID-19 Conforme apresentado no artigo de Badr Al-Olama, que é Chefe do Comitê Organizador da Cúpula Global de Manufatura e Industrialização, apoiada pela ONU, podemos perceber como as tecnologias da quarta revolução industrial estão ajudando a sociedade a superar essa crise. As medidas preventivas implementadas por países em todo o mundo para deter o surto de Corona vírus (COVID-19) estão nos forçando a fazer mudanças fundamentais na maneira como vivemos, nos negócios e na educação, na formulação de políticas e na legislação. É difícil dizer quanto tempo essas medidas permanecerão em vigor, mas teme-se que elas possam se manter por algum tempo e provavelmente terão um impacto permanente em nossas vidas. Embora devamos tomar todas as precauções sensatas, não podemos parar indefinidamente todas as atividades econômicas e sociais. De uma maneira ou de outra, a vida deve continuar, e é por isso que agora é fundamental encontrar maneiras inovadoras de contornar essa pandemia ou qualquer outra ruptura. Muitas vezes ouvimos dizer que a quarta revolução industrial é uma força de ruptura, que representa uma ameaça aos empregos e à prosperidade econômica da sociedade. No entanto, as circunstâncias atuais estão revelando uma imagem muito diferente, em que as tecnologias da quarta revolução industrial estão apresentando soluções para restaurar muitas atividades de nossas vidas, ajudando-nos a superar desafios sem precedentes. Por exemplo, a tecnologia e a conectividade digital estão permitindo que muitas pessoas trabalhem remotamente e se encontrem virtualmente, enquanto os sistemas de educação estão oferecendo às crianças o ensino à distância, na segurança de suas casas por meio de webinars. Além disso, embora compremos produtos em plataformas de comércio eletrônico há muitos anos, essa tendência foi recentemente superada pelas compras on-line de itens domésticos essenciais, que podem muito bem

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se tornar a norma em nosso mundo pós-pandemia. As tecnologias da quarta revolução industrial não apenas permitem que continuemos com nossas vidas, mas o big data também nos permite triangular a disseminação do Corona vírus, fornecendo informações vitais que ajudam os governos e os sistemas de saúde a reagir com eficácia e rapidez para conter o surto. Além disso, a impressão 3D também está sendo usada para acelerar a produção de suprimentos médicos essenciais a curto prazo e que pode ser difícil de obter através das cadeias de suprimentos tradicionais, como máscaras cirúrgicas, componentes do ventilador e kits de diagnóstico. Não há dúvida de que as tecnologias da quarta revolução industrial permitem que as atividades comerciais continuem, mesmo que mantendo a disciplina do distanciamento social. Por exemplo, a tecnologia blockchain nos permite assinar contratos com segurança sem a necessidade de estar fisicamente presente. A inteligência artificial (IA) pode ser usada para alimentar o chão de fábrica e permitir a tomada de decisão remota, enquanto os robôs podem garantir que a produção continue em andamento sem expor a força de trabalho a qualquer risco de infecção. Ao combinar a Internet das Coisas Industrial (IIoT) com a computação em nuvem, os fabricantes globais também podem acessar remotamente um centro de comando e controle virtual para monitorar e operar várias instalações de qualquer lugar do mundo. No ritmo atual de adoção dessas tecnologias transformadoras, podemos muito bem acabar chamando um veículo autônomo em um futuro muito próximo. Portanto, devemos adotar um novo DNA digital para nossa sociedade que provavelmente precisará ser alimentado perpetuamente com criatividade e inovação. Afinal, a inovação provou ser uma ferramenta eficaz que pode resolver desafios prementes e continua sendo a força motriz por trás do avanço da humanidade e da aceleração do bem global. A longo prazo, a crise estimulará mais inovação para o avanço da tecnologia digital, deixando um legado de

mudança fundamental na maneira como muitas coisas são feitas, usadas ou descartadas. Esta é uma nova era de restauração digital - que não apenas restaurará nossas redes sociais e econômicas, mas também nos levará a um mundo digital que é capacitado, habilitado e acelerado pelas tecnologias 4IR para restaurar a prosperidade global.

SOBRE O AUTOR

Paulo Roberto dos Santos Sócio Diretor da Zorfatec, consultoria em Inovação Tecnológica, Engenheiro Industrial Mecânico, MBA em Gestão e Engenharia do Produto pela Escola Politécnica da USP, Especialista em Industria 4.0. Durante mais de 25 anos atuou na Festo Brasil, sendo responsável por P&D e pela Estratégia de Produtos na Região Américas. Tem Especialização em Administração de Empresas, Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos, e Dinâmica Organizacional e Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Especialista em Gestão da Inovação, posicionamento estratégico da empresa para novas tendências como Industrial IoT e Indústria 4.0 (Manufatura Avançada). Com mais de 25 anos de experiência na Gestão de Projetos de Inovação, Engenharia e Automação. Mentor dos principais projetos de demonstradores de Indústria 4.0 apresentados na FEIMEC 2016, Expomafe 2017 e FISPAL 2017. Um dos pioneiros na introdução do tema Industria 4.0 no Brasil. Palestrante sobre temas de Inovação, Automação Industrial, Internet das Coisas (IoT) e Indústria 4.0. Apresentando os temas em congressos, seminários e eventos especializados no Brasil e América do Sul.


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CASO DE SUCESSO

MGU Elevadores se destaca no Acre com plantão 24h e agilidade nos atendimentos de chamados

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MGU Elevadores, empresa especializada nos serviços de vendas, instalação, modernização e manutenção preventiva e corretiva de elevadores, plataformas e escadas rolantes, foi fundada em abril de 2015, em Rio Branco, no Acre. A MGU nasceu devido à necessidade do mercado por uma empresa de prestação de serviços de manutenção preventiva de elevadores no estado. Os fundadores da empresa, Geovani Alves Maia, Manoel Peres Damasceno e Uilis Silva Severo uniram seus conhecimentos técnicos e comerciais e concretizaram a ideia de fundar a empresa. “Dessa forma, realizamos o

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nosso sonho de empreender e consequentemente conseguimos oferecer uma solução aos clientes usuários de elevadores”, explica o diretor administrativo da empresa, Geovani Maia. A missão da empresa é incorporar o elevador no dia a dia das pessoas, garantindo qualidade, segurança e o menor custo possível. A MGU se destaca no mercado devido a sua rapidez nos atendimentos de chamados e plantão 24h. A empresa também oferece aos seus clientes uma flexibilidade no que se refere à compra de peças e opções de melhorias dos equipamentos, garantindo sempre a melhor opção, seja em relação a prazos ou custos. “Para nós, sucesso sig-


nifica alcançar a confiança dos nossos clientes e parceiros, saber que nossos serviços ora oferecidos a um cliente estão indicados para outros simplesmente pela razão de termos feito um bom serviço”, diz Geovani. Atualmente, se encontram na administração da empresa o diretor administrativo, Geovani Maia, o diretor técnico, Uilis Severo e o diretor de compras, Manoel Damasceno. A MGU conta com uma equipe altamente qualificada, formada por engenheiros mecânicos, projetistas e técnicos habilitados para executar os melhores serviços. Geovani comenta os planos futuros da empresa. “Nos preparar para expandir, levando nossos serviços aos estados vizinhos de nossa região e quem sabe iniciar um projeto de fabricação de elevadores no Acre”, finaliza.

“Aproveitamos este espaço para deixar registrado a nossa gratidão a todos aqueles que depositaram sua confiança em nossos serviços. Quando tudo começou éramos só Manoel, Uilis e eu (Geovani). Graças a vocês conseguimos concretizar nosso sonho e provar que podiam confiar em nossos serviços. Agradeço também a todos os nossos colaboradores, sem eles não estaríamos onde estamos hoje, cada um deles tem sua parcela de importância nesse projeto. Graças a dedicação deles conseguimos alcançar nossas vitórias diárias.”

(Geovani Maia, diretor administrativo da MGU Elevadores)

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TECNOLOGIA

Solução para manutenção de equipamentos importados

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mercado de elevadores no Brasil atualmente conta com uma grande oferta de equipamentos de inúmeros fabricantes. Em um mundo globalizado, é muito comum a utilização de equipamentos importados. Contudo, o elevador não é um produto de consumo onde pode-se descartar e comprar outro se falhar, tiver dificuldade com a manutenção ou faltarem peças de reposição. Na maioria dos casos é a construtora que faz a compra do elevador com preocupação apenas no seu custo de aquisição. Sabidamente, o custo de manutenção de um elevador ao longo da sua vida útil chega facilmente a três vezes o valor da aquisição. Mas este acaba sendo um encargo

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que vai ficar com os condôminos que vão habitar o novo empreendimento. Mais grave problema do que “apenas” o alto custo da manutenção, e o pior para os usuários é a paralisação dos equipamentos devido à dificuldade com peças de reposição e a falta de mão de obra especializada para fazer a manutenção. Os carros importados já têm este tipo de problema mesmo tendo uma escala muito maior que a de elevadores. São 3 milhões de automóveis ao ano contra 15 mil elevadores. E não podemos nos esquecer que no caso de uma falha, não podemos utilizar um carro emprestado de um parente e nem mesmo podemos ter um seguro para que ele forneça um elevador reserva enquanto aguarda uma peça importada.


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Quadro comparativo – Prancheta 1

INSATISFAÇÃO DE SÍNDICOS E ADMINISTRADORES Maior custo de manutenção, alto custo das peças de reposição e paralisações até de mais de um mês por dificuldades técnicas têm sido queixa constante e crescente entre os síndicos, como podemos ver nos grupos e redes sociais de síndi-

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cos e administradores. O custo da mensalidade do contrato de manutenção de equipamento importado já costuma ser na média bem mais alto quando comparado com um elevador com predominância de itens estratégicos nacionais. Constantemente, os condomínios são surpreendidos por or-

çamentos estratosféricos para substituição de componentes de equipamentos importados. Tanto pela grande variação cambial, dificuldade de importação, alto custo de manter estoques de peças de reposição ou até mesmo uma possível “exclusividade” de importação que o fornecedor pode se impor,


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deixando a negociação muito desfavorável ao condomínio. O tempo de paralisação e indisponibilidade do equipamento costumam ser bem maiores pelos mesmos motivos e também aliado a dificuldade de mão de obra especializada para estes equipamentos. Muitos vêm apenas com manuais e instruções em outra língua que não são de domínio da grande maioria dos técnicos brasileiros. Os técnicos também não têm como recorrer ao suporte técnico dos fabricantes também devido à dificuldade com a língua, bem como problemas de fuso horário. Mesmo pagando caro numa peça de reposição não evita que o problema volte a se repetir outras vezes durante a longa vida útil de um elevador. Especialmente equipamentos que não foram projetados levando em conta o clima tropical brasileiro, bem como as condições adversas das redes elétricas em muitas cidades do Brasil. SOLUÇÃO: NACIONALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Tendo em vista a grande insatisfação dos síndicos, administradores e mesmo dos condôminos no final são os que arcam com os custos e as consequências. A INFOLEV desenvolveu soluções para substituição e nacionalização parcial para as principais marcas e modelos de elevadores importados e instalados no Brasil. A viabilidade econômica e técnica ocorre especialmente nos casos onde há um importador exclusivo com preço de peças de reposição muito acima do razoável e/ou marcas e modelos que não estão mais presentes ativamente no Brasil. A Infolev fabrica co-

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mandos sob medida, para que possam ser utilizados mantendo a maioria dos demais componentes do elevador que não apresentam maiores problemas de funcionamento e reposição. Os equipamentos da Infolev são projetados considerando as normas vigentes no Brasil, as condições diferentes do ambiente, tipos de instalações e até mesmo levando em conta a cultura dos técnicos brasileiros que fazem a instalação e manutenção. Os técnicos brasileiros são treinados localmente e estão muito mais capacitados para operar e manter estes equipamentos que falam a língua deles. Assim, elimina-se o problema na sua causa raiz, já que após a nacionalização o acesso a reparos, peças de reposição, suporte e assistência técnica são muito mais fáceis, ágeis e bem mais econômicos. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO:


QUANTO ANTES A SOLUÇÃO, MAIOR FIDELIDADE COM O CONTRATO DE MANUTENÇÃO. Praticamente todos elevadores têm que estar disponíveis a maior parte do tempo possível. A nacionalização aumenta a satisfação dos síndicos, que reduzem paralisações e surpresas com custos muito elevados de peças e falta de opções. Produtos com tecnologia nacional e fabricação local têm uma facilidade muito maior para manutenção e reposição. Equipamentos que falam a língua dos nossos técnicos, suporte e assistência técnica acessíveis, “tropicalizados” e prontos para atender as diversas marcas e modelos de elevadores brasileiros. Com grande flexibilidade no projeto, pois tanto hardware como Firmware são desenvolvidos no Brasil pela INFOLEV. Produto nacional tem bem mais possibilidades de reparo localmente, não tendo que sempre descartar placas e pagar por novas. Com fabricação local, a dependência é muito menor de importações e suas dificuldades.

A vida útil de um elevador é muito longa, resolva este problema de uma vez!

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Dicas deLEITURA Livro: Escalator Engineering Autor(es): Ben Abbaspour Ano: 2017 Onde comprar: https://www.elevatorbooks.com/ Categoria: Construção e Engenharia Resumo: A urbanização vem mudando a cara de nossas cidades há algum tempo. Esse processo está programado para continuar em um futuro próximo. Escadas rolantes são importantes integrantes da infraestrutura atual. Elas desempenham um papel essencial no transporte em massa de passageiros em aeroportos, estações de metrô e outros locais públicos. Esse papel está aumentando continuamente com o crescimento dos sistemas de transporte público em todo o mundo. Nos últimos anos, muitas novas tecnologias prometeram um padrão avançado para eficiência de escadas rolantes, economia de energia, segurança e conforto. Este livro fornece ao leitor uma abundância de informações práticas relacionadas ao design e engenharia de escadas rolantes, incluindo informações sobre as mais recentes tecnologias, especificações e equipamentos disponíveis no mercado.

Livro: Aplicando a Quarta Revolução Industrial Autor(es): Klaus Schwab e Nicholas Davis Ano: 2018 Editora: Edipro Onde comprar: https://www.amazon.com.br/ Categoria: Negócios e Tecnologia Resumo: A nova revolução tecnológica está reformulando a economia global e as sociedades como um todo. Os sistemas que hoje aceitamos como certos, desde o modo como produzimos e transportamos bens e serviços até a forma como nos comunicamos, serão integralmente transformados. Há um chamado emergencial para que as lideranças, em todas as esferas sociais e econômicas, se capacitem para agir agora e de forma extraordinária, para gerenciar os riscos e as complexidades dessa mudança. A responsabilidade é imensa, pois temos nas mãos uma janela de oportunidade para desenvolvermos as novas tecnologias de forma a impactarem positivamente o mundo. Este livro é uma síntese das perspectivas dos principais pensadores mundiais dos Conselhos do Futuro Global e da rede de Especialistas do Fórum Econômico Mundial, que tem por objetivo central empoderar as pessoas para que elas participem de diálogos estratégicos ligados às tecnologias emergentes em todas as comunidades, organizações e instituições. A presente edição inclui prefácios de Satya Nadella (CEO da Microsoft) e João Doria (Empresário e Prefeito de São Paulo).

Livro: Sistemas Elétricos Prediais – Instalação Autor(es): SENAI-SP Ano: 2014 Editora: SENAI-SP Onde comprar: https://www.senaispeditora.com.br/produto/sistemas-eletricos-prediais-instalacao/ Categoria: Eletroeletrônica Resumo: Com linguagem didática, este livro apresenta as normas para instalação predial; diagramas elétricos; leitura e interpretação de projetos; ferramentas e equipamentos de segurança. Descreve as fases do planejamento da instalação, quais condutores utilizar, emendas e conexões de condutores elétricos, como fazer a montagem de condutos e interligação de dispositivos elétricos. Destaca a instalação de componentes de automação predial relacionados à segurança e conforto, quadros de distribuição e procedimentos de aterramento e validação.

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