Livro 10 anos web

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Expediente 4

Comissão Organizadora Alessandra de Castilho Eloisa Helena da Silva Quitério Júlio Francisco Blumetti Facó Maria Caramez Carlotto Marilda Aparecida de Menezes Sidney Jard da Silva Assessoria de Comunicação e Imprensa Alessandra de Castilho Denilson Rodrigues de Oliveira (Redação) Edna Atsué Watanabe Felipe Fernandes Lessa Isabel Bezerra de Lima Franca Maria Eunice Ribeiro do Nascimento Mariella Batarra Mian Zotelli Marcelo Hideki Sirasuma Vanessa dos Santos Ferreira Editora Adriana Capuano de Oliveira Cleiton Fabiano Klechen Marco de Freitas Maciel Natalia Gea


Expediente

Reitor Prof. Dr. Klaus Werner Capelle Vice-Reitor Prof. Dr. Dácio Roberto Matheus Pró-Reitora de Graduação Profª. Drª. Paula Ayako Tiba Pró-Reitor de Pós-Graduação Prof. Dr. Gustavo Martini Dalpian Pró-Reitora de Pesquisa Profª. Drª. Marcela Sorelli Carneiro Ramos Pró-Reitor de Extensão e Cultura Prof. Dr. Daniel Pansarelli Pró-Reitor de Administração Prof. Dr. Júlio Francisco Blumetti Facó Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Prof. Dr. Vitor Emanuel Marchetti Ferraz Junior Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas Gustavo Adolfo Galati de Oliveira Diretor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Prof. Dr. Annibal Hetem Junior Diretor do Centro de Ciências Naturais e Humanas Prof. Dr. Ronei Miotto Diretor do Centro de Matemática, Computação e Cognição Prof. Dr. Edson Pinheiro Pimentel

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Expediente 6

Convidados Adalberto Fazzio Alexandre Soares Cavalcante Ana Keila Mosca Pinezi Armando Zeferino Milioni Camila Binhardi Natal Diana Mendes dos Santos Francisco Comarú Gustavo Adolfo Galati de Oliveira Helio Waldman Hermano de Medeiros Ferreira Tavares Itana Stiubiener Jeroen Johannes Klink Jeroen Schoenmaker João Ricardo Sato Leonardo José Steil Lucas Remoaldo Trambaiolli Luiz Bevilacqua Maria do Carmo Cardoso Kersnowsky Rafael Marques Fotos da Capa Max M. Fuhlendorf Pablo Fiorito


Bloco A - Santo AndrĂŠ Foto: Emerson Timotio Bezerra Freitas


CATALOGAÇÃO NA FONTE SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Responsável: Marciléia Aparecida de Paula CRB: 8/8530 Universidade Federal do ABC UFABC 10 anos : novos caminhos para o ensino superior : interdisciplinaridade, excelência, inclusão / Universidade Federal do ABC — Santo André, SP : EdUFABC, 2016. 92 p. : il. Obra comemorativa dos 10 anos da UFABC (2006-2016) ISBN: 978-85-68576-51-9 1. Universidade Federal do ABC. 2. Projeto Educacional. 3. Interdisciplinaridade. 4. Ensino Superior. I. Título. CDD 22 ed. – 378.81

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Sumário Sonhos da UFABC

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Interdisciplinaridade

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Excelência

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Inclusão

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Convidados

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Raio X da UFABC

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Apresentação

Sonhos da UFABC Muito sonhos foram sonhados na UFABC. O 10º aniversário da nossa Universidade, em setembro de 2016, é um bom momento para lembrar e renovar alguns deles. Em 2004, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) publicou um texto cujo conteúdo visionário foi apenas levemente ofuscado pelo título burocrático “Subsídios para a reforma do ensino superior”. Esse texto esboça o que se imaginou que seria a universidade do Século XXI: uma instituição desenhada para permitir uma abordagem interdisciplinar para os grandes problemas científicos e os complexos desafios da sociedade moderna. Uma universidade sem departamentos, com cursos interdisciplinares de entrada, pautada na autonomia, flexibilidade curricular e excelência acadêmica. Ainda antes, pelo menos desde a década de 80, lideranças e cidadãos do Grande ABC manifestaram o desejo de sediar na região uma grande universidade pública. Uma instituição de portas abertas para os filhos e as filhas do ABC, que pudesse concretizar o sonho de uma vida melhor por meio da educação, além de dar oportunidades de emprego aos

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Apresentação

trabalhadores da região, alavancar investimentos, enriquecer a vida cultural local, servir como fator de atração para novas empresas e contribuir com a requalificação do ABC como um polo industrial moderno. Os dois sonhos, o da ABC e o do ABC, se encontraram em 2006, ano do início das atividades da Universidade Federal do ABC. A frase “O primeiro prêmio Nobel brasileiro sairá daqui” (que ainda se pode concretizar) ilustra o otimismo e a ambição dos pioneiros da UFABC. Desde então, um desafio da comunidade UFABC tem sido mostrar, na vivência do dia a dia, que esses dois sonhos não apenas podem coexistir mas se complementam, potencializam-se e se enriquecem mutuamente. Um momento crucial nesse processo foi a construção coletiva do nosso Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), em 2012 e 2013. O PDI define três princípios fundamentais da UFABC: a interdisciplinaridade, a inclusão social e a excelência. Já a lei de criação da Universidade define suas três grandes áreas de atuação: ensino, pesquisa e extensão. A organização do presente livro reflete esses dois grupos de três, ilustrando, por meio de contribuições de colaboradores de todas as categorias e de todas as fases da vida da UFABC, que é possível viver interdisciplinaridade, inclusão e excelência no ensino, na pesquisa e na extensão.

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Apresentação

Ao se encontrar, o sonho do ABC e o sonho da ABC deram origem à “Universidade de Ponta para o Século XXI”, como a UFABC se autointitulou no seu começo. Hoje, 10 anos após o início das suas atividades, já se passaram 16% do Século XXI e uma simples conta mostra que os filhos dos nossos alunos de hoje poderão viver para ver o Século XXII. Portanto, o Século XXI deixou de ser referência. Temos de educar nossos alunos a fim de que possam preparar seus filhos para o Século XXII! Como parte desse processo, apareceram novos desafios e novas caracterizações da UFABC, complementando, mas não substituindo, as anteriores. Nos últimos anos, temos dado muita ênfase aos “Quatro I´s”: Interdisciplinaridade, Inclusão social, Internacionalização e Inovação tecnológica. Enquanto os primeiros dois desses I´s têm caracterizado a UFABC desde seu início, os últimos dois têm crescido em função de demandas externas e internas, e hoje estão firmemente estabelecidos entre as prioridades da instituição. Mesmo uma universidade tão jovem e tão inovadora como a UFABC precisa se reinventar continuamente para se manter na “crista da onda” – metáfora frequentemente usada pelo grande idealizador e mentor

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Apresentação

da instituição, professor Luiz Bevilacqua. Cabe a nós mantermos as portas e as mentes abertas para novas ideias e novos sonhos. Muitos sonhos foram sonhados na UFABC, que hoje abrange uma comunidade diversificada e efervescente de mais de 16.000 pessoas. Ameaças a esses sonhos não faltaram, desde a resistência natural a novas ideias, a burocracia excessiva e as vaidades humanas até as crises financeiras e políticas e a violência urbana. Mas, coragem e vontade de inovar e avançar também nunca faltaram. Hoje, a UFABC está no topo de importantes rankings nacionais e internacionais, é referência em inovação acadêmica, modelo para outras universidades e objeto de sonho de inúmeros estudantes que almejam se preparar para sua vida profissional aqui. Este, talvez, seja o maior sucesso da UFABC: de um sonho de visionários, ela se transformou em destino dos sonhos de uma nova geração. Feliz Aniversário UFABC! Klaus Capelle Reitor da UFABC

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Interdisciplinaridade

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Interdisciplinaridade com excelência e inclusão A inovação na ciência e na tecnologia requer muito mais que profissionais e estudantes que trabalhem com uma abordagem disciplinar, incapazes de apresentar soluções para problemáticas que se relacionam com diferentes áreas do conhecimento. A UFABC foi fundada tendo a interdisciplinaridade como princípio norteador. Em nossa Universidade vale ressaltar que as diferentes disciplinas não são tratadas como áreas isoladas.


Piso vermelho - Bloco A - Santo AndrĂŠ Foto: Max M. Fuhlendorf


Interdisciplinaridade

“O compromisso com a interdisciplinaridade resultou em uma nova concepção do ensino superior, que descarta a opção prematura dos calouros por carreiras profissionais. Nessa concepção, que se alinha com tendências modernas como a do Processo de Bologna na Europa, o aluno ingressa na Universidade necessariamente em um Bacharelado Interdisciplinar (BI) de três anos, que lhe proporciona uma visão panorâmica de uma grande área do conhecimento, e especialmente de como ela dialoga com as outras áreas e com a dinâmica do mundo contemporâneo, ficando a profissionalização para uma segunda etapa.” Hermano Tavares / Helio Waldman

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Campus Santo AndrĂŠ Foto: Alvaro Luiz Vianna


Interdisciplinaridade

“[...] Recebi um texto com uma versão preliminar do projeto pedagógico da Universidade. Concluí a primeira leitura bastante confuso. Eu não compreendia direito o que lia. Havia disciplinas que misturavam assuntos que me pareciam distintos e outras que propunham o estudo simultâneo de tópicos que eu estava acostumado a ver discutidos em momentos muito diferentes de um curso. Achei que tinha diante de mim um documento em estágio preliminar e que teríamos muito trabalho “para consertá-lo”. Reconheço agora que simplesmente não fui capaz de compreender que tinha diante de mim algo profundamente inovador e também, por que não dizer, genial.” Armando Milioni

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Bloco Alfa - SĂŁo Bernardo do Campo Foto: Giovanna Primon


Interdisciplinaridade

As disciplinas se inter-relacionam em um processo de aprendizagem capaz de legar aos egressos um conhecimento que não seja descartável diante da obsolescência das tecnologias do momento. Esse processo de aprendizagem abrangente garante uma visão global a respeito dos desafios a serem enfrentados na continuidade da vida acadêmica ou no mercado profissional. “A reorganização da graduação que liberta os estudantes de trilhas préprogramadas, propondo novos fios condutores em consonância com os desafios atuais (energia, nanomateriais, informação quântica, modelagem matemática, transformações biológicas artificiais) e implantada em uma cultura em que se privilegia a independência intelectual e a coragem de enfrentar desafios é a identidade acadêmica que estava na intenção do comitê que projetou essa nova universidade.” Luiz Bevilacqua

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Bloco A - Santo AndrĂŠ Foto: Glaucia Bambirra Silveira


Interdisciplinaridade

A UFABC fornece uma formação abrangente, profunda e não generalista. O projeto usa o fato de que a ciência é muito ampla, mas sua estrutura fundamental se apoia em um pequeno número de princípios gerais dos quais tudo pode ser obtido. O que ensinamos é um processo dinâmico, resultado dos avanços científicos. “Como os alunos da UFABC estão sujeitos a um ambiente propício à investigação, temos sempre de incentivar o desenvolvimento de um pensamento crítico, alicerçado em uma formação básica sólida.” Adalberto Fazzio

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Evento: Títulos Honoríficos Foto: Assessoria de Comunicação e Imprensa


Interdisciplinaridade

Diferentemente de outras instituições já consolidadas, na UFABC a interdisciplinaridade não ficou circunscrita aos núcleos de pesquisa (embora aqui eles também existam e tenham obtido, em um curto espaço de tempo, feitos notáveis). Por sua natureza maleável e aberta, a estrutura da UFABC está dividida em três centros: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS); Centro de Ciências Naturais e Humanas (CCNH); e Centro de Matemática, Computação e Cognição (CMCC). “[...] O planejador territorial – profissional interdisciplinar com novas competências e habilidades – requer uma formação holística que não é respaldada pela matriz curricular da maioria dos cursos de arquitetura e engenharia no Brasil.” Jeroen Klink

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Restaurante Universitário - SBC Foto: Jaqueline Fernandes Félix


Interdisciplinaridade

“Em universidades tradicionais com estrutura departamental e cursos disciplinares específicos, estas interfaces entre as diferentes áreas de conhecimento são mais raras e difíceis de acontecer. As interações não fluem com tanta naturalidade. O que mais me encantou no projeto da UFABC foi que estas interações não somente eram possíveis mas extremamente valorizadas e motivadas.” João Ricardo Sato

Eles congregam, ao mesmo tempo, áreas análogas e outras, à primeira vista, nem tão próximas assim. Tudo para prover aos estudantes um conhecimento global e emancipatório, e não uma formação qualquer, cujas constantes revoluções do mercado de trabalho tornem inócua. Essa formação deve ser abrangente e não simplesmente inespecífica. É salutar, portanto, que as disciplinas ministradas em nossos campi dialoguem com um amplo espectro de conhecimento.

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Bloco A - Santo André Foto: Victor Falcão Artacho

Interdisciplinaridade

“[...] Ficou claro para mim que as experiências transdisciplinares representam ótimas oportunidades para projetos ousados. Estes projetos costumam envolver altos riscos, mas podem gerar ideias inovadoras e agregar à ciência algo além do mero incremento.” Jeroen Schoenmaker

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Interdisciplinaridade

A UFABC foi também a primeira instituição de ensino brasileira a instituir os bacharelados interdisciplinares, os chamados BIs. Neles, antes de optar de forma definitiva pelo curso de formação específica, o aluno entra em contato com um amplo conjunto de disciplinas durante cerca de três anos. Dessa forma, podemos entender a formação interdisciplinar preconizada por nossa grade curricular como uma das premissas para alcançar a excelência acadêmica. “Rever e propor uma mudança nos parâmetros tradicionais de uma simples ementa de disciplina foi um exercício que se deu por meio de um processo contínuo que se estendeu ao menos pelos quatro anos iniciais da UFABC. Foi nesse processo que muitos de nós nos demos conta de que a interdisciplinaridade não se conclui, não nos permite pontos finais, mas, ao contrário, pressupõe movimento contínuo, revisão incessante, um dinamismo que desestabiliza e torna inconsistente a ideia de que o conhecimento é uma construção imutável e que ocorre por ‘saltos’ em uma história linear, o que pressupõe ultrapassagens de paradigmas estanques e uma boa dose de humildade.” Ana Keila Mosca Pinezi

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Bloco Beta - SĂŁo Bernardo do Campo Foto: Gabriel B. Furlan


Interdisciplinaridade

Um físico com uma sólida formação em Biologia terá provavelmente condições de ir mais adiante do que seus colegas formados em instituições tradicionais e – sonho de todo aspirante a cientista – quebrar paradigmas, instaurando novas concepções. Assim como nesse exemplo, na área de humanidades ocorre o mesmo. Há, sob essa ótica, uma nova forma de inclusão: inclusão acadêmica, em que sociólogos e filósofos, por exemplo, são convidados a debater questões nas quais suas formações interagem. “[...] com um grupo de alunos das várias engenharias e computação, montamos a primeira equipe da Universidade, para participação na ‘Competição Latino-Americana de Robótica’. A interdisciplinaridade era tamanha, que nosso técnico foi um professor do Núcleo de Cognição e Sistemas Complexos, com formação em Psicologia.” Lucas Trambaiolli

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Bloco Alfa - São Bernardo do Campo Foto: Rafael Rondina

Interdisciplinaridade

“Poucos são os colegas de outras universidades que tiveram a chance de estudar e se aprofundar em Matemática, Química, Antropologia e Filosofia em um único curso de graduação, e quanto a isso não há quem supere nossa Universidade. Mesmo em atividades que não estão diretamente conectadas com as aulas, podemos enxergar o fundamento interdisciplinar sobre o qual a UFABC se estabelece.” Alexandre Soares Cavalcante

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Interdisciplinaridade

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Um ambiente constituído pela livre circulação de ideias e conhecimento, como o nosso, cria condições capazes de fazer surgir disciplinas como Evolução e Diversificação da Vida na Terra; Biodiversidade: Interações entre organismos e ambiente; Bases Epistemológicas da Ciência Moderna; Estrutura e Dinâmica Social; Ciência, Tecnologia e Sociedade; Bases Conceituais da Energia; Estrutura da Matéria; Natureza da Informação. Valendo-se dessa nova forma de inclusão, estimulamos em nossos alunos o gosto pela construção de um repertório amplo e diversificado. Não serão meros reprodutores de modelos esquemáticos, e sim elaboradores de uma nova era de conhecimento.


Campus SĂŁo Bernardo do Campo Foto: Jaqueline Fernandes FĂŠlix


Interdisciplinaridade

“Quando a Federal nos apresentou esse modelo, olhando para a nossa realidade e para o mundo do trabalho, eu achei muito mais adequado, porque não podemos perder os talentos no meio do caminho em razão da dificuldade de os jovens descobrirem a vocação correta desde o início.” Rafael Marques “Os problemas da sociedade são interdisciplinares e a interação transformadora entre os diferentes atores permite uma ampliação dos horizontes dentro e fora da universidade. As ações de extensão podem representar, ainda, o retrato da intersecção entre inclusão e excelência.” Leonardo Steil

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Campus SĂŁo Bernardo do Campo Foto: Rodilei Silva Morais




Excelência

Excelência com interdisciplinaridade e inclusão Quais aspectos podem aferir o grau de excelência de uma instituição de ensino, pesquisa e extensão? O sucesso dos egressos no mercado de trabalho? As notas conquistadas pelos cursos de graduação e pós-graduação? A alta procura por uma vaga no processo seletivo do Sisu? A visibilidade das pesquisas em publicações de alto impacto científico? Poderíamos, ainda, acrescentar um grau de subjetividade, estabelecendo parâmetros como o grau de satisfação de alunos e servidores verificados em pesquisas com a comunidade acadêmica? “A excelência não é feita somente de gestos ousados, em que são proclamadas as grandes metas. Para que ela seja alcançada, há que buscála no preparo de cada aula, na tutoria ou orientação de cada aluno, na redação de cada parágrafo de cada publicação científica. É aí, na travessia dos hiatos conceituais, que residem os principais desafios do mister universitário na busca da excelência.” Hermano Tavares / Helio Waldman

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Biblioteca Santo AndrĂŠ Foto: Thiago Barbosa


Excelência

Levando em consideração os temas elencados anteriormente, não restam dúvidas: a UFABC atua com excelência. A cada ano, cresce o reconhecimento do talento e da capacidade de nossos alunos nas empresas onde trabalham; MEC e agências de fomento têm conferido altas notas aos nossos cursos; nossos Bacharelados Interdisciplinares figuram na lista dos mais cobiçados por estudantes do país inteiro etc. “[...] A respeito do ‘segredo do sucesso’ da UFABC, ou de como foi possível chegar tão longe em tão pouco tempo. Nunca hesitei na resposta a essa pergunta [segredo do sucesso da UFABC] que, no meu entendimento, passa pelos princípios fundamentais ligados à criação da Universidade, notadamente aqueles empregados nos primeiros concursos para a contratação de docentes, no primeiro semestre de 2006. Destaco dois que me parecem essenciais: a eliminação de restrições a candidaturas e a meritocracia como critério de seleção.” Armando Milioni

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Biblioteca Santo AndrĂŠ Foto: Alvaro Luiz Vianna


Excelência

No entanto, a partir da globalização do campo da educação superior, a maneira mais aceita de mensurar a qualidade de instituições de ensino superior passou a ser os rankings acadêmicos. Alguns anos depois de sua implantação, a Universidade começou a figurar bem colocada em muitos deles. Em 2013, a UFABC chegou a liderar, entre as instituições brasileiras, o ranking Scimago, segundo o critério de publicações citadas. O Webometrics também coloca a UFABC no seleto grupo das melhores instituições de ensino superior do mundo. O indicador de qualidade dos cursos do MEC, o IGC, classificou as graduações e pósgraduações da Universidade entre as melhores do Brasil. “O Sistema de Bibliotecas da UFABC se destaca por ser uma das poucas bibliotecas brasileiras filiadas à International Association of Technological University Libraries (IATUL), entidade que promove o intercâmbio de informações e de profissionais ao redor do mundo.” Maria do Carmo Cardoso Kersnowsky

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Laboratórios Santo André Foto: Roseli Hiromi Sato


Excelência

Parece não haver dúvidas de que o modelo interdisciplinar colocado em prática pela UFABC é um dos elementos responsáveis pelo sucesso da Universidade nos rankings citados. Aqui, conforme destacamos anteriormente, a interdisciplinaridade não fica restrita a nichos acadêmicos. Os alunos aprovados pelo sistema do Sisu já iniciam a jornada na UFABC estudando sob essa concepção. “A UFABC pode sair na frente. A única referência que conheço que tem paralelo com os fios condutores da UFABC é o Instituto Helmoltz que, nas suas prioridades de pesquisa, inclui energia e estrutura da matéria explicitamente e comunicação e informação implicitamente. Mas o Helmoltz Institut é uma entidade de pesquisa, não é uma instituição de ensino superior. De qualquer modo, é estimulante para a UFABC estar com os fios condutores orientados segundo as prioridades de uma das mais famosas organizações de pesquisa no mundo.” Luiz Bevilacqua

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Laboratórios Santo André Foto: Roseli Hiromi Sato


Excelência

O constante diálogo entre áreas antes isoladas do conhecimento científico preconizado pelo nosso projeto pedagógico não garante, evidentemente, a excelência. Por isso, a interdisciplinaridade não deve constituir um modelo vazio, mas sim fazer do ato de ensinar uma instigante aventura por diversos campos do saber. É vital que essa interdisciplinaridade seja suficientemente abrangente e que realmente integre com êxito as disciplinas aqui ministradas. “E vejo como já fazemos parte da história do ensino superior brasileiro como um paradigma de sucesso! Com uma atividade de pesquisa intensa, é destaque em diversas áreas do conhecimento, reconhecida por suas publicações de grande impacto. Atualmente, com mais de 20 programas de pós-graduação e cursos de graduação que têm se destacado no ENADE, nos colocamos entre as melhores universidades do país.” Adalberto Fazzio

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LaboratĂłrios Santo AndrĂŠ Foto: Emerson Timotio Bezerra Freitas


Excelência

Outro pilar da universidade moderna tão importante quanto a tríade ensino, pesquisa e extensão é a inclusão social. A UFABC não deve atuar como se estivesse em um cenário ideal, no qual diferenças étnicas e sociais não são levadas em consideração. Daí a importância de incluir estudantes oriundos de grupos sociais historicamente alijados do ensino superior brasileiro. “Nessa primeira década, nossa universidade já demonstrou seu potencial e foi reconhecida, em rankings nacionais e internacionais, por suas distintas conquistas acadêmicas e científicas, a partir dos pilares da interdisciplinaridade, excelência e inclusão, sustentados no tripé ensino, pesquisa e extensão.” Camila Binhardi Natal

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Laboratรณrios Sรฃo Bernardo do Campo Foto: JZGodoy


Excelência

A inclusão social empreendida pela UFABC também alcança níveis de excelência. Prova disso são o desempenho dos estudantes cotistas – similar ao de seus colegas que ingressam pela modalidade de ampla concorrência – e as bolsas socioeconômicas que garantem a manutenção de alunos sob o risco de abandonar a Universidade por questões financeiras. “Mesmo em uma instituição de reconhecimento internacional, a Korea University, pude reparar no modo arrojado como a UFABC se porta frente ao conhecimento, seja na forma da didática dos docentes, seja nas atividades de pesquisa (mais dinâmicas do que qualquer outro local que pude conhecer), ou mesmo no engajamento da comunidade.” Alexandre Soares Cavalcante

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Excelência Campus Santo André Foto: Flaviana Nunes da Silva

A excelência na interdisciplinaridade e inclusão propicia, em boa medida, a excelente colocação em rankings. No entanto, isso não bastaria sem o nosso material humano, meio e fim de um trabalho ainda em processo, mas grandioso.

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Inclusão

Inclusão com excelência e interdisciplinaridade Todos os anos, centenas de jovens oriundos das camadas socialmente menos favorecidas ingressam na UFABC. Aqui, eles entram em contato com um ambiente acadêmico muito diferente daquele que conheceram na educação básica. Isso ocorre porque muitas de nossas instituições de ensino ainda tratam a formação das crianças e dos jovens fracionada em unidades independentes. “[...] O anúncio das cotas cumpriu o propósito de combater a autocensura, estimulando as candidaturas dos egressos da rede pública, [...].” Armando Milioni

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Bloco A - Santo AndrĂŠ Foto: Flaviana Nunes da Silva


Inclusão

A educação dita clássica está cada vez mais distante daquela necessária ao mundo contemporâneo. O conhecimento, advindo do avanço tecnológico e da ciência, requer profissionais cujas competências dialoguem com um arco de disciplinas muito maior do que aquelas às quais esses jovens recém-chegados à universidade tiveram acesso. “A prudência aconselhava a oferta de um número limitado de vagas, mas o imperativo da inclusão social nos levou a ousar, tentando o impossível para alcançar o máximo possível. Foi assim que se decidiu ofertar 1.500 vagas para o BC&T desde o primeiro ano, [...].” Hermano Tavares / Helio Waldman

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Inclusão UFABC Acústico Foto: Douglas William Cirino

“Muitos indagam qual foi a marca primordial para sustentar essas políticas, e, quase sem pensar, respondemos que foi a opção pela política de cotas muito antes da aprovação da Lei; mas, a cada dia que passa, fico mais convicto que a base de tudo foi uma decisão solitária do primeiro reitor, o professor Hermano Tavares: oferecer 1.500 vagas já no primeiro ano.” Gustavo Galati

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Inclusão

Esse encontro entre estudantes acostumados a uma educação calcada em princípios mais tradicionais e um modelo interdisciplinar nem sempre é simples; mas, certamente, ao final, mostra-se muito vantajoso para ambos. A universidade, espaço plural por excelência, ganha por receber alunos com visões e repertórios distantes do perfil normalmente associado ao jovem que ingressa no ensino superior público brasileiro – branco e de classe média. Eles, por sua vez, tomam contato com um ambiente capaz de ampliar o horizonte de suas potencialidades. “Apesar de a inclusão não ocorrer na intensidade e na abrangência que desejamos e consideramos justas, os ensinamentos são muitos para alunos de cotas de escola pública e racial, como é o meu caso.” Diana Mendes dos Santos

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Participantes do 1º Campeonato de Futebol de Robôs Simulados - IEEE UFABC Foto: Pedro Henrique Birais


Inclusão

Na UFABC, a inclusão não se encerra na aprovação de estudantes via cotas. Ela constitui um desafio cotidiano que inspira outras instituições. A Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) garantiu vagas a alunos provenientes das camadas mais populares e de minorias étnicas em universidades públicas, de modo muito similar ao modelo adotado por aqui de forma pioneira. Na UFABC, metade das vagas é destinada aos egressos de escolas públicas. Nesse universo de estudantes oriundos da educação pública, 50% das vagas são reservadas a alunos com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. Há, ainda, a aplicação da cota pela etnia do candidato autodeclarado preto, pardo ou indígena (cota PPI, na qual são utilizados os dados do último censo do IBGE – 34,73%, no caso do Estado de São Paulo).

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UFABC AcĂşstico Foto: Max M. Fuhlendorf


Inclusão

“Os desafios eram muitos e não fazia muita ideia se chegaríamos lá: aliar qualidade com quantidade - afinal, quantidade sem qualidade, já se conhecia bem no Brasil, e qualidade sem quantidade, nas palavras do reitor Hermano Tavares, constituía-se claramente em mais um privilégio, no país das desigualdades.” Francisco Comarú

Em 2015, a política de cotas chegou aos cursos stricto sensu por meio de uma resolução da Comissão da Pós-Graduação da UFABC. Essa normativa estabeleceu a possibilidade de os cursos de mestrado e doutorado em Ciências Humanas e Sociais adotarem a reserva de vagas para ingressantes, considerando critérios étnicos. No edital de seleção seguinte, houve acréscimo de 30% das vagas no mestrado para candidatos autodeclarados negros ou indígenas que atingissem a nota mínima em todas as fases eliminatórias.

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MatrĂ­cula - Piso vermelho - Campus Santo AndrĂŠ Foto: Thiago Barbosa


Inclusão

“Entendemos que, enquanto instituição pública e a serviço da sociedade, deveríamos inverter a lógica cruel do vestibular, na qual os alunos precisam buscar as universidades. Nós é que deveríamos encontrar e dar chance aos talentos espalhados pelo país.” Itana Stiubiener

Não bastasse o pioneirismo, fomos ainda além: por iniciativa própria, criamos as cotas voltadas para pessoas com deficiência. Nessa modalidade são ofertadas cerca de 2% das vagas totais oferecidas. Esta reserva não interfere nas vagas destinadas aos cotistas de escola pública, uma vez que vem da metade de vagas destinadas a candidatos da ampla concorrência (estudantes que não cursaram o Ensino Médio em escola pública ou que não optaram pelas cotas). As bolsas socioeconômicas, mantidas com recursos próprios, subsidiam financeiramente os estudantes sob o risco de abandonar os estudos.

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Seminário Nacional Pessoa com Deficiência no Ensino Superior Foto: Pró-reitoria de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas


Inclusão

“Em nossa trajetória, inovamos em gestão, processos, parcerias e convênios. [...] focado no atendimento efetivo das demandas informacionais dos usuários com deficiência visual - cegueira e baixa visão - disponibilizando em nossas unidades equipamentos com tecnologia assistiva e bibliografia em áudio, garantindo o acesso e a permanência com igualdade de oportunidades para os estudantes.” Maria do Carmo Cardoso Kersnowsky “A Escola Preparatória da UFABC oportunizou o ingresso de centenas de alunos à universidade pública, sendo em muitos casos o primeiro integrante da família a alcançar esse sucesso.” Leonardo Steil

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Escola Preparatรณria Foto: Rodrigo Zerneri


Inclusão

Outro desafio inerente à inclusão com interdisciplinaridade consiste na manutenção da excelência pela qual a UFABC é reconhecida nacional e internacionalmente. Houve um debate sobre esse aspecto muito forte no início e que arrefeceu à medida que a Universidade se consolidou. Era questionado se a inclusão de jovens vindos de escolas públicas não afetaria a excelência da instituição. A premissa, a priori preconceituosa e simplista, preconizava que jovens de formação mais precária não estariam aptos a acompanhar a complexidade de determinados conteúdos ministrados em aula. “Você cria oportunidades pactuando dívidas históricas que a UFABC ajuda a pagar. São dívidas que o Estado tem com seu povo e a universidade quita isso sem perder de vista seu brilho, a importância de formar alunos com qualidade e ajudando a quebrar preconceitos.” Rafael Marques

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Bloco A - Santo AndrĂŠ Foto: Pablo Fiorito


Inclusão

“[...] pude também me alegrar com a alegria de alunos e alunas que ultrapassaram, por meio de políticas públicas e oportunidades, esses obstáculos e tantos outros e alçaram voos, ocuparam espaços outrora negados; tantos que entenderam o sentido da interdisciplinaridade e, por isso mesmo, compreenderam que inclusão social e excelência acadêmica não são contradições.” Ana Keila Mosca Pinezi

O tempo e o talento de nossos estudantes, professores e servidores técnico-administrativos demonstraram o quanto essa contraposição era falsa. A cada ano, a UFABC se consolida como uma instituição em que a inclusão social propiciada pelas cotas e demais políticas voltadas aos estudantes não se opõem ao avanço da Universidade como polo irradiador de excelência acadêmica para o Brasil e o mundo. Ao incluir em um contexto interdisciplinar com a excelência como norte, construímos a Universidade do Século XXI.

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Laboratórios Santo André Foto: Pablo Fiorito




Os depoimentos dos convidados estão disponíveis na íntegra no endereço http://ufabc.net. br/10anosconvidados.

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Campus São Bernado do Campo Foto: Max M. Fuhlendorf

Convidados

A comissão organizadora agradece aos participantes que se dedicaram para contribuir com a construção de uma pequena parte da memória da UFABC por meio do relato de suas experiências vividas na Universidade.


Bacharel e mestre em Física pela Universidade de Brasília, nos anos de 1973 e 1975, respectivamente. Doutor em Física pela Universidade de São Paulo em 1978. No ano de 2008, tornou-se diretor do Centro de Ciências Naturais e Humanas (CCNH) na Universidade Federal do ABC (UFABC) onde foi, em agosto do mesmo ano, nomeado reitor pro tempore, cargo exercido até fevereiro de 2010.

Convidados

Adalberto Fazzio

Alexandre Soares Cavalcante Bacharel em Ciência e Tecnologia, Licenciado em Matemática e Engenheiro de Gestão, mestre em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC. Foi aluno visitante na Korea University, em Seul, Coreia do Sul. Recentemente, foi aceito para realizar o doutorado em Estudos Educacionais com foco em Ciências e Matemática pela McGill University, em Montreal, no Canadá.

Ana Keila Mosca Pinezi Licenciada em História, bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (1995), mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1999) e doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (2003). Foi coordenadora do programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC de 2010 a 2014, do qual é docente permanente. Coordena o Grupo de Pesquisa IPLURES (Identidades Plurais e Sistemas Simbólicos), CNPq. Também integra o Núcleo de Ciência, Tecnologia e Sociedade (NCTS) da UFABC.

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Convidados

Armando Zeferino Milioni Engenheiro Mecânico Aeronáutico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA, 1979), Mestre em Pesquisa Operacional e Transporte pelo ITA (1983) e Ph.D. em Industrial Engineering and Management Sciences pela Northwestern University (Evanston, IL, EUA, 1987). Entre outubro de 2005 e maio de 2010, fez parte da equipe pro tempore que implantou a Universidade Federal do ABC, onde ocupou as funções de pró-reitor de pósgraduação, vice-reitor e chefe de gabinete da Reitoria.

Camila Binhardi Natal Mestranda em Ensino e História das Ciências e da Matemática pela UFABC. Pós-graduada (lato sensu) em Gestão Pública pela UFABC. Licenciada em Letras (Português/Inglês). Ingressou na UFABC em 2006, entre os primeiros servidores. Atuou como Professora Efetiva pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Foi uma das organizadoras do livro “UFABC 5 anos: um novo projeto universitário para o Brasil”.

Diana Mendes dos Santos Bacharel em Ciências e Humanidades (2015), em Relações Internacionais (2016) e em Políticas Públicas (previsão 2017) pela Universidade Federal do ABC.

Francisco Comarú Engenheiro civil pelo Instituto Mauá de Tecnologia (1992), mestre pela Escola Politécnica da USP (1998), doutor pela Faculdade de Saúde Pública da USP (2004). Foi Affiliate Academic na University College London, Londres (2011); Visiting Scholar na Organização Internacional do Trabalho, Genebra (2011) e Volunteer na Organização Mundial da Saúde, Genebra (2011), instituições onde realizou pesquisa de pós-doutorado, como bolsista do CNPq. Atualmente, é professor adjunto na Universidade Federal do ABC, onde atuou como pró-reitor de Extensão, de 2012 a 2013.

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Técnico em Assuntos Educacionais na Universidade Federal do ABC. Licenciado em Física e mestre em Educação (USP). Ingressou na UFABC na primeira turma de servidores, em 2006. Exerceu o cargo de pró-reitor de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas.

Convidados

Gustavo Adolfo Galati de Oliveira

Helio Waldman Graduou-se Engenheiro de Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1966. Fez pós-graduação na Universidade de Stanford, na Califórnia, USA, onde obteve os títulos de Master of Science (M.Sc.) em 1968 e Ph.D. em 1971. Em 2005, juntou-se à Comissão de Implantação da Universidade Federal do ABC, na qual foi pró-reitor de Pesquisa, até fevereiro de 2009; pró-reitor de graduação, até 2010; e reitor, até 2014. É professor emérito da UFABC.

Hermano de Medeiros Ferreira Tavares Formado em Engenharia Eletrônica (1964), no ITA, tornou-se mestre e doutor pela Universidade de Toulouse (França) em 1966 e 1968, respectivamente. Foi nomeado reitor pro tempore da Universidade Federal do ABC em 2006.

Itana Stiubiener Professora da Universidade Federal do ABC e pesquisadora associada do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Foi pró-reitora de Graduação da UFABC e primeira coordenadora da UAB-UFABC.

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Convidados

Jeroen Johannes Klink Possui graduação e mestrado em Economia pela Universidade de Tilburg (Holanda, 1987), e doutorado em Planejamento Urbano pela Universidade de São Paulo (2000). Atualmente, é professor associado na Universidade Federal do ABC, onde já ocupou os cargos de pró-reitor de Extensão (2006-2008), Coordenador do Núcleo de Ciência, Tecnologia e Sociedade (NCTS), de 2009 a 2010, e do Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território, de 2011 a 2015.

Jeroen Shoenmaker Graduado em Física pela Universidade Estadual de Campinas, possui Mestrado e Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Após o ingresso na Universidade Federal do ABC, voltou-se para a prática científica interdisciplinar utilizando uma abordagem fenomenológica. Seus estudos recentes renderam progressos em áreas diversas, tais como: ciência dos materiais, termodinâmica, instrumentação e astrofísica.

João Ricardo Sato Bacharel em Estatística pela Universidade de São Paulo, em 2002, tendo concluído três iniciações científicas como bolsista PIBIC/CNPq. Iniciou o doutorado em 2004 na USP, realizou estágio de pesquisa (doutorado-sanduíche) no Instituto de Psiquiatria do King’s College London em 2006, tornando-se doutor em 2007. Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal do ABC, onde coordenou o Núcleo de Cognição e Sistemas Complexos (NCSC) por cinco anos. Os docentes associados ao NCSC foram os idealizadores do Bacharelado em Neurociências (pioneiro no Brasil) e do programa de pósgraduação em Neurociências e Cognição da UFABC.

80


Leonardo José Steil Docente da Universidade Federal do ABC desde 2008. Formou-se Bacharel em Química na Universidade Regional de Blumenau, em 1998; concluiu o Mestrado em Química na Universidade Federal de Santa Catarina em 2001 e o Doutorado em Química na Universidade Estadual de Campinas em 2006. Atualmente, é o coordenador do programa de extensão Escola Preparatória da UFABC, e exerce o cargo de pró-reitor adjunto de graduação.

Lucas Remoaldo Trambaiolli Bacharel em Ciências e Tecnologia (2011), em Engenharia Biomédica (2013) e mestre em Neurociência e Cognição (2014) pela Universidade Federal do ABC. Atualmente, é bolsista FAPESP de doutorado no programa de Neurociência e Cognição da mesma instituição.

Luiz Bevilacqua Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1959), especialista em Pontes e Grandes Estruturas na TH Stuttgart (1961) e doutor em Mecânica Teórica e Aplicada pela Stanford University (1971). Foi coordenador do comitê de estruturação acadêmica e implantação da Universidade Federal do ABC, onde foi reitor e responsável pela implantação do Núcleo de Cognição.

Maria do Carmo Cardoso Kersnowsky Especialista em Gestão de Serviços de Informação pela FESPSP, é coordenadora do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do ABC.

Rafael Marques É o atual presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi representante da comunidade no Conselho Universitário da Universidade Federal do ABC de maio de 2009 a maio de 2011.

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Raio X da UFABC

Reconhecimento Nacional A UFABC atingiu nota máxima (5) em todas as últimas edições do Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC. Na última edição, a nota máxima foi obtida por apenas 13 dentre mais de 2.000 instituições de ensino superior avaliadas.

5 Avaliação do MEC

A Folha de São Paulo classificou a UFABC como a melhor universidade brasileira no quesito “internacionalização”, por três anos seguidos.

Fonte: Folha de São Paulo (2013, 2014 e 2015)

84


Nas áreas de Ciências da Vida, Química, Meio Ambiente e Física, a UFABC é a

3ª melhor Universidade Federal. 6ª melhor Universidade do Brasil.

Raio X da UFABC

Reconhecimento Internacional

Ranking da Revista Nature 2016

Com apenas nove anos de idade, a UFABC é a 18ª melhor Universidade da América Latina (sendo que as 17 melhores são todas maiores e/ou mais antigas). Times Higher Education Rankings (2016)

UFABC está entre as 3,7% melhores universidades do mundo. Center for World University Rankings (2016)

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Raio X da UFABC

Reconhecimento Internacional Entre mais de 3.000 universidades internacionais, a UFABC é a melhor universidade brasileira nos critérios high-quality publications, overall excellence, internacionalization, normalized impact factor (única acima da média global). Ranking internacional Scimago (2012, 2013 e 2014)

Entre as 60 universidades brasileiras que mais publicaram artigos científicos entre 2003 e 2012, a UFABC é 1ª em colaborações internacionais; 2ª em quantidade de publicações entre os 10% mais citados de cada área; e 4ª em quantidade média de citações por trabalho (impacto). Leiden Ranking of Research Institutions and Universities (2014)

86


Campus Santo AndrĂŠ Foto: Hugo da Silva Carlos


Graduação Pós-graduação

Raio X da UFABC

Gráfico de evolução das matrículas 13035

10395 8612 7277

Número de Alunos

5513

88

4184 2617 456 0

932 96

1622 162

249

317

543

837

986

1028

1133


UFABC AcĂşstico Foto: Max M. Fuhlendorf


Técnicos administrativos Docentes

Raio X da UFABC

Gráfico de evolução do número de servidores 751

571

Número de Servidores

90

588 605

527 500

402 432 299 179 97

113

76

92

109

284

390

737

513

549


Primeiros Servidores TĂŠcnico-administrativos Foto: Aquivo pessoal - Adriana Luz


Campus Santo André Campus São Bernardo do Campo

Área construída (m²)

Raio X da UFABC

Gráfico de evolução da área construída

92

80.681

82.287

72.489 61.819

16.849

61.819

20.439

18.506

5.039 0

65.463

0

0

6.711

24.135

27.056


UFABC AcĂşstico Foto: Max M. Fuhlendorf


94



Campus Santo André Telefones: (11) 4996-0000 Av. dos Estados, 5001 Bairro Santa Terezinha Santo André CEP: 09210-580 Campus São Bernardo do Campo Telefones: (11) 2320-6000 Alameda da Universidade, s/nº Bairro Anchieta São Bernardo do Campo CEP: 09606-045


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