Mastercard black 8 completa

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BELEZA PURA ENTREVISTA O ARQUITETO MARCIO KOGAN FALA DE SOLUÇÕES PARA DEIXAR A CIDADE MELHOR E MAIS BONITA VIAGEM AS PAISAGENS E OS TEMPLOS DO HIMALAIA INDIANO. NA FRANÇA, NAVEGUE PELO MAIS BELO CANAL DA EUROPA GASTRONOMIA A CULINÁRIA JAPONESA ALTERNATIVA DOS IZAKAYAS. O RETORNO DO CAFÉ COADO TRAZ UM AROMA NOSTÁLGICO AOS RESTAURANTES DESIGN DOLCE FAR NIENTE, MAS COM CLASSE









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editorial

João Pedro Paro Neto Presidente da MasterCard Brasil e Cone Sul

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RETRATO ILANA BESLER

Caros leitores, Quando pensamos nesta edição da revista MasterCard Black by Wish, nosso desejo era trazer temas que transportariam vocês para lugares incríveis e que pudessem se tornar cenários de momentos inesquecíveis. Para isso, nada melhor do que conversar com o arquiteto paulistano Marcio Kogan para nossas páginas. Sua energia e paixão pela construção de ambientes cinematográficos nos inspiraram. E esperamos que inspirem vocês também! Para quem gosta de aproveitar a noite, mas ainda assim sentir-se no aconchego do lar, selecionamos os melhores izakayas de São Paulo, bares que unem a comida oriental a ambientes simples, mas agradáveis e culinária acolhedora. Não sabem do que estou falando? Vocês descobrirão nas próximas páginas. Posso garantir que irão se deliciar. Convidamos vocês para conhecer as paisagens fascinantes de Ladakh, um lugar isolado do mundo e situado ao pé da cordilheira do Himalaia. Vocês descobrirão ainda como é se hospedar no Tierra Atacama, um hotel boutique localizado bem no meio do deserto chileno. E ainda se sentirão como se estivessem em um passeio de barco pelas águas do Canal do Midi, enquanto apreciam as cidades medievais francesas. Se sua paixão é a arte, os especialistas no assunto Waldick Jatobá, Sandra Cinto, Telmo Porto e Marga Kroeff dão as melhores dicas para se visitar a 31ª Bienal de Arte de São Paulo, que este ano abraça a diversidade com obras imperdíveis e artistas inovadores. Aproveitem para fazer seu café coado inspirados na matéria “Gosto de Infância”, sobre a nova moda nos restaurantes. Sentem-se e aproveitem a nova edição da revista MasterCard Black by Wish! Desejamos que se sintam em casa ao nosso lado e boa leitura.


Handmade Masterpieces talentojoias.com.br


colaboradores

Cindy Wilk ganha a vida como a maioria dos mortais apenas sonha: viajando. Jornalista especializada em turismo, foi com a câmera e o bloquinho na mão que conseguiu belos registros da região indiana dos Himalaias. Monges e montanhas com picos nevados fazem parte da reportagem Montanhas Mágicas, que Cindy assina nesta edição.

Antropóloga e jornalista, Barbara Heckler começou a carreira como repórter das artes na extinta revista Bravo! e se especializou neste segmento. Nesta edição, ela entrevistou experts do cenário artístico nacional e compôs um roteiro imperdível para quem vai visitar a 31ª Bienal de Arte de São Paulo. A mostra acontece no Parque do Ibirapuera até o mês de dezembro. FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Jornalista que ama comer e cozinhar, Janaina Fidalgo traçou um roteiro dos botecos japoneses, os chamados izakayas. Em busca de novos sabores, ela apresenta ainda uma tendência gourmet: o salmão selvagem. Janaina entende do assunto. Trabalhou por dez anos na Folha de S.Paulo, parte deles editando as páginas de Comida, e foi editora-assistente do Paladar, suplemento do Estado de S.Paulo.

DIRETORIA Celso Fujita e Neneto Camargo DIRETOR EDITORIAL Luciano Ribeiro EDITORA Anita Pompeu EDITORA CONVIDADA Fabiana Corrêa

EDITOR DE ARTE Anderson Miguel

EDITORA DE IMAGEM Lia Guimarães PRODUTORA EXECUTIVA Bianca Nunes TRATAMENTO DE IMAGENS E PRÉ-IMPRESSÃO Everaldo Guimarães GERENTE DE PRODUÇÃO GRÁFICA Vitor Soares ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Mariana Vilela REVISÃO Paulo Vinicio de Brito WISH ONLINE Anita Pompeu ESTAGIÁRIO DE ARTE Alexandre Montanher ESTAGIÁRIA DE TEXTO Jessica Djehdian GERENTE DE CIRCULAÇÃO Jane Pinheiro BANCAS/DISTRIBUIÇÃO/ASSINATURAS Carlos André Melo de Souza e Mariana Cardoso MARKETING Julia Queiroz e Victor Batista

COLABORADORES Barbara Heckler, Cindy Wilk, Gustavo Fioratti, Isabela dos Santos, Janaina Fidalgo, Thelma Lavagnoli DIRETOR COMERCIAL Rodrigo Ferrari (rodrigo@wishreport.com.br)

DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Sandra Camargo (sandra@wishreport.com.br) GERENTE COMERCIAL - WISH CASA Magali Perucci (magali.perucci@wishcasa.com.br) GERENTES DE CONTAS Adriana Rodrigues (adriana@wishreport.com.br), Carmem Madalosso (carmem.madalosso@wishcasa.com.br), Carolina Junqueira (carolina@wishreport.com.br), Fernanda Gibeli (fernanda.gibeli@wishcasa.com.br), Flavia Sanches (flavia.sanches@wishcasa.com.br) e Mirian Pujol (mirian.pujol@wishreport.com.br) COORDENADORA COMERCIAL Miriam Elias (miriam.elias@wishreport.com.br) GERENTE ADM. FINANCEIRO Geraldo Casemiro PARA ANUNCIAR comercial@wishreport.com.br – tel. 11 3254 9950 BELO HORIZONTE Box Private Media (boxprivatemedia@mac.com – tel. 31 9421 6777) BRASÍLIA FTPI Representação, Publicidade e Marketing (lucianamir.brasilia@ftpi.com.br – tel. 61 3035 3750) ESTADOS UNIDOS Media Consulting Inc. (tatiana@usmediaconsulting.com, tel. +1 001 305 722 7262/+1 001 561 305 5250) CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO IBEP Gráfica Wish (ISSN 1807-533) é uma publicação da Editora Nova Criação Ltda. CNPJ: 02 409 930/0001-29 Editora Nova Criação Ltda. Av. Paulista, 2200, 23º andar, Bela Vista, 01310-300, São Paulo, SP, tel. 11 3254 9871 DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO PARA BANCAS DE TODO O BRASIL Fernando Chinaglia Distribuidora S/A, R. Teodoro da Silva, 907, Grajaú, 20563-900, Rio de Janeiro, RJ, tel. 21 3879 7766. MasterCard Black by Wish não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome de Wish ou retirar qualquer tipo de material para produção de editorial caso não tenham em seu poder uma carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada por pessoa que conste no expediente.

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sumário by

18 38 46 18 ENTREVISTA O arquiteto Marcio Kogan fala de sua carreira e dos novos rumos das cidades 24 PRICELESS Personalidades contam à MasterCard Black by Wish o que não tem preço em suas vidas 32 GOURMET O que há de melhor no cenário gastronômico do eixo Rio-SP 36 TOQUE DE SABOR O salmão selvagem chega ao Brasil

38 ORIENTE Comida caseira e bons saquês. O que há de melhor nos izakayas, bares tipicamente japoneses que conquistaram SP

52 NAVEGANDO Ao alugar um barco, é possível apreciar castelos, vilarejos medievais e campos de girassóis que compõem o roteiro no Canal do Midi, no Sul da França

42 PRETINHO BÁSICO Café coado, aquele de antigamente, vira moda em bons restaurantes. Saiba onde beber uma boa xícara com gosto de nostalgia

56 CONFORTO Sem dor de cabeça. O Concultor de Viagens MasterCard ajuda você a planejar viagens inesquecíveis

46 AVENTURA Uma panorâmica pela região indiana do Himalaia, lugar de religiosidade marcante e paisagens de tirar o fôlego

58 PONTO DE FUGA Rodeado pelo cenário do deserto, o Tierra Atacama Hotel Boutique & Spa é um oásis de bem-estar

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Foto: Ivan Sayeg Colar de Ouro branco 18k com Tanzanita de 2,66ct e 14 Diamantes incolores na lapidação brilhante. (foto ampliada para melhor visualização). © Casa Leão Joalheria - Todos os Direitos Reservados - Proibida a reprodução total ou parcial.

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52 70 98 64 ARSTY Nomes importantes do cenário artístico dão sua lista de obras imperdíveis na Bienal de Artes de São Paulo. Para visitar sem erro 70 SONORIDADE Nashville, a capital do Tenessee, se reinventa como um dos cenários musicais mais democráticos dos EUA 74 PLAYLIST Sete apaixonados por música contam quais são suas canções preferidas e os artistas que não faltam em seus iPods

78 AO VIVO Bares para comer e beber ao som de uma trilha sonora caprichada

98 DESIGN Móveis e acessórios para relaxar em casa, no campo ou na praia em grande estilo

82 KENNZUR um spa urbano ao lado do Parque do Ibirapuera

102 SURPREENDA Clientes MasterCard pagam apenas um prato principal – o do acompanhante é por nossa conta. Confira a lista de restaurantes participantes

86 BLACK BEST Atualize-se com nossa seleção das melhores compras do momento 96 BEM-ESTAR Os produtos de beleza centenários da marca Granado

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109 BLACK Veja quais são os serviços exclusivos que o MasterCard Black oferece aos seus clientes e a opinião de quem já usou




entrevista

Marcio Kogan pondera sobre São Paulo, conta que imaginou um parque suspenso no Minhocão quando ainda estava na faculdade de arquitetura, mas que agora gostaria mesmo é de vê-lo no chão. E mais: desistiu de um shopping nos Jardins por ir contra a visão dos clientes

marcio Kogan

Quando Márcio Kogan terminou o curso de arquitetura e urbanismo, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, ingressou na vida profissional com a sensação de que não passava de um sujeito “semialfabetizado”. Seu interesse por cinema desviou o foco de seu trabalho no início da carreira, nos anos 1970, quando também foi diretor de filmes. Ao decidir-se pela arquitetura, penou um tanto para aprender a levantar bons projetos. “Saí da faculdade para a rua e só então comecei a estudar, como autodidata, num processo que talvez tenha atrasado minha carreira em dez anos”, diz. Mas foi durante esse período que Kogan encontrou a possibilidade de traçar uma identidade bem particular. Nesta entrevista, o arquiteto, que projetou o Hotel Fasano em parceria com Isay Weinfeld, explicou como a sétima arte atravessa seu olhar ainda hoje. E também fala sobre o futuro de São Paulo: o novo Plano Diretor, a ideia de derrubar o Minhocão e também sobre a implementação de ciclovias.

Por Gustavo Fioratti Retrato Ilana Besller

POR LINHAS TORTAS

Marcio Kogan em seu escritório, o Mk27, no bairro dos Jardins, em São Paulo

Com a aprovação do novo Plano Diretor de São Paulo, o uso do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, foi colocado em debate. Há quem seja a favor de transformá-lo em um parque, há quem defenda a demolição. E você? Na minha época de estudante, fiz um projeto para transformar o Minhocão em parque. Mais recentemente, passei a fazer parte dessa associação chamada Parque Minhocão. Acho um absurdo a existência daquilo. Só foi possível porque está na janela de pessoas indefesas. Não fariam algo semelhante no Jardim América. Moradores não podem pagar esse preço por uma deficiência no sistema de

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transporte. Quando me chamaram para fazer parte dessa organização a primeira coisa que fiz foi dizer, sou contra o Minhocão, acho que ele agride as pessoas. Mas você prefere que a estrutura fique ou caia? Os dois projetos vão a favor do meu pensamento. Gosto da ideia de deixar o Minhocão porque ela é estranha e mais simpática, mas prefiro mesmo a ideia de derrubar aquilo, tirar aquele objeto agressivo ali do meio. Acho que o projeto mais complicado é na parte de baixo dele, não na de cima. Esse será o desafio para quem defende o projeto de parque suspenso.


FOTOS DIVULGAÇÃO

Projetos como o que você fez para a Livraria Cultura podem apresentar ideias de convivência para outros tipos de lugares? Eu gosto de ir a livrarias, folhear livros, olhar pessoas, sentar no cantinho e observar. É uma atividade social, é um lugar onde você pode ver gente. A internet e o hábito da compra online destroem isso quase que totalmente. Então projetei a loja como se ela tivesse uma praça. É como uma resistência contra a destruição das próprias livrarias, o que aconteceu no mundo massivamente. Como a destruição dos cinemas de rua, dos teatros de rua... Exatamente. Em qualquer projeto que a gente faz aqui no escritório, procuramos dar em troca algo para a cidade. Há uns 15 anos fizemos um projeto hipotético para o banco Itaú sobre como seria uma agência bancária no futuro. Era inteira no

subsolo e colocamos, na parte de cima, uma praça. Claro que não gostaram. Hoje, a Apple tem uma loja na 5ª Avenida (em Nova York) muito parecida com isso. O que você pensa sobre a implantação das ciclovias em São Paulo? Gosto, mas o problema é muito mais complexo porque a cidade deveria ter metrô. São Paulo tem 70 e poucos quilômetros de linha de metrô. A cidade do México começou a fazer metrô no mesmo período que São Paulo e já tem mais de 200km. A quantidade de incentivo que já deram para a indústria de carro resolveria o problema do transporte público na cidade. E o tempo todo tentam remediar essa defasagem. O monotrilho é uma solução média. Em Tóquio, não há mais ônibus, apenas microônibus complementando alguns trajetos. E, claro, o metrô.

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Acima, a video-instalação Peep, que Kogan criou para a Bienal de Veneza, com cenas filmadas dentro de uma das casas que ele projetou. Na página ao lado, a Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo


entrevista

Mas e as ciclovias? Aí que chegamos à ciclovia. Abandonei a bicicleta pelo perigo que é. Há um ano, levei uma fechada, me machuquei. A cidade não está preparada para isso. Por outro lado, é bom enfiar goela abaixo. Claro que tudo aqui é feito de um jeito meio capenga, mas acho que é uma boa iniciativa. Em Copenhague as pessoas também não usavam bicicleta. Durante os últimos anos, começaram a criar o costume e hoje a maioria da população vai para o trabalho pedalando.

”AS PESSOAS QUEREM VIVER EM SEUS CONDOMÍNIOS CERCADOS, O QUE FOI ESTIMULADO PELOS PLANOS DIRETORES E PELAS ANTIGAS LEIS DE ZONEAMENTO.”

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marcio Kogan

O novo Plano Diretor estabelece e a ideia de criar centros econômicos nos arredores da cidade. O que você acha? O novo plano é razoavelmente bom. É um bom momento da prefeitura, que repensou a cidade. Os outros planos foram feitos como forma de criar impostos apenas. Gosto da ideia de adensar a população próximo às regiões servidas por transporte público e de baixar o poder construtivo nas áreas que não estão servidas. Curto também a ideia criar comércio no térreo dos edifícios. O que poderia trazer mais movimento para as ruas... Exato. Moro no Itaim e, quando saio do meu escritório, às 20h, até chegar à Rua São Gabriel, muitas vezes não cruzo com ninguém. É estranho isso. As pessoas querem viver em seus condomínios cercados, o que foi estimulado pelos planos diretores, pela lei de zoneamento.


entrevista

marcio Kogan

Você já afirmou que não teve uma boa formação acadêmica. Como foi o início de sua carreira? Pouco antes de entrar na universidade, tive um momento de paixão pela sétima arte. Trabalhando com o cinema, tracei um caminho multidisciplinar. Todos os meus trabalhos na faculdade de arquitetura tinham esse fundamento. Eu esqueci de estudar arquitetura. Frequentei a escola com prazer máximo mas, quando me formei, eu estava semi alfabetizado. Quando saí da faculdade para a rua, ao ver o mundo real (eu tinha vivido cinco anos em um mundo imaginário), só então comecei a estudar arquitetura de verdade, como autodidata, num processo que talvez tenha atrasado minha carreira em dez anos. Mas tudo isso também me deu bagagem. Acho que eu consegui misturar tudo, de uma forma mais madura, consegui entender esse processo e criar uma identidade. Foi totalmente irregular, estranho, mas chegou a algum lugar.

Quantos anos você tinha quando chegou a esse lugar? Acho que uns 35. Em 1978, fiz um longa-metragem, que era meu sonho. Eu não sabia se seria arquiteto e o filme ficou uma droga. Custou uma fortuna, fui à falência, quebrei o escritório, que estava em seus primeiros anos e tinha poucos clientes. A crise foi também um renascimento. Depois eu não queria mais saber de cinema e fiquei totalmente focado em arquitetura. A instalação Peep, que você exibiu na Bienal de Veneza, mostrava um filme cujo cenário era uma casa projetada por você. A convivência de um casal rico

”DURANTE MINHA VIDA INTEIRA LUTEI POR UM TRABALHO ÍNTEGRO. SE O PROJETO NÃO ESTÁ DENTRO DOS PARÂMETROS DO QUE CONSIDERO BOA ARQUITETURA, NÃO ME INTERESSA.”


Abaixo e na página ao lado, a casa V4, projetada por Kogan, de inspiração modernista: o arquiteto passou a admirar o movimento que ganhou forma nos anos 30 em solo brasileiro, bem depois de ter saído da faculdade

com seus empregados dentro daquela casa é também um olhar crítico sobre a arquitetura que você produz? Meu olhar é sempre crítico, com os outros e comigo mesmo. Está na minha alma, mas sempre coloco um pouco de humor para não ficar chato. Em 2012, quando me convidaram para representar o Brasil na Bienal de Veneza, resolvi fazer um filme. Colocamos 16 câmeras dentro de uma casa projetada pelo meu escritório, deixamos cada uma filmando dez, quinze minutos. O tema da Bienal era Common Ground (chão comum) e aquela forma de viver, muito característica brasileira, dividindo as áreas de serviço e a vida privada na casa, tinha tudo a ver. Além do cinema, os modernistas também influenciaram seu trabalho. O que continua dessa herança? Na minha fase de estudante, eu não gostava dessa coisa de se ajoelhar para o trabalho de Niemeyer. Já estava em construção o Centro Pompidou, em Paris, que

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era fruto de um novo pensamento. E as escolas daqui ainda mergulhadas no modernismo brasileiro. Eu odiava. Aos poucos, depois de formado, entendi uma coisa: o Brasil, um país de terceiro mundo, totalmente isolado no fim dos anos 1930, produziu uma arquitetura de qualidade incrível, não só com Niemeyer, mas com uma geração inteira. Na minha opinião, o melhor modernismo do mundo. Foi uma arquitetura praticada por comunistas. Mas o mundo mudou. Hoje em dia, parece que não existe mais política. Acho que a arquitetura se tornou muito mais utilitária. A boa arquitetura tem comprometimento em melhorar a qualidade de vida. Mas, no Brasil, isso ainda não acontece. E o novo shopping nos Jardins? Eu saí... não estava como eu gostaria. Por pressão do cliente? Sim. Durante minha vida inteira lutei por um trabalho íntegro. De vez em quando tenho uns deslizes, mas se o projeto não está dentro dos parâmetros que a gente imagina ser uma boa arquitetura, coerência com a cidade, delicadeza com o bairro, não me interessa. Isso acontece o tempo todo. O cliente faz uma pressão por um melhor desempenho que, às vezes, é um melhor desempenho econômico. E tem hora que passa da fronteira do razoável. Mas fazer uma coisa na qual eu não acredito e depois ver aquilo perturbando o bairro me incomodaria. Você pode falar de alguns projetos que está tocando agora? Estamos com um projeto de hotel em Báli, na Indonésia, e no Alentejo, em Portugal. O retrofit de um edifício modernista em Barcelona, um concurso fechado que ganhamos transformando um prédio comercial em residencial. Também temos uma casa em Los Angeles, e um projeto interessante: o centro de produção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que vai abrigar uma escola gratuita para formar técnicos na área de espetáculos.


declarações

priceless

LAURA WIE, APRESENTADORA E EMPRESÁRIA

FOTOS DIVULGAÇÃO

”Olha, priceless, para mim, é viajar e conhecer o mundo. Já estive em mais de 30 países e adoro aprender com a cultura de cada um. Atualmente estou no Grand Canyon com o meu marido, Marcello, de moto!”

Acalentar o filho ou ver o Sol nascer antes de todo o mundo no planeta. Onze personalidades contam aqui o que realmente é priceless para elas Por Jessica Djehdian

O QUE NÃO TEM PREÇO PARA VOCÊ? 24


DANIELLE DAHOUI, CHEF

FOTO DANIEL BENASSI

FOTO FRAN PARENTE/DIVULGAÇÃO

”Colocar minha filha Noáh para dormir nos meus braços enquanto leio uma história para ela.”

ZANINI DE ZANINE, DESIGNER ”Independentemente do dia da semana, se está chuva ou sol, ir para o meu ateliê, na Barra da Tijuca, e colocar a mão na massa, trabalhar com madeira de demolição, matéria-prima de muitas peças minhas. O momento da criação, para mim, neste meu universo profissional, é impagável. Faço isso há 13 anos e não me imagino fazendo outra coisa.”

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declarações

Priceless

FOTO FERNANDO LOUZA

ADRIANA BIT TENCOURT, ESTILISTA

FOTOS DIVULGAÇÃO

”Além do básico, ter saúde, é trabalhar no que você realmente gosta. Ser completamente realizada e reconhecida não tem preço. Este ano minha marca completa duas décadas, o que me traz muita alegria, ainda mais porque foi lançada em cima do meu lifestyle. Isto é totalmente priceless.”

FERNANDO JAEGER, DESIGNER ”Quando posso, gosto de ir à Praia do Toque, em Alagoas, e, ao contrário da vida muito agitada de São Paulo, curto ficar em uma barraca simples, coberta com folhas de coqueiros, de frente para o mar e não fazer nada. Isto não tem preço.”

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ROGERIO FASANO, EMPRESÁRIO ”Não tem preço sair de férias sem celular ou e-mail, totalmente desconectado do mundo.”

CAMILA SARPI, JOALHEIRA ”Priceless são duas coisas: tempo e silêncio. Espaço se compra, tempo, não. E o silêncio, que tanto prezo e necessito, tem ficado cada vez mais raro em todo o mundo.”

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Priceless

FOTO VALDEMIR CUNHA

declarações

VERENA MATZEN, ARTISTA PLÁSTICA ”Estar em paz com meu casal de filhos em um lugar tranquilo, em meio à natureza.”

LUCAS DI GRASSI, AUTOMOBILISTA ”O que não tem preço é vencer uma corrida quando estou dirigindo um carro inferior ao de meus concorrentes.”


FOTOS DIVULGAÇÃO

ISABELLE TUCHBAND, ARTISTA PLÁSTICA ”É sair de mãos dadas com meu filho para passear com as minhas duas cachorras enquanto ele me conta do seu dia. Ou fazer um quadro e depois sentir que amo pintar e que gostei do resultado. Abraçar a minha mãe e olhar dentro dos olhos dela e sentir a sua calma, sua sabedoria e seu amor! Andar pelo meu jardim e ver as flores que brotaram, os passarinhos cantando, fazendo aquela festa. Viver e se emocionar.”

CRISTIANA BELTRÃO, EMPRESÁRIA ”Todos os anos a cidade de Gisborne, um pequeno paraíso na Nova Zelândia, assiste ao primeiro nascer do Sol no mundo. Ver o sol do ano novo se mostrar e sentir que ele segue imenso é uma promessa de renovação, em todos os sentidos. Absolutamente inesquecível!”

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GA S T RONOMIA O MELHOR DA PONTE AÉREA GASTRONÔMICA RIO-SP, A CHEGADA DO SALMÃO SELVAGEM AOS RESTAURANTES BRASILEIROS E A VOLTA DO CAFÉ COADO


S Ã O

P A U L O

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R I O

GA S TR ON O M IA

FOTOS DIVULGAÇÃO

Por Thelma Lavagnoli

PORÇÕES DE SABOR NOSSA LISTA PARA VOCÊ FICAR EM DIA COM O QUE HÁ DE MELHOR NAS MESAS DO EIXO RIO-SÃO PAULO

EXPRESSO DO ORIENTE

Os apaixonados pelos sabores asiáticos têm motivos para comemorar. São Paulo acaba de ganhar uma unidade da rede americana P.F. Chang’s, no Itaim Bibi. Um dos hits do cardápio, com mais de 70 pratos, é a entrada Chang's chicken lettuce wraps, que combina frango bem temperado, cogumelos, cebolinha, castanhas d’água e alface. O cliente deve montar seu próprio wrap, sem frescuras. Na decoração, a casa celebra principalmente a cultura chinesa com painéis pintados à mão e esculturas de terracota. Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 627, São Paulo, tel. 11 3044 0571, pfchangs.com.br

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EM FAMÍLIA Com mais de meio século de tradição e duas unidades, a Cantina e Pizzaria Speranza tem pizzas, massas e sobremesas do jeito que se faz no Sul da Itália. Criada e comandada pela mesma família desde o final dos anos 1950, tem alguns hits no cardápio, como o ravióli de ricota, feito na própria casa, e a pizza margherita. Cliente MasterCard® Black ganha versão brotinho do icônico sabor na compra de qualquer outra pizza. Acompanhantes ganham uma sobremesa no mesmo valor que a pedida pelo cliente. Para acompanhar, quem usar o cartão ainda tem 25% de desconto na garrafa do vinho Speranza, versão merlot ou cabernet. Av. Sabiá, 786, tel. 11 5051 1229 e R. 13 de Maio, 1004, São Paulo, tel. 11 3288 8502/3512. pizzaria.com.br


FOTO FELIPE GOMBOSSY

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NY É AQUI!

CHARME PROVENÇAL

Nas duas unidades do Ruella Bistro, na Vila Olimpia e em Pinheiros, a iluminação calorosa e a lavanda espalhada pelo salão lembra um cantinho da Provença. No menu, entradinhas para compartilhar, como o bolinho de risoto recheado com gorgonzola e geleia Maison de pimenta dedo de moça. Entre os pratos principais, o badejo ao azeite de endro com risoto de limão e abobrinha coberto com crumble de pão vale a pedida. Clientes Mastercard®Black não pagam a rolha na primeira garrafa de vinho ou ganham um drink Ruella (duas unidades por mesa). Quem solicitar a mesa via Concierge tem reserva estendida em 30 minutos. R. Vupabussu, 199, tel.: 11 3097 9297 e R. João Cachoeira, 1507, São Paulo, tel. 11 3842 7177. FOTO BRUNO GERALDI/NOZ-MOSCADA

O Side, no Itaim, tem tudo para cair no gosto do descolados. Com visual inspirado em casas nova-iorquinas, tem pé-direito alto, grandes janelas e colunas de concreto. No salão, um balcão que circula o bar e reúne quem vai apenas provar os drinks assinados pela bartender Talita Simões. Da cozinha comandada pelo chef Thiago Maeda (ex-D.O.M), o prato que mais pedido é o polvo croc com arroz negro de castanhas e minilegumes. R. Tabapuã, 830, São Paulo, tel. 11 3168 0311, siderestaurante.com.br

de origem Um brasileiro contemporâneo é a premissa do Tuju, na Vila Madalena. O chef – e um dos sócios – Ivan Ralston planta vegetais em uma estufa no segundo andar do restaurante. O cardápio tem massas, peixes e carnes, como o churrasco de contrafilé de wagyu com batata e tomate braseado. É necessário reservar para provar o menu degustação, composto de 15 etapas. R. Fradique Coutinho, 1248, São Paulo, tel. 11 2691 5548, tuju.com.br

BENEFÍCIOS No Sheraton São Paulo WTC Hotel, clientes MasterCard Black ganham upgrade para a categoria superior e late check-out. Para reservas entre sexta e domingo, 50% de desconto na melhor tarifa do final de semana, upgrade para a categoria superior, late check-out e acesso VIP ao “Clube A”. Mais informações no site. naotempreco.com.br/saopaulo

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S Ã O

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VELHA GUARDA

FOTO DIVULGAÇÃO

Servindo pratos descomplicados, como saladas, grelhados e massas, a rede de restaurantes Gula Gula completa três décadas de história com 17 endereços espalhados no Rio de Janeiro e em Niterói. Para celebrar, lançará seu segundo livro de receitas, em novembro, e promove ações como os Clássicos do Mês. Até o final do ano, pratos relevantes em sua trajetória, que começou em 1984 com uma pequena loja no Leblon, serão servidos como sugestão especial. A salada de frango ao curry é o destaque de outubro. Em novembro, é a mousse de salmão – creme de ricota com salmão defumado, molho vinagrete e torradas. No dia 24 de cada mês, o cliente que pede o clássico paga 70% do total e o Gula Gula doa o valor restante à instituição Pró Criança Cardíaca. Para acompanhar a refeição, clientes MasterCard Black têm acesso a uma carta de vinhos exclusiva e 50% de desconto na segunda garrafa. E se o pedido ultrapassar R$50, quem tem o cartão ganha a sobremesa, uma fatia de torta de limão ou de pudim de leite. R. Henrique Dumont, 57 (e mais 16 lojas), Rio de Janeiro, tel. 21 2259 3084 gulagula.com.br

NAVEGAR É PRECISO

Um barco para chamar de seu, mesmo que seja por algumas horas, é o que oferece a Tropical Yatch Charter, uma empresa que aluga embarcações e faz passeios pela orla da cidade do Rio, de Angra ou da Ilha Grande. No menu, desde lanchas de pequeno porte até iates de luxo. Os clientes MasterCard Black podem comprar dois passeios exclusivos com duração de 4h pela orla do Rio de Janeiro, com serviço de bordo. Ligue para MasterCard Black Concierge 0800 7252025. tropicalcharter.com.br

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in the sky

FOTO RICARDO ZERRENNER

Que tal apreciar as belezas cariocas a partir de um novo ângulo? Operando no Rio de Janeiro desde 1991, a Helisight tem voos panorâmicos de helicóptero pelos principais cartões-postais da Cidade Maravilhosa, como o Cristo Redentor e a Lagoa Rodrigo de Freitas. Clientes MasterCard Black poderão contratar um voo de 11 minutos, para até quatro pessoas, com alguns benefícios: direito à utilização da sala VIP com TV a cabo e arcondicionado enquanto aguardam (por 30 minutos). Além de café, água, refrigerantes e petiscos à disposição no local. Ligue para MasterCard Black Concierge 0800 7252025. helisight.com.br

FOTO DANIEL LOBO

UM É POUCO

FOTO TOMAS RANGEL

Depois do sucesso no Arpoador, o TT Burger, de Thomas Troisgros, ganhou uma unidade no Leblon. Os pedidos são feitos diretamente no balcão. As novidades são as versões com bacon ou hambúrguer adicional do clássico da casa, preparadas com 180g de carne, queijo meia cura, tomate fresco, alface, picles crocante e pão de batata doce artesanal. Av. Ataulfo de Paiva, 1240, loja A, Rio de Janeiro, tel. 21 3546 8551

boemia gourmet Instalada em um casarão do final do século 19 em uma das ruas fechadas do Centro Antigo, o restaurante Casa Momus tem sotaque mediterrâneo. Elementos originais do edifício foram reformados, como o assoalho de madeira, que foi transformado nos tampos das mesas onde são servidos os quitutes da chef Jacqueline Almeida. No menu, pratos como o risoto de camarão ao limão dividem espaço com comidinhas descontraídas. E mais: apple martini, whisky sour e outros drinks para serem apreciados entre amigos. R. do Lavradio, 11, Rio de Janeiro, tel. 21 3852 8250, casamomus.com.br

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gastronomia

sustentável

FOTOS DIVULGAÇÃO

A melhor versão do salmão do Alasca, o king, chega agora ao Brasil. Mais leve e menos gorduroso que o peixe chileno, atrai chefs e gourmands em busca de sabor e sustentabilidade Por Janaina Fidalgo

SABOR SELVAGEM À primeira vista eles são iguais. Têm aquela coloração avermelhada bonita, com estrias brancas de gordura entremeadas na carne. No gosto e na textura é que as diferenças aparecem, resultado da vida que levaram. Um passou a curta existência confinado em gaiolas no mar, foi alimentado com ração até ficar gordinho e ser abatido e enviado ao Brasil. O outro viveu livre na natureza e teve de se virar para garantir seu sustento. Nadou muito, não pôde acumular o mesmo tanto de gordura. Ficou com a carne mais firme, foi pescado e congelado ainda no barco. O primeiro é nosso velho conhecido, o salmão chileno – que há anos frequenta as mesas brasileiras e cujos métodos de criação são questionados pelos consumidores locais por causa do uso de pesticidas que poluem o ambiente e prejudicam a saúde. O segundo é sua versão selvagem, que passou a ser importada do Alasca este ano, mas ainda está timidamente presente nas gôndolas dos mercados e nas receitas de chefs. Das cinco espécies pescadas nas frias águas do Pacífico, apenas três foram trazidas

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FOTO TADEU BRUNELLI

ao País: o vermelho (ou sockeye), o keta e o rosado. Em novembro, porém, está previsto o início da importação do mais nobre deles, o real (ou king). De todas as espécies selvagens, é a que tem maior quantidade de gordura, o que a torna mais macia. ”Já trabalhei com o king fora do Brasil. É mais gostoso e amanteigado que o sockeye”, diz Adriano Kanashiro, chef do Momotaro. Em seu restaurante, Kanashiro colocou o sockeye no menu degustação. ”Servia um sushi de salmão selvagem e outro de cativeiro para que o cliente pudesse comparar.” No Marakuthai, da chef Renata Vanzetto, o salmão selvagem fez parte do cardápio especial da Semana da Sustentabilidade, em setembro, já que substituir o peixe chileno passa ainda por uma questão ambiental. Mesmo assim há quem prefira o salmão usado hoje, por conta da textura. ”O de cativeiro tem 20% de gordura. No selvagem, não passa dos 4%”, diz José Madeira, diretor do escritório brasileiro do Alaska Sea Food Marketing Institute, agência do governo americano responsável pela promoção de peixes daquela região. ”Lá, é proibido criar peixe no mar e cada empresa tem uma cota estabelecida de pesca.” A menor quantidade de gordura está ligada ao esforço do salmão selvagem para sobreviver: ele sai dos rios gelados onde nasce para passar a vida no mar. Mas volta ao seu habitat original para procriar. Nada contra a correnteza e ainda precisa escapar de ursos famintos. Por isso seu preparo necessita de mais cuidados.”Mesmo que você perca o ponto com o salmão chileno, ele vai ficar suculento. O selvagem vira uma palha”, diz Roberto Veiga, diretor da Damm, importadora que está trazendo o king. O peixe custa cerca de 60% mais, diferença que pode valer a pena pela saúde e pelo sabor. ”O gosto não fica enjoativo, ele é menos gorduroso e tem uma cor linda”, diz Renata Vanzetto.

Acima, Renata Vanzetto, do Marakuthai, prefere a versão selvagem: ”não tem aquele gosto enjoativo e a cor é linda”; à direita, niguiri de salmão do Momotaro

restaurantemomotaro.com.br marakuthai.com.br

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BALCÃO JAPONÊS Os izakayas, bares que oferecem culinária simples e bebidas da Terra do Sol Nascente, viraram febre em São Paulo. Aqui, um pequeno guia para conhecer esse universo Por Janaina Fidalgo

Dizer que é um lugar para beber explica o que é um izakaya, mas não entrega com exatidão tudo o que ele pode ser. Mais que um bar, no Japão, é aquele lugar onde se encontra a boa e despretensiosa comida caseira, ou melhor, culinária de boteco mesmo. Um izakaya clássico não serve sushi nem sashimi – e alguns, por precaução ou orgulho, deixam isso claro em cartazes com letras garrafais. O pièce de resistance são os otoshis, petiscos expostos sobre o balcão para acompanhar doses de saquê, shoshu ou cerveja. O universo dos izakayas tradicionais de São Paulo é pequeno e pouco conhecido, mas vem virando moda, a ponto de inspirar novas casas – mais elaboradas – e o livro Izakaya – Por dentro dos botecos japoneses, de Jo. Takahashi (Melhoramentos). Para apresentá-lo a este mundo novo e inspirar sua próxima happy hour, fizemos um roteiro dos botequinhos nipônicos mais legais da cidade.

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gastronomia

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MINATO

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Expoente da nova geração de izakayas, este pequeno bar em Pinheiros tem pouco mais de um ano. Quem cuida dos dois balcões paralelos são os sócios Fabio Koyama e Sergio Kubo. De lá saem tanto os tira-gostos clássicos, como a berinjela marinada e o buta no kakuni (barriga de porco cozida lentamente com shoyu e saquê), quanto criações da dupla, como a pimenta cambuci recheada com peixe e cogumelo. Ao contrário da maioria dos tradicionais concorrentes, o Minato serve sushis e sashimis. Basta perguntar pelas melhores escolhas de cada noite. R. dos Pinheiros, 1308, Pinheiros. Tel. 11 3814 8065

O livro conta a história dos izakayas e dá receitas dos pratos servidos nesses bares

SANPO Inaugurado no início deste ano, o Sanpo pertence aos jovens Ana Kanamura e Uilian Goya. Ela cuida da carta de saquês e ele, do menu. Ali, como em seus pares mais tradicionais, não há sushi nem sashimi, dizem os cartazes, na porta e do lado de dentro. As opções variam a cada dia, mas há sempre kimchi (petisco coreano feito com acelga fermentada e pimenta), raiz de bardana e sunomono (fatias de pepino agridoce). Das opções quentes, são boas pedidas o karaguê (frango frito) e o sara udon (feito com bifum frito, carne, frutos do mar e vegetais). R. Fradique Coutinho, 166, tel. 11 3486 5924

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oriente

FOTO TATEWAKI NIO

gastronomia

BUENO Lutadores de sumô, antes de se tornarem profissionais, têm tarefas bem mundanas nas academias onde treinam – preparar a refeição dos colegas está entre elas. Foi assim que a estada do brasileiro Fernando Kuroda em Tóquio rendeu a ele mais do que prêmios. Ex-campeão de sumô, Kuroda é dono do Bueno, um dos botecos japoneses mais gostosos de São Paulo, famoso por seu chanko nabe (prato oficial dos lutadores, preparado com caldo, carne de porco ou frango, legumes e cogumelos). O bar tem um balcão convidativo onde se pode pedir porções de uma tenra barriga de porco e do picante kimchi enquanto se toma uma dose de shoshu. A língua bovina grelhada é outra ótima escolha. Al. Santos, 835, Cerqueira César, tel. 11 2386 8035

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FOTO LEKA MENDES

ISSA

Com pouco mais de dois metros de frente, este lugar passaria facilmente despercebido não fosse a aglomeração daqueles que, impossibilitados de ficar dentro do exíguo espaço, amontoam-se na calçada. O que leva tanta gente até lá, inclusive engravatados que circulam pelos fóruns da região, são as delícias preparadas por dona Líria Higuchi. Bem cedo, a cozinheira começa a preparar tudo o que será servido à noite por ela e seus dois filhos, os lutadores de sumô Taka e Yoshi. Tanta antecedência se explica pelo tamanho da cozinha, um cubículo que mal comporta a cozinheira. É dela um dos mais saborosos kimpira gobô, uma conserva de legumes. O fígado de boi com nirá também é imperdível. R. Tomás Gonzaga, 57, tel. 11 3277 9124

FOTO TATEWAKI NIO

KINTARÔ

Atrás do longo balcão de madeira ou se esticando para fazer chegar algum petisco às mesas do tatame, dona Margarida Haraguchi (foto abaixo) é a alma do Issa. Cabelo sempre impecável e sorriso nos lábios, é ela quem reconforta notívagos solitários com comida boa e conversa agradável. Ou faz festa com grupos animados que por ali param para mais um trago e alguns takoyakis – bolinhos de polvo grelhados. Do balcão saem outros saborosos otoshis, como são chamadas as entradinhas japonesas. Experimente a delicada berinjela e o kimpira gobô (raiz de bardana). Se a fome for maior, peça um nabeyaki udon bem quentinho. É o conforto em forma de alimento. R. Barão de Iguape, 89, tel.11 3208 8819

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gastronomia vintage

GOSTO DE INFÂNCIA

FOTO RUTH HORNBY PHOTOGRAPHY

O café coado, aquele que nossas avós faziam, agora é moda entre os baristas e volta a fazer parte do cardápio de bons restaurantes

Um certo ar nostálgico vem tomando conta dos restaurantes da cidade há algum tempo. Agora, esta moda chegou ao cafezinho. Para fechar a refeição, casas como Vito, Epice e Attimo, para citar alguns nomes, vêm oferecendo uma boa xícara de café coado. Aquele mesmo, passado no coador de papel, que nossas avós faziam muito antes de as máquinas de expresso entrarem para a lista dos eletrodomésticos quase indispensáveis nas residências. ”É só um retorno ao que já fazíamos bem, assim como acontece na gastronomia, que voltou a valorizar ingredientes das nossas avós”, diz a barista Isabela Raposeiras, à frente do Coffee Lab. A casa, na Vila Madalena, em São Paulo, tem algumas dezenas de versões de café, mas os coados já são os mais pedidos pela clientela. A diferença, para quem prova uma boa versão de coador, é que se tem uma bebida menos concentrada e mais saborosa. Como não passa Por Ana Ferrone pela pressão da máquina, as características de cada grão ficam ressaltadas e Retrato José Bassit ele fica menos viscoso, já que a filtragem do expresso faz com ele tenha aquela crema de óleos essenciais que não se dissolvem na água. ”O coado fica mais elegante pois seu processo é diferente.” Na página anterior, a barista Isabela Raposeiras no Coffee O chef Alberto Landgraf também incluiu Lab, onde o café coado já é mais pedido do que o expresso o café de coador no cardápio do Epice. Combina com as refeições leves e os ingredientes frescos das receitas, principalmente das sobremesas. ”É mais equilibrado”, diz. No italiano Vito, a ideia é conseguir um café de mais qualidade, uma vez que não há um barista de plantão no restaurante. ”Além disso, ele permite realçar sabores e aromas mais complexos”, diz Ana Cândida Ferraz, sócia do Vito. Na sorveteria Frida e Mina vale o mesmo: o café de coador parece ser a melhor opção para combinar com seus ingredientes naturais, além de ter tudo a ver com o estilo vintage do lugar. vitorestaurante.com.br raposeiras.com.br fridaemina.com.br epicerestaurante.com.br

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VIAGEM VALE A PENA SE AVENTURAR PELO HIMALAIA INDIANO, COM SUAS PAISAGENS DE TIRAR O FÔLEGO. NA FRANÇA, NAVEGUE TRANQUILAMENTE NO CANAL DO MIDI, ENTRE CASTELOS E VINÍCOLAS


viagem

no ar rarefeito

MONTANHAS MĂ GICAS

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Uma viagem pela imensidão do Himalaia indiano, com sua religiosidade e natureza de tirar o fôlego, para inspirar aventuras em grandes altitudes

O ar rarefeito nos dá as boas-vindas em Leh, capital da região indiana de Ladakh, e não deixa dúvidas: estamos nos Himalaias. A cordilheira montanhosa que se esparrama pelo Sul da Ásia, atravessando Paquistão, Índia, China, Nepal e Butão, não apenas exibe o Everest, e outras das mais altas montanhas da face da Terra, como também esconde – com seus cumes salpicados de neve eterna – redutos perdidos no tempo, costumes esquecidos e gente para quem a palavra Internet não significa absolutamente nada. Oficialmente, estamos na parte oriental do estado de Jammu/Kashmir, extremo Norte da Índia, um lugar militarmente estratégico, entrincheirado entre a China e o Paquistão. Na prática, trata-se do antigo reino do Ladakh, um dos mais tradicionais e intocados oásis de budismo tântrico remanescentes no mundo.

Texto e fotos Cindy Wilk

TESOUROS RURAIS Por mais que Leh seja uma cidade agradável e calma para os padrões indianos, o mais legal de Ladakh é, sem duvida, a área rural. Zanzar por vilarejos como Nimoo, às margens do Rio Indus, é uma volta ao passado. Já o vilarejo de Shey (foto ao lado), antiga sede do reinado, guarda um dos mais inspiradores monastérios. Thiksey Gompa, do século 15, foi feito à imagem e semelhança do Potala Palace, o antigo palácio real tibetano, de onde o atual Dalai Lama fugiu para exilar-se em Dharamsala, também na Índia. Aqui, quem estiver disposto a acordar com as galinhas pode acompanhar as rezas matinais. Mais difícil é engolir o chá preto com a gordurosa manteiga de iaque gentilmente servido pelos pequenos monges.

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BRAVA GENTE Viver a altitudes que variam de 3500 a 4500 metros e temperaturas congelantes não é para qualquer povo. Os bravos ladakhis cultivam cevada no meio do verão e batatas no final. Ajudadas por um ou dois Dzo, um cruzamento de vaca com iaque, famílias inteiras dão conta de tirar da terra as batatas (foto abaixo) que serão estocadas para um longo e recluso inverno. Grande parte da população, especialmente os mais idosos, não fala nem hindi, e muito menos inglês. A comunicação não costuma ir além do julé – com um “é” arrastado no final – combinado ao movimento da cabeça em direção às mãos unidas num respeitoso gesto budista. Mas até mesmo em Ladakh percebem-se ventos de mudança. Dolkar Wang (à esquerda), de 27 anos, já passou temporadas em Délhi, fala bom inglês, ainda é solteira, pretende trabalhar com turismo e prefere Bollywood às novelas em hindi que sua mãe sintoniza na parabólica.

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SURPRESA BUDISTA Não é fácil chegar ao Monastério de Likir, cercado de montanhas e conectado ao resto do planeta por uma esburacada e tortuosa estrada. E vale cada grão de poeira ingerido. Erguido no século 11, hoje é lar de cerca de 120 monges, tem uma escola que prepara 30 meninos para a vida monástica e é liderado por Ngari Rinpoche, encarnação do irmão mais novo do Dalai Lama. Em junho, o próprio Dalai Lama deu uma passada por ali. A visão do imenso buda dourado sentado sobre o prédio colorido(abaixo) e cercado pelas montanhas vale mais do que qualquer prosa.

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no ar rarefeito

PEQUENO TIBETE O reino do Ladakh manteve-se independente até 1840, quando acabou anexado aos domínios dos marajás de Jammu e, mais para frente, à Índia Britânica. Culturalmente, entretanto, os ladakhis sempre foram muito mais próximos aos vizinhos tibetanos. Hoje, esse antigo reino é o que o Tibete, sob ocupação chinesa, deixou de ser. Um reduto religioso com monastérios de arquitetura tradicional budista – os gompas – enfeitam o topo de montanhas ocres no verão e nevadas no inverno. E vilarejos repletos de casinhas quadradas ganham o colorido das bandeiras de oração balançando ao vento (fotos acima e à direita).

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COM A CORRENTEZA Ladakh é também uma viagem incrível para quem gosta de atividades na natureza. Um lindo trajeto de 4x4 pela impressionante estrada que margeia o Rio Zanskar, correndo no veio do cânion de mesmo nome, revela paisagens (à esquerda) e pessoas inacreditáveis a cada curva. No verão, o rio é perfeito para rafting. E mesmo nos meses de inverno, entre outubro e junho, quando aviões comerciais quase não voam para lá, alguns poucos estrangeiros dispostos a enfrentar temperaturas que chegam a -30ºC aventuram-se por essas bandas atrás de observar os raros leopardos de neve.

O JOGO DOS PLEBEUS Poucas tradições estrangeiras conseguiram atravessar os áridos paredões de pedra das cordilheiras de Ladakh e de Zanskar, que compõem a Grande Cordilheira do Himalaia neste ponto, e ganhar o coração do ladakhi como o pólo. O esporte persa chegou no século 15 pelos lados da Caxemira. Mas o “jogo dos reis”, por aqui, é coisa de plebeu: a estatura dos cavalos está mais para pôneis e a eclética plateia congrega monges, soldados, agricultores e turistas (poucos). É costume que grupos de música folclórica acompanhem as partidas. Por duas semanas em setembro, o Ladakh Festival lota o bem cuidado campo de pólo de Leh, com vista para o Tsemo Fort, uma das atrações da cidade (abaixo).


FOTO BRUNO MORANDI


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O CAMINHO DAS ÁGUAS Castelos, vinícolas, vilarejos medievais e campos de girassóis. Tudo isso permeia o roteiro por um dos mais belos canais navegáveis da Europa, o Canal do Midi. Melhor ainda se você alugar seu próprio barquinho

FOTO ARIAS GONZALO

Texto Isabela dos Santos

À esquerda, a pénichette navega a lentos 8km/h pelo Canal du Midi, o suficiente para curtir a paisagem; acima, a vista de Castelnaudary, uma das cidades do trajeto

Quis a história, e a natureza, que a região de Languedoc-Roussillon, no Sul da França, guardasse o que parece ser um pequeno país à parte. O lugar é cheio de vestígios de outros povos, como romanos e cátaros, vilarejos medievais, cidades amuralhadas – Carcassonne é sua maior expoente –, vinhas verdejantes e uma culinária característica. E é ali que figura um dos mais adoráveis canais da Europa: o Canal do Midi. Construído no século 17, trata-se de uma obra de engenharia notável, com 240 quilômetros de extensão (entre as cidades de Toulouse e Sète), que durante anos serviu para transportar trigo, vinho, tecidos e pessoas. Nos anos 1980, renasceu para o turismo. Hoje, cerca de 50 mil visitantes passam por ele anualmente. Há como fazer a viagem de carro, de trem ou contratando passeios curtos de barco pelo canal. Mas nada que se compare a alugar uma pénichette, barquinho que funciona como uma casa flutuante, com cama, banheiro e cozinha, e sair navegando ao sabor da correnteza. Você capitão O processo é bem simples. Você faz a reserva em sites – como o Locaboat e o Caminav – e escolhe entre barcos que comportam de duas até 15 pessoas. Pela fato de a velocidade máxima no canal alcançar apenas vagarosos 8km/h, não é preciso habilitação para pilotar. Na hora de retirar o barco da locadora você recebe uma aulinha rápida para aprender a manejá-lo. É preciso determinar tam-


À esquerda e abaixo, a vila de Bram, uma das cidades à beira do canal; ao pé da página, as vinhas do château Villerambert-Julien, em Carcassone, ponto de referência da região

caminav.com comteroger.com hotelduchateau.net locaboat.com

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Barcos e bicicletas Os dias a bordo passam très doucement. Com bicicletas alugadas cumpre-se a distância entre as marinas e as vilas, onde se pode aportar e sair para passear e comprar pães, croissants, queijos, confit de pato e conservas para petiscar no barco. Entre as possíveis paradas, há lugarzinhos pitorescos, como Marseillette, rodeado de vinhas, e cidadezinhas, como Trèbes e Argens-Minervois, esta última com uma igreja românica e muitos jardins. Vale também conhecer Castelnaudary, a terra original do cassoulet: vá ao tradicional restaurante Au Petit Gazouillis e peça ao garçom essa espécie de feijoada de feijão branco, linguiça e pato. Carcassonne, uma das maiores cidades fortificadas da Europa, é o ápice da viagem. Entre as muralhas de La Cité, o “centro histórico”, despontam 52

FOTO TOM

bém a duração do roteiro e as cidades a serem visitadas. O trecho mais bacana fica entre Le Somail e Castelnaudary, onde o canal é enfeitado por pontes com arcos, túneis e eclusas, plátanos, ciprestes e castanheiras enfileiradas nas margens. Nas suas imediações, vinhas e campos de girassóis, além de vilarejos medievais onde se multiplicam castelos e muralhas (ou pelo menos restos deles) e ruelas labirínticas de pedra.

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FOTO PAUL PALAU

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Acima, Carcassonne, uma das maiores cidades fortificadas da Europa; abaixo, o restaurante Au Comte Roger é a melhor opção para fugir da legião de turistas por lá

torres de contos de fadas com quase 2500 anos de história, e construções como a bela basílica gótica de Saint Nazaire e o Castelo Comtal. Entre os restaurantes tomados de turistas, a melhor opção é o Au Comte Roger, com um agradável pátio ao ar livre e menu inventivo do chef Pierre Mesa. Carcassonne tem também boa oferta hoteleira: o Hôtel du Château tem 17 quartos bem decorados, piscina, spa e vista irretocável de La Cité, principalmente no começo da noite, quando as torres se iluminam. No mais, a cidade é boa base para fazer passeios nas vinícolas da região, como a Château les Carrasses, uma propriedade do século 19 com um restaurante de primeira, e a Château VillerambertJulien, mais rústica. Nas duas dá para agendar tours, fazer degustações e comprar algumas garrafas de vinho para levar de volta ao seu barco e bebericar enquanto desliza pelo Canal do Midi.

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TERRA À VISTA No Norte do Chile, o Tierra Atacama Hotel Boutique & Spa aparece como um oásis de bemestar e design contemporâneo Texto Thelma Lavagnoli

Acima, o vulcão Licancabur, ou ”o pai da gente” para os locais, que faz parte da vista; no alto, uma das lagunas do deserto, onde os viajantes fazem uma parada para piqueniques durante os passeios

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O trajeto, feito por uma estreita via de terra, do aeroporto até o hotel, aos poucos apresenta o cenário monocromático do deserto ao norte do Chile. Durante uma hora e meia, vê-se apenas arbustos, cactos, casas baixas em tons terrosos e as formações rochosas que parecem não ter fim. Por isso é que o Tierra Atacama Hotel Boutique & Spa é um oásis para viajantes cansados. A construção contemporânea, de madeira e pedras, circundada por muros de adobe, espécie de tijolo de argila, parece uma fortaleza à primeira vista. Mas essa sensação muda assim que se é recebido por um dos membros do simpático staff com um pisco sour de boas-vindas (bebida feita com pisco, suco de limão e pimenta, cuja autoria é disputada por Chile e Peru). Logo na entrada, o pé-direito alto e as janelas ao fundo permitem ao hóspede uma vista grandiosa do vulcão Licancabur. Espécie de ponto de referência

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para os locais, seu nome significa algo como “pai da gente”. O projeto arquitetônico do hotel, feito onde antes funcionava um curral de touros, garante a quem estiver hospedado ali poder avistá-lo de quase todos os cômodos, decorados com uma simplicidade chic e cheia de elementos rústicos, como os galhos de uma árvore seca que adornam o teto. Todas as refeições podem ser feitas dentro do hotel, uma ótima opção, considerando que boa parte dos hóspedes passa o dia em passeios externos sob um sol escaldante. E como o menu muda quase que diariamente, sempre há algo novo para se provar. O lombo de porco com milho é uma escolha saborosa, assim como os sorvetes artesanais do hotel, que valem cada caloria. Alguns dos legumes e frutas utilizados no preparo dos pratos vêm da horta da propriedade. Ou seja, frescor garantido.


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sob o sol

Por lá, vinho é sempre uma boa pedida. O Tierra Atacama, claro, tem uma boa seleção de rótulos chilenos. E vale a pena pedir uma garafa de sauvignon blanc fresquinho para relaxar nas espreguiçadeiras próximas à piscina e à jacuzzi do spa do hotel, uma atração e tanto. Entrar na água fria, no entanto, é outra história. Entre junho e agosto, as temperaturas não costumam passar muito dos 20ºC. Nessa época, a piscina indoor aquecida, na área do spa, é mais convidativa. Spa e caminhadas Explorar a região como um verdadeiro trekker significa estar preparado para as mudanças climáticas. Alguns tours acontecem de madrugada, período em que as temperaturas são geralmente negativas. Logo que se chega ao lugar, a sensação é de sede constante, pele

ressecada, por conta da aridez, e uma possível dor de cabeça devido à altitude – a região está a pelo menos mais de 2 mil metros acima do nível do mar. Para comparação, São Paulo está a menos de mil. E isso é levado em conta pelos guias do hotel na hora de montar o roteiro de passeios. A mais de 4 mil metros, os Géiseres del Tatio, por exemplo, costumam ficar por último, para os hóspedes que já estão mais acostumados. Antes disso, visitar as formações rochosas do Valle de la Luna, que chegam a ter um milhão de anos, vale muito. É uma trilha relativamente fácil, ainda que de visual impressionante. Depois de alguns dias de adaptação, não deixe de agendar um piquenique com vista das Lagunas Altiplânticas Miscanti, um cenário composto de montanhas, vulcões e lindas lagoas azuis a 4 mil metros de altitude.

Em sentido horário, vista externa dos quartos do hotel; a piscina interna do spa; e a decoração rústicochic do restaurante

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À direita, um dos quartos: simplicidade e conforto, mas nada de tecnologia; abaixo, sobremesa servida no restaurante do hotel

tierraatacama.com

Entre uma aventura e outra, dá para se livrar da areia, que se acumula até entre os cabelos, nas duchas externas dos quartos, um charme à parte nos dias mais quentes. Rodeadas por paredes de pedra e sem teto, foram feitas pensando nos hóspedes que querem tomar banho olhando o céu. Esse pequeno luxo é oferecido em quase todos os 32 quartos do Tierra Atacama. Depois da ducha, feche as cortinas que cobrem suas enormes janelas e curta seu merecido descanso. E é mesmo para descansar: nenhum dos quartos tem apetrechos high-tech. Ver televisão na cama, por exemplo, está fora de cogitação. Só há uma, na área comum. Os quartos são simples e funcionais, com calefação e ar-condicionado. A cama, confortável, é, sem dúvidas, o elemento principal. Além da vista. Mas a rede Wi-Fi está disponível em qualquer lugar. Portanto, se você levar seus gadgets, tudo resolvido. A pausa entre passeios, trilhas e cavalga-

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das também pode ser feita no Uma Spa. O time de profissionais oferece massagens e tratamentos que incorporam elementos naturais do deserto, como sal rico em lítio e ervas. Um dos highlights é a massagem com pedras vulcânicas quentes e frias. Elas são colocadas em pontos estratégicos do corpo, eliminando tensões e proporcionando relaxamento. Se optar pelo sistema all-inclusive, as preocupações acabam desde o aeroporto de Calama, que está a cerca de uma hora do Tierra Atacama e recebe voos diários de Santiago, capital chilena e porta de entrada para os turistas estrangeiros. Além de todas as refeições, a opção inclui benefícios como excursões pela região e traslado de ida e volta até o aeroporto. Um dia no hotel basta para provar que a sua proposta é celebrar o entorno. Mas o ideal é reservar uma semana para curtir tudo o que está dentro e fora da propriedade.



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CULT UR A

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L A ZER

UM ROTEIRO DE EXPERTS PARA VER A BIENAL DE ARTES COM OUTROS OLHOS. NASHVILLE, A ANTIGA MECA COUNTRY, ATRAI AMANTES DE TODOS OS GÊNEROS MUSICAIS. UM TOUR PELOS MELHORES BARES DE MÚSICA AO VIVO DE SP


FOTO PEDRO IVO TRANSFERETTI

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MOSTRA DE IDEIAS Quatro personalidades do mundo das artes indicam suas escolhas e ajudam você a traçar um roteiro imperdível desta Bienal Por Barbara Heckler

Nunca a Bienal de Artes de São Paulo esteve tão plena de obras feitas especialmente para ocupar o prédio de Niemeyer. São os chamados site specifics que, nesta edição, a de número 31, são responsáveis por mais da metade das 250 obras feitas por mais de 100 artistas. “Desta vez, ela está menos plástica e mais cheia de ideias. Exige dedicação e tempo para se ver tudo”, explica Marga Kroeff, galerista da Bolsa de Arte, de Porto Alegre. E é exatamente como a equipe de curadores, liderada por Charles Esche, quer que esta seja vista. Intitulada Como Falar de Coisas que Não Exis-

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tem?, os idealizadores passaram a utilizar a palavra “projeto”, em vez de “obra”, para se distanciar do artista individual e se aproximar de um trabalho processual, colaborativo. “Parte significativa da exposição é composta de vídeos. Trata-se de algo que tem a ver com a trajetória de desmaterialização da arte nos séculos 20 e 21”, lembra o colecionador Telmo Porto. Para se orientar melhor diante de tanta novidade, convidamos quatro personalidades do mundo das artes visuais para darem seus palpites sobre o que ver – e rever –, quantas vezes for necessário.


SANDRA CINTO A artista paulistana tem uma grande trajetória nas artes visuais: escultora, desenhista, pintora, gravadora e professora. Desde os anos 1990, Sandra apresenta seu trabalho em museus e instituições de todo o mundo, como em Nova York, Santiago de Compostela, Madri, Brumadinho (Inhotim), São Paulo. Hoje, toca o Ateliê Fidalga com o marido e também artista, Albano Afonso, orientando novos nomes. “Uma forma de retribuir toda a ajuda que tivemos em nossa carreira.” Etcétera… e León Ferrari — Errar de Deus “O coletivo argentino fez uma instalação em cima das obras desse grande artista conterrâneo do grupo. É uma espécie de tribunal, onde são julgados personagens públicos. A produção de Ferrari tem uma importância histórica na América Latina, com seus trabalhos políticos.” Edward Krasinski — Spears “Assim como Léon Ferrari, o polonês Krasinski tem uma importância histórica nas artes. Foi muito acertado por parte da curadoria da Bienal contrabalancear tantos jovens artistas, nesta edição, com dois veteranos de peso.”

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Yuri Firmeza – A Fortaleza / Nada é “O artista paulistano radicado no Ceará faz dois vídeos debruçando-se sobre a memória e as experiências individuais. Paralelamente à Bienal, também expõe na galeria Casa Triângulo. Firmeza é muito relevante na cena atual das artes e tem feito exposições significativas.”

Sandra Cinto, artista plástica que toca o Ateliê Fidalga, indica a obra do polonês Edward Krasinski

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Anna Boghiguian — Cidades à Margem do Rio “Não conhecia esta artista egípcia e me surpreendi. Ela realizou uma instalação enorme com placas de favos de mel. Várias pessoas comentaram comigo que também ficaram admiradas. A obra é poética ao misturar memórias, um mobiliário e o odor de mel.”


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FOTO PEDRO IVO TRANSFERETTI

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TELMO PORTO Professor de engenharia na POLI-USP, Telmo Porto é engajado na arte, desde a adolescência. Nascido no Rio de Janeiro, costumava ir com o avô materno aos ateliês de Iberê Camargo e de Di Cavalcanti. Ao crescer, criou gosto pelo colecionismo e é convidado constante do conselho de grandes museus, como o MUBE, a sociedade de amigos do MAM e a Pinacoteca. “Diante de uma obra de arte nos sentimos ‘provisoriamente’ completos e saciados”. Edward Krasinski — Spears e Outros Trabalhos “Obras dos anos 1960, do polonês Edward Krasinski – já falecido. As esculturas, feitas de objetos do cotidiano, são cerebrais exercícios de contraposição entre obra e espaço, linha e volume, luz e sombra. Belíssimas.” Thiago Martins de Melo — Martírio “Excelente pintura e imagens politizadas e incômodas do artista maranhense. Conviver com suas obras não é fácil se olharmos com atenção para suas figuras. Ao mesmo tempo, a cor nos agride e nos seduz. É claro que tem influências (Neo Rauch, expressionistas e neoexpressionistas alemães), mas não existe artista sem antecedentes!”

Éder de Oliveira — Sem Título “Os grandes murais são impactantes. Uma parede inteira, com pinturas realistas, assinadas pelo paraense, com rostos de criminosos brasileiros. E ele os colocou ali, em plena Bienal. Lembrou-me, um pouco, do muralismo mexicano.”

Ao alto, o artista Thiago Martins em trabalho, uma das escolhas de Telmo Porto; acima, foto de um parquinho feita pela gaúcha Romy Pocztaruk

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FOTOS DIVULGAÇÃO

Romy Pocztaruk — A Última Aventura “Foi a primeira vez que vi o trabalho desta jovem artista. Suas fotos são poéticas, de alta qualidade. Ela também inseriu pontos brilhantes nas imagens, gerando um resultado bem bonito. Seus temas brasileiros não são óbvios nem folclóricos. Fiquei impressionado.”


FOTO PEDRO IVO TRANSFERETTI

WALDICK JATOBÁ

Acima, sala do pavilhão com obras do polonês Edward

O colecionador Waldick Jatobá usa sua formação e sua experiência de economista para aplicar em suas grandes paixões: a arte e o design. É o idealizador e diretor artístico do MADE – Mercado de Arte Design, a primeira feira de design e arte internacional do Brasil. Ainda é responsável pela direção artística da carioca Galeria Luciana Caravello e foi curador da Galeria Firma Casa.

Krasinski, uma das mais comentadas desta edição

Thiago Martins de Melo — Martírio “Já conhecia Thiago, um jovem com alto potencial de crescimento. Sua instalação é um site specific. Ele retrata alguns ritos tribais, com índios quase em tamanho real. São esculturas de borracha, pneu velho, tudo em 3D.”

Armando Queiroz com Almires Martins e Marcelo Rodrigues — Ymá Nhandehetama “Armando é um jovem e grande artista do Pará. Vem mostrando muito talento e reforça com este vídeo que reconstitui a experiência da violência na Amazônia.”

FOTO CHRISTIAN CRAVO/ARQUIVO WISH CASA

Anna Boghiguian — Cidades à Margem do Rio “Uma das mais bonitas instalações desta edição da Bienal. Construída com favos de mel, a egípcia Anna faz relações entre a organização das colmeias e a vida em sociedade, em poemas bem interessantes. Tive a oportunidade de conhecê-la quando visitei a obra. É uma artista bem pitoresca.” Edward Krasinski — Spears e Outros Trabalhos “Tem muita gente comentando sobre a sala com as obras deste veterano polonês. A luz dramática do ambiente ressalta as estruturas muito finas, metalizadas, que remetem a móbiles. O trabalho emana um espírito jovem e lúdico do artista.”

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bienal

MARGA KROEFF

De cima para baixo, Cartas ao Leitor, de Walid Raad, e os vídeos de Mark Lewis

Há 34 anos no mercado de arte, Marga Kroeff, dona da Bolsa de Arte, de Porto Alegre, está aportando agora em São Paulo. A galeria abriu suas portas na cidade há poucos meses, para ”estar mais próxima do centro cultural do País”. Além de galerista, Marga é colecionadora e costuma frequentar a alemã Documenta de Kassel e a italiana Bienal de Veneza para acompanhar novas produções artísticas. “Essa sensação é o que me instiga nas artes, a de sempre querer conhecer mais.” Walid Raad — Cartas ao Leitor “Já vi muitas vezes o trabalho deste libanês. Ele participou até de uma das Documentas de Kassel. Ele me surpreende sempre. Nesta obra da Bienal ele enfileirou painéis coloridos, feitos a partir de paredes pré-fabricadas e desenhos inspirados em obras árabes.”

FOTO LEO ELOY

Mark Lewis — Invenção “Lewis fez dois vídeos especialmente para esta Bienal. Este artista canadense é bem importante para a cena contemporânea. Aqui, chama a atenção o espaço com vidro e aço que criou para abrigar seus vídeos e que espelham o parque para dentro do pavilhão.”

FOTO PEDRO IVO TRANSFERETTI

Yael Bartana — Inferno “O vídeo desta artista israelense é uma superprodução. Trata-se de um edifício da Igreja Universal sendo demolido e que remete às grandiosidades religiosas. Já conhecia a trajetória dela da Bienal de Veneza. Inferno é para se ver mais de uma vez.” Romy Pocztaruk — A Última Aventura “Esta jovem artista gaúcha vem me surpreendendo. A Última Aventura é um projeto que ela desenvolve há alguns anos. São fotos resultantes de uma travessia que Romy fez na Rodovia Transamazônica e mostra resquícios de um Brasil decadente. Para a Bienal ela fez mais imagens.”

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cultura


@juliookubo

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sonoridade

CIDADE DA MÚSICA

Nashville, capital do Tennessee, deixou de ser apenas a Meca country dos EUA. Hoje, divide harmoniosamente o som de raiz com outros ritmos urbanos, na cena musical mais democráticas do país Texto Mariana Tramontina

Nashville leva a sério o apelido de ”Cidade da Música”. Ao desembarcar do avião na capital do estado americano do Tennessee, o visitante é saudado por artistas locais, que oferecem exemplos do que há de melhor na cena cultural local. As atrações fazem parte do projeto Music in the Terminal, que recebe anualmente cerca de 100 músicos de todos os gêneros nos quatro palcos espalhados pelo seu aeroporto internacional. E a saudação de boas-vindas em forma de canção é apenas a porta de

entrada para um dos lugares mais ricos e democráticos – em termos musicais – dos EUA. As bandas Kings of Leon e The Black Keys, que têm pouco a ver com Johnny Cash, mudaram-se para a cidade recentemente procurando essa aura musical supereclética que vem tomando conta dos palcos locais. Em agosto passado, Miley Cyrus, que está entre as cantoras pop mais faladas (e controversas) da atualidade, nativa de Nashville, apresentou-se em uma lotada Bridgestone Arena.

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Acima, a Avenida Broadway, que abriga dezenas de casas de shows e bares musicais da cidade. Acima, à dir., a fachada do Robert’s Western World, que atrai turistas e locais; ao lado, o Bluebird Café, que tem filas na porta todas as noites


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No palco ou nas ruas No trajeto do aeroporto para o centro, placas decorativas em formato de palheta de guitarra chamam a atenção: ”Live Music Venue” (local de música ao vivo). São mais de 130 casas de shows com programação quase diária em uma cidade de 600 mil habitantes. A principal vitrine é a Avenida Broadway, cheia de bares e restaurantes com shows conhecidos como honky-tonk,

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apresentações gratuitas que acontecem a qualquer momento do dia. O Robert’s Western World, que privilegia o estilo bluegrass, um subgênero do country misturado com música irlandesa e jazz, é um dos poucos lugares feitos para turistas que também são frequentados pelos moradores da cidade. Lá, os shows começam às 11h da manhã. Bem perto está o Tootsie’s Orchid Lounge, casa tradicional do bairro com suas características paredes roxas e que tem entre seus frequentadores estrelas sertanejas, como Kris Kristofferson e Willie Nelson. Apresentações acontecem até mesmo na rua – artistas estão em toda parte. O Bluebird Café, aberto desde 1982, continua sendo um dos grandes tesouros de Nashville. De aparência discreta, no número 4104 da Rua Hillsboro, é um paraíso para aspirantes a músicos – foi ali que os cantores country Garth Brooks e Keith Urban aperfeiçoaram suas habilidades antes da fama. E, ainda que a programação não tenha nomes conhecidos, já são comuns as filas na porta da pequena casa, que comporta pouco mais de 50 pessoas por noite. Há


sonoridade

duas opções para se conseguir entrar: fazer a reserva pelo site ou chegar com antecedência e aguardar a saída de alguém que já estava lá dentro. Áreas como 12 South e East Nashville também estão ocupadas por bares animados, com músicos jovens e ecléticos apresentando shows de rock, bluegrass e música contemporânea. O 5 Spot, por exemplo, reúne um público de 20 e poucos anos e ficou famoso por aparecer no seriado Nashville, do canal ABC. Tradição e investimentos É grande a contribuição da cidade para a indústria fonográfica dos EUA. Desde que os principais selos e gravadoras do gênero country se estabeleceram na capital, muitos artistas passaram a fixar residência ali para estar mais perto das

oportunidades. Um dos objetivos é conseguir espaço no programa de rádio The Grand Ole Opry, criado em 1925 e que permanece no ar como a atração radiofônica mais antiga do país. Atualmente, shows semanais acontecem na sede da emissora, localizada em um complexo multimilionário de entretenimento às margens do Cumberland River, distante cerca de 15km do centro de Nashville. Antes de se mudar, a atração ficou hospedada por mais de 30 anos no suntuoso Ryman Auditorium, por onde passaram nomes como Elvis Presley, Hank Williams, Johnny Cash, Pearl Minnie e Patsy Cline. A acústica singular do auditório lhe confere até hoje o título de uma das melhores casas de shows dos EUA, e continua a receber nomes relevantes da cena atual, como Phillip Phillips, Broken

FOTO FERNANDO GUERRA

cultura

Em sentido horário, a loja de discos Grimeys, e o Museu e Hall da fama, com sua coleção de discos de ouro, onde se pode ver o Cadillac e o piano de ouro de Elvis

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Ao alto, a gravação do programa The Grand Ole Opry; acima, Marty Stuart e Keith Urban no palco; à direita, a antiga sede do programa, o suntuoso Ryman Auditorium

Bells e Jason Mraz, além de veteranos, como Vince Gill e Kris Kristofferson. Em outubro e novembro, passam pelos palcos da casa Jerry Lee Lewis, Wilco, Chrissie Hynde e Drive-By Truckers. Para se entender o gênero que influenciou de maneira tão decisiva a canção norte-americana, o Museu e Hall da Fama da Música Country é o melhor começo. Sediado em um imponente prédio com janelas em forma de teclas de piano, no coração da cidade, ele ilustra a história musical do país em uma viagem de quase dois séculos. Há objetos pessoais icônicos de Elvis Presley, como o Cadillac 1960 e o piano de ouro maciço, roupas da estrela teen Taylor Swift e uma quantidade impressionante de discos de ouro, platina e diamante disposta nas paredes. Lá é possível reservar um passeio de ônibus que segue até o clássico Estúdio B, da gravadora RCA, onde Roy Orbison, Dolly Parton e outras lendas gravaram músicas de sucesso.

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A Third Man Records é um híbrido de loja com estúdio e casa de shows. Virou ponto turístico graças à fama de seu dono, Jack White, ex-líder da banda de rock White Stripes, e à seleção de álbuns de vinil à venda. Fica em um bairro pouco propício ao turismo, na 7th Avenue, ao lado de uma fábrica e do principal abrigo da cidade. Já na 8th Avenue, uma rua de antiguidades, está a Grimey’s New & Preloved Music. É um dos melhores locais do país para comprar discos de vinil e assistir a pequenos shows. A multiplicidade é percebida nas prateleiras destinadas aos artistas locais, divididas entre astros de country comerciais, bandas de rock alternativo (Jeff the Brotherhood, Ponychase, Diarrhea Planet, Chelsea Crowell), metal e hip hop. Se há concorrentes como Nova York, Seattle e Nova Orleans levantando a bandeira de ”capital da música” dos EUA, nenhuma delas merece mais esse título do que Nashville.


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fone de ouvido

De música para dançar com as mãos para o alto a canções introspectivas e melancólicas. Sete apaixonados revelam as faixas que têm embalado seus dias Por Thelma Lavagnoli

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SOUNDTRACK MARCUS PRETO, JORNALISTA ”É possível você se analisar por meio do que está escutando. Música reflete o que está acontecendo. Ao indicar a seleção, percebi que estou numa fase alegre, ouvindo faixas animadas. Da lista, só Ela e a Lata é mais introspectiva e melancólica.” • Muitos Chocolates, Banda do Mar • Quando Estamos Todos Dormindo, O Terno • Duda, Adriano Cintra e Gaby Amarantos • Ela e a Lata, Cícero • Vista pro Mar, Silva

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MARINA DINIZ. DJ ”Música boa é o antídoto para qualquer fadiga. A pick up me energiza e dá força para lidar com tudo e todos. Dizem que quem canta seus males espanta e eu acho que quem toca se sente igual.”

FOTO VICTOR AFFARO/ARQUIVO WISH

• I Love New York, Madonna • Bullit (original mix), Watermät • Cash, Diamond Rings, Swimming Pools, D E N A • Teardrops, Womack & Womack • Saúde, Rita Lee e Roberto de Carvalho

FACUNDO GUERRA, EMPRESÁRIO ”Escuto menos música do que gostaria. Hoje não fico muito no computador, então costumo ouvir quando me exercito, uma hora por dia. É pouco, mas é o que me restou.” • Alghalem, Terakaft • You on the Run, The Black Angels • Got to Make a Way, Joe Higgs • Hurry on Sundown, Hawkwind • Trilha de Sumé, Lula Côrtes e Zé Ramalho

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cultura

fone de ouvido

LUCIANO CALÇOLARI, CABELEIREIRO ”Durmo, acordo e trabalho o dia inteiro ouvindo música. É algo que está sempre presente em minha vida.” • Somebody Changed the Lock of my Door, The ABC and D of Boogie Woogie • The Bottle, Gil Scott-Heron • Try it Out, Gino Socio • 12-turn-13, Greg Wilsom • The Stars (Are Out Tonight), David Bowie

ARTHUR CASAS, ARQUITETO ”A música faz parte do meu dia a dia. Tenho um aparelho de som em cada cômodo da casa e playlists para toda ocasião. Acho que sou um dos poucos que ainda frequentam lojas de CD e só projeto escutando música. Meu melhor amigo é o modo shuffle do iPod!”

FOTO RUI MENDES/ARQUIVO WISH

• Song for My Brother, Avishai Cohen • La Falsa Moneda, Buika • Só Tinha de Ser com Você, Elis Regina e Tom Jobim • Senza Fine, Zizi Possi • Sinhá, Chico Buarque


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BENNY NOVAK, CHEF ”A música tem o poder de uma máquina do tempo e várias canções me levam a momentos incríveis da minha vida. É uma relação de paixão, dependo dela para criar, alimentar a alma, beber, viver, tomar banho e dormir.”

FOTO VICTOR AFFARO/ARQUIVO WISH

• From Now On, Supertramp • Let me Try Again, Frank Sinatra • Squib Cakes, Tower of Power • Losing End, Neil Young and the Crazy Horses • Who’s Been Talking, Howlin’Wolf

GUTO REQUENA, ARQUITETO ”Eu acordo e vou dormir ouvindo alguma coisa. Afinal, música faz parte de todos os momentos do meu dia. Acredito que ela e o design estão intimamente ligados e essa relação aparece em muitos trabalhos, como a minha recente coleção intitulada Samba.” • Canto de Ossanha, Vinicius de Moraes • Retrograde, James Blake • Haydi Gel Benimle Ol, Sezen Aksu • Lonely C, Soul Clap • Carinhoso, Pixinguinha

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cultura

ao vivo

O SOM AO REDOR Em torno de mesas, drinks e comidinhas, bons shows de jazz, blues e MPB. Do rústico ao sofisticado, conheça os melhores bares para comer e ouvir boa música

Por Ana Ferrone

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De um bar noir, onde cantoras de voz suave se apresentam ao lado de um piano de cauda, a uma garagem escondida e decorada com sucata, onde se apresentam atrações internacionais do jazz. Em São Paulo, é grande a lista de casas que oferecem música ao vivo para acompanhar drinks e pratos. Selecionamos os melhores locais para você ouvir atrações nacionais e estrangeiras em palcos quase privês. Faça o roteiro completo, já que cada um tem sua vertente: vá de música de vanguarda, no café-teatro Casa de Francisca, e de sons latinos, no Jazz nos Fundos. E termine com uma noite a dois e culinária de qualidade no Baretto ou no Madeleine. Em quase todos a procura é grande. Vale a pena reservar com alguma antecedência para ver – e ouvir – de perto.

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RIVIERA BAR O bar e restaurante (foto acima) leva a assinatura de Facundo Guerra – dono dos clubs Lyons e Yatch – e do chef Alex Atala, do D.O.M, o que por si só já é receita de sucesso. Além dos drinks, como o Terra da Garoa, preparado com cachaça orgânica, gengibre, hortelã e capim-santo, e sanduíches elaborados, às sextas e aos sábados o Riviera apresenta shows de jazz e blues a partir das 21h. Atrações à parte são o prédio e sua história: instalado no edifício Anchieta, o atual Riviera é uma releitura do bar que, durante os anos 1960 e 1970, foi reduto de artistas, intelectuais e boêmios. Hoje, depois de reformulado pelo escritório do arquiteto Marcio Kogan, virou um belo cenário para as apresentações musicais. Av. Paulista, 2548, tel. 11 3258 1268. rivierabar.com.br

BARETTO O ambiente à meia-luz, as poltronas de couro e o piano de cauda dão o tom pra lá de chic ao Baretto (foto na página anterior), famoso por seu bellini e pela boa seleção musical. O bar, instalado no térreo do hotel Fasano, nos Jardins, tem atrações de MPB, bossa nova e jazz. As cantoras Giana Viscardi e Ana Setton, residentes da casa, cantam acompanhadas pelos trios Moacir e Mario Edson. Caetano Veloso e Bebel Gilberto também passaram pelo Baretto, por isso é bom ficar atento às atrações especiais que aparecem por lá. R. Vittorio Fasano, 88, tel. 11 3896 4000. fasano.com.br

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ao vivo

JAZZ NOS FUNDOS Não espere sofisticação. Trata-se de uma garagem em Pinheiros, sem placa na porta e sem pretensão alguma. O ambiente é rústico, decorado com material reciclado e sucata. O som, no entanto, surpreende. Nomes do circuito internacional do jazz instrumental já tocaram no minúsculo palco da casa, instalado na frente de poucas cadeiras e não mais do que dez mesinhas. O restante do público assiste aos shows espalhado pelo corredor ou apoiado nos pequenos balcões, onde são servidos drinks, whiskies e cervejas importadas, além de alguns sanduíches. Aberto terças, quintas (clássicos e lançamentos), sextas (latin jazz) e sábados (noites dançantes). Em novembro a casa faz aniversário e vale conferir a programação. R. João Moura, 1076, tel. 11 3083 5975. jazznossfundos.net

MADELEINE JAZZ BAR Bem diferente da maioria dos bares lotados da Vila Madalena, este lugar tranquilo tem um público formado por casais e pequenos grupos de amigos, que se espalham pelos quatro ambientes aconchegantes. À luz de velas, bandas de jazz e música brasileira se apresentam de terça a sábado. Durante os meses de outubro e novembro, o quarteto de jazz Groofboogaloo toca às sextas-feiras, e o quinteto Trincheira, às quintas, com sua mistura de jazz e MPB. No cardápio da chef Ana Soares, petiscos vindos do forno e as boas pizzasbistrô, atração da casa. Em versão oval, são cobertas com ingredientes como camembert de cabra e presunto de Parma. Na carta, mais de 100 vinhos, além de cervejas importadas. R. Aspicuelta, 201, tel. 11 2936 0616. madeleine.com.br

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CASA DE FRANCISCA

ESTÔNIA Sob o restaurante Ramona, o bar tem drinks inspirados nas canções dos Rolling Stones, banda que tem tudo a ver com a pegada roqueira da casa. A exceção acontece às terças, quando se apresenta por lá o Estônia Jazz Trio, homenageando nomes consagrados do gênero. Av. São Luís, 282, tel. 11 3258 6385

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Se a música não fosse boa, valeria a pena conhecer o Casa de Francisca só pelo lugar: trata-se de um café-teatro como nenhum outro na cidade, com apenas 44 lugares bem próximos a um palco onde os músicos se amontoam. Mas as atrações que sobem nele de quarta a domingo também valem a visita. Arrigo Barnabé é presença constante e Nelson Ayres e seu trio aparecem com frequência. Para vê-los é necessário fazer as reservas pelo site com alguma antecedência. Chegue ao menos uma hora antes do show e peça uma polenta cremosa com ragu de cogumelos para acompanhar sua bebida, e churros recheados de sobremesa. R. José Maria Lisboa, 190, tel. 11 3052 0547. casadefrancisca.art.br


day spa

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bem-estar

RELAX DE CORPO E ALMA Um spa urbano com banhos e massagens à sombra das árvores do Ibirapuera Por Jessica Djehdian

O Kennzur é um spa urbano, mas é fácil se esquecer de que está no meio de São Paulo ao entrar no lugar. Ao lado do Parque do Ibirapuera, ele oferece dezenas de tratamentos terapêuticos feitos sob medida para os clientes recarregarem as energias. A ideia é envolver o bem-estar físico e mental com massagens, banhos e relaxamentos combinados em pacotes criados para necessidades específicas, como aumentar o alongamento muscular, esquecer

BENEFÍCIOS Clientes MasterCard® Black têm 15% de desconto nas massagens. Na compra de dois tratamentos, grátis um banho hidroterapêutico. Também têm acesso ao solarium e recebem uma taça de espumante ou uma porção de frutas ou chocolate. Obrigatória a reserva pelo tel. 11 2348-1200. Mais detalhes no site. naotempreco.com.br/saopaulo

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uma semana estressante ou desintoxicar, como promete o novo tratamento detox. “Este programa prepara o organismo para um recomeço, a partir de uma caminhada no parque”, diz a sócia do spa, Cristiane Poeta. O segundo passo é uma sauna feita com aromaterapia – essências escolhidas a dedo para ajudar a expulsar as toxinas. Por fim, uma esfoliação para remover as impurezas da pele e uma massagem dreno-relaxante. O resultado é mente descansada e corpo energizado. Cada um dos tratamentos do spa é acompanhado por especialistas que trabalham todos os sentidos. São aromas, cores e música unidos para restabelecer a harmonia física e mental. Como último pilar, a musicoterapia usa ondas sonoras como estímulo, em uma trilha personalizada para cada cliente. Os tratamentos são definidos a partir de uma consulta com o terapeuta da casa, responsável pelas indicações. É possível ainda agendar um spa day feito sob medida com os tratamentos recomendados. São 26 opções que podem ser combinadas para um dia inteiro de bem-estar e relax.


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SHOPPING DÉCOR PARA RELAXAR COM MUITA ELEGÂNCIA E ALGUMAS DAS MELHORES COMPRAS PARA SE FAZER ESTE MÊS


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black selection

BLACK BEST UMA BICICLETA ARTESANAL PARA PASSEAR NA CIDADE, UM PERFUME-DESEJO, UMA GARRAFA DE CHAMPANHE ASSINADA POR VIK MUNIZ. PRODUTOS QUE ESTÃO CHEGANDO AGORA ÀS LOJAS PARA VOCÊ NÃO PERDER NADA Por Jessica Djehdian Edição Lia Guimarães


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A bicicleta Abici Amante Uomo, feita artesanalmente na Itália, tem design puro e funcional. Banco de couro, porta-jornais no guidão e uma luz frontal que dão um toque retrô. É aquela velha mistura de alta tecnologia com design vintage que vai muito bem. Perfeita para o uso urbano. abici.com.br

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Cuir d’Ange, lançamento da maison francesa Hermès, foi assinado pelo perfumista Jean-Claude Ellena. Sua criação foi baseada em um romance autobiográfico de Jean Gino, no qual o autor descreve o cotidiano da oficina de sapatos de seu pai. Suave e romântico, traz notas de almíscar e couro. hermesparfumeur.com

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O relógio Deepsea, modelo icônico da Rolex inspirado no mergulho esportivo, estreia sua nova edição em parceria com James Cameron. O cineasta chegou à profundidade de 10.908 m no Oceano Pacífico e a marca desenvolveu um relógio – em apenas seis semanas – especialmente para a ocasião. rolex.com

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O livro Albinos, do fotógrafo Gustavo Lacerda, traz uma série de imagens que traduzem os sentimentos de orgulho, vaidade e incômodo de personagens com essa característica, de partes diversas do Brasil. A maior concentração vem de lugarejos próximos à ilha de Lençóis, no Maranhão, conhecida pelo alto índice de albinos. livrariamadalena.com.br

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A maison francesa Perrier-Jouët convidou o artista plástico Vik Muniz para fazer uma releitura da garrafa original da Belle Epoque Rosé. A edição limitada contará com apenas 240 garrafas no Brasil, que terão um quê de obra de arte. perrier-jouet.com

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black selection

Os óculos Lunettes, da franco-italiana Moncler em parceria com o cantor Pharell Williams, vêm em modelos clássicos com um toque futurista. Com estrutura de titânio, têm lentes escuras nas cores preta, vermelha, azul, amarela e verde. moncler.com

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Quem disse que bolsa é objeto de desejo só de mulheres? Esta versão masculina, de couro de cordeiro, by Giorgio Armani, segue a cartela de cores da coleção Outono/Inverno inspirada nas imagens de Aldo Fallai, o fotógrafo das campanhas da marca italiana desde os anos 1970. armani.com

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black selection

O mix de referĂŞncias da bota une coturnos militares camuflados, as hypadas chelsea boots e os sapatos clĂĄssicos. A sola de borracha garante a durabilidade e o conforto. E as tiras de couro com os monogramas LV garantem a qualidade da marca francesa mais que tradicional. louisvuitton.com

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Com design de Simon Legald, a Normann Copenhagen apresenta a poltrona ERA Lounge Chair. Contemporânea, circula em ambientes da casa ou no escritório. Disponível em duas alturas e com variações de materiais das pernas, que podem ser de madeira ou aço, e do estofamento. normann-copenhagen.com

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nécessaire

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Entre os produtos de beleza mais tradicionais do Brasil, Granado celebra quase um século e meio de história Por Thelma Lavagnoli

À MODA ANTIGA Por trás das charmosas embalagens retrô dos produtos de beleza da Granado há quase 150 anos de história. A marca tem se reinventado, mas a aparência continua bem semelhante ao que foi criado em 1870, na Rua Direita, hoje Primeiro de Março, no centro do Rio Janeiro. Ali, o português José Antônio Coxito Granado fundou sua Pharmacia, na qual vendia produtos manipulados com extratos de vegetais, plantas, ervas e flores brasileiras.

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À direita, o visual antiguinho das lojas Granado; abaixo,

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anúncio Granado da década de 1920

granado.com.br

O espaço ainda funciona. Foi transformado na primeira loja conceito da marca e é decorado por vitrines originais, propagandas antigas, quadros e pelas embalagens centenárias dos cosméticos. Além dela, existem mais de 30 lojas inspiradas nessa antiga farmácia espalhadas pelo País. Nelas, o famoso Polvilho Antisséptico Granado, que surgiu há mais de 100 anos, continua entre os carros-chefes da marca, mas divide espaço nas paratelerias com cremes, loções, sabonetes, uma linha especial para bebês, homens e até pets, criados bem depois dele. Entre os mais recentes, a cera nutritiva de unhas e cutículas da linha Pink é presença constante nos nécessaires das moças mais vaidosas. O grupo Granado foi administrado pela família do fundador durante três gerações, até que seu neto, Carlos Granado, decidiu vendê-lo. Em 1994, o inglês Christopher Freeman assumiu o controle e reescreveu a história da marca. As fórmulas dos sabonetes, por exemplo, passaram a ser totalmente vegetais. Em 2004, a marca Phebo também foi incorporada à empresa. Atualmente, os produtos vêm de duas fábricas, uma no centro da capital fluminense e outra em Belém, no Pará. E há uma terceira em construção em Japeri, no interior do Rio de Janeiro, que deve começar a funcionar parcialmente neste ano para atender à demanda crescente pelos produtos da marca, que continua jovem como nunca.

BENEFÍCIOS Nas lojas Granado do Rio de Janeiro, clientes MasterCard® Black ganham uma unidade do sabonete em barra da linha carioca ao consumirem, na mesma compra, mais de R$80,00. Para mais informações, acesse oquenaotempreco.com/rio

naotempreco.com.br/rio

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design

DOLCE FAR NIENTE

CAMAS HÄSTENS Feitas à mão na Suécia, elas têm como matéria-prima o melhor que a natureza pode prover: crina de cavalo, lã, algodão, linho e pinho. Para o enchimento, uma seleção de penugem de ganso. Com design clean e um tanto campestre, as camas Hästens mantêm a personalidade da marca por meio da qualidade impecável e do icônico tecido xadrez branco e azul. À venda na Poeira. poeiraonline.com

Redes feitas à mão, chaise para se bronzear, colchões de penugem de ganso. Se a ideia é não fazer nada, que seja em grande estilo Por Jessica Djehdian Edição Lia Guimarães

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COCOON TROPICÁLIA, POR PATRICIA URQUIOLA Produzido com técnicas de tecelagem, o balanço Tropicália tem estrutura de aço tubular e formas geométricas. Tudo isso embelezado por uma trama que cria um visual divertido, simples e contemporâneo. micasa.com.br

BANDEJA SUPORTE M2, POR ZOOCREATIVE STUDIO Com estrutura de madeira natural e aço laqueado, também pode ser usada como mesa auxiliar. Ideal para um café da manhã na cama com muito estilo. benedixt.com.br

OMBRELONE BISTRÒ, POR PAOLA LENTI

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Os super guarda-sóis fazem parte da linha Bistrò, da italiana Paola Lenti. Com direito a mesinha e banco integrados, são funcionais e mantém o formato puro, sem muitos detalhes. Disponíveis nas versões flat e meia esfera. casualmoveis.com.br

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design

CHAISE MARTINI UNA, POR GUSTAVO MARTINI O designer brasileiro criou esta chaise inspirado na obra da artista Lygia Clark. As linhas minimalistas, no entanto, conseguem ser bem confortáveis. Revestida de fibra sintética e com estrutura de alumínio. macdesign.com.br

REDE IPTI Para relaxar corpo e alma, as redes feitas em tear manual com fios de algodão fazem parte de uma coleção inspirada na vegetação e na fauna da região do Rio São Francisco. Desenvolvidas em parceria entre estúdio Nada se Leva e o IPTI, são resultado de um projeto que une o design contemporâneo ao trabalho das comunidades ribeirinhas. O objetivo é que essa produção ajude a aumentar a renda dessa população. Foram desenvolvidos mais de 50 produtos que poderão ser encontrados na Firma Casa. firmacasa.com.br

CADEIRA PAINHO, POR MARCELO ROSENBAUM Projetada pelo designer em parceria com o estúdio Fetiche, a cadeira é feita com o trançado de cordas náuticas disponíveis em 25 cores. Na base, uma estrutura vazada de alumínio. A almofada é de tecido acrílico. tidelli.com.br

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SOFÁ RAYN, POR PHILIPPE STARCK O sofá Rayn traz um sistema modular extremamente versátil e confortável, com nova tecnologia que combina espumas especiais e uma pluma sintética no estofado do assento e do encosto. Várias opções de textura, composição e cores para espaços indoor ou outdoor. collectania.com.br

PAVILHÃO AXMINSTER, POR STRAND E HVASS Funciona para um jantar ao ar livre, protegendo contra ventos frios, ou apenas como uma extensão da casa nos dias de verão. A estrutura construída em perfis de alumínio anodizado tem telhado de lona e cortinas de malha e pode ser montada em qualquer superfície. danishdesign.com.br

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surpreenda

Os clientes MasterCard Black poderão saborear as delícias dos melhores restaurantes do País pagando apenas um prato principal – o do acompanhante é por nossa conta. Basta cadastrar-se no site www.naotempreco.com.br/ surpreenda e efetuar a sua reserva pelo MasterCard Black Concierge, pelo telefone 0800 725 2025. Confira a seguir a lista dos restaurantes participantes ®

SÃO PAULO A FIGUEIRA RUBAIYAT R. Haddock Lobo, 1738 Tel. 11 3087 1399 rubaiyat.com.br AMORIM CHÉRI BISTRO E PÂTISSERIE R. Augusta, 2321 Tel. 11 3061 3283 amorimcheri.com.br ANTONIETA EMPÓRIO RESTAURANTE R. Mato Grosso, 402 Tel. 11 3214 0079 antoniettasp.com.br AROLA Tivoli São Paulo Al. Santos, 1437, 23º andar Tel. 11 3146 5963 tivolihotels.com ÁVILA STEAK HOUSE R. Bandeira Paulista, 520 Tel. 11 3071 0728 avilasteakhouse.com.br

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BABY BEEF RUBAIYAT Al. Santos, 86 Tel. 11 3170 5100 Av. Brigadeiro Faria Lima, 2954 Tel. 11 3165 8888 rubaiyat.com.br BACALHOEIRO R. Azevedo Soares, 1580 Tel. 11 2293 1010 bacalhoeiro.com.br BADEJO Al. dos Jurupis, 813 Tel. 11 5055 0238 restaurantebadejo.com.br BRACIA PARRILLA R. Azevedo Soares, 1008 Tel. 11 2295 0099 C-CULTURA CASEIRA Av. das Nações Unidas, 13301 Tel. 11 2838 3203 saopaulo.grand.hyatt. com.br CAFÉ JOURNAL Al. dos Anapurus, 1121 Tel. 11 5055 9454 cafejournal.com.br

CARLINI R. Dona Ana Néri, 265 Tel. 11 2337 6793 R. Monte Alegre, 835 Tel. 11 3801 3750 DIBACO CARNES E VINHOS R. Cardoso de Almeida, 1065 Tel. 11 3569 0024 dibaco.com.br EAU FRENCH GRILL Av. das Nações Unidas, 13301 Tel. 11 2838 3207 saopaulo.grand.hyatt. com.br ECULLY R. Cotoxó, 493 Tel. 11 3853 3933 ecully.com.br FIGO R. Diogo Jacome, 372 Tel. 11 3044 3193 figogastronomia.com.br

ILUSTRAÇÕES MARCELO PITEL

Surpreenda restaurantes


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FOLHA DE UVA R. Bela Cintra, 1435 Tel. 11 3062 2564 folhadeuva.com GHEE R. Jerônimo da Veiga, 248 Tel. 11 2197 7577 ghee.com.br GRAND CRU BISTRÔ Al. Araguaia, 1443, 1º andar Tel. 11 4191 8707 grandcrumoema.com.br Al. dos Nhambiquaras, 614 Tel. 11 3624 5819 grandcrualphaville.com.br KILLA NOVOANDINO R. Padre Chico, 324 Tel. 11 98551 8511 killa.com.br L’ AMITIÉ R. Manoel Guedes, 233 Tel. 11 3078 5919 lamitie.com.br

LA PASTA E FORMAGGIO Av. Rebouças, 3970, 3º piso Tel. 11 2197 6094 Shopping Eldorado Tel. 11 2197 6095 lapastaeformaggio.com.br MANGIARE Av. Imperatriz Leopoldina, 681 Tel. 11 3034 5074 mangiaregastronomia. com.br PARIS 6 R. Haddock Lobo, 1240 Tel. 11 3085 1595 R. Haddock Lobo, 1159 Tel. 11 2548 2790 paris6.com.br PASTA D’AUTORI R. Prof. Atílio Innocenti, 743 Tel. 11 3044 0615 pastadautori.com.br

TARSILA Al. Santos, 1123 Hotel Intercontinental Tel. 11 3179 2555 restaurantetarsila.com.br TATINI R. Batataes, 558 Tel. 11 3885 7601 tatini.com.br TORERO VALESE Av. Horácio Lafer, 638 Tel. 11 3168 7917 torerovalese.com.br VINO! R. Prof. Tamandaré de Toledo, 51 Tel. 11 3078 6442 lojavino.com.br ZUCCO Av. Roque Petroni Jr., 1089 Shopping Morumbi Tel. 11 5181 1858 zuccorestaurante.com.br

PETIT PARIS 6 Al. Tietê, 279 Tel. 11 3060 9343 paris6.com.br

RIO DE JANEIRO - RJ AMIR R. Ronaldo de Carvalho, 55 Tel. 21 2275 5596 amirrestaurante.com.br AZUL MARINHO R. Francisco Bering, s/nº Tel. 21 2513 5014 BARRACUDA Pq. Marina da Glória, s/nº Tel. 21 2265 3997 restaurantebarracuda. com.br BERGUT Av. Erasmo Braga, 299 loja B Tel. 21 2220 1887 bergut.com.br BRASILEIRINHO Av. Atlântica, 3564 Tel. 21 2267 3148 CASA DA FEIJOADA R. Prudente de Moraes, 10 Tel. 21 2247 2776

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CAVIST R. Barão da Torre, 358 Tel. 21 2123 7900 Av. Afrânio de Melo Franco, 290, loja 403 Shopping Leblon Tel. 21 3875 1566 Av. Érico Verísssimo, 901, loja A Tel. 21 3325 9882 cavist.com.br CT BRASSERIE Estrada da Gávea, 899, 3° andar São Conrado Fashion Mall Tel. 21 3322 1440 ctbrasserie.com.br CT TRATTORIE Av. Alexandre Ferreira, 66 Tel. 21 2266 0838 cttrattorie.com.br ESCH CAFÉ R. do Rosário, 107 Tel. 21 2507 5866 R. Dias Ferreira, 78 Tel. 21 2512 5651 esch.com.br


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GABBIANO Av. das Américas, 3255, loja 142 Shopping Barra Garden Tel. 21 3153 5329 gabbiano.com.br GARDEN R. Visconde de Pirajá, 631, loja B Tel. 21 2259 3455 gardenrestaurante.com.br GUACAMOLE R. Jardim Botânico, 129 Tel. 21 3178 3100 rio.guacamolemex.com.br JOE & LEO’S New York City Center Tel. 21 2432 4882 Rio Plaza Shopping Tel. 21 2295 2706 joeleos.com.br JULIUS BRASSERIE Av. Portugal, 986, loja D Tel. 21 3518 7117 KI RESTAURANTE R. Fonte da Saudade, 179 Tel. 21 2535 3848 restauranteki.com.br

LA SAGRADA FAMILIA R. do Rosário, 98 Tel. 21 2253 5572 lasagradafamilia.com.br OÁSIS Estrada do Joá, 136 Tel. 21 3322 3144 churrascariaoasis.com.br PARIS 6 Av. Érico Veríssimo, 725 Tel. 21 2494 7320 Q GASTROBAR R. Dias Ferreira, 617 Tel. 21 2113 0564 restauranteq.com.br RESTÔ IPANEMA R. Joana Angélica, 184 Tel. 21 2287 0052 restoipanema.com.br TENKAI R. Prudente de Moraes, 1810 Tel. 21 2540 5100 tenkai.com.br

BELO HORIZONTE - MG 2014 R. Levindo Lopes, 158 Tel. 31 3327 6766 68 LA PIZZERIA R. Felipe dos Santos, 68 Tel. 31 3291 7466 meiaoito.com.br A FAVORITA R. Santa Catarina, 1235 Tel. 31 3275 2352 afavorita.com.br ALGUIDARES R. Pium-í, 1037 Tel. 31 3221 8877 alguidares.com.br BENVINDO R. São Paulo, 2397 Tel. 31 2515 8883 BUONA TAVOLA R. Alagoas, 763 Tel. 31 3261 6027 buonatavola.com.br

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CAFÉ VIENA Av. do Contorno, 3968 Tel. 31 3221 9555 cafeviena.com.br

SAATORE Av. Álvares Cabral, 1181 Tel. 31 3339 3184 saatore.com.br

EPHIGÊNIA BISTRÔ R. Grão Pará, 20 Tel. 31 2535 3065 ephigeniabistro.com.br

TRINDADE R. Alvarenga Peixoto, 388 Tel. 31 2512 4479 trindadebrasil.com.br

LA VICTORIA R. Hudson, 675/687 Tel. 31 3581 3200 lavictoria.com.br

UDON R. Gonçalves Dias, 1965 Tel. 31 3243 8005

NA MATA CAFÉ R. Marília de Dirceu, 56 Tel. 31 3654 1733 namatabh.com.br O DÁDIVA R. Curitiba, 2202 Tel. 31 3292 9810 odadiva.com.br OLEGÁRIO SAVASSI R. Pernambuco, 1041 Tel. 31 3261 1552 PROVÍNCIA DI SALERNO R. Maranhão, 18 Tel. 31 3241 2205 provincia.com.br

BENTO GONÇALVES - RS NELLA PIETRA PIZZA R. 15 de Novembro, 8 Tel. 54 3451 7621 BRASILIA - DF BOTTARGA SHIS - QD 05 -CJ 9- Bloco D, Lojas 101 e 108 Tel . 61 3248 4828


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DUE TRATTORIA CLN 209 - Bloco D, loja 59 Tel. 61 3532 1018 LAKES SHCS - CL402 Bloco C, Loja 15 Tel. 61 3323 1029 OLIVER SCES - Trecho 2 Lote 02 - Parte B Tel. 61 3323 5961 restauranteoliver.com.br PLACES SHS - QD5 - Bloco H Tel. 61 3223 1526 placesrestaurante.com.br RUBAIYAT SCES - Trecho 1, Lote 1 A Tel. 61 3443 5000 TOURJOURS BISTRO SCLS 405 - Bloco D Lojas 16 e 18 Tel. 61 3242 7067 tourjoursbistrot.com.br

BÚZIOS - RJ CAFÉ ATLÂNTICO R. Alto do Humaitá, 10 Tel. 22 2623 1458 cafeatlantico.com.br CHEZ FRANÇOISE Hotel Le Relais La Borie R. dos Gravatás, 1374 Tel. 22 2620 8504 chezfrancoise.com.br SALT Orla Bardot, 468 Tel. 22 2623 6769 restaurantesalt.com.br ZUZA Av. José Bento Ribeiro Dantas, 2900 Tel. 22 2623 0519 zuzabuzios.com.br CAMPINAS - SP CASA DA MARIA BISTRÔ Av. Dr. Romeu Tórtima, 368 Tel. 19 3365 2530 casademariabistro.com.br/

CAYENA R. Capitão Francisco de Paula, 264 Tel. 19 3395 3141 cayenabistro.com.br FORNERIA SAN PIETRO Av. Iguatemi, 777 Tel. 19 3255 8677 forneriasanpietro.com.br GALLO NERO RISTORANTE R. Maria Monteiro, 59 Tel. 19 3308 5711 JOE & LEO’S Av. Guilherme de Campos, 500 Tel. 19 3208 1414 joeloes.com.br RESTAURANTE NOSOTROS R. Antonio Cezarino, 885, loja 07 Tel. 19 2511 0588 restaurantenosotros.com.br SENHORITA BISTRÔ R. Antônio Lapa, 1029 Tel. 19 3342 6999

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CANOAS - RS NELLA PIETRA R. Frederico Guilherme Ludwig, 65 Tel. 51 3476 0008 nellapietra.com.br CAXIAS DO SUL - RS NELLA PIETRA PIZZA Av. Ruben Bento Alves, 4575 Tel. 54 3202 5000 nellapietra.com.br CURITIBA - PR ALFREDO’S GALLERY R. Silveira Peixoto, 765 Tel. 41 3042 4212 alfredosgallery.com.br CAMPONESA DO MINHO R. Padre Anchieta, 978 Tel. 41 3336 1312 camponesadominho.com.br DUO CUISINE R. Desembargador Costa Carvalho, 151 Tel. 41 3244 2574 duocusine.com.br

EDVINO Al. Pres. Taunay, 533 Tel. 41 3222 0037 edvino.com.br FAMIGLIA CALICETI DI BOLOGNA R. Dr. Carlos de Carvalho, 1367 Tel. 41 3223 7102 caliceti.com.br KAN Av. Presidente Getúlio Vargas, 3121 Tel. 41 3078 8000 restaurantekan.com.br TERRA MADRE RISTORANTE R. Desembargador Otávio do Amaral, 515 Tel. 41 3335 6070 terramadreristorante.com THAI RESTAURANTE Al. Julia da Costa, 870 Tel. 41 3037 6980 thairestaurante.com.br


surpreenda

VINDOURO R. Guarda-mor Lustosa, 129 Tel. 41 3027 0700 vindouro.com.br FERNANDO DE NORONHA - PE BEIJUPIRÁ R. do Amaro Preto, 125 Tel. 81 3619 1250 beijupiralodgenoronha.com.br FLORIANÓPOLIS - SC BOULEVARD STO. ANTÔNIO R. Gilson da Costa Xavier, 40 Tel. 48 3238 3830 GRAND CRU R. Barão de Batovi, 590 Tel. 48 3333 1023 grandcru.com.br MEATSHOP GRILL Rodovia SC 401, 10954 Tel. 48 3234 9548

FREDERICO WESTPHALEN - RS

NOSTRADAMUS Hotel Gran Marquise Av. Beira Mar, 3980 Tel. 85 3263 7300 restaurantenostradamus. com.br

NELLA PIETRA PIZZA R. Santo Cerutti, 858 Tel. 55 3744 6620 nellapietra.com.br

SANTA GRELHA R. Tibúrcio Cavalcante, 790 Tel. 85 3224 0249 socialclube.com.br

FORTALEZA

SOBREIRO R. Manoel Queiroz, 511 Tel. 85 3234 0062 sobreirorestaurante.com.br

O BARBA NEGRA Av. das Rendeiras, 1628 Tel. 48 3232 5098

L’Ô RESTAURANTE Av. Pessoa Anta, 217 Tel. 85 3265 2288 lorestaurante.com.br LA PASTA GIALLA Shopping Pátio Dom Luís Av. Dom Luís, 1200 Tel. 85 3267 3070 lapastagialla.com.br

FRIBURGO – RJ PARADOR LUMIAR Estrada do Amargoso, s/nº Tel. 22 2542 4777 paradorlumiar.com

MARCEL RESTAURANTE Av. Historiador Raimundo Girão, 800 Tel. 85 3219 7246 marcelfortaleza.com.br

GOIÂNIA - GO ASSOLUTO RISTORANTE E PIZZERIA Al. Cel. Eugenio Jardim, 300 Tel. 62 3092 8281 assoluto.com.br KABANAS RESTAURANTE E BAR R, T 3, 2693 Tel. 62 3093 3393 kabanas.com.br

RESTAURANTE IPÊ Castro’s Park Hotel Av. República do Líbano, 1520 Tel. 62 3096 2007 castrospark.com.br SANTA BRASA Av. Dom Emanuel Gomes, 33 Tel. 62 3921 2688 restaurantesantrabrasa.com.br OLINDA - PE

L’ETOILE D’ARGENT R. 146, 528 Tel. 62 3924 2626 letoiledargent.com.br

BEIJUPIRÁ R. Saldanha Marinho, s/nº Tel. 81 3439 6691 beijupira.com.br

PORTO CAVE ADEGA PORTUGUESA R. 28, 210 Tel. 62 3278 2670 portocave.com

PARATY - RJ PORTO R. do Comércio, 18 Tel. 24 3371 1058 PASSO FUNDO - RS NELLA PIETRA PIZZA R. Tiradentes, 942 Tel. 54 3313 0553 nellapietra.com.br

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PELOTAS - RS NELLA PIETRA PIZZA R. Gal. Teles, 521 Tel. 53 3222 0021 nellapietra.com.br PORTO ALEGRE - RS FAZENDA BARBANEGRA R. Tenente Cel. Fabrício Pilar, 791 Tel. 51 3333 0492 fazendabarbanegra.com.br JOE E LEO’S R. Túlio de Rose, 80 Tel. 51 3362 6297 joeleos.com.br NELLA PIETRA PIZZA R. Marques do Pombal, 386 Tel. 51 3026 6000 Av. Copacabana, 800 Tel. 51 3095 2345 nellapietra.com.br

SHARIN R. Felipe Neri, 332 Tel. 51 3333 8596 sharin.com.br PORTO DE GALINHAS - PE BEIJUPIRÁ R. Beijupirá, s/nº Tel. 81 3552 2354 beijupiraporto.com.br

RECIFE - PE

RIO GRANDE - RS

BARBARICO BONGIOVANNI Av. Domingos Ferreira, 2655 Tel. 81 3325 4268 barbarico.com.br

NELLA PIETRA PIZZA R. Domingos de Almeida, 724 Tel. 53 3232 0100 nellapietra.com.br

MINGUS R. Atlântico, 102 Tel. 81 3465 4000 mingus.com.br

SALVADOR - BA

DOMINGOS RESTAURANTE R. Beijupirá, s/n Tel. 81 3552 1464 restaurante. domingosrestaurante. com.br

NABUCO Av. Boa Viagem, 1906 Tel. 81 2121 2618 restaurantenabuco.com.br

PRAIA DOS CARNEIROS - PE

NEZ BISTRO Pça. de Casa Forte, 314 Tel. 81 3441 7873 nezbistro.com.br

BEIJUPIRÁ Pontal dos Carneiros, s/n Tel. 81 3676 1461 beijupiraporto.com.br

TAPA DE CUADRIL Av. Conselheiro Aguiar, 1089 Tel. 81 3326 0250

ERCOLANO R. Alexandre Herculano, 29 Tel. 71 3012 4260

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THE BEEF R. São Paulo, 498 Tel. 71 3248 3477 RESTAURANTE 33 Salvador Shopping Av. Tancredo Neves, 3133 Tel. 71 3019 5289 restaurante33.com.br

FARID Salvador Shopping Avenida Tancredo Neves, 3133 Tel. 71 3019 9928 faridrestaurante.com.br

SÃO JOSÉ - SC

FERRAZ GASTRONOMIA CONTEMPORÂNEA R. Ceará, 339 Tel. 71 3355 0027 ferrazrestaurante.com.br

TAMANDARÉ - PE

MISTURA R. Professor de Souza Brito, 41 Tel. 71 3375 2623 restaurantemistura.com.br

PORTO ALEGRE BISTRÔ R. Olavo Barreto Viana, 18 Tel. 51 2121 6060

TABOADA BISTROT R. José Taboada Vidal, 9 Tel. 71 3334 7846

JOY JOY R. Gaspar Neves, 3153 Tel. 48 3343 1144 joyjoybistrot.com

BEIJUPIRÁ Pontal dos Carneiros, s/nº Tel. 81 3676 1461 beijupira.com.br



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ASSISTÊNCIA 24 HORAS Seu cartão MasterCard® Black lhe dá direito a seguros e benefícios exclusivos que garantem tranquilidade e conforto na hora de viajar

SALA VIP Devido à reforma do Terminal 1 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o atendimento do Black Lounge está sendo realizado no Terminal 2, no corredor de Vip Lounges. Portadores do cartão MasterCard Black (titular ou adicional portando o cartão) e seus dependentes diretos com até 16 anos têm acesso liberado ao espaço exclusivo no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, diariamente, das 6h às 23h30. Acompanhantes (limite máximo de três pessoas por cartão) pagam taxa de R$67 por pessoa. Mais informações pelo telefone 0800 725 2025 opção 2.

MASTERSEGURO DE AUTOMÓVEIS Ao alugar um carro em qualquer lugar do mundo com seu MasterCard Black, o seguro fica por nossa conta. Com o benefício, a cobertura é de até US$75 mil contra danos, no caso de colisão acidental, roubo ou vandalismo. MASTERSEGURO DE VIAGENS Ao comprar suas passagens por intermédio de uma empresa de transporte comum com o seu cartão MasterCard Black, você, cônjuge e filhos dependentes estão automaticamente protegidos contra acidentes: a ampla cobertura chega a US$1 milhão.

SEGURO MÉDICO EM VIAGENS – MASTERASSIST BLACK Com a cobertura do Seguro Médico em Viagens MasterAssist Black não há com o que se preocupar: você, cônjuge e filhos dependentes estão protegidos em até US$150 mil para gastos com despesas médicas e ofertas de cobertura adicional para convalescença em hotel, repatriação emergencial, transporte VIP, custos de emergências com viagens para familiares e muito mais.

PROTEÇÃO DE BAGAGEM Bagagem extraviada? O MasterCard Black oferece cobertura de até US$3 mil para a perda ou US$600 por atraso das malas despachadas (acima de 4 horas). Além disso, fique tranquilo: um grupo especializado está a postos para ajudá-lo nas buscas.

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Você pode contactar o MasterCard Black Concierge pelo telefone 0800 725 2025. Termos adicionais, condições, limitações e exclusões são aplicáveis.

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA EM VIAGENS Perdeu as passagens, o passaporte ou a carteira? Precisa consultar um médico ou um advogado que fale sua língua? Teve uma emergência e não sabe quem procurar ou não conhece o idioma local? Basta um telefonema e nós ajudamos com as providências necessárias para que você possa aproveitar sua viagem ou, caso seja necessário, voltar para casa o mais rápido possível. INCONVENIÊNCIAS EM VIAGENS Surgiu um imprevisto e você precisa cancelar ou adiar sua viagem? Seu cartão MasterCard Black cobre suas despesas em até US$3 mil por cancelamento. A empresa aérea atrasou o embarque? O MasterCard Black pode reembolsar até US$200 em despesas resultantes de atrasos acima de 4 horas.

PROTEÇÃO EM CAIXAS ELETRÔNICOS Se você for vítima de assalto durante o uso ou dentro de 2 horas depois de utilizar o caixa eletrônico, nós pagaremos o dinheiro roubado no valor de até US$1 mil por ocorrência. Em casos extremos, seu MasterCard Black ainda oferece uma cobertura de US$10 mil. GARANTIA ESTENDIDA Dobre a garantia de suas compras por até um ano extra além do prazo original. Clientes MasterCard Black têm cobertura de até US$2500 mil por ocorrência. PROTEÇÃO DE COMPRAS As compras realizadas com seu MasterCard Black estão protegidas em caso de roubo ou danos acidentais, durante 90 dias após a data da transação, com cobertura de até US$5 mil.

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concierge

PEDIDOS POSSÍVEIS Com o MasterCard® Black Concierge você tem diversos tipos de assistência que somente uma agência de viagens poderia proporcionar. Saiba mais

BUSCA DE OBJETOS

RESERVA EM RESTAURANTES

Se você estiver com dificuldade para encontrar algum artigo, como livros com edição esgotada e utensílios de arte, seu concierge poderá lhe ajudar a localizá-los e providenciar a entrega desses itens no destino que você preferir.

Se você optar por um jantar especial, o MasterCard Black Concierge pode indicar restaurantes e dar informações sobre sua localização, além de auxiliar nas reservas.

COMPRA DE INGRESSOS

INFORMAÇÕES TURÍSTICAS Antes mesmo de sair de casa, você já pode se manter informado sobre seu destino com o MasterCard Black Concierge, que lhe oferece indicações sobre o local de sua viagem e todos os requisitos necessários para embarcar: protocolo, etiqueta e avisos culturais, além de informações sobre documentação, vacinas e taxas de câmbio, quando você precisar.

CAMPOS DE GOLFE Para quem aproveita a viagem com uma boa partida de golfe o Concierge conta com indicações de campos públicos e semiprivados nas principais cidades. Uma boa oportunidade para sair da rotina e conhecer os melhores do mundo.

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Para conhecer mais a cultura de cada local, nada melhor do que visitar museus ou assistir a espetáculos de teatro, música e dança. Na hora da compra, não hesite, ligue para a MasterCard e saiba como conseguir seus ingressos.


Você pode contactar o MasterCard Black Concierge pelo telefone 0800 725 2025. Termos adicionais, condições, limitações e exclusões são aplicáveis

INDICAÇÕES DE PRESENTES

TRADUÇÕES DE EMERGÊNCIA

Se o momento exigir um presente especial, o concierge pode lhe sugerir onde comprar. Se faltar ideia, não se preocupe. Também damos sugestões de presentes diferenciados e específicos para a pessoa que você deseja agradar.

Conhecer o idioma do país visitado faz parte da preparação para uma viagem internacional. Mas imprevistos com a língua estrangeira podem ocorrer. Se for o caso, o MasterCard Black Concierge pode lhe oferecer interpretação de emergência ou até mesmo indicação de tradutores.

ASSISTÊNCIA MÉDICA LOJAS COM OS MELHORES PREÇOS

Para uma viagem sem preocupações, mesmo na ocorrência de algum imprevisto, o concierge fornece uma rede global de indicações de clínicos gerais, dentistas, hospitais e farmácias do local onde você estiver.

Se seu intuito for comprar e conhecer as melhores lojas do país visitado, nós sabemos onde você encontra os menores preços com qualidade. E tem mais: as lojas indicadas por nosso concierge são selecionadas a partir de comparações de preços para você economizar sempre.

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depoimentos

TUDO AO SEU ALCANCE Nosso serviço de concierge ajuda você a organizar desde um jantar muito especial até encomendar uma guloseima diretamente com o Cake Boss

EU ACEITO! O cliente MasterCard entrou em contato com o concierge para solicitar uma reserva no restaurante Terraço Itália por meio do Programa São Paulo Não Tem Preço. Não era uma ocasião qualquer, mas um jantar em que pediria sua noiva em casamento. Conseguiram planejar a ocasião do começo ao fim: uma mesa exclusiva na sala nobre, flores para celebrar o momento e uma reserva de uma noite romântica em um hotel parceiro do cartão. “Como sempre, o atendente foi extremamente prestativo.”. PARABÉNS! Durante uma viagem para Nova York com amigos, o cliente MasterCard decidiu surpreender um dos companheiros, que faria aniversário na época, com um bolo do confeiteiro Buddy Valastro, do programa Cake Boss. Tudo foi planejado para que a surpresa fosse entregue no dia em que o grupo chegasse ao hotel e as velinhas alegrassem o aniversariante. VIAGEM NO TEMPO Com a ajuda do concierge, um cliente MasterCard promoveu um dia especial para celebrar os aniversários de sua mãe e sua tia, que completavam 85 e 72 anos respectivamente. O atendente fez a reserva no restaurante escolhido e ajudou na organização de uma surpresa na escola em que as duas estudaram. “Com apoio do serviço, consegui colocar uma faixa parabenizando as duas em frente ao colégio. Foi memorável”. I LOVE NY “Estou encantada”. É com esta frase que a cliente MasterCard começa a contar como foi sua primeira experiência com o serviço de concierge. Antes de ir para Nova York, ligou para reservar alguns restaurantes badalados da cidade, comprar ingressos para o musical Mamma Mia! e para a concorrida NY Now 2014, uma feira de presentes. ”Todos os meus pedidos foram realizados com muita rapidez”.

Você pode contactar nosso MasterCard Black Concierge pelo telefone 0800 725 2025

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TRADIZIONALE CUCINA FRANCESE CUISINE TRADITIONNELLE ITALIENNE

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