Enfoque 198 - Dezembro

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primeiras linhas Entre os dias 2 e 3 de agosto do ano 216 a.C, o exército romano, o mais poderoso e bem treinado do mundo, enfrentou as tropas cartaginesas nas margens do rio Áufido, ao lado do povoado de Cannae, na costa leste da Itália. Roma tinha 80 mil soldados e Car­ tago cerca de 50 mil. Ao final dos combates, apenas 12 mil soldados romanos estavam vivos, na mais fragorosa derrota do seu exército até então, o que prati­ camente decidiu a Segunda Guerra Púnica. O movimento sincronizado do general Aníbal para vencer os romanos se transformou na mais estudada estratégia de guerra ao longo dos anos. Assim como a Batalha de Cannae é mencionada como exemplo de sucesso, o ataque japo­ nês a Pearl Harbor é citado como exemplo de fracasso. O sucesso tático limitado dos japoneses se transformou numa derrota estratégica, já que não destruiu o potencial bélico americano – até então inativo – e ainda chamou para a briga a mais poderosa força de guerra do mundo. O resultado desse equívoco foram duas explosões atômicas e a derrota japonesa. Táticas e estratégias pas­ saram a ser palavras comuns nos segmentos de comunicação e de marketing desde que foi lançado o livro Marketing de Guerra, escrito por Al Ries e Jack Trout, há cerca de 30 anos, estabelecendo a importância do concorrente no futuro de cada negócio. Publicações como Sobre a Guerra, lançado em 1832 por Karl Von Clausewitz, e A Arte da Guerra, de Sun Tzu, conhecido desde aproximadamente 250 a.C, passaram a ser obras de cabeceira de empresários e publicitários. Palavras como ataque, defesa, flanqueamento e guerrilha ficaram usuais no planejamento e na ação de marketing. O segmento empresarial percebeu que não há diferença entre as situações vividas numa guerra e na competição dos mercados em busca de liderança e lucro.

Como demonstrou Aníbal, a inteligência é mais poderosa do que a força e, como escreveu o chinês Sun Tzu, a invencibilidade está na defesa, enquanto a possibilidade de vitória está no ataque.

Cesar Colleti

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entre linhas Enfoque chega a 198ª edição, selando o encerramento do ano de 2017. E para fechar com chave de ouro a revista traz uma entrevista especial com uma das maiores referências em educação do Brasil: Clovis Eduardo Pinto Ludovice. Ele criou um dos maiores sistemas educacional do estado de São Paulo e do Brasil, colocando Franca no alto cenário do ensino médio e superior. Pelos 42 cursos superiores de graduação, 50 cursos de especialização “lato sensu”, quatro cursos de mestrado, um doutorado “stricto sensu” na área de saúde e pelos 93 polos de Ensino à Distância que criou passaram mais de 70 mil alunos.

São famílias francanas e brasileiras que têm profissão e opções de crescimento alicerçadas na formação possibilitada pela visão de um homem que, desde cedo, teve a premissa de que a transformação humana se daria pelo conhecimento e educação. É para contar um pouco sobre sua trajetória pessoal e profissional que Enfoque traz nas próximas páginas, fatos que comprovam sua importância para o desenvolvimento educacional, econômico e cultural de Franca. Ainda nesta edição trazemos uma matéria sobre saúde, comprovando que Franca está na vanguarda em algumas áreas.

Uma delas é a medicina de alta complexidade: o São Joaquim Hospital e Maternidade foi um dos pioneiros em transplante de córneas na região e, em setembro, realizou o 50º procedimento. Enfoque conta ainda com uma reportagem sobre a alta procura por tratamentos estéticos masculinos na cidade, confirmando que além de vaidosos, os homens já não têm receio de se cuidar. Além dela, a edição traz uma matéria sobre a Terapia de Barra de Access, uma terapia corporal que permite que o indivíduo e o seu corpo comecem a desprender-se dos pensamentos, condicionamentos, emoções, atitudes e crenças limitantes que tenha registrado sobre qualquer situação ou experiência.

Essas e outras reportagens você tem acesso agora na edição de dezembro que chega à suas mãos, leitor. Então, boa leitura!

Fernanda Ribeiro Editora Chefe

Enfoque Franca é uma publicação periódica mensal des­ti­na­da ao público em geral ISSN 1981 6219 ® Marca Registrada Diretor Responsável Cesar Colleti Editora Fernanda Ribeiro - MTB 32.745 Designer Gráfico Leonardo Vasques Carvalho Fotografia Ricardo Fernandes Consultoria de Marketing Lucas Rodrigues da Silva Colaboradores desta edição Adilson Félix Pimenta Adriana Barbosa Raymundo Andresa Maranha Beto Chagas Frederico Millano J. E. de Oliveira Ramos Luís Henrique Borba Perpétua Amorim Thais Flausino

Impres­são Cristal Indústria Gráfica (16) 3711-0200 As opiniões e con­cei­tos emi­tidos em arti­gos são de in­tei­ra res­ponsabilidade de seus au­tores. O con­teú­do dos anúncios pu­bli­ci­tá­ri­os é de inteira responsabilidade das em­pre­sas anun­ cian­tes, e não expressa neces­sa­ri­a­men­ te a opi­nião ou a posi­ção da re­vis­ta Enfoque Franca e dos seus dire­to­res e edi­to­res.

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sumário

seções 04| primeiras linhas Cesar Colleti

04| entre linhas

46

Beleza Queda acentuada de cabelos afeta os homens e as mulheres

47

Cabelos Indústria lança produtos para deixar os cabelos alisados saudáveis

48

Homens Procura por tratamentos estéticos masculinos chega a 30%

49

Moda Usar vermelho no Natal deixa de ser obrigatório: a onda é ousar

50

Estilo Em alta, jeans destroyed pode ser usado em diferentes ocasiões

52

Pet Sem sintomas aparentes, câncer de mama é comum em cães e gatos

54

Negócios Marketing de relacionamento cresce como ferramenta de negócios

55

Educação Alunos da Escola Barão da Franca discutem o preconceito em aula

56

Inclusão Sarau Sensus Vitae desmistifica as diferenças através da arte

58

Perfil Clóvis Ludovice tem vida marcada por transformar a comunidade

61

Entrevista Clóvis Ludovice construiu uma grande universidade de ponta

Fernanda Ribeiro

24| comportamento

Andresa Maranha

Ano XVI Nº 198 dezembro de 2017

24| negócios

Thais Flausino

bem 24| viver Adilson Félix Pimenta

66| fraseado

notas 08| 10| 12| 14| 16| 18|

mirante panorama entrever rápidas bloco de notas post scriptum

crônicas 20| pulsar

Luis Henrique Borba

20| miragem

J. E. de Oliveira Ramos espaços

20| Adriana Barbosa Raymundo 22| 360 graus

Perpétua Amorim

22| palavras contidas Beto Chagas

22| mais ou menos

Frederico Millano

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Música Com influência do sertanejo “bruto”, Maike Teixeira é revelação

28

Artes Com sua sensibilidade, José Henrique Breda ultrapassa as limitações

30

Literatura Dôni Ferreira lança seu primeiro livro “Milagres Cotidianos”

32

Como Funciona Fogão de indução é novidade que atrai pela segurança e facilidade

36

Nutrição Com vários nutrientes além do ferro, feijão ajuda a prevenir doenças

38

Saúde Chamada “mãos amorosas”, massagem havaiana promove equilíbrio

39

Saúde São Joaquim Hospital é pioneiro na região em transplante de córneas

40

Zen Terapia de Barra de Acces se mostra eficaz nas mudanças

42

Decoração Tendências mesclam o moderno e o clássico para o clima de Natal

44

38

42

52

56

@carmensteffens CarmenSteffensOnline

Carmen Steffens CALÇADOS, ROUPAS E ACESSÓRIOS AV. RIO AMAZONAS, 638 - RESIDENCIAL AMAZONAS | FRANCA – SP

ARUBA

BUENOS AIRES

CANCÚN

CANNES

MIAMI

MONTERREY

PUNTA DEL ESTE

RIO DE JANEIRO

SANTIAGO

SÃO PAULO

560 LOJAS - 19 PAÍSES

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|mirante

CALÇADOS I >>

<< CALÇADOS II

A indústria de calçados Rafarillo implantará sua 2ª unidade fabril em Cascavel, no Ceará. Para tanto, investirá R$ 10 milhões. A perspectiva é que a nova unidade – que gerará cerca de 500 empregos diretos - incremente em 20% as vendas da marca na região Nordeste. A previsão é que a 2ª unidade fabril comece a funcionar em maio de 2018, com uma produção diária de 2,5 mil pares, o equivalente a 50 mil por mês e 600 mil pares por ano.

Segundo um dos diretores da Rafarillo, Valter Cintra, o Ceara já possui um polo calçadista desenvolvido e tem vocação para mão de obra de produtos artesanais. “Com a confecção artesanal serão gerados empregos indiretos de costura manual e outras atividades agregadas”, diz Valter, que pretende comercializar a produção do Ceará em todo o Brasil. Apesar dos aspectos positivos desse investimento, a notícia não agradou os francanos.

Rafarillo constrói fábrica no Ceará

Haverá geração de empregos

NOMES DE RUAS

RECICLÁVEIS

Franca receberá mais de mil placas

Coleta de Franca completa 25 anos

O emplacamento com nomes das vias públicas de Franca será retomado. A expectativa é que sejam instaladas 1.120 placas com nomes de ruas. Serão colocados 370 postes com placas duplas e 750 com placas simples. Ainda está prevista a manutenção de seis mil placas e dois mil conjuntos já existentes em Franca. O serviço – que deve começar em janeiro de 2018 - será executado pela Sinape Sinalização Viária, vencedora da licitação.

Com 100% dos bairros atendidos, a coleta seletiva de Franca está completando 25 anos. E assim como em outras áreas, a cidade foi uma das pioneiras na coleta seletiva de materiais recicláveis, sendo referência nesse setor.

Além de contribuir para a preservação dos recursos naturais e prolongar a vida útil do aterro sanitário, a coleta seletiva também gera renda aos catadores da Cooperfran – Cooperativa de Catadores de Franca.

<< SUPERMERCADOS I

<< SUPERMERCADOS II

As vendas dos supermercados de Franca para este Natal devem crescer de 1,5% a 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a APAS – Associação Paulista de Supermercados, isso ocorrerá porque o consumidor está percebendo os preços mais estáveis. “Os preços estão se comportando bem melhor em 2017, especialmente nos panificados e aves, itens muito consumidos no Natal”, diz o economista Rodrigo Mariano.

O preço dos panificados, em que se inclui o panetone, teve variação de apenas 0,93%, no acumulado de janeiro a setembro, e de 1,63% em 12 meses. Já o preço do peru teve queda de 5,54% até setembro, indicando preços mais moderados para este ano. O preço do azeite caiu 2,42% de janeiro a setembro de 2017, sendo que, em 2016, no mesmo período foi observado aumento em 18,20%. Já o preço do chester se manteve no mesmo patamar em 2016.

Vendas podem ter alta de até 2%

Preços mais baixos devem puxar vendas

<< IPTU 2018

Prazo para pedir desconto até dia 9 Os proprietários de imóveis em Franca que desejam desconto para o IPTU 2018 deverão procurar a Prefeitura para pleitear o abatimento e protocolar o requerimento até dia 9 deste mês. Trata-se do desconto de 10% no valor dos tributos. Os donos do imóvel devem residir no mesmo e não possuir dívida ativa. Para pleitear o desconto, é necessário que o contribuinte leve a escritura original, cópia do CPF, RG e o carnê de IPTU deste ano.

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|panorama

NATAL 2017 >>

COPA SP 2018

No dia 7 deste mês, a “Casa do Papai Noel” receberá o Coral do Projeto Guri Polo Acif, às 20h. Nos dias 15 e 23 será a vez do Ensemble Vocal da Orquestra Sinfônica se apresentar, no mesmo horário e local. Entre 4 e 22 de dezembro, haverão sessões de cinema com entrada gratuitas. Filmes como “O Poderoso Chefinho” e “O Pequeno Príncipe” serão exibidos no Centro de Educação Empresarial Acif, à Rua Major Claudiano, 1907, às 19h30.

A Francana, que integra o Grupo 9 na Copa SP 2018, enfrentará o Araxá no dia 3 de janeiro, às 18h. No mesmo dia, Ponte Preta jogará contra Chapecoense, às 20h. No dia 6, será a vez da Franca enfrentar a Ponte Preta, as 17h. A Veterana volta a campo no dia 9, às 20h, contra a Chapecoense. A edição 2018 da Copa SP conta com 128 participantes, número recorde da competição de futebol júnior. O estado de São Paulo terá 32 times-sede.

ACIF promove várias atrações

Francana jogará em 3 de janeiro

EM PROL DO IANSA I

EM PROL DO IANSA II

1ª Festa das Nações começa dia 7

Evento terá foco na gastronomia

Acontece de 7 a 10 deste mês, no estacionamento do Shopping do Calçado, a 1ª Festa das Nações do IANSA – Instituto de Apoio Nossa Senhora Aparecida, que ampara e acolhe pessoas da região que vêm se tratar no Hospital do Câncer de Franca. O evento contará com a representação de sete nações por meio da gastronomia e manifestações culturais. São elas: japonesa, brasileira, americana, italiana, espanhola, portuguesa e árabe.

A festa que acontece das 18h às 23h, de 7 a 9; e das 10h às 17h no dia 10, terá barracas com doces, bebidas e espaço kids. “Toda doação será bem vinda, e nesta fase de preparativos para a festa, estamos recebendo produtos alimentícios, como óleo, presunto, muçarela, farinha, etc.”, falou a fundadora da Casa de Apoio, Eliane Bonine.

O IANSA existe há seis anos e todo atendimento que presta é gratuito. Informações pelo 3409-3461.

<< PINTURA I

<< PINTURA II

Segue até o dia 22 de dezembro, no Laboratório das Artes, a mostra “Lugares” que reúne a produção recente da pintora, gravadora, desenhista e arte-educadora Atalie Rodrigues Alves, com aquarelas e pinturas acrílicas sobre mdf com imagens inspiradas em suas viagens e andanças pelo mundo, que incluem bancos e cadeiras de lugares públicos do Brasil e de cidades da Europa, telhados e casarios das cidades coloniais mineiras e outros.

A artista plástica expõe 28 obras criadas a partir de pesquisas e imagens coletadas pela própria autora em diversas cidades. É uma continuação do ofício tradicional da pintura que exerce há mais de 40 anos, recriando lugares através da memória afetiva, com uso rebuscado da geometria e de cores vivas e intensas, luminosas, que fazem reviver as paisagens que a artista viu. A mostra pode ser vista de segunda a sexta, das 10h às 17h.

Mostra “Lugares” segue até dia 22

SERTANEJO >>

Henrique & Juliano dia 9 em Franca Após dois anos de espera e para lançar seu novo DVD – “O Céu Explica Tudo”, a dupla Henrique & Juliano volta a Franca dia 9 de dezembro. Além de seus novos sucessos – já estourados nas principais rádios -, a dupla promete relembrar as canções que caíram no gosto do público, como “Na Hora da Raiva”, “Como é Que a Gente Fica” e outras. O show dos irmãos será no Parque Fernando Costa e contará com discotecagem de Aline Rocha.

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Exposição conta com 28 obras

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|entrever

NO SESI I >>

<< NO SESI II

O Quarteto Camargo Guarnieri se apresenta no dia 8 deste mês, às 20h, no Teatro do Sesi, com entrada gratuita. A apresentação se estende até uma exposição que enaltece o maestro brasileiro Villa Lobos, em celebração aos 130 anos de seu nascimento. E é demonstrando influência da temática popular por meio de um repertório que enfatiza a música brasileira que Quarteto Camargo disserta sobre a importância cultural da obra de Villa Lobos.

O Sesi promove em dezembro as Oficina de Teatro Narrativo e Oficina de Ocupação de Espaços Não-Convencionais. A primeira será dias 8, das 19h às 22; e 9, das 14h às 18h, e pretende aproximar o interessado em artes cênicas da técnica narrativa. A segunda será de 12 a 14, das 19h às 22h; e dia 16, das 10h às 17h, com a proposta de vivência teatral que investigue o uso de espaços alternativos. Inscrições no Sesi, informações: 3712-1621.

Quarteto Camargo Guarnieri em Franca

Oficinas de Teatro em todo o mês

VESTIBULAR FATEC I

VESTIBULAR FATEC II

Liberada lista de isenção

Inscrições para provas até dia 7

Já está disponível no site www.vestibularfatec.com.br a lista dos contemplados com a isenção ou a redução da taxa de inscrição do processo seletivo das Faculdades de Tecnologia - Fatecs do Estado de São Paulo para o 1º semestre de 2018. Além da oferta das isenções, as Fatecs vão conceder redução de 50% na taxa de inscrição - de R$ 64,80 para R$ 32,40 - aos candidatos que atenderem aos requisitos determinados para esta finalidade.

Quem receber um dos benefícios deve fazer sua inscrição pela internet em um único curso de graduação, na Fatec de sua escolha, até 15h de 7 de dezembro. O Manual do Candidato está disponível para download no site. O Vestibular das Fatecs oferece 14.090 vagas, distribuídas entre os 73 cursos gratuitos de graduação tecnológica.

Em Franca são Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão Empresarial e Gestão da Produção Industrial.

<< COCA-COLA

Pró-Criança oferece bolsas em cursos

A tradicional Caravana de Natal da Coca-Cola, promovida pela Coca-Cola Andina Ribeirão Preto, chegará a Franca no dia 19 deste mês. Ao todo ela fará sua passagem iluminada por sete cidades da região. Em Franca, o comboio percorrerá as ruas a partir do início da noite também no dia 20. Serão três caminhões, um trio elétrico e uma caminhonete trenó, com mais de 1,5 mil metros de mangueiras iluminadas com cerca de 40 mil lâmpadas.

O Instituto Pró-Criança de Franca abre inscrições para bolsas de estudos para crianças e adolescentes em vários cursos, como natação, balé, futebol, basquete, judô, tênis, jazz, hip hop, zumba kids, pilates, fotografia, gráfica rápida, informática, inglês, pintura e desenho, auxiliar de escritório contabilidade, mecânica de automóveis e outros. Serão distribuídas senhas entre os dias 8 e 12 de janeiro de 2018. Informações: 3722-7430.

MAQUIAGEM >>

Alice Salazar em palestra em Franca A digital influencer Alice Salazar, que soma mais de 1,9 milhões de seguidores em seu canal no Youtube, através do qual mostra dicas de maquiagem, estará em Franca no dia 10 de dezembro, às 15h, no Dann Inn Hotel, para proferir uma palestra e apresentar diferentes técnicas e truques de maquiagem. Os convites estão à venda. Informações pelos telefones (17) 9.9119-2785 e (16) 9.92740413, ou pelo e-mail alicesalazaremfranca@gmail.com.

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EDUCAÇÃO

Caravana de Natal em Franca dia 19

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|rápidas

NATAL I >>

<< NATAL II

O setor comercial de Franca está funcionando em horário prolongado desde o dia 4 deste mês. E graças a um acordo firmado entre lojistas e funcionários, as lojas estão abrindo das 9h às 22, de segunda a sexta-feira; aos sábados das 9h às 18h e aos domingos, das 10h às 18h. A exceção fica para a sexta-feira, 8 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição – padroeira de Franca – em que o comércio abrirá suas portas das 9h às 15h.

O funcionamento especial das lojas de Franca de olho no Natal, considerado a melhor época do ano para o comércio, seguirá até o dia 24 de dezembro, véspera do Natal, quando o setor abre das 9h às 18h. Após este dia, as lojas reabrirão na terça-feira, dia 26, das 12h às 18h. E embora a economia esteja mais devagar, a expectativa dos lojistas para o Natal deste ano é que as vendas aumentem pelo menos, 5% em relação ao ano passado.

Lojas abrem em horário especial

Expectativa é de aumento de 5%

PARLAMENTO I

PARLAMENTO II

Os professores, orientadores, coordenadores dos ensinos fundamental e médio e docentes de educação especial em salas de recurso ou como apoio de escolas estaduais, podem se inscrever até o dia 13 deste mês para o programa Missão Pedagógica no Parlamento. São 432 vagas, sendo 16 para cada estado, preenchidas por sorteio eletrônico.

Os candidatos sorteados participarão do curso à distância “Educação para Democracia e o Parlamento”.

Os candidatos com melhor desempenho serão selecionados para participar do programa, que visa formar docentes comprometidos com a disseminação de práticas educativas para o fortalecimento da democracia, privilegiando a escola como espaço para o aprendizado. O programa é conduzido pela Câmara dos Deputados, que custeará as despesas dos participantes. Informações pelo e-mail mpedagogica.cefor@camara.leg.br ou pelo 800-619619.

Missão Pedagógica até dia 13

Fortalecer a democracia é pauta

EDUCAÇÃO PARA ADULTOS I >>

<< EDUCAÇÃO PARA ADULTOS II

Seguem abertas até 26 de janeiro, as inscrições para o EJA - Educação de Jovens e Adultos para o ano letivo 2018. Os atendimentos são realizados nas próprias escolas e os interessados devem apresentar seus documentos pessoais. As escolas que oferecem o EJA são: “Antônio Sichierolli”, no Jardim América; “Maria Helena Rosa Barbosa”, no Jardim Redentor; “Nair Martins Rocha”, Jardim Integração; e “José Mário Faleiros”, Jardim Aero-porto 3.

A Prefeitura mantém também o Centro de Ensino Supletivo Municipal (CESUM), que funciona no Complexo Champagnat, cujas matrículas terão início em janeiro, com data a ser confirmada em breve, e o programa “Cursinhos Populares”, programa que atende estudantes de baixa renda que desejam se preparar para o vestibular e não têm condições de assumir os custos de um cursinho particular, com inscrições de 15/01 a 23/01/2018.

EJA inscreve até 26 janeiro

TRANSPORTE COLETIVO >>

Terminal do Museu será reformado Após inúmeras reclamações de usuários do transporte coletivo de Franca, a Emdef – Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca confirmou um conjunto de melhorias no terminal de ônibus em frente ao Museu Histórico “José Chiachiri”. O projeto visa garantir mais conforto e segurança aos passageiros. O local receberá um abrigo maior para chuvas e sol, além de um espaço para circulação dos usuários enquanto aguardam os ônibus.

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Cursinhos Populares também recebem

enfoque franca | dezembro 2017|15

|bloco de notas

TELEVISÃO DIGITAL >>

INADIMPLÊNCIA

Por não conseguir atingir o percentual mínimo de domicílios preparados para receber o sinal digital de TV, que é de 90%, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações adiou o desligamento do sinal analógico em Franca e região, para o dia 31 de janeiro de 2018. O sinal seria desligado no dia 29 de novembro, mas segundo pesquisa do Ibope, apenas 84% da população da região está preparada para a mudança de tecnologia.

A Sabesp realiza até 22 de dezembro a 3ª edição do “Acertando suas Contas com a Sabesp”, para facilitar a negociação dos clientes em débitos com a companhia. A ação é voltada para imóveis residenciais, comerciais e industriais com contas em aberto. A novidade deste ano é a possibilidade de usar o aplicativo Sabesp Mobile, que oferece a opção de parcelamento de contas. O download é gratuito e com sistema operacional Android ou IOS.

Sinal analógico é prorrogado

Sabesp negocia dívidas de clientes

PESQUISA NACIONAL

BIOMETRIA

De acordo com a última pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, pelo 14º ano consecutivo, as melhores rodovias do país estão no estado de São Paulo, e duas delas passam pela região de Franca: a SP-334, Cândido Portinari, que liga a cidade a Ribeirão Preto e Rifaina, e a SP-345, Ronan Rocha, que liga Franca a Patrocínio Paulista, Itirapuã e divisa com Minas Gerais, sentido Capetinga.

Ambas estão na 12ª posição do ranking.

Desde o início do mês, os cartórios eleitorais de Franca estão fazendo plantões para cadastramento biométrico.

Agora, os atendimentos especiais serão feitos nos dias 8 – feriado da padroeira de Franca, Nossa Senhora da Conceição -, 9 e 16 – sábados, das 9h às 18h. O objetivo é cadastrar o maior número possível de eleitores da cidade, já de olho nas próximas eleições de 2018. O cadastramento também pode ser realizado no Poupatempo.

Rodovias de Franca como melhores

Cartórios promovem plantões

SUL-AMERICANO I >>

<< SUL-AMERICANO II

Aos 16 anos, o atleta Miguel Medeiros conquistou o título de campeão sul-americano de jiu jitsu. A competição ocorreu em São Paulo através da IBJJF - International Brazilian Jiu-Jitsu Federation. Miguel é faixa azul e se sagrou campeão na categoria peso-leve com competidores de até 69 kg. Apesar da pouca idade, Miguel já disputou títulos importantes e conquistou o Campeonato Brasileiro e os estaduais de São Paulo e Minas Gerais.

Os bons resultados de Miguel Medeiros têm chamado a atenção de patrocinadores, como a fábrica de quimonos Kamikaze, de Ribeirão Preto, a academia Ativa 720, de Franca, e a FEAC -Fundação Esporte, Arte e Cultura - da Prefeitura francana. Seu pai e sensei, o faixa-preta Cláudio Medeiros, disse que a conquista do título sul-americano por Miguel não o surpreendente, dado os esforços e dedicação do garoto no dia a dia de treinamentos.

Atleta de jiu jitsu obtém título

DEPILAÇÃO DEFINITIVA >>

Eide L’Equipe agora com o light sheer O Salão Eide L’Equipe, da cabeleireira Eide Martins, trouxe a Franca a melhor máquina de depilação definitiva com uma super promoção. Trata-se do light sheer, que acaba com os pelos indesejáveis. O aparelho de última geração foi projetado para remover os pelos de forma definitiva e segura. A novidade fica por conta da velocidade, que permite que o tratamento tenha mais eficácia, maior segurança, redução da dor e seja mais rápido.

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Bons resultados atraem patrocínios

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BASQUETE >>

ATUALIZAÇÃO

Com o objetivo de encontrar novos talentos para suas equipes de base, o Sesi Franca abre as seletivas para o basquete masculino. As seletivas ocorrerão dias 12 e 13 no Sesi, em diferentes horários. Confira: 13h – Sub14 (2004); 14h30 – Sub15 (2003); 16h – Sub16 (2002); 17h30 – Sub17 (2001); e 19h – Sub19 (2000/1999).

Informações com o técnico Nilton pelo telefone 3712-1642 e/ou e-mail nilton.goncalves@sesisp.org.br.

A Unesp oferece formação em várias áreas. Basta o interessado ter acesso à internet e se cadastrar no Unesp Aberta: https://unespaberta.ead. unesp.br/, um ambiente de aprendizagem online e gratuito. Existem opções para estudantes e docentes que desejam se especializar. O objetivo é compartilhar conhecimento e auxiliar na atualização profissional e acadêmica dos participantes. Não há restrição de números de cursos.

Sesi Franca abre seletivas dias 12 e 13

CAFÉ I

Unesp oferece cursos gratuitos

CAFÉ II

Vendas no varejo fecharão em alta

Cápsulas somarão 10 mil toneladas

Segundo levantamento do Euromonitor, encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Café, as vendas de café no varejo e no food service do país devem somar 1,070 milhão de toneladas, o equivalente a 22,291 milhões de sacas. Em 2016, as vendas totalizaram 1,036 milhão de toneladas. Para 2018, o estudo projeta aumento de mais 3,4% nas vendas. Até 2021, os volumes chegariam a 1,229 milhão de toneladas – 25 milhões de sacas.

Conforme a pesquisa, diante do avanço dos cafés premium no Brasil, o segmento de cápsulas deve sofrer mais competição. Neste ano, o mercado de cápsulas deve somar 10 mil toneladas, 1 mil toneladas acima de 2016. A projeção é de que atinja 14 mil toneladas em 2021. A Euromonitor destaca no estudo que o arrefecimento da crise econômica no país impulsiona as vendas no food service, que neste ano devem responder por 33% do volume total.

DOAÇÃO DE SANGUE I >>

<< DOAÇÃO DE SANGUE II

O Hemocentro voltou a sofrer com a baixa em seus estoques. Em outubro e novembro as doações caíram 20%.

A situação preocupa porque com a chegada das férias escolares e festas de final de ano, a tendência é que o número de coletas caia ainda mais, por isso, a captadora e responsável pela comunicação do Hemocentro, Eliane Dias Gimenes, destaca a importância da população se mobilizar e manter as doações em dia.

Para doar é preciso ter mais de 16 anos, estar em boa saúde, não fazer uso de medicação e não ter passado por cirurgia recentemente. “Quando o doador vem ao Hemocentro ele passa por uma avaliação para ver se está apto, mas a princípio, todas as pessoas podem ser doadoras”, diz Eliane. O Hemocentro abre na segunda-feira, das 8h às 19h; de terça a quarta, das 7h30 às 13h; de quinta a sexta, das 7h30 às 17h e aos sábados, das 7h às 13h.

Hemocentro com baixa no estoque

Para doar é preciso ter mais de 16 anos

<< TERRENOS SUJOS

Fiscalização aperta o cerco A Prefeitura de Franca está apertando o cerco contra os donos de terrenos que deixam os mesmos tomados pelo mato e sujeira. Os flagrados pela fiscalização têm prazo máximo de 15 dias para limparem os terrenos, sob pena de multas e pagamento do serviço de limpeza efetuado pelo município. Só no último mês, mais de 60 proprietários com terrenos em diferentes bairros, como Primo Meneghetti, Brasilândia, Noêmia e outros, foram intimados.

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enfoque franca | dezembro 2017|19

|crônicas

J. E. de Oliveira Ramos (Joca)

Luís H. Borba Escritor, autor de Viajando-me

|pulsar A claridade dos santos Puxa o ar duas, três vezes: “está feito…”, diz quase pausando em cada sílaba, as duas palavras saindo numa pastosidade a lhes marcar a concretude da convicção.

O homem a sua frente lhe pergunta o que é que está feito. Deve ser a quarta vez que lhe faz a mesma pergunta. Olha o estranho, mas seus olhos trespassam a figura que lhe é desconhecida. Não reconhece ainda o lugar em que está: um quarto com paredes claras, uma cama clara, uma poltrona clara - ele mesmo vestido com uma espécie de avental branco. Não tem interesse em perguntar onde está, não vê necessidade de respon­ der ao desconhecido, que o encara com uma atenção de vigia.

O estranho pergunta de novo o que está feito, e dessa vez inclui o seu nome na pergunta.

Olha espantado para o homem que o conhece, tentando se lembrar do rosto imóvel do desconhecido que, em realida­ de, parece nem piscar.

Agrada-lhe a luz que entra pela janela, a amaciar a forma dos objetos, a deixar tudo com a claridade que já era esperada, agora que está feito.

Tem sede. Mas não quer interagir com esses olhos que não se desgrudam dele.

Olha ao redor e percebe-se deitado.

Não havia reparado que estava deitado, e que ainda há uma agulha espetada em seu braço com um tubo fino e longo ligando-a a um frasco pendurado ao lado da cama.

Vira de lado na cama e ouve o homem lhe perguntar do que ele se lembra, di­ zendo mais uma vez o seu nome.

Não quer responder, mas pergunta a si mesmo do que se lembra.

A resposta é uma paz macia como a luz a entrar pela janela, uma paz cheia de braços a se revezarem em abraços.

Paz a lhe dizer de seu merecimento de um quarto claro, digno dos santos.

20| enfoque franca | dezembro 2017

Adriana Barbosa Raymundo

da Academia Francana de Letras

|miragem

É escritora

|espaços

À espera

Tempo finito

As mãos ainda se procuram e se estrei­ tam; agora meigas, aconchegantes, sem a avidez adormecida nas águas do tempo; os olhos ainda se encontram e eu descubro os seus sob encobertos véus que desmaiam as lembranças que colhemos em tantas estações; os sons de ontem não são mais de que silêncio, solidão e tristeza. Foi o de procura e encontro o dia em que derrama­ mos nossos sonhos de amor. O mesmo dia de início marcou o da separação: fatalidade que vem do tempo que tudo modifica, impõe contrariedades, encurta e, enfim, apaga a vela da vida.

Abraçados, caminhamos anos e anos; tropeçando, mas as mãos apertadas em amparo comum. No desfiar do tempo, na comunhão das almas e no apertar de abraços, a sorrir e a chorar juntos, guardamos sauda­ des que mais estreitaram os corações porque confundimos lágrimas e não percebemos quais eram minhas e quais eram suas.

Seu coração ainda está aqui! Mas os pensamentos e os sentimentos estão ofuscados: sofrem do declínio da saúde, do advento dos anos... E nos separam em doída e infeliz angústia.

“Dois... nunca se penetram até à alma, até o fundo dos pensamentos; caminham um ao lado do outro, às vezes abraçados, mas nunca unidos, e a pessoa moral de cada um de nós fica eternamente sozinha por toda a vida” (Maupassant).

Triste consolação! Ao contrário, uniões existem em que um não vive sem o outro e as dores da alma apagam o “fogo celeste da vida”, ferem a essência e extraviam nos caminhos.

Resta crer e esperar, sofrer e sorrir; com lágrimas aumentar as águas do mar que tudo chama; estar ofuscado diante das ondas que apagam as marcas que deixamos e que levam, dia a dia, o que resta de sua alma. E, quanto mais negra é a noite e mais alto se eleva a voz das ondas batendo, ouço o canto do seu chamado. As trevas aclaram e se reno­ va a esperança derradeira: ansioso, aguardo a onda que me levará a seu encontro.

O tempo em sua irônica maneira de atuar, se dispersa entre um prazer e outro, uma alegria e outra, enquanto as horas ar­ rastam-se em instantes de dor e sofrimento.

Tempo que não paralisa e nem reproduz ocasiões mágicas de nossas vidas. Não traz de volta oportunidades. Fere com sua adaga afiada, tatuando cicatrizes eternas em nossas faces e almas. Furta a rigidez dos corpos e dos pensamentos. Amortece fantasias, induzindo que a realidade contri­ bua conosco. Desbota cabelos e sorrisos, enfraquece dentes e sentidos. Transfigura belas fisionomias em rostos danificados por desencantos vivenciados.

Vários sonhos e objetivos não foram realizados por indolência e falta de tempo, mas de maneira original germinamos outros adormecidos. Difícil conviver com os efeitos temporais com disposição e dignidade ne­ cessária em aguardar o inevitável: morrer...

A morte é a consequência natural de uma vida. Desde o nascimento, por toda fase de evolução, sabemos que sendo bons ou maus, pobres e ricos, ignorantes e sábios, honestos e torpes, bonitos e vis, todos descansarão.

Imortalizamos histórias, atitudes, cará­ ter de quem parte. Sempre haverá saudade, brilho e lágrimas no olhar em trazer à tona recordações de quem semeou boas ações e amor durante toda sua vida.

Os dias são inconclusos para fazer tudo que se almeja e é imprescindível. Talvez seja esse o motivo pelo qual nos levantamos a cada manhã com objetivos traçados. Com o passar dos anos, valores ilusórios transfor­ maram-se em realidade acessível às nossas limitações. O ciclo de vida onde desejamos e até poderíamos ter realizado certas em­ preitadas se fechou, sendo substituído pelo hoje. Dia único para sorver cada instante com sapiência e plenitude.

O significado de uma vida? Ser útil para uma geração que nos cerca, disseminar novas ideias, transferir conhecimentos, compartilhar histórias e deixar saudade, muita saudade...

UMA HISTÓRIA

ALÉM DAS MEDIDAS Neste ano, a Bild Desenvolvimento Imobiliário está completando 10 anos de vida.

Com muito trabalho, esforço e dedicação estamos construindo uma história além das medidas. Fazer aniversário é olhar para trás com gratidão pelas pessoas que fazem parte da nossa história e para a frente com esperança de um futuro melhor.

Obrigado, Franca!

Central de Negócios: Avenida Rio Amazonas, 1.258 Residencial Amazonas

Parabéns, Franca

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enfoque franca | dezembro 2017|21

|crônicas

Perpétua Amorim

Beto Chagas

Psicólogo e escritor

Da Academia Francana de Letras

|360 graus O natal de cada um Enquanto pensava na vida, ela olhava a madeira verde estalando no fogo que ar­ dia e as chamas tremeluzindo nas dobras do tempo. Quando o menino nasceu já era quase dia, o sol espiava no topo da serra e os pássaros cutucavam a manhã que ainda dormia.

Os moradores da redondeza retira­ vam-se enfileirados, levando nos ombros a friagem da chuva que lava dezembro e nos olhos o peso da noite interrompida.

Da cozinha vinha o cheiro forte do café coado as pressas, para repor as forças esparramadas com os gemidos da mulher que paria. Mais um que ela havia trazido ao mundo. Não estava feliz nem triste, trazer criança ao mundo era o seu oficio, obedecia sempre o relógio da vida e já havia perdido a conta de quantas crianças ajudou a nascer.

Alguém veio lembrar-lhe que era noite de Natal, ela atiça a lenha no fogo e acen­ de na mente um turbilhão de profecia. É sempre assim, aprendeu muito antes que a fome lhe doesse nas entranhas, que a vida é um ato contínuo de espera, que cada um de nós somos feitos de pequenas e grandes gestações e não há nenhum calendário que possa mudar ou definir as estações da alma. Só é feliz quem a todo instante sabe fazer barganha com a vida, dando em troca o que a própria vida lhe oferece.

Pensando assim, ela não espera por uma data específica, faz e refaz suas ceias com sobras de ontem e sementes de amanhãs, abre caminhos pelas veredas misteriosas e renasce a cada choro que grita com a luz, se perde nos gemidos e nas dores alheias e acredita no Menino que veio pra salvar a humanidade e nos meninos que ela salva por instinto e necessidade.

Desejo que nesse Natal a gente possa sentir e dizer - Feliz descoberta! Feliz Nova Vida! Feliz encontro de almas na presença do Menino Deus e porque não dizer Feliz Natal!

22| enfoque franca | dezembro 2017

|palavras contidas

Frederico Millano é Cronista

|mais ou menos

Conflito de gerações

Conjugação de estrelas

Trocando conversa fiada com um dos estagiários da empresa onde trabalho, perguntei sobre seu gosto musical, quem são seus cantores preferidos, coisas assim.

Fiquei feliz ao saber que entre seus ídolos foram lembrados os nomes de João Bosco e Vinicius... Ah! João Bosco... Pensei logo na ginga de “Kid Cavaquinho”, na sutileza crítica de “O Bêbado e o Equilibrista”, no romantismo quase brega de “Dois Pra Lá, Dois Pra Cá”, na grandiosidade cênica de “O Mestre Sala dos Mares”. Fiquei em­ polgado ao comentar sobre o casamento literário-musical de João Bosco e Aldir Blanc (o psicanalista com pinta de boêmio que abandou o lugar comum da academia para se jogar no mundo das rimas e dos ritmos). João Bosco que eu tive o prazer de curtir na velha AEC Centro, violão e voz!

Ah! Vinicius de Moraes... Não cabe numa coluna de revista a grandiosidade do autor do “Soneto da Fidelidade”, “Soneto da Separação”, “Tarde em Itapuã”, “Se Todos Fossem Iguais a Você”, “A Felicida­ de”, “Chega de Saudade”, “Eu Sei que Vou te Amar”, “Garota de Ipanema”. Tantas parcerias, tantos paradigmas quebrados.

Trocou o mundo da diplomacia oficial pelo inseparável copo de “uísque”. Eu fique ali, abobalhado, visualizando men­ talmente a prateleira de vinis organizados por ordem alfabética, pela Jandira Pereira, na velha discoteca da Rádio Hertz. Eu ali, moleque curioso, tirando cada LP da capa e colocando na vitrola, enquanto ela datilografava a programação musical, priorizando Toquinho e Vinicius, Belchior, Ednardo, Kleiton e Kledir... Fui acordado pelo estagiário, que me olhava com cara de interrogação e reticência: “Conheço esses caras e essas músicas não! Acho que cê tá confundindo... De João Bosco & Vinícius eu curto é “Aô, buteco”: “eu também tô na peleja, se der mole a gente beija, meu negócio é namorar”’.

Percebi que não falávamos das mesmas pessoas. Entendi que entre boêmia e ba­ lada tem a distância de algumas gerações.

Quando você aparece no final da noite cantando as esperanças, teus olhos claros brilham de fazer clarão iluminando o meu destino. Quando você chega caminhando passos de bailado, danço e rodopio a contorção do desespero para abraçar a saudade que sinto de você. Quando ouço a voz rouca de quem carrega afeto na fala, faço par para gritar meu amor. Quando você aparece riscando gestos no ar e envolven­ do seus braços no meu pescoço, eriço os pelos do corpo com latejante vontade de você. Teus movimentos me inflamam e teu corpo faz febre no meu desejo, dizendo delírios e ardendo paixão. Meus nervos vibram a dor calma dos sentidos e seus lábios incendeiam chamas nos meus beijos.

Tocada pelo correr dos seus dedos minha pele arrepia a essência da emoção. Em você sou o vinho que dá sabor ao entontecer e o boêmio que tropeça nos passos. Ouço ao longe uma canção parecida com um regato que se faz trilha sonora. Quando você chega com graça, suas virtudes me aprisionam e seus defeitos me apaixonam.

Quando você aparece no final da noite, trazendo o mistério da nostalgia e a volúpia dos carinhos me faço silêncio na amplidão.

Sinto o lento infinito na conjugação celeste manchada de estrelas, onde a lua se deixa cair num mágico clarão por sobre as nuvens.

Nesse turbilhão de carinhos eu me mostro legendas que só você sabe ler. Faço-me paisagem com silhuetas que só você sabe ver. Faço-me silêncio que só você sabe ouvir.

E me faço mistério que só você sabe guardar, com promessas que só eu sei jurar. Trans­ formo-me em mágico, exibindo truques que só você sabe entender. Nesse caminho sem direção você me mostra o horizonte e eu vejo nele a eternidade. Deitados na relva que se faz esteira de prata, somos dois na mesma esperança, no mesmo clarão, no mesmo destino, no mesmo bailado, no mesmo gesto, na mesma fala, no mesmo canto, no mesmo gritar, no mesmo misté­ rio, no mesmo carinho, na mesma paixão e no mesmo delírio. Somos dois num só.

enfoque franca | dezembro 2017|23

|Artigos

Thais Flausino

Advogada do Escritório Dalmo Branquinho & Prior Advogados

| negócios Isenção de IPVA O art. 13, inciso III, da Lei nº 13.296/2008 prevê a isenção de IPVA apenas de “um único veículo adequado para ser conduzido por pessoa portadora de deficiência física”.

Com fundamento neste artigo de lei, o governo negava a isenção de IPVA para pessoas cuja deficiência física as impossi­ bilitava de dirigir. Além disso, a isenção também era negada para aqueles que possuíam deficiência mental, já que a lei fala apenas em deficiência física.

Entretanto, a interpretação literária da lei gerava discriminação, uma vez que a deficiência que impede a pessoa de possuir a CNH não diminui a necessidade de um veículo para o seu transporte especial.

Em razão dos inúmeros processos na justiça que condenaram o Estado a conceder a isenção a todos os tipos de deficiência, no dia 09 de outubro de 2017, o governador Geraldo Alckmin assinou decreto que amplia a isenção de IPVA e a estende para pessoas com deficiência física (condutoras ou não), visual, mental severa ou profunda e autistas, desde que o valor do veículo não ultrapasse setenta mil reais.

Se por um lado o Governo ampliou as hipóteses de isenção do imposto, do outro foi retirado um direito daqueles deficientes que possuem veículos acima de setenta mil reais, pois a partir do ano que vem serão obrigados a pagar o IPVA total do veículo.

Pelo Código Tributário Nacional, o governo pode extinguir ou mudar a isenção quando quiser, porém existem exceções.

Novas ações passarão a tramitar na justiça a fim de exercer pressão no Governo para que o benefício não tenha limite de valor.

Ou que o valor do IPVA seja calculado apenas sobre o valor que exceder os se­ tenta mil reais.

Os deficientes que já possuem isenção de IPVA, e em 2018 seus veículos, mesmo usados, forem avaliados em valor acima de R$ 70.000,00, deverão procurar um bom advogado tributarista para lutar pela garantia do seu direito na justiça.

24| enfoque franca | dezembro 2017

Adilson Félix Pimenta

Cirurgião dentista

|viver bem O que é Bola de Bichat?

Bichectomia é uma cirurgia, realizada também em consultório Odontológico, feita na região das bochechas cujo nome é devido ao grande anatomista francês Marie François Xavier Bichat (1771-1802). O pro­ cedimento tem como finalidade retirar as bolas de Bichat. Hoje bastante realizada na Colômbia e no México, a bichectomia vem ganhando espaço no Brasil para aquelas pessoas que querem ter um rosto mais fino.

Agora, no sentido “funcional”, utilizamos a técnica em pessoas com o hábito de masti­ gar a bochecha. Nesse caso são removidas as “Bolas de Bichat” para então diminuir ou remover por total o trauma/desconforto causado na lesão interna da bochecha.

No entanto, essa cirurgia é controversa para alguns profissionais, pois essa região do rosto costuma perder gordura com o passar da idade e a retirada dessas bolsas de gordura, sem uma boa avaliação ou sem indicação, pode acarretar em uma aparência mais envelhecida, principalmente se for uma retirada total. É importante que seja feita a avaliação clínica pelo profissional que executará a cirurgia, para que ele possa avaliar se há indicação e quais são as expectativas da paciente quanto ao tratamento, assim como fazer os exames pré-cirúrgicos, que incluem hemograma completo, coagulo-grama e glicemia, para ver se ele está em condições de saúde para realizar a cirurgia.

Apesar de ser uma cirurgia simples, a região onde estão localizadas as bolas de Bichat estão próximas de duas das ra­ -mificações do nervo do trigêmeo, o ramo maxilar e o ramo mandibular que em casos de negligencia, inexperiência profissional ou complicações cirúrgicas pode ocasionar até mesmo paralisia facial. O pós-operatório da bichectomia é simples. O resultado esperado após a bichectomia é um afina­ mento discreto do rosto. Bochechas mais proeminentes podem notar um contraste e afinamento maior. O rosto mais cheinho, devido a taxas altas de gordura corporal, pode não notar tanta diferença.

Andresa Maranha

Master coach

|comportamento Mude sua vida agora Vem comigo nessa reflexão. Talvez seja algo importante para você não esperar para 2018. Comece agora, tenha a vida e os re­ sultados que tanto deseja. Essas afirmações lhe são familiares?

“Eu fui demitido porque a empresa é ruim”; “Eu não sou realizado porque minha família não me proporcionou opor-tunida­ des”; “É difícil progredir nesse país”; “Eu não fui promovido porque meu chefe não enxerga meu potencial”; “Eu não tenho nada na vida porque é muito difícil ter as coisas nesse país”; poderia colocar dez páginas de textos de exemplos de coisas que falamos ou que ouvimos nos vitimizando.

Essas duas palavras – Auto Responsabi­ lidade - podem transformar sua vida, quan­ do você tomar consciência do poder que elas têm. Se você tem colocado a culpa de tudo que acontece em sua vida nas costas de alguém ou das circunstâncias, você assu­ miu o papel de vítima. Essa é uma condição emocional que atrasa seu desenvolvimento pessoal e profissional. Por que você nunca partirá para mudança, porque se a culpa é do outro, que mude ele. Mas o que é Auto responsabilidade? É ter a certeza de que você é o único responsável pela vida que tem levado, pelos resultados que têm obtido. É possível desenvolver essa virtude, ou esse hábito da Auto responsabilidade? Não é um processo fácil, mas quem disse que é fácil crescer e ter uma vida de realizações? Mas te garanto que é possível e compensador.

Os resultados virão quando você tomar o comando da sua vida, dos resultados que deseja, deixando de ser vitima da própria história. Quer que a sua vida mude de forma extraordinária? Convido você a desenvolver o autoconhecimento. Somente pessoas corajosas e dispostas a sair de uma vida de miséria (emocional), mudando sua trajetória nesse percurso chamado vida, se permitirão e reconhecerão a importância desse movi­ mento de transformação.

Espero que tenha despertado a curiosi­ dade em você. Lembre-se: você tem a vida que merece.

|indicador de saĂşde enfoque franca | dezembro 2017|25

|boas ideias

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26| enfoque franca | dezembro 2017

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enfoque franca | dezembro 2017|27

|Música

N

ascido em um berço musical, ainda criança ele via, encantado, seu pai cantar – ele chegou a formar uma dupla com um irmão, por isso, ao invés de músicas infantis, aos dois anos de idade já cantava os clássicos de Chitãozinho e Xororó. Para completar, aos quatro anos de idade ele foi presenteado pelo pai com um acordeom de brinquedo. “Meu pai foi meu grande incentivador e uma das minhas principais influências na vida e na música”, comenta Maike Roberto Batista.

Conhecido profissionalmente por Maike Teixeira – em homenagem a seu avô paterno, Alípio Teixeira, um grande cantor e tocador de viola caipira, o músico decidiu investir na música há um ano e meio, quando largou tudo para correr atrás de seu sonho. Autodidata, ele aprendeu sozinho, inclusive a tocar violão, seu grande companheiro. “O começo é sempre difícil, ainda mais porque não conhecia ninguém nessa área. Então comecei gravando vídeos caseiros e postando no Facebook. Após alguns meses passei a compor, corri atrás de um produtor e gravei meu primeiro EP com quatro faixas”, conta.

Para surpresa de Maike, a canção “Sobrenatural” teve 150 mil visualizações no Facebook, o que fez com que passasse a ser convidado para participar de alguns shows. “Graças a Deus vem dando certo”, diz.

Há um ano e meio Maike Teixeira deixou tudo para trás para investir profissionalmente na música, sua grande paixão

Trabalho a todo vapor

Hoje Maike Teixeira está com um projeto novo, em parceria com o cantor e produtor Álvaro Pizani, o “Buteco do Teixeira”. “Trata-se da minha nova música de trabalho, que se Deus quiser, ainda vou com ela por muitos caminhos profissionais”, afirma com convicção.

Com um estilo de sertanejo universitário, através de uma pegada mais grave, numa batida mais “bruta”, Maike Teixeira tem se sobressaído em suas apresentações justamente por não perder a essência do sertanejo clássico.

Para isso, tem um cuidado especial na escolha do repertório para cada apresentação, mas geralmente ele é composto por músicas sertanejas dançantes e atuais até clássicos de Chico Rei e Paraná e o mestre Tião Carreiro. “Sempre procuro passar verdade para meu público, mostrando que ser sertanejo não é só modinha, é um sentimento que vem da alma. Eu vivo isso, eu sou assim, como eles me veem, simples, mas um sonhador”, comenta.

E isso também pode ser visto em suas composições, através das quais procura passar a verdade do seu sentimento, levando alegria por

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meio de suas letras, arranjos e sons. Duas delas, o músico já gravou e vem tendo bastante repercussão: “Desce uma Dose”, de seu 1º EP, e “Buteco do Teixeira”, sua nova música de trabalho.

Para divulgar seu trabalho, além de utilizar as redes sociais por meio do Facebook e Instagram, Maike Teixeira também conta com o apoio de seu fã-clube, que compartilha suas novidades, seus vídeos e realiza promoções.

O resultado é que ele tem sido convidado a se apresentar em casas noturnas e feiras agropecuárias de Franca e região.

As influências

Um autodidata que encontrou no sertanejo uma forma de viver e encantar as pessoas

Como o retorno tem sido positivo, Maike quer melhorar cada vez mais. Por isso, se dedica diariamente a estudos e ensaios para se aperfeiçoar naquilo que escolheu fazer de sua vida. Nas horas livres, procura curtir a família.

“Mas acabo cantando e tocando violão com eles”, diz o músico, cuja influência vem do sertanejo bruto, através de nomes como Jads e Jadson, Antony e Gabriel, Rionegro e Solimões, Bruno e Barreto e o qual considera o maior de todos os artistas – Tião Carreiro. “Ele é um mito, uma lenda, um homem à frente de seu tempo”, afirma.

Assim, com a alma sertaneja, a determinação e o amor pela música como seus guias, Maike Teixeira sabe que sua caminhada ainda é longa, mas com a certeza de fazer o que ama, ele já se sente um vitorioso.

Para conhecer mais sobre esse sertanejo que se destaca no cenário musical de Franca e região e ficar por dentro das novidades, basta acessar suas redes sociais. No Facebook: Maike Teixeira Oficial e Fã-Clube Maike Teixeira Oficial; no Instagram: @maiketeixeiracantor. e

Seguindo o estilo de sertanejo universitário, Maike tem uma pegada mais “bruta”, fruto de influências como Tião Carreiro

enfoque franca | dezembro 2017|29

|Artes

E

le poderia dizer que a arte o escolheu, mas tem plena consciência que foi ele quem viu nela a possibilidade de ultrapassar barreiras, alcançando o que seus braços e pernas não conseguem. “Descobri que gostava de artes plásticas quando vi na TV um jovem que não tinha os dois braços pintando com a boca. Nessa hora me despertou a vontade de tentar, e assim comecei”, conta José Henrique Taveira Breda.

Com ajuda da mãe, Geraldina Breda, que também é artista plástica, o jovem Zezé riscaria os primeiros traços na tela ainda na adolescência. Sua mãe sempre teve vocação para as artes e vendo-a fazer vários tipos de artes, ele começou a desenvolver a sua vocação, sempre com a ajuda de várias pessoas.

Uma das incentivadoras de Zezé – como carinhosamente é chamado - foi também a artista plástica Maria Goret Chagas. Com os movimentos das pernas e mãos também limitados devido a um problema congênito, Goret chegou a dar aulas de pintura para mãe de Zezé. As aulas foram inspiração para o artista plástica, que de lá pra cá nunca mais parou. Sem os dois braços e as mãos normais, só lhe restou a boca para produzir alguma coisa que lhe desse prazer. “Então, como um tetraplégico, utilizo minha cabeça e a boca para dar vida às minhas inspirações, e assim saem os quadros”, diz o artista.

Apesar de suas limitações físicas, José Henrique Taveira Breda, o Zezé, transpõe para as telas seu talento

Paisagens em aquarela

E é de forma lenta que os traços vão surgindo – dependendo da pintura, ele leva de 10 a 30 dias para finalizá-la -, dando vida ao que até então era apenas uma intuição ou a visão de José Henrique sobre algo. Assim, pouco tempo depois, o que era um quadro branco ganha vida e percorre o mundo. Isso mesmo, o mundo. Isso porque Jose Henrique faz parte da Associação de Pintores com a Boca e os Pés – APBP desde 1994 e através da qual diz se sentir “útil”. Já participou de exposição realizada em Franca e alguns concursos que a associação promoveu.

“Além disso, envio mensalmente alguns trabalhos para a APBP na Suíça”, revela, na espera de servir de inspiração para outras pessoas.

Internacional, a Associação de Pintores com a Boca e os Pés reúne artistas que pintam com a boca e os pés de várias partes do mundo. No Brasil, são cerca de 60 pintores, sendo José Henrique e Maria Goret Chagas de Franca. E foi através da APBP que Zezé teve uma de suas obras favoritas selecionadas – “Voo da Garça” – para ser impressa em cartões postais dis-

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tribuídos pelo Brasil afora e em outros países.

Apreciador do estilo acadêmico, atualmente o artista plástico pinta com aquarela, retratando a natureza em suas diversas expressões: paisagens, pássaros, flores, animais. “Quando estou pintando, sempre faço paisagens que possam transmitir o amor, a paz e, principalmente, o que Jesus nos ensinou: ‘amar todas as criaturas como Eu as amo”, comenta. José Henrique procura divulgar seu trabalhar por meio de exposições artísticas e pelas redes sociais, uma vez que costuma comercializar suas obras, sempre com gente de vários lugares interessada na aquisição.

Talento para escrever

Um artista diferenciado que ultrapassa as limitações por meio de sua arte

Mas se engana quem pensa que o talento de José Henrique Taveira Breda se limita às artes plásticas. Com intensa necessidade de criação e de compartilhar o que sente e pensa, ele também deixa sua criatividade fluir através da escrita. As ideias surgem e a necessidade de fazê-las voar provoca a escrita, que vai inspirar outras pessoas. Metódico na sua produção literária, ele já lançou um livro com belas poesias – “A Mensagem” -, e prepara um segundo trabalho na área. “A arte para mim, seja em forma de pintura ou escrita, não é só um passatempo, porque ela fala o que eu desejo para as pessoas e também para o mundo todo, que é a paz, ternura, amor para todos nós”, destaca. É assim, com esse olhar diferenciado, que Zezé revela a faceta de um homem que, aos 56 anos de idade, aprendeu a superar as limitações impostas pela paralisia de seus braços e pernas, acarretada pela demora em seu parto, fazendo disso um exemplo de que mesmo em meio às dificuldades físicas é possível encontrar beleza, realização e amor. e

Membro da Associação de Pintores com a Boca e os Pés, José Henrique já teve uma de suas telas impressa para cartão postal

enfoque franca | dezembro 2017|31

|Literatura

P

aixão antiga. É assim que ele define a literatura, a qual descobriu ainda na escola e que, apesar da falta de dinheiro para livros, viu na biblioteca escolar uma fonte inesgotável de saber. “Aos 15 anos fui fisgado pelos olhos de Capitu e caminhei lado a lado com personagens do ‘Cortiço’ de Aluísio de Azevedo. Na juventude, diferentemente da maioria dos colegas, debruçava-me sobre ‘Vidas Secas’, ‘O Quinze’ e tantos outros.

No curso de Letras, encantei-me com Eça de Queiroz, José Régio e Fernando Pessoa”, diz José Donizeti Vaz Ferreira, o Dôni.

O encantamento pelas letras acabou norteando sua vida profissional e pessoal. Hoje professor de Língua Portuguesa, ele também trabalha como servidor público federal e nas horas livres se dedica à literatura, que para ele funciona como alimento. “Preciso dela todo dia. Leio muito, pesquiso, faço muitas anotações. Bebo em variadas fontes”, diz Dôni, que acaba de lançar seu primeiro livro – “Milagres Cotidianos” -, fruto de um insight ocorrido no final de junho deste ano. “Desde o primeiro momento, pensei em escrever um texto agradável, que cativasse o leitor e o mantivesse interessado no prosseguimento da leitura. Mostrei para algumas pessoas os primeiros capítulos e elas gostaram muito. Isso me animou e percebi que estava no caminho”, diz.

Dôni Ferreira encontrou uma forma de emocionar as pessoas, fazerem-nas refletir sobre suas vidas, encorajando-as para mudanças

Proposta de reflexão

O convite do escritor

Impresso pela Ribeirão Gráfica e Editora e capa e convite desenvolvidos por seu filho, “Milagres Cotidianos” foi lançado no início deste mês, em uma noite de autógrafos no Salão da Paróquia Menino Jesus de Praga.

Primeiro livro de Dôni Ferreira, a obra trata de autodesenvolvimento, em que a presença da espiritualidade é uma constante. Segundo o escritor, trata-se da espiritualidade no sentido de abraçar o ser humano que é o leitor, envolvendo-o com gentilezas, proporcionando-lhe um natural sentimento de confiança, munindo-o de coragem para seguir adiante. “A leitura se mostra bastante atraente e é capaz de cativar os leitores de todas as idades, justamente por ser um texto carregado de energias vibrantes, capa-zes de fazer ressoar na mente e no coração de quem lê o desejo de também agir de maneira entusiasmada, almejando uma vida mais abundante e mais feliz”, observa.

Estudioso da Programação Neurolinguística e da Neurociência, Dôni estabelece um diálogo com o leitor, convidando-o a participar de uma série de reflexões sobre como 32| enfoque franca | dezembro 2017

utilizar os recursos que detém para que milagres aconteçam na sua vida. Por meio de uma série de sugestões, o leitor, a cada capítulo, depara-se com uma série de convites para praticar algum tipo de atitude, que, invari-avelmente, permitir-lhe-á acesso a patamares superiores de bem-estar.

O livro está dividido em um capítulo introdutório, acrescido de mais 30 capítulos, a que o autor denomina 30 milagres. “Cada milagre é uma metáfora acerca dos acontecimentos diários que podem fazer com que a pessoa sinta-se bem consigo mesma e com o mundo”, pondera.

Um convite para reflexão sobre a vida e a necessidade de mudar em busca de milagres diários

Apaixonado pelas habilidades que toda pessoa traz em si, mas não consegue enxergar como sendo competências que podem levá-la a uma vida mais vitoriosa e repleta de bem estar, Dôni Ferreira procura despertar no leitor a vontade de agir para que “milagres” aconteçam em sua vida. E mais que isso, despertar nele o desejo iminente de partir para a ação de forma efetiva. “Sinto-me muito grato por ter escrito um texto esperançoso e, imbuído dessa esperança”, diz o escritor, que crê que o leitor se sentirá encorajado a mudar atitudes a partir das reflexões sobre como tem levado a sua vida, aceitar os convites existentes no final de cada capítulo e mover-se no sentido de pôr em prática comportamentos que o façam se sentir motivado a ser o autor de milagres no cotidiano de sua vida.

“Sinto-me inteiramente envolvido, entusiasmado em poder, por meio de palavras, emocionar as pessoas, fazê-las se sentirem melhor, mais vivas, e também empolgadas por vislumbrarem um futuro promissor”, diz o literato. e

O primeiro livro de Dôni Ferreira, “Milagres Cotidianos” conta com a capa desenvolvida por seu filho e propõe reflexões ao leitor

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|Como Funciona

A evolução também no fogão M

esmo que você nunca tenha ouvido falar em fogão por indução, certamente já viu um em funcionamento. Isso porque quase todos os programas de culinária utilizam um nas suas cozinhas. Pode reparar, as apresentadoras e cozinheiras colocam as panelas sobre um vidro preto com algumas marcações - esse vidro preto – vitrocerâmico - é o fogão por indução.

O conceito de forno, fogão ou panela de indução é bastante antigo, tendo sido proposto no começo do século 20. Mas foi somente em 1970 que sua primeira utilização prática na cozinha começou. Geralmente chamados de cooktops por indução magnética ou ainda cooktops vitrocerâmicos por indução, o funcionamento deles remete ao campo eletromagnético gerado por imãs. Existe no cooktop uma bobina que é excitada em uma frequência específica. O campo eletromagnético oscilando nesta frequência é capaz de gerar correntes induzidas em objetos ferro-magnéticos - ou seja, que são atraídos por imãs - que sejam colocados próximos a ele. Estas correntes induzidas vão circular nos objetos e causar aquecimento pelo efeito joule. Ou seja, o calor é gerado pela panela, e não pelo cooktop em si, e é a panela que aquece os alimentos. No fogão por indução, não há nenhum contato direto entre a fonte geradora de eletricidade e o objeto que está sendo aquecido.

Fazendo um comparativo: quando se cozinha em um fogão a gás, uma chama aberta aquece a panela e a comida que está em seu interior. Já na vitrocerâmica por indução, a eletricidade passa através de uma bobina de cobre com ímãs em sua parte traseira, e isto gera um campo eletromagnético. Quando uma panela ferromagnética está neste campo magnético,

nesse caso na vitrocerâmica, suas moléculas de ferro reagem e começam a se mover muito rápido, cerca de 20 mil a 50 mil vezes por segundo, e isso cria fricção, que gera o calor na panela. Diferente do fogo que aquece tudo à sua volta, a bobina de cobre não aquece a si mesma ou qualquer outra parte do cooktop. A panela se transforma na única fonte de calor que cozinha a comida. Inclusive, esse tipo de fogão só aceita o uso de panelas de ferro fundido – uma vez que apenas metais magnéticos como o ferro ativam o funcionamento do sistema de indução, que transforma a panela de ferro fundido em fonte de energia para cozimento dos alimentos. Ferro fundido esmaltado também funciona perfeitamente. Outra boa escolha são as panelas de aço inoxidável – sem camadas de alumínio.

As vantagens

Mas enquanto um fogão a gás quase não consome energia elétrica, os de indução gastam quase o equivalente a um chuveiro elétrico, em média entre 4 a 8kw/h. Apesar disso, o cooktop por indução leva muito menos tempo para cozinhar um alimento.

Calcula-se que o fogão à indução usa 90% da energia produzida, em comparação com 55% que utiliza o fogão a gás e 65% que usam os fogões elétricos. Assim, em cerca de dois minutos um litro de água já está fervendo, enquanto que no fogão a gás leva quase o dobro de tempo. Além disso, o funcionamento dessa tecnologia é muito mais segura que qualquer outra forma de cozimento por calor, pois não há riscos de choques elétricos e como o fogão não aquece e não funciona sem uma panela sobre ele, reduz os riscos de queimaduras e incêndios. e

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|Nutrição

Símbolo da culinária brasileira COM VÁRIOS NUTRIENTES ALÉM DO FERRO, FEIJÃO CONTRIBUI TAMBÉM NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS

C

Feijão é indicado para hipertensos e colabora na prevenção de distúrbios cardiovasculares, diabetes, obesidade e câncer

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omer feijão diariamente é uma característica típica do brasileiro. E o melhor de tudo é que essa mania é super saudável, não importa o tipo: branco, carioca, preto, fradinho.

Rico em fibras, o feijão produz saciedade e auxilia no trânsito intestinal, detalhe muito importante para quem quer perder peso.

“As fibras e proteínas do feijão são componentes que retardam o esvaziamento gástrico, proporcionando maior saciedade. Isso faz com que a fome demore mais para aparecer, gerando menor consumo alimentar”, conta a nutricionista Marisa Rocha da Silva.

Mas o feijão vai muito além do emagrecimento. Uma concha do alimento traz nutrientes que atuam na regulação da pressão arterial e também na construção e reparação muscular, além de prevenir anemia. Outra vantagem é a presença de antioxidantes, que previnem doenças degenerativas e

até mesmo alguns tipos de câncer.

“O eterno companheiro do arroz na mesa do brasileiro é uma das principais fontes de proteína da população. Aliás, essa união provê todos os aminoácidos necessários aos gastos diários”, observa Marisa, acrescentando que em termos nutricionais, o pacote fornecido pelo arroz com feijão equivale ao disponível na carne vermelha. “Conta a favor do feijão a biodisponibilidade de seus aminoácidos, entenda-se, a facilidade de aproveitamento pelo corpo. O feijão ainda possui carboidratos complexos e fibras, que ajudam a equilibrar as taxas de açúcar no sangue”.

Repleto de benefícios

Outra virtude é o baixo teor de gordura e sódio. Graças a esse perfil ele é indicado para hipertensos e colabora na prevenção e tratamento de distúrbios cardiovasculares, diabetes, obesidade e câncer.

Também contém ferro, mas para

facilitar a absorção do mineral, nada melhor do que a companhia de uma fonte de vitamina C, como a laranja e o abacaxi. “O ferro melhora o desempenho no aprendizado, fortalece o sistema imunológico e promove mais rendimento na atividade física”, completa.

Segundo a nutricionista, o feijão está entre os alimentos mais antigos da história e representa um dos símbolos da culinária brasileira. “O feijão é fonte de vitaminas B1, B2, B3 e B9, que colaboram para o bom funcionamento do sistema nervoso e da medula óssea; de proteínas e minerais – potássio, ferro, fósforo, cálcio, cobre, zinco e magnésio – e lisina, aminoácido que contribui para o crescimento de crianças, adolescentes, essencial, mas que o corpo não produz”, explica.

A pouca quantidade de calorias - apenas 95 em uma concha cheia - aliada à sensação de saciedade é outro fator que conta a favor do feijão. No estômago, suas fibras formam um gel e, desta forma, permanecem um tempo maior para que a sensação de fome se manifeste. Com tantos prós assim, a leguminosa ganhou até recomendação do Guia Alimentar do Ministério da Saúde, que prevê a ingestão da dupla arroz e feijão todos os dias, na proporção de uma porção de feijão para três de arroz. É que o consumo diário desses alimentos também ajuda a prevenir doenças. “A fibra do arroz e a do feijão reduzem o risco de distúrbios cardiovasculares, diabetes, câncer de cólon e ainda contribuem para um melhor funcionamento do intestino”, acrescenta Marisa. e

|Saúde

Mãos amorosas que curam MASSAGEM HAVAIANA KAHUNA LOMI LOMI PROMOVE O EQUILÍBRIO DO CORPO FÍSICO, MENTAL E EMOCIONAL

E

la é conhecida como “mãos amorosas” por ter como foco o envio de energia amorosa para a pessoa que a recebe. Com origem de mais de 30 mil anos, a massagem kahuna lomi lomi é benéfica em muitos aspectos que vão além de relaxamento e autoconhecimento.

“Essa massagem não tem nada a ver com flores e saias de ula ula, apesar das sessões terem um toque diferenciado na decoração e ambiente”, observa a massoterapeuta Fabiana Dal Sasso Carvalho, da ON Terapias Holísticas.

Tendo como princípio o estilo de vida kahuna – que engloba meditações, observação e convívio com a natureza - a massagem permite que a energia flua sem obstáculos, trazendo memórias ao corpo das melhores formas de estar bem. Assim, o corpo passa por uma positiva transformação celular, reajustando e se reequilibrando. “Uma sessão de lomi lomi começa com uma quietude do terapeuta e cliente.

Com as mãos repousando sobre o cliente, o terapeuta direciona sua intenção positiva para que a massagem flua com amor e harmonia, trabalhando bastante

Fabiana diz que a massagem havaiana é indicada para casos de depressão, estresse, processos de disfunção emocional e física

intuitivamente. Não há uma formatação fixa para a massagem, e nunca haverá duas massagens idênticas” , diz Fabiana.

A massagem acontece gentilmente, ainda que vá fundo na musculatura, com manobras contínuas, longas e fluídas, trabalhando o corpo e possibilitando o relaxamento. Como utiliza produtos naturais, música e um ambiente especial que trabalham a sensibilidade e promovem bem-estar, ela diz que a massagem kahuna lomi lomi é indicada para casos de depressão, estresse, processos de disfunção emocional e física. Isto porque promove a liberação de estresse, tensão, desobstrução do fluxo sanguíneo e linfático, estimula a eliminação de toxinas, libera músculos, tendões e outros benefícios físicos. A massagem busca o autoconheci-mento, trabalhando a autoestima, amor próprio e a manutenção da energia vital. “Quando você recebe uma sessão de kahuna lomi lomi você está colhendo os benefícios do alívio da dor física e relaxamento, bem como um realinhamento dos níveis mental e emocional. A lomi lomi não é apenas terapêutica, ela é amorosa e nutritiva”, reforça Fabiana.

Benefícios comprovados

Que a experimentou, garante que ela é tudo isso e muito mais. “Uma massagem relaxante revigora o corpo e a alma. A massagem havaiana pela Fabiana, com suas mãos de fada, óleos aromáticos, é um bálsamo para retirar o estresse e equilibrar as

energias”, diz Rita Paes Leme.

A sessão da massagem havaiana custa R$ 120, com uso de aromaterapia e óleos essenciais e dura de 60 a 75 minutos. Pode ser feito quantas vezes o cliente desejar, dependendo e sua disponibilidade e recurso para investir, podendo ser feita semanalmente para a manutenção da saúde e bem-estar. E segundo Fabiana, esse bem-estar costuma ser imediato, uma vez que o cliente conecta o corpo para si, equilibra os hemisférios do cérebro e assim a sincronização da respiração e batimentos cardíacos são instantâneas. Como consequência, há diminuição de ansiedade, tensão e dores.

“Uma sensação de renovação energética, paz e alegria podem ser descritos por clientes que fazem a massagem”, diz.

E embora extremamente benéfica, ela possui contraindicações: pessoas com doenças infecciosas, históricos de câncer, tromboses, problemas de coração, entre outros. “É necessária uma avaliação para a massagem ser feita com segurança. Vale lembrar que a massagem deve ser feita por um profissional qualificado para evitar danos à saúde e desconforto durante a sessão”, enfatiza Fabiana. e

No foco Fabiana Dal Sasso Carvalho Massoterapeuta, terapeuta holística e esteticista ON Terapias Holísticas Telefone (16) 99255-6213

enfoque franca | dezembro 2017|39

|Saúde

Referência em transplantes de córneas

SÃO JOAQUIM HOSPITAL E MATERNIDADE FOI O PIONEIRO NA REGIÃO A REALIZAR A CIRURGIA, EM 1991

A

maior parte da população não coloca os olhos na lista de check-up da saúde. O resultado é que só no primeiro trimestre foram realizados 3.811 transplantes de córnea, a maioria em jovens com ceratocone e ceratite, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. São 10% a mais que os 3.471 feitos no mesmo período de 2016.

Segundo Raquel Mariana Liporoni de Toledo, médica oftalmologista pela Unicamp, que atua no São Joaquim Hospital e Maternidade e integra a Unimed Franca, além de ser membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa e membro da Academia Americana de Oftalmologia, as doenças mais comuns da córnea que podem necessitar de transplante são: ceratocone, distrofias corneanas genéticas, leucomas e

ceratopatia bolhosa. “O ceratocone é a causa mais comum de transplante de córnea - indicado apenas em casos bem avançados. É uma patologia que se inicia em idade precoce, entre 12 e 20 anos, com vários tipos de evolução e graus de comprometimento da visão”, esclarece.

Credenciada pelo Ministério da Saúde desde 2003 para a realização de transplante de córneas, ela explica que o paciente necessita do transplante quando sua córnea apresenta alguma patologia que interfere na sua transparência ou curvatura, o que impede uma visão nítida.

“Dependendo da patologia, alguns tratamentos são possíveis antes de chegar ao transplante, mas vai variar do tipo e da gravidade do problema”, diz.

Para atender a demanda, Franca se tornou ao longo dos últimos anos, um dos centros especializados em transplante De janeiro a setembro de 2016, o número de indicações de transplante de córneas aumentou 7,8% em relação ao mesmo período de 2015

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de córneas. E foi o São Joaquim Hospital e Maternidade a primeira instituição a realizar a cirurgia, em 18 de outubro de 1991, na paciente Carmem Lúcia da Silva, através do médico oftalmologista Antônio Cesar Maniero. Em setembro passado, o São Joaquim realizou seu 50º transplante de córneas, também através do médico Antônio Cesar Maniero.

São Joaquim se destaca

Essas cirurgias colocaram o São Joaquim, definitivamente, na vanguarda da medicina regional, comprovando sua preocupação em oferecer não apenas serviços de qualidade, mas procedimentos de alta complexidade com tecnologia de ponta. “Hoje, temos opções interessantes que substituem o transplante de córneas.

Por isso não se realiza tanto esse tipo de cirurgia. Por exemplo, temos os implantes de segmentos corneanos que, geralmente,

São Joaquim Hospital e Maternidade foi o pioneiro na região a realizar o transplante de córneas em 1991

De acordo com Raquel, existem entre seis e 10 pacientes na fila para receber uma córnea em Franca, inscritos na Central de Transplantes

melhoram muito a visão dos portadores de ceratocone e também realizamos o Cross Linking Corneano, que interrompe o desenvolvimento da doença. Tudo isso colabora para a redução do número de transplantes, sem falar na evolução das lentes de contato”, explica Antônio Cesar.

O especialista esclarece que o transplante somente é indicado quando todas as outras opções de tratamento falharam. No caso da paciente que se submeteu à cirurgia em setembro, ela não teve melhora significativa com o implante de anel corneano, sendo encaminhada ao transplante, somando 50 já realizados no São Joaquim Hospital e Maternidade.

O ceratocone, doença degenerativa da córnea, é a principal causa dos transplantes de córneas, respondendo a 70% da indicação dos casos

a última estatística disponível revela que de janeiro a setembro de 2016 o número de indicações de transplante aumentou 7,8% em relação ao mesmo período de 2015. Nos primeiros nove meses de 2016 totalizou 22.547 indicações, sendo 11.098 transplantes realizados e 11.498 inscritos na fila de espera em setembro. No mesmo período de 2015, totalizou 20.913 indicações, sendo 10.499 cirurgias realizadas e 10.419 na fila de espera em setembro.

A maior causa deste crescimento é o menor acesso às terapias de ponta para tratar o ceratocone, doença degenerativa da córnea que responde por 70%

dos transplantes no Brasil. O SUS responde por 95% dos transplantes de córnea no Brasil, mas não oferece os tratamentos que evitam o procedimento, destaca.

Diferente do que costuma ocorrer com transplantes de outros órgãos, Raquel explica que no caso das córneas não é muito comum a rejeição. “Ela só ocorre quando o organismo do paciente que recebeu a córnea produz células inflamatórias de defesa em excesso, podendo prejudicar a córnea nova ou até evoluir para a falência do tecido. Mas isso pode ser tratado em muitos casos. Quando não, exige novo transplante”, diz.

Com vocação para a alta complexidade, tanto que está hoje entre os principais hospitais que realizam transplantes de córneas no Brasil, reconhecido nacionalmente pelo pioneirismo e excelência, o São Joaquim Hospital e Maternidade oferece infraestrutura e equipe especializadas, com alcance de 100% no sucesso dos procedimentos realizados, o que o torna uma referência quando se fala em atendimento de ponta em diferentes especialidades médicas. e

A fila de espera

Atualmente, de acordo com Raquel, existem entre seis e 10 pacientes na fila para receber uma córnea em Franca, inscritos na Central de Transplantes.

“Geralmente, a espera é de dois a seis meses para receber a córnea, numa média de 10 a 20 córneas doadas por ano”, revela a médica oftalmologista, que desde que começou a realizar transplantes de córneas, já foi responsável por 140 deles feitos em Franca.

Segundo Antônio Cesar Maniero, o número de captações de córneas é alto, porém, como a cidade não possui Banco de Olhos, estas córneas são enviadas para o Banco de Olhos de Ribeirão Preto para serem analisadas e, posteriormente, distribuídas para todo o estado de São Paulo.

De modo geral no Brasil, enfoque franca | dezembro 2017|41

|Zen

Limpeza para a vida fluir

ATRAVÉS DA ESTIMULAÇÃO DE PONTOS NA CABEÇA, TERAPIA DE BARRAS DE ACCES PROMOVE MUDANÇAS

S

abe aquela limpeza que é preciso fazer no computador para liberar espaços e as coisas funcionarem melhor? E se fosse possível fazer isso com pessoas para as ideias e pensamentos fluírem melhor? É algo parecido com isso que a técnica de Barra Access promete fazer. “As Barras de Access Consciousness™ é uma terapia corporal que permite que você e o seu corpo comecem a desprender-se dos pensamentos, condicionamentos, emoções, atitudes e crenças limitantes que você tenha registrado sobre qualquer situação ou experiência”, diz a fisioterapeuta e terapeuta holística Anay Jardini.

Criada em 1990 pelo norte-americano Gary Douglas, fundador do Access Consciousness, a técnica está presente em 173 países e tem sido utilizada por mais de 30 mil pessoas nos últimos 25 anos.

Entender como funcionam as Barras de Access é entender que a melhora do equilíbrio emocional e a mudança dos aspectos negativos de toda a vida passam pela utilização e estimulação de pontos específicos na região da cabeça e recitação de mantras ou perguntas empoderadoras.

As Barras são 32 pontos específicos localizados na cabeça. Cada um deles corresponde a um aspecto

do comportamento humano e de como a pessoa se relaciona com eles, tais como dinheiro, poder, criatividade, corpo, sexualidade, tristeza, alegria, bondade, paz, calma, entre outros. Anay diz que estes pontos armazenam o componente eletromagnético de todos os pensamentos, ideias, atitudes, decisões e crenças que as pessoas têm sobre qualquer coisa. E é isso o que bloqueia o fluxo livre da energia vital, que possibilita a autorealização. Em suma: estimular cada um desses pontos é como apertar uma tecla “delete”, que apaga essas sensações, fazendo uma limpeza de todos os bloqueios, traumas e atrasos na consciência. É como se fosse um computador sendo formatado.

“Desenvolvemos a técnica através do leve toque nos 32 pontos ao redor da cabeça. Quando as barras são ativadas, inicia-se a liberação dos registros negativos: pensamentos, sentimentos e emoções armazenados ao longo de toda a vida, que impedem o paciente de ir além dos padrões limitantes que está acostumado”, destaca Anay.

Grande alcance

Anay diz que o processo de limpeza é iniciado e condicionamentos são destravados, liberando Segundo Anay, as Barras de Access proporcionam uma vida sem bloqueios e limitações, além de eliminar desconfortos

programações que causam limitações e desconfortos, que impedem o paciente de ser o seu melhor, de ter acesso a todas as suas potencialidades, de estar em conexão com a energia do seu Eu Superior. “A terapia tem um alcance amplo e o resultado é rápido. Cada pessoa tem um ritmo para perceber as mudanças. O que é liberado em uma sessão de Barras jamais volta ao modo original, ou seja, com a terapia de Barras de Accesss não existe regressão de resultado”, diz ela.

Cada sessão sai a R$ 80 e dura em média, 1h30 – é uma hora de aplicação e 30 minutos de conversa. Durante esse tempo, além de entrar num estado profundo de relaxamento, os toques suaves são feitos nos locais estratégicos da cabeça. “Recomenda-se no mínimo, 10 sessões para que sejam realizadas grandes transformações duradouras”, diz.

A terapia de Barras de Access é indicada para reduzir estresse e esgotamento físico, mental e emocional; trazer mais concentração; depressão, ansiedade, insônia; frustração; traumas; luta; liberar crenças negativas e limitantes que geram bloqueios e estagnação na vida; problemas de autoestima; Distúrbio de Déficit de Atenção; Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade; liberar crenças negativas referentes a dinheiro e prosperidade; liberar padrões de consciência que impedem de ter o sucesso que deseja; e para antes de provas e exames. e

No foco Anay Jardini – Fisioterapeuta e Terapeuta Holística Crefito: 3/237715-F Telefone (16) 9.9315-2780

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|Zen

Renascendo pela respiração ALÉM DE MOSTRAR IMPORTÂNCIA DESSE ATO NATURAL, TERAPIA DE RENASCIMENTO FAZ CURAS PROFUNDAS

E

la utiliza a maior e a mais simples das ferramentas: a respiração. É através dela que muitas curas, libertações e melhorias em diferentes setores da vida são registradas. Isto porque tudo o que o indivíduo vive se reflete em sua respiração, por isso a Terapia do Renascimento ou Rebirthing mostra a importância desse ato natural.

“A Terapia do Renascimento é uma técnica respiratória profunda e consciente, que permite o conhecimento e desenvolvimento dos aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais do ser humano, tendo sido descoberta pelo neurofi-siologista e psicoterapeuta Leonard Orr, que após estudos aprimo-rou seu método com a prática da respiração conectada, circular ou holotrópica”, explica o terapeuta holístico especializado em Constelações Familiares e Organizacionais, Florais, Renascimento e Respiração, Eneagrama, Psicoterapia – Gestalt e Terapia Tântrica, Luís Henrique Fanan.

Há duas formas de se realizar a terapia: pelo Renascimento a seco –em ambiente reservado e aconchegante para que a pessoa possa se sentir confiante e protegida, inicialmente deitada em decúbito dorsal e usando as técnicas de respiração. Já o Renascimento na água é realizado em uma banheira ou em piscina, podendo ser incluída a representação parental - figura de pai e mãe. “Em todos os casos, acompanhados pelo terapeuta. Pode ser de maneira individual ou grupal”, esclarece.

Cada sessão tem a duração de uma 1h30, podendo chegar a 3h. Por isso a necessidade de orientação antes de iniciar a

Luis Fanan diz que a Terapia de Renascimento age como processo de limpeza e cura mental, física, emocional e espiritual

prática. No primeiro encontro é feita uma anamnese, na qual a pessoa responde a algumas questões e recebe orientação. “Na sessão individual, fazemos alguns movimentos corporais para sentir melhor a respiração e soltar as couraças emocionais. Após isso, a pessoa deita-se e inicia o processo de respiração circular que segue por uma hora. Em seguida, mais meia hora de relaxamento, culminando com uma avaliação da experiência”, comenta Luís. Nos primeiros 15 minutos, a pessoa experimenta algumas sensações físicas e emocionais, que considera “estranhas”, que são superadas com a ajuda do terapeuta. Vencidos estes estranhamentos, ela começa a acessar as suas questões emocionais mais profundas.

Os benefícios

Indicada para pessoas que buscam se conhecer, para quem

está em processo depressivo, quadro de angústia, de traumas e dores não resolvidos e para aquelas que desejam usar o potencial de ener-gia sutil em suas vidas, a Terapia de Renascimento proporciona muitos benefícios, mas o maior deles é o de ter consciência de uma técnica respiratória profunda, que permite o autoconhecimento e o desenvolvimento emocional e espiritual, pois permite a recordação e re-experiência de traumas e outras emoções reprimidas nas diversas fases da infância. Além disso, eleva o grau de oxigenação cerebral e o bem-estar físico; aumenta a criatividade, a autoestima e a autoconfiança, diminuindo o estresse e possibilitando uma abertura emocional. “A Terapia do Renascimento melhora o processo respiratório, o que torna a pessoa mais energizada pela maior absorção pranica. Vencem-se limitações impostas pelas cou-raças emocionais e experimenta-se o aumento da autoestima e da força e consciência na tomada de decisões, tornando a pessoa mais plena”, reforça o terapeuta holístico, que completa: “Ela ajuda na compreensão das emoções traumáticas, bem como, na superação destas experiências, dando maior consciência dos sentimentos e liberdade”. e

No foco Luís Henrique Fanan – Terapeuta Holístico especializado em Constelações Familiares e Organizacionais, Florais, Renascimento e Respiração, Eneagrama, Psicoterapia – Gestalt, Terapia Tântrica; conduz grupos de Práticas Meditativas Telefone (16) 9.8134-7129

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|Decoração

Clima de Natal pela casa TENDÊNCIAS APONTAM PARA UMA MESCLA ENTRE O MODERNO, RÚSTICO E SOFISTICADO

D

e acordo com a tradição, a data certa para começar a decorar a casa com enfeites natalinos é no 4º domingo antes do Natal, o domingo do advento. Em 2017, a data caiu no dia 03 de dezembro. E, de acordo com os costumes católicos, a árvore, assim como o presépio, deve ser montada aos poucos, durante as quatro semanas seguintes até o dia 24. Apesar disso, em Franca e no restante do país, desde a segunda quinzena de novembro já era possível ver inúmeras casas – além de muitas lojas e empresas - já em clima de Natal.

O segmento natalino também se renova quando se fala em decoração. E as tendências para este ano são muitas. “As tendências misturam o tradicional com o moderno, por isso é possível ver a linha rústica e sofisticada em alta. O brilho continua presente nas cores clássicas dos enfeites para as árvores de Natal e são o vermelho, branco, verde, prateado e dourado. Para quem prefere inovar, a novidade fica por conta

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dos tamanhos, aca-bamentos e texturas”, observa a designer de interiores Tânia Borges Pimenta.

Na categoria de enfeites, o líder de vendas são as bolas de Natal. A cartela tradicional de cores ganha brilho, tons foscos e aplicações com grande variedade.

A estrela das festas de final de ano continua sendo as árvores de Natal com oferta de tipos de pinheiro artificial e tamanhos para todos os espaços. “Também é possível encontrar árvores de tamanho pequeno, com 60 centímetros, para uma decoração minimalista até as suntuosas árvores de 10 metros”, completa Tânia.

Pela casa toda

Com grande variedade de árvores e enfeites natalinos disponíveis, todos os gostos e estilos podem ser agradados. Além das bolas de natal, as fitas fazem sucesso com variedade de laços sem limites para a criatividade.

“A ideia é que a árvore tenha os motivos natalinos do gosto da família, isso é o que a diferencia

As cores dourado, verde e vermelho não podem faltar na decoração natalina, que este ano chega com proposta mais rústica e sofisticada

das demais”, reforça a designer de interiores, que lembra que a decoração pode ser estendida para o restante da casa. A mesa de Natal, por exemplo, pode receber objetos de cristal, jogos de jantar de porcelana, faqueiros, ótimos guardanapos e, claro, muitos acessórios. “Elementos que remetam a esta data, como bolinhas, pinhas e até mesmo pisca-piscas podem se harmonizar como lindos e charmosos detalhes na mesa de centro da sala ou de jantar”, sugere.

E quem disse que a cozinha não pode receber a decoração de Natal? É claro que não é necessário colocar uma árvore natalina no meio do espaço – até porque este não é o lugar ideal.

Mas, as cores que representam a data podem estar em detalhes sutis – como eletrodomésticos e panos de prato. “Caso queira ousar mais, há aqueles festões verdes e até mesmo meias de Natal que podem estar penduradas em locais estratégicos e que não ficam tanto em evidência – caso a ideia seja apenas dar aquele toque pessoal”, pondera a designer de interiores.

Outro local que pode receber a decoração natalina é o banheiro. A mesma regra da cozinha vale aqui: não é necessário exagerar e o segredo está em trazer para o espaço pequenos elementos que lembrem a data. Além das cores, pequenos objetos podem complementar a decoração já existente.

No quarto, Tânia sugere apostar no aconchego. “As almofadas e mantas vermelhas podem ser as protagonistas do ambiente e a graciosidade da data fica por conta dos acessórios. Aí vale compor e trazer para o ambiente aquilo que te deixa bem”, diz ela, que completa: “pelúcias de Papai Noel e pisca-piscas valem. Só use o bom senso”. e

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|Beleza

Quando a queda não é normal

QUEDA CAPILAR AFETA HOMENS E MULHERES E CAUSAS VÃO DESDE ESTRESSE A PROBLEMAS HORMONAIS

A

queda de cabelo é uma queixa comum nos consultórios médicos, afetando até 30% dos homens aos 30 anos, 50% aos 50 anos e 70% aos 70 anos de idade. Já a incidência em mulheres pode chegar a até 40% destas ao longo da vida. “Todo mundo tem alguma perda de cabelo após os 50 anos. Se o problema se manifestar antes, é um sintoma de que algo anormal está acontecendo”, observa a esteticista paramédica avançada Carina Augusta Costa, da Carina Augusta Clínica de Estética.

Ela explica que diariamente uma pessoa perde 120 fios de cabelo, por isso achar cabelo no ralo do banheiro ou na escova é normal, já que o folículo sofre um trauma e se rompe. No entanto, quando se nota um volume de fios anormal no travesseiro, no chão da casa ou na mesa de trabalho é preciso investigar com a ajuda de um médico.

O ciclo de vida de um fio é dividido em três fases: anágeno, catágeno e telógeno. A primeira corresponde ao crescimento ativo e dura de três a seis anos – por mês, o fio cresce, em média, 1,2

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centímetro. Já a segunda, que é quando o cabelo para de crescer, pode levar até dois anos. A última etapa, de cerca de três meses, se refere ao período em que o fio está velho e fraco, o que resulta na sua queda e no crescimento de outro em seu lugar. “Esse processo é alterado quando a pessoa sofre de anemia, alterações hormonais e estresse. Para o organismo, a única função do cabelo é proteger o couro cabeludo. Em uma situação em que é necessário economizar nutrientes, como no caso de uma doença, os fios são colocados em segundo plano – fragilizados, eles caem. Descoberto o motivo, o tratamento é quase sempre certeiro”, esclarece Carina.

O diagnóstico

Há 15 anos na área, Carina Augusta diz existir cerca de 2,5 mil causas que podem levar a perda de fios

Já no caso da alopecia androgenética, nome oficial da calvície, que se manifesta quando o bulbo capilar se atrofia, o transplante é a única alternativa. “A perda irreparável dos fios é mais comum em homens, porque os hormônios masculinos enfraquecem os fios e geram uma queda acentuada”, diz.

E são vários os fatores que podem provocar a queda capilar: dietas rígidas; anemia; estresse; alteração hormonal; uso excessivo de secador e chapinha; penteados como rabo de cavalo e outros que tencionam o cabelo e promovem quebra do fio e inflamação no folículo capilar, que induzem à queda; doenças virais e bacterianas; banho quente; falta de vitaminas do complexo B; hereditariedade; uso de antidepressivos; pós-parto; envelhecimento; tabagismo; uso de produtos químicos;

e doenças autoimunes.

Especialista na área, Carina costuma realizar uma tricoanálise para verificar o couro cabeludo e qualquer patologia capilar, além de uma investigação dos familiares e antecedentes para genética capilar do paciente. Com o diagnóstico, existem alguns tratamentos, como laser, fotobiomodulação, dermaroller, microagulhamento, infusão transdérmica, desobstrução folicular, micropigmentação, entre outros que trazem excelentes resultados para os mais variados problemas capilares. “O objetivo é recuperar os fios e a saúde do couro cabeludo”, reforça.

Em média, são realizadas três sessões – com duração de 40 mi-nutos cada - e após as sessões se iniciam as aplicações de vitaminas.

“O tratamento normalmente traz ótimos resultados em quatro meses.

Mas existem clientes que obtiveram resultados com um mês de tratamento”, afirma Carina, lembrando que o valor de cada tratamento varia, mas em média gira em torno de R$ 500 por sessão. “Existem cerca de 2.500 causas que podem levar a determinadas afecções e desencadear a perda de fios. Para cada uma delas existe um tratamento.

E através do tratamento correto é solucionado qualquer tipo de queda capilar”, garante. e

No foco Carina Augusta - esteticista paramédica avançada e tricologista Carina Augusta Clínica de Estética Telefones (16) 3018-2750 e 9.93207130 (WhatsApp)

P

INDÚSTRIA APOSTA EM PRODUTOS QUE DEIXEM OS CABELOS BONITOS E SAUDÁVEIS

esquisa feita no primeiro semestre por uma grande empresa do setor de cosméticos mostrou que metade das entrevistadas associa o cabelo liso a um visual mais profissional, ou seja, elegante e bem-cuidado, características implícitas de fios comportados, alinhados, com balanço e brilho. Isso explica por que o alisamento capilar é um serviço tão valorizado no Brasil, onde a maior parte das brasileiras não exibe cabeleira naturalmente lisa - mais de 50% delas são cacheadas ou crespas.

Embora as cacheadas estejam cada vez mais amando ostentar seus cachos, em Franca o cenário não é muito diferente do restante do país. Por isso os profissionais especializados em alisamentos estão sempre com as agendas lotadas e procurando oferecer sempre o que há de novo no mercado. Na outra ponta, as empresas do setor não medem esforços na busca por ativos e tecnologias capazes de atender a grande procura por um look bonito e saudável, bem como facilitar o trabalho do cabeleireiro na hora de transformá-lo em realidade.

A novidade é o procedimento

realizado em pouquíssimas etapas – alguns restritos à aplicação de um produto apenas. Isso é possível graças ao desenvolvimento da indústria, que utiliza ingredientes eficientes para alinhar os fios com rapidez. Saem de cena o hidróxido de guanidina e o tioglicolato de amônio para darem espaço a ácidos especiais, unidos a substâncias hidratantes para, além do alinhamento do fio, oferecerem hidratação e emoliência, resultando num cabelo com aparência saudável. A ação se dá de forma superficial - se comparado ao alisamento tradicional -, pois não há ruptura das pontes de enxofre, mas sim das pontes salinas que fazem parte do córtex e são chamadas de ligações iônicas.

As vantagens são inúmeras para o profissional e para a cliente: o protocolo é livre de ativos danosos - como formol; os cosméticos não possuem parabenos - causadores de alergia - e são compatíveis com outras químicas, como coloração; a aplicação demora metade do tempo da tradicional; pode ser feito em cabeleira ondulada a afro e repetido num curto espaço de tempo para um resultado potencializado.

O efeito dura três meses.

|Cabelos

Os lisos estão com tudo Em Franca

O carro chefe do salão de Regina é o alisamento com uma técnica especial que segundo ela, alisa ao mesmo tempo que hidrata

E é justamente nessa esteira de novidades, que Regina Silva, da Regina & Equipe Salão de Beleza comemora a grande procura por um de seus lançamentos – a plástica Anabolizante Reconstrutora, que segundo ela, alisa e trata ao mesmo tempo, dando brilho, saúde e força aos cabelos.

“Nosso alisamento tem sido bem reconhecido e temos técnicas minuciosas para termos sempre um bom resultado”, observa.

Por conta disso, sua plástica de fios corresponde a 90% da demanda de seu salão, que se especializou em alisamentos há sete anos. “Há dois anos entramos com a linha plástica Anabolizante Reconstrutora, que tem sido referência em alisamentos”, diz Regina, cujo sucesso ela atribui à sua composição: óleo de argan, óleo de monoi, óleo de semente de uva, óleo de rícino; óleo de coco, óleo de ojon, óleo de amêndoas e ácido proliss.

“Nossa plástica é compatível com quase todas as químicas do mercado. Não fazemos apenas em crianças, gestantes ou lactantes nos primeiros meses de amamentação. Também não é indicado para cabelo que passou por alguma quebra ou esteja com queda – neste caso indicamos primeiro a recuperação do cabelo”, destaca.

E assim como a maioria das novas técnicas, a aplicação da plástica Anabolizante Reconstrutora leva em média, três horas, e a duração do liso dura até o crescimento normal da raiz, de três a quatro meses. e

No foco Regina Silva – Cabeleireira Regina & Equipe Salão de Beleza Telefone (16) 9.9302-2566

enfoque franca | dezembro 2017|47

|Homens

Vaidosos mais assumidos

PROCURA POR TRATAMENTOS ESTÉTICOS POR PARTE DOS HOMENS AUMENTOU DE 20% A 30% EM FRANCA

S

entir-se bem com a aparência não é mais privilégio só das mulheres. É que cuidar do corpo, pele e cabelos vai além da vaidade: tem a ver com saúde e bem-estar. É cada vez maior o número de homens em busca de tratamentos estéticos. E os dados comprovam.

Segundo a Associação Brasileira de Clínicas e Spas, os homens representam 40% do movimento nos consultórios de dermatologia e especialistas em estética.

Em função desse crescimento na demanda masculina, o mercado estético vem trabalhando para melhorar os procedimentos para esse público, antes muito voltado para as mulheres. A dermatofuncional Andressa Moraes ressalta que nos últimos dois anos a procura de homens por tratamentos estéticos aumentou de 20% a 30%. A procura é relacionada a procedimentos variados: para pele, cabelo e corpo. Ela destaca que tem clientes homens de todas as idades. Alguns, com menos de 20 anos. “Ao contrário do que ocorre com mulheres, os homens não gostam de exibir os tratamentos estéticos”, diz Andressa. Há outra diferença: “Eles se preocupam com a segurança, a eficácia e a eficiência do trata-mento, mesmo que isso resulte em um valor mais alto”, conta.

Segundo ela, os homens respondem melhor ao pós-tratamento que as mulheres. “Os homens acabam respondendo bem aos tratamentos, pois quando eles procuram algum procedimento é porque realmente estão interessados. Então, normalmente, eles seguem todas

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as recomendações. Além disso, eles também tendem a ser mais rigorosos”.

Os mais procurados

O empresário Marcelo Macedo, 36 anos, concorda. Ele começou a se cuidar aos 18 anos e se mostra um profundo conhecedor dos benefícios da cosmética. “Procuro usar produtos que façam bem à minha pele e cabelos e uso protetor solar todos os dias. Pele hidratada é mais saudável. Não saio sem passar um hidratante, sempre com componentes extras que ajudam a mantê-la jovem, como os ácidos e os antioxidantes. À noite costumo usar ácidos e não dispenso um creme com colágeno. Para o cabelo, uso xampus que previnem a queda. Perfume também, uso regularmente”, diz Marcelo, que preza a saúde da pele. “Quero apenas ter uma pele saudável, coerente com minha idade. Não me preocupo em ter a pele esticada ou lisa, mas hidratada e bem cuidada”, finaliza.

Entre os tratamentos estéticos mais buscados pelos homens destacam-se questões relacionadas à calvície, gordura localizada, limpeza de pele, clareamentos, rugas, além da depilação no tórax e costas. A procura de procedimentos em relação ao corpo vem crescendo também. Os homens têm maior tendência a ter gordura localizada no abdômen e flancos.

A especialista destaca que a criolipólise pode ser útil para eles, já que é uma técnica não cirúrgica e não invasiva, que consiste no congelamento de

Andressa revela que os homens buscam tratamento para calvície, gordura localizada, limpeza de pele e rugas

células de gordura através de um aparelho que é colocado sobre a pele e que ajuda a reduzir de 20% a 30% da gordura localizada.

Outra das principais preocupações masculinas é a queda capilar e a busca por procedimentos nesse sentido é muito grande. Por esse motivo, Andressa desenvolveu recentemente um inovador tratamento para calvície: o ortocapilar, um procedimento que pode ajudar os homens tanto na diminuição da queda de cabelo e prevenção do problema. “Não é possível curar a calvície, mas é possível retardar o processo e diminuir os efeitos. O ortocapilar é um tratamento baseado em produtos genuinamente ortomoleculares junto com aplicação de laser e mais algumas terapias que estimulam a circulação do coro cabeludo”, diz Andressa. e

|Moda

Entre tradições e inspirações COMUM NO NATAL, VERMELHO DEIXA DE SER OBRIGATÓRIO E ABRE ESPAÇO PARA TENDÊNCIAS

O

Natal está chegando e com as festas em família ou com amigos, sempre fica a dúvida: o que vestir? As tradicionais peças em vermelho, verde e preto sempre têm espaço na celebração ao lado de tons metalizados, como prata e dourado.

“Ao pensar em Natal, automaticamente associamos a cor vermelha!

Uma cor forte, agradável, viva, que traz a sensação de energia nova e desperta o sentimento de amor”, diz a estilista Natália Barros. Entre os modelos que estão em alta na temporada e prometem fazer sucesso nas festas de Natal estão a saia midi, calça pantacourt e o macacão. Os vestidos também combinam com a celebração, mesmo aquelas mais formais.

Roupas com brilho ou detalhes bordados com paetês e lantejoulas também conferem o glamour que a ocasião merece.

Seja em looks inteiros ou apenas uma peça. Nessa esteira, o veludo se mostra uma ótima opção.

“Neste caso, para completar a produção, camisetas descontraídas e até mesmo blusas em seda fazem toda a diferença”, observa Natália.

Para um Natal em família, em um ambiente descontraído, a roupa pode ser mais despojada.

A dica é usar peças confortáveis, mas cheias de estilo. Vestidinhos curtos, shorts e até cropped estão entre as roupas mais indicadas.

“A mulher precisa estar com uma roupa que ela se sinta confortável, algo que aguente ficar até o final da festa e não tenha vontade de trocar. Outro ponto importante é vestir algo que faça o estilo dela!

Algo que ela mais goste de usar e se sinta bonita!”, diz.

Para economizar

Já comemorações mais formais, a recomendação é apostar em um look mais elegante. Para festas em restaurantes ou clubes

que exigem o traje social é permitido usar vestidos longos e looks monocromáticos marcantes. As transparências também são bem-vindas, assim como peças trends como saia com babados e roupas que destacam os ombros. “Para completar o visual, é importante caprichar na maquiagem de Natal e investir em acessórios que valorizam ainda mais a roupa”, salienta Natália. Inclusive, ela diz que quem não quiser usar roupas em tons de vermelho e vinho, a pedida é investir em uma delas no batom. “Para quem prefere uma boca mais neutra, nos olhos, o brilho é bem-vindo. Por isso, vale apostar no trio rímel + delineador sombra esfumada com pigmentos brilhosos”, diz.

Mas se o dinheiro está curto, a estilista dá dicas de como aproveitar peças do guarda-roupa para compor looks incríveis para as festas de Natal e que podem ser utilizadas o ano todo. A primeira é dar preferência a duas peças – ao escolher um top e uma saia, ou calça pantacourt, bermuda -, você terá várias possibilidades de combinar essas peças separadas em outros looks depois do Natal; opte por looks básicos, assim fica mais fácil

transitar com essas peças em diferentes ocasiões, do formal para o informal; capriche nos acessórios. Praia? Acessórios de materiais mais orgânicos, como palha, ráfia, madeira e pedras rústicas caem super bem. Festa em família? Acessórios tradicionais como pérolas ou aqueles que façam o seu estilo. “E para finalizar, invista nos tecidos naturais como seda, linho e algodão. São mais nobres, então vão bem em festas mais chiques, mas também não ficam acima do dress code em ocasiões mais informais se a peça for básica”, ensina. e

Entre os modelos em alta na temporada e prometem fazer sucesso nas festas de Natal estão a saia midi, calça pantacourt e o macacão

Natália diz que independente do tipo de celebração, é possível usar cores, tecidos e tendências que sejam a “cara” do Natal

enfoque franca | dezembro 2017|49

|Estilo

Rasgado que continua em alta APESAR DO AR DE INFORMALIDADE, JEANS DESTROYED É USADO EM VÁRIAS PRODUÇÕES, INCLUSIVE CLÁSSICAS

jeans, Juliana sugere algumas dicas para arrasar em qualquer situação. “A primeira coisa que devemos ter em mente é que esse jeans é muito informal, ou seja, deve desfilar em locais onde não existe uma formalidade ou uma relação mais profissional. Claro que, fotógrafos, publicitários, modelos, podem usar sem problemas, mas advogados, professores, diretoras de empresas, não dá”, orienta.

Opções de produção

Segundo Juliana, o jeans é uma peça versátil e fundamental, e no estilo destroyed proporciona looks incríveis

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O

jeans rasgado nunca sai de moda. A peça é básica e pode ser usada com diversas combinações, em todas as estações. O estilo voltou com tudo esse ano entre as mulheres e, desta vez, com um novo conceito: o jeans destruído na frente. “O jeans é uma peça fundamental e versátil. As pessoas sempre têm pelo menos uma calça, jaqueta, shorts ou saia. Ele está sempre presente nas passarelas sendo reinventado a cada coleção. E agora, não poderia ser diferente, o jeans surge na forma destroyed, o famoso jeans rasgado com ar de destruído mesmo”, ressalta Juliana Marangoni, consultora de Moda e Estilo.

E o estilo destroyed pode ser visto em diferentes peças – de calças, shorts a saias e jaquetas.

E como ele surge de várias maneiras e em todos os modelos de

Segundo Juliana, o jeans rasgado, por ser inspirado no punk, costuma ser usado por quem tem muita atitude. E para dar um toque de ousadia, a peça pode ser usada com uma camiseta básica ou com artefatos de brilhos e paetês. “Esse look pode ser usado em eventos casuais ou baladas.

Se quiser compor com uma pegada mais rock and roll, invista nos coturnos com o jeans. Para um estilo mais voltado ao folk, escolha as botas de cano médio e para o estilo sexy, não pode faltar o salto”, observa ela, que completa: “mas se a ideia é ousar para valer, use meias arrastões por baixo da calça, aparecendo nos buracos, aí não tem para ninguém”, diz. E falando nos rasgos, ela lembra que é preciso tomar muito cuidado ao colocar o jeans destroyed na máquina, já que pode rasgar ainda mais a peça. “O ideal é lavar só no tanque e tomar cuidado quando for pendurar no varal para secar”, completa.

Mas se você é romântica e não quer perder essa característica mesmo fazendo uso dessa

tendência, basta fazer combinações da calça com blusa de estampas florais, tecidos leves e finos que garantam delicadeza e feminilidade. “Opte pelos tecidos de tons mais claros”, sugere a consultora de Moda e Estilo.

Agora, se seu objetivo é manter um estilo mais clássico e moderno, opte por um jeans destroyed tipo skinny e combine com salto alto e um blazer. Você estará linda, poderosa, na moda e, ainda assim, dentro de seu estilo.

Com belas botas e tricôs, ela também cria looks perfeitos para o inverno, mas não vale se agasalhar e deixar a calça toda furada, né? “Tem que haver um equilíbrio e se você quer ser levada a sério, tem que transparecer isso também nas peças que escolhe. A primeira imagem pode não ser a que fica, mas, com certeza, pode definir quem você é em poucos segundos”, salienta Juliana. E qual imagem que você quer passar? Pense nisso! e O jeans destroyed é usado por quem tem atitude, embora crie produções clássicas e, ao mesmo tempo, modernas

enfoque franca | dezembro 2017|51

|Pet

Uma doença bem silenciosa O

SEM SINTOMAS APARENTES, NEOPLASIA MAMÁRIA REPRESENTA 50% DOS TUMORES EM CÃES E 17% EM GATOS

câncer de mama é muito comum, sendo o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo. Apesar de mais incomum, homens também podem sofrer com a doença. Essas informações a maioria das pessoas já sabe. O que muitas não sabem é que o câncer de mama é frequente em cães e gatos. “As neoplasias mamárias são frequentes nas cadelas, representando 50% dos tumores diagnosticados e cerca de 70% deles são de características malignas”, destaca a médica veterinária Mariana Paes Leme Teixeira, proprietária da Vita Cane – Centro Médico Veterinário, lembrando que os machos também podem apresentar neoplasias mamárias, uma vez que possuem glândulas mamárias. “Mas não é tão frequente como nas fêmeas por razões hormonais”, diz.

E diferente do que se imagina, a doença não é exclusividade dos cães. Mariana diz que é cada vez mais frequente observar a incidência de neoplasias mamárias em gatos, uma vez que a longevidade dos mesmos tem aumentado. Os estudos apontam que os tumores de mama correspondem a 53% de todos os casos de neoplasias em

cadelas e 17% em gatas. As fêmeas com idade acima de oito anos são as mais propensas a desenvolverem tumor de mama, sendo que nas cadelas, 50% dos tumores de mama são malignos e nas gatas esse índice sobe para 86%. “A incidência maior é em cães e gatos, pois são domesticados e fontes de maiores estudos, sendo raro nas demais espécies”, observa.

O que desencadeia

Mariana explica que o diagnóstico exige um conjunto de exames, mas os primeiros sinais são caroços na região das mamas

A ação hormonal ocupa o topo da lista quando se trata dos fatores desencadeantes da doença.

Ela pode ser de origem endógena, produzida pelos ovários, quanto exógena, quando ocorre a aplicação hormonal para evitar que o animal entre no cio. Essas aplicações não influenciam apenas a formação do câncer de mama e, sim, de todo trato reprodutivo e também o aumento das infecções uterinas.

Por tudo isso, os especialistas na área são taxativos que optar pela castração é importante para a manutenção da saúde das fêmeas de cães e gatos. “Não existe um perfil específico para o desenvolvimento da doença. Geralmente ela está relacionada à predisposição racial,

idade, obesidade, administração de con-traceptivos e a não castração antes do primeiro cio”, salienta Mariana.

A castração quando realizada precocemente, evita a exposição hormonal durante a puberdade, fase em que a glândula mamária se desenvolve e se torna madura. Dessa forma, o procedimento impede o surgimento de possíveis mutações que podem originar a neoplasia mamária, que geralmente é assintomática num primeiro momento.

“No entanto, o tutor costuma perceber um crescimento exacerbado de nódulos - podendo ser um ou mais – na região mamária, e procura um diagnóstico”, comenta a médica veterinária.

O diagnóstico da doença exige um conjunto de exames, mas em geral, os principais sinais são caroço na região das mamas e nódulos em forma de placas inflamadas. O tratamento pode incluir cirurgia e quimioterapia, dependendo do tipo de neoplasia. “O índice de sucesso do tratamento depende da remoção cirúrgica completa da neoplasia, tendo grande chance de cura”, reforça Mariana, lembrando que, se não tratado, o tumor, além de causar incômodo nos animais, com o passar do tempo e do tipo de tumor, podem aparecer metástases pelo corpo e, consequentemente, causar a morte do animal. e

No foco Mariana Paes Leme Teixeira – Médica Veterinária CRMV 31856 Vita Cane – Centro Médico Veterinário especializado em clínica, cirurgia geral, reabilitação e fisioterapia em cães e em documentações internacionais para viagem animal Telefone (16) 9.9604-3044

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enfoque franca | dezembro 2017|53

|Negócios

Investir em relacionamento

COMUNICAÇÃO PARA FIDELIZAR E CRIAR RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES É FUNDAMENTAL

O

avanço das redes sociais e da tecnologia faz com que as pessoas tenham mais acesso a uma ampla gama de informações, tornando-as mais exigentes e críticas em relação ao que irão consumir e, consequentemente, em relação às marcas e empresas. Com isso, apenas a comunicação convencional não é mais suficiente para atrair e fidelizar clientes.

Nesse contexto, o marketing de relacionamento vem crescendo dentro de organizações e agências de comunicação.

O marketing de relacionamento consiste em estratégias de construção e disseminação de marca, prospecção e fidelização, ou seja, corresponde a todas as ações voltadas para criar e manter um relacionamento positivo com os clientes.

Rosana Rocha, responsável pelo atendimento da 2 Comunicação, enfatiza que o objetivo do marketing de relacionamento vai ainda mais além. “Não são apenas ações para obter mais clientes. São estratégias que fazem com que eles se sintam parte da marca, sendo também divulgadores”, afirma.

Segundo pesquisa da MBLM,

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Rosana diz que cada cliente tem suas particularidades e conhecê-lo a fundo é um dos objetivos do marketing de relacionamento

a Apple é a marca com maior intimidade com seus clientes. Não por acaso, pesquisas também apontam que a marca é a segunda mais valiosa do mundo. Um ótimo exemplo de que utilizar estratégias de relacionamento com o cliente pode colaborar para o crescimento de uma marca, principalmente, pelas boas experiências oferecidas ao usuário. Quando o cliente está satisfeito, ele não apenas irá fidelizar-se, mas também falar bem da empresa para as pessoas ao seu redor, ajudando a criar e reforçar uma imagem positiva em torno da marca.

No planejamento de ações de relacionamento, Rosana afirma que é de suma importância conhecer os clientes para elaborar boas estratégias e contratar uma agência e comunicação especializada pode fazer toda a diferença. “Por já terem lidado anteriormente com diversos tipos de estratégias, os especialistas já têm uma boa noção sobre o que funciona bem para certos casos e o que não costuma trazer tantos benefícios assim”, explica.

Cada cliente tem suas particularidades e conhecê-lo a fundo é um dos objetivos do marketing de relacionamento, que buscará entender quais são suas necessidades e vontades,

para assim criar estratégias que envolvam experiências que o cliente quer viver. “Segmentar e personalizar os clientes é fundamental para um marketing de relacionamento de sucesso”, destaca Rosana.

Algumas dicas

Além disso, ela sugere que a empresa fique atenta às redes sociais, seja cordial e esteja sempre disponível para uma conversa, tirar dúvidas ou resolver uma reclamação. Também é importante colocar conteúdos relevantes que despertem interesse e curiosidade nas pessoas.

Por outro lado, é importante investir no pós-venda, saber se o cliente gostou do serviço oferecido, se está fazendo bom uso do produto que comprou, se tem alguma dúvida na utilização do mesmo. “Faça um feedback com os clientes e funcionários, é importante saber como eles veem a empresa. Isso vai aumentar sua percepção em geral”, comenta Rosana, que completa: “programas de fidelidade também são uma boa opção para gerar relacionamento da empresa com o cliente, fortalecendo a marca. E o marketing disponibiliza várias maneiras de se consolidar como uma empresa que se preocupa com o bem-estar dos clientes e colaboradores”. e

PARA ESTUDAR O ASSUNTO, ALUNOS DA ESCOLA BARÃO DA FRANCA REALIZAM EXPOSIÇÃO

A

proveitando as reflexões propostas sobre o negro na sociedade francana realizadas durante o mês de novembro, os alunos dos 5º anos do ensino fundamental – na faixa etária de 10 a 11 anos - da Escola Estadual Barão da Franca desenvolveram o projeto “Dialogando com Telas” como parte das comemorações ao Dia da Consciência Negra.

Idealizado pela professora de língua portuguesa Marvi Pettersen, em parceria com a professora de matemática e ciências naturais/humanas, Marcelena Garcia Murari Martins e a professora de arte Eliane Belgamo de Carlo Silva, o “Dialogando com Telas” buscou abordar a importância e a valorização da cultura negra dentro da escola Barão da Franca, através da criação de espaços para manifestações artísticas que resgatassem a cultura afro-brasileira e proporcionassem reflexão, debate

Professoras responsáveis pelo projeto “Dialogando com Telas” e os alunos dos 5º anos do ensino fundamental da Escola Barão da Franca

e criatividade. “O tema em si é de uma riqueza imensa. O povo africano faz parte da nossa história há mais de 400 anos, tendo ajudado a construir este país e mesmo assim ainda é vítima do preconceito, discriminação e sofre bullying com frequência”, observa Marvi. Por conta disso, viu-se a importância de debater as diferenças raciais com os alunos, fazendo-os refletir sobre o papel de cada um no processo de construção do Brasil, estado e comunidade. “Foi um processo importante para os alunos se tornarem mais conscientes e agentes responsáveis da construção da cidadania, respeito, individualidade e a cultura de um povo”, diz.

Desenvolvido durante o ano letivo, o projeto utilizou como metodologia discussões dos filmes “O poder de um Jovem” e “Invictus” visualizando os valores do Continente Africano, tão vasto

geograficamente; O “Povo” africano, que carrega os desnecessários estereótipos criados ao longo da história; as manifestações culturais e artísticas. Além de contextualizar as características do continente africano, os alunos representaram através de telas, máscaras, ornamentos, e produções de contos africanos a questão da diversidade cultural. O resultado foi o lançamento de uma exposição cultural dos trabalhos dos estudantes na unidade escolar. “A mostra mostrou por meio do olhar artístico e sociológico, a realidade social e trabalhou com os livros ‘O menino marrom’, de Ziraldo, ‘As meninas negras’, de Madu Costa, e ‘Contos Africanos para crianças brasileiras’, de Rogério Andrade Barbosa”, diz Marvi.

|Educação

Preconceito na sala de aula

A visão dos alunos

Para a aluna Maria Gabrielli Andrade Faleiros, desenvolver o projeto fez com que todos pensassem a questão do preconceito. “O que eu mais gostei foi realizar as pesquisas, pintar as telas, fazer os cartazes para o seminário, realizar textos de autoria, aprender sobre a cultura de um povo que está a milhas de distancia de nós, mas que trouxe um pouco da sua cultura que hoje faz parte da nossa”, conta Maria Gabrielli, que aprendeu que é preciso largar o preconceito, o racismo e fazer a diferença, tentando ajudar. “Devemos mudar nossas atitudes, já que todos temos os mesmos direitos e deveres e somos iguais perante Deus”, diz.

Já Arthur Guedes Ferreira diz aprendido a ter mais respeito ao próximo. “Percebi que tratar o outro com igualdade é o que faz com que sejamos únicos perante o homem e perante Deus”, diz. Para Marvi, o comprometimento dos alunos fez com que a exposição fosse um sucesso, celebrado com uma feijoada servida aos visitantes durante a semana de 21 a 24 de novembro, uma vez que se tornou um dos símbolos da culinária brasileira, feita da miscelânea de diferentes culturas.e enfoque franca | dezembro 2017|55

|Inclusão

Muito além das dificuldades SARAU PROPÕE QUE A DIFERENÇA DE CADA PESSOA SEJA APENAS O QUE ELA DÁ COMO ARTE

Fotos: Marcos Limonti

U

m espaço onde as pessoas com e sem deficiências se apresentam sem que suas necessidades sejam evidenciadas e sim, que todos sejam vistos como seres humanos além das dificuldades existentes em suas vidas, e onde a diferença de cada pessoa seja apenas aquilo que ela oferece ao público como arte. Foi com essa proposta que surgiu há três anos o Sarau Sensus Vitae.

Idealizado pelas terapeutas ocupacionais do Instituto Sensus Vitae, Taísa Junqueira Prazeres e Marília Melo Andrade, o evento, que é preparado durante todo o ano, envolve questões sobre a inclusão nos atendimentos, com as famílias e com as escolas, através de uma reflexão com proposta poética, cujo intuito é transformar o olhar sobre estas questões. “O Sarau Sensus Vitae visa proporcionar às pessoas atendidas no instituto um momento para exporem suas qualidades através da leitura de um texto, da narração de uma história, de uma música, de uma dança, possibilitando ‘transformar em arte’ as dificuldades existentes e cultivando uma sociedade onde as pessoas vivam igualitariamente juntas, independente da necessidade que cada um apresenta, ou seja, promover a inclusão”, explicam Taísa e Marília.

Parte das ações sociais do Instituto Sensus Vitae, o sarau é um projeto de vida das profissionais e 3º Sarau Sensus Vitae apresentou 73 pacientes de todas as faixas etárias e foi prestigiado por 600 convidados no Teatro do Senai

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As terapeutas ocupacionais Taísa e Marília são as responsáveis pelo Instituto Sensus Vitae de Terapia Ocupacional

sem fins lucrativos. Realizado no início de novembro, no Teatro do Senai, foi prestigiado por 600 pessoas, que vibraram com a apresentação de 73 pacientes do instituto, com idades entre um e 96 anos e com características diversas: desde paralisia cerebral, hidrocefalia, autismo à síndrome de Down. Com o tema “Em que mundo você vive?”, o sarau chega ao seu terceiro ano, comprovando a força da superação.

“O que nos deixa felizes é perceber que a cada ano podemos ousar mais”, observam as terapeutas, que no ano passado ouviram de um dos pacientes com comprometimento motor que queria pular corda – era uma apresentação sobre a infância, já que o tema do sarau era “O que você deixou de ser quando cresceu?”.

“Nós terapeutas olhamos uma para outra e pensamos como vamos fazer isso acontecer? E no final aconteceu lindamente! A dificuldade existia, mas no palco não era isso que se via, e é assim que tentamos fazer com que o sonho, o envolvimento de cada um fale, mais alto e seja representado no sarau”.

O instituto

O Instituto Sensus Vitae atende 100 pessoas com todas as faixas etárias, desde recém-nascidos até idosos. “Nossos pacientes apresentam

condições diferentes, desde pessoas sem nenhuma deficiência, que vem para participar de estimulações para aprendizagem escolar até patologias como paralisia cerebral, síndrome de down, autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), sequelas decorrentes de tumores cerebrais e acidente vascular cerebral (AVC), Alzheimer”, destacam Taísa e Marília, acrescentando que para a terapia ocupacional, o que importa não é qual deficiência ou diagnóstico uma pessoa tem, mas sim, como ela pode se desenvolver e ser o mais independente possível, apesar dessa condição. “Tentamos auxiliar o indivíduo que nos procura a ir além de seu diagnóstico e ter ganhos em todas áreas de sua vida, como as atividades de vida diária, escolares, o trabalho, o lazer, entre outras. Assim, a terapia ocupacional o tempo todo sonha junto, sonha em podermos ir além da dificuldade, da deficiência, da limitação; e sonhando fazemos o exercício de acreditar no outro e em nós mesmos, acreditar que todo mundo carrega em si o dom de ser capaz!”, dizem. e

No foco Instituto Sensus Vitae Telefone (16) 3012-4463

enfoque franca | dezembro 2017|57

|Perfil

Clovis Ludovice preside uma das inúmeras colações de grau realizadas pela UNIFRAN

Um construtor de sonhos C

O TRABALHO DE UM IDEALISTA PARA TRANSFORMAR EM REALIDADE O SONHO DE UMA VASTA COMUNIDADE

lovis Eduardo Pinto Ludovice é um construtor de sonhos. Com sangue de origem portuguesa e definição brasileira, tudo na vida de Clovis Ludovice, dos sonhos às realizações, é superlativo. Ele criou um dos maiores sistemas educacional do estado de São Paulo e do Brasil, colocando Franca no alto cenário do ensino médio e superior.

Pelos 42 cursos superiores de graduação, 50 cursos de especialização “lato sensu”, quatro cursos de mestrado, um doutorado “stricto sensu” na área de saúde e pelos 93 polos de Ensino à Distância que criou passaram mais de 70 mil alunos. São famílias francanas e brasileiras que têm profissão e opções de crescimento alicerçadas na formação possibilitada pela visão de um homem que, desde cedo, teve a premissa de que qualquer transformação humana se daria pelo conhecimento adquirido na educação.

Filho de Olavo Gouvêa Ludovice e Anna Teixeira Pinto,

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Clovis Ludovice com a esposa Maria Teresa, na Vivenda Ludovice

Clovis nasceu em São Carlos, mas se transformou em cidadão francano por lei de 1987 e em cidadão rifainense por lei de 1995. É formado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto e em Pedagogia – Administração Escolar pela Universidade de Franca. É pós-graduado em Relações Internacionais e Psicopatologia Forense pela Universidade de São Paulo.

Pai de Fernanda Ludovice Garcia, Frederico Ludovice, Fabrissa Ludovice de Souza e Felipe Ludovice, é casado, desde 31 de janeiro de 2004, com Maria Teresa Segantin Ludovice, diretora geral da Escola Toulouse Lautrec.

Vinda para Franca

A chegada e o estabelecimento de vida em Franca têm origens familiares e indicação e desejo de muitos amigos. Seu avô paterno se casou na Igreja Nossa Senhora da Conceição e seu pai estudou o curso ginasial no Colégio Champagnat, na década de 20 do século XX. Com laços familiares fortes na cidade, por conta de seus primos, como Sérgio Du Val, Clovis Ludovice tinha intensa convivência com os doutores Alfredo Palermo, Baldijão Seixas, William Wanderley Jorge e Ricardo Pinho, que eram professores da UNAERP, onde ele era Assessor Administrativo. Também tinha excelente relacionamento com Zézinho Luz

Clovis e Maria Teresa com primos e amigos do Balhamedeus, capitaneados pelo Comendador António Martins, organizador do banquete

e Braguinha, ambos do Cartório de Registro Civil e de Imóveis.

Corria o ano de 1969 quando Clovis Ludovice chegou a Franca, com 29 anos de idade e muita energia para transformar em realidade o sonho de contribuir para uma sociedade melhor e mais justa. Nesse mesmo ano iniciou a criação da Associação Cultural e Educacional de Franca, mantenedora da UNIFRAN. Como trazia em si o exemplo de seu pai e sua mãe, que eram professores, e como tinha passado sua infância dentro de escolas, vendo-os ministrarem aulas, começou cedo sua carreira no ensino, dando aulas de História

em escolas de ensino médio e em cursinhos para Medicina, Direito, Engenharia. Ao mesmo tempo, dava aulas de OSPB e de EPB em cursos superiores.

Nada melhor sem mim

Clovis Ludovice é uma pessoa determinada e disciplinada no caminho que estabelece para si e para os que lhe são próximos.

Seu lema de sempre é: “Não faria nada melhor sem mim”. Por isso, não mudaria uma vírgula de sua trajetória, pois atingiu o máximo do que se estabeleceu. Mas ainda continua sonhando e esperando crescer dentro da evolução de Franca.

A mãe Anna e os irmãos Anna Lúcia e Niuro Luiz, em foto de 1953

Quando chegou aqui, em 1969, a cidade tinha 90 mil habitantes, e ele começou suas atividades com 100 alunos. Logo atingiu 2.800 alunos, que era o número ideal. “Mas o progresso obrigou-me a crescer e a crescer, mesmo porque a cidade tem mais de 350 mil habitantes”, diz ele, reforçando o lema que tem bem guardado no seu íntimo.

Ao lado de sua atuação como empresário no setor educacional, Clovis Ludovice tem a grandeza da ação social, que tenta esconder como se fosse um segredo. O máximo que se permite é divulgar as ações culturais que desenvolveu como diretor e chanceler da UNIFRAN, como a criação da Casa da Cultura de Franca, que assumiu e catalogou toda a obra do pintor italiano radicado em Franca, Bonaventura Cariolato.

Também foi ideia e ação sua, junto com o professor Everton de Paula, a criação da Academia Francana de Letras, que reuniu os expoentes da literatura francana para manutenção de suas obras e incentivo de suas produções.

Criou a emissora de rádio FM, que servia de piloto para os alunos do curso de Comunicação, assim como criou e instalou a escola “Descobrindo o Mundo”, destinada a crianças com necessidades de atenção especial.

Mas um levantamento básico dá um indicativo de sua ação.

Seus estabelecimentos chegaram a ter 1.100 professores e funcionários registrados e todos eles tinham bolsas de estudo integrais para a família. Também concedeu bolsas de estudo para os atletas da Prefeitura de Franca e com muitas Prefeituras da região, incluindo as paulistas e mineiras, ele firmou convênios, concedendo grandes descontos por aluno. A primeira cidade a entrar nesse programa foi Rifaina, através do vereador Antonio Carlos Marcelino, o Carlinhos da Saúde.

Portanto, juntando com as bolsas concedidas para famílias carentes, a previsão é de que a UNIFRAN tenha atendido mais enfoque franca | dezembro 2017|59

Maria Teresa e Clóvis, com os padrinhos de casamento, Patrícia e Cecílio e Heliana e Roberto Engler, durante celebração do casamento na Catedral de Ribeirão Preto

de 10 mil alunos com suas bolsas, número maior do que a população de muitas cidades da região.

Jantar com os primos, numa das inúmeras idas a Portugal

Novos horizontes

Depois de 47 anos de trabalho em favor da educação, Clovis Ludovice esteve no centro de discussões que envolveram a transferência da UNIFRAN para novos controladores. Ele era, há 31 anos, Diretor Financeiro do Sindicato de Ensino Superior do Estado de São Paulo, quando foi procurado por uma grande organização universitária que, junto com dois grandes fundos de Previdência, um inglês e outro chinês, se ofereceram para gerir a UNIFRAN. Como o coração está enraiClovis com os filhos Fredy, Fabrissia, Fernanda e Felipe

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zado na sua grande edificação, Clovis Ludovice permaneceu com suas ações englobadas nessa direção. Após o prazo estabelecido em contrato, ele optou por continuar apenas com a alta função de Chanceler Fundador da UNIFRAN, sem remuneração, mantendo a propriedade de todo o Campus Universitário e suas dependências originais de trabalho, que ocupa ainda hoje, como fez questão de constar no contrato firmado na transação com a Cruzeiro do Sul e composição com os fundos de Previdência.

O trabalho realizado por Clovis Ludovice não tem paralelo na história francana. De uma ideia genuína e, certo de que a construção de um futuro melhor para as pessoas passa pela educação, Clovis trabalhou muitas vezes sozinho, dia, noite e madrugada para concretizar esse ideal. Os amigos que o conheciam da UNAERP e confiavam no seu trabalho lhe deram apoio suficiente para vencer os primeiros desafios. E a ligação desse visionário com a terra francana fez com que ele mantivesse as raízes na cidade, de onde continua a descortinar o futuro.

Agora, prestes a completar 50 anos da fundação da Associação Cultural e Educacional de Franca e mais de 50 anos de vida educacional, Clovis Ludovice se pergunta o que sonhou e ainda não

fez. E faz uma reflexão: “Tenho uma gaveta no criado-mudo onde guardo meus sonhos de criança: meu pião, minhas bolas de gude, meu ioiô e meu bilboquê. Sempre abro e vejo aqueles e percebo que ainda eu tenho outros sonhos: estar sempre ligado no estro social que me acompanha junto com minhas bolas de gude: o de fazer mais missões que Deus me deu, e vou fazendo-as no dia a dia em que aparecem estendendo a mão a mim e a minha esposa Maria Teresa”.

Nas páginas a seguir, a trajetória de vida de Clovis Eduardo Pinto Ludovice e o seu trabalho em benefício da educação. e Passando o Inverno em Portugal, no Hotel Palácio da Lapa, Lisboa

|Educação

Trabalho de mais de 50 anos COM EXEMPLO VINDO DE SEUS PAIS, CLOVIS LUDOVICE CONSTRUIU UM DOS MAIORES GRUPOS EDUCACIONAL

Com o então Ministro da Saúde, José Serra, que veio a Franca para receber o primeiro título Doutor Honoris Causa dado pela UNIFRAN

Enfoque - Como se deu sua entrada na área da educação?

Clovis Ludovice - Além dos cursos superiores e de pós-graduação, tendendo às áreas jurídica e administrativa, iniciei como professor de cursinhos preparatórios para vestibulares, no cenário de Humanas.

modo geral. Franca precisava de impulso tecnológico e acadêmico que desse não apenas sustentabilidade ao que já tinha, mas também a garantia de crescimento em outros setores. Estávamos muito distantes de Ribeirão Preto no cenário acadêmico. Hoje já não é mais assim.

P - Quando foi isso?

R - Meados da década de 1960

P - Quando surgiu a Unifran?

R - Em 26 de janeiro de 1970, foi fundada a Associação Cultural e Educacional de Franca – ACEF S/A. Cinco anos após, a ACEF incorporou a Faculdade Pestalozzi de Ciências, Educação e Tecnologia de Franca e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, então pertencente ao Instituto Francano de Ensino, com vários cursos de nível superior. Representou um avanço no quadro de ensino de 3º grau, principalmente pelos seus cursos de formação tecnológica.

Assim, em 1975 foi criada a sigla Unifran – União das Faculdades Francanas.

P - Qual a primeira iniciativa na área da educação?

R - Iniciei como docente, quando tive a rica experiência de conhecer o processo de ensino-aprendizagem, o que muito me valeria para as futuras atuações no campo da educação.

P - Quando viu que Franca e região precisavam de mais cursos?

R - Quando comecei a constatar que o potencial desta cidade estava travado com o status de “capital do calçado”, “uma das maiores bacias leiteiras do Brasil”, “polo diamantário”... Ficava nisso, ao par do basquetebol. Era muito pouco para uma cidade que havia gerado grandes e ilustres nomes nas artes plásticas e cênicas, na literatura, na intelectualidade de

P - Do que surgiu a Unifran?

R - Do objetivo que tínhamos em comum de formar, especializar e aperfeiçoar recursos humanos para o magistério e constituir-se em epicentro regional de educação.

P - Quais as maiores dificuldades no início?

R - Além das adaptações e reformas, adequações da infra-estrutura física, evidentemente ocorriam desafios na implantação de novos cursos. Demandava equipe especializada para estudos da real demanda da cidade e região, estruturação de grade curricular e contratação de professores. Não chamo, hoje, de dificuldades, mas de desafios. E fica aqui uma mensagem: não nos desviamos de qualquer um deles, vencemos quase todos e hoje nos orgulhamos de haver plantado sementes que arraigarão e tornaram o que a Unifran foi antes da aquisição pela Cruzeiro do Sul e todo o seu legado.

P - Com quantos alunos a Unifran começou?

R - Por volta de 2.800 alunos, de Franca e oriundos da região.

P - Como foi feita a escolha dos cursos implantados?

R - Não foi um processo aleatório, tampouco fácil. Tínhamos uma equipe treinada e especializada em consultar diversos segmentos da sociedade e, notadamente, alunos concluintes do ensino médio. Assim, obtínhamos informações de demanda não apenas pela sociedade, industriais mas pelo interessado maior: o aluno. Isto nos levou a ser uma instituição que oferece um amplo leque de cursos nas várias áreas do conhecimento humano.

P - Como foi conseguir a aprovação dos cursos?

R - Primeiramente, elaboenfoque franca | dezembro 2017|61

O príncipe D. Bertrand Orleans e Bragança veio a Franca a convite de Clovis Ludovice e Prefeitura Municipal. Na foto aparecem ainda Patrícia e o então prefeito Gilmar Dominici

rávamos um projeto que incluía comprovação das necessidades locais, objetivos, grade curricular, quadro docente qualificado e comprometido com o curso novo, etc. Depois, enviávamos ao Conselho Federal de Educação, em Brasília. Éramos visitados por uma comissão especial do CFE para verificar, in loco, condições infra-estruturais físicas, biblioteca, entrevista com o corpo docente, estudo da grade curricular.

Estando tudo de conformidade com a legislação educacional vigente, aprovavam o projeto.

Abríamos as vagas e começam as aulas. O novo curso era revisitado pelos especialistas do CFE para verificação do cumprimento do projeto. E o trâmite continuava.

Nada que fosse muito difícil, mas extremamente laborioso.

P - Teve dificuldade com o governo militar?

R - Nenhuma.

P - Teve apoio do governo para dinamizar a educação?

R - Sempre que possível, solicitávamos a visita de especialistas para constatar a real necessidade de nossas demandas. Diria, sem medo de errar, que o governo e as instâncias superiores da educação sempre nos serviram no sentido de otimizar a educação de nível superior, os cursos de pós-graduação, a pesquisa e os serviços de extensão prestados à comunidade.

P - Como foi encontrar professores para tantos cursos?

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R - O processo era ao contrário. Éramos procurados por professores interessados em ingressar em nosso corpo docente. Formamos, então um vasto banco de dados. Quando necessitávamos de um docente com alta titulação, experiência e disponibilidade, íamos a campo convidá-lo para se juntar à equipe. Muitos vieram de São Paulo, São Carlos, Campinas, Ribeirão Preto.

P - Como foi especializar os professores?

R - Os professores já vinham especialistas, com pós-graduação lato sensu. Criamos vários cursos de Especialização nos quais ingressavam alguns docentes sem esta titulação. Logo em seguida, vieram os índices mínimos de professores com titulação de mestre e doutor. Já éramos universidade. A demanda por ingressar em nosso corpo docente já era notável. Demos prioridade aos mestres e doutores e estimulamos os especialistas a ingressarem em cursos stricto sensu. Instalamos o mestrado na Unifran, na área de Educação, o que ampliou o número de professores titulados.

Ganharam os professores. Ganharam os alunos em qualidade de ensino. A Unifran deu um largo passo em direção a um novo status de excelência.

P - Tem ideia de quantos alunos passaram pela Unifran?

R - Pelos meus cálculos, salvo melhores vistas, aproximadamente 70 mil alunos, desde sua fundação. Ainda faço outro cálculo:

para cada aluno matriculado em nossos cursos, havia em torno de quatro familiares envolvidos – pais, mães, irmãos. Assim, quase 300 mil pessoas já tiveram relação direta ou indireta com a Unifran.

P - Quais os projetos paralelos?

R - Primeiramente, a casa de Cultura “Bonaventura Cariolato”, com seu acervo de quadros a óleo sobre tela talvez a mais representativa da região, fazendo paralelo às obras de Portinari. Era aberto à visitação pública. Aí instalamos a Academia Francana de Letras, com os expoentes de nossa literatura, dando-lhes o respaldo físico e monetário necessário para sua sustentabilidade, que funciona até hoje no mesmo local. Criamos a Rádio FM, de alcance regional, que servia também de piloto para nossos alunos de Comunicação.

Próximo ao campus, criamos e instalamos a escola Descobrindo o Mundo, destinada a crianças com necessidades de atenção especial.

O então senador Eduardo Suplici proferiu palestra na UNIFRAN a convite de Clovis Ludovice

P - Como foi integrar os cursos da Unifran na comunidade?

R - Conforme já disse, os cursos não eram escolhidos e implantados aleatoriamente.

Havia uma criteriosa pesquisa de demanda. De tal forma, que quando um curso era implantado, ele vinha ao encontro dos anseios da comunidade. Passo a passo este processo foi-se dando.

Hoje temos cursos de graduação e pós em todos os segmentos do conhecimento humano, nas áreas da saúde, humanas, biológicas e da terra.

P - Quais cursos mais prestam serviços para a população?

R - Eu entendo que qualquer curso de nível superior com qualidade, esteja em qualquer lugar que for, estará prestando serviço à sociedade, pelo fato de estar formando profissionais que atuarão na comunidade, em prol de seu crescimento, de seu desenvolvimento. Especificamente, na Unifran, os cursos da área de saúde apresentam notável número de atendidos na comunidade de Franca, região e sul de Minas Gerais, por seus laboratórios, clínicas de Odontologia, Farmácia e Biomedicina, Hospital Veterinário, o curso de Medicina e Enfermagem.

E mais ainda, com os resultados de pesquisas que, há décadas, vêm sendo elaboradas e aplicadas.

P - De todos os seus projetos, qual lhe dá mais satisfação?

R - Não há um projeto específico que me traga satisfação maior em relação a outros. Neste ponto, posso afirmar que fui muito bem iluminado e assistido por equipes notáveis. É claro que a fundação da ACEF tem importância destacada. Mas não poderia deixar de lado o crescimento da Unifran.

E, pois, o status de Universidade.

Ainda, ter presenciado esta universidade genuinamente francana crescer a olhos vistos, com novos cursos de graduação, bacharelados, licenciaturas, área da saúde é algo que não se pode presenciar.

Ter graduado tantos alunos e tê-los inserido no mercado de trabalho fez muita diferença para toda uma cidade e região, para inúmeras famílias. É um painel plural de sucessos que só me trouxeram satisfação. E olhe que nem falei da implantação pioneira da Medicina em Franca! Tendo tudo isto guardado no recanto mais aprazível de meu coração, satisfazem-me ainda os atuais projetos em ação de filantropia desinteressada e de auxílio às atividades artísticas da cidade.

P - O que foi feito para trazer os alunos da região para a Unifran?

R - No início, utilizávamo-nos de recursos básicos de divulgação

O ator Thiago Fragoso veio a Franca a convite de Clovis Ludovice e reuniu mais de mil pessoas no Ginásio de Esportes

Clovis Ludovice com o presidente de Moçambique, durante o Congresso dos Reitores da Associação das Universidades de Língua Portuguesa

como outdoors, pequenas inserções que se repetiam em programas radiofônicos locais, jornais impressos em cada município (quando os tinha), panf letos.

Deu resultado, porque os cursos oferecidos pela nossa instituição iam ao encontro de uma notável parcela de jovens que trabalhavam durante o dia. Aos poucos, fomos sofisticando essas informações por meios mais adequados como call center, visitas a centros comunitários e outros. Daí surgiram as programações de bolsas integrais e parciais obtidas via provas. Em seguida, os estágios que começaram com programas de integração com as prefeituras dos municípios. Com satisfação, víamos a Unifran crescer a olhos vistos. Com a implantação dos cursos matutinos e vespertinos, a demanda mais que dobrou. As prefei-turas da região tiveram grande importância e ação estratégica para essas divulgações.

Tínhamos alunos de várias partes do país, sem contar que o raio de maior interesse em nossa região abrangia mais de 200 km.

P - Quantos municípios a Unifran atende?

R - Como já disse, preferencialmente os municípios localizados num raio de mais de 200 km.

Mas os cursos da área da saúde, a partir da Medicina veterinária e agora a Medicina humana, permitiram estarmos recebendo alunos de todo o Brasil. A Unifran, sob enfoque franca | dezembro 2017|63

nossa direção, atingiu status de excelência nacional e referência no ensino superior. Éramos referência até em Brasília, no MEC, o que se dava por meio das visitas de especialistas para revalidação de cursos de graduação. E não nos esqueçamos de que os cursos de pós-graduação ampliaram estas demandas em número bastante favorável.

P - Como a Unifran se preparou para as novidades, como se equipou?

R - A globalização, as novas tecnologias, novos paradigmas de didática para o ensino superior foram fatores decisivos para que a Unifran se informasse e se integrasse a essa nova era, seguindo as tendências da educação superior para o século XXI. As equipes de coordenadores foram se agrupando por áreas de conhecimento, passamos a contratar docentes com titulação stricto sensu (mestrado e doutorado), informatizamos todos os setores de atendimento ao aluno, desde a secretaria até a biblioteca. Informatizamos, também, todos os meios de comunicação interna.

Recebíamos mensalmente equipes de especialistas de outras grandes instituições e ex-conse-

lheiros federais de educação, além de consultores, para reciclagens na ciência da educação de nível superior, bem como no cenário de sua administração. Participávamos de simpósios sobre o ensino superior que se realizavam no Brasil e no exterior. Passamos a realizar reuniões semanais com os diretores de curso. Estávamos antenados o tempo todo, voltados às modificações legais e estratégicas para a otimização de ensino de graduação, pós, pesquisa e extensão. Eram equipes de pessoas altamente comprometidas com a instituição e, acima de tudo, profundamente capazes de fazer a Unifran dar saltos notáveis em qualidade de ensino, de pesquisa e de serviços prestados à população.

P - Como foi a implantação Clovis recebe o primeiro Merito Empresarial Acif, como melhor empresa prestadora de serviços

Clovis recebe na UNIFRAN professores de Portugal, com os quais foram feitos convênios estudantis

do ensino a distância?

R - Quando em 1993, o Vice-Presidente dos Estados Unidos, Al Gore, anunciou a abertura de um “novo canteiro de obras”, as autoestradas da informação, não podíamos adivinhar que estávamos enfrentando uma revolução tecnológica que afetaria todos os setores de nossas sociedades.

As universidades, em particular as dos países mais avançados, deram uma forte contribuição em matéria de pesquisa à emergência das novas tecnologias da informação. Desde a invenção do protocolo IP por Vinton Cerf, em 1974, 15 anos foram suficientes para criar os fundamentos de uma inteligência coletiva. No entanto, o esforço do setor universitário se deu sobretudo na pesquisa e no protótipo de novos instrumentos.

Estávamos a um passo para o ensino a distância. Começamos timidamente, com cursos na área da educação e, aos poucos, gradualmente, a demanda se ofereceu de forma espontânea e crescente. Entram em campo novamente nossas valorosas equipes especializadas em tecnologia da informação. Hoje, já somos referência em ensino a distância, graças à implantação pioneira que se deu sob nossa direção.

P - Qual o futuro da educação superior como conhecemos?

R - Considerando os avanços da tecnologia, a internacionalização das relações econômicas e os métodos cada vez mais sofisticados que a maioria das empresas e das profissões utilizam

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em suas atividades, torna-se cada vez mais necessário que todo país seja capaz de acompanhar as evoluções, colocando sua mão-de-obra de níveis de formação e de qualificação desejáveis. Neste aspecto, o setor do ensino superior tem um importante papel a cumprir. Muitos indicadores trazem informações pertinentes sobre a maneira como o ensino superior contribui para satisfazer

P - Por que entrou no ensino básico (do pré até o ensino médio)?

R – Antes mesmo de obtermos o status de universidade, já exercíamos uma atividade de ensino fundamentado às metodologias que contemplassem as inovações tecnológicas e didáticas de que falei. Apesar disso, contemplávamos apenas uma série de ensino-aprendizagem

as necessidades da educação e formação. É o caso especialmente do número de estudantes matriculados em cada nível de estudos, do número de matriculados em cada disciplina; e do número de diplomados em cada curso.

Essas estatísticas, analisadas em conjunto com outras informações relativas ao desenvolvimento dos recursos humanos, fornecem um quadro útil das competências que despontam em cada país. Assim, a educação superior haverá de cumprir papel precípuo na formação de capital humano que satisfaça as demandas nos vários segmentos da sociedade. Lembro-me agora de uma frase do notável escritor Euclides da Cunha: “Estamos condenados à civilização: ou progredimos ou desaparecemos.”

Estamos atentos a isto.

das três que existem no país.

Olhávamos com bons olhos o ensino moderno, atualizado, inovador de que se revestia a Escola Alto Padrão, antes situada no prédio do Ateneu Francano.

E mais: queríamos oferecer um ensino de formação e educação que abrangesse o aluno desde o maternal até a pós-graduação.

Aí, sim, o leque estaria completo e nossa função cumpriria metas, objetivos mais amplos; teríamos a oportunidade de oferecer um estudo holístico. Adquirimos o Alto Padrão em meados de 1980. Dali para cá, só obtivemos sucesso com nossos métodos, enquanto sob nossa direção. Eis o desafio maior que já conseguimos suplantar: receber a criança em fase maternal e devolvê-la à sociedade educada e qualificada

Com Roberto Engler, Michel Paul Zeitlin, Secretário dos Transportes do Estado, Gilmar Dominici, Corrêa Neves na inauguração do viaduto de acesso à UNIFRAN e da duplicação da rodovia Ronan Rocha

para o mercado de trabalho, contando, para tanto, com a presença premente da família em nossas atividades de ensino básico.

P - Quando olha para o que foi feito, o que sente?

R - Uma profunda e sincera sensação de dever cumprido, sem máculas. E para completar esta alegria que envolve meu ser quando o assunto é a educação, tenho em minha esposa, Maria Teresa Segantim Ludovice, a continuação de meus préstimos ao ensino. Hoje, ela é proprietária e diretora da escola particular Toulouse Lautrec, das mais requisitadas em Franca e com 42 anos de atividades ininterruptas. Quando vejo as amizades que conquistei, os mais de 70 mil alunos graduados, uma das maiores estruturas físicas para ensino superior particular do país, a grade de cursos que ofertamos, o nosso pioneirismo na implantação da Medicina em Franca, os projetos culturais em que estive envolvido, tudo isto forma um painel que me completa. Posso hoje dizer com orgulho: fiz grande parte para o desenvolvimento desta cidade maravilhosa que é Franca. e

Sessão solene de entrega do título de Cidadão Rifainense, pelos serviços prestados por Clovis ao município

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|fraseado

O gênio de um é muito, mas não será nada se não encontrar a vontade de todos.

Quem está em todo lugar não está em lugar nenhum.

SÊNECA

São coisas em comum que fazem relacionamentos agradáveis, mas são as pequenas diferenças que os tornam interessantes.

COELHO NETO

O prazer é um pecado e, algumas vezes, pecar é um prazer.

Amor é querer estar perto, se longe; e mais perto, se perto.

VINICIUS DE MORAES

TODD RUTHMAN

Apaixonar-se é criar uma religião que tem um deus falível.

LORD BYRON

A primeira regra dos buracos: quando você está em um, pare de cavar.

ÉRICO VERÍSSIMO

MILLY IVANS

Adoro a humanidade.

O que não suporto são as pessoas.

WALTER SAVAGE LANDOR

O uso da força é seguido pela perda da força.

ALBERT CAMUS

Um ciclone pode arrasar uma cidade, mas não pode nem mesmo abrir uma carta.

Quando não estás aqui... sinto falta de mim mesmo.

RENATO RUSSO

PAUL VALÉRY

FRANKLIN P. JONES

Algumas pessoas quando ouvem um eco, pensam que deram origem ao som.

ERNEST HEMINGWAY

Há dois tipos de luz: o brilho que ilumina e o clarão que ofusca.

JAMES THURBER

Não ser amado é uma simples desventura.

A verdadeira desgraça e não saber amar.

LAO-TSÉ

CHARLES SCHULTZ

Uma das vantagens de falar consigo mesmo é que pelo menos você sabe que tem alguém escutando.

Quando homens pequenos projetam sombras extensas é sinal de que o sol está se pondo.

A gente foge da solidão quanto tem medo dos próprios pensamentos.

JORGE LUIS BORGES

Quantas pessoas tornamse abstratas como um meio de parecer profundas.

JOSEPH JOUBERT

O casamento é o único jogo de azar que a Igreja aprova.

EMILY FERGUSON MURPHY

Seja tão duro quanto o mundo exija de você e tão suave quanto o mundo permita que você seja.

Os homens amam com seus olhos e as mulheres com seus ouvidos

PROVÉRBIO JAPONÊS

ZSA ZSA GABOR