INVENTÁRIO FLORESTAL DIAGNÓSTICO DA VÁRZEA DO RIO PURUS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SANTA ROSA DO PURUS

Page 1

ELABORAÇÃO: Engeverde – Consultoria Florestal

INVENTÁRIO FLORESTAL DIAGNÓSTICO DA VÁRZEA DO RIO PURUS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SANTA ROSA DO PURUS À SENA MADUREIRA - ACRE

Relatório Final

RIO BRANCO 2011


INVENTÁRIO FLORESTAL DIAGNÓSTICO DA VÁRZEA DO RIO PURUS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SANTA ROSA DO PURUS À SENA MADUREIRA – ACRE

ELABORA POR:

Hudson Franklin Pessoa Veras Israell Ricardo de Melo


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2 OBJETIVO ............................................................................................................... 5 3 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 5 3.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................... 5 3.2 DESCRIÇÃO DO MÉTODO .................................................................................. 7 3.3 ANÁLISE DA VEGETAÇÃO .................................................................................. 8 4 RESULTADOS ......................................................................................................... 9 4.1 COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA.............................................................................. 10 4.2 ANÁLISE DA ESTRUTURA DA REGENERAÇÃO NATURAL ............................ 10 4.3 ESTATÍSTICA ..................................................................................................... 16 4.3.1 Arbóreo............................................................................................................. 16 4.3.2 Não-arbóreo ..................................................................................................... 16 5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 18 APÊNDICES ............................................................................................................. 21


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de Localização da área de estudo .................................................... 6 Figura 2 - Metodologia da parcelas dispostas em campo ........................................... 7 Figura 3 - Dominância relativa das espécies mais relevantes ................................... 11 Figura 4 - Valor de importância das principais espécies ........................................... 12 Figura 5 - Índice de valor de cobertura em relação à densidade relativa .................. 13 Figura 6 - Distribuição diamétrica dos indivíduos levantados .................................... 14 Figura 7 - Número de indivíduos por espécie ............................................................ 15 Figura 8 - Relação entre no de espécies amostradas e parcelas instaladas ............. 15

LISTA DE APÊNDICES

Apêndice 1- Formulário utilizado para os cálculos dos parâmetros fitossociológicos ... ............................................................................................................. 22 Apêndice 2 - Lista de espécies e parâmetros fitossociológicos do inventário realizado na mata ciliar do Rio Purus, AC, em que: IVI = Índice de Valor de Importância; e IVC = Índice de Valor Cobertura ................................... 26 Apêndice 3 - Número de indivíduos e área basal não-arbóreo por hectare .............. 30


4

1INTRODUÇÃO

As florestas de várzea são formadas por um ecossistema típico de rios de água barrenta, ou também conhecido, água branca, cujos solos são periodicamente alagados, durante as altas precipitações pluviométricas, depositando sedimentos, gerando solos com média a alta fertilidade (FALESI, 1972). Na várzea da Amazônia, o período de cheia dos rios varia de três a quatro meses, a flutuação cíclica do nível da água pode ultrapassar 15 metros, resultando em uma sincronização da maioria dos processos ecológicos da fauna, flora e antrópica, como atividade de pesca, pecuária, agricultura, migração de animais, reprodução de plantas (JUNK, 1989). A várzea ocupa cerca de 200.000 km², o equivalente a 3% da área total da Amazônia brasileira (JUNK, 1993). Por ser uma área pequena, logo é associada com baixa produtividade, no entanto, a renda líquida obtida da produção primária chega a ser duas ou três vezes superior à medida em florestas de terra-firme, resultando em até 33,6 t.ha-¹ ao ano (WORBS, 1997). Devido a esta alta produtividade de diferentes recursos, encontra-se sob intensa pressão antrópica, cuja atenção especial deve ser direcionada para evitar a perda da vegetação, pois os indivíduos arbóreos exercem funções importantes como fornecer alimentos aos peixes, conter o “runnoff” e conservar o clima. Muitos são os fatores que afetam a riqueza e a distribuição de espécies, mas, dois são citados como os mais importantes: primeiro corresponde à topografia, pois a variação altera a amplitude e períodos de inundação diferentes, que por sua vez, agem na seleção de espécies que sejam capazes de tolerar ambientes inundáveis (JUNK 1989; AYRES 1993); o segundo é a dinâmica dos ambientes, já que a sedimentação e erosão são processos característicos na várzea amazônica, ocorre a presença de espécies de diferentes grupos sucessionais. A fitossociologia é um instrumento bastante importante, pois fornece informações referentes à abundância de espécies, como também a produção madeireira que por sua vez, serão utilizadas para definir estratégias de conservação. Conhecer o potencial de determinada área através de estudos ecológicos, é crucial, já que serão levantados os possíveis produtos que o manejo florestal poderá utilizar, para isso, o inventário florestal é a ferramenta amplamente utilizada para obter esses resultados. A análise da estrutura vertical e horizontal de uma floresta permite


5

predizer sobre sua dinâmica. Logo esse conhecimento, serve pra traçar planejamento de sistemas silviculturais ecológicos e sócio-economicamente viáveis (CARVALHO, 1982). Instrumentos normativos surgiram para ordenar a exploração madeireira nas várzeas (IBAMA, 2001), mesmo assim, é necessário estudos funcionais que sejam capazes de realizar diagnósticos confiáveis sobre o estoque e o possível mercado de produtos madeireiros e não-madeireiros, com o objetivo de que sejam elaborados e acima de tudo, colocados em prática nos planos de manejo específico a estas áreas. Atualmente, os estudos voltados a estrutura de regeneração natural nos ecossistemas amazônicos concentram-se, em sua maioria, em floresta de terrafirme. A respeito de floresta de várzea, poucos são os estudos existentes.

2 OBJETIVO

Determinar a suficiência amostral do inventário, o grau de diversidade das áreas de várzea e verificar se a metodologia pode ser aplicável para outras áreas de mata ciliar

3 MATERIAL E MÉTODOS

Será detalhada a localização em que o trabalho foi realizado e a metodologia a ser empregada.

3.1 ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo consistiu em percorrer o Rio Purus realizando inventário florestal em alguns pontos de ambos os lados no trecho localizado no estado do


6

Acre, entre os municípios de Santa Rosa do Purus, Manuel Urbano, Sena Madureira (Figura 1). Como o objetivo do estudo é indicar uma metodologia de inventário para área de mata ciliar foi determinado 2 km da margem do rio para o interior da floresta, em ambos os lados como a área efetiva de trabalho que resultou em 167.021 ha.

Figura 1 - Mapa de Localização da área de estudo

O relevo é formado por formas erosivas correspondentes a áreas esculpidas pelo rio (erosão fluvial), com declividade em direção ao leito do rio, outro tipo de formação é a de acumulação onde às planícies fluviais, quase sempre se encontram alagadas e por último a formas de dissecação, no qual é composto por colinas, cristas e interflúvios tabulares. A altitude varia de 150 a 580 metros. Os solos variam em fertilidade, predominando os argissolo, cambissolo e vertissolo. A tipologia florestal varia de floresta ombrófila aberta a densa, ocorrência de terra firme, área parcialmente alagável, com grande incidência de eixos d’água. O clima, de acordo com a classificação de köeppen, é Am, correspondente a quente e úmido, com um curto período de estação seca, apresentando precipitação média anual de 2.250 mm, e temperaturas médias podendo ultrapassar 26°C.


7

O nível anual de água flutuação atinge 12 m a 15 m, nas exceções, mesmo 24,5 m. A várzea é atravessada por lagos em forma de ferradura (meandros do rio abandonado) e rios de alimentação de água preta (igarapés) (GOULDING et al., 2003). Os ribeirinhos realizam principalmente a prática da agricultura de subsistência e da pesca e, ainda, extraem pequenas quantidades madeira e produtos nãomadeireiros da floresta para suas próprias necessidades.

3.2 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Utilizou-se a amostragem de conglomerado adaptativo para alocação das parcelas devido a área ter grande incidência de lagos e desmatamento, logo teria um aproveitamento maior de trabalho, alocando as parcelas em área de floresta, livre de campo e água. Cada ponto equivale a um conglomerado corresponde a quatro unidades amostrais. Para alocá-las em campo, foi utilizado imagens de média resolução do satélite LANDSAT – 5, sensor ETM (Enhanced Thematc Mapper) de 2007. As parcelas foram estabelecidas a 200 metros da margem do rio Purus, a primeira unidade amostral corresponde a 10 m x 250 m (2.500 m²), em seguida, do ultimo vértice na parte inferior esquerda da parcela, sentido 90 graus para esquerda, percorreu-se 50 metros para alocar outra parcela com as mesmas dimensões, fazendo esse mesmo procedimento até que totalizassem quatro subunidades alocadas (FIGURA 2).

Figura 2 - Metodologia da parcelas dispostas em campo


8

A área amostrada corresponde a 23,75 ha, equivalentes a 95 parcelas implantadas, sendo cada com área de 0,25 ha. Isso representou 0,014% da área amostrada. Para executar em campo a demarcação das parcelas, foram determinadas as coordenadas geográficas das unidades amostrais no escritório, em seguida inseriuas em um aparelho de GPS para que servisse de orientação a equipe de campo. Para acessar as subunidades foi utilizado um barco típico da Amazônia, chamando de baleeira ou batelão, tendo apoio de uma voadeira com motor de 40 hp através do rio Purus. Bússolas foram manipuladas para orientar a direção das parcelas, através de azimutes determinados pelo GPS, para determinar o tamanho dos transectos. Dentro das parcelas foram mensurados todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm, quando possível foram identificados através do nome vulgar, as espécies não identificadas, foram coletadas exsicatas e depositadas no herbário da UFAC, qualidade do fuste foi outra variável tomada.

3.3 ANÁLISE DA VEGETAÇÃO

Com base nos dados coletados em campo, foi estudada a composição florística, cuja lista de espécies foi descrita e comparada com o banco de dados das espécies depositadas no Missouri Botanical Garden, The New York Botanical Garden, lista de espécies florestais do Acre (ARAÚJO e SILVA, 2000) e catálogo da flora do Acre (Daly e Silveira, 2008). Os seguintes parâmetros fitossociológicos referente a estrutura horizontal foram estimados: densidade, frequência e dominância absolutas e relativas, valor de importância e valor de cobertura para espécies, além do índice de diversidade de Shannon e Weaver (H’) e de Equabilidade de Pielou (J’) com base em Müeller-Dombois e Ellenberg (1974). Os dados referentes aos parâmetros fitossociológicos (Apêndice 1) foram tabulados e analisados por meio do programa FITOPAC 2.1 (SHEPHERD, 2006). Para a análise da estatística da amostragem de conglomerado adaptativo utilizou-se o Excel, onde foi determinada a suficiência amostral da área. Mas para isso, dividiuse em dois grupos o levantamento, em arbóreo, o qual foi utilizado para os cálculos


9

estatísticos do inventário e não-arbóreo, compostas pelas famílias Arecaceae e Sterculiaceae onde calculou-se a área basal e quantidade de indivíduos por hectare. A intensidade amostral foi calculada pela fórmula abaixo, referente a amostragem em conglomerado seja para população finita ou infinita, para determinar se a quantidade de unidades amostrais instaladas foi representativo a área, ou se será necessário a alocação de novas parcelas para obter resultados mais consistentes.

- População Infinita ou finita:

onde:

t : t-student tabelado ao nível de 5% de significância : variância da população por subunidade : número de subunidades ou parcelas E² : erro padrão : coeficiente de correlação

Para calcular o coeficiente de correlação usa-se a seguinte fórmula:

= onde:

= variância entre conglomerados = variância entre parcelas

4 RESULTADOS


10

4.1 COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA

Foram inventariados 5207 indivíduos distribuídos em 48 famílias e 175 espécies botânicas, a diversidade de Shannon-Weaver (H’) e equabilidade de Pielou (J) foram 4,199 e 0,813, respectivamente. Veras (2009) realizou inventário florestal no rio Purus nos trechos de Boca do Acre a Pauiní utilizando amostragem sistemática e verificou Shannon-Weaver (H’) e equabilidade de Pielou (J) foram 3,503 e 0,824, respectivamente. O valor de diversidade sofreu uma relevante alteração devido a área amostrado por Veras (2009) ter sido menor.

4.2 ANÁLISE DA ESTRUTURA DA REGENERAÇÃO NATURAL

As famílias que possuíam maior riqueza de indivíduos foram Arecaceae com 1461 (28,06%), Malvaceae com 317 (6,09%), Moraceae com 315 (6,05%), Euphorbiaceae com 300 (5,76%), e Fabaceae com 244 (4,69%). Juntas totalizaram 50,64% do total de indivíduos amostrados. As famílias Moraceae (15), Arecaceae (11), Sapotaceae (11), Caesalpiniaceae (11) foram as que apresentaram mais espécies (Apêndice 2). Os resultados encontrados são similares do trabalho realizado por Farias, (2011), desenvolvido no rio Acre, onde as famílias com maior riqueza foram Arecaceae, Moraceae e Mimosaceae já Veras (2009) identificou as famílias com maior riqueza Moraceae, Sapotaceae e Malvaceae. As espécies com maior densidade relativa (DR) foram Attalea butyracea (8,82%), Astrocaryum ulei (5,80%), Euterpe oleracea (4,99%), Theobroma cacao (3,63%), Attalea excelsa (2,69), Pterocarpus rohrii (2,94%), Brosimum sp. (2,69%), Calycophyllum sp. (2,34%), que equivale a 32,21% dos indivíduos levantados. Sendo as espécies com o maior número de indivíduos Attalea butyracea com 459 e Astrocaryum ulei com 302 (Apêndice 2). Os resultados encontrados por Farias (2011) indicam as espécies com maior densidade relativa Attalea phalerata (8,63%), Astrocaryum murumuru (4,35%), Euterpe precatória (6,4%), Oenocarpus bacaba (5,03%). Pode perceber que a predominância de ambos os trabalhos é da família Arecaceae. Enquanto que Veras (2009) verificou as espécies Theobroma cacau


11

(12,04%), Eschweilera odorata (10,65%), Pouteria sp. (6,46%) e Inga sp. (4,01%), nessa caso indivíduos da família Arecaceae não foram relevantes. Com maior frequência relativa apresentadas na área destacaram as espécies Attalea butyracea (2,69%), Astrocaryum ulei (2,44%), Euterpe oleracea (2,31%), Attalea excelsa (2,22%), Pterocarpus rohrii (2,14%) e Brosimum sp. (2,05%) ((Apêndice 2). Em relação à dominância relativa, as principais espécies foram Attalea butyracea (8,08%), Astrocaryum ulei (2,91%), Euterpe oleracea (2,84%), Attalea excelsa (2,68%), Pterocarpus rohrii (2,54%) (Figura 4). A predominância de indivíduos não arbóreos, representa cerca de 30% das espécies levantadas, consequentemente eles prevalecem em relação à dominância.

Figura 3 - Dominância relativa das espécies mais relevantes

As espécies que merecem ser destacadas com maior valor de importância (VI) são Attalea butyracea (19,33%), Astrocaryum ulei (10,09%), Euterpe oleracea (8,37%), Attalea excelsa (6,83%), Pterocarpus rohrii (6,75%) (Figura 5). Os resultados encontrados por Farias (2011) foram similares a nível de gênero, onde as espécies com maiores valores foram Attalea phalerate, Euterpe precatoria, Astrocaryum murumuru, Attalea butyraceae e Brosimum alicastrum. Enquanto que Veras (2009) identificou Eschweilera odorata, Pouteria sp., Theobroma cacau, Ficus


12

sp. e Calycophyllum spruceanu, difere dos trabalhos do autores anteriores, provavelmente porque o trecho levantado corresponde a um outro tipo de tipologia florestal (floresta ombrófila densa).

Figura 4 - Valor de importância das principais espécies

A Figura 6 associa o índice de valor de cobertura com a densidade relativa das espécies, indivíduos com alto volume, resultam em uma área maior de cobertura, o mesmo pode ocorrer para espécies que não apresentam alto volume, mas compensam com grande abundância, é o caso do Attalea butyracea que apresentou densidade de 8,82% de indivíduos e o valor de cobertura 16,89%.


13

Figura 5 - Índice de valor de cobertura em relação à densidade relativa

Segundo Bentes-Gama et al. (2002) Tais parâmetros fitossociológicos são de fundamental importância na análise da vegetação, pois indicam, em primeira instância, quais as espécies mais aptas a serem manejadas. As restrições de manejo recaem, portanto, sobre aquelas cujos índices indicam estar no limite da raridade. A curva de distribuição de diâmetros das árvores levantada apresentou o padrão da curva em “J” invertido a partir da classe 20 cm – 30 cm. A predominância na classe de 10 cm - 20 cm foram das espécies Euterpe oleracea (240 indivíduos), Astrocaryum ulei (194 indivíduos), Theobroma cacao (170 indivíduos), já na classe de 20 cm - 30 cm foi a Attalea butyracea (128 indivíduos), enquanto que as espécies anteriores da primeira classe apareceram em menor quantidade, a espécie Attalea butyracea na classe seguinte, de 30 cm – 40 cm, aumentou mais ainda a quantidade de palmeiras levantadas (270 indivíduos). Nas classes diamétricas maiores, nota-se um balanço positivo entre recrutamento e mortalidade, inferindo afirmar que é um sistema auto-regenerante que ocorre na maioria das florestas tropicais (Figura 6).


14

Figura 6 - Distribuição diamétrica dos indivíduos levantados

A distribuição diamétrica não seguiu o esperado do j invertido a partir da primeira classe, provavelmente pelo fato da área ainda estar em construção, já que é mata ciliar, onde sofre e, ou já sofreu grande perturbação das populações tradicionais retirando pequena quantidade de madeira. Logo favorece a competição entre as classes iniciais e aumento da quantidade de clareiras, onde as palmeiras que possuem capacidade de se estabelecer mais acelerada são predominância, como pode observar no levantamento realizado pelo inventário florestal. Talvez, pela retirada de madeira nessas áreas, não foi encontrado espécies comerciais em grande quantidade. Apenas o mulateiro (Calycophyllum sp.) foi à mais evidente presente no inventário florestal, isso aconteceu devido à distribuição da mesma ser de área de mata ciliar, logo é de se esperar a presença dela em qualquer levantamento feito na região amazônica. Outro fator a ser elencado é referente ao padrão de exploração madeireira nas florestas de várzea na Amazônia, onde concentravam-se na retirada de poucas espécies de alto valor comercial, como ucuúba vermelha (Virola surinamensis), andiroba (Capara guianensis), pará-pará (Jacaranda copaia), marupá (Simarouba amara), cedro (Cedrela odorata) e a macacaúba (Platymiscium ulei), tornando preocupante o estado de conservação preocupante (Ferreira et. al, 2005).


15

Figura 7 - Número de indivíduos por espécie

Pode observar de acordo com a figura 8 que na medida em que aumenta a área amostrada, aumenta à quantidade de espécies levantadas, isso se dá devido a grande diversidade de espécies que se encontram na floresta Amazônica, onde é necessário instalar uma grande quantidade de parcelas para que a curva espécieárea possa atingir a tendência assíntota.

Figura 8 - Relação entre no de espécies amostradas e parcelas instaladas


16

4.3 ESTATÍSTICA

4.3.1 Arbóreo

Foram instaladas 24 transectos compostos por 95 parcelas, apenas uma não foi possível coletar informações, devido ter localizado em uma área de pasto. O coeficiente de variação entre as parcelas para a variável volume foi de 45,63%, expressando uma variação elevada, o que demostra que é necessário ter um controle maior na alocação das parcelas, evitando pasto, áreas alagadas e encharcadas e capoeiras, para assim diminuir a variação e consequentemente diminuir o erro amostral. O volume médio encontrado por hectare foi de 150,82464 m³, já o erro relativo do inventário foi de 14,21%, comparando com a metodologia utilizada por Veras (2009) correspondente a amostragem sistemática, onde o erro relativo foi de 25,53%. Isso infere que a metodologia de conglomerado adaptativo adequa-se melhor as condições da região, que possua grande quantidade de lagos, campos, igapós, logo é possível evitar essas alterações que influenciam negativamente na amostragem como afirma Veras (2009). O intervalo de confiança a 95% de probabilidade foi de 129,3972 m³.ha-1 a 172,2520 m³.ha-1, quando extrapolado para toda área esse intervalo foi de 21.612.057 m³ a 28.769.706 m³. A variação entre conglomerados foi de 18,22% (109,20402 (m³/subunidade-1)2), entre as parcelas foi de 34,53% (206,927198 (m³.subunidade-1)2) enquanto que a variação da população foi de 11,93% (316,13122 (m³.subunidade-1)2). Para que o inventário apresente um erro amostral aceitável de 10%, será necessário instalar 46 unidades amostrais de 0,25 ha.

4.3.2 Não-arbóreo


17

Para os indivíduos não-arbóreos, no caso as famílias Arecaceae e Sterculiaceae, o estoque de crescimento foi de 63,45 ind.ha -1 representando uma área basal de 3,7203 m².ha-1, uma maior descrição a nível de espécie pode ser visto no Apêndice 3. Esse grupo corresponde a quase 29% de todos os indivíduos levantados no inventário. As condições de fertilidade do solo e teor de umidade presentes na várzea favorece a predominância de palmeiras em relação às outras espécies, isso se dá pela alta quantidade de biomassa e do material lixiviado pelos rios (Sampaio, 1998). Onde se verifica abundância das palmeiras açaizeiro (Euterpe oleracea), murumuru (Astrocaryum murumuru), buriti (Mauritia flexuosa), marajá grande (Bactris major), marajá pequeno (Bactris minor), ubim (Geonoma sp.) e paxiúba (Socratea exorrizha) (Jardim et al., 2007). A presença de palmeiras em inventários florestais realizados em várzea é bastante evidente, a sua frequência varia de acordo com os ambientes secos demostrando que as características ambientais são fatores que determinam a composição e estrutura de algumas espécies. (Anderson et al., 1985; Anderson; Jardim, 1989; Hamp, 1991; De Granville, 1992; Scarano et al., 1994; Anderson et al., 1995; Xavier et al., 1995; Rabelo, 1999; Silva; Almeida, 2004, Jardim et al., 2007).

5 CONCLUSÕES

A área apresenta alta diversidade biológica, indicada através da diversidade de Shannon-Weaver (H’) correspondente a 4,199, com predominância de indivíduos da família Arecaceae. É necessária a instalação de 46 unidades secundárias (parcelas) de 2.500 m² ao longo da vegetação do rio Purus, para assim, a amostragem alcançar um erro amostral de 10%. A metodologia de conglomerado adaptativo com parcelas de 0,25 ha mostrouse ser eficaz e com um planejamento mis acurado, obtendo imagens de satélites mais atuais da região, para não correr o risco de perder parcelas ou cair em áreas de capoeira, poderia ter diminuído o erro amostral, consequentemente o inventário atenderia as prerrogativas para validá-lo.


18

REFERÊNCIAS

Anderson, A. B.; Gely, A.; Strudwick, J.; Sobel, G. L.; Pinto, M. G. C. Um sistema agroflorestal na várzea do estuário amazônico (Ilha das Onças, município de Barcarena, Estado do Pará). Acta Amazonica, Manaus, v. 15, n.1/2, p.195-224, 1985. Suplemento. Anderson, A.B.; Gely, A.; Strudwick, J.; Sobel, G. L.; Pinto, M. G. C. Um sistema agroflorestal na várzea do estuário amazônico (Ilha das Onças, município de Barcarena, Estado do Pará). Acta Amazonica, Manaus, v.15, n.1/2, p.195-224, 1985. Suplemento. Araújo, H. J. B. de; Silva, I. G. da. Lista de espécies florestais do Acre: ocorrência com base em inventários florestais. Rio Branco: Embrapa Acre, 2000. 77p. Ayres, J. M. C. 1993. As matas de várzea do Mamirauá . MCT-CNPq-Programa do Bentes-Gama, M. M. de; Scolforo, J. R. S.; Gama, J. R. V.; Oliveira, A. D. de. Estrutura e valoração de uma floresta de várzea alta na Amazônia. Cerne, v. 8, n. 1, p. 88-102, 2002. Carvalho, J. O. P. 1982. Análise estrutural da regeneração natural em floresta tropical densa na região do Tapajós no estado do Pará. Curitiba, Paraná. Dissertação mestrado em Engenharia Florestal - Setor de Ciências Agrárias. Universidade Federal do Paraná. 63 p. Daly, D. C.; Silveira, M. Primeiro catálogo da flora do Acre, Brasil. Rio Branco, AC: EDUFAC, 2008. 555p. De Granville, J. J. Aperçu sur la structure des pneumatophores de deux espéces des sols hydromorphes em Guyane. Bulletin de Institut Français d’Études Andines, v. 23, n. 2, p. 3-22, 1974.


19

Falesi, I. C. 1972. O estado atual dos conhecimentos sobre os solos da Amazônia brasileira. In: Zoneamento Agrícola da Amazônia. Belém, IPEAN. Boletim Técnico nº 54. pp.17-67 Farias, M. S. Inventário florestal da mata ciliar do rio Acre: de Porto Acre a Assis Brasil. 2011. 115f. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Centro de Ciências Biológicas e da Natureza, Universidade Federal do Acre – UFAC, 2011. Ferreira, L. V.; Almeida, S. S.; Amara, D. D.; Paroín, P. Riqueza e composição de espécies da floresta de igapó e várzea da estação científica Ferreira Penna: subsídios para o plano de manejo da floresta nacional de Caxiuanã. Pesquisas, Botânica. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas. n. 56. p 103-116. 2005 Goulding, M.; Barthem, R. B.; Ferreira, E. The Smithsonian Atlas of the Amazon. Smithsonian Books: Washington. 2003. 397 p. Hamp, R. S. A study of the factors effecting the productivity of açaí palm (Euterpe oleracea Mart.) on Combu Island, near Belém, Northern Brazil. 1991. 30 f. Dissertation (Master of Science) - Birkbeck College, University of London. 1991. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Instrução Normativa n° 3, de 04/05/2001. Brasília: 2001, 9p. Jardim, M. A. G. Cost and benefits of floodplain forest management by rural inhabitants in the Amazon Estuary: a case study of açaí palm production. In: Browder, O. (Ed.). Fragile lands of Latin America, strategies for sustainable development. Tulane: University of Tulane, 1989. p. 114-129. Jardim, M. A. G.; Santos, G. C. dos; Medeiros, T. D. S.; Francez, D. C. da. Diversidade e estrutura de palmeiras em floresta de várzea do estuário amazônico. Amazônica: Ci & Desenv., Belém, v. 2, n. 4. 2007 Junk, W. J. 1989. Flood tolerance and tree distribution in central Amazonian floodplains. En: Holm-Nielsen, L. B., Nielsen, I. C. e Balslev, H. (eds.), Tropical


20

forest. Botanical dynamics, speciation and diversity, pp. 47-64. Academic Press, London. Rabelo, F. G. Composição florística, estrutura e regeneração de ecossistemas florestais na região estuarina do Rio Amazonas - Amapá - Brasil. 1999. 72 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Belém. 1999. Sampaio, L. Respostas de plantas jovens de açaí à adubação fosfatada e a inundação em solos de várzea. 1998. 150 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, Minas Gerais. 1998. Scarano, F. R.; Cattânio, J. H.; Crawford, R. M. M. Root carbohydrate storage in young saplings of an amazonian tidal várzea forest before the onset of the wet season. Acta bot.bras, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 129-139, 1994. Shepherd, G. J. Fitopac 2.1 Manual do usuário. Departamento de Botânica. UNICAMP. 2006. Silva, P. J. D. da; Almeida, S. S. de. Estrutura ecológica de açaizais em ecossistemas inundáveis da Amazônia. In: Jardim, M. A. G.; Mourão, L.; Grossmann, M. (Ed.). Açaí (Euterpe oleracea Mart.): possibilidades e limites para o desenvolvimento sustentável no estuário amazônico. Belém: MPEG, 2004. p. 37-51. (Coleção Adolpho Ducke). Worbes, M. 1997. The forest ecosystem of the floodplains. In: The Central Amazon floodplain: Ecology of a pulsing system. Junk W.J. (ed.). Ecological Studies 126, Springer Verlag, Heidelberg. pp. 223-266. Xavier, J. J. B. N.; Amaral, I. L.; Imakawa, A. M.; Melo, Z. L. de O.; Morais, R. R.; Elias, M. E.; Corrêa, J. C. Caracterização florística em solos de terra firme e várzea, em uma área do município de Iranduba-AM. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, v. 11, n. 1, p. 1-9, 1995.


21

APÊNDICES


22

Apêndice 1- Formulário utilizado para os cálculos dos parâmetros fitossociológicos

- Diversidade e Equabilidade a) Shannon-Weaver (H’)

Em que:

i

:

1...n;

S :

n° de espécies amostradas

ni :

n° de indivíduos amostrados para a i-ésima espécie;

N :

n° total de indivíduos amostrados; e

ln :

logarítim neperiano

b) Equabilidade de Pielou (J)

Em que:

Hmáx : ln (S); S

: n° de espécies amostradas

H’

: índice de diversidade de Shannon-Weaver;

ln

: logaritmo neperiano

- Parâmetros fitossociológicos

a) Densidade Absoluta (DAi) Dai = Ni b) Densidade Relativa (DRi)


23

c) Dominância Absoluta (DoAi)

d) Dominância Relativa (DoRi)

e) Frequência Absoluta (FAi)

f) Frequência Relativa (FRi)

g) Valor de Importância (VIi) VIi = DRi + DoRi + FRi h) Valor de Cobertura (VCi) IVC = DRi(%) + DORi(%) Em que:


24

Ni

: n° de indivíduos vivos amostrados para a i-ésima espécie por unidade de área;

: n° total de indivíduos vivos amostrados por unidade de área; : área basal dos indivíduos vivos amostrados por unidade de área; : soma das freqüências absolutas das espécies vivas amostradas por unidade de área; NPi

: n° de parcelas em que ocorreu a i-ésima espécie;

NPT : n° total de parcelas; Di

: diâmetro (cm) a 1,30m do solo;

s

: n° de espécies amostradas.


25


26

Apêndice 2 - Lista de espécies e parâmetros fitossociológicos do inventário realizado na mata ciliar do Rio Purus, AC, em que: IVI = Índice de Valor de Importância; e IVC = Índice de Valor Cobertura o

Densidade

Frequência

N Ind.

Abs.

Re. (%)

Attalea butyracea

459

19,7

8,82

Astrocaryum ulei

302

13

Euterpe oleracea

260

Attalea excelsa Pterocarpus rohrii

Espécies

Re. (%)

Abs.

Re. (%)

61,29

2,44

1,8

5,8

58,06

2,31

11,2

4,99

50,54

2,01

140

6

2,69

47,31

122

5,2

2,34

67,74

Brosimum sp.

84

3,6

1,61

Calycophyllum sp.

98

4,2

Theobroma cacao

189

Índices IVI

IVC

8,08

19,33

16,89

0,44

1,99

10,09

7,79

0,31

1,37

8,37

6,36

1,88

0,5

2,26

6,83

4,95

2,69

0,38

1,71

6,75

4,05

53,76

2,14

0,57

2,54

6,3

4,16

1,88

30,11

1,2

0,65

2,91

5,99

4,79

8,1

3,63

35,48

1,41

0,19

0,84

5,88

4,47

99

4,3

1,9

55,91

2,22

0,39

1,75

5,88

3,65

Virola sp.

106

4,6

2,04

36,56

1,45

0,49

2,21

5,7

4,25

Iriartea deltoidea

153

6,6

2,94

32,26

1,28

0,33

1,47

5,69

4,4

Hura crepitans

62

2,7

1,19

36,56

1,45

0,63

2,84

5,49

4,03

Spondias lutea

78

3,4

1,5

44,09

1,75

0,49

2,22

5,47

3,72

Inga thibaudiana

67

2,9

1,29

50,54

2,01

0,43

1,93

5,23

3,22

Xylopia benthami

83

3,6

1,59

43,01

1,71

0,33

1,48

4,79

3,08

Alexa grandiflora

73

3,1

1,4

51,61

2,05

0,23

1,03

4,48

2,43

Ficus sp

32

1,4

0,61

25,81

1,03

0,6

2,68

4,32

3,3

Sapium sceleratum

68

2,9

1,31

40,86

1,62

0,29

1,29

4,22

2,6

Geissospermum reticulatum

65

2,8

1,25

34,41

1,37

0,29

1,32

3,94

2,57

Lecythis sp.

52

2,2

1

32,26

1,28

0,35

1,59

3,87

2,59

Chrysophyllum sp.

49

2,1

0,94

32,26

1,28

0,33

1,5

3,72

2,44

Vochysia tucanorum

49

2,1

0,94

33,33

1,33

0,31

1,37

3,64

2,31

Eschweilera sp.

56

2,4

1,08

39,78

1,58

0,2

0,92

3,58

2

Cecropia palmata

76

3,3

1,46

23,66

0,94

0,23

1,05

3,45

2,51

Drypetes variabilis

49

2,1

0,94

35,48

1,41

0,2

0,9

3,26

1,84

Carica microcarpa

55

2,4

1,06

29,03

1,15

0,23

1,04

3,25

2,1

Micropholis sp.

44

1,9

0,85

31,18

1,24

0,25

1,11

3,2

1,96

Metrodorea flavida

58

2,5

1,11

27,96

1,11

0,18

0,81

3,04

1,93

Lacistema grandifolium

30

1,3

0,58

20,43

0,81

0,36

1,61

3

2,19

Ficus maxima

24

1

0,46

20,43

0,81

0,37

1,65

2,92

2,11

Guazuma ulmifolia

55

2,4

1,06

21,51

0,86

0,21

0,95

2,86

2

Oenocarpus bataua

63

2,7

1,21

18,28

0,73

0,19

0,84

2,78

2,05

Ceiba pentandra

23

1

0,44

18,28

0,73

0,36

1,61

2,77

2,05

Sapium sp.

43

1,8

0,83

26,88

1,07

0,17

0,76

2,66

1,59

Gallesia gorazema

29

1,2

0,56

23,66

0,94

0,24

1,09

2,59

1,65

Clarisia racemosa

31

1,3

0,6

21,51

0,86

0,24

1,09

2,54

1,69

Pouteria sp.

36

1,5

0,69

27,96

1,11

0,14

0,62

2,43

1,32

Virola michelii

39

1,7

0,75

22,58

0,9

0,16

0,72

2,37

1,47

Hevea brasiliensis

31

1,3

0,6

24,73

0,98

0,17

0,78

2,36

1,38

Inga sp

Abs.

Dominância


27 Ephedranthus amazonicus

37

1,6

0,71

26,88

1,07

0,1

0,47

2,25

1,18

Guarea sp.

46

2

0,88

10,75

0,43

0,21

0,93

2,24

1,81

Corythophora alta

34

1,5

0,65

26,88

1,07

0,09

0,41

2,13

1,07

Ficus gameleira

25

1,1

0,48

23,66

0,94

0,15

0,68

2,1

1,16

Allophyllus pilosus

39

1,7

0,75

9,68

0,38

0,21

0,94

2,08

1,69

Pseudolmedia murure

29

1,2

0,56

26,88

1,07

0,1

0,44

2,07

1

Brosimum alicastrum

24

1

0,46

20,43

0,81

0,17

0,78

2,06

1,24

Ceiba samauma

20

0,9

0,38

18,28

0,73

0,19

0,84

1,95

1,22

Caryodendron sp

27

1,2

0,52

22,58

0,9

0,11

0,47

1,89

0,99

Sterculia pruriens

29

1,2

0,56

21,51

0,86

0,1

0,46

1,88

1,02

Neea glomeruliflora

29

1,2

0,56

21,51

0,86

0,1

0,44

1,85

0,99

Hirtella sp.

29

1,2

0,56

19,35

0,77

0,12

0,52

1,85

1,08

Tabebuia impetiginosa

26

1,1

0,5

21,51

0,86

0,11

0,48

1,84

0,98

Cecropia leucocoma

35

1,5

0,67

18,28

0,73

0,1

0,44

1,84

1,11

Anona sp.

25

1,1

0,48

17,2

0,68

0,12

0,56

1,72

1,04

Xylopia sp.

24

1

0,46

19,35

0,77

0,1

0,46

1,69

0,92

Manilkara inundata

18

0,8

0,35

15,05

0,6

0,16

0,72

1,66

1,06

Pseudolmedia sp.

33

1,4

0,63

13,98

0,56

0,09

0,41

1,6

1,04

Apeiba equinata

25

1,1

0,48

16,13

0,64

0,1

0,46

1,58

0,94

Euterpe precatoria

33

1,4

0,63

17,2

0,68

0,06

0,26

1,58

0,89

Socratea exorrhiza

30

1,3

0,58

21,51

0,86

0,03

0,14

1,57

0,71

Matisia cordata

17

0,7

0,33

15,05

0,6

0,14

0,63

1,55

0,95

Eschweilera odorata

19

0,8

0,36

17,2

0,68

0,09

0,41

1,46

0,78

Brosimum uleanum

12

0,5

0,23

11,83

0,47

0,16

0,7

1,4

0,93

Cedrela odorata

16

0,7

0,31

11,83

0,47

0,14

0,61

1,39

0,92

Duguetia macrophylla

21

0,9

0,4

13,98

0,56

0,09

0,42

1,38

0,82

Capirona decorticans

18

0,8

0,35

15,05

0,6

0,09

0,4

1,34

0,74

Pouteria pachycarpa

14

0,6

0,27

12,9

0,51

0,11

0,49

1,28

0,76

Dialium guianense

14

0,6

0,27

12,9

0,51

0,1

0,43

1,21

0,7

Enterolobium schomburgii

12

0,5

0,23

12,9

0,51

0,1

0,46

1,2

0,69

Pouteria bilocularis

16

0,7

0,31

15,05

0,6

0,06

0,28

1,19

0,59

Rheedia brasiliensis

18

0,8

0,35

13,98

0,56

0,06

0,25

1,15

0,59

Ocotea odorifera

16

0,7

0,31

15,05

0,6

0,05

0,23

1,14

0,54

Iryanthera paradoxa

13

0,6

0,25

12,9

0,51

0,07

0,33

1,09

0,58

9

0,4

0,17

5,38

0,21

0,16

0,7

1,09

0,88

Celtis sp.

15

0,6

0,29

12,9

0,51

0,06

0,26

1,06

0,54

Casearia gossypiospermu

16

0,7

0,31

12,9

0,51

0,05

0,24

1,06

0,54

Manilkara paraensis

15

0,6

0,29

8,6

0,34

0,09

0,39

1,02

0,68

8

0,3

0,15

7,53

0,3

0,12

0,53

0,99

0,69

Calophyllum brasilie

15

0,6

0,29

8,6

0,34

0,08

0,35

0,98

0,63

Astronium lecointei

14

0,6

0,27

9,68

0,38

0,07

0,31

0,97

0,58

Goupia glabra

13

0,6

0,25

8,6

0,34

0,07

0,31

0,9

0,56

Theobroma obovatum

15

0,6

0,29

10,75

0,43

0,03

0,14

0,86

0,43

Brosimum acutifolium

11

0,5

0,21

10,75

0,43

0,05

0,21

0,85

0,43

Aspidosperma oblongum

10

0,4

0,19

9,68

0,38

0,06

0,26

0,83

0,45

Myroxylon balsamum

10

0,4

0,19

7,53

0,3

0,07

0,33

0,82

0,52

Apuleia molaris

Dipteryx odorata


28 Tabebuia incana

9

0,4

0,17

9,68

0,38

0,05

0,21

0,77

0,38

Zanthoxylum pterota

10

0,4

0,19

9,68

0,38

0,04

0,18

0,76

0,37

Cleidion amazonicum

11

0,5

0,21

10,75

0,43

0,02

0,11

0,75

0,32

Cordia alliodora

13

0,6

0,25

6,45

0,26

0,05

0,24

0,75

0,49

Macrolobium acaciaefolium

9

0,4

0,17

6,45

0,26

0,07

0,31

0,74

0,48

Licaria sp.

9

0,4

0,17

8,6

0,34

0,04

0,18

0,69

0,35

Erythrina glauca

8

0,3

0,15

7,53

0,3

0,05

0,21

0,66

0,36

Schizolobium amazonicum

9

0,4

0,17

6,45

0,26

0,05

0,23

0,66

0,4

Oenocarpus bacaba

15

0,6

0,29

8,6

0,34

0,01

0,03

0,66

0,31

Copaifera multijuga

6

0,3

0,12

6,45

0,26

0,06

0,27

0,64

0,39

Pouteria krukovii

8

0,3

0,15

6,45

0,26

0,05

0,21

0,62

0,37

Acalypha sp.

8

0,3

0,15

7,53

0,3

0,04

0,17

0,62

0,32

Aspidosperma excelsum

7

0,3

0,13

7,53

0,3

0,04

0,17

0,61

0,31

Aspidosperma vargasii

7

0,3

0,13

6,45

0,26

0,03

0,15

0,54

0,28

Rheedia acuminata

7

0,3

0,13

4,3

0,17

0,05

0,23

0,54

0,37

Spondias Mombim

5

0,2

0,1

4,3

0,17

0,06

0,26

0,52

0,35

Couratari macrosperma

6

0,3

0,12

4,3

0,17

0,05

0,22

0,51

0,34

Parkia sp.

5

0,2

0,1

5,38

0,21

0,04

0,2

0,51

0,29

Cedrela fissilis

5

0,2

0,1

5,38

0,21

0,04

0,19

0,5

0,29

Pouroma sp

8

0,3

0,15

6,45

0,26

0,02

0,08

0,49

0,24

Bauhinia sp.

7

0,3

0,13

6,45

0,26

0,02

0,08

0,47

0,21

Peltogine sp

5

0,2

0,1

4,3

0,17

0,04

0,19

0,46

0,29

Ficus frondosa

4

0,2

0,08

4,3

0,17

0,05

0,21

0,46

0,29

Scheffera morototoni

7

0,3

0,13

5,38

0,21

0,02

0,09

0,44

0,23

Optandra tubicina

7

0,3

0,13

5,38

0,21

0,02

0,09

0,44

0,22

Caryocar glabrum

5

0,2

0,1

4,3

0,17

0,04

0,16

0,42

0,25

Coccoloba paniculata

6

0,3

0,12

5,38

0,21

0,02

0,09

0,42

0,2

Platonia insignis

6

0,3

0,12

5,38

0,21

0,02

0,08

0,41

0,2

Duguetia cauliflora

5

0,2

0,1

5,38

0,21

0,02

0,1

0,41

0,2

Jacaranda copaia

6

0,3

0,12

4,3

0,17

0,03

0,12

0,41

0,24

Perebea sp.

6

0,3

0,12

5,38

0,21

0,02

0,07

0,4

0,18

Onochopetalum lucideum

5

0,2

0,1

5,38

0,21

0,02

0,08

0,39

0,18

Ochroma pyramidale

7

0,3

0,13

4,3

0,17

0,02

0,08

0,38

0,21

Ocotea glomerata

7

0,3

0,13

4,3

0,17

0,01

0,07

0,37

0,2

Oxandra sp.

6

0,3

0,12

5,38

0,21

0,01

0,04

0,37

0,16

Frichilia quadrifuga

5

0,2

0,1

5,38

0,21

0,01

0,04

0,35

0,14

Castilla ulei

5

0,2

0,1

4,3

0,17

0,01

0,07

0,33

0,16

Triplaris surinamensis

5

0,2

0,1

4,3

0,17

0,01

0,06

0,33

0,16

Zanthoxylum rhoifolium

4

0,2

0,08

3,23

0,13

0,03

0,12

0,33

0,2

Hymenolobium excelsum

4

0,2

0,08

4,3

0,17

0,02

0,07

0,32

0,15

Sorocea guilleminiana

4

0,2

0,08

4,3

0,17

0,01

0,06

0,31

0,14

Aspidosperma auriculatum

4

0,2

0,08

4,3

0,17

0,01

0,06

0,31

0,13

Saccoglottis guianensis

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,03

0,12

0,3

0,17

Eugenia feijoi

4

0,2

0,08

4,3

0,17

0,01

0,05

0,3

0,13

Agonandra silvatica

6

0,3

0,12

3,23

0,13

0,01

0,05

0,3

0,17

Eugenia sp.

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,02

0,08

0,27

0,14


29 Banara nitida

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,01

0,05

0,24

0,11

Martiodendron elatum

2

0,1

0,04

2,15

0,09

0,02

0,11

0,23

0,15

Ephedranthus guianensis

4

0,2

0,08

3,23

0,13

0,01

0,03

0,23

0,1

Cassia fastuosa

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,01

0,04

0,23

0,1

Bactris gasepaes

4

0,2

0,08

3,23

0,13

0,01

0,02

0,23

0,1

Parkia pendula

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,01

0,04

0,22

0,1

Protium rbynchopbyllum

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,01

0,04

0,22

0,09

Micropholis cylindrocarpa

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,01

0,03

0,21

0,08

Sclerolobium sp.

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0,01

0,02

0,21

0,08

Theobroma sp.

3

0,1

0,06

3,23

0,13

0

0,01

0,19

0,07

Cecropia sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0,03

0,13

0,19

0,15

Hymenaea oblongifolia

2

0,1

0,04

2,15

0,09

0,01

0,07

0,19

0,1

Urera sp.

3

0,1

0,06

2,15

0,09

0,01

0,03

0,17

0,09

Lafoensia sp.

2

0,1

0,04

2,15

0,09

0,01

0,04

0,16

0,08

Rinorea pubiflora

3

0,1

0,06

2,15

0,09

0

0,01

0,15

0,06

Manilkara bidentata

2

0,1

0,04

2,15

0,09

0

0,02

0,14

0,06

Aiphanes sp.

2

0,1

0,04

2,15

0,09

0

0,01

0,13

0,05

Ocotea miriantha

3

0,1

0,06

1,08

0,04

0

0,02

0,12

0,08

Tabebuia sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0,01

0,05

0,11

0,07

Sclerolobium paniculatum

2

0,1

0,04

1,08

0,04

0,01

0,03

0,11

0,07

Pithecellobium sp.

2

0,1

0,04

1,08

0,04

0

0,02

0,1

0,06

Diplotropis sp.

2

0,1

0,04

1,08

0,04

0

0,02

0,1

0,06

Albizia sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0,01

0,03

0,09

0,05

Calatola sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0,01

0,03

0,09

0,05

Tetragastris altissima

2

0,1

0,04

1,08

0,04

0

0,01

0,09

0,04

Eriotheca globosa

1

0

0,02

1,08

0,04

0,01

0,02

0,09

0,04

Otoba parviflora

2

0,1

0,04

1,08

0,04

0

0

0,08

0,04

Cariniana sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,02

0,08

0,04

Lithrea brasiliensis

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,02

0,08

0,04

Couepia sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,02

0,08

0,04

Rhinoreocarpus sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,02

0,08

0,04

Chorizia speciosa

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,08

0,03

Caliandra sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,08

0,03

Virola multiflora

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,08

0,03

Cibianthus sp.

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,08

0,03

Ficus paraensis

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,07

0,03

Simaruba amara

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,07

0,03

Pausandra trianae

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,07

0,03

Himatanthus sucuuba

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,07

0,03

Qualea tesmannii

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,07

0,03

Maclura tinctoria

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0,01

0,07

0,03

Heisteria ovata

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0

0,07

0,02

Eugenia ferruginea

1

0

0,02

1,08

0,04

0

0

0,06

0,02


30

Apêndice 3 - Número de indivíduos e área basal não-arbóreo por hectare Espécies Aiphanes sp Soma n/ha Soma G/ha Astrocaryum ulei Soma n/ha Soma G/ha Attalea butyracea Soma n/ha Soma G/ha Attalea excelsa Soma n/ha Soma G/ha Bactris gasepaes Soma n/ha Soma G/ha Euterpe oleracea Soma n/ha Soma G/ha Euterpe precatoria Soma n/ha Soma G/ha Iriartea deltoidea Soma n/ha Soma G/ha Oenocarpus bacaba Soma n/ha Soma G/ha

10 - 20

20 - 30

30 - 40

40 - 50

50 - 60

60 - 70

70 - 80

80 - 90

90 - 100

> 100

0,08 0,0016

0,08 0,0016

8,17 0,1636

3,62 0,1573

0,72 0,0573

0,04 0,0070

0,08 0,0201

0,08 0,0276

0,51 0,0073

5,39 0,3038

11,37 1,0173

1,68 0,2310

0,13 0,0272

0,04 0,0119

0,25 0,0041

2,36 0,1346

2,69 0,2384

0,42 0,0535

0,08 0,0190

0,13 0,0030

0,04 0,0021

10,11 0,2074

0,55 0,0211

1,09 0,0228

0,21 0,0069

1,56 0,0337

3,96 0,1944

0,63 0,0055

Total

12,72 0,4329 0,13 0,0868 0,04 0,0171

0,04 0,0262

0,08 0,0750

19,33 1,7603 5,89 0,4930 0,17 0,0051

0,04 0,0032

0,04 0,0079

0,13 0,0282

0,04 0,0131

0,04 0,0104 0,80 0,0619

0,04 0,0070

0,04 0,0093

0,04 0,0131

0,04 0,0176

10,95 0,2987

0,04 0,0162

1,39 0,0563 6,44 0,3195 0,63 0,0055


31

Oenocarpus bataua Soma n/ha Soma G/ha Socratea exorrhiza Soma n/ha Soma G/ha Sterculia pruriens Soma n/ha Soma G/ha Theobroma obovatum Soma n/ha Soma G/ha Theobroma sp Soma n/ha Soma G/ha

0,51 0,0115

1,81 0,0837

0,93 0,0156

0,34 0,0146

0,04 0,0007

0,59 0,0294

0,17 0,0026

0,42 0,0198

0,13 0,0018

0,17 0,0131

0,04 0,0127

0,04 0,0167

0,08 0,0461

2,65 0,1838 1,26 0,0302

0,38 0,0336

0,13 0,0174

0,08 0,0198

1,22 0,1010

0,04 0,0083

0,63 0,0307 0,13 0,0018


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.