74
Princípios da Mecânica dos Solos e Fundações para a Construção Civil
Nessa caixa colocamos pedras porosas em cima e em baixo da amostra de solo. O dispositivo permite comprimir a amostra com valores variáveis. Vamos cisalhar esse solo e medir a tensão de cisalhamento referida à compressão. Fazendo isso para várias amostras, já que o teste destrói cada amostra, podemos gerar o gráfico a seguir.
o
o = C + m · tg AMOSTRA
C 0
m Ensaio de cisalhamento direto mais simples e que também fornece os dados
Notemos: o = tensão de cisalhamento; m = tensão de compressão; C = coesão da amostra (existente em solos argilosos); = ângulo de atrito interno. Notas 1.
Esse ângulo de atrito interno é bastante próximo do ângulo de repouso da amostra, que é aquele gerado por um lançamento cuidadoso do solo numa caixa de vidro, formando uma pirâmide. O ângulo da face da pirâmide com o plano horizontal é o ângulo de repouso do solo.
2.
C é a coesão do solo, ou seja, a força que mantém unidas as partículas. Para a areia, C é igual a zero, pois não existe coesão entre as partículas, com exceção da areia úmida, que tem alguma coesão temporária.
Com esse gráfico, temos as variáveis citadas para vários estudos de equilíbrio de maciços terrosos. Todavia, esse ensaio de cisalhamento direto é considerado grosseiro e, então, surgiu o ensaio triaxial de medida de cisalhamento.