Ressentimento Terminável e Interminável

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“É assombroso cotejar como a psicanálise e a literatura enfrentam em comum a fascinante tarefa de sondar os labirintos da natureza humana. Compartilham o material e diferem na metodologia. As manifestações do ressentimento terminável e interminável na literatura, na mitologia e na clínica nos possibilitam coligir como o poder do inconsciente gera seus próprios escândalos, tanto no sujeito quanto na psicologia das massas. . . . As diferentes lógicas do inconsciente e da razão não se opõem entre si. Ambas se sustentam mutuamente na realidade, operam de um modo intricado e interagem de forma permanente, conjugando seus efeitos estruturantes e desestruturantes na constituição e no funcionamento da psicologia, tanto individual quanto social.”

PSICANÁLISE

Ressentimento interminável nas comparações fraternas de O mal-entendido, de Albert Camus

2. Remorso interminável na obra de Jorge Luis Borges

3. Culpabilidade encobridora

Luis Kancyper PSICANÁLISE

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Prólogo

1. Ressentimento terminável e interminável

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É psicanalista e membro titular em função didática da Asociación Psicoanalítica Argentina e da International Psychoanalytical Association. É autor de vários artigos sobre clínica, metapsicologia e técnicas psicanalíticas publicados nas principais revistas internacionais de psicanálise. Apresenta seminários e faz supervisões em sociedades de psicanálise da América Latina e da Europa. Autor de livros como Jorge Luis Borges o el laberinto de Narciso (1989, Paidós), Resentimiento y remordimiento: estudio psicoanalítico (1991, Paidós) e La confrontación generacional: estudio psicoanalítico (1997, Paidós), que foram traduzidos para vários idiomas.

Conteúdo

Kancyper

Luis Kancyper

Ressentimento terminável e interminável Psicanálise e literatura

na obra de Franz Ka a

4. Ressentimento, trauma e cisão: suas relações com a ressignificação e a historização

5. Ressentimento terminável e interminável em O último encontro, de Sándor Márai


RESSENTIMENTO TERMINÁVEL E INTERMINÁVEL Psicanálise e literatura

Luis Kancyper

Tradução

Emiliano de Brito Rossi

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Ressentimento terminável e interminável: psicanálise e literatura Título original: Resentimiento terminable e interminable: psicoanálisis y literatura © 2010 Luis Kancyper © 2018 Editora Edgard Blücher Ltda. Imagem da capa: iStockphoto

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4o andar 04531-934 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: 55 11 3078-5366 contato@blucher.com.br www.blucher.com.br

Kancyper, Luis Ressentimento terminável e interminável : psicanálise e literatura / Luis Kancyper ; tradução de Emiliano de Brito Rossi. – São Paulo : Blucher, 2018. 288 p.

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed. do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, Academia Brasileira de Letras, março de 2009. É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios sem autorização escrita da editora. Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda.

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Bibliografia Título original: Resentimiento terminable e interminable: psicoanálisis y literatura ISBN 978-85-212-1202-7 1. Psicanálise e literatura 2. Ressentimento I. Título. II. Rossi, Emiliano de Brito. 17-0706

CDD 150.195

Índice para catálogo sistemático: 1. Psicanálise e literatura

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Conteúdo

Prólogo 9 1. Ressentimento interminável nas comparações fraternas de O mal-entendido, de Albert Camus

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2. Remorso interminável na obra de Jorge Luis Borges

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3. Culpabilidade encobridora na obra de Franz Kafka

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4. Ressentimento, trauma e cisão: suas relações com a ressignificação e a historização

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5. Ressentimento terminável e interminável em O último encontro, de Sándor Márai

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Referências 265 Índice de autores

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Índice remissivo

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1. Ressentimento interminável nas comparações fraternas de O mal-entendido, de Albert Camus

Albert Camus (1913-1960) encontra em O mal-entendido uma forma original de expor uma tragédia universal: um mundo privado de sentido, em que a transcendência, a solidariedade e a amizade não têm lugar. Essa peça teatral, cujo tema – nos dizeres do próprio Camus – foi tomado de um artigo publicado em um periódico, põe no centro do debate a problemática de que há, “no drama secularizado, uma fatalidade à qual o homem responde sem poder subtrair-se a ela. Esse drama é justamente a prova de que a debilidade natural dos homens destruiria sempre desnecessariamente o mundo melhor de seus sonhos” (Aiziczon, 2005, pp. 156-157). Em seus dramas, Camus tensiona a problemática de suas personagens até chegar a situações-limite que desencadeiam feitos trágicos e terminam em condenação, assassinato ou suicídio.

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ressentimento interminável nas comparações fraternas…

Sem dúvida, o tema da morte acossa Camus constantemente: a finitude do homem, a enfermidade, a presença do mal aparecem em suas obras e fazem suas personagens se rebelarem diante dessas situações, que vão além de suas possibilidades humanas e são difíceis de assumir. As personagens de Camus permanecem em um estado de rebelião e em um agón permanente ante o cego poder de um presságio imutável. Também a psicanálise – ciência do antidestino –, ao desvelar a abissal dimensão da lógica do inconsciente, que se infiltra nas dobras mais íntimas da vida consciente dos sujeitos e dos povos, procura fazer com que estes consigam, na medida do possível, subtrair-se à tragédia da imobilidade de um passado indelével, que sanciona a iniciativa de não ser mais do que um mero eco de uma continuidade repetitiva, para que, definitivamente, o inexorável tempo perca o peso da condenação, prostre-se aos pés do homem como um animal ferido e o libere do claustro de uma temporalidade circular. Com efeito, a psicanálise, através de sua teoria e de sua técni­ca, trabalha com afã para contestar o “apesar de” tão característico de Camus e, ao lançar alguma luz sobre os tenebrosos conflitos que moram nos espaços crípticos da alma humana, enfrenta e questiona, à semelhança do “homem rebelde” e do “mito de Sísifo”, os absurdos dos mal-entendidos que se presentificam na realidade material e psíquica. A psicanálise, como também o faz Camus, se rebela contra a compulsão repetitiva do padecimento da alma; entretanto, diferentemente da literatura, procura tornar conscientes as manifestações e os influxos do acionar sempiterno do inconsciente na clínica e no âmbito do social. A psicanálise, bem como a poesia, e aqui cito Gelman (2005): fala ao ser humano não como algo feito, mas sim por fazer. Vai à realidade e a devolve outra. Espera o milagre,

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2. Remorso interminável na obra de Jorge Luis Borges

Introdução “A memória de Shakespeare”1 é um conto crepuscular, do último Borges. Foi escrito ao final de sua vida e irradia sobre sua obra anterior a luz fria de um astro que se apaga. Nesse sentido, o relato pode ser lido como uma versão (ou inversão) derradeira, grave e melancólica dessa jubilosa entrada na literatura de ficção que, se acreditarmos em Borges, teve lugar apenas em 1939, com “Pierre Menard, autor do quixote”.2

1 Edição brasileira: Borges, J. L. (2011). Nove ensaios dantescos & A memória de Shakespeare. São Paulo: Companhia das Letras. [N.E.] 2 Edição brasileira: Borges, J. L. (2007). Ficções. São Paulo: Companhia das Letras. [N.E.]

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remorso interminável na obra de jorge luis borges

Se Pierre Menard, um escritor francês de segunda linha, pretendia ali chegar ao Quijote sem querer ser Cervantes (sem querer deixar de ser Pierre Menard, um escritor simbolista do século XX), Hermann Soergel, o narrador de “La memoria de Shakespeare”, acata um destino oposto: o de ser William Shakespeare (Rodríguez, 2005). Nesse conto, Hermann Soergel recebe a memória opressiva de um outro que não se ausenta jamais e expõe seu fracasso: acha-se totalmente incapacitado para se opor aos invasivos desejos alheios implantados nele. Encontra, como única solução frustrada para distanciar-se dessa situação conflitiva e traumatizante, uma identificação massiva com os desejos insatisfeitos e impostos por outros a ele, e a missão de redimi-los. Finalmente permanece encantoado, rendido e sofrendo em um labirinto narcisista-masoquista, como se tivesse sido programado para a obediência e a submissão no cumprimento de ser “o eleito”. Seu problema não é querer recordar, senão o de não poder esquecer. Não pode se desvencilhar do feitiço do poder identifica­ tório parental que o oprime sem trégua. Desse conto, diz Ricardo Piglia (1999): Hermann Soergel é um obscuro acadêmico alemão con­ sagrado à obra de Shakespeare, que recebe o inesperado dom de sua memória pessoal. Mas seu resultado é decepcionante, a memória de Shakespeare o extenua, e apenas serve para vãos fins eruditos. O dom de possuir uma memória alheia se torna terrível quando o herdeiro aca­ ba possuído por ela. Ter ou ser tido por uma memória imposta, esta parece ser a questão.

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3. Culpabilidade encobridora na obra de Franz Kafka

Introdução Tem piedade de mim. Sou culpável até a última dobra do meu ser. Franz Kafka, Diários. A exposição linear se presta pouco para descrever processos anímicos mesclados e que transcorrem em diversos estratos da alma. Sigmund Freud, “A psicogênese de um caso de homossexualismo numa mulher”. Em um escrito anterior, “Complexo de Édipo e complexo fraterno na vida e obra de Franz Kafka” (1998), propus e desenvolvi a hipótese de que o complexo paterno kafkiano esteve condicionado e reforçado por sobreinvestimentos ominosos, provenientes de uma elaboração masoquista geradora de culpa no pequeno Franz, em razão dos lutos patológicos suscitados por conta da morte precoce

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culpabilidade encobridora na obra de franz kafka

de seus irmãos varões que, como duplos consanguíneos, o per­ seguiam e o incriminavam, projetando essas atribuições de culpa fraternas na figura de seu pai. Neste texto, procuro chegar a camadas mais profundas e ve­ dadas dos estratos psíquicos dos personagens kafkianos e, correlativamente, estender o campo da psicanálise a outras zonas crípticas da alma humana. Partirei da seguinte hipótese: os personagens kafkianos, tomando a metáfora espacial de Wisdom, apresentam em sua estrutura mental identificações nucleares insuficientemente estruturantes, que se acham recobertas orbitalmente por identificações edípicas e que eclipsam, através da manifestação de um sentimento de culpabilidade ciclópico e ubíquo, estados afetivos atormentadores comandados pela dinâmica pré-edípica. Nesse sentido, a culpa compulsiva ante o pai na obra kafkiana teria uma função defensiva, para embuçar os efeitos desestru­ turantes de certos sentimentos arcaicos, engendrados a partir da sobrevivência de traumas precoces não superados, por déficit no processo da narcisização. Com efeito, o personagem kafkiano se acha privado de liberdade em suas realidades psíquica e externa e inundado por sentimentos ingovernáveis de angústia de desamparo e por uma intensa vergonha, mascarados, por sua vez, por uma culpabilidade encobridora. Para dizê-lo com as palavras de Winnicott (1985): Muralhas de pedra não fazem cárcere, nem barras de ferro a jaula. A liberdade é assunto da economia interna do indivíduo, não se pode destruí-la facilmente, se é que se considera a liberdade em termos de flexibilidade mais que em termos de rigidez da organização das defesas.

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4. Ressentimento, trauma e cisão: suas relações com a ressignificação e a historização

Introdução O conceito de cisão do eu tem na teorização psicanalítica uma localização importante e leva a uma reestruturação profunda da metapsicologia e da clínica. Essa palavra possui diversos significados nos escritos de Freud, que no começo a emprega como um termo descritivo e, no final de sua obra, como um instrumento conceitual. Como termo descritivo, Freud a utiliza, em especial, para descrever o fato de que o aparelho psíquico está dividido em sistemas (inconsciente e pré-consciente) e em instâncias (isso, eu e supereu) e também para descrever o desdobramento do eu em uma parte que observa e outra parte que é observada. Ademais, ele a emprega para assinalar a separação entre as duas correntes sexuais na vida amorosa: a terna e a sensual. “A vida

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ressentimento, trauma e cisão

amorosa desses seres permanece cindida nas duas orientações que a arte personificou como amor celestial e terreno (ou animal). Quando amam, não anelam; quando anelam, não amam” (Freud, 1912, p. 176). Não obstante, Freud também se vale do termo “cisão” como instrumento conceitual, sobretudo em seus artigos “Fetichismo” (1927b), “A cisão do eu no processo de defesa” (1940b) e “Esquema de psicanálise” (1940a). Com efeito, nesses trabalhos, Freud se centra no eu para descobrir um mecanismo altamente específico, o desmentido (Verleugnung), em que assinala a presença de uma divisão sem linha de conflito aparente no seio do próprio eu, no qual coexistem duas atitudes psíquicas com respeito à rea­lidade exterior enquanto esta contraria uma exigência pulsional: uma delas leva em conta a realidade; a outra desmente a realidade presente e a substitui pela criação de uma produção de desejo. “As duas atitudes subsistem uma junto à outra durante toda a vida, sem influenciarem-se reciprocamente. É o que se tem direito de chamar uma cisão do eu” (Freud, 1940b, p. 205). A esse respeito, Laplanche e Pontalis (1968) dizem: Mas, ao descrever uma cisão do eu (intrassistêmica) e não uma cisão entre instâncias, Freud procura pôr em evidência um processo novo com respeito ao modelo da repressão e do retorno do reprimido, para assinalar que uma das peculiaridades desse processo repousa no fato de que não conduz à formação de um compromisso entre as duas atitudes presentes, mas as mantém simultaneamente sem que se estabeleça entre elas uma relação dialética (p. 69). Nesse mesmo ano, em sua última obra, “O homem Moisés e a religião monoteísta” (1939), Freud chama a atenção sobre a natureza

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5. Ressentimento terminável e interminável em O último encontro, de Sándor Márai

A escritura que dá vida ao universo de Márai (1900-1989) é contida, precisa, refinada, mas sem transbordos; seus narradores se sabem sobreviventes, um tanto miseráveis ou covardes, e não o escondem. Já estão de volta. Sabem que dialogam com sonhos ou fantasmas, que habitam uma pátria feita de linguagem e memória, e é claro que ali somente há de surgir a palavra urgente, verdadeira, necessária, imperiosa. Seus temas são a amizade, o amor, a traição, o segredo, o engano, a ofensa, o perdão, a verdade, a compaixão e a paixão pela vingança. Há livros que se fazem escutar ao longo da história. O último encontro, de Sándor Márai, é um deles. Sobretudo porque está composto de paixões que propagam, enfrentam e conjugam seus efeitos em uma trama cuja tensão aumenta, linha após linha, até que se torna quase insuportável; mas a prosa continua, implacável, precisa, fiel reflexo do empenho dos protagonistas por revolver até

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ressentimento terminável e interminável em o último encontro…

o mais recôndito de suas almas, ali onde se encontram brilhos epifânicos dessas verdades, cuja descoberta provoca, ao mesmo tempo, uma inevitável dor e um irrefreável impulso vital. Em O último encontro, manifestam-se a confluência e a contenda entre diversas paixões em disputa, das quais destacarei somente três: a. A paixão do ressentimento e do remorso que clama por vinganças. b. A paixão promovida pela irrefreável busca da verdade. c. A paixão da compaixão que parece solidariedade, engendrada em amizade gemelar. As duas últimas paixões coadunam suas forças, prevalecem e obtêm, finalmente, um triunfo sobre a acerada memória de um rancor que se manteve incólume durante 41 anos e 43 dias. Dois homens adultos, de 75 anos, que quando jovens haviam sido amigos inseparáveis, convidam-se para jantar. Um, Konrád, passou muito tempo no extremo oriente; o outro, Henrik, o general, permaneceu em sua propriedade. Mas, ambos viveram à espera desse momento, pois entre eles se interpõem as memórias do pavor, do rancor e da dor, com uma força singular. Tudo converge para um duelo sem armas, ainda que talvez muito mais cruel: um duelo de palavras sinceras e profundas, carregadas da emotividade transparente da velhice, quando tudo já se pode dizer, e cujo ponto em comum é a recordação indelével de uma mulher, Krisztina, um personagem misterioso de que apenas se dá notícia, mas que finalmente se descobre como a esposa do general. Com grande morosidade, adivinham-se uma infidelidade e uma traição na amizade, e mais adiante se descobre que a paixão pela verdade é, na realidade, o motivo que levou Konrád a fugir, abandonando a amizade. A vingança se perfila como uma espécie de

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Ressentimento interminável nas comparações fraternas de O mal-entendido, de Albert Camus

2. Remorso interminável na obra de Jorge Luis Borges

3. Culpabilidade encobridora

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1. Ressentimento terminável e interminável

C

É psicanalista e membro titular em função didática da Asociación Psicoanalítica Argentina e da International Psychoanalytical Association. É autor de vários artigos sobre clínica, metapsicologia e técnicas psicanalíticas publicados nas principais revistas internacionais de psicanálise. Apresenta seminários e faz supervisões em sociedades de psicanálise da América Latina e da Europa. Autor de livros como Jorge Luis Borges o el laberinto de Narciso (1989, Paidós), Resentimiento y remordimiento: estudio psicoanalítico (1991, Paidós) e La confrontación generacional: estudio psicoanalítico (1997, Paidós), que foram traduzidos para vários idiomas.

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Ressentimento terminável e interminável Psicanálise e literatura

na obra de Franz Ka a

4. Ressentimento, trauma e cisão: suas relações com a ressignificação e a historização

5. Ressentimento terminável e interminável em O último encontro, de Sándor Márai


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Ressentimento Terminável e Interminável Psicanálise e Literatura Luis Kancyper ISBN: 9788521211426 Páginas: 328 Formato: 17 x 24 cm Ano de Publicação: 2018


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