Enfoque 192 - Junho

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O amor não se explica, apenas se sente.

Feliz dia dos Namorados!

Atendimento 24h • Melhores marcas de genéricos • Espaço dermocosmético • Farmacêutico em tempo integral R. Francisco Marques 780 - Vila Nova - Franca | Tel: (16) 3720 - 3777 | (16) 3720-5090

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primeiras linhas Enfoque completa na primeira semana de julho, 16 anos de existência. Com a do próximo mês, serão 193 edições de uma revista que chegou com o propósito de ofe­ recer uma leitura de qualidade para quem se interessa por cultura, variedades, esportes, economia, religião, comportamento, dentre vários assuntos que dizem respeito à co­ munidade francana. É sempre bom ter a lembrança de como Enfoque começou. Melhor ainda é destacar as dificuldades iniciais para mostrar que era possível fazer uma revista sem concessões às facilidades, sem adular, sem bajular, sem se vergar aos interesses de pessoas, empre­ sas ou grupos. Sem concessão ao econômico, embora aberta a todas as boas ideias. Sem tomar posições a favor ou contra.

Guiada exclusivamente pelo bom senso. Pela vontade de desbravar um segmento ávido pela informação. Há quem diga que sonhar é fácil, mas que difícil é lutar pela concretização do sonho. Nós todos que fazemos Enfoque acordamos todos os dias para a luta de trans­ formar esse sonho em realidade. Para colocar de pé uma ideia, solidificar um objetivo, des­ bravar um conceito. Temos planejamentos de curto, médio e longo prazos que estão sendo cumpridos. Dentre as opções disponíveis, podemos ter optado pela mais difícil, pode­ mos ter escolhido o caminho mais longo em lugar de ir pelos atalhos. Mas é a certeza de que estamos fazendo nosso próprio caminho que nos dá força para lutar diariamente. O atalho pode dar uma vantagem momentânea, mas pode também iludir e tirar a orientação da caminhada. Muitas publicações tentadas antes de nós ficaram pelo caminho. Muitas que existiam quando começamos também se perderam pelos atalhos. Outras surgem diariamente. Mas só as que se preocupam verdadeiramente em oferecer algo a mais para o leitor, para o cliente, para o anunciante, vão permanecer nesse mercado cada vez mais competitivo. Por isso, não vamos nos afastar do nosso objetivo, da verdade, da transpa­ rência e da determinação de tornar realidade o nosso sonho

Cesar Colleti

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entre linhas A produção de mel, própolis e pólen deixou de ser um hobby em Franca para se tornar uma atividade lucrativa para muitos. Já são mais de 60 apicultores e meliponicultores, segundo registros da Prefeitura Municipal de Franca, sendo que a maioria é pequeno apicultor - com uma média de 20 colmeias cada e realizando apicultura física - que utiliza as abelhas como segunda opção de renda. Mas a cidade também possui pessoas que vivem da apicultura, que a fazem migratória e contam com 100 a 200 colmeias cada um. Esse universo tem sido responsável por um faturamento superior a R$ 600 mil, com perspectivas de mais crescimento. Por conta disso, o segmento, que é considerado pro-missor, tem atraído cada vez mais interessados. Para mostrar um pouco dessa realidade, Enfoque entrevistou especialistas e produtores que confirmam que a apicultura pode, sim, ser con-siderada “a bola da vez” na economia local. E falando ainda de economia, Enfoque traz uma reportagem sobre o setor de produtos eróticos, que por conta dos baixos investimentos e retorno rápido, tem atraído cada vez mais pessoas que desejam ter uma renda extra. Geralmente são pequenos negócios, quase pessoais, mas com muito retorno. Ainda nesta edição, Enfoque aborda um assunto cada vez mais comum: a agressão psicológica no trabalho. Ainda que muitas vezes ela pareça sutil e passe despercebida para alguns, pelo menos 42% dos trabalhadores afirmam já ter vivido uma situação do tipo.

Nessa linha, outra reportagem chama a atenção, sobre os relacio-namentos abusivos, que ao contrário do que muita gente pensa, não são exclusividades das mulheres e acontecem com muito mais frequência, deixando sérias consequências.

São vários os temas abordados na edição deste mês de Enfoque, de tendências de moda até comportamento, que mais uma vez chega com a proposta de oferecer uma leitura de qualidade. Então, boa leitura!

Fernanda Ribeiro Editora Chefe

Enfoque Franca é uma publicação periódica mensal des­ti­na­da ao público em geral ISSN 1981 6219 ® Marca Registrada Diretor Responsável Cesar Colleti Editora Fernanda Ribeiro - MTB 32.745 Designer Gráfico Leonardo Vasques Carvalho Fotografia Ricardo Fernandes Consultoria de Marketing Lucas Rodrigues da Silva Colaboradores desta edição Adilson Felix Pimenta Santos Beto Chagas Frederico Millano Heloísa Bittar Gimenes J. E. de Oliveira Ramos Luís Henrique Borba Maria Helena Souza e Silva Perpétua Amorim Roberta Frutuozo Canavez Impres­são Cristal Indústria Gráfica (16) 3711-0200 As opiniões e con­cei­tos emi­tidos em arti­gos são de in­tei­ra res­ponsabilidade de seus au­tores. O con­teú­do dos anúncios pu­bli­ci­tá­ri­os é de inteira responsabilidade das em­pre­sas anun­ cian­tes, e não expressa neces­sa­ri­a­men­ te a opi­nião ou a posi­ção da re­vis­ta Enfoque Franca e dos seus dire­to­res e edi­to­res.

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RIO DE JANEIRO

SANTIAGO

SÃO PAULO

enfoque franca | junho 2017|5

sumário

seções 04| primeiras linhas Cesar Colleti

linhas 04| entre Fernanda Ribeiro comportamento

24| Maria Helena Silva

46

Moda Veludo reaparece na moda e é tendência em roupas e sapatos

48

Decoração Com projetos modernos, é possível ter adega até em apartamentos

50

Perfil Homem de visão, Coronel Nhô Chico ajudou a construir Franca

51

Perfil Carmelino Corrêa Júnior fez da Educação sua bandeira de trabalho

52

Carreira Assédio moral ou agressão psicológica atinge 42% dos trabalhadores

56

Jovens Ferramenta para ajudar no vestibular, cresce procura por coaching

58

Economia Setor de produtos eróticos exige pouco dinheiro e atrai francanos

59

Educação Com projeto de paisagismo ecológico, professora envolve alunos

60

Relacionamento Cada vez mais comuns, relações abusivas envolvem ambos os sexos

62

Economia Apicultura se fortalece em Franca e setor atrai novos produtores

Ano XVI Nº 192 Junho de 2017

24| negócios Roberta Frutuozo Canavez Lespinasse

24| viver bem

Adilson Pimenta Félix

66| fraseado

notas 08| 10| 12| 14| 16| 18|

mirante panorama entrever

28

Música Com identidade própria, Banda Tia Zica se destaca no cenário local

30

Artes A vida como inspiração na pintura abstrata da artista Ivone Pini

32

Como funciona Airfryer propõe “fritar” sem óleo e preservar a qualidade de vida

36

Saúde Maternidade do São Joaquim passa a trabalhar a Terapia Polvo

38

Nutrição Especialista diz quando os suplementos nutricionais são indicados

39

38

rápidas bloco de notas post scriptum

crônicas 20| pulsar

Luis Henrique Borba

20|

Literatura Joca foi um intelectual que trabalhou em prol da literatura francana

miragem J. E. de Oliveira Ramos espaços

20| Perpétua Amorim 22| 360 graus

48

59 Zen Bambuterapia atrai francanos através de manobras com bambus

40

Beleza Com inúmeros benefícios, balas de colágeno conquistam francanos

42

Bem-estar Com ideia de que são naturais, aumenta uso de fitoterápicos

44

Heloísa Gimenes

22| palavras contidas Beto Chagas

22| mais ou menos

Frederico Millano

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62

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|mirante

SAÚDE I >>

<< SAÚDE II

A Santa Casa está em festa. O complexo hospitalar está completando neste mês de junho, 120 anos de existência. Para celebrar com a comunidade, corpo médico, colaboradores e parceiros, uma extensa programação foi definida, a começar no dia 13, às 16h, com o lançamento da identidade visual – Polvoterapia; e no dia 14, às 17h30, haverá missa presidida pelo Bispo Dom Paulo Roberto, na Capela São Geraldo, no interior do hospital.

Dando continuidade às comemorações, Helinho Garcia, técnico do Franca Basquete, proferirá a palestra “Compromisso com a vitória”, no dia 16, às 9h, no Anfiteatro da Santa Casa. As atividades seguem até o início de julho. Para conferir a programação, basta acessar: www.santacasadefranca.com.br. Nos últimos anos, a Santa Casa se tornou um complexo hospitalar de referência regional, atendendo 800 mil pessoas por mês.

Santa Casa faz 120 anos

Helinho Garcia fará palestra

AGROPECUÁRIA I

AGROPECUÁRIA II

Preços têm queda em abril

Já batata e tomate tiveram alta

O Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede a variação dos preços recebidos pelos produtores paulistas, registrou queda de 0,88% no mês de abril, na comparação com o mês de março. De acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA) do Estado de São Paulo, enquanto os produtos de origem vegetal não registraram nenhuma variação de preços, os produtos de origem animal encerraram o mês com queda de 2,84%.

De acordo com o levantamento no período, as maiores variações de preço foram da batata (96,18%) e do tomate para mesa (24,29%), principalmente pela alta perecibilidade que justifica o efeito gangorra influenciado diretamente pelas ações climatológicas, e do feijão (10,50%).

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços neste mesmo período foram a laranja para mesa (-16,25), a carne suína (-11,31%) e o milho (-11,19%).

<<ESPORTE

MORADORES DE RUA

A judoca francana Sarah Chaves sagrou-se campeã da categoria pesado Sub-21, no Campeonato Brasileiro de Judô, competição da Federação Brasileira de Judô, que aconteceu em Salvador/BA no final de maio. Na foto ela está com a professora de educação física e técnica, Luzia Lourenço de Souza Oliveira, também lutadora e faixa preta 3º Dan. Luzia é técnica das demais categorias do judô de Franca, a partir das equipes Sub-13.

A Secretaria de Ação Social intensificou as ações do programa “Busca Ativa”, a fim de acolher moradores em situação de rua para que sejam direcionados aos serviços assistenciais que a cidade oferece. As ações têm acontecido em locais de maior concentração da população de rua e também buscam conscientizar o dependente químico sobre a importância de aceitar o tratamento de reabilitação para sua reinserção à sociedade.

Judoca de Franca é campeã brasileira

“Busca Ativa” realiza trabalhos

<< DENGUE E AFINS

Casos das doenças caem 88,9% Nos primeiros meses de 2017, até o dia 15 de abril, o Brasil registrou 113.381 casos suspeitos de dengue, 43.010 de chikungunya e 7.911 de zika. Somadas, as três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti tiveram uma redução de 88,9% no número de casos em comparação ao mesmo período de 2016. Os dados são de boletim epidemiológico elaborado pelo Ministério da Saúde. Houve 17 mortes por dengue este ano, em contraste com 507 mortes em 2016.

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|panorama

SOLIDARIEDADE >>

HUMOR

O Berçário Dona Nina promove no dia 10 de junho, das 8h às 12h, em sua sede, à Rua Deoclides Barbosa Leme, bairro Santa Helena, seu tradicional Bazar da Pechincha. A renda obtida com o evento será revertida para a manutenção das atividades do berçário, que oferece atendimento gratuito a crianças em recuperação da saúde, vindas de famílias com poucos recursos financeiros ou aquelas que estão sob intervenção do Conselho Tutelar.

O Teatro Municipal recebe no dia 11 deste mês, às 20h, o espetáculo “Noite de Humor”, um stand-up comedy com os humoristas Serginho Salles, Rafael Marinho e Átila Shinhé, que abordam temas do cotidiano e da sociedade de uma forma cômica e muito divertida, trazendo a identificação imediata com o público. E tudo isso interagindo com a plateia. O resultado é garantido: excelentes gargalhadas. Os ingressos já estão à venda.

Dona Nina faz Bazar da Pechincha

Municipal recebe stand-up comedy

AQUARELA I

AQUARELA II

Mostra “Águas Coloridas” no LAB

Diversidade técnica se destaca

Segue até o dia 30 deste mês, no Laboratório das Artes, a mostra “Águas Coloridas”, coletiva de aquarelas que reúne 28 trabalhos dos artistas Lauro Monteiro (Paraty), Eliara Bevilacqua (São José do Rio Preto), Vera Ferro (Campinas), Marcos Marchetti (São Carlos), Zelinda Jordão (Piracicaba), Hélvio Lima (Uberlândia) e Atalie Rodrigues Alves (Franca). A exposição é a de número 80 da nova fase do LAB, desde que foi reaberto em 2009.

O objetivo da “Águas Coloridas” é trazer a Franca aquarelistas atuantes, com diversidade técnica e temática, onde as características desta técnica tão particular se sobressaiam. Os aquarelistas que participam da mostra são artistas, professores e ilustradores que usam a técnica da aquarela, convidados especialmente para esta mostra. O Laboratório das Artes fica à Rua Cuba, 1099, Jardim Consolação. Mais informações pelo 3722-5004.

<< CINEMA I

CINEMA II

Franca recebe dia 8, às 19h30, dentro do Cine Sesi-SP, o filme “As Medusas”, vencedor do prêmio Camera d’Or no Festival de Cannes. O longa acompanha três mulheres em Tel Aviv, Israel, cujas histórias se cruzam de forma a compor um retrato inusitado da vida moderna de Israel, com imagens que desenham as conexões entre as vidas das personagens, que encontram consolo no mar. A entrada é gratuita e a exibição no Teatro do Sesi.

Ainda dentro do Cine Sesi-SP no Mundo, através da mostra “Vida em Israel”, haverá a exibição de dois filmes no Teatro do Sesi de Franca: “A Missão do Gerente de Recursos Humanos”, no dia 15 de junho, às 19h30 e “Delicada Relação”, no dia 22, às 19h30. O primeiro traz a violência como pontapé inicial da história. Já o segundo tem como foco o romance entre dois soldados. A entrada é gratuita. Informações: 3712-1600.

“As Medusas” dia 08 em Franca

MÚSICA >>

Banda Lucidez lança DVD acústico

Com a proposta de levar a mensagem de otimismo, fé e reflexão, a Banda Lucidez acaba de lançar seu DVD, que pode ser acessado pelo Youtube, através do canal “Folk Lucidez”. “Temos recebido muitas mensagens de pessoas dizendo o quanto nossa música tem feito bem para elas.

Precisamos levar isso para mais pessoas, o mundo carece disso”, dizem os músicos Eduardo Gibelli; Caio Dagher; Samuel Silva; Danilo Zinader e Danilo Magalhães.

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Mostra traz ainda dois filmes

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|entrever

VIAGEM LITERÁRIA I >>

<< VIAGEM LITERÁRIA II

Flávia Muniz estará em Franca

Projeto é realizado pelo Estado

Ela é uma das ilustres filhas de Franca e retorna à cidade no dia 5 deste mês, para participar do projeto cultural “Viagem Literária”, na Biblioteca Municipal. Escritora premiada e indicada ao Prêmio Jabuti por livros infantis que escreveu, Flávia Muniz ministrará uma palestra às 14h, com entrada gratuita. Ela lançou seu primeiro livro voltado a jovens adultos. Trata-se de “O Manto Escarlate”, suspense baseado na época medieval.

Realização da Secretaria Estadual de Cultura, o “Viagem Literária” tem como proposta o incentivo à leitura.

A francana Flávia se apresentará não apenas na cidade, mas na região: Sales de Oliveira, Mococa, Santa Cruz das Palmeiras, entre outros municípios.

Além de escritora, Flávia Muniz é pedagoga e orientadora educacional, trabalhando em escolas da rede particular. Foi também roteirista do programa “Bambalalão”, na TV Cultura.

POESIA I

Debate sobre combate às drogas

Alunos da rede estadual de Franca, que cursam os anos finais dos ensinos fundamental e médio podem participar do concurso de poesia “Vale Viver 2017”. O objetivo da competição é evitar o consumo das drogas e contribuir para a reflexão dos adolescentes e dos jovens acerca do uso de materiais ilícitos, além de colaborar com o bem-estar da juventude. As inscrições vão até o dia 12 de agosto e podem ser feitas pelos Correios.

POESIA II

Inscrições vão até 12 de agosto Com o tema “Viva bem, viva sem drogas”, o concurso de poesias realizado pela prefeitura de Lorena em parceria com o Centro Universitário Salesiano, premiará no dia 22 de setembro os selecionados. Cada vencedor por categoria receberá uma bicicleta, e a escola do aluno escolhido receberá um kit leitura. Todos participantes concorrerão a sorteio de um brinde especial. Informações sobre o envio do material pelo telefone (12) 997510639.

<< TEATRO

Confraria Cult recebe coletiva

Para quem gosta de teatro, o Sesi de Franca recebe nos dias 10 e 11 deste mês, às 16h, a peça “Viagem ao Centro da Terra”, releitura de um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, escrita por Júlio Verne. A montagem mistura humor, aventura, manipulação de bonecos, videoprojeção analógica, conteúdo e diversão. A entrada é gratuita, mas é preciso retirar os ingressos antecipados. Informações: Fone 3712-1620.

Franca recebe dia 30 deste mês, às 20h, na Confraria Cult, o Coletiva “Eu sou a próxima”, um documentário pela vida das mulheres lésbicas.

O evento em parceria entre Libertes, Confratria Cult e Centro Acadêmico de História Gabriel Roy: Gestão Temporalidade, visa denunciar as carências da comunidade lésbica em relação ao respaldo do estado através do caso de Luana Barbosa, negra lésbica e pobre, assassinada por policiais.

LENDAS DO ROCK >>

Tributo a Charlie Brown Jr, dia 17 Acontece em Franca, no dia 17 deste mês, no Stella Eventos, a partir das 22h, o “Lendas do Rock – Tributo a Charlie Brown Jr”. Quem comandará a festa é a Banda União, que vem de São Paulo para se apresentar pela primeira vez em Franca e fazer uma justa homenagem ao Charlie Brown Jr. Além dela, a Curinga Roque de Franca também promete fazer um show bonito e emocionante. Ingressos já à venda a R$ 20. Informações pelo 99417-1951.

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LUANA BARBOSA

Releitura de Júlio Verne no Sesi

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|rápidas

GRIPE I >>

VESTIBULAR 2017

A baixa adesão das pessoas em busca da imunização contra a gripe Influenza em todo Brasil, levou o Ministério da Saúde e Estados a prorrogarem a campanha até o dia 9 de junho. Dessa forma, em Franca – cujos números apontam para 54,81% de cobertura em relação à meta, o que corresponde a pouco mais de 48,5 mil pessoas imunizadas - encerrará a vacinação neste dia. O atendimento segue de segunda a sexta, das 10h às 16h.

Seguem até o dia 12 deste mês as inscrições para o vestibular das Faculdades de Tecnologia do Estado – Fatecs.

Em todo o estado são 15.010 vagas, inclusive as 960 para ensino à distância. Os candidatos precisam preencher a ficha de inscrição e o questionário de condição sócio-econômico, imprimir o boleto e pagar uma taxa de R$ 75 em qualquer agência bancária.

Mais informações pelo site: https:// www.vestibularfatec.com.br.

Vacinação segue até dia 9 de junho

Fatec inscreve até dia 12

BULLYING

CAMPANHA AGASALHO

Foi aprovado por unanimidade em Franca o projeto que cria um trabalho de prevenção ao bullying nas escolas da rede municipal da cidade. Denominado “Programa Prefira a Gentileza”, ele prevê campanhas de esclarecimentos para estudantes e a população em geral. O projeto deve ser implantado ainda este ano em Franca. Para reforçar, há uma lei federal que determina que todas as escolas tenham ações contra esse tipo de violência.

A unidade do Poupatempo de Franca continua recebendo as doações para a Campanha do Agasalho. A exigência é que sejam roupas boas, que não sejam furadas ou rasgadas. Podem ser doadas até dia 18 de agosto, camisetas, calças, cobertores, blusas de frio em geral. A distribuição das doações será feita com parceria do Fundo Social de Solidariedade de Franca após triagem. A expectativa é que o Poupatempo receba mais de 900 peças.

Escolas de Franca terão programa

Poupatempo recebe doações

ALISTAMENTO MILITAR I >>

<< ALISTAMENTO MILITAR II

Termina no dia 30 o prazo para o alistamento militar obrigatório. Devem se alistar os jovens que completam 18 anos em 2017. Em Franca, todos os anos, são cerca de dois mil alistamentos para as 100 vagas disponibilizadas.

Os que forem selecionados deverão prestar o serviço militar obrigatório por um ano. Quem for dispensado, por problemas de saúde ou excesso de contingente, terá de jurar a bandeira para pegar a Carteira de Reservista.

O alistamento é obrigatório e, sem ele, o jovem fica impedido de tirar passaporte, ingressar no serviço público ou ser matriculado em qualquer instituição de ensino – inclusive universidades. Além disso, está previsto pagamento de multa, que varia de acordo com a quantidade de dias em que o candidato deixou de se alistar.

Em Franca, o alistamento é feito na Junta Militar, à Rua Frederico Moura, 1516.Informações: 3723-9333.

Prazo termina no próximo dia 30

CASACOR FRANCA >>

Projetos de ambientes a todo vapor Estão a todo vapor os trabalhos para o cumprimento da agenda de abertura da CASACOR Franca, de 5 de outubro a 5 de novembro. Os profissionais que participarão já estão trabalhando nos projetos dos ambientes da casa da família Marangoni, que fica no Parque dos Lima. São dois pavimentos e ampla área externa, com jardins, piscina e um lago, o que proporcionará 42 ambientes na mostra, entre eles, cozinha gourmet e suíte máster.

14| enfoque franca | junho 2017

Jovens devem se alistar na Junta

ESPAÇO ESTILO ITALIANO PARA EVENTOS: Familiares, Corporativos, Lançamento de Produtos, Reuniões de Equipe, Treinamento, Palestras, Confraternizações, Encontros de Familiares, Casamentos, Aniversários em Geral e Encontros Religiosos

Entre em Contato: 16

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enfoque franca | junho 2017|15

|bloco de notas

VIOLÊNCIA

<< EDUCAÇÃO

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, o número de estupros aumentou em Franca, entre janeiro e abril deste ano. Foram ao todo 28 ocorrências, ante 18 no mesmo período de 2016, o que representa aumento de 55,55%. Também houve crescimento do número de furtos de veículos, que aumentou em 12,40%. Ao menos 290 motoristas tiveram seus veículos furtados pelos bandidos que também praticaram furtos em geral.

Este ano, o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio será realizado em dois domingos consecutivos. No dia 5 de novembro, a prova será composta por questões de linguagens, ciências humanas e redação, com duração de cinco horas. No dia 12, os estudantes serão avaliados nas questões de Matemática e Ciências da Natureza, com 4h30 de prova. Outra alteração importante é que o Enem não valerá como certificado do Ensino Médio.

Número de estupros aumenta

Enem será em dois domingos

TRÂNSITO I

TRÂNSITO II

Professores da rede estadual de Franca poderão incluir a tecnologia em aulas sobre trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), parceira da Secretaria da Educação, está com vagas abertas para o curso gratuito “Educomunicação e Trânsito”. A formação é 100% online e direcionada a educadores do Ensino Fundamental e Médio, supervisores e diretores. O cadastro pode ser feito no Portal da Efap -escoladeformacao.sp.gov.br.

O curso tem o objetivo de aproximar e estimular o uso das mídias sociais e dos recursos tecnológicos no ensino sobre trânsito seguro. Legislação, uso de equipamentos de segurança, entre outros. A formação será realizada no período de 30 dias corridos, com carga horária total de 30 horas.

O conteúdo está dividido em seis módulos: educomunicação; mídias impressas; rádio/podcast; vídeo; blog/flog/ webquest; e redes sociais.

Aulas do tema com tecnologia

Recursos para facilitar o ensino

EMPRESAS E AFINS I >>

<< EMPRESAS E AFINS II

O Sebrae Franca realiza este mês oficinas gratuitas, incluindo capacitação para quem ainda não tem um negócio e também orientação para quem já tem a própria empresa. No dia 6, por exemplo, será a “Inove para ganhar mais”, às 19h; no dia 7 será “SEI Planejar”, às 19h; no dia 8, “Ganhe Mercado”, às 18h30, e no mesmo dia, às 19h, “SEI Vender”. No dia 12 será a vez da oficina “SEI Formar Preço”, às 18h30; e assim por diante.

Além destas oficinas, também estão previstas oficinas sobre inovação, planejamento, vendas, formação de preço, fluxo de caixa, motivação da equipe e finanças. As aulas, que são gratuitas, acontecem no Escritório Regional do Sebrae-SP, localizado na Avenida Dr. Ismael Alonso y Alonso, 789, Centro, e na Prefeitura Municipal, na Rua Frederico Moura, 1517, Cidade Nova. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (16) 3111-9900.

Sebrae realiza oficinas gratuitas

COPACABANA I, II E III >>

Obra recebe quase R$ 600 mil A Prefeitura vai investir R$ 574,6 mil para a conclusão do conjunto habitacional Copacabana I, II e III. Localizado na Chácara Santa Maria, o empreendimento integra o projeto social Minha Casa, Minha Vida e, embora a construção das unidades seja de responsabilidade do governo federal, com financiamento da Caixa, a Prefeitura fará o acompanhamento dos serviços de infraestrutura previstos, envolvendo os sistemas de água e esgoto.

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Temas são os mais variados

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Venda e Aluguel de Fantasias Entregas para todo o Brasil

enfoque franca | junho 2017|17

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ESTAGIÁRIOS I >>

<< ESTAGIÁRIOS II

A Prefeitura de Franca abre no dia 9 deste mês as inscrições para o concurso de seleção para novos estagiários.

Há vagas para diferentes áreas, de início imediato e para cadastro de reserva. O prazo segue até o dia 20 deste mês e as inscrições podem ser feitas no portal do CIEE: www.ciee.org.br, que conduzirá o processo seletivo. As provas serão objetivas, de múltipla escolha, com 20 questões de Português e 10 de informática.

As provas para seleção de estagiários para a Prefeitura serão randômicas - com questões alternadas e aleatórias. De acordo com o edital, o gabarito e o caderno de questões serão divulgados em 22 de junho, no site do CIEE e no Portal da Prefeitura pelo endereço www.franca.sp.gov.br. Está previsto o recebimento de recursos, com a classificação final sendo publicada no dia 11 de julho. Os estudantes devem estar frequentes nas aulas.

Prefeitura faz novo concurso

VELOCIDADE I

Contratação será imediata

VELOCIDADE II

Excesso entre principais riscos

Infrações crescem em todo o país

O excesso de velocidade está entre os principais fatores de risco no trânsito em Franca. Pelo menos é o que diz o Infosiga SP, banco de dados do Movimento Paulista. Segundo ele, 94% dos acidentes com mortes são causados por falha humana, como imprudência e distração. Conduzir um veículo em velocidade excessiva é uma atitude imprudente, porque aumenta os riscos de acidentes. A gravidade dos danos está relacionada à velocidade.

A Organização Mundial de Saúde -OMS estima que um aumento de 5% na velocidade média amplia em cerca de 10% os acidentes envolvendo lesões e de 20% a 30% as colisões fatais. Segundo a organização, o risco de um pedestre adulto morrer se atingido por um carro a menos de 50 km/h é de 20%. Porém, a chance de letalidade sobe para 60% se a pessoa for atropelada a 80 Km/h. O excesso de velocidade está entre as infrações mais cometidas.

CAMPANHA I >>

<< CAMPANHA II

Rede Supera sorteia carros

Unidade de Franca também participa

O Supera, rede de escolas de ginástica para o cérebro, está sorteando dois carros Mobi, da Fiat, para seus clientes por meio da campanha “Acelere seu cérebro e saia de carro zero”, que contempla o sorteio de 10 celulares modelo Iphone 7. Para participar, não precisa ser aluno. Os clientes que se matricularem ganham cupom e, quem ainda não é aluno pode concorrer indicando amigos. A promoção vai até 20 de janeiro de 2018.

Franca também participa da campanha. A regra é simples: para ganhar cupons é só se cadastrar no hotsite da promoção: www.metodosupera.com. br/acelere e acessar o regulamento.

Os carros serão sorteados este mês de junho e depois em janeiro de 2018, enquanto os Iphones 7 terão um sorteio por mês até o fim da campanha.

Todos os sorteios acontecem pela Loteria Federal. Hoje, o Supera tem mais de 270 unidades abertas pelo país.

<< CALÇADOS

Impasse nas negociações salariais As negociações salariais para o ano de 2017/2018 no setor calçadista de Franca ainda não foram encerradas. O Sindicato da Indústria de Calçados e Sindicato dos Empregados na Indústria de Calçados continuam as tratativas com o objetivo de assinar a convenção coletiva de trabalho. As empresas concederam à categoria índice de 4,69%, o que corresponde a inflação do período de março de 2016 a fevereiro de 2017, mas não foi aceito.

18| enfoque franca | junho 2017

enfoque franca | junho 2017|19

|crônicas

J. E. de Oliveira Ramos (Joca)

Luís H. Borba Escritor, autor de Viajando-me

|pulsar

Perpétua Amorim Da Academia Francana de Letras

da Academia Francana de Letras (In Memorian)

|miragem

|espaços

A penumbra e o peixe

Música erudita (II)

Ao mestre Luiz Cruz

Sonos ao meio da tarde costumam me atordoar além da simples sonolência.

Então, a difusa luz na janela do quarto dizia-me pouco sobre se era a manhã que apontava um dia ou se era a tarde a render-se a mais uma chegada discreta da noite. Os sinos de uma igreja não aju­ daram muito, de modo que os badalos, numa alienação zonza, eu os contei aos milhares. É o celular, na frieza de esquáli­ dos números a dizerem as horas, que me assegura que a tarde busca seu refúgio de sempre e se recolhe. Um abajur ao lado da cama traz a voz suave de uma luz a se contentar sempre em dizer a claridade da penumbra.

Viro-me na cama, meu braço toca um inesperado obstáculo: a essas horas, ge­ ralmente, a cama sou eu e um latifúndio de liso lençol no espaço em que minha mulher dorme. Hoje, ela está aqui.

A confusão ainda passeia passos em desorientação por minha mente - e não me lembro de havermos nos deitado jun­ tos. Alguns segundos mais põem meus pensamentos em ordem, dando-me a certeza de que deitei-me só. Olho com surpresa o seu sono pesado, sua cabeça enfiada no travesseiro com o despudor de uma íntima comunhão.

Tiro-lhe a colcha de sobre o corpo para acordá-la, mas recuo. A visão de suas costas nuas tem a persuasão de manter-me imóvel, simplesmente olhan­ do-a. Afastando devagar a colcha, vou vendo a nudez avançar-lhe à cintura, descer-lhe pelos quadris, contornar-lhe numa maciez redonda as nádegas, alon­ gar-se na lisa linha de suas pernas - ela inteiramente nua.

Na penumbra, que sentidos restam além daqueles que à penumbra impor­ tam? Olho a imensidão branca do lençol - baía própria a um oceano de ondas de nossos corpos.

E meus desejos mais uma vez são peixe a nadar de olhos arregalados no claro mar da pele dela.

A seleção dos instrumentos das orquestras dedicadas à música erudita registra várias modificações. Vários fato­ res influem na composição do conjunto: a variedade de instrumentos, o gênero e espécie da música; época, tendência, escola, estilo. Pode-se afirmar que não há composição única, ideal a todos os gêneros e espécies de músicas: variações exigem organização diferente. Exemplar é o “Bolero”, obra pela qual Ravel é mais conhecido, o que o desagradava, pela di­ minuta apreciação de toda sua obra, ainda que ele a considerasse uma composição banal para orquestra: “uma peça sem música”. Apesar de insatisfeito, a verdade é que ficou mundialmente conhecido pelo Bolero, ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo.

A composição, encomendada pela bailarina Ida Rubinstein, estreou na Ópera de Paris em 1928, não é uma obra de cate­ goria inferior! Embora a repetição melódica, revela - além de marcante e sedutora - o trabalho de um conhecedor profundo dos recursos instrumentais. O “Bolero” é uma magnífica demonstração dos instrumentos da orquestra. A cada entrada do tema, que se repete, sedutora, hipnótica, ritimada­ tamente sem se definir, a orquestração se modifica, exibindo toda a riqueza melódica e harmônica da orquestra. O quadro abaixo auxilia reconhecer os instrumentos: isolada e conjuntamente e suas intervenções, em partes que foram nomeadas “A” e “B”.

A01 Flauta. B Tambor+cordas graves (psicato). A02 Clarinete. B Idem+flauta.

A03 Fagote (nos agudos). B Idem+Harpa.

A04 Clarinete (pequeno). B Idem. A05 Oboé. B Fagotes, tambor+cordas (psi­ cato). A06 Flauta e Trompete. B Corno, tambor+cordas (psicato). A07 – Saxo­ fone Tenor. B Trompete, tambor+flauta e psicato. A08 Saxofone (sopranino). B Idem+Oboé e Corno Inglês. A09 Duas Flautas pequenas. B Corno, celesta. A10 Flauta. B Corno, Tambor, Fagote, cordas (psicato). (*) Fonte: Wikipedia.

Logo ali, depois daquela serra, existe outra aldeia. Uma aldeia que o menino de pés no chão e asas de águia ajudou a cons­ truir. E tudo parece que foi ontem....”um homem chegou lá das bandas das gerais, levando uma barraca minúscula, foi ex­ plorar os arredores. Encheu-se de ânimo, de esperanças e de sonhos”... esparramou vida em paginas e paginas de literatura, cantou em versos e prosa o destino de mui­ tos e deixou a história grafada nas linhas e no coração da aldeia que o fez mestre/ prosador/poeta e farol do seu destino. “abro a janela da alma, olho para o passado e contemplo o milagre: o milagre da vida....” vejo encolhidinho no final da praça o menino agarrado na mão protetora da mãe, admirados e admirando o movi­ mento da praça e o que acontece no coreto . – Mãe, tem festa na praça? - Não sei filho.

Parece que há alguma visita importante.

Tem sim D.Sebastiana! É seu filho! Falando pra sua gente. O filho dessa terra! O me­ nino que correu pela estrada empoeirada e deixou seu rastro no caminho, marcando com pétalas de palavras o sinal para o re­ torno. É Ele que está aqui! Venha! Venha aplaudi-lo! O inicio da historia se deu por aqui, cada palmo dessas ruas sabem bem o que queria o menino. Cada não e cada sim fizeram o homem que todos admiram. Por isso, vale a pena lembrar... ”No principio/ Bem no principio de tudo/Lá do topo das serras mineiras,/Uma planície se liberta das rochas/E se aninha nos braços/Do planalto paulista”. Logo ali, depois daquela serra, existe uma Academia de Letras que o me­ nino ajudou a construir e a faz grande pela sua honrosa presença. E existe um orgulho imenso de uma aldeia inteira que se rende a sua melodia e ao seu canto. “Poetas,/ Cantam seus amores/Enaltecem o homem/ Louvam a vida/E tornam –se imortais,/ Imortalizando a sua aldeia”. O menino de Cássia, aprisionou-nos. Como ele diz: A Isca foi farelos de utopias, colhidos no moinho do coração. Obrigada, confrade Luiz Cruz de Oliveira

20| enfoque franca | junho 2017

enfoque franca | junho 2017|21

|crônicas

Heloísa Bittar Gimenes

|360 graus Ainda assim, alegria!

Nasci acompanhada da alegria. Na mi­ nha história, ela se fez presente deixando suas marcas, fortalecendo meu coração, iluminando meu rosto, deixando meu sor­ riso frouxo. Um dia, precisei plantar minha “Estrela” no céu e aí em mim a tristeza fez morada. Expulsou a alegria e com ela o que eu tinha de melhor. O riso cedeu ao choro e não mais me reconheci. Acredito que todas as vezes que uma mãe “planta uma estrela no céu” anjos ficam comovidos e se unem para ajudar. Sabem que diante dessa dor extremada a “loucura” pode fazer com que cometamos desatinos. Desta forma, os anjos condoídos com a minha situação, re­ solveram intervir. Deram-me paciência para enfrentar os dias, resiliência para suportar a vida e fé para despertar a esperança no reencontro e acalmar minha alma. Precisei colocar minha memória para “descansar” e aquietar todas as perguntas que ficaram sem respostas, já que a vida ainda pedia passa­ gem. Lembranças no passado e crenças no futuro foram antídotos para fazer a tristeza recuar. Aos poucos a alegria foi retornando.

Dentro de mim, alegria e tristeza começaram a dialogar, fizeram um pacto de convivência.

A alegria nunca mais poderia reinar sozi­ nha, pois sempre tropeçaria na tristeza. A tristeza por sua vez, mesmo soberana, não poderia expulsar a alegria, despertando memórias, remoendo fatos. Teria que ter parcimônia e misericórdia. E assim se fez.

Um sorriso amarelo, depois um sorriso de canto de boca, outro sem compromisso, até que a gargalhada acontecesse novamente.

Tudo muito trabalhoso. Mas, nasci com a alegria, morrerei com ela e com mais uma porção de sentimentos e emoções que me fazem gente. Se meus olhos ainda abrem, se meu coração ainda bate, se minha família e amigos ainda existem, é porque ainda preciso caminhar. Pra finalizar trago Lulu Santos: “Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia... tudo passa, tudo sempre passará...Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo, agora há tanta vida lá fora e aqui dentro – Sempre!

22| enfoque franca | junho 2017

Beto Chagas

Frederico Millano

Psicólogo e escritor

|palavras contidas

é Cronista

|mais ou menos

Salles Dounner

Por você

Eu subia a Padre Anchieta, quase na Praça João Mendes. Ele estava em cima de escada escrevendo algo na parede. Era a fachada de uma oficina de autoacessó­ rios. Figura estranha, barba desalinhada, maltrapilho, cheirando a álcool. “Acho que está bêbado a essa hora da manhã”, pen­ sei, sem entender, ainda, as coisas da vida.

Cheguei à redação na Rádio Hertz, em cima do supermercado São Paulo, narrei a cena pros colegas. Alves de Oliveira, locutor de esportes, disse: “Ah! É o Salles, meu amigo.

Vou lá tascar-lhe um abraço”. E foi rever o ente querido. Do decano do jornalismo e do esporte, Demétrio Soares, ouvi: “Filho, preste mais atenção nos seus traços. Não nos traços físicos, mas nos da pintura. Vê quanta amargura há no seu pincel, quanta angústia nas tonalidades da sua tinta, quanta mágoa nos contornos da sua cria­ ção. Descobre quanta vida jogada no fundo das latas, nos cantos das suas paredes”.

Mais tarde, fiz o mesmo caminho, na contramão. Um imenso automóvel exposto na parede frontal da loja levava à intenção de um objeto de desejo. Rente à parede, junto às latas de tinta, uma garrafa com rótulo borrado multicor deixava à mostra parte da frase “uma boa ideia”. Passei a buscar aquele sujeito. Não a figura, mas a pessoa, o artista. Fui entendendo que arte não paga arroz e feijão, nem compra roupas bonitas, nem barbeador... A arte apenas reflete o que se é ou se permite ao artista ser. Ele me ensinou que arte é parte da vida.

Cresci. Demetrio Soares e Alves de Oli­ veira morreram – o primeiro, por conta da arte da longevidade atingida com o esporte praticado e passado às gerações futuras; o segundo, ainda jovem, por conta da arte de um coração que suportara as emoções de narrador de jogadas poéticas de artistas da bola. Salles continuou pintando fachadas, painéis e quadros, levando para as telas as angústias e incompreensões. Saí da cidade.

Quando voltei já não encontrei os carrões reluzentes, nem as mulheres com olhos esbugalhados. A vida tinha engolido a arte!

Por você eu carrego a manhã nas costas, a tarde na cabeça, a noite no sonho, a vida no coração. Por você eu piso pisadas macias no chão duro para inventar os caminhos e abrir passagem para os sonhos. Por você eu acumulo o vento de manhã e descarrego a ventania no final da noite. Por você eu invento a brisa na manhã e me faço furacão na madrugada. Invento o chuvisqueiro cedo e me faço tempestade depois. Por você me faço pecado, me faço confissão e me faço perdão. Por você eu invento o silêncio na solidão e me faço solidão na multidão. Por você eu caminho no tempo, invento as horas e faço os momentos que são só seus.

Por você eu invento a voz serena, me faço trilha sonora do vazio entre um encontro e outro, em que as notas vibram cordas imaginárias de uma saudade real. Por você me faço somente, me faço semente, me faço chão, me faço flores. Por você faço tudo di­ ferentemente igual. Por você sou abstração, sou distração. Sou os lábios de uma boca sorrindo fontes de prazer que brotam da alma para saciar essa sede de você. Por você me faço olhos que se abrem para a eterni­ dade, brilhando como estrelas que viajam por entre o arco íris e se estacionam no meu infinito. Por você, sou a sensação de vagar pelo absoluto para pintar de azul do céu.

Por você sou antes das horas e sou depois do tempo. Por você me faço men-sagem primitiva que corre pelas bocas misturadas com a seiva que vem do peito. Por você sou coração que nasce e morre no intervalo de um encontro. Por você me faço águas que correm nas corredeiras e me transformo no rio que fica como lembrança. Por você faço o caminho da fuga e o encontro do destino, o segredo que se guarda, o enigma que se esconde no encontro do olhar. Por você me faço subterfúgio, me faço fantasma. Nem sei se existo ou não dentro dessa realidade.

Nem bem me faço partida e já quero ser chegada com você à minha espera. Por você deságuo lágrimas na escuridão, me queimo no fogo da agonia, seguro mãos e grito esse grito louco de amor.

enfoque franca | junho 2017|23

|Artigos

Roberta Frutuozo Canavez

Adilson Felix Pimenta Santos Cirurgião dentista

Maria Helena Souza e Silva Psicóloga clínica

Diretora da Cruzeiro Contabilidade

| negócios Meio de gestão A contabilidade ao longo da última década tem sofrido inúmeras mudanças estruturais, o que tem tornado a vida do contador cada dia mais trabalhosa. De um lado, a harmonização do trabalho diante das normas internacionais (IFRS). De outro, nosso ordenamento jurídico, inconstante e incoerente, com mudanças tributárias diárias e textos dúbios, passíveis de várias interpretações. E como se não bastasse, ainda com a figura do Fisco se aparelhando a cada dia mais, criando obrigações novas, redundantes muitas vezes, mas capazes de cruzar informações e gerar autuações pesa­ das aos contribuintes, que vivem o real Big Brother Brasileiro. Diante desse cenário, o contador precisa ter muita atenção e estar sempre se reinventando para conseguir atender bem o Fisco e, principalmente, o seu cliente, que por sua vez, está cada vez mais entendido e exigente. Antigamente, éramos o chamado “guarda-livros”, aquele profissional que o cliente pagava para aten­ der as exigências do Fisco e que, na grande maioria das vezes, mantinha longe de seu negócio. Hoje, o contador é o principal parceiro do empresário, precisa estar cada dia mais próximo e em sintonia com o mesmo, entendendo direitinho o “modus operandi” de seu cliente, e realizando um trabalho cada dia mais preventivo, orien­ tativo e educativo. Por outro lado, para o empresário, também se torna vital a busca de um profissional contábil que consiga vivenciar tantas novidades.

Com base na experiência vivida na Cruzeiro Contabilidade, vejo que a em­ presa contábil, hoje, precisa se reinventar e se atualizar diariamente, como foi o caso da aquisição do sistema de gestão à vista Ótima, recém implantado, com um conceito inovador, proporcionando aos co­ laboradores a oportunidade de contribuir com o processo de mudança e conseguir atender as necessidades e expectativas do cliente com segurança, sempre focando na melhoria contínua do negócio para geração de mais valor ao cliente.

24| enfoque franca | junho 2017

|viver bem Odontologia não é apenas dente A odontologia não é apenas ‘dente’, mas sim o ser como um todo. Quando falamos em odontologia, a primeira imagem que vem à nossa mente é “dente’, seguido do profissional cirurgião-dentista, ‘dor’, ’anestesia’ e assim sucessivamente. Isso não está totalmente errado, porém em uma visão mais profissional devemos ver além, enxergarmos o paciente como um todo, sua saúde em geral. Ultimamente, no consultó­ rio odontológico temos muitos casos com diagnostico da doença do século, a temida depressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 340 milhões de pessoas já foram acometidos pela depressão, que ocupa o 4º lugar dentre as principais patologias no mundo. No “Manual Diagnostico e Estatís­ tico dos Transtornos” podemos notar sua existência em con-sultórios odontológicos.

Pacientes deprimidos desencadeiam a falta de cuidados consigo mesmo, com­ prometendo a saúde bucal. O Bruxismo e disfunção na ATM são comuns nesses casos, onde um tratamento restaurador nos dentes e uso de placas miorrelaxantes , associado à técnica de aplicação de toxi­ na botulínica, trará ao paciente conforto estético e funcional. Também o uso de antidepressivos com formulações antico­ linérgicas desencadeia a hipossalivação\ xerostomia desenvolvendo problemas como carie, doenças periodontais e até mesmo infecções orais, sendo necessário o uso de saliva artificial e goma de mascar (zero açúcar) para estimular a salivação. Pa­ cientes portadores de depressão devem ser atendidos com cautela e atenção especial.

Deve ser analisado sempre por uma equipe multidisciplinar, pois seja na saúde bucal, emocional ou psicológica, nós cirurgiões­ -dentistas devemos examinar e analisar os sintomas quando houver. Estes, nem sempre serão condizentes apenas com a avaliação clínica odontológica. Desta forma estaremos contribuindo com o bem estar não só bucal ou estético funcional, mas sim como um todo, mesmo estando dentro de um consultório odontológico.

|comportamento Ansiedade, até que ponto é normal?

Praticamente todas as pessoas já ex­ perimentaram a ansiedade - a propósito da realização de um exame, em antecipação a qualquer mudança que, como todas as mu­ danças, implica o medo do desconhecido, ou em função de qualquer problema cuja resolução não seja clara. Em suma, quando nos preocupamos com a possibilidade de não sermos capazes de superar determi­ nado obstáculo, é normal que os níveis de ansiedade subam. E, até certo ponto, é saudável que assim seja, na medida em que o medo nos protege de cometermos erros.

A preocupação e a ansiedade podem ser úteis, impedindo-nos de agir impulsivamen­ te, levando-nos a consultar outras vozes quando nos sentimos inseguros em relação a determinada mudança. Mas para algumas pessoas, a ansiedade não é momentânea e muito menos protetora. É uma presença constante, que atrapalha, que incapacita.

Falamos de níveis de ansiedade variáveis, que vão desde a sensação de batimento cardíaco acelerado até aos ataques de pâ­ nico que podem ou não estar associados a um evento.

Há muitas pessoas que se reconhecem nesta descrição. Infelizmente, o reconheci­ mento do problema está longe de produzir os efeitos esperados, já que nem todas as pessoas tomam a iniciativa de pedir ajuda para tentar ultrapassar uma perturbação que é tratável. Em primeiro lugar, é preciso reco­ nhecer que qualquer transtorno ansioso é uma perturbação emocional e não uma cruz que deva ser carregada indefinidamente.

Pode ser difícil vislumbrar uma vida livre de ansiedade, em particular porque os transtor­ nos ansiosos implicam que o paciente olhe à sua volta e seja incapaz de reconhecer uma saída. Mais: boa parte destas pessoas vive convencida de que aquele é o seu estado normal. Ignoram que o seu olhar sobre a realidade está muito condicionado pelas len­ tes pessimistas desta perturbação. Só depois de darem o primeiro passo é que começam a acreditar que a vida possa ser diferente.

Por isso, busque ajuda sempre que preciso.

|indicador de saúde

Dr. Ubiali Marco Aurélio Ubiali Neurocirurgia | Neurologia

CRM SP 32.385

16 3720-2018

drubiali@yahoo.com.br

Rua Demar Tozzi, 340 - São Joaquim - Franca/SP

enfoque franca | junho 2017|25

|boas ideias

para presentes

Clássico

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26| enfoque franca | junho 2017

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enfoque franca | junho 2017|27

|Literatura

U

m apaixonado pelas letras, por toda a forma de arte e pelo conhecimento.

Mais do que isso, um homem de ação, sempre envolvido em projetos que concretizava com primazia. Intelectual inquieto e multifacetado, José Eurípedes de Oliveira Ramos, o Joca, foi um humanista que utilizou a palavra como instrumento na construção de uma sociedade mais tolerante e solidária, através da defesa da liberdade de imaginação e reinvenção constante para que cada um pudesse se tornar mais consciente e responsável por suas escolhas.

Cartorário de carreira, advogado, professor universitário, ex-vereador e ex-assessor de vários prefeitos em Franca, participante ativo de diferentes entidades francanas, Joca se destacou em todas as áreas em que atuou, mas tinha um carinho especial pela literatura.

Por conta disso, foi natural que se envolvesse na fundação da Academia Francana de Letras – da qual foi presidente em várias ocasiões - e se tornasse seu grande dinamizador. Nela, ele ocupou nos últimos anos a cadeira de número 33, cujo patrono é Monteiro Lobato.

E nas letras ele se revelava um observador da vida, das pessoas e de si mesmo, com uma sensibilidade ímpar, a ponto de abordar diferentes assuntos de uma forma única e especial, sempre com talento.

Joca foi colaborador de Enfoque desde seu início através da coluna “Miragem”, mesmo espaço criado para ele no Jornal da Franca

O adeus

O amor pelas letras

A facilidade para lidar com as palavras acompanhou Joca desde muito cedo. Inclusive ele atuou por muitos anos nas redações dos jornais “Comércio da Franca” e “Diário da Franca”. Como professor universitário, publicou algumas obras – “Comentários à Lei Orgânica do Estado de São Paulo”, “Macroeconomia. As Contas Nacionais”, e “Direito Administrativo”.

E na área literária, ele deu vida a “Retalhos”, um livro de contos e crônicas. Além disso, Joca foi colaborador da Revista Enfoque desde seu lançamento – há quase 17 anos -, tendo uma coluna fixa chamada “Miragem”, onde mensalmente publicava textos sobre variadas temáticas, com maestria na colocação das ideias e das palavras.

O sucesso desse espaço fez com que Joca passasse a assinar também, uma coluna com o mesmo nome no jornal digital Jornal da Franca, publicação da Editora Izzon – também responsável pela Enfoque.

Além de integrar a Academia Francana de Letras, Joca também era membro e grande fomentador da ASBRAP – Associação Brasileira de Pesquisadores em História, do CBG – Colégio Brasileiro de Genealogia,

28| enfoque franca | junho 2017

e da Academia Francana de Música Erudita.

Um confesso curioso e inquieto, Joca procurava absorver todo tipo de conhecimento e nesse processo, aprendeu Esperanto e Francês, as leis da Física, os fundamentos da Eletrônica, Busca e Salvamento na Selva, incluindo a prática do paraquedismo ministrado por especialistas da Aeronáutica, entre outros. Depois de aposentado, dedicava suas horas livres à arte da fotografia , à música e à pesquisa histórica, algumas de suas grandes e permanentes paixões.

A palavra como ferramenta na vida de quem fez dela sua própria inspiração

Joca sempre foi um homem de muitas histórias. De muitos sorrisos. A busca por conhecimentos sempre refletiu a inquietude de seu espírito investigativo, movido pela força de admirável talento e da inteligência.

Aliava algumas qualidades indispensáveis no intelectual e ser humano: uma inteligência vibrante, ativa e atenta a tudo o que acontecia ao seu redor; uma erudição ampla, que ele sempre fazia questão de dividir com todos com quem convivia; uma generosidade sem fim aos amigos, colegas, pupilos e a todos aqueles que desejassem privar do seu vasto saber. E, por fim, duas qualidades sem as quais não existe nenhum sábio e intelectual de verdade: a modéstia e a simplicidade.

Por tudo isso, ao falecer no último dia 10 de maio, aos 80 anos de idade, em decorrência de complicações em seu quadro de saúde, Joca deixou uma lacuna na cidade e na vida de quem o conheceu.

Franca perdeu um grande intelectual, homem de rara coragem e absoluta integridade ética, um dos maiores difusores da cultura em Franca. e

Com uma inteligência vibrante, atenta e uma erudição ampla, Joca sempre foi um homem de muitas histórias e muitos sorrisos

enfoque franca | junho 2017|29

|Música

D

Fotos: Amanda Costa

izem que um músico nunca se faz só: ele tem influências, inspirações e é feito de suas vivências e partilhas. Foi justamente o conjunto de tudo isso que deu vida à Banda Tia Zica, que há 10 anos surgiu no cenário musical de Franca e, após passar por várias formações - inclusive a vocalista Nayara Damasceno, esposa do guitarrista, se afastou dos palcos para dar a luz à Cecília, filha do casal -, hoje é liderada por Márcio Damasceno – voz, guitarra e violão; Adilson Santos – voz, baixo e teclado; Caio Damasceno – voz e bateria; e Dhuliano, que assumiu o vocal em definitivo após a saída de Nayara.

“Individualmente, tivemos passagens por várias bandas e artistas, como Banda Gênese, Seventy Company, Allan e Aladim, Artigo 28, Rodrigo e Daniel, Circuito Brasil, Código Zero, Última Hora, Alta Frequência, Banda Luzya”, lembra Márcio, sobre a larga experiência dos músicos – alguns com 30, 20 e 10 anos de experiências com instrumentos e palcos.

Juntos, eles criaram uma identidade própria, que mescla irreverência, inovação, profissionalismo e o desejo de surpreender e encantar o público. Tem sido bacana a receptividade por onde a Banda Tia Zica passa. “Está sendo surreal tudo o que tem acontecido em nossa carreira e, de fato, estamos muito felizes e agradecidos”, comentam os músicos.

Tia Zica tem Márcio Damasceno – guitarra e violão; Adilson Santos – baixo e teclado; Caio Damasceno – bateria; e Dhuliano, no vocal

Influências e repertório

Definindo a Tia Zica como uma verdadeira família, foi justamente através desses laços que surgiu o nome da banda em 2007. “Gostava muito da banda Tianastacia nessa época, então pensei em algum nome com Tia, aí o Caio, que é nosso baterista e meu filho, e que naquela ocasião tinha apenas nove anos, soltou essa: ‘que zica hein pai’, aí pronto, ficou Tia Zica”, lembra Márcio.

A originalidade do nome também pode ser vista na apresentação do grupo, que tem várias influências que passeiam pelo rock e pop nacional e internacional, como Bon Jovi, John Mayer, Lulu Santos e vários artistas que marcaram época nas últimas décadas.

Mas a Tia Zica não se restringe ao rock e ao pop. Em seu repertório ela passeia por diferentes gêneros, apresentando sucessos das décadas de 70, 80 e 90, com artistas como Michael Jackson, Bon Jovi, Queen, Supertramp, Phill Collins, Survivor, Legião Urbana, Barão Vermelho, Capital Inicial, entre outros. “Também temos em nosso repertório música sertaneja, samba rock, samba raiz e

30| enfoque franca | junho 2017

moda de viola”, salientam Márcio, Dhuliano, Caio e Adilson, que não fazem escolhas aleatórias na hora de montar as apresentações.

Pelo contrário, só entram canções que fazem algum sentido para eles. “Escolhemos sempre as músicas que tocam os nossos corações, pois achamos que quando tocamos aquilo que a gente ama, fica bem mais fácil de tocar o coração do público”, dizem os músicos, que quando estão no palco, procuram passar mensagens de amor, emoção, alegria. “Nosso objetivo é sempre tocar o coração de quem está curtindo o nosso som”, reforçam.

Profissionalismo e rotina

O ecletismo de uma banda que se destaca por uma identidade própria

Reconhecida por onde passa por conta de sua presença de palco, interpretação impecável, comprometimento com a boa música e entrosamento, a Tia Zica possui uma rotina fora dos palcos, tudo para garantir a qualidade de suas apresentações. “Todos os dias tiramos músicas para o repertório, definindo quais entram e quais saem; geramos conteúdo para nossa fanpage, mantendo-a atualizada com vídeos, fotos; respondemos e-mails; falamos com contratantes, enfim, somos focados na qualidade em todos os processos que envolvem a Tia Zica”, diz Márcio.

Com uma agenda de shows intensa, o grupo se apresenta em bares, festas de casamento, aniversários e eventos corporativos em toda a região de Franca. E mesmo com uma rotina intensa, os músicos ainda encontram tempo para se dedicar à composição: a Tia Zica possui algumas canções próprias que, se depender do desejo e dedicação de Márcio, Dhuliano, Caio e Adilson, devem entrar em um disco de músicas autorais. Um projeto que tem tudo para ser sucesso. e

A Tia Zica possui repertório eclético e se apresenta em bares, festas de casamento, aniversário, eventos corporativos, entre outros

enfoque franca | junho 2017|31

|Artes

H

á quem não passe ileso por determinados estímulos. Ivone Pini é uma destas pessoas, já que quando criança, após ter acesso a tintas e lápis de cor no primeiro ano primário, foi tocada de forma instantânea pelas inúmeras possibilidades que a arte oferece. “Este estímulo gerador me proporcionou sentir, pensar e expressar o mundo”, conta.

Esse interesse levou Ivone, aos 15 anos, com o apoio de sua mãe, a se matricular em um curso de desenho, o que despertou nela novos interesses e experiências expressivas. “Passei a pintar óleo sobre tela com motivos florais mas, com o tempo, fui desconstruindo o real até ficar abstrato”, diz.

Hoje, a artista não se preocupa mais com o desenho e nem com as linhas, usa as tintas para esboçar a tela e procura suprimir toda a relação entre a realidade visível. “Acredito que a essência dos seres se revela na abstração.

Relaciono isso com o olhar para uma pessoa e não ver sua forma, mas sim a energia que ela emana”, observa.

E após passear por algumas linguagens, Ivone adquiriu uma relação madura com as cores, alternando contrastes e sutis variações cromáticas. Para ela, as cores representam todas as emoções e todas as ideias, como uma forma de se comunicar com o observador e compartilhar seu arrebatamento no processo de criação.

Ivone Pini tem a arte integrada à sua vida e suas telas revelam sentimentos, pensamentos e sua visão do cotidiano

Uma arte profunda

Nietzsche afirmava que “somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo”.

Perspicaz em enxergar e identificar certos aspectos do mundo, Ivone acredita que a arte seja uma ferramenta para refletir o interior do ser humano e, em alguns casos, o ajudar a encontrar respostas. Assim, sua obra é o resultado de todos os sentimentos que vêm à tona quando absorta em seus particulares processos mentais. Até por conta disso, a arte de Ivone Pini talvez seja exigente. Observá-la é conhecer uma forma abrangente de se entender a arte e a própria artista, que de forma inconsciente – ou não – provoca uma espécie de extensão da sua própria experiência. “A vida é minha grande inspiradora. A arte está dentro de mim e caminha comigo todos os dias, com chuva ou sol, alegria ou tristeza. Não sei me separar dela, somos uma só”, revela.

Por conta disso, a pintura de Ivone Pini é muito intimista. Por ser abstrato, não tem um tema, então é a própria pintura ali, a cor, a pincelada. É algo muito íntimo porque revela o

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estado emocional, sua alma, seus pensamentos.

Ela se coloca na tela. Por isso, sua preocupação de que a pintura ofereça outra “temporalidade”, tanto do ponto de vista da criação, quanto da observação. É que sua pintura absorve os fatos e sua matéria-prima é a emoção.

O resultado disso é que a obra de Ivone não deixa de conservar, em sua novidade, a capacidade de atrair e enfeitiçar o espectador, convidando-o a uma viagem de contemplação e prazer, sob o tempero da expectativa e da emoção, fatores determinantes de sua arte marcante, irresistível, onde é impossível estar indiferente ao apelo da artista.

A necessidade artística

Ivone Pini tem na vida a sua grande inspiração, cujo reflexo é uma arte profunda e real

Produzindo telas com muita rapidez, a artista plástica já pintou mais de 100, embora não sobreviva da arte – ela é professora do ensino fundamental na rede estadual em Franca - e faça seus quadros por enorme prazer e necessidade criativa.

Inclusive, ela já participou de vários salões de artes e recebeu algumas premiações por seus trabalhos. Não bastasse isso, a artista lançou em 2012, o livro “Eu Vejo Poesia em Você”, através do qual revela ainda mais sua sensibilidade e olhar apurado sobre a vida, as relações e os aprendizados implícitos em cada experiência.

Quem conhece Ivone Pini sabe: ela se faz exemplo, na medida em que seu fazer artístico se transforma em uma necessidade intrínseca à sua própria vida, como se, somente executando sua arte, ela realizasse sua pessoa e vice-versa. Pintora, fotógrafa, poetisa, professora... Estar diante dela é estar diante de uma artista completa, cuja marca – já bem característica – fica em tudo o que faz. e

Ivone se revela fotógrafa, poetisa e professora, e em cada uma dessas atividades, é movida pela mesma coisa: prazer

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|Como Funciona

A mágica de fritar sem óleo A

ssim que chegaram ao mercado com a promessa de fritar alimentos sem óleo, as fritadeiras chamaram a atenção de quem busca por alimentos mais saudáveis, despertando a curiosidade quanto à tecnologia utilizada e se ela é realmente capaz de deixar os alimentos tão saborosos quanto os feitos de maneira tradicional.

Na verdade, as fritadeiras com esta tecnologia funcionam através de resistência: aquece os alimentos em alta temperatura como um forno elétrico, e, além disso, uma espécie de hélice interna em alta velocidade faz com que o ar quente produzido, circule e se choque com alimento, produzindo então uma camada superficial crocante, que traz o aspecto de frito. Assim, diferente do que acontece nos fornos, a comida recebe o choque de calor em toda a sua extensão, garantindo um preparo mais uniforme. O que parece magia é, na realidade, alta tecnologia em um aparelho. A fritadeira sem óleo possui uma bandeja e, em seu interior, saídas de ar quente, que possibilitam a “fritura” do alimento sem a ne-cessidade do uso de óleo.

O processo pode parecer um pouco mais lento, mas o melhor é que, ao contrário de fritadeiras, você não precisa ficar de olho o tempo todo no alimento. Ele se desliga automaticamente no tempo pré-definido (ou emite um aviso sonoro, dependendo do modelo), sem risco de queimar a comida.

Calma, mas é sem óleo mesmo? O equipamento usa a gordura do próprio alimento

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para prepará-lo. Em caso de alimentos sem nenhuma gordura, é recomendado colocar meia colher de azeite, o que manterá a crocância e melhorará o resultado. E ela ainda conta com um sistema, responsável por fazer toda a diferença nesse modelo de fritadeira: esse sistema faz o ar aquecido girar muito rápido sobre o alimento. Em vez do processo tradicional, de fritar por meio do óleo, é essa intensa rotatividade que vai garantir que a receita fique pronta – e saudável.

A nutrição no foco

Mas, do ponto de vista nutricional, especialistas explicam que todos os métodos de cocção fazem com que o alimento perca alguns nutrientes e com a airfryer não é diferente. Isto porque sempre que um alimento é cozido acima de 100°C existe uma perda de vitaminas e minerais. Já as proteínas não sofrem qualquer alteração. Para que uma proteína seja desnaturada e perca suas propriedades é preciso uma temperatura muito alta e a presença de certas enzimas, o que não acontece na airfryer. Isso significa que dá para fazer filé de frango, bife e outros tipos de carne sem prejuízo nutricional.

Além de pratos mais saudáveis, essa tecnologia tem outro benefício: o cheiro da fritura não fica na casa, na roupa ou nos azulejos da cozinha. Ou seja, a limpeza do ambiente fica muito mais simples. Adeus sessões de musculação na hora de limpar a gordura no piso! e

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|Saúde

Ajuda do fundo do mar

TERAPIA POLVO CHEGA A FRANCA E SE MOSTRA EFICAZ NO DESENVOLVIMENTO DE BEBÊS PREMATUROS

E

les são famosos nos oceanos e trazem como característica principal os seus oito braços e cabeças bulbosas. E é justamente por conta disso, que os polvos têm sido utilizados no acolhimento e desenvolvimento de bebês prematuros em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. Isto porque, seu formato espiral dos oito tentáculos remete ao cordão umbilical. Assim, a ideia é que o polvo, feito com linha de crochê 100% algodão e manta siliconada, antialérgica e dentro dos protocolos de higiene e segurança, lembre o útero materno.

“A proposta é que o recém-nascido lembre de quando ainda estava no útero materno para que ele tenha uma sensação de segurança e acolhimento”, completa a supervisora de Enfermagem da UTI Neonatal e Pediátrica do São Joaquim Hospital e Maternidade, Camila Freitas Fernandes, que desde março deste ano vem utilizando a Terapia Polvo. “Tivemos a ideia quando vimos reportagens em jornais, revistas e redes sociais de UTIs Neonatais que já estavam utilizando o método e os benefícios que estavam tendo, então decidimos trazer para Franca”, conta.

Desde então, os polvos são utilizados em todos os recém-nascidos prematuros que tenham indicação pela sua idade gestacional e diagnóstico. “Colocamos os polvos nos prematuros diariamente com alguns tentáculos sobre eles e perto das mãozinhas. Quando eles têm alta, eles levam o polvo para casa”, explica Camila.

Além do formato, outro detalhe importante é o tamanho. Por questão de segurança, os tentáculos devem ter entre 20 e 22 cen-tímetros — para que não se enrolem no bebê —, e a cabeça precisa de sete fileiras do crochê, cada uma com um número determinado de pontos. O polvo ajuda na manu-

tenção dos sinais vitais estáveis e evita que os bebês retirem os tubos e monitores, isto porque, em vez de puxar os equipamentos, eles ficam com as mãozinhas ocupadas segurando os braços do novo amigo.

A técnica já é desenvolvida, segundo a pesquisa da equipe, em outros sete países, entre os quais Austrália, Holanda e Estados Unidos. O primeiro relato sobre a iniciativa foi na Dinamarca, em 2013.

Na prática

Em Franca, os resultados têm sido bastante positivos, segundo Camila. “Recebemos recém-nascidos prematuros em nossa UTI Neonatal de diversas idades gestacionais e, nessa fase experimental, as observações realizadas pela equipe de enfermagem foram satisfatórias em todos os que utilizaram a Terapia Polvo”, diz.

Apesar de ainda não haver registro científico que ateste os be-nefícios da dinâmica, há relatos positivos de equipes que começaram a desenvolvê-la. O polvo acalma o bebê, com redução de sua frequência cardíaca e respira-

tória, e ajuda no ganho de peso.

“Observamos que eles ficam bem mais tranquilos, dormem mais, têm aumento do ganho de peso e quando retiramos o polvo para que seja feita a higienização, eles sentem falta”, completa Camila, acrescentando que a receptividade dos pais à Terapia Polvo tem sido bastante positiva. “Eles estão achando o máximo, muitos até chegam já tendo conhecimento sobre a terapia quando veem que seus filhos estão utilizando o método, é nítida a gratidão que sentem.

Nos bebês que não têm indicações para a Terapia Polvo, alguns pais até nos questionam o porquê dessa diferença”, comenta. e

A equipe de Enfermagem da UTI Neonatal e Pediátrica do São Joaquim comemora os bons resultados da Terapia Polvo

|Nutrição

Eles são mocinhos ou vilões?

CONSUMIDOS CADA VEZ MAIS, SUPLEMENTOS ALIMENTARES PODEM PROVOCAR PREJUÍZOS À SAÚDE

T

odos os dias, milhares de pessoas procuram suplementos alimentares na busca de produtos que possam melhorar sua performance e estética.

Para estas pessoas, pouco importa que os suplementos ainda sejam alvos de divergências científicas sobre sua eficácia ou prejuízos que possam causar à saúde. “Mesmo sendo seguros, o uso indevido de suplementos pode provocar inúmeros problemas de saúde, como sobrecarga renal, formação de cálculos renais, hipercalcemia, hepatomegalia, choque anafilático, ansiedade, obesidade, náuseas, diarreia entre outros”, salienta o nutricionista esportivo funcional, Mailson Lima Mendes, evidenciando a importância de uma indicação profissiona.

Os suplementos nutricionais são composições destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes como vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos, aminoácidos ou carboidratos que podem estar faltando ou que não podem ser consumidos por algum fator extrínseco. “Os suplementos têm variados propósitos, geralmente são para melhorar o desempenho físico,

Mailson admite que a compra e utilização de suplementos são feitas de forma excessiva, sem indicação de um nutricionista

aumento de massa muscular, redução da gordura corporal, aumento da capacidade aeróbica, recuperar e/ou promover alguma característica que melhore o desempenho esportivo”, explica Mailson, acrescentando que a variedade existente no mercado é grande.

Na prática

O crescente consumo dos suplementos alimentares se dá, segundo Mailson, pelo fato de que, imediatamente após iniciar algum tipo de exercício físico, é comum ver os indivíduos adquirirem suplementos alimentares acreditando que ele será o responsável pelo sucesso de seu treinamento e também que a quantidade é proporcional ao desempenho. “Com isso a compra e utilização de suplementos são normalmente feitas de forma excessiva, sem indicação alguma de um nutricionista, podendo apresentar riscos à saúde e também ao seu bolso”, alerta.

Neste contexto pode-se destacar ainda a falta de informação sobre a dieta, hábitos alimentares inadequados e a grande influência dos meios de comunicação social.

“Os produtos que prometem auxi-

liar o fortalecimento muscular, o ganho de massa e a força, muitas vezes não condizem com a realidade nutricional metabólica dos praticantes”, ressalta o nutricionista esportivo funcional. Os frequentadores de academias têm uma ideia errônea dos resultados esperados com a suplementação alimentar.

Mailson recebe diariamente em seu consultório pacientes achando que se tomar o suplemento mais caro e/ ou consumir o mesmo suplemento da pessoa famosa do Instagram vai ter o mesmo resultado que ela.

“Mas se a pessoa tiver em sua rotina diária uma alimentação equilibrada em macro e micronutrientes com relação em ingestão e gasto total diário, não precisará utilizar nenhum tipo de suplemento”, diz.

No entanto, ele diz ter casos particulares, como a de seus atletas, com duas ou até três sessões de treinamento ao dia, e que em razão disso, necessitam da suplementação, pois o gasto energético é muito elevado e os suplementos aceleram o processo de ressíntese do glicogênio (reserva de energia) para o próximo treino. “Mas se o indivíduo tem somente um treino no dia, esta suplementação não se faz necessária. Com uma dieta periodizada de forma correta e a devida disciplina em segui-la, conseguimos os resultados esperados”, reforça. e

No foco Mailson Lima Mendes – Nutricionista Esportivo Funcional Pós-graduado em Fitoterapia, Alimentos Funcionais e Suplementação pela Faculdade de Medicina de Rio Preto; especializando em Nutrição Esportiva pela USP Atua na área de emagrecimento, melhora da performance física, qualidade de vida e preparação de atletas de lutas e fisiculturismo Telefones (16) 9.92762533 (Franca) e 36249311 (Ribeirão Pre-to) Instagram Nutricionista Mailson Mendes Facebook Nutricionista Mailson Mendes

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|Zen

Os benefícios dos bambus ATUANDO EM TODO O CORPO E BENEFICIANDO A MENTE, BAMBUTERAPIA SE DESTACA

E

la é conhecida como a “massagem das sensações” por trabalhar os músculos do corpo e da face, ajudando a equilibrar a energia do corpo.

E não é por menos, já que a bambuterapia atua em todas as partes do corpo, aliviando tensões musculares, melhorando a circulação sanguínea, promovendo a desintoxicação, regeneração e revitalização da pele e do organismo. Técnica que utiliza bambus de vários tamanhos, ela já caiu nas graças dos francanos em razão dos inúmeros benefícios que proporciona. “A bambuterapia ativa a circulação sanguínea, promove a drenagem linfática, tonifica a pele e permite uma remodelagem corporal e facial. E o resultado já é notado a partir da primeira sessão”, reforça a coordenadora da área de saúde e bem-estar do Senac Franca, Marta Maria Comparini Fuzisawa.

De origem francesa, a bambuterapia utiliza varas de bambu como se fossem prolongamentos dos dedos, o que possibilita alcançar todas as regiões do corpo, promovendo o relaxamento do corpo e da mente.

Utilizados com diferentes tamanhos, os bambus são escolhidos de acordo com a parte do corpo que se pretende atingir, aumentando o alcance dos toques. Os bambus têm superfície regular, lixada e envernizada, sem farpas ou irregularidades que poderiam machucar o paciente. Assim, as varas são pressionadas e roladas ao longo da pele do paciente, que deve ficar com o mínimo de roupa durante o procedimento.

Alguns óleos específicos são usados para algumas partes do corpo, dependendo também do tipo de pele. Não se assuste:

até o rosto é alvo da massagem com bambus. “Ela é indicada para diferentes casos, como retenção de líquidos – edemas; alívio de tensões musculares; sistema nervoso abalado; rejuvenescimento; tratamento pré e pós-cirurgia plástica; gordura localizada; celulite; revitalização da pele da face, entre outros”, destaca Marta.

Algumas ressalvas

As massagens seguem sequência de movimentos específicos, onde cada uma é feita de uma forma. Elas variam entre massagens relaxante, modeladora e drenagem linfática.

A bambuterapia deve ser em sentido, pressão, direção e velocidade corretas, além de manobras leves, de modo a evitar hematomas decorrentes da força

aplicada na superfície da pele.

A massagem tem início nos pés, partindo das pernas, coxas, glúteos, costas, ombros e braços em decúbito ventral. Em seguida, em decúbito dorsal, abdômen, coxas e pés, além das laterais do corpo, finalizando com o rosto.

Por conta disso, o tempo médio de cada sessão é de 50 minutos a uma hora, e o valor de cada uma gira em torno de R$ 40 e R$ 50.

Apesar dos inúmeros benefícios, a bambuterapia – que pode ser aplicada a partir dos 12 anos de idade – possui algumas contraindicações. “Não podem receber a técnica gestantes e pessoas que estejam com febre, infecções agudas, neoplasias, bacteremias, processos infecciosos de pele, pressão alta, trombose, insuficiência cardíaca e diabetes”, esclarece Marta. e

Marta reconhece que em razão dos inúmeros benefícios, a bambuterapia tem despertado bastante interesse em Franca

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|Beleza

As parceiras da juventude

BALAS DE COLÁGENO CAEM NAS GRAÇAS DE QUEM TENTA RETARDAR OS EFEITOS DA IDADE NA PELE

E

Consumo de balas de colágeno promove a melhora de até 10% na elasticidade e 5,5% na firmeza da pele

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las são a grande sensação do momento entre aqueles que buscam a eterna juventude. Ou pelo menos entre aqueles que tentam retardar os efeitos da idade. Criadas com o objetivo de favorecer a estética, as balas de colágeno ajudam a repor o colágeno - tipo de proteína composta por aminoácidos presentes no organismo e que são essenciais para a vitalidade de órgãos como a pele, a unha, os cabelos, cartilagens e ossos - perdido ao longo da vida e enrijece a pele.

Dos Estados Unidos à chegada por aqui foi só questão de tempo. Aliás, tempo necessário para darem a ela uma tarefa a mais: ajudar no emagrecimento.

“O colágeno é uma proteína fundamental para a pele. Ele é produzido naturalmente pelo nosso organismo e, a partir dos 30 anos, inicia-se uma deficiência de produção, cerca de 1% ao ano. Essa perda influencia na vitalidade e firmeza da pele, evidenciando rugas, flacidez e

celulites”, explica a nutricionista Marina Peixoto Neves.

Uma das alternativas para combater a perda desse componente é a goma de colágeno, que já ganhou muitas adeptas desde que surgiu. “Essas gomas servem para repor o colágeno que o organismo não conseguiu produzir, agindo como uma espécie de “pílula de juventude”, melhorando o aspecto da pele, unhas, cabelos e também ossos e articulações. Outros benefícios das gomas de colágeno são a tonificação muscular e a prevenção do surgimento de celulites e estrias”, salienta.

E os resultados na pele não demoram muito para aparecer. “Poderão ser observados a partir de dois ou três meses de tratamento. Há melhora de até 10% na elasticidade e 5,5% na firmeza. É claro que isso depende da dose usada e do envelhecimento cutâneo de cada pessoa”, diz Mariana. Para conseguir um efeito melhor durante o processo, é comum a

utilização de cremes, massagens e aparelhos para estimulação do colágeno. Entretanto, os resultados podem variar de pessoa para pessoa conforme a pele e os hábitos saudáveis de cada um.

A eficiência

Outra dica importante é combinar o consumo das balas com alimentos fontes de vitamina C, vitamina E, selênio e zinco. “Esses nutrientes estão principalmente em frutas, como laranja, limão, acerola, caju e kiwi”, explica. Mas não é só a pele a única beneficiada pelas balas. Ervas de uso medicinal podem ser incluídas no doce e fazer dele um veículo para melhoria de diversos males. Por exemplo: o chá verde acelera o metabolismo e as balas manipuladas com ele são ótimas para aqueles que querem perder peso.

As balas de colágenos podem ser consumidas por qualquer uma de nós, principalmente se a intenção for puramente estética. Pouca gente sabe, mas até gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz podem fazer uso desse suplemento para recuperar a rigidez da pele. “As balas de colágeno também são muito eficientes para quem precisa tratar cicatr izes de cirurgias estéticas”, ressalta a nutricionista.

Para garantir melhores resultados, o mais indicado é ingerir uma bala meia hora antes de cada refeição, juntamente com um copo de água ou suco natural, já que além de todos os benef ícios estéticos, ela também tem o poder de inibir o apetite e prolongar a sensação de saciedade, fazendo você comer menos. Bom, né? e

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|Bem-estar

Eles não são tão inofensivos COM A IDEIA DE QUE SÃO NATURAIS, CRESCE DE FORMA INDISCRIMINADA O CONSUMO DE FITOTERÁPICOS

Henrique pondera que “algumas plantas podem apresentar concentração elevada de metais como chumbo, zinco e alumínio, entre outros, cujos efeitos são prejudiciais à saúde”.

Pesquisas na área

C

áscara sagrada e sene para melhorar o funcionamento do intestino, 30 ervas e Caralluma para emagrecer, chá verde para desintoxicar e como antioxidante. Com certeza alguém já te “receitou” algum produto natural para esses e outros problemas. E com o pensamento de que “se é natural pode não fazer bem, mas mal também não faz”, muitas pessoas utilizam esses produtos de forma indiscriminada, sem imaginar os possíveis riscos dessa prática.

Mas, ao contrário do que muita gente pensa, os fitoterápicos podem provocar efeitos adversos, toxicidade e até mesmo apresentar contraindicações.

“Como qualquer medicamento, o mau uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas à saúde, como alterações na pressão arterial, alergias, problemas no sistema nervoso central, fígado e rins”, afirma o farmacêutico da Farma Flor, Celso Henrique Nascimento.

Segundo ele, quando as pes-

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soas compram plantas para uso medicinal não levam em consideração que algumas plantas são tóxicas e, quando ingeridas, prejudicam a saúde. “Crenças populares de que as plantas não fazem mal, não é verdade como um todo. Plantas como, por exemplo, a ‘comigo ninguém pode’ é extremamente tóxica e pode matar”, alerta.

Um exemplo de fitoterápico que se deve tomar cuidado é a Valeriana Officinalis, usada no tratamento de insônia. Esse fitoterápico, ao contrário dos medicamentos convencionais, não provoca dependência. Contudo, se ingerido em excesso por um longo período pode ser tóxico para o fígado. A automedicação relacionada a medicamentos fitoterápicos é um problema, pois as pessoas desconhecem que a quantidade de princípios ativos contidos nas plantas pode variar de acordo com a idade da planta, a época da colheita, o tipo de solo, a parte utilizada e as condições de estocagem. Celso

Os fitoterápicos podem provocar efeitos adversos, toxicidade e até mesmo apresentar contraindicações

Embora as plantas medicinais sejam consideradas as precursoras da moderna farmacologia, há algum tempo a comunidade científica vem ampliando gradativamente as pesquisas em relação ao seu potencial. Ao mesmo tempo, o interesse pela Ecologia, assim como a procura cada vez maior pelas terapias alternativas, fazem com que a divulgação dos resultados dessas pesquisas tenham repercussão maior do que antes.

Em 1988, foi criada a Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais, órgão sem fins lucrativos que reúne pesquisadores, técnicos e profissionais atuantes nas áreas de botânica, agronomia, farmacologia e química, além de outros profissionais universitários ligados diretamente aos serviços públicos de saúde, empresas e instituições não governamentais que tenham a mesma finalidade. “A preocupação é catalogar e sistematizar toda e qualquer planta brasileira conhecida como ‘medicinal’, nativa ou cultivada aqui, para orientar a utilização e garantir a sua preservação no ambiente”, esclarece o farmacêutico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 60% dos habitantes do Brasil recorram às plantas medicinais, principalmente por falta de recursos. No entanto, o país representa o sétimo mercado mundial de produtos farmacêuticos, sendo que 60% dos remédios são consumidos por apenas 23% da população. e

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|Moda

Da década de 70 para as ruas

VELUDO REAPARECE COM TUDO NA MODA E É UMA DAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DO INVERNO 2017

E

le já pode ser visto em toda parte pela cidade, em diferentes ocasiões e diversificadas peças. Democrático, o veludo aparece em diversos tipos de roupas e acessórios: blusas, vestidos, calças, casacos, saias, shorts, camisas, bolsas, mochilas, sapatos, cintos… Tendência forte do outono/inverno 2017, ele, que sempre foi um clássico, retoma uma posição de destaque com a onda de uma moda mais decorativa e luxuosa. “Esse rico material também demonstra um desejo do consumidor por materiais que tragam uma experiência sensorial de toque”, observa a blogueira de moda Ingrid Muniz.

Isto porque, de toque macio e visual elegante, o veludo não é apenas bem vindo em coleções de festa, acrescentando um toque refinado mesmo aos modelos mais simples. Ele também é indispen-sável para o novo guarda-roupa da pessoa moderna, que mixa o visual retrô com peças contemporâneas. Com muita influência da década de 1970, ele pode ser visto em peças versáteis, como uma saia de cintura alta – que vai do trabalho ao happy hour sem esforço -, shorts, além de peças de alfaiataria. Vale dizer que o veludo que está em alta mesmo é o molhado – aquele com aparência bem brilhante que já foi adorado nos anos 90.

“Para tudo ficar ainda mais legal, a sugestão é investir em cores que lembrem aquelas encontradas nas pedras preciosas, como rosê, rubi,

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esme-ralda, turmalina”, comenta Ingrid, acrescentando que as marcas apostaram em modelagens mais justinhas e cores inusitadas, como o verde, mostarda e vinho.

Apostando certo

Apesar de ser o grande hit da temporada, o veludo possui algumas restrições. Mas, como é democrático, esse tipo de tecido pode ser combinado com diversos tipos de materiais. Para um look mais street e moderno a combinação com o jeans e couro traz um ar urbano. Mas caso você queira algo mais elegante os tecidos finos são ideais para trazer um ar mais sofisticado. “Se, assim como eu, você evita peças de roupa de veludo, uma ótima opção são os acessórios como bolsas e sapatos.

Eles vêm com tudo e dão aquele up no visual”, orienta a consultora de moda.

Para arrasar com o veludo, ela dá mais dicas: nada de roupa colada – aposte nas peças mais soltinhas para que o tecido tenha um bom caimento; cintura em evidência – os modelos agora estão sem cintura marcada, como em blazers e vestidos; comprimento na medida certa – uma boa aposta são os vestidos com comprimento midi, soltinhos e com fendas laterais; altamente versátil – em alta, a mistura com rendas, sedas, transparências ou com peças esportivas é uma tendência.

“O visual do veludo nesta temporada deve ser leve, com movimento e fresh, já que o

Veludo em peças versáteis, como uma saia de cintura alta – que vai do trabalho ao happy hour -, vestidos, além de peças de alfaiataria

inverno no Brasil não é muito severo”, reforça Ingrid. Cuidado com a escolha da peça – peças de veludo molhado tendem a roubar a atenção pelo efeito brilhando que o tecido possui, desta forma evite usar em partes do corpo que queira disfarçar ou compor com outras peças que briguem por atenção. Cores para apostar: preto, marrom, laranja, pantone rosa queimado suave. Com o que usar: considere acabamentos, cintos, barras, gargantilhas e outros acessórios em veludo. e

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|Decoração

Paixão por vinhos em casa

COM PROJETOS MODERNOS, É POSSÍVEL TER UMA ADEGA EM CASA INCLUSIVE EM AMBIENTES PEQUENOS esclarece Estela, lembrando ser imprescindível garantir a temperatura do ambiente.

Em qualquer espaço

N

este tempo que o calor já acenou com um até breve, e as temperaturas já estão mais amenas, curtir um bom vinho é uma ótima experiência. Mas e se você pudesse receber seus amigos ou seu amor em casa, servir um jantar especial e aproveitar a ocasião para abrir um vinho da sua própria adega em casa?

Dispor de um espaço adequado para o armazenamento de garrafas é o sonho de todo apaixonado por vinhos. E quem gosta da bebida precisa saber que, para reservar vinhos de guarda, alguns pontos importantes devem ser observados.

Luz, umidade e calor exagerados devem ficar bem longe das garrafas. A adega em casa se tornou um dos espaços mais importantes e acaba sendo complemento da cozinha ou até mesmo a extensão da sala. “É onde as pessoas podem relaxar enquanto apreciam um bom vinho e um bom papo”, observa a arquiteta Estela Martins de Souza, ressaltando que, diferente do que muitas pessoas pensam, locais apropriados para abrigar

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as garrafas de vinhos podem ser planejados em qualquer tipo de espaço, independente da metragem. “As adegas na decoração devem ser escolhidas a dedo já que, assim como no caso dos móveis e acessórios decorativos, elas também precisam entrar em harmonia com os demais elementos da casa”, orienta.

Além disso, ela diz que a escolha também passará por ou-tros detalhes superimportantes, como a capacidade de armazenamento e a presença ou não da climatização. E não para por aí. A incidência de luz seja ela artificial ou natural é um item que deve ser levado em conta, já que, dependendo da região do Brasil, o clima é quente e locais com muita incidência de sol são prejudiciais ao vinho. Lâmpadas e iluminações tipo “spot” também devem ser evitados na adega. “Um local embaixo de uma escada ou em um canto da casa em que a temperatura varie pouco é o ideal, principalmente se vamos fazer uma adega sem componentes de refrigeração artificial controlada, ou seja, comprar um adega pronta”,

Com criatividade é possível criar adegas das mais variadas formas possíveis: em prateleiras, em nichos dispostos na cozinha e muito mais

Para quem tem pouco espaço, as adegas sob medida são uma boa saída. Com criatividade dá para criá-las das mais variadas formas possíveis: em prateleiras, em nichos dispostos em uma pequena coluna vertical na cozinha, ocupando o espaço embaixo da escada e muito mais. Outra opção é buscar por modelos prontos que sejam mais compactos. Existem inúmeras opções no mercado. Mas, o decorador ou o arquiteto pode criar uma solução de marcenaria que ainda por cima ajuda a decorar o ambiente de maneira agradável.

As adegas de madeira conservam um charme antiguinho e garantem um mar de possibilidades na decoração. Facilmente integradas em qualquer cantinho da casa, elas são por si só lindos objetos de decoração.

Dependendo do modelo, elas podem fazer as vezes de mesinha lateral ou até de barzinho para sua casa. Elas também ficam uma gracinha quando exploradas de forma criativa. Os nichos redondinhos podem ser usados para armazenar revistas, garrafas decorativas e servem até como organizador de lã. O resultado fica fofo e inusitado! e

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|Perfil

Ele ajudou a construir Franca

COM SUA ADMINISTRAÇÃO E ESPÍRITO SOLIDÁRIO, CORONEL NHÔ CHICO DEIXOU SUA MARCA NA CIDADE

U

ma cidade é construída através dos esforços de várias pessoas e muito do que Franca se tornou se deve ao coronel Francisco de Andrade Junqueira, que chegou à cidade em 1897, trazendo na alma o ideal da agricultura, e na estação de Restinga fundou a Fazenda São Francisco, que prosperou ano a ano.

Não bastasse o sucesso nos negócios, esse ribeirão-pretano nascido em 10 de junho de 1878, viu na política uma forma de demonstrar sua devoção e gratidão à terra que o acolheu.

Então aceitou o convite para integrar as hostes do Partido Republicano Paulista - PRP, dominante naquela época.

Foi o primeiro passo para Nhô Chico - como o coronel passou a ficar conhecido em Franca – se destacar nesse meio, uma vez que ocupou os mais altos cargos diretivos, sendo eleito prefeito de Franca, pela primeira vez, em 1910, aos 32 anos de idade.

Logo que assumiu o Executivo Municipal, Nhô Chico se empenhou na questão da água e esgoto da cidade, tendo conseguido viabilizar importante obra que possibilitou melhorias à população. Mas sua gestão não se limitava a promover benfeitorias para a cidade. Dotado de um espírito solidário, Nhô Chico cancelou as dívidas municipais dos reconhecidamente pobres, liberando suas propriedades dos débitos com a municipalidade.

E para ajudar quem podia pagar,

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O benemérito

ele parcelou em suaves prestações os valores devidos. Só este ato o colocou como um dos gestores mais altruístas que Franca já teve.

Após sua primeira gestão, que durou de 1911 a 1914, Nhô Chico retornou ao Executivo Municipal em 1917, atuando como prefeito de Franca até 1920. Após seu segundo mandato como prefeito, ele assumiu a presidência da Câmara Municipal entre 1920 a 1930, sendo também presidente do diretório do PRP local até 1930 – neste ano, o partido caiu com a Revolução de 1930.

Coronel Nhô Chico prosperou na área agrícola e se destacou na vida pública e política, promovendo inúmeros benefícios à cidade

Eclodindo o movimento constitucionalista, Nhô Chico tomou parte ativa na revolução paulista, integrando a comissão local. Foi nomeado comandante geral do Batalhão dos Caçadores Francanos que apresentou mais de 800 voluntários e ofereceu nove vidas de francanos em holocausto ao ideal esposado por São Paulo.

Após dois anos, em 1934, novamente o Partido Republicano Paulista foi reorganizado e coronel Nhô Chico foi convidado a continuar emprestando sua eficiência ao diretório, onde ficou até 1937, quando decidiu se retirar da vida pública e política para se dedicar integralmente aos seus negócios agrícolas.

Entre os diversos benefícios realizados para Franca, Nhô Chico tem em sua lista a fundação da Rádio Clube Hertz, foi fundador e sócio benemérito da Associação Beneficente do Trabalho; doou o coreto da Praça Nossa Senhora da Conceição; doou o rico altar-mor da Igreja Nossa Senhora da Conceição, hoje sede da Catedral; foi benemérito na Santa Casa de Franca, através de doações em dinheiro para a aquisição de equipamento de raio-x; foi um dos fundadores do Rotary Club de Franca, entre outros.

Nhô Chico foi casado com Maria Paula de Andrade Filho, com quem teve três filhos: Maria, Sebastião e Benedita. O coronel faleceu em 22 de dezembro de 1960, sendo seu nome dado ao Estádio da Associação Atlética Francana e à uma rua lateral superior às Praças David Ewbank e Nove de Julho. e

H

|Perfil

Vida dedicada a lecionar CARMELINO CORRÊA JÚNIOR GANHOU O RESPEITO AO DEFENDER A EDUCAÇÃO

á 52 anos, Franca perdia um de seus maiores educadores e historiadores: Carmelino Corrêa Júnior. Ele que nasceu em Pirassununga em 6 de janeiro de 1896, em um posto telegráfico da Cia Paulista de Estradas de Ferro daquela cidade, se destacou como professor normalista e farmacêutico, exercendo o magistério primário no vizinho município de Patrocínio Paulista e o secundário em Franca.

Antes disso, no entanto, se formou como professor normalista pela Escola Normal “Carlos Gomes” de Campinas, em 1916. Já em Franca, foi professor por concurso da cadeira de Física da antiga Escola Normal Livre e do Instituto de Educação Torquato Caleiro, cargo no qual se aposentou em 1953, depois de 35 anos de magisté-rio.

Apesar de ser um apaixonado pela função de educar, Carmelino Corrêa Júnior também se arriscava nas letras. E durante muitos anos foi assíduo colaborador de alguns jornais de Franca, discorrendo sobre os encantos da cidade e o desenvolvimento do município, acompanhado por ele com olhos entusiastas de quem vê na cidade todo o seu potencial de crescimento em todas as áreas.

Ainda através das letras, Carmelino deu vida a “Meio Século de Itirapuã, Distrito de Santa Bárbara”, e de suas monografias, as mais famosas são “Os bondes de Franca”; “Os primórdios do

música, até que, em 24 de junho de 1965, ele veio a falecer.

Apesar de sua morte ter acontecido em São Paulo, o professor foi enterrado em Franca, já que isto era de sua vontade, comprova ndo seu grande amor e apreço pela cidade.

A homenagem

Em razão à sua dedicação ao magistério, Carmelino Corrêa Júnior foi homenageado, dando seu nome ao Colégio Agrícola

povoamento do Sertão do Rio Pardo”; “A sentinela avançada do Nordeste Paulista”; “O carro de boi – a estrada do sal e o carreio francano”; “O gnomo de Frei Germano”; entre outras. Tinha facilidade de se fazer entender, tanto nas conversas quanto na escrita, o que lhe proporcionou um grande número de admiradores e vários convites para mais obras literárias.

E após lecionar por 35 anos, Carmelino aproveitou a aposentadoria e se mudou para a capital paulista. Lá viveu por mais alguns anos, dedicando-se a aprimorar seus conhecimentos, inclusive nas áreas de literatura, história e

Como foi uma pessoa que muito fez por Franca, seu nome foi dado ao então Colégio Técnico Agrícola, que passou a se chamar Professor Carmelino Corrêa Júnior, unidade localizada no bairro City Petrópolis e que teve seu início como Escola de Iniciação Agrícola em 1958, passando a Colégio Agrícola pela Lei nº. 9.235 de 11/01/1966, com a Habilitação Profissional Plena em Agrope-cuária.

Uma das mais importantes e concorridas na cidade, a Etec Professor Carmelino Corrêa Júnior oferece atualmente cursos técnicos de nível médio de Agricultura, Pecuária, Gestão da Empresa Rural, Gestão Ambiental, Curtimento de Couros, Ensino Médio e Ensino Médio Integrado – Produção Agropecuária, com Projetos de Cafeicultura e Pecuária Leiteira; PRÓ-VERDE – Projeto de Verticalização da Produção Agroecológica da Etec, na área de Agricultura Orgânica; Courotec, na área de Curtimento e vários outros projetos produtivos, atendendo a 350 alunos, sendo uma excelente opção de qualificação profissional para a comunidade de Franca e região. e enfoque franca | junho 2017|51

|Carreira

Um problema comum e de todos

ASSÉDIO MORAL OU AGRESSÃO PSICOLÓGICA JÁ ATINGE 42% DOS TRABALHADORES BRASILEIROS

E

le não responde seus e-mails, ignora suas ideias, te exclui das reuniões. Nem sempre seu chefe está de bom humor e isso é perfeitamente normal, mas quando o assédio é constante, até mesmo as menores atitudes podem ser consideradas bulling ou mobbing no trabalho. Existem inúmeras formas de mobbing ou assédio moral, mas todas têm algo em comum – a humilhação. “O mobbing ocorre de várias maneiras, mas habitualmente o que se tem são pessoas que detêm o poder – chefes, gerentes, supervisores – que se utilizam de sua posição para depreciar, insultar e ofender o trabalhador assediado, seja diante de outros subordinados visando firmar sua autoridade ou de maneira velada com o objetivo de intimidação”, observa o psicólogo Éder Furtado Ribeiro.

A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional, segundo levantamento da Organização Internacional do Trabalho – OIT – em diversos países.

O assédio moral ou risco invisível já atinge 42% dos trabalhadores brasileiros, de acordo com a OIT,

Eder diz que a agressão psicológica no trabalho ocorre de várias formas e parte de quem visa firmar sua autoridade ou para intimidar

e se trata de um problema comum no mercado. “Esse tipo de agressão pode ocorrer por parte de colegas, coletiva ou individualmente, contra novos funcionários ou mesmo contra um colaborador que passa a se destacar na organização, e vai desde uma comunicação hostil até comentários vexatórios ou o próprio assédio sexual”, destaca Éder, lembrando que, ainda que não se atinja o âmbito pessoal do profissional, o mobbing pode ocorrer em relação ao próprio trabalho, através de sobrecarga excessiva de tarefas ou mesmo tarefas desnecessárias, contraditórias, discriminação nos salários, turnos e no tratamento interpessoal.

E as consequências são muitas, desde prejuízos psíquicos, como estafa, ansiedade, depressão, a físicos, como doenças vasculares, problemas na coluna e outros. Frequentemente levam à interrupção da atividade profissional. Mas não é só o profissional que se prejudica. Segundo Éder, uma empresa onde ocorre o mobbing tem prejuízo em seu clima, que não é amistoso nem solidário, além de prejuízos como diminuição

da produtividade, da qualidade dos produtos, etc. “Financeiramente, o prejuízo será pelo alto índice de absenteísmo, alto número de entrega de atestados médicos e gastos com saúde dos funcionários”, reforça.

Como virar a mesa

Apesar da gravidade da situação, muitas pessoas preferem fechar os olhos com medo de represálias. Éder aconselha que, uma vez se sentindo ofendido, o colaborador não deve se intimidar por colegas ou superiores; deve denunciar. “Há um provérbio árabe que diz:‘tudo o que acontece uma vez, pode nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, acontecerá certamente uma terceira’. Então é preciso estabelecer limites claros de modo que transpareça que você não concorda com o que aconteceu e que não admitirá que aconteça novamente”, salienta o psicólogo, acrescentando que o diálogo deve ser a primeira via de entendimento, visando a resolução do problema. “Cabe à organização prevenir e evitar que tais comportamentos ocorram, criando uma cultura corporativa que minimize e evite o mobbing, tanto por parte dos gestores quanto dos colaboradores em geral, e também desenvolver modelos eficazes de gestão de conflitos e liderança de maneira participativa, dando voz aos colaboradores e sendo coerentes na administração e no gerenciamento das equipes”, completa. e

No foco Éder Furtado Ribeiro – Psicólogo clínico CRP: 06/127519 Telefone (16) 9.9290-6192 Facebook: www.facebook.com/ psicologoederribeiro Instagram: @psicologoederribeiro

52| enfoque franca | junho 2017

enfoque franca | junho 2017|53

|Crianças

Quando o consumo começa cedo PAIS DEVEM SABER LIDAR COM O CONSUMISMO DE SEUS FILHOS, ENSINANDO DESDE CEDO O VALOR DO DINHEIRO

É

provável que você faça parte da enorme legião de pais que sente prazer em presentear os filhos. Também é possível que tenha pelo menos uma vez cedido aos apelos e ao ímpeto consumista; se não, administrou a tradicional choradeira em casa e, com sorte, conseguiu chegar ao denominador comum que tantos querem, mas poucos alcançam. Não há motivo para se desesperar. Você não está sozinho nesse impasse que envolve a busca do consenso entre satisfazer a vontade das crianças e, ao mesmo tempo, fazê-las entender que para tudo há limite. Até por isso, esse imbróglio doméstico-familiar envolve mais do que paciência.

Segundo uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil, o maior problema começa mesmo com o estilo de vida dos pais. O estudo constatou que 47% das mães admitem que não há regras para presentear as crianças e 22% afirmam que os filhos tem uma

Mãe de primeira viagem de Pedro Henrique, cinco anos, Fernanda diz que ensina o filho a ter limites na hora de consumir

vida acima do padrão de vida da família, enquanto um número ainda maior, 58,5%, compra para os filhos, roupas e calçados melhores que para si próprios.

Considerando essa realidade, para driblar o consumismo infantil é preciso ficar de olho nas próprias atitudes. “Essa tarefa depende do comportamento dos pais, porque as crianças precisam aprender o valor do dinheiro, viver dentro da realidade da família e, mais do que isso, precisam ter paciência para ganhar as coisas que desejam e saber ouvir não”, afirma a psicopedagoga Ana Maria Pereira. Por isso, é importante trazer a criança para o entendimento do orçamento e realidade familiar. “Respeitando o vocabulário e maturidade de cada faixa etária e sendo modelo para criança os pais começam a adotar hábitos de boa educação financeira aos filhos”, completa Ana Maria.

Os sinais

A comerciante Fernanda Gomes, 34 anos, que é mãe de primeira viagem de Pedro Henrique, cinco anos, concorda.

Ela entende que é importante começar a ensinar o filho a ter limites na hora de consumir. “É um exercício para vida. Quando somos adultos, nem sempre podemos ter tudo o que queremos e ele precisa compreender isso logo cedo”, acredita. Fernanda

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conta que o pequeno já dá valor ao dinheiro e entende quando os pais não podem comprar algo.

“Sempre tentamos policiar o Pedro para que coloque na balança o que ele precisa e o que pode esperar. Ele é um bom menino e por sorte, raramente faz birra”, afirma a mãe. Em seu último aniversário, Pedro pediu aos pais três brinquedos diferentes, mas Fernanda e o marido optaram por dar o mais barato, que atendia o orçamento do casal e as expectativas do filho.

Segundo a psicopedagoga, o maior sinal da criança consumista é a falta de encantamento com aquilo que recebe ou com o que tem. “Seja adulto ou criança, os olhos do consumista brilham para o objeto de desejo, mas o desejo dura muito pouco, porque tão logo o tenha em mãos, ele perde o seu encanto”, explica.

Para a profissional, definir o consumismo infantil é complexo, pois ele pode vir de uma herança dos pais. “Isso pode ser entendido como um excesso, aquilo que traz encantamento ou alívio para as ansiedades cotidianas”, diz a psicóloga.

Ana Maria aponta que o grande problema começa quando a criança nunca fica satisfeita com o que tem, pois acha insuficiente. “A infância é marcada por desejos, mas é importante que sempre haja algo para sonhar”, destaca. e

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|Jovens

Ensinando o caminho das pedras

COACHING PARA VESTIBULARES ENSINA DISCIPLINA E METODOLOGIA PARA QUEM DESEJA RESULTADOS

A

Com resultados práticos e rápidos, Joster Lopes comemora o aumento da procura pelo coaching para vestibulares em Franca

vida de um adolescente é marcada por mudanças, tanto em seu aspecto físico, como mental. Passar de um período em que a vida se resumia em ir à escola, conviver com os amigos, praticar esportes e ter momentos de recreação, para outro cheio de responsabilidades e pressões não é nada fácil. De repente, o jovem tem em suas mãos a responsabilidade de fazer escolhas que o impactarão por toda sua vida e de se comportar de modo a alcançar seus objetivos profissionais e pessoais. Uma dessas escolhas é o vestibular. Dentro deste cenário, muitos não sabem o que precisam fazer, seja para escolher o caminho a seguir, seja para conseguirem se preparar para este grandioso desafio.

No meio desse processo, surgiu uma luz no fim do túnel: o coaching para vestibulares, uma ferramenta que ajuda o estudante a encontrar o caminho correto nos estudos, facilitando sua trajetória. “O coaching é um processo de autoconhecimento realizado com reflexões, no qual um coach irá junto ao coachee – cliente – encontrar o caminho mais apropriado para atingir seus sonhos. É

um processo que leva a resultados, muito apropriado para quem quer adquirir disciplina e foco em determinado objetivo”, esclarece o coach e palestrante Joster Lopes.

O coaching tem se mostrado importante para o vestibulando, fazendo com que ele assuma um papel de transformação, tornando-o proativo e assertivo em seus estudos. O coaching auxilia o jovem a perceber suas potencialidades, desenvolver inteligência emocional, transpor barreiras e crenças limitantes que atrapalham seu desempenho. “O coaching é um processo de aprendizado e transformação no qual o coachee desenvolverá competências em uma sistemática contínua de ação e reflexão”, reforça Joster, acrescentando que ele possibilita implementar ferramentas para resultados duradouros. “O vestibulando se sentirá capaz de ir além, rumo à aprovação na universidade e carreira sonhada”, afirma.

E é isso que tem atraído cada vez mais jovens francanos que vão prestar o ENEM e outros vestibulares. E o interessante é que o jovem pode iniciar o coaching ao longo do ensino médio, bem como no último

ano ou estando frequentando um cursinho preparatório.

O processo

O trabalho começa com um contrato entre o coach e o coachee, tornando essa relação de confiança, o que é fundamental para o sucesso do programa. “Um dos pontos desse contrato é que o coachee não pode sair da sessão com dúvidas, bem como ser assíduo às sessões.

Posteriormente, o diagnóstico mostrará hábitos, rotina, metodologias, dificuldades e facilidades de estudo que o vestibulando possui”, salienta Joster.

Todo esse processo visa fazer com que o vestibulando possa lidar de forma positiva com as oportunidades e obstáculos próprios do processo de mudança. “Deve ficar claro que essa mudança é de dentro para fora, ou seja, inicia no indivíduo”, destaca o coach, que completa: “o coach precisa identificar antigos padrões, necessidades e pretensões, construindo novas formas de ação no coachee. A partir deste ponto inicia o trabalho que compreende autoconhecimento, superação de crenças limitantes, conhecimento e controle dos sentimentos, gestão de tempo e formas eficazes de estudar”, diz Joster, que garante: “uma pessoa quando se transforma é para toda a vida. São conhecimentos, hábitos e rotinas que farão diferença não só nos estudos, mas também na pós-graduação, na carreira, enfim, para a vida”. e

No foco Joster Lopes – Coach e Palestrante Telefone (16) 9.8210-0356 E-mail: josterlopesconsultoria@gmail.com Facebook: Joster Lopes consultoria

56| enfoque franca | junho 2017

A R Q U I T E T U R A . D E S I G N . I N T E R I O R E S . C O N S U LTO R I A S . D E C O R I

ESTUDIO

direção: Cibelle Costa

(16) 3722–0805

R. Dr. Altino Arantes, 1370 Parque Universitário www.arqtop.com.br arqtop.estudio arqtop.estudio

enfoque franca | junho 2017|57

|Economia

O dinheiro que vem do prazer

MERCADO DE PRODUTOS ERÓTICOS EM FRANCA CRESCE DE FORMA ACENTUADA COMO NO RESTANTE DO PAÍS

O

mercado de produtos eróticos em Franca deixou de ser tímido, escondido, quase exótico. E isso é reflexo do que acontece no restante do país: no ano passado, cresceu 8% e soma números bem adultos: são 9,5 milhões de itens vendidos por mês, o que gira R$ 80 milhões mensais.

O comércio de produtos eróticos no Brasil é formado por microempresas, em sua maioria de mulheres entre 20 e 45 anos, que buscam independência financeira. O setor emprega mais de 125 mil pessoas em lojas físicas, sendo que 85 mil trabalham de forma autônoma, atuando por meio de consultoria domiciliar.

Aísia Cintra Correa Horácio faz parte destes números. Na área desde 2009, quando precisou de renda extra para ajudar nos preparativos de seu casamento. Ela, que investiu inicialmente em um kit para revender, hoje dirige a DSex Cosméticos, empresa que, além de vender produtos sensuais através de seu site, distribui os mesmos para todos os profissionais do segmento: motéis, lojistas, revendedores e consultoras. “A DSex Cosméticos também oferece treinamento e capacitação aos nossos clientes, promove chá de lingerie, workshops, palestras de autoestima, consultoria de produtos, entre outros”, explica Aísia Conforme a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual, desde 2014, o mercado de itens eróticos vem arrecadando mais de R$ 80 milhões por mês, com previsão de crescimento de 3% para este ano. Esse avanço do setor se deve ao aumento das vendas porta a porta e ao surgimento de novas lojas online, o que

58| enfoque franca | junho 2017

facilitou ainda mais o contato entre comerciantes e consumidores.

Aísia diz que a venda de produtos sensuais é uma grande oportunidade de negócio, com investimento baixo e lucro alto. Por isso ele é um dos nichos de mercado que mais cresce no país. O setor cresce porque a procura se diversifica, as consultoras e revendedoras, como salões de cabeleireiro, estética e manicures, são seus grandes aliados e o preconceito tem dado lugar à curiosidade. “Assim, mais e mais clientes nos procuram para experimentarem as novidades”, comenta.

De maior saída

Da gama de produtos, os preferidos dos homens e das mulheres são os cosméticos sensuais - óleos, gel, cremes estimuladores. Em Franca, Aísia diz que a procura maior é por lubrificantes, vibradores, óleos hot para massagens íntimas, retardador e prolongador de ereção, anel com vibro, próteses penianas e vaginais. “A opções são muitas, tudo para tornar prazeroso para quem compra e lucrativo para quem vende”, destaca sobre os produtos, cujos valores variam de R$ 10 a R$ 300.

Quem pensa que são apenas as mulheres que consomem este tipo de produto, se engana. A empresária diz que ambos os sexos são consumidores, embora as mulheres consumam mais produtos

Aísia Cintra dirige a DSex Cosméticos, que além de vender produtos, atende consultoras, revendedoras, motéis e promove eventos na área

sensuais. “Atendemos clientes a partir de 18 anos, mas o público maior é acima dos 25 anos, casado ou com relacionamento estável, pois é uma forma de sair da rotina e experimentar sensações únicas e indescritíveis”, diz. À frente de uma das maiores empresas do ramo em Franca e re-gião, Aísia diz que oferece a mesma oportunidade que teve há oito anos, com direcionamento e ajuda a seus clientes, tanto na escolha quanto na venda dos produtos.

“Faço tudo para que os que estão iniciando não tenham dificuldades e, assim, obtenham resultados rápidos em seu investimento, proporcionando aos clientes informações completas e verdadeiras”, diz. e

|Educação

Espaço feito a várias mãos COM PAISAGISMO PEDAGÓGICO, KÁTIA APROVEITA ESPAÇO COM PROPOSTA SUSTENTÁVEL

U

nir o útil ao agradável.

O ditado antigo tem sido aplicado no dia a dia dos alunos do Instituto Samaritano de Ensino, graças à ideia que a professora Kátia Bernardes Fadul teve para resolver duas questões: aproveitar um espaço ocioso da escola e promover a inclusão dos alunos na realidade global no que diz respeito à educação ambiental.

Com isso, ela despertou o interesse pela sustentabilidade do meio ambiente, ensinando o respeito mútuo entre a sociedade e a natureza, entendendo esta como sendo a sua morada.

“Para ocupar este espaço, decidimos fazer um parque, mas os recursos financeiros não nos permitiram fazer um projeto convencional, já que os brinquedos costumam ser muito caros. Então buscamos alternativas e surgiu a ideia de utilizarmos pneus”, comenta Kátia.

Como em Franca o destino dos pneus nem sempre é adequado e este material é um gerador de poluição, doenças e acumulador de água, ele foi usado para trabalhar a questão do reaproveitamento.

Os pneus têm um papel bem prejudicial quando são descartados na natureza e aproveitá-los tem permitido à professora e aos alunos desenvolver qualidade de vida e promover a alegria das crianças.

“Com certeza essa é a receita do

sucesso”, destaca a professora.

E para dar vida ao projeto de paisagismo pedagógico, ela contou com a participação de vários professores da escola e também das crianças, que se mostraram a cada dia mais interessados e integrados no projeto. “Os próprios alunos levaram ideias e sugestões do que poderia ser feito para utilizar o espaço e melhor atender a todos”, diz Kátia.

Prática x teoria

Paralelamente à construção, inúmeras atividades pedagógicas envolviam os alunos, uma vez que cada etapa do parque de pneus levou a um tipo de estudo. Entre elas, a ética, valores, respeito a todos os seres vivos e elementos da natureza, estudo de campo e brincadeiras.

Os pequenos aprenderam sobre a origem e o destino do material, descobriram que tipos e tamanhos de pneus poderiam ser utilizados, os cuidados que todos devem ter para não acumular água nos pneus, nem degradar no meio ambiente. “É claro que para realizar o projeto, tivemos que utilizar alguns recursos não reaproveitados, como tintas, canos, cimento, parafusos, pregos, algumas mudas de plantas, já que algumas partes do Paisagismo Pedagógico são ornamentais”, explica Kátia.

Com a inauguração do parque,

os benefícios já são observados no dia a dia da escola. “Nossa escola tem cerca de 800 alunos e todos – desde os menores até os adolescentes – são beneficiados, cada um à sua maneira, já que o parque se tornou um ambiente muito agradável para convivência”, revela.

Além disso, foi criado um circuito para atividades direcionado pelos professores de Educação Física e também desenvolvidos alguns bichinhos feitos de pneus que ajudam a estimular a imaginação e a criar contextos de grande valia no desenvolvimento do lúdico.

E o local tem feito tanto sucesso no meio escolar e comunitário que, desde então, Kátia é contatada para desenvolver projetos semelhantes em creches, chácaras e clubes. Isso mostra que a sociedade está atenta às oportunidades e que basta um pouco de criatividade e dedicação para mudar a vida das pessoas. e

Com a ajuda de professores e alunos do Samaritano, Kátia desenvolveu projeto de paisagismo pedagógico para aproveitar espaço ocioso

enfoque franca | junho 2017|59

|Relacionamento

Excesso que deixa de ser amor

CADA VEZ MAIS COMUNS, RELAÇÕES ABUSIVAS ENVOLVEM PESSOAS DE TODOS OS SEXOS E IDADES

P

ode ser que seu parceiro não bata em você, mas a chame de feia e gorda sempre que fica com raiva. Talvez ele não bata em você, mas confisque seu salário assim que você o recebe e lhe entregue apenas o dinheiro para as despesas mais básicas. Talvez ele não bata em você, mas a force a fazer sexo com ele, querendo ou não. Talvez ele não bata em você, mas controla seus horários, confere seu celular quando chega uma mensagem ou muda de humor repentinamente.

Esses são exemplos de relacionamentos abusivos – e você pode estar em um sem se dar conta - que não incluem violência física em si. A violência doméstica muitas vezes é retratada como agressão estritamente física, mas existem muitos tipos diferentes de maus-tratos que não produzem contusões ou fraturas. Isso não significa que sejam menos dolorosos.

Que o diga a fisioterapeuta Liliana Queiroz de Souza, 35 anos, que só percebeu que estava em um relacionamento abusivo após sair dele. “Vitor demonstrava carinho num momento, mas me fazia sentir feia no outro. Vivia dizendo o quanto era difícil andar na rua com a ex, pois os homens mexiam com ela, mesmo com ele ao lado, mas que isso não acontecia comigo. Falava de outras mulheres do passado dele, sempre elevando o biótipo delas, bem diferente do meu. Eu me sentia um patinho feio, ele era o ‘garanhão’ da turma, era como se estivesse fazendo um favor ao me namorar”, conta Liliana, que também quando debatia algum assunto com o ex-namorado, ele a fazia se sentir burra. “Uma vez até me chamou assim”, lembra.

De acordo com a psicóloga

60| enfoque franca | junho 2017

Marcela Braga Melo, um relacionamento abusivo se caracteriza quando uma das partes faz o uso excessivo ou indevido de jogos de controle, manipulação, violência e ciúmes. Ela pode acontecer com qualquer um, independente de gênero, idade ou orientação sexual. E mais: não é preciso haver agressão física para que se configure. “O comportamento abusivo pode ser emocional, verbal, físico e sexual”, explica.

O mais preocupante é que nem sempre a vítima sabe que está vivendo uma relação assim. É o caso de Liliane. A ficha dela caiu apenas dois anos depois, quando já havia esquecido o ex e cortado qualquer contato com ele. “Tenho a impressão que o Vitor queria mesmo era ter controle sobre mim, um certo poder. Para isso, ele pisava na minha autoestima, para me deixar sem confiança alguma”, desabafa. Hoje casada e feliz, a fisioterapeuta diz viver

um relacionamento saudável e harmonioso. “São situações completamente diferentes. Hoje vivo em paz”, diz.

A ajuda necessária

Por mais difícil que seja aceitar, é importante identificar um relacionamento abusivo para que as consequências à vítima sejam as menos nocivas possíveis. Caso contrário, uma pessoa que sofre ou sofreu um relacionamento abusivo, além dos problemas de autoestima baixa, pode acabar em um quadro de ansiedade, depressão ou síndrome do pânico. “Uma vez identificada uma situação de relacionamento abusivo, a solução nunca é dizer à vítima que ela já deveria ter percebido isso antes, que todos sabiam, menos ela. É preciso dar todo o suporte a esse momento difícil e, dependendo da situação, um acompanhamento psicológico pode ser necessário”, salienta Marcela. e

Hoje casada e feliz ao lado de João Antônio, Liliana só depois do término percebeu ter vivido um relacionamento abusivo

enfoque franca | junho 2017|61

|Economia

O lucro que vem das abelhas PRODUÇÃO DE MEL ATRAI CADA VEZ MAIS EM FRANCA E SETOR MOVIMENTA MAIS DE R$ 450 MIL

S

eja por curiosidade ou com a intenção de desenvolver uma nova atividade econômica, o fato é que a criação de abelhas para a produção de mel, própolis e pólen deixou de ser um hobby em Franca para se tornar uma atividade lucrativa para muitos.

Já são mais de 60 apicultores e meliponicultores, segundo re-gistros da Prefeitura de Franca, sendo que a maioria é pequeno apicultor - com uma média de 20 colmeias cada e realizando apicultura física - que utiliza as abelhas como segunda opção de renda. Mas a cidade possui pessoas que vivem da apicultura, que a fazem migratória e contam com 100 a 200 colmeias cada um.

“A maioria destes apicultores participou dos cursos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento em parceria com o SENAR/Sindicato Rural de Franca, pois para criar a abelha é preciso entender sua biologia”, observa o biólogo

A bióloga Aline Turcatto atua como consultora em projetos e desenvolvimento de polinização direcionada no aumento da produção

Célio Rodrigues Pereira, responsável pelo setor de Apicultura e pelo Meliponário Municipal. É o caso de Anderson da Silva Reis, 24 anos, cujo interesse pelas abelhas começou em 2012, através de seu primo Felipe, que já conhecia a meliponicultura – criação de abelhas nativas sem fer-rão, e aproveitou um dos cursos de apicultura oferecido pela Prefeitura para aprender sobre o assunto. Desde então, ele cria abelhas em um sítio, com 15 colmeias, o que lhe permite uma produção anual de 40 quilos de mel. “Como minha produção ainda é baixa, vendo para amigos, familiares e conhecidos, e costumo vender o quilo a R$ 30, embora isso dependa de vários fatores, uma vez que tem ano que a produção é baixa, aí o preço aumenta, enquanto que na alta o produto fica mais barato”, explica o apicultor, que pretende aumentar o número de colmeias em breve.

Em Franca existem duas situações: a de pequenos apicultores que geralmente comercializam o mel no mercado local e os grandes apicultores que vendem no mercado local e até nacional, já que têm uma estrutura maior e levam o produto para o SIF – Serviço de Inspeção Federal, onde pode ser vendido nacionalmente. Mas independente disso, o quilo do mel vendido no varejo fica em torno de R$ 25; já no atacado, depende da qualidade e coloração, visto que a abelha é fiel à florada, originando mel de diferentes sabores e cores. “O mel mais claro sai em torno de R$ 320 o balde de 25kg e o mel mais escuro em torno de R$ 280, variando o preço de R$ 12,80/kg a R$ 11,20/kg”, observa Célio.

A produção local

A produção de mel da região de Franca gira em torno de 50 toneladas por ano, o que depende das condições climáticas que influenciam muito a produção de mel. “Temos duas épocas em que ocorre a produção de mel – na primavera, quando tem grande quantidade de flor, e em março, que ainda temos alguma flor no início do outono. No verão e inverno é a entressafra”, explica Célio, acrescentando que a produção também depende da tec-nologia e do tipo de apicultura.

“Mas no geral, em média, temos 30 quilos de mel por ano para apicultores que fazem apicultura fixa e 80 quilos por ano para quem faz apicultura migratória”. Essa produção é responsável por movimentar a economia local em mais de R$ 600 mil, mostrando-se um nicho cada vez mais promissor.

Segundo Célio, isso se deve à maior gama de negócios na criação de abelhas, uma vez que além da tradicional Apicultura, que é criação de abelhas do gênero Apis, existe um recente ramo da criação - a Meliponicultura, que é criação de abelhas do gênero Meliponas. “Aliados a tudo isto temos o reconhecimento dos produtos das abelhas, como mel, própolis, geleia real, cera, educação ambiental e até veneno da abelha (apiterapia), além de em algumas culturas aluguel de abelhas para a polinização como culturas como maçã, pera e melão”, salienta.

A Apicultura ou Meliponicultura é vista como opção de renda complementar na propriedade rural, já que ocupa um pequeno espaço e não interfere na atividade principal. Para completar, há o reconhecimento que as abelhas são grande responsáveis pela polinização, fazendo aumentar o interesse dos agricultores em colocar colmeias nas propriedades rurais.

“A cada dia cresce o interesse no consumo de alimentos naturais produzidos pelas abelhas e aumenta a preocupação em proteger e preservar nossas abelhas, garantindo a polinização e a produção de alimentos”, diz Aline Patrícia Turcatto, bióloga com mestrado e doutorado pela USP, que atua

como consultora em Apicultura, Especialista em Nutrição e Genética de Abelhas, e consultora em projetos e desenvolvimento de polinização direcionada no aumento da produção agrícola.

Os investimentos

Mas antes de se lançar nesse segmento, é preciso ter conhecimento da abelha, uma vez que é um animal que por qualquer erro pode abandonar o local. Feito isso, o próximo passo é adquirir o material, o que vai depender do número de colmeias que se pretende iniciar a produção – hoje uma colmeia completa está em torno de R$ 200 sem o enxame, já com o enxame, em torno de R$ 300. O custo com a sala do mel também depende

Anderson com Allan, que o ajuda no cuidado das 15 colmeias e na colheita do mel, que é comercializado no mercado local

Anderson começou sua criação após curso oferecido pela Prefeitura e hoje cria abelhas em um sítio entre Franca e Ibiraci

de seu tamanho, mas varia de R$ 50 mil a R$ 200 mil. A boa notícia é que quem participa dos cursos oferecidos gratuitamente pela Prefeitura de Franca podem utilizar a sala do mel existente no Parque Fernando Costa. “Temos todas as máquinas e condições para processar o mel, respeitando as Boas Práticas de Fabricação”, enfatiza Célio.

O biólogo acrescenta que os cursos oferecidos são em parceria com o SENAR/Sindicato Rural de Franca, voltados para os pequenos apicultores. A Prefeitura promove reuniões de incentivo para a formação da Associação de Apicultores e Meliponicultores da Região de Franca. “Com o enorme potencial desse setor e com o apoio que temos recebido conseguiremos crescer ainda mais”, acredita Anderson.

A polinização

Além de produzir mel, a criação de abelhas é realizada na região de Franca visando a polinização agrícola, o que, para Aline, é o maior serviço prestado pelas abelhas para a humanidade. “Cerca de 70% de todas as culturas agrícolas dependem dos polinizadores e estima-se que 1/3 de todos os alimentos que chegam à nossa mesa dependem dessa polinização realizada pelas abelhas”, salienta a consultora.

Por isso, cresce no Brasil o interesse de agricultores em utilizar abelhas para a polinização de suas culturas, em alguns estados brasileiros, como Rio Grande

A produção de mel em Franca movimenta a economia local em mais de R$ 600 mil, mostrandose um nicho promissor

do Norte para o melão, no Rio Grande do Sul para a maçã. Colônias de abelhas são alugadas no período da florada para realizar a polinização dessas culturas, melhorando a quantidade e qualidade dos frutos. Recentemente no Espírito Santo colônias de abelhas vêm sendo alugadas para polinização do café. “Apesar da dependência dos polinizadores para o café ser considerada moderada, pois a maioria das flores se autopoliniza, estudos recentes têm mostrado que a presença de colônias de abelhas no cafezal

Hoje uma colmeia completa está em torno de R$ 200 sem o enxame, já com o enxame, em torno de R$ 300

pode aumentar em até 30% a pro-dução de frutos, além do aumento e qualidade desses frutos”, diz Aline.

Esclarecendo os fatos

Mas ainda existem várias ideias equivocadas sobre o assunto. Uma delas é que basta colocar as colônias de abelhas nas fazendas onde é necessária a polinização. Aline explica que as colônias devem ser escolhidas e preparadas através de manejo adequado, troca de rainhas, melhoramento genético e divisão

de enxames. Alguns dos manejos são para direcionar as abelhas a um trabalho intensivo de coleta de alimento durante as floradas, garantindo assim o serviço de polinização chamado de polinização direcionada.

“Antes e depois da florada as colônias são inspecionadas, garantindo a saúde das abelhas, assegurando que estão aptas e fortes para trabalhar”, destaca a consultora, cujo trabalho visa promover o encontro entre apicultores que possuam as colônias e os agricultores com interesse em realizar um trabalho de polinização direcionada. “Na maioria dos casos sou procurada por agricultores, no caso da nossa região, cafeicultores que desejam esse trabalho de polinização com abelhas africanizadas”, diz. Ela realiza o trabalho de busca dessas colônias, assim como as inspeções necessárias para garantir a origem e a qualidade.

Aline diz ainda que essas colônias de abelhas são levadas as fazendas e passam por períodos de adaptação e cuidados especiais como melhoramento genético, troca de rainhas, divisão de enxames e manutenção nas col-

meias, além do reconhecimento da área e aplicação de manejos adequados para garantir a integridade das abelhas quanto a aplicação de defensivos agrícolas.

“Todo esse trabalho de manejo integrado serve para preparar as colônias para a florada e garantir o serviço de polinização eficiente aumentando a produção dos frutos”, explica.

Alguns entraves

Apesar do potencial desta cultura para a região de Franca, os apicultores convivem com dificuldades. Uma delas, principalmente para quem está começando, é a falsificação do mel ou mel adulterado, vendido em garrafas, sem rotulagem e por vendedores ambulantes, a qualquer preço, já que não é mel, podendo ser açúcar ou amido de milho, que é muito barato. “Os falsificadores vendem o produto com preço inferior e com isso, o

comprador fica des-confiado”, comenta Anderson, que cita outro problema que preocupa o setor: o roubo de colmeias. “Infelizmente, tem acontecido com frequência.

Eu mesmo já sofri com isso”, diz.

Célio aponta a questão do uso do agrotóxico, visto que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo - estima-se que cada brasileiro consuma em torno de seis litros de agrotóxico por ano.

“A Apicultura vem sofrendo com o retorno das pulverizações áreas, já que a deriva destes produtos é grande, matando grandes apiários”, diz o biólogo e responsável pelo setor de Apicultura e pelo Meliponário Municipal.

E é justamente para ajudar no fomento e crescimento desse setor que Franca conta há quase dois anos com um dos maiores meliponários públicos do Brasil.

Instalado no Jardim Zoobotânico, no Parque Fernando Costa, o Meliponário Municipal possui

Célio salienta que antes de se lançar nesse segmento é preciso ter conhecimento da abelha, por isso a Prefeitura oferece cursos gratuitos

As abelhas sem ferrão são menos agressivas, possuem manejo relativamente simples e oferecem considerável de mel e pólen

260 colônias de 11 espécies diferentes, todas sem ferrão e nativas da fauna brasileira.

O interesse em conservar abelhas sem ferrão vem aumentando devido ao fato de serem menos agressivas, ao manejo relativamente simples e ao estoque considerável de mel e pólen.

Atualmente, 88% das plantas com flores são dependentes de animais para a transferência de grãos de pólen em quantidade suficiente para a fertilização dos óvulos e a consequente formação de frutos e sementes, e das 115 culturas agrícolas que lideram a produção global, 70% se beneficiam da ação desses polinizadores, o que representa 35% do suprimento alimentar humano.

Por isso, além de ser um local de visitação, o Meliponário Municipal é voltado ao estudo e pesquisas de alunos e professores. A proposta é fornecer matrizes para os proprietários rurais para que também possam ter seus espaços com esse tipo de abelha. Com isso, há incentivo à proliferação das espécies na cidade e região. e

Instalado no Jardim Zoobotânico, no Parque Fernando Costa, o Meliponário Municipal possui 260 colônias com 11 espécies de abelhas

|fraseado

Você pode prender o cantor, mas não a canção.

HARRY BELAFONTE

Aquele que é bom para dar desculpas, raramente é bom em qualquer outra coisa.

A experiência é um bilhete de loteria comprado depois do sorteio.

A hora mais escura tem apenas 60 minutos.

MORRIS MANDEL

GABRIELA MISTRAL

Você não se afoga por cair na água.

Você se afoga por ficar lá.

É difícil apanhar um gato preto numa sala escura.

Especialmente se não há nenhum gato.

CONFÚCIO

EDWIN LOUIS COLE

BENJAMIN FRANKLIN

Adie por um dia e dez dias se passarão.

Não há problema tão grande que não caiba no dia seguinte.

A beleza ideal é um fugitivo que nunca foi encontrado.

MILLÔR FERNANDES

JOAN RIVERS

PROVÉRBIO COREANO

Uma gafe é apenas uma verdade dita na hora errada.

MEL BROOKS

O sucesso do casamento requer algo mais importante do que encontrar a pessoa certa: é ser a pessoa certa.

Falhas raramente param você. O que para você é o medo da falha.

JACK LEMMON

CONSTÂNCIO VIGIL

Quando você mira a perfeição, descobre que ela é um alvo móvel.

GEORGE FISCHER

Se você não é parte da solução, então é parte do problema.

Matar o elefante é fácil.

Difícil é remover o cadáver.

MIKHAIL GORBATCHEV

ELDRIDGE CLEAVER

Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela.

GEORGE BERNARD SHAW

O destino escolhe suas relações. Você escolhe seus amigos.

JACQUES DELILLE

Todos tentam realizar alguma coisa grande não percebendo que a vida é feita de pequenas coisas.

FRANK CLARK

O verdadeiro mistério do mundo é o visível, não o invisível.

OSCAR WILDE

O destino embaralha as cartas e nós as jogamos.

ARTHUR SCHOPENHAUER

Quando é necessário mudar? Antes que seja necessário.

CLAUS MILLER