Nascido Escravo

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Nascido Escravo

mas — é como tentar demonstrar que certo algarismo é, ao mesmo tempo, um nove e um dez! A repreensão de Paulo se aplica àqueles que são contra o fato de que ninguém possui “livre-arbítrio”, e de que todas as coisas dependem exclusivamente da vontade de Deus. É neste ponto que devemos adorar a majestade do Senhor, em sua imponência e notáveis julgamentos, e dizer: “...faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).

argumento 8

A razão natural deve admitir a soberania da vontade de Deus. A razão natural precisa admitir que Deus seria uma divindade muito débil e patética se a sua presciência fosse indigna de confiança, e se pudesse ser contrariada pelos acontecimentos. Naturalmente, os homens objetarão ao pensamento que Deus - que é bom - os possa abandonar, endurecer e condenar, como se Ele tivesse prazer com os pecados e tormento eterno deles. Já tropecei, eu mesmo, nesse ponto por mais de uma vez, caindo no mais profundo poço de desespero, desejando nunca ter nascido. (Isso sucedeu antes de eu reconhecer quão saudável é esse desespero, e quão próximo ele está da graça divina.) Essa é a razão pela qual os homens têm tentado encontrar “explicações” e manter seus próprios raciocínios em detrimento do que é plenamente ensinado pela Palavra de Deus. Porém, mesmo que os raciocínios da incredulidade se sintam ofendidos, eles são forçados a admitir a soberania da vontade de Deus, ainda que a Bíblia não existisse, porquanto duas coisas estão gravadas na consciência dos homens — o fato que Deus é soberano e que Ele conhece de antemão todas as coisas, sem exceção ou equívoco.


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