Revista Encontro 169

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Junho de 2015 | Ano XIV | Nº 169

www.revistaencontro.com.br

❚ ENTREVISTA PSIQUIATRA INFANTIL FAZ ALERTA: FAMÍLIA DEVE MUDAR HÁBITOS PARA QUE FILHOS NÃO TENHAM PROBLEMAS

ISSN 1679-0146

Vittória Lapertosa com a mãe, Marisa Lapertosa, e o padrasto, Décio Paulinelli: “Quando estou em casa, passo meus dias na rede”, diz Vittória

Histórias de pessoas que largaram a cidade para morar em meio à natureza – e estão felizes da vida

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O Governo de Minas Gerais realizou um amplo diagnóstico para conhecer a verdadeira situação do Estado. O objetivo do levantamento é definir as prioridades por área e oferecer as melhores soluções para os desafios de Minas Gerais. É um direito de todos os mineiros conhecer a verdadeira situação do seu Estado. É um dever do Governo atuar com transparência. O diagnóstico aponta um Estado doente, com um déficit de mais de R$ 7 bilhões no

COMO ERA ANTES

O QUE ESTÁ SENDO FEITO AJUSTE DAS CONTAS DO ESTADO PARA VENCER O DÉFICIT DE 7 BILHÕES

ÁGUA

GESTÃO

DÉFICIT DE

R$ 7 bilhões e 200 milhões

REFORMA ADMINISTRATIVA PARA TORNAR A GESTÃO DO ESTADO MAIS EFICIENTE

MAIS DE 500 obras paralisadas, entre elas hospitais e escolas Risco de desabastecimento de água na capital e Região Metropolitana FALTA DE INVESTIMENTOS NA REDE DE CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FALTA DE TRANSPARÊNCIA COM OS CONSUMIDORES

RETOMADA DAS OBRAS QUE ESTAVAM PARADAS

PELA PRIMEIRA VEZ É POSSÍVEL ACOMPANHAR O NÍVEL DOS RESERVATÓRIOS ATRAVÉS DO

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INÍCIO DAS OBRAS DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO PARAOPEBA PARA AUMENTAR A CAPTAÇÃO DE ÁGUA CAMPANHA CONSTANTE PARA ESTIMULAR O USO CONSCIENTE DA ÁGUA

SAÚDE

ROMBO DE

R$ 1 bilhão e 500 milhões

REESTRUTURAÇÃO DOS PLANOS DE CONSTRUÇÃO DOS HOSPITAIS REGIONAIS

Obras de 11 hospitais regionais paradas SAMU EM APENAS 25% DAS CIDADES

AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO DO SAMU PARA 55% DAS CIDADES MINEIRAS

Planejamento, transparência e participação:

esse é o jeito certo de construir uma Minas Gerais mais integrada e justa. O trabalho já começou.

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C


orçamento, pagamentos atrasados, obras paradas e uma crescente desigualdade regional. Agora, o Governo de Minas Gerais está organizando as contas, arrumando a casa e retomando as obras que estavam paradas.

Conheça mais sobre o diagnóstico em

diagnostico.mg.gov.br

EDUCAÇÃO

COMO ERA ANTES

O QUE ESTÁ SENDO FEITO

SALÁRIO DOS PROFESSORES ABAIXO DO PISO RECOMENDADO PELO GOVERNO FEDERAL E MUITOS CONTRATADOS SEM CONCURSO PÚBLICO BAIXO RENDIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

APENAS 26% DAS ESCOLAS ESTADUAIS EM BOAS CONDIÇÕES

O GOVERNO DO ESTADO ASSINOU UM ACORDO HISTÓRICO COM OS PROFESSORES PARA PAGAR O PISO NACIONAL ATÉ 2017 E MELHORAR AS CONDIÇÕES DE TRABALHO MODERNIZAÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR E INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA CONCURSO PÚBLICO PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

MEIO AMBIENTE

A

A verdadeira situação do Estado

2,7 mil

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO PARADOS

SEGURANÇA

o s. o o

Diagnóstico Minas Gerais

110 mil

AUTOS DE INFRAÇÃO NÃO FORAM COBRADOS

menos

R$ 5

bilhões

EM INVESTIMENTOS

AUMENTO DE 74% DOS CRIMES VIOLENTOS NOS ÚLTIMOS 3 ANOS

FIM DA GREVE DOS SERVIDORES QUE DURAVA MAIS DE UM ANO APROVAÇÃO DOS LICENCIAMENTOS E REALIZAÇÃO DA COBRANÇA DOS AUTOS

CONTRATAÇÃO DE 4 MIL NOVOS POLICIAIS

FALTA DE POLICIAIS NAS RUAS RENOVAÇÃO DAS FROTAS POLICIAIS

ESTRUTURA PRECÁRIA DAS POLÍCIAS

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NESTA EDIÇÃO

26 38 44

ENTREVISTA Psiquiatra infantil fala como impor limites aos filhos ARTE URBANA BH se rende às cores e estilos do grafite CIDADE Conheça ações de BH para tornar-se sustentável

48 54 56

DIETA O seca-barriga está na moda, mas é preciso ter cuidado PET Células-tronco também para tratamento de cães e gatos DEZ PERGUNTAS PARA Psicóloga Cristina Santos fala sobre o comportamento masculino

60 66 72

TURISMO Opções de lugares perto de BH para curtir as férias de julho PERFIL Conheça o empresário que fundou a Casa de Acolhida Padre Eustáquio NEGÓCIOS A vez do brechó de mobiliários, que oferece design a preços em conta Divulgação

82 74 78 82

NOVIDADES Shopping Cidade pode ser visitado pela internet POLÍTICA Acordo entre professores e governo encerra conflitos VEÍCULOS Carro elétrico finlandês é destaque no Top Marques

086 90 106

ARTES PLÁSTICAS As telas com jarros floridos do artista Oscar Araripe CAPA Pessoas que passaram a viver no campo em busca de sossego MODA Tons terrosos inspirados na natureza são pedida da estação

114 118 128

VITRINE Inspire-se em presentes para curtir a dois RECEITAS Chefs mineiros dão dicas de receitas para Dia dos Namorados FESTIVAL Conheça os bares da capital vencedores do Botecar 2015 FOTO CAPA: Cláudio Cunha

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PUWA

NESTA EDIÇÃO

134 140

GASTRÔ Restaurante Vecchio Sogno completa duas décadas

149

TORNEIO 9º Encontro ViaBrasil de Tênis – Troféu Gil Nogueira

ARTIGOS 20

SOCIEDADE Festa à vontade Henrique Gualtiere

88 162

CLÍSSIA PENA ALVES CARVALHO A terceirização de serviços no Brasil é urgente JOSÉ JOÃO RIBEIRO Uma explosão inesperada LEILA FERREIRA Nós, mulheres

COLU NAS 22 25 32 36 80 84 116 106 12 |Encontro

138

NO PODER Terceirização... DEU O QUE FALAR “Eu não procuro emprego” RETRATOS DA CIDADE Ficou esquecido GENTE FINA Com gás total COLUNA DE DIREÇÃO TT chega à terceira geração ENCONTRO INDICA América de volta a BH NA MESA Casa portuguesa com certeza NA SOCIEDADE Como a realeza

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CARTA DO EDITOR revistaencontro.com.br

Diretor-Presidente

Álvaro Teixeira da Costa

KÁTIA MASSIMO / EDITORA-CHEFE Diretor-Geral Diretor-Executivo Vice-presidente de Negócios Corporativos Diretor de Publicidade Diretor Jurídico

Diretor-geral/Editor Editora-Chefe Editor Colaborador Redação

Colaborador Estagiária de Jornalismo Editor de Arte Subeditor de Arte Equipe de Arte

Assistente de Fotografia Estagiária de Fotografia Secretaria de Redação Revisão Gerente Administrativa Gerente Comercial Departamento Comercial

Assistente Comercial Marketing e Eventos

Distribuição Projeto Gráfico

Editor Estagiários Repórter multimídia Impressão Distribuição Para Assinar Para Anunciar Atendimento ao Leitor

Édison Zenóbio Geraldo Teixeira da Costa Neto Josemar Gimenez Rezende Mário Neves Joaquim de Freitas

André Lamounier Kátia Massimo Fábio Doyle Aline Gonçalves Daniela Costa Geórgea Choucair Marina Dias Rafael Campos Guilherme Torres Amanda Aleixo Edmundo Serra Roger Simões Antônio de Pádua Bruno Schmitz Gustavo Paiva Heitor Antônio Júnior Oliveira Luciano Garbazza Ana Luiza Kennedy Talita Santos Nayara Fagundes Lílian de Oliveira Solange Rabelo Laila Soares Agata Utsch Andreza Braga Shyrlei Roque Roberta Magalhães Cristiane de Marco Natália Santos Nicole Fischer André Lima Jaqueline Souza Editora Encontro

João Paulo Martins Bruna Sales Marcelo Fraga Vinícius Andrade Plural Vip (31) 2126-8770 (31) 2126-8000 (31) 2126-8000

TIRAGEM

72.000 EXEMPLARES

TIRAGEM E CIRCULAÇÃO AUDITADA PELA

CONFORME RELATÓRIO EM NOSSO PODER. ENCONTRO É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DA ENCONTRO IMPORTANTE LTDA. BELO HORIZONTE. RUA HAITI, 176, 3° ANDAR - SION 30320-140, BELO HORIZONTE - MG FONE: (31) 2126-8000 EMPRESA FILIADA À

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redacao@revistaencontro.com.br

Novas escolhas

Ao iniciar a produção da matéria de capa desta edição, a jornalista Marina Dias estava incrédula. A missão dela era saber o que leva pessoas a trocar as facilidades da cidade para viver em isolamento, em meio à natureza. O problema é que Marina nunca foi do tipo “natureba”, que costuma fazer caminhadas ecológicas ou passeios para cachoeiras. Sequer fazenda gosta de visitar. Definindo-se como típica “urbanoide”, sempre preferiu programas tradicionalmente metropolitanos e preferencialmente culturais: cinema, teatro e, para arrematar, jantar em um bom restaurante. Concluiu a tarefa mudada: “Fui totalmente seduzida e vi como é irresistível morar num lugar desses”, disse Marina. Para começar, durante a apuração da matéria, ela teve de sair de casa, por vários dias, quase de madrugada. Precisava encontrar os personagens da matéria bem cedinho, antes que eles pegassem a estrada – algumas de terra – para a labuta diária na cidade grande. Acabou sendo cooptada pelo silêncio, o friozinho gostoso da manhã e a sensação de calma, que permitem degustar aquele café quentinho de todos os dias com outro sabor. “Entendi que tudo isso compensa qualquer trânsito e possíveis dificuldades de se morar distante”, arrematou nossa repórter. Essa “mudança de lentes” é comum no jornalismo e até justifica a sua prática. Antes de construir o conteúdo que será repassado aos leitores, é preciso mergulhar no assunto e até vivenciá-lo, se isso for possível. A tarefa de um bom jornalista é a de buscar se apoderar de fatos reais para apresentá-los com o máximo de rigor e qualidade ao leitor. Especificamente em relação a Encontro, nossa busca pelo zelo e pela fidelidade é frenética. Estar atento a possíveis mudanças que representem uma melhor entrega para quem nos lê é nossa rotina. No último mês, por exemplo, tivemos duas novidaPaulo Márcio des visando melhorar o conteúdo editorial. Criamos a Editoria de Imagens, que incorporou as áreas de Arte e Fotografia, sob a batuta do designer Edmundo Serra, que há muito integra a nossa equipe. Outro fato novo é o retorno do jornalista Gui Torres, que volta a assinar a coluna Gente Fina, depois de afastado por quase 18 meses, quando esteve à frente de outra coluna na Veja BH. São novos desafios para os dois e, para nós, a certeza de que é preciso percorrer sempre novos caminhos, em busca do melhor, assim como fazem os personagens da matéria de capa desta edição. Afinal, o caminho pode ser longo, mas, ao término, ele pode nos levar a O jornalista Gui Torres: de volta à casa novas descobertas, né, Marina? ❚

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FALE COM A ENCONTRO | CARTAS@REVISTAENCONTRO.COM.BR (31) 2126-8000 O GAROTO QUE VISITOU O CÉU I Estive em coma medicamentosa e viajei para vários lugares. Cheguei à porta do céu, mas fui impedido de entrar... Maria, a mãe de Jesus, sempre visitava-me na cama. Jamais me esquecerei da imagem dela ao meu lado. Francisco Rodrigues Júnior Montes Claros/MG

O GAROTO QUE VISITOU O CÉU II

ELES ESTÃO BOMBANDO I A revista está um espetáculo. Conteúdo, diagramação, assuntos diversos. É um prazer ter uma publicação como esta em nossa cidade. Eu, que sou amante da mídia impressa, assino 32 revistas, deixo meu depoimento de que a Encontro tem nível nacional e mundial. Leonardo Siqueira Belo Horizonte/MG

ELES ESTÃO BOMBANDO II Parabenizo a revista Encontro, bem como a todos os colaboradores, pelo excelente conteúdo e material. Elaine Matozinhos Belo Horizonte/MG

CRÔNICA LEILA FERREIRA Há dois anos me tornei mãe da minha mãe e, desde então, mesmo nas seções de terapia, nunca consegui transformar em palavras o turbilhão de sentimentos que traduz essa situação. Quando comecei a ler a crônica, foi impossível não me ver ali e soltar as lágrimas que ainda existem no meu coração. Raquel Veloso Belo Horizonte/MG

Meu filho Daniel Coelho, quando tinha 6 anos (hoje tem 22), também passou por uma cirurgia e viveu momentos semelhantes. Para mim, como mãe, foi um momento difícil, doloroso, mas de muito significado. Regina Celia Coelho Governador Valadares/MG

OUTROS SUPLEMENTOS

MÉDICOS QUE OS MÉDICOS INDICAM 2015/2016 I Não sou médico, nem tenho ligação com o setor, mas conheço alguns dos profissionais citados e posso atestar, na condição de paciente deles, que são exemplos de conduta médica e competência técnica. Contudo, não posso deixar de fazer uma crítica construtiva: quem sabe na próxima edição não seja incluída a categoria psiquiatria? Shandor Portela Belo Horizonte/MG

MÉDICOS QUE OS MÉDICOS INDICAM 2015/2016 II O editorial foi claro, sensato e contemporâneo. Fui citado na área de oftalmologia e fiquei muito feliz. Sugiro que na próxima edição não tenha informe publicitário de médicos, para deixar ainda mais isenta a revista. Parabéns pelo editorial e pela revista como um todo. Ficou linda! Elaine Matozinhos Belo Horizonte/MG

MÉDICOS QUE OS MÉDICOS INDICAM 2015/2016 III A pesquisa é séria e foi muito benfeita, seguindo o padrão de excelência da Encontro. Agradeço imensamente a lembrança do meu nome e não tenham dúvida: é uma grande motivação para continuar exercendo minha profissão. Bruno Naves Belo Horizonte/MG

MÉDICOS QUE OS MÉDICOS INDICAM 2015/2016 IV Fiquei de boca aberta com o texto! O que eu penso e me sinto como médico estava lá. Parabéns pelo trabalho de alto nível. Florentino Fernandes Júnior Belo Horizonte/MG

ERRAMOS Na página 84 da edição Médicos que os Médicos Indicam 2015/2016, o nome do ginecologista Walter Souza Barbosa foi grafado incorretamente como “Walter Soares Cruz”. O especialista defende “o parto seguro, que, em cerca de 70% a 80% dos casos, é vaginal, sob supervisão médica, em ambiente hospitalar adequado”. Na página 126 da edição Médicos que os Médicos Indicam 2015/2016, é incorreta a informação de que o oncologista Renato Nogueira Costa é “sóciodiretor e um dos fundadores da Oncomed e preceptor do Hospital Felício Rocho”. O médico Renato Nogueira Costa é coordenador do Serviço de Oncologia e do Instituto de Oncologia do Hospital Felício Rocho.

Fale com a Revista ENCONTRO: Comentários sobre o conteúdo editorial da Encontro, sugestões e críticas a matérias: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP : 30.320-140, Belo Horizonte, MG | E-mail : cartas@revistaencontro.com.br. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por razões de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP: 30.320-140 - Belo Horizonte, MG | Tel: (31) 2126-8000 | Fax: (31) 2126-8008 RELEASES: redacao@revistaencontro.com.br | Fax: (31) 2126-8781 | ASSINATURAS: Tel: (31) 2126-8770

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ENCONTRO DIGITAL | ROLOU NA REDE Divulgação

DEPOIS DA DENGUE Também transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus zika chega ao Brasil e já causa apreensão. Leia a matéria na íntegra: http://goo.gl/zSl4hl Pixabay

ELAS ESTÃO DE VOLTA Belo Horizonte vai receber franquias da Pizza Hut e do Dunkin’ Donuts ainda neste ano. Leia a matéria na íntegra: http://goo.gl/V1KuXY

FUTEBOL NO ARMÁRIO Que tal colecionar camisas de times de futebol? Conheça dois mineiros que têm esse hobby. Leia a matéria na íntegra: http://goo.gl/tsJbsq

AS MATÉRIAS COM MAIOR REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS

ENTOS COMPARTILHAM

2,8 mil

Pizza Hut e Dunkin’ Donuts de volta a BH

Vírus zika chega ao Brasil

294

Destroços da nave russa poderão cair no Brasil

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Galinha pode expressar sentimento?

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Afinal, os cachorros sonham?

107

TE ENCONTRO

NO INSTAGRAM

Divulgação

SIGA A ENCONTRO

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O próximo desafio: Encontro a dois. Tire uma foto com o tema, publique no Instagram e compartilhe com a hashtag #EncontroNamoro Se a sua foto for escolhida, além de sair impressa na próxima edição da revista Encontro, você ainda concorre a um kit com espumante da Rio Sol. Participe!

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A foto vencedora do tema EncontroMamãe foi a de @tati_rabello. Parabéns!

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ARTIGO | CLÍSSIA PENA ALVES CARVALHO

A terceirização de serviços no Brasil é urgente A terceirização de serviços é uma realidade, está presente em todos os setores da economia e, nos últimos dias, mais do que nunca, tem sido alvo de debates inflamados. A globalização, crescente no mercado mundial, tem exigido das empresas eficiência e rapidez na construção das estratégias competitivas. Os serviços terceirizados, em geral, são específicos e prestados por empresas especializadas, o que permite a elas ganho de competitividade e eficiência. Objetivamente, busca-se com a terceirização a produtividade econômica. A terceirização permite que a empresa contratante concentre e organize a produção de melhor forma, direcionando seu foco para as atividades que permitem seu modelo de negócio funcionar adequadamente, evoluindo em qualidade e produtividade, reduzindo custos e ganhando competitividade. Importante ainda lembrar que a especialização de novas atividades trouxe desenvolvimento para regiões distantes dos grandes centros produtivos do Brasil, com baixa capacidade de geração de emprego e renda e, com isso, difundiu o trabalho formal garantindo a esses trabalhadores o acesso aos direitos sociais previstos na Constituição Federal. Grande parte dos serviços hoje existentes foi criada nas últimas décadas e surgiu a partir de avanços na área de tecnologia da informação, telecomunicação e uma parcela ainda decorre da desverticalização de atividades das empresas que procuram concentrar os esforços no seu core business, atividades mais estreitamente ligadas ao seu serviço ou produto final. A votação do Projeto de Lei 4.330 colocou a terceirização no centro das discussões e, por vezes, na condição de vilã. Asseguram os denunciantes e contrários à terceirização que a ela está atrelada a precarização do trabalho e dos direitos dos trabalhadores. Ocorre que não se pode deixar de observar que hoje já existem milhares de empresas prestadoras de serviços, que fomentam milhões de empregos formais e, com a regulamentação, permitindo a terceirização nas atividades finalísticas, será viabilizada, de modo seguro, a criação de um novo contingente de empregos formais. O PL 4.330 imputa às empresas tomadoras de serviços a necessidade de acompanhamento das atividades terceirizadas, exigindo das empresas prestadoras de serviços o cumprimento da legislação em vigor e, via de consequência, a garantia de todos os direitos aos trabalhadores. Assim, não se pode cogitar que a regulamentação da terceirização dos serviços trará redução de salários e benefícios, porquanto isso decorre de diversos outros fatores e também da economia, que, quando aquecida, permite que as empresas contratem mais e com salários e benefícios substanciais, enquanto, quando a economia se retrai, o cenário torna-se inverso. Certo é que os empresários e empresas precisam de um ambiente seguro de negócio, já que cumprem o importante papel social de criação de postos de trabalho, contratam, pagam os impostos que

“A terceirização de serviços faz parte da divisão de trabalho do mundo moderno e é urgente a necessidade de regulamentar com clareza e sem ambiguidade sua licitude no Brasil” permitem a manutenção e crescimento do país, sem falar no risco do negócio enfrentado sobremaneira. Se existe precarização do trabalho, essa deve ser extirpada, e as superintendências regionais do trabalho, juntamente com o Ministério Público e sindicatos estão atentas e estarão presentes para bani-la. Fato é que a terceirização não pode ser sinônimo de precarização, que, não se pode olvidar, já existe no âmbito de algumas empresas que contratam os trabalhadores diretamente sem assegurar-lhes a dignidade imposta pela Constituição. A terceirização de serviços faz parte da divisão de trabalho do mundo moderno e é urgente a necessidade de regulamentar com clareza e sem ambiguidade sua licitude no Brasil, trazendo segurança jurídica às empresas, permitindo novos investimentos, a criação de um maior número de empregos e garantindo aos trabalhadores a manutenção de direitos e um cenário cada vez mais distante da informalidade. z

*Advogada e sócia do Carvalho e Mendonça Sociedade de Advogados

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NO PODER | BERTHA MAAKAROUN bmaakaroun@editoraencontro.com.br

TERCEIRIZAÇÃO... Na contramão do PT, que por muitos anos evitou o tema, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG) defende a regulamentação da terceirização do trabalho, mesmo quando as contratações dizem respeito à atividade-fim da empresa. “A Câmara e o Senado não podem se omitir em relação a uma questão que afeta 30 milhões de trabalhadores”, afirma. Segundo ele, a falta de legislação deixa o trabalhador e o empresário em zona cinzenta, à mercê de interpretações que variam de juiz para juiz em relação à legalidade da contratação terceirizada. Por exemplo, enquanto o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais tende a uma posição mais dura em relação às empresas que se valem desse expediente, o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia adota outro entendimento, o que acaba por impactar as empresas por aqui. “Minas tem muita empresa de call center. E elas têm se deslocado para a Bahia”, assinala o deputado. Alexandre Martins / EM / DA Press

ABORDAGEM SELETIVA O sistema de segurança pública no Brasil não prioriza a investigação de crimes contra a vida, apenas contra o patrimônio. E, quando as vítimas são jovens, negros e pobres, o descaso é ainda maior. A avaliação é do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Violência contra Jovens, Negros e Pobres. “Apenas 8% dos homicídios são elucidados no Brasil e 3% são condenados”, critica. Segundo ele, são, em média, 144 assassinatos por dia, contabilidade macabra que, no acumulado, é superior às mortes ocorridas nos 62 maiores conflitos internacionais registrados entre 2005 e 2010. A abordagem da segurança pública no Brasil é seletiva, diz Reginaldo Lopes. Entre as vítimas, 93% são homens, 70% jovens e 80% negros e pobres que vivem em bairros de periferia. “Essas mortes não são elucidadas. Não há julgamento, nem indignação. Por que há silêncio no Brasil, enquanto nos Estados Unidos a população foi para as ruas pedir justiça?”, diz ele.

A proposta aprovada na Câmara, agora a ser analisada no Senado, permite, na prática, a terceirização de qualquer setor de uma empresa, incluindo a atividade-fim, já que não houve qualquer diferenciação entre ela e a chamada “atividade-meio” (necessária à atividade fim da empresa). Segundo o texto aprovado, que poderá ainda ser alterado, todos os tipos de empresas podem atuar como terceirizadas, abrindo a oferta às associações, às fundações e às empresas individuais, e o produtor rural pessoa física e o profissional liberal poderão aparecer como contratantes. A empresa contratante do serviço será solidária em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada.

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Cláudio Cunha

...NO SENADO

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DIREÇÃO PERIGOSA Homens no volante, perigo constante. Eles estão envolvidos, seja na condição de vítimas seja na de agressores, em 76% dos acidentes de trânsito em Belo Horizonte. Enquanto 82,4% são com motocicletas, os demais são atropelamentos. O dado é de pesquisa coordenada pelo antropólogo Ronaro de Andrade Ferreira e defendida junto ao Programa de Pós-Graduação da Promoção da Saúde e Prevenção da Violência da Faculdade de Medicina da UFMG. Foram analisados 668 acidentes, o equivalente a 2% dos casos, ao longo de dois anos – entre 2012 e 2014 –, registrados pela BHTrans. Mais focadas nas consequências, são raras as estatísticas sobre as causas dos acidentes no Brasil. “A construção de um banco de dados com essas informações pode ser de grande valor para a definição de estratégias de enfrentamento da violência no trânsito”, diz Ronaro. Travessia de pedestres em local impróprio, pouca distância entre os veículos e desrespeito à velocidade máxima foram algumas das causas identificadas. E raramente um único elemento leva ao acidente. “As causas normalmente aparecem juntas”,diz

NOVO PSB Para o PSB e o PPS mineiros não haverá trauma na fusão das legendas, articulada em âmbito nacional e programada para o próximo dia 20. Em BH, os socialistas vão incorporar o PPS, legenda com a qual já se coligam desde 2008, na primeira eleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB): além de manter o controle de 70% do partido, o número da urna será o 40, que é o do PSB. O novo PSB manterá a aliança preferencial com o PSDB para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem. Ganha força para uma composição o nome de Luzia Ferreira, presidente estadual do PPS e secretária municipal de Políticas Sociais. Aproveitando o processo de fusão, provável baixa será a do deputado federal Júlio Delgado, atualmente presidente do PSB estadual. Tudo indica que ele perde na queda de braço com Marcio Lacerda pela direção do partido em Minas.

MÃOS À OBRA Não é em boa fase que o engenheiro Emir Cadar Filho assume a presidência do Sicepot-MG. A situação econômica do país embala a redução nas licitações e as demissões não param. “O desafio é reerguer o setor em Minas, que sempre foi um pilar da engenharia nacional”, diz. Mas ele não se intimida. Mesmo porque, além de contar com os conselhos do pai, Emir Cadar, empreiteiro e ex-presidente do sindicato entre

1994 e 1999, Emirzinho (como é chamado) tem a seu favor a própria experiência como vice-presidente rodoviário da instituição, cargo que ocupou por oito anos. Emir é um dos mais jovens a ocupar a cadeira, aos 41 anos, e o primeiro entre os herdeiros das empresas associadas a assumir o posto. Atleticano e conselheiro do Galo, vai substituir Alberto Salum, torcedor fervoroso do América. (Por Gui Torres)

Gláucia Rodrigues

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DEU O QUE FALAR | AMANDA ALEIXO

“Eu não procuro emprego” RODRIGO JANOT, procurador geral da República, ironizando as iniciativas do Congresso Nacional de impedir sua recondução ao cargo, em retaliação às investigações contra parlamentares na Operação Lava-Jato

“Estamos maquiando um Estado que já morreu” CARMEM LÚCIA, durante palestra sobre como melhorar a governança no poder

“As pessoas não querem mais tapinha nas costas” MARCIO LACERDA (PSB), prefeito de Belo Horizonte, aconselhando outros prefeitos a não prometerem aquilo que não podem cumprir. Melhor evitar dores de cabeça, não é?

“Alguns estudantes dos cursos de ciências humanas entendem que, ao passar no vestibular, receberam um certificado autorizando-os a consumir drogas dentro da universidade” SARGENTO RODRIGUES (PDT), deputado estadual, sobre o tráfico de drogas na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG

Divulgação

“Acho que vocês podem dar espaço para novas bandas” SANDY, cantora e jurada do reality show SuperStar, que expressou o que todo mineiro pensa, ao eliminar a banda mineira Tianastácia, que tem 18 anos de carreira, mas entrou no concurso, que tem como objetivo revelar estreantes

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ENTREVISTA | JOSÉ BELIZÁRIO Fotos: Gláucia Rodrigues

“Pais não sabem organizar a família” Psiquiatra infantil diz que pais devem mudar hábitos – entre eles, passar a dormir mais cedo – e estabelecer a rotina da casa caso queiram filhos mais tranquilos e com menor risco de problemas futuros

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MARINA DIAS

Se criar filhos sempre foi difícil, o desafio ficou ainda pior na era da informação, dos aparelhos eletrônicos portáteis, do WhatsApp e de todas as novidades tecnológicas que surgem quase diariamente. Não é de estranhar o grande interesse que o assunto desperta nos pais e educadores. Prova disso são as mais de 1,3 mil pessoas que lotaram a paróquia Nossa Senhora Rainha na noite de uma segunda feira de abril para assistir à palestra do psiquiatra infantil José Belizário sobre como educar e impor limites aos filhos na atualidade. A convite da pediatra Filomena Camilo do Vale – a dra. Filó –, que é palestrante regular da igreja, ele deu o recado: a base de muitos problemas está no hábito de dormir tarde. Há 30 anos, diz, o normal era dormir às 21h. No começo deste século, já tinha passado para as 23h. O resultado são crianças e adolescentes menos atentos à aula, mais sonolentos ao longo do dia, mais explosivos e ansiosos – fora possíveis consequências mais graves no longo prazo, como maiores índices de depressão entre jovens, doenças relacionadas ao sistema endócrino, entre outras. “Em nenhuma das 10 melhores cidades para se viver no mundo, as pessoas dormem tão tarde”, diz Belizário. Para o médico, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, a chave é muito diálogo, mas também a organização da rotina da família toda, não apenas dos filhos. ENCONTRO - O senhor disse que nosso padrão de sono se alterou muito nos últimos anos. Como isso aconteceu? JOSÉ BELIZÁRIO - Ao longo dos úl-

timos 30 anos, as emissoras de televisão mudaram o horário da família brasileira em três horas. Nós, que dormíamos rotineiramente em torno das 21h30, passamos a dormir, a cada década, uma hora mais tarde. No começo deste século, o horário familiar de sono tem sido em torno das 23h. As programações infantis vão até as 22h nos canais abertos, e nas TVs a cabo, até mais tarde. E a mídia infan-

til não é regulada, então as novelas mostram sempre crianças para atrair público infantil. Essa é uma estratégia que foi modificando os horários. Para completar, nos últimos anos, ainda apareceram computador, internet, e isso piorou a situação. Aparelhos eletrônicos como celular e tablet emitem uma faixa de onda azul que não enxergamos, mas que piora a qualidade do sono. Então, a culpa é das emissoras de TV?

QUEM É JOSÉ BELIZÁRIO, 52 ANOS ORIGEM Belo Horizonte FORMAÇÃO Médico graduado e com mestrado em pediatria pela UFMG e doutorado em saúde e educação pela Fiocruz CARREIRA Foi presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil (Abenepi) e presidente do Congresso da Abenepi 2013 em Bh. É diretor do Instituto Qualia

As pessoas têm dificuldade de selecionar o que é importante e o que não é. Elas sempre acham que a rotina não é importante, justamente porque é sempre igual. Mas, para as crianças, é fundamental”

O horário de maior acesso, e o mais caro também, é aquele em que a família assiste junto à TV. Esse Ibope é medido em São Paulo, e a família paulista, por causa do trânsito absurdo, foi chegando em casa cada vez mais tarde. Isso foi sendo acompanhado, o que significou mudança gradativa desses horários para todos. Hoje, ele é muito tarde. As pessoas veem futebol às 22h. Isso não existe! Imagine o trabalhador sair do estádio à meia-noite, sendo que vai trabalhar às 6h do dia seguinte. Isso é absurdo. Então dormir mais tarde é uma tendência no Brasil, mais do que em outros países?

Exatamente. Isso é mais grave aqui. As crianças inglesas, por exemplo, dormem bem mais cedo, por volta das 19h30. Minha sobrinha de 7 anos, que morava em Londres até o ano passado, perguntou para as amiguinhas, a meu pedido, sobre o horário de dormir tanto das inglesas quanto das brasileiras. Os horários das inglesas são entre 19h e 20h. Já as brasileiras dormem entre 22h e 22h30. A diferença é grande! Brasileiros, quando vão para Viena (Áustria), por exemplo, e saem à noite, acham que é horrível, pois não tem nenhuma bagunça. Mas é que os vienenses, mesmo tendo computador, internet, tudo de melhor, dormem cedo. Eu brinco que nas 10 melhores cidades do mundo para se viver as pessoas dormem cedo, no máximo às 22h. Quem teve essa ação forte foi o Brasil e a China, que tiveram capitalismo tardio. E o governo não protege as crianças ou pessoas no geral desta tendência, porque acham que é norJUNHO DE 2015

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ENTREVISTA | JOSÉ BELIZÁRIO mal. Mas não é. E, como se trata de um fenômeno ocorrido pouco a pouco, ninguém percebeu. Muitas pessoas, após a palestra, questionaram: “Mas minha mãe sempre dormiu nesse nosso horário e nunca teve problema”. Mas pergunte à avó: ela não dormia.

manter alerta. Percebe-se também que o índice de depressão em idades muito precoces tem aumentado. Não posso afirmar categoricamente, mas temos também encontrado mais distúrbios endocrinológicos na infância, hipotireoidismo, diabetes.

Por que dormir cedo é importante?

Adolescentes têm ficado agressivos, ansiosos?

O hormônio que faz você ter melhor qualidade de sono é a melatonina, que é inibida pela luz dos aparelhos eletrônicos. Assim, não se tem o sono mais profundo (o de ondas lentas, que é o estágio 4 do sono), que é quando o cérebro se recompõe. Outro ponto importante é que o corpo demora três horas para chegar ao sono mais profundo, e o hormônio do crescimento, por exemplo, tem seu pico à meia-noite e meia, independentemente da hora em que se foi dormir. Se você foi dormir às 23h, não pega esse pico, porque ele precisa coincidir com o sono profundo. E esse hormônio, aliás, é essencial para todo ser humano, não apenas para crianças e adolescentes. Em relação à depressão, por exemplo: o hormônio do crescimento chega à célula do cérebro que faz a seratonina (que protege da depressão) e faz crescer a proteína dela, o que significa mais seratonina no dia seguinte. Então, sempre que se dorme mais tarde, estocam-se menos substâncias do seu cérebro para o dia seguinte. O dia seguinte é pior. A pessoa comete mais erros por falta de dopamina, tem mais chance de se deprimir por falta de seratonina, etc. Então o horário é tão importante quanto a quantidade de sono?

O número de horas de sono depende de cada pessoa. Há quem precise de dez, oito ou seis. O importante é que o tempo de sono esteja incluído entre 21h e 3h. O horário é muito importante. Para crianças que estão na escola, então, é fundamental. Afeta o desempenho escolar e a perda é enorme. Há um estudo inglês, chamado A extensão do sono e a performance do adolescente com redução crônica do sono, de 2013, que mostra perdas nítidas em matemática e em inglês nos alunos que não têm regularidade para dormir. 28 |Encontro

Não tem como evitar os aparelhos eletrônicos. Mas cabe à família organizar o uso. Celulares e tablets, por exemplo, têm de ser desligados, no caso de crianças mais jovens, em torno das 20h. Aí é a hora de a família conversar” Quais são as consequências, em crianças e adolescentes, dessa falta de regularidade no sono?

Dificuldades atencionais, como não conseguir prestar atenção na aula, dormir em sala, dificuldade de se

mais

A adolescência é uma grande confusão. O que regula isso são alguns hormônios produzidos durante o sono, que são a adrenalina, seratonina e dopamina. Meninos que não dormem nesse horário não têm quantidade suficiente dessas substâncias para regular o comportamento. E um rapaz de 16 anos deprimido, por exemplo, não vai ficar chorando na cama, vai ficar impulsivo, explosivo. Uma menina de 13 anos que dorme tarde, no auge da menarca, também vai ficar mais explosiva. Até porque adolescentes brasileiros fazem pouca atividade física na escola. A atividade física tem papel importante nisso?

É essencial para o desenvolvimento, tanto quanto o sono. Aprendizados corporais persistem mais. Eles organizam o corpo e as relações sociais, e isso é básico na infância e adolescência. Adolescente que não pratica atividade física será uma bomba-relógio. Ele tem mais hormônios e precisa regular isso, e a atividade física é uma forma natural de fazê-lo. No entanto, temos escolas famosas de BH onde ninguém faz atividade física. Eu brinco que os alemães dormem cedo, fazem atividade na escola, têm aula só pela manhã e ganharam de 7 a 1 do Brasil na Copa do Mundo. Quando a gente era assim, a gente ganhava. Depois começamos só a perder. [Risos] Como a chegada dos aparelhos eletrônicos influenciou nisso?

A primeira chegada trágica foi a da internet discada, que era mais rápida de madrugada. Os adolescentes passavam a madrugada jogando por causa disso. A segunda foram os celulares e tablets com WhatsApp, Facebook, que também agravaram muito, pois

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ENTREVISTA | JOSÉ BELIZÁRIO Acredita que os pais estão com dificuldade de organizar a rotina nos dias de hoje?

as pessoas ficam esperando os outros responderem, olhando Instagram, independentemente do horário. E o pior emissor dessa luz azul que atrapalha o sono são esses aparelhos, que sempre usamos muito perto dos olhos.

Muita. Pais têm dificuldade até para enfrentar a própria demanda de consumo. Eles querem consumir também, então acabam saindo da regularidade. Em vez de ir para casa na hora do jantar, vão para o McDonalds, que é um programa que já dá uma excitada. A diversidade de coisas que são ofertadas hoje, tanto para crianças quanto para adultos, é muito maior. Então as pessoas têm dificuldade de selecionar o que é importante e o que não é. E elas sempre acham que a rotina não é importante, justamente porque é rotina, sempre igual. Mas, para crianças, é fundamental.

E crianças estão usando esses aparelhos cada vez mais novas...

Acho que elas têm de usar, não há como evitar. Mas cabe à família organizar o uso. Celulares e tablets, por exemplo, têm de ser desligados, no caso de crianças mais jovens, em torno das 20h. Aí é a hora de a família conversar, ler, fazer outras atividades. Como os pais podem dosar o uso de tecnologia pelos filhos?

Depende de faixa etária, mas existe um indicador muito claro. Se a criança está jogando de forma que a impeça de ter atividades pessoais ou que fique muito irritada durante o jogo, é sinal de que está demais. Algumas crianças vão apresentar essa irritabilidade depois de quatro horas, outras, depois de duas horas, outras, meia hora. Depende do jogo, depende da criança. O problema está nas atividades que viciam, que a pessoa não consegue parar. A violência – que é uma questão para muitos pais quanto aos games, por exemplo – não está no gráfico. Está no tempo de jogo e na compulsão de jogar. Tecnologias são fundamentais. O problema não está nelas, está em como administrá-las. De que forma se deve criar nos filhos o hábito de dormir cedo?

A chave é fazer uma abordagem positiva. A primeira coisa é não proibir. Mas pode-se, por exemplo, desligar o wifi da casa às 21h. E oferecer outras estratégias para esse período. Jantar e não ir automaticamente para o computador ou tablet, e sim ir se preparando para dormir. Oferecer a leitura ou outras atividades mais confortáveis que ajudem a relaxar durante a noite. É também importante que eles pratiquem exercícios durante o dia. Outro grande problema é que a maioria das crianças que ficam acordadas até tarde tem pais que também ficam acordados. É preciso ajustar o horário 30 |Encontro

Por que a rotina é tão importante na infância?

Eu brinco que os alemães dormem cedo, fazem atividade na escola, têm aula só pela manhã e ganharam de 7 a 1 do Brasil na Copa do Mundo. Quando a gente era assim, a gente ganhava”

de toda a família. O importante é dar valor para isso, senão fica parecendo que as crianças estão saindo no prejuízo: fica todo mundo feliz, acordado, enquanto elas estão “perdendo”. É não é isso. Como disciplinar e regrar os horários da criança?

Disciplinar não é uma palavra boa. Organização é que é fundamental, crianças precisam de organização.

A regularidade faz o organismo da criança se adaptar melhor ao mundo e, quando aparecer uma situação adversa, ela vai conseguir superar melhor. É o contrário do que as pessoas pensam. Quando a pessoa fica exposta a uma coisa que não tem sequência, ela se estressa muito mais. E quando surge realmente um problema, ela não tem a organização para lidar com isso. Quando já está organizada, suporta melhor situações diferentes. Rotina dá muito mais segurança. Mesmo que a rotina envolva atividades excessivas, como aulas de idioma, esportes, música, etc.?

Uma criança foi feita para brincar e correr. Na sala de aula, ela não faz isso. Então, às vezes, tem de fazer futebol, uma atividade física extra, música. Isso não é o problema. Mas é importante fazer com que tudo seja bem organizado e que ela tenha tempo para descansar – e, o que também é essencial, que não tenha de fazer dever de casa depois das 20h, pois, nesse horário, fazê-lo não será produtivo para a criança ou para a família. Hoje é mais difícil criar um filho do que antigamente?

Frente a todas as disponibilidades de consumo existentes hoje, é difícil resistir a elas para investir realmente nos filhos. Isso é uma questão importante. z

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RETRATOS DA CIDADE | RAFAEL CAMPOS rcampos@revistaencontro.com.br

FICOU ESQUECIDO SOBRADO LITERÁRIO Até a primeira metade do século XX, a editora carioca Francisco Alves reinava absoluta no mercado de livros no país. Por isso, os belo-horizontinos ficaram orgulhosos ao receber uma de sua filiais, em 1910, instalada em belo sobrado em estilo eclético, em ponto nobre do centro da capital, na rua da Bahia, quase esquina com Augusto de Lima, corredor que inspirou literatos mineiros como Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava. Há muito a livraria não existe mais – fechou as portas por aqui no início da década de 1920 –, mas o nome ficou cravado em alto-relevo na fachada do imóvel, que é tombado e pertence à Academia Brasileira de Letras. O espaço é ocupado hoje com uma das salas do Colégio Minas Gerais, mas continua exalando história. Quantas discussões, poemas e crônicas não nasceram ali?

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O edifício Chagas Dória, na rua Sapucaí, bairro Floresta, parece esquecido. Basta olhar as pichações e as manchas do tempo em toda a fachada. Tombado pelo patrimônio municipal, o imóvel abrigou órgãos da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), mas com a extinção da empresa o prédio foi transferido à União. Até 2013 foi sede da Fundação Municipal de Cultura, mas hoje está vazio. De acordo com a União, o edifício será ocupado por uma unidade que fará a identificação de bens da RFFSA, mas ainda sem previsão. Em estilo art déco, erguido nos anos 1930, o prédio sempre é lembrado como um dos marcos da verticalização da cidade, pelos menos pelos historiadores. Falta, agora, ser lembrado pelas autoridades públicas. Fotos: Thiago Mamede

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DESCASO COM A DENGUE Mais de 32,3 mil casos de dengue foram confirmados em Minas até o dia 15 de maio, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. Entretanto, há quem prefira ignorar os números e as medidas de prevenção da doença. É o caso deste flagrante em uma obra que foi paralisada na rua Sebastião Silvério Ribeiro, esquina de Sebastião de Brito, no bairro Dona Clara. Há uma grande quantidade de água parada no terreno onde será erguido um prédio residencial. Ou seja, um grande risco de se tornar um criadouro do mosquito transmissor da dengue. Alertados pela reportagem de Encontro, os agentes municipais de saúde foram até o local. Por sorte, não encontraram larvas do mosquito. Ainda assim, o responsável pela obra foi notificado.

DISPUTA PELO VERDE O bairro Jardim América, na região Oeste, é palco de um imbróglio que começou há quatro anos. De um lado, moradores e ambientalistas lutam para que a última área verde do bairro, conhecida como Chácara do Jardim América, seja adquirida pela prefeitura e transformada em parque. Do outro, a construtora interessada em erguer no local

duas torres com 23 andares cada uma, mas com a promessa de preservar 30% do verde. No primeiro round, a empresa saiu vencedora com a licença prévia nas mãos. Entretanto, antes que as máquinas entrassem em operação, os moradores acionaram a Justiça e aguardam nova decisão. Pelo visto, vários rounds virão por aí.

HORTA NA RUA Colher verduras fresquinhas não é privilégio apenas de quem desfruta de horta em casa. Nos fundos da praça Achilles Reis, no Cruzeiro, o sapateiro Antônio Carlos Alves, de 58 anos, uniu o útil ao agradável. Ele criou uma horta comunitária com herbário e hortifrúti. “Aqui era um lugar de vandalismo e atividades ilícitas”, diz. De tempos em tempos, ele chama as crianças do entorno para ações de educação ambiental. Cerca de 40 espécies foram plantadas, como mostarda, couve, orégano e batata-doce, e estão disponíveis para quem quiser colher. É ou não é uma boa ideia para semear em outros cantos da cidade? JUNHO DE 2015

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Enxergando novos horizontes Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, o médico Mauro Lúcio Jácome inova no tratamento da obesidade com balão intragástrico em Minas Gerais Nos últimos anos, o uso do balão intragástrico tem se tornado peça fundamental no combate à obesidade. O método tem atingido resultados extremamente satisfatórios, auxiliando no controle do apetite e na reeducação alimentar dos pacientes. E, a partir de 2015, o tratamento ficará ainda mais facilitado. Até o ano passado, os balões só poderiam permanecer no organismo por seis meses e, uma vez inseridos, não poderiam ter seus volumes alterados. Em 2015, chegou ao Brasil um novo balão, capaz de permanecer no estômago por um ano. Além disso, o sistema de válvula foi aprimorado, o que permite insuflar e esvaziar o balão a qualquer tempo, inserindo ou retirando o líquido de acordo com as necessidades do paciente. Um dos pioneiros na utilização do novo balão em Minas Gerais é o médico Mauro Lúcio Jácome. Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia e membro de algumas das entidades médicas mais prestigiadas do mundo, ele participou de todos os treinamentos de capacitação para o uso do balão intragástrico ajustável desenvolvido pelo médico e pesquisador norte-americano Jeffrey Brooks, da Universidade de Columbia, que ministrou treinamento na clínica do Dr. Mauro em Belo Horizonte. “O uso do balão ajustável permitirá um maior controle no processo de perda de peso, principalmente após o sétimo mês, quando os índices começam a cair. Basta aumentar o volume, o que agora é possível com a nova válvula”, explica Jácome“. Nos casos de pacientes que apresentam intolerância ao balão, basta diminuir um pouco o líquido, sem precisar retirá-lo do estômago. As possibilidades são inúmeras, uma vez que os pacientes ganham o dobro do tempo para atingirem suas metas. “É como se fosse uma prova em que, ao invés de seis meses, a pessoa passa a ter um ano para se preparar. O paciente ganha mais tempo para atingir o peso e aprender a mantê-lo”, diz Jácome. “Após um ano, retiramos o balão, mas continuo a acompanhar os pacientes. É, sem dúvida, a parte mais importante do tratamento”, pondera.

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Alexandre Rezende

O médico Mauro Lúcio Jácome é um dos pioneiros no novo método: “O uso do balão ajustável permitirá um maior controle no processo de perda de peso”

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A importação do balão ajustável, cujo valor é igual ao de seu antecessor, começou recentemente no Brasil, apesar de já ser empregado no mundo inteiro há vários anos. De lá para cá, Dr. Jácome já realizou cerca de 30 procedimentos, todos com excelentes resultados. O médico acredita que, além das indicações clássicas, um leque de novas indicações surgirá a partir de agora, e o balão intragástrico de um ano será um importante aliado para tratar a obesidade.

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CRONOS: Rua Joaquim de Figueiredo, 157 – Barreiro (31)3322-4202/ 3384-2769 / 8881-0499

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Sistema de www.site.com.br Balão Intragástrico Ajustável Tecnologia que permite ao paciente utilizar o balão por até 12 meses. O QUE É?

SISTEMA EXCLUSIVO

O BALÃO INTRAGÁSTRICO AJUSTÁVEL é um dispositivo de silicone preenchido com uma solução salina de soro fisiológico e corante azul de metileno. É colocado no estômago por endoscopia, sem cirurgia.

O balão é composto de uma válvula que permite inflar e desinflar o balão.

VANTAGENS • Procedimento reversível • Sem necessidade de cirurgia • Maior tempo de duração em relação ao balão convencional • Possibilita inflar e desinflar o balão sem removê-lo do estômago

RESULTADOS Os resultados são rápidos e duradouros. O tempo de 12 meses é mais adequado para que o paciente se adeque às novas rotinas de hábitos alimentares. Isto é ideal para manutenção do peso após a retirada do balão.

EFEITO ESPERADO Por ocupar espaço, o balão faz com que a pessoa coma menos, já que ele traz a sensação de saciedade precocemente. Consequentemente, há perda de peso.

PRÉ-PROCEDIMENTO Como não é considerado uma cirurgia, o procedimento não exige cuidados específicos antes de ser realizado. A orientação é a mesma para quem vai passar por uma endoscopia, jejum absoluto durante as 8 horas anteriores ao procedimento.

TEMPO DE DURAÇÃO 20 a 30 minutos.

COMO FUNCIONA

INDICAÇÕES

1 - O procedimento é feito como uma endoscopia convencional, ou seja, não há incisões ou necessidade de internação.

• Pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 27 e recomendação médica.

2 - Na endoscopia, os médicos aplicam um sedativo intravenoso e uma anestesia local na garganta para prevenir tosses ou engasgos.

• Pacientes com sobrepeso ou obesidade em qualquer nível.

3 - Para segurança do paciente é extremamente recomendável a presença de um anestesista, mesmo que o procedimento seja sob sedação leve.

• Em pacientes com elevado nível de obesidade que precisam eliminar peso e reduzir seu risco cirúrgico antes de se submeter à cirurgia bariátrica ou outra cirurgia.

4 - Assim que os sedativos fazem efeito, o endoscópio é inserido pelo esôfago até chegar ao estômago e ao duodeno. 5 - Não havendo alterações no esôfago, estômago ou duodeno, o médico retira o tubo de endoscopia e o reintroduz com o balão intragástrico na ponta. O balão é, então, inserido no estômago e inflado. 6 - Meses depois de inserido, o balão pode se acomodar em pequenas cavidades do estômago e esvazia-se um pouco. Com isso, o organismo passa a se adaptar e a “burlar” o tratamento, que perde parte do efeito. 7 - Nesse momento, os médicos “reinflam” o balão, preenchendo-o novamente com a solução salina. Com mais volume, o balão sai do seu “esconderijo” estomacal e volta a cumprir seu papel de ocupar espaço no órgão. 8 - A “reinsuflação” pode ser feita de duas a três vezes, o que resulta em uma vida útil de até um ano para o balão. Quanto mais tempo no organismo, mais tempo para o emagrecimento acontecer. A retirada do balão é feita também por meio de endoscopia.

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• Pacientes com nível elevado de obesidade que não querem realizar a cirurgia bariátrica. Neste caso o balão provoca emagrecimento e redução do risco cardiovascular do paciente.

CUIDADOS PÓS-PROCEDIMENTO Alimentação semelhante à de pacientes que passaram por cirurgia bariátrica: nos primeiros dias, líquida e pastosa. Progressivamente, o paciente poderá introduzir alimentos sólidos, de acordo com orientação médica.

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GENTE FINA | GUI TORRES gtorres@editoraencontro.com.br

BOLLYWOOD, AÍ VOU EU! Quando não é lembrada pelos títulos de miss, entre eles o de Miss Minas Gerais 2009, sobra para Rayanne Morais o posto de modelo e mulher do cantor Latino. Como atriz, arte que iniciou na capital aos 10 anos, ela começa só agora a ganhar visibilidade – pelo menos no exterior. O primeiro longa de que participou, Os Tubarões de Copacabana, acaba de lhe render o prêmio de melhor atriz no 5th Dada Saheb Phalke Film Festival, que acontece anualmente em Nova Délhi, na Índia. “No Brasil, reconhecem como atriz quando pegamos um papel de destaque”, diz. “Mas lá fora ninguém sabia quem eu era e só importou o meu talento.” Agora, a belo-horizontina quer apostar suas fichas em Bollywood, a Hollywood indiana, maior indústria cinematográfica do mundo. “Vou me permitir sonhar um pouco mais alto.”

SÓ FALTA A CHINA? O empresário e presidente da Forno de Minas, Helder Mendonça, não está de brincadeira quando diz que quer conquistar os quatro cantos do mundo com seu pão de queijo. “Hoje, quando se fala de alimentos que lembram o Brasil no exterior, pensa-se logo em churrasco, café e pão de queijo”, diz. Com 25 anos de mercado e exportando atualmente para Estados Unidos, Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Uruguai e Emirados Árabes, a empresa abriu escritório recentemente em Miami e acabou de descarregar um contêiner com 25 toneladas da iguaria em Lima, no Peru. Helder também mexe os pauzinhos para chegar à Colômbia e Angola. “Se os chineses tivessem a cultura de assar os alimentos, também estariam comendo pão de queijo”, garante. Samuel Gê

Amaury Simões/Divulgação

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SOCORRO FASHION Iniciada no universo da moda pelo amigo e hoje apresentador de TV Matheus Mazzafera, não é de surpreender que Ana Paula Lima tenha se transformado em personal stylist de primeira. Depois de fechar duas lojas de sapatos na capital, a belo-horizontina partiu para São Paulo com a proposta de ajudar personalidades, empresários e quem mais tiver bala na agulha a se vestir melhor. De cara, conquistou a ex-modelo e apresentadora Luciana Gimenez, para quem escolhe modelitos para eventos sociais e os dois programas que comanda. A musa fitness Gabriela Pugliesi também se rendeu ao bom gosto da mineira. A última a pedir ajuda, no mês passado, foi a presidente da Tam, Claudia Sender. “Aos poucos, vou fazendo uma lavagem cerebral para que elas se rendam às mudanças” brinca a personal. “Não é para desfazer o closet e comprar tudo da Chanel, mas é preciso desapegar do que não valoriza a pessoa.” Kenji Nakamura/ Divulgação

JOGADA DE MESTRE

Maria Toscano/ Divulgação

MOTIVOS PARA COMEMORAR

O vocalista da banda juiz-forana Onze:20, Victor Hugo, está rindo à toa. Três dias depois de lançar seu novo clipe, Querendo Te Encontrar, o vídeo já bateu mais de 400 mil visualizações no Youtube e virou até notícia internacional. O motivo? No filme ele contracena com Rafaella Santos, irmã do jogador Neymar, que anda tentando emplacar como atriz. “Não foi uma jogada proposital. Comentei da gravação e ela se ofereceu para participar, nem teve cachê”, diz ele, que ficou amigo da moça depois de cantar no aniversário dela. No Instagram, Neymar tietou a irmã e a banda, que passou a ser conhecida também pelos 22,5 milhões de seguidores do craque. “Eu já era fã da Onze:20, agora, então, nem se fala”, escreveu.

Alexandre Rezende

A atual crise econômica parece passar longe do universo sertanejo. Prova é que o empresário Alê Pampolini convocou alguns dos principais nomes do país para brindar os dois anos da Wood’s em BH. A cantora Paula Fernandes e as duplas Edson e Hudson, João Neto e Frederico, Israel e Rodolfo e Fernando e Sorocaba subirão ao palco entre junho e julho. No total, a “festinha” da casa, que recebe cerca de 12 mil pessoas ao mês e oscila entre o segundo e terceiro maior faturamento da rede de 16 boates espalhadas pelo país, custará em torno de R$ 1 milhão. “As pessoas até deixam de viajar, mas de sair para se divertir, não”, comemora Alê.

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CIDADE | CULTURA Fotos: Rogério Sol

Avenida Cristóvão Colombo, na Savassi: senhor observa sequência de grafites. Tem para todos os gostos

Arte nos muros Grafites avançam, aos poucos, pelas ruas da capital mineira, tomando fachadas e viadutos com figuras realistas ou divertidas RAFAEL CAMPOS

Percorrer as ruas e avenidas de Belo Horizonte com olhar mais atento pode render uma experiência diferente. Em muros, viadutos e prédios, é possível admirar figuras hiper-realistas, psicodélicas e divertidas. Esse é o universo do grafite, integrante da chamada street art (arte das ruas), presente em várias capitais do mundo, e que tem se expandido na cena urbana belo-horizontina. “É forte e bonito. Bem melhor do que o muro ficar todo branco ou pichado”, diz o desembargador aposentado Francis38 |Encontro

Rua Guajajaras com Espírito Santo: O Palhaço, assinado por Nilo Zack, impressiona em uma das regiões mais movimentadas do centro da cidade

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CIDADE | CULTURA

Rua Cláudio Manoel, esquina com Rio Grande do Norte, no Funcionários: a representação do universo, do grafiteiro Gud, que remete ao clássico do cinema 2001 – Uma Odisseia no Espaço

Rua Tomé de Souza, na Savassi: o Mestre dos Magos, famoso personagem do desenho Caverna do Dragão, dá as caras em região nobre da cidade

co Batista Abreu, de 68 anos, sobre a figura na esquina da avenida Cristovão Colombo com rua Tomé de Souza, na Savassi (confira fotos). Há desenhos que aparecem sem pedir licença, outros são injetados nos muros com a permissão do morador ou comerciante. Como é o caso de O Palhaço, na parede de um estacionamento localizado na esquina das ruas Espírito Santo com Guajajaras, no centro. De acordo com a Secretaria Municipal de Regulação Urbana, não há problema em conviver com os grafites na cidade, desde que eles sejam autorizados pelos proprietários 40 |Encontro

dos imóveis. Independentemente da polêmica, a arte tem ganhado fãs. Há quem até contrate o serviço para deixar o visual do estabelecimento mais atraente, como é o caso da proprietária de uma empresa especializada em coaching, no Funcionários. “Fica bonito e dá um destaque interessante para o negócio”, diz Irene Rangel. “Pedi ao grafiteiro que elaborasse algo que remetesse ao universo, mas aí ele deu uma incrementada. Não há limites.” Maria Luiza Viana Dias, professora do curso de design da Escola de Arquitetura da UFMG, uma das principais pesquisadoras do assunto no estado,

acredita que a arte está sendo mais aceita por sua persistência no cenário urbano. “No Brasil, podemos notar o crescimento da manifestação desde a década de 1970, motivado pelo cenário político”, diz. Ao mesmo tempo, lembra que as pinturas rupestres podem ser destacadas como os parentes mais distantes do grafite, como escreveu o artista plástico Celso Gitahy em seu livro O que É Graffiti. “Hoje, usamos tintas em spray e não pintamos cervos e bisões, mas, sim, ideia, signos, que passam a compor o visual urbano”, diz Maria Luiza. Há muitos exemplos pela cidade.

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CIDADE | CULTURA

Avenida Cristóvão Colombo, na Savassi: figuras inusitadas atraem olhares curiosos

Rua Tomé de Souza, na Savassi: exemplo de desenho surrealista e que abusa das formas geométricas

Rua Timbiras, no centro: quem sobe a via entre a avenida João Pinheiro e rua da Bahia, no Funcionários, depara com um homem escovando os dentes

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Maria Raquel Bolinho, de 29 anos, há seis projeta nos muros da capital seus cupcakes personificados. “Quando comecei, algumas pessoas reclamavam e falavam mal, mas hoje elas já reconhecem o bolinho, fazem fotos e colocam no Instagram”, diz a jovem, que contabiliza mais de 500 trabalhos em BH. O grafiteiro Marcelo Gomes de Assis, de 34 anos, conhecido como Gud e envolvido com o grafite há 18 anos, também percebe maior aceitação. “Hoje, todo mundo elogia”, diz. “Gosto de mesclar desenhos reais com surrealistas, aí vou viajando.” Ainda não se convenceu? Então confira uma pequena amostra. z

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Job: 23 ENC169CID_grafite.indd 42

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CIDADE | SUSTENTABILIDADE

Capital Verde Confira o que BH anda fazendo para tornar-se sustentável. Gerir resíduos sólidos e a mobilidade urbana ainda são calos no sapato

Léo Araújo

Thiago Mamede

Lagoa da Pampulha, um dos cartões-postais de BH: trabalhos de despoluição serão retomados neste mês e a previsão é de que sejam concluídos em outubro

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Fotos: Breno Pataro/Divulgação

RAFAEL CAMPOS

B

elo Horizonte ganhou a simpática alcunha de Cidade Jardim na primeira metade de século 20, graças a suas árvores frondosas, sobretudo, aos saudosos fícus que cortaram a avenida Afonso Pena até o final da década de 1960. Entretanto, hoje, ser verde significa bem mais do que preservar canteiros e parques da cidade. Indica ações para deter as mudanças climáticas, colocar um freio na emissão de gases que causam o efeito estufa e favorecer iniciativas em prol da valorização da qualidade de vida de seus moradores. É uma batalha longa. Mas a capital mineira dá sinais de que pode ser uma das protagonistas desse cenário ao ganhar, em abril, pela segunda vez consecutiva, o título de Capital Nacional da Hora do Planeta, concedido pela World Wide Fund for Nature (WWF), órgão mundial que tem o papel de chamar a atenção para o aquecimento global. São várias as frentes de atuação. Uma das últimas medidas anunciadas se refere à retomada das ações de despoluição da lagoa da Pampulha, um dos cartões-postais de BH. A obra foi paralisada devido a questões judiciais, mas a Copasa informou que vai reiniciar os trabalhos neste mês. A meta é que, até o fim do ano, a represa, com área de 98,4 km2, esteja, finalmente, limpa. A iluminação pública também está nos planos para reduzir impactos ambientais. Segundo Délio Malheiros, vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, a meta é de que pelo menos 184 mil lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio sejam substituídas por LED. A troca, além de mitigar os prejuízos ao meio ambiente, vai gerar redução de 85% no gasto com a manutenção da iluminação pública, já que as luzes de LED duram, em média, 20 vezes mais que as convencionais. O mesmo já aconteceu com as 22,5 mil lâmpadas incandescentes e halógenas dos semáforos da cidade, trocadas em 2011. “Reduzimos em 87% o consumo de energia só com as mudanças nos semáforos”, afirma Délio. Aos poucos, as edificações da cida-

Placas fotovoltaicas instaladas na cobertura do estádio do Mineirão, em 2014: capacidade de gerar energia elétrica para 1,2 mil residências, ou 39% da demanda do estádio Thiago Mamede

Délio Malheiros, vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente: “Troca de lâmpadas dos semáforos por LED representou redução de 87% no consumo atual de energia”

BRT/Move implantado na área central e avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado: projeto prevê expansão para outras regiões, mas sem data definida

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CIDADE | SUSTENTABILIDADE Cláudio Cunha

Iluminação pública: está em andamento o projeto de substituição das 184 mil lâmpadas, em toda a cidade, por LED

de também estão ganhando caráter sustentável. Atualmente, 47 imóveis estão certificados com o Selo BH Sustentável, lançado em 2012. O objetivo é atestar que a edificação, particular ou pública, cumpre as metas de redução do consumo de água, energia e gestão de resíduos. O estádio do Mineirão, na Pampulha, foi um dos primeiros a ganhar o selo em função das células fotovoltaicas capazes de transformar a luz do sol em energia elétrica. “BH é considerada a capital número um no país em energia solar. Temos 427 m2 de placas de energia solar para um grupo de 1 mil habitantes”, afirma Délio Malheiros. A prefeitura pretende reduzir em 20% as emissões de gases que causam o efeito estufa até 2030. Para isso, a menina dos olhos da administração municipal é a Estação de Aproveitamento de Biogás, localizada na BR-040, no bairro Jardim Filadélfia. Lá, o gás metano produzido a partir da decomposição do lixo do antigo aterro sanitário da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) é processado e queimado, gerando 46 |Encontro

energia elétrica, adquirida pela Cemig e distribuída em sua rede. “A energia gerada na estação é capaz de abastecer uma cidade de 40 mil habitantes”, diz o secretário municipal. O prêmio internacional conquistado pela cidade não serve apenas para enfeitar o gabinete do prefeito Marcio Lacerda. Acaba tendo a função de atrair investimentos. É o caso do Banco Mundial, importante parceiro da PBH nas ações do Plano de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Pregee). A instituição deve injetar R$ 3 milhões, segundo Délio, na instalação de células fotovoltaicas na Escola Municipal Herbert de Souza, no bairro Novo Aarão Reis, projeto pioneiro em Minas. Mas colocar em prática ações sustentáveis não é tão simples. Um dos grandes problemas é conciliar tais práticas com o crescimento econômico, a cultura da população e a busca por mais parceiros. Gerir resíduos sólidos, por exemplo, sempre foi um calo na gestão pública municipal. A coleta seletiva, atualmente, atinge apenas 34

bairros (todos na região Centro-Sul), do total de 480. A despeito do anúncio da expansão desse tipo de coleta para 60 bairros, a situação ainda está longe de ser a ideal, devido à falta de equipamentos para processar os resíduos domésticos. “Não adianta fazer coleta seletiva e jogar o material no aterro”, diz Délio, lembrando que está em busca de parceiros no setor privado para fazer o processamento de produtos como vidro e embalagens tipo longa vida. Além de fazer a coleta porta a porta, como já acontece de forma restrita, a prefeitura estuda a instalação de contêineres para a população fazer o descarte dos produtos passíveis de serem reaproveitados. Diariamente, conforme a secretaria, cada morador produz 800 g de resíduo doméstico. Podemos acrescentar mais dificultador: a mobilidade urbana e o controle da poluição do ar. De acordo com o Inventário Municipal de Emissão de Gases de Efeito Estufa, é necessário concentrar esforços para reduzir os índices de monóxido e dióxido de carbono gerados pelos automóveis. Por

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Estação de Aproveitamento de Biogás, na BR-040, bairro Jardim Filadélfia: gás metano gerado a partir da decomposição do lixo é transformado em energia capaz de abastecer cidade de 40 mil habitantes

isso, as ações da BHTrans visam priorizar o uso do transporte público, como o Move, no centro de BH. Mas o que dizem os especialistas? Nilo Nascimento, engenheiro civil com especialização em hidrologia urbana, acredita que já houve avanço na questão ambiental da cidade, pelo menos, em relação à gestão das águas. Contudo, falta trabalho mais perene para conciliar a preservação do curso d’água com a ocupação urbana. “É importante também que as áreas ocupadas da cidade tenham política que diminua a impermealização do solo e aumente as áreas verdes”, diz Nilo. Sobre a gestão de resíduos sólidos, o professor Raphael Tobias de Vasconcelos, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, acredita que estamos atrasados. “A sociedade não está sensibilizada como deveria e as autoridades locais também não. Mas, agora, temos a Política Nacional de Resíduos Sólidos. É lei e ela manda”, diz o especialista, ressaltando que se trata de um problema nacional. z

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SAÚDE | DIETA A psicóloga Danielle Ramos, de 31 anos, não demorou para eliminar os 18 kg que ganhou na gravidez: “Malho e mantenho dieta equilibrada. Estou satisfeita com o resultado”

Operação barriga chapada Está na moda o uso do chamado seca-barriga e dos suplementos queimadores de gordura para acabar com pneuzinhos indesejáveis. Especialistas explicam a diferença entre eles e alertam sobre o uso excessivo DANIELA COSTA

A rotina de atividades da odontóloga Renata Coursin, de 44 anos, é puxada, mas ela diz que vale a pena. Além do trabalho no consultório, todos os dias pela manhã, ela corre 10 km, malha na academia com acompanhamento de personal trainer e ainda conta com a orientação de nutricionista. Para otimizar ainda mais a queima das indesejáveis gordurinhas, especialmente na linha da cintura, aposta na ingestão de produtos termo-

JC Martins

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ESCOLHA CERTA Saiba quais são os alimentos funcionais e os termogênicos FUNCIONAIS SOJA Reduz o colesterol ruim (LDL) e ajuda a diminuir os sintomas da menopausa. Quantidade diária indicada: 25 g a 60 g AVEIA INTEGRAL Reduz os níveis de colesterol, inclusive o LDL. Quantidade diária indicada: 40 g a 60 g PEIXE Reduz o risco de doenças cardiovasculares. Quantidade indicada: 3 porções por semana ALHO Diminui a pressão arterial e os níveis de colesterol. Quantidade diária indicada: 1 dente de alho, de preferência, cru CHÁ VERDE - Reduz o risco de câncer de esôfago e gástrico. Quantidade diária indicada: 4 a 6 xícaras TOMATE, GOIABA Possuem ação antioxidante e reduzem o risco de câncer de próstata. Quantidade indicada: 10 porções semanais ESPINAFRE, COUVE Diminuem o risco de degeneração macular e de catarata. Quantidade diária indicada: 1 colher de sopa

CENOURA, MANGA, ABÓBORA Fontes de vitamina A, com ação de diminuição de pressão. Quantidade diária indicada: 1 porção VINHO TINTO Reduz o colesterol e estimula o sistema imunológico. Quantidade diária indicada: 1 taça ÓLEO DE LINHAÇA, NOZES AMÊNDOAS, CASTANHAS E AZEITE DE OLIVA Possuem ação imunológica e anticancerígena. Quantidade diária indicada: 1 colher de sopa MAÇÃ Previne eventos cardiovasculares, trombose e câncer de pulmão. Quantidade diária indicada: 1 maçã NATURAIS COM FUNÇÃO TERMOGÊNICA Pimenta-caiena (pimenta-vermelha) Pimentão Gengibre Vinagre de maçã Óleos de peixes Chá verde Canela Guaraná em pó

Fontes: especialistas consultados Divulgação

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SAÚDE | DIETA gênicos – popularmente conhecidos como seca-barriga – e dos suplementos chamados queimadores de gorduras. O resultado é um corpo sarado sem nenhuma intervenção cirúrgica. “Não acredito em milagres, mas sim em treino e dedicação. Os termogênicos sozinhos não trazem resultados”, diz. Comercializado na versão natural ou industrializada, em farinha, chá ou cápsulas, o seca-barriga consiste basicamente na mistura de fibras solúveis e insolúveis, acrescidas de alguns alimentos funcionais, entre eles, farinhas de frutas, legumes, raízes e grãos. Entre os benefícios que traz ao organismo estão o auxílio no emagrecimento, a diminuição do colesterol ruim e a prevenção do envelhecimento precoce. “Ao se misturarem com a água, as fibras solúveis formam uma espécie de gel no estômago que atrasa o esvaziamento gástrico e reduz a absorção de glicose e gorduras. Já as fibras insolúveis estimulam o bom funcionamento do intestino”, explica o nutrólogo Fabiano Robert, coordenador nacional do Projeto Nutrologia em Foco (Abran). No entanto, versões industriais do seca-barriga apresentam maior teor de proteína e sódio e, se consumidas em excesso, podem sobrecarregar os rins. A nutricionista clínica e esportiva Carolina Soares Freire explica que os suplementos termogênicos ou queimadores de gorduras, muito utilizados em academias, aceleram o metabolismo e ajudam a queimar a gordura armazenada como energia, principalmente na região abdominal. Isso acontece devido à combinação de substâncias químicas variadas, entre elas, a cafeína e a sinefedrina, que podem ser prejudiciais à saúde. “Por serem substâncias estimulantes, têm como efeitos colaterais o aumento da hiperatividade, insônia, taquicardia e irritabilidade. E, quanto maior a dosagem, maiores são os riscos”, diz. O personal trainer Frederico Marques, de 27 anos, utiliza o queimador de gordura, mas com moderação. “Alio a prática de atividades físicas e dieta balanceada ao uso dos suplementos. Tudo acompanhado por especialistas de cada área e com check-ups médicos periódicos. Assim, mantenho a forma sem prejudicar minha saúde”, diz. 50 |Encontro

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Samuel Gê

A odontóloga Renata Coursin, 44 anos, usa termogênicos para otimizar a queima de gordura, mas também corre 10 km por dia, malha e faz dieta: “Não acredito em milagres. Termogênicos sozinhos não trazem resultados” Roberto Rocha

O personal trainer Frederico Marques, de 27 anos, usa o queimador de gordura com moderação e o acompanhamento de especialistas: “Assim, mantenho a forma sem prejudicar a saúde”

Para quem não quer correr riscos, a dica é investir na mudança de hábitos e nos alimentos naturais que possuem a função termogênica (ver quadro). Geradores de calor, eles deslocam a temperatura corporal e, consequentemente, fazem com que o organismo gaste mais energia para equilibrá-la novamente. A psicóloga Danielle Ramos, de 31 anos, é prova de que, com força de vontade, é possível manter a forma sem utilizar produtos químicos. Mãe de um garoto de 3 anos, eliminou os 18 kg conquistados durante a gravidez – com 1,75 m

de altura chegou a pesar 85 kg – logo nos três primeiros meses após o parto, quando voltou aos usuais 67 kg. “Não é fácil, mas basta querer. Mantenho dieta equilibrada à base de frutas, legumes e verduras, corro 10 km por dia e malho três vezes por semana. Estou muito satisfeita com os resultados”, afirma Danielle. Os especialistas ainda indicam aquela clássica e simples equação para o emagrecimento: consumir menos alimentos calóricos e gastar mais energia, sem exageros e bem longe de modismos e dietas mirabolantes. z

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PET | SAÚDE Cláudio Cunha

A empresária Carolina Drummond e Meg, poodle toy de 15 anos que tem diabetes e insuficiência renal: “Hoje ela está bem melhor, até a quantidade de insulina a ser aplicada diminuiu”

Esperança para os pets O uso de células-tronco tem se tornado importante aliado no tratamento de doenças graves que acometem os animais de estimação 52 |Encontro

DANIELA COSTA

A perspectiva de cura de doenças para as quais já não há tratamentos traz esperança não só aos seres humanos, mas também ao mundo animal. Apesar de ainda gerar polêmica, o uso de células-tronco é um processo em constante evolução, com a promessa de restaurar funções de órgãos e tecidos do organismo. A cadelinha Meg, poodle toy de 15 anos, foi uma das beneficiadas pela técnica. Portadora de diabetes, que acabou desencadeando a catarata, ela teve de passar por intervenção cirúrgica para voltar a enxergar. Mas há um ano apresentou também quadro de insuficiência renal. “Quase a perdemos”, conta a empresária Carolina Drummond Azeredo. Os esforços para salvá-la não foram poupados. Meg passou por sessões de soroterapia e diálise para ajudar no funcionamento dos rins. Com isso, chegou a apresentar melhora, mas ainda requerendo cuidados. Foi quando Carolina teve conhecimento do uso de células-tronco no tratamento de algumas doenças dos pets. “O

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PET | SAÚDE veterinário me sugeriu tentar, mas alertou que poderíamos não obter resultado algum. Resolvi arriscar”, diz Carolina. Foi um sucesso. Com apenas uma aplicação, o estado geral de Meg melhorou consideravelmente e o problema renal foi controlado. “Foi muito positivo. Até a quantidade de insulina administrada foi diminuída. Ela está bem melhor”, diz. Obtidas a partir de material adiposo (gordura) de animais saudáveis – em geral de cadelas jovens no momento da cirurgia de castração, ou do próprio animal em tratamento –, as células-tronco surgem como importante aliadas no tratamento de doenças graves que acometem os bichos. A exigência é de que o doador seja da mesma espécie. A aplicação das células acontece por via endovenosa ou intra-articular, na origem da doença, agindo de forma a recuperar a região afetada, de acordo com a necessidade de cada paciente. Além de serem utilizadas como reforço para as terapias convencionais, têm a vantagem de não apresentar efeitos colaterais. “Não existe rejeição. O que pode acontecer é não alcançar o efeito desejado”, diz o médico veterinário Alexandre de Paula Nagem, da Clínica São Francisco de Assis. O gatinho Fuleco, de 2 anos, nasceu com micoplasmose felina, doença provocada por parasita que invade as células vermelhas do sangue, gerando graves anemias. Os primeiros sinais de que ele não estava bem foram apatia, cansaço e falta de apetite. “Em 2014, fizemos o tratamento tradicional e ele se recuperou um pouco, até voltou a comer e a brincar. Mas foi só passar pela cirurgia de castração que teve recidiva”, diz sua tutora, a jornalista Leticia Orlandi. Com a baixa imunidade, Fuleco precisou de transfusão de sangue e já não se alimentava sozinho. Para complicar, também teve aplasia medular, quando há redução no funcionamento da medula óssea. “Como último recurso para salvá-lo, tentamos o tratamento com células-tronco. A previsão era de que ele apresentasse melhoras em 20 dias”, conta Leticia. A boa surpresa veio menos de duas semanas depois. Atualmente, Fuleco já não precisa fazer uso de nenhum tipo de medicamento. “Confesso que já tinha perdido as espe54 |Encontro

Samuel Gê

A jornalista Leticia Orlandi com o gatinho Fuleco: “Tentamos o tratamento como último recurso. Foi um verdadeiro milagre”

S MILAGRES DA CIÊNCIA O que pode ser tratado com o uso de células-tronco FRATURAS: ajudam na reconstituição dos ossos FERIDAS: auxiliam no processo de cicatrização OSTEOARTROSE E DISPLASIA COXOFEMORAL: aliviam as dores e ajudam na recuperação dos movimentos TRAUMAS, APLASIA E HIPOPLASIA MEDULAR (DOENÇAS DA MEDULA ÓSSEA): auxiliam no restabelecimento das funções do órgão SEQUELAS NEUROLÓGICAS DA CINOMOSE: ajudam a restabelecer as funções do cérebro PROBLEMAS RENAIS: auxiliam no restabelecimento das funções do órgão

ranças”, diz Leticia. “Foi um verdadeiro milagre.” Os especialistas alertam que para realizar o tratamento é fundamental que o animal não tenha nenhum tipo de infecção. Por isso, não é recomendado em quadros de leishmaniose e cinomose, durante a evolução das doenças, que provocam processos infecciosos constantes”, explica o veterinário Alexandre Nagem. Mesmo sendo promissor, o tratamento com células-tronco não cura todas as doenças. “A técnica não é recomendada em pacientes com câncer, pois não se sabe quais as consequências da interação de células-tronco com células cancerosas”, explica o médico veterinário Luiz Fernando Ferreira, da Clínica Professor Israel. Segundo ele, o êxito do tratamento vai depender da resposta individual de cada organismo. O tratamento já está disponível na capital mineira, mas poucas clínicas o utilizam. O custo de cada aplicação é de em média R$ 3 mil, e a quantidade varia de uma a três sessões, com intervalo de 30 dias. z

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DEZ PERGUNTAS PARA | CRISTINA SANTOS

“Os homens estão mais emotivos” Eles valorizam mais a relação amorosa, buscam a cumplicidade com a parceira e gostam de dividir as tarefas domésticas, diz estudiosa do assunto GEÓRGEA CHOUCAIR

O homem atual está mais sensível, vaidoso, preocupado com a divisão das tarefas em casa e com a cumplicidade emocional com a parceira. A conclusão é da psicóloga e estudiosa do comportamento masculino Cristina Santos, que há 15 anos está debruçada em estudos e cursos nacionais e internacionais sobre o relacionamento a dois. Paulistana mas radicada em Minas há muitos anos, Cristina trabalha com psicoterapia de adolescentes, adultos e terapia de casais. Ministra ainda palestras sobre pensamento masculino e preconceito. Um desses preconceitos é de que só homem fraco faz terapia. Em seu consultório hoje, por exemplo, 40% dos pacientes são homens. Há 15 anos, esse índice ficava entre 10% e 15%. Na avaliação de Cristina, o senso comum que associa o homem ao comportamento frio e excessivamente racional começa a ser derrubado não só nos consultórios, como também em pesquisas. Ela destaca o trabalho do 56 |Encontro

psicólogo e terapeuta de casais norte-americano Gary Neuman. Ele foi atrás de 25,5 mil homens para descobrir o que passa na mente dos maridos infiéis. O resultado do levantamento, divulgado no livro A Verdade sobre a Traição Masculina, surpreendeu o universo feminino: mostrou que a maioria absoluta não trai por sexo. Parece até discurso de mulher, mas os homens vão buscar fora de casa apreciação positiva, reconhecimento, gestos carinhosos e afeto. 1- ENCONTRO - Os homens estão mais afetivos? Por quê? CRISTINA SANTOS - O homem tem

falado de emoções. Ele é muito criticado como frio, indiferente, que muitas vezes parece um gelo, uma pedra. Já ouvi muito essa expressão. A pesquisa de Neuman veio mostrar a conexão e cumplicidade emocional do homem, da importância de ter a parceira conectada na valorização do trabalho dele, da relação. Isso vem quebrar o senso comum que traz o homem como indiferente, que não quer a relação a dois. Eu ouço frequentemente aqui no consultório reclamações de homens que não se sentem valorizados e admirados pela mulher que está ao lado deles. E a relação amorosa é uma das maiores fontes de felicidade do ser humano. Quando a pessoa tem um conflito amoroso, é muito comum não dar conta nem de trabalhar. Ou seja, significa que está sofrendo muito. Isso desestrutura a vida da pessoa. 2 | Diante do olhar feminino, quais os principais preconceitos que precisam ser quebrados em relação aos homens?

Denis Medeiros

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DEZ PERGUNTAS PARA | CRISTINA SANTOS O preconceito de que o homem não presta, que não se pode confiar nele e que ele é indiferente ao relacionamento amoroso. Chega ao ponto de a parceira não torcer para o homem ter sucesso, ganhar dinheiro. Ela muitas vezes acredita que, se o homem ganhar dinheiro, vai virar mulherengo. 3 | O que leva o homem a se aproximar da parceira?

O homem fica mais próximo quando percebe que é valorizado e admirado. Todos nós precisamos disso. Eu percebo que o homem se aproxima quando percebe que a mulher é boa ouvinte, participa do que acontece com ele com menos crítica, menos julgamento, menos cobrança. É preciso haver elogio, é desse modo que a pessoa vai mostrando a admiração pelo outro. O elogio é importante para as duas partes. Desde criança, os elogios ajudam a formar a autoestima da pessoa. Adoramos receber elogios. Quando estamos em parceria amorosa, muitas vezes, não temos essa expressão do elogio, do sentimento. Muitas vezes pensamos, mas não falamos. A crença equivocada é de que, se eu elogiar, o outro vai ficar convencido. 4 | E o que leva os homens a trair?

O fato de eles não se sentirem admirados, valorizados, compreendidos, não sentirem que têm um projeto de vida juntos. Apenas 8% das entrevistados na pesquisa de Neuman disseram que traíram porque o sexo com a parceira não era bom. O restante foi por falta de cumplicidade emocional. Muitas vezes, o homem não tem espaço na casa que seja dele. Tudo é organizado e colocado da maneira que a mulher decidiu. Isso afasta demais o homem. Chega uma hora que ele parece não querer voltar para casa. 5 | O que precisa ser mudado na casa para ser um ambiente agradável para os dois?

A mulher precisa entender que a casa é dos dois. Apesar de na nossa cultura a parte da mulher ser muito grande nos cuidados com a casa, ela não precisa tomar tudo para ela. É importante dividir, e que o homem peça esse papel e faça valer o lugar dele. A mulher precisa sa58 |Encontro

ber também que a casa tem de ser confortável para os dois, os dois precisam se sentir bem ali dentro. É interessante que o homem pergunte, dê palpite e fale como quer o cantinho dele. 6 | A inversão de papéis funciona nos relacionamentos de hoje? O homem aceita cuidar da casa ou ganhar menos, enquanto a mulher é o arrimo da família?

A mulher até aceita, mas é muito difícil para o homem ficar nessa condição. Desde a Pré-História, o homem tem na essência o provedor, de sair para caçar e trazer o alimento para a família. Ele se sente competente na hora que consegue fazer isso através do trabalho dele. Quando essa inversão acontece, geralmente, é por período curto, de emergência na vida profissional do homem. Mas hoje os casais participam mais da

Temos uma questão cultural que diz que sofrimento une as pessoas. Isso é um equívoco. Muitas pesquisas apontam que compartilhar coisas boas é que une as pessoas” vida de casa, de cuidar dos filhos. O homem e a mulher dividem mais as tarefas. É importante isso. O cuidado dos filhos e da casa fazem parte da missão. Se a pessoa mora sozinha, ela cuida da casa, das contas a pagar, das obrigações. Por que quando se casa isso às vezes vira um problema? O combinado pode acontecer sem precisar de cobranças depois. Esse é item de grandes desavenças entre os casais. Esse cuidar da casa traz problemas, se não for feito de forma combinada.

7 | O que falta para os casais terem relações mais duradouras?

Compartilhar alegrias e bons momentos é importante. É preciso que a pessoa entenda que o relacionamento é uma prioridade. Quando ele é prioridade, é aberto espaço para que aconteça. O relacionamento amoroso não acontece sozinho. É preciso se dedicar, se empenhar, cuidar. A cumplicidade emocional só vai acontecer entre o casal se os dois conseguirem se entender, se admirar, valorizar um ao outro sem ter disputa do poder. Essa ideia de querer ter razão, ter a última palavra, levar vantagem é um problema nos relacionamentos. Será que ter razão é tão importante assim? 8 | E o lado da mulher? Há paradigmas a serem quebrados nas relações amorosas?

Não há uma pesquisa grande sobre isso. Mas acredito que é preciso quebrar o preconceito de que a mulher não sabe ouvir, não valoriza, não é companheira, não tem tolerância. As coisas precisam ser combinadas e explicadas. 9 | O homem está mais vaidoso?

Percebemos que o homem está gostando mais de andar perfumado, arrumado e elegante. E a mulher gosta disso. Talvez esteja acontecendo até pelo fato de a mulher sussurrar isso no ouvido dele. Ele vai agradar mais se estiver bem cuidado. A própria mídia está muito voltada para o homem também. As linhas de cosméticos e de perfumes têm investido nele. 10 | Como costuma ser a relação dos casais bem-sucedidos?

É uma casa mais compartilhada, com muita alegria. É importante compartilhar alegria e momentos bons. Temos uma questão cultural que diz que sofrimento une as pessoas. Isso é um equívoco. Muitas pesquisas apontam que compartilhar coisas boas é que une as pessoas. Muitos casais ficam intoxicados com a crença de que o sofrimento vai unir. Mas vemos casais se separando porque perderam um filho, passaram algum momento difícil no trabalho ou na família. O sofrimento não une, a alegria sim. z

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TURISMO | DESTINOS

Férias no interior Como as férias de julho são mais curtinhas, uma boa opção são destinos próximos a BH. Selecionamos sete locais para quem busca muita diversão ou quer simplesmente descansar

DANIELA COSTA

“Muros montes e ultramontes, vales escorregados, os andantes belos rios, as linhas de cumeeiras, a aeroplanície ou cimos profundamente altos, azuis que já estão nos sonhos.” Assim o escritor de Cordisburgo Guimarães Rosa descrevia as belezas da terra das minas de ouro e das incontáveis montanhas. E feliz daquele que tem o privilégio de desbravar os seus mistérios. Uma boa dica é aproveitar as férias escolares de julho, que são mais curtinhas (em média, duas semanas, na maioria das escolas), para explorar cidades mais próximas da capital. O que não falta são opções para sentir o ar puro dos campos, banhar os

pés nas águas cristalinas dos riachos, ouvir o canto dos pássaros. Em cada estrada uma surpresa, um encontro com a mais pura mineiridade. Nas cidades históricas, o passado vivo e pulsante em cada rua de pedra ou fachada barroca. Na área rural, fazendas coloniais típicas, passeios de charrete, café coado na hora e pão de queijo quentinho. Nos parques ecológicos, a imensidão a ser explorada e o contato direto com a natureza em sua forma mais pura e original, ideal para a prática do ecoturismo. Para descansar ou se divertir, os destinos são vários e imperdíveis. Selecionamos sete destinos – o mais distante fica a 135 km de Belo Horizonte. Que tal se entregar a essa aventura?

Parque Natural do Caraça (Santa Bárbara) Distância da capital: 120 km Onde ficar: Pousada Pico do Sol Pousada Terra Mineira

Na serra do Espinhaço, o Santuário do Caraça impressiona pela imponente arquitetura e exuberante natureza. Por lá, ilustres moradores têm presença cativa: os lobos-guarás que chegam a comer nas mãos dos padres e são atração para os turistas que se reúnem à noite em frente à igreja para apreciar seus hábitos. Cercada por vales e montanhas, a região é exuberante em belezas naturais, entre elas as águas que formam belíssimas cascatas, cachoeiras e piscinas naturais.

Leandro Courie/EM/D.A Press

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José Geraldo/Divulgação

Santana dos Montes A cidade tem o privilégio de estar na junção do cerrado com a mata atlântica. A rica natureza abriga córregos, cachoeiras e matas densas, ideais para o turismo ecológico e consciente. A pé, a cavalo ou de charrete, percorrer trilhas e estradinhas que levam a fazendas coloniais é um passeio imperdível. Distância da capital: 130 km Onde ficar: Pousada Solar dos Montes Hotel-fazenda Santa Marina Hotel-fazenda Fonte Limpa

Tiradentes Caminhar pelas ruas e vielas de Tiradentes e contemplar as igrejas e casarios do centro histórico é um convite a uma verdadeira imersão na trajetória de Minas. A visita a museus e galerias de arte e o passeio de maria-fumaça que leva até a cidade de São João del-Rei não podem faltar à programação. O artesanato e a gastronomia são atrativos que ganharam fama nacional e agradam aos gostos mais exigentes. Cercada por belezas naturais, na cidade são comuns as caminhadas ecológicas, cavalgadas, passeios de charrete, trilhas off road e visitas a cavernas e corredeiras.

Distância da capital: 135 km Onde ficar: Pousada Pequena Tiradentes Santíssimo Resort

Marcelo Viana/Divulgação

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TURISMO | DESTINOS Euler Junior/EM/D.A Press

Casa Branca

(Brumadinho)

O pequeno vilarejo, cercado pelas montanhas de Minas e pela mata de transição atlântica e cerrado, tem passeios ecológicos como principal atração. Já na descida para o arraial, o Parque Estadual do Rola Moça descortina uma paisagem indescritível. Banhado pelo ribeirão das Piabas, que forma bela cachoeira com queda d’água limpa e cristalina, o local também preserva oito nascentes. O ecoturismo é garantido, com atividades como o arvorismo, trekking, escalada e tirolesa. Distância da capital: 25 km Onde ficar: Pousada Verde Folhas Pousada Vista da Serra

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Divulgação

Santo Antônio do Leite (Ouro Preto)

Carinhosamente chamado por ‘Leite’, o pequeno distrito é conhecido pelo ar bucólico e hospitaleiro. As edificações do século passado, entre elas a igreja de Santo Antônio e a capela do Santíssimo Sacramento, completam os atrativos culturais, assim como o famoso Museu das Reduções. Na cidade a gastronomia, o artesanato e as plantações são tradição. Já as belezas naturais impressionam, especialmente as cachoeiras e os mirantes. Distância da capital: 86 km Onde ficar: Ville Real Hotel

18 DE JUNHO NOS CINEMAS

© 2015 Disney/Pixar

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TURISMO | DESTINOS

São Sebastião das Águas Claras/ Macacos(Nova Lima) Um charmoso vilarejo que, mesmo tão próximo de BH, destoa da urbanidade da capital. Percorrer as curvas da estrada que leva a Macacos, sentindo a pureza do ar e apreciando a bela paisagem, atrai visitantes de diversas regiões. Por lá, os amigos se reúnem nas rodas de boteco para ter um dedo de prosa. O ambiente bucólico é convidativo, tanto para casais quanto para famílias que buscam tranquilidade em meio à natureza. Em suas inúmeras pousadas e restaurantes, a gastronomia diversificada é uma atração à parte. Distância da capital: 25 km Onde ficar: Pousada e Ristorante Passagio Pousada Vila Solaris

Ana Lúcia Murta

Santana do Riacho (Serra do Cipó)

A região, que surpreende pela beleza e biodiversidade, guarda entre suas preciosidades o Parque Nacional da Serra do Cipó. O vasto patrimônio natural abriga vales, grutas, rios, campos e cachoeiras. Em seus sítios arqueológicos, a arte rupestre revela vestígios de comunidades primitivas. Na região, a prática de esportes radicais é tradicional, entre eles voos panorâmicos, paraquedismo, canoagem, escalada, visita aos cânions, salto livre, passeios de caiaque, tirolesa e rapel. Distância da capital: 100 km Onde ficar: Pousada Capim do Mato Pousada Recanto da Serra z

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PERFIL | SOLIDARIEDADE

O benfeitor da saúde infantil

Denis Medeiros

Depois de um sonho com padre Eustáquio, o empresário José Marcílio fundou casa de acolhida para crianças e adolescentes que saem do interior para tratamento em BH GEÓRGEA CHOUCAIR

Tudo começou com um sonho. Há oito anos, o empresário José Marcílio Nunes Filho acordou um dia pela manhã com uma lembrança nítida: imagens de padre Eustáquio acolhendo crianças com câncer. Dinâmico, decidido, religioso e com muita vontade de ajudar o próximo, não deixou o sonho passar em branco. Foi atrás da realização. O resultado pode ser visto hoje na Casa de Acolhida Padre Eustáquio (Cape), que funciona como uma espécie de hotel filantrópico para crianças e adolescentes carentes em tratamento de câncer e doença hematológica. Para quem visita a casa, que fica no bairro São Luiz, na Pampulha, salta aos olhos o zelo e cuidado em cada serviço oferecido aos hóspedes: são 32 quartos com suítes, transporte para os tratamentos, cinco refeições ao dia (preparadas com a ajuda de nutricionista), brinquedoteca, playground, informática, assistência social, psicologia, fisioterapia, capela, 66 |Encontro

O empresário José Marcílio Nunes com Arthur Amaral Loiola e Antônio Soares Souza, abrigados pela Casa de Padre Eustáquio: “O afeto é muito importante para eles”

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PERFIL | SOLIDARIEDADE Cláudio Cunha

acupuntura e massoterapia para os responsáveis pelas crianças. “A minha mãe sempre enfatizou que era preciso colocar amor em tudo que fazemos”, diz José Marcílio, filho da exímia cozinheira Maria Lúcia Clementino Nunes, a dona Lucinha, fundadora de restaurante homônimo em BH. “Foi assim que levantamos a Cape.” A intenção é mesmo de acolher as famílias que vêm do interior em busca de tratamento para os filhos e não têm onde ficar. “Elas chegam com grande dose de tristeza”, diz dona Lucinha, conselheira da instituição. No hotel, explica, os funcionários são especializados em levar carinho e amor aos hóspedes. A estrutura de quatro andares começou a funcionar em dezembro de 2013. O local não foi escolhido por acaso. Mais uma vez, José Marcílio recebeu outro sinal. O padre Lúcio Dumont Prado foi o consultor espiritual do empresário. “Quando estávamos avaliando o terreno, dois aviões fizeram uma cruz de fumaça no céu”, diz. “Foi o sinal de Deus de que o local estava abençoado e que a obra deveria ser aqui.” O terreno fica próximo à lagoa da Pampulha, região que oferece algumas opções para distrair as crianças, como zoológico e parques. O investimento no empreendimento, de R$ 7 milhões, veio da Associação Dona Lucinha, sem fins lucrativos. A obra foi feita em parceria com a construtora PHV, que doou 50% do terreno e fez tudo a preço de custo e sem cobrança da taxa de administração. Aos 52 anos, o empresário José Marcílio – que atua no segmento de comércio e imóveis – entusiasma-se ao falar da instituição. “Considero as crianças como meus filhos. O afeto é muito importante para eles”, diz. Mas é discreto e se esquiva quando o assunto é a vida pessoal. “Meu filho não gosta que fale sobre ele, mas tem coração enorme e vive de fazer caridade”, diz dona Lucinha. O homem simples, de fé e de afeto não é diferente em casa. “É 68 |Encontro

Dona Lucinha, mãe de José Marcílio e incentivadora do projeto: “Meu filho tem coração enorme e vive de fazer caridade” Paulo Márcio

O oncologista Joaquim Caetano de Aguirre Neto vê o apoio como fundamental para os pacientes: “É importante que a criança fique próxima do centro de tratamento no período da quimioterapia”

Denis Medeiros

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PERFIL | SOLIDARIEDADE Alexandre Resende

uma pessoa iluminada. Não pensa só na família, mas está sempre voltado para o próximo”, afirma a mulher, Viviany Sarti Barros Nunes, de 44 anos, que também participa ativamente dos trabalhos na instituição. Assim como o marido, Viviany é devota de padre Eustáquio, fé que ganhou força depois do nascimento dos trigêmeos, Pedro, João e Maria. O parto foi prematuro, aos sete meses de gestação, e Viviany teve sérias complicações, com hemorragia grave. “Foi um milagre. Mas, independentemente disso, a fundação da Casa sempre foi um projeto que já estava decidido entre nós”, diz ela. “Ele é uma pessoa especial, sempre disposto a ajudar e muito religioso. O meu lado espiritual estava meio afastado, retomei aqui”, afirma o diretor geral da instituição, Cláudio Souza Diniz. O hotel abriga hoje 56 crianças, conta com 25 funcionários e 20 voluntários, e depende de doações. Mas, antes de receber qualquer ajuda financeira, o empresário faz questão de convidar os interessados a conhecer a estrutura. “Não gostamos de telemarketing. É importante que as pessoas saibam da realidade da nossa obra”, afirma José Marcílio. O pequeno Arthur Amaral Loiola, de 1 ano e 10 meses, veio de Jenipapo de Minas, no Vale do Jequitinhonha, para tratar de leucemia. Ficou um mês no hospital e depois foi transferido para a instituição. “O Arthur está respondendo rápido ao tratamento, graças à ajuda que recebemos aqui”, afirma a mãe, Daiana Amaral Sousa. Arthur iniciou a segunda fase de quimioterapia. “Está mais tranquilo, aqui ele brinca à vontade. Lá no hospital estava estressado, pois ficava preso no berço”, diz Daiana. As crianças podem ser acolhidas por meio de indicações de médicos do Hospital das Clínicas, da Baleia e Santa Casa. Mas é imprescindível que morem à distância mínima de 100 km de Belo Horizonte. “É muito importante que a criança fique próxima do centro de tratamento no período da quimioterapia, pois muitas vezes precisa ir uma ou duas vezes por semana ao hospital”, diz o médico Joa70 |Encontro

Manoel, Suely, Laiza e Ricardo estão entre as 56 crianças atendidas: infraestrutura inclui brinquedoteca e playground

quim Caetano de Aguirre Neto, oncologista e pediatra da Santa Casa e do Hospital das Clínicas. O médico conheceu José Marcílio há pouco mais de um ano e acabou se tornando conselheiro da Cape. “Eu o vejo como grande aliado, parceiro forte na tentativa de melhorar essa área de oncologia pediátrica”, diz o médico. E a parceria está só no co-

meço. José Marcílio já sonha de novo. Dessa vez, é com a construção de um hospital de câncer infantil, obra orçada em R$ 200 milhões. A ideia é que o hospital filantrópico seja referência na área, nos moldes do Graacc, em São Paulo. “Queremos convocar toda a sociedade mineira para vestir essa camisa”, diz. Com uma causa dessas, quem não vai querer entrar na lista? ❚

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NEGÓCIOS | MÓVEIS

Não é antiquário... Alexandre Rezende

...nem topa-tudo. Mudança de comportamento do consumidor faz nascer negócio em BH, o brechó de mobiliário. Para quem não se incomoda em comprar produto de segunda mão, mas com design, é uma boa opção GEÓRGEA CHOUCAIR

Você já pensou em ter em casa um tapete fino persa, um móvel de estilo, uma peça do Aristeu Pires ou uma mesa de mármore branco e desistiu em função preço? O momento é bom para repensar a ideia e renovar a casa. A crise financeira abriu espaço para um novo tipo de negócio em Belo Horizonte: o brechó de mobiliários, com preços até um terço menores do que os valores cobrados pelas lojas. O pontapé para o empreendimento foi dado pela arquiteta Zilda Santiago, em sociedade com Anamaria Diniz, Cirstiany Henriques Elias e Túlio Elias. Há seis meses, eles inauguraram o Desapego Home no Jardim Canadá, em galpão de 300 m2. Trata-se de uma loja de venda de móveis selecionados, de segunda mão. A ideia passa longe daqueles topa-tudo que vendem sofás manchados, mesas com tampo quebrado e até cadeiras precisando de reformas. “Fazemos uma seleção dos produtos. São peças bacanas a preços mais acessíveis”, afirma Cristiany. Também não é um antiquário, nem loja de móveis vintages. “Temos mobiliário antigo e atual”, explica ela. 72 |Encontro

Cristiany Henriques e Túlio Elias estão surpresos com a procura e já pensam em ampliar o negócio: “Não há muitos lugares no mercado que oferecem esse tipo de serviço”, diz Túlio

A escolha criteriosa das peças do brechó são feitas pelos quatro sócios, que atuam na área de arquitetura, comércio de móveis e administração. “A opção é boa para quem quer comprar e vender, pois não há muitos lugares no mercado que trabalham com esse tipo de serviço”, diz Túlio Elias. O negócio nasceu da demanda da clientela das arquitetas Zilda e Anamaria. “Sempre ouvimos reclamações dos clientes que, ao trocar o mobiliário da casa, não sabiam o que fazer com os móveis, em sua grande maioria, peças de boa qualidade”, afirma Anamaria. São quadros, tapetes, luminárias, sofás, mesas, cadeiras. Em curto espaço de tempo, o lugar ficou pequeno para a demanda. “Devemos ampliar a

área. Muita gente tem nos procurado para deixar as peças, superou nossas expectativas”, afirma Cristiany. Além do mobiliário usado, as empresárias recebem mercadorias novas de ponta de estoque das lojas. As peças são recebidas em consignação e ficam expostas, em média, por três meses. Se não forem vendidas, o preço é revisto ou são devolvidas ao dono da mercadoria. “O momento do país é bom para o negócio. Está todo mundo com receio de fazer dívida e gastar muito com móveis”, diz Anamaria. O Desapego tem hoje cerca de 300 peças em estoque. Além do preço, é uma opção para quem se preocupa com atitudes sustentáveis. z

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Cuidar bem da cidade e das pessoas.

É assim que a gente faz a melhor capital do Brasil.

Pampulha. Candidata a Patrimônio Cultural da Humanidade. PPP da Educação premiada pelo Financial Times.

Atenção com crianças e adolescentes - Unicef.

O projeto de construção de escolas por meio de Parceria Público-Privada foi premiado pelo Financial Times/Citi Ingenuity Awards e pela publicação Infrastructure 100.

Belo Horizonte foi apontada em 2014 como a cidade com ambiente mais adequado para crianças e adolescentes.

Segurança Alimentar é exemplo para o mundo - ONU.

Nos últimos anos, o trabalho da Prefeitura de Belo Horizonte tem se tornado referência em políticas públicas. Várias ações foram reconhecidas mundialmente por entidades como ONU e Unicef. E as conquistas não param: recentemente, a pesquisa nacional Best Cities Index apontou BH como a melhor capital do Brasil. Esse é o resultado de um trabalho feito a várias mãos: Prefeitura, parceiros e toda a população.

Cidade Livre do Analfabetismo.

BH conquistou, pela 1ª vez, título concedido pelo Ministério da Educação.

Exemplo em Defesa Civil - ONU.

Melhor IDEB do Brasil entre as grandes capitais, segundo o MEC.

O programa de Segurança Alimentar de BH foi reconhecido pela ONU como referência mundial.

Prêmio Sasakawa 2013, reconhecimento da ONU ao conjunto de ações da Prefeitura para reduzir riscos de desastres naturais.

BH tem o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Brasil entre capitais acima de 2 milhões de habitantes.

Cidade Amiga da Criança Fundação Abrinq.

Maior Programa de Saúde da Família do Brasil.

Cultura é referência em prática sustentável e inclusiva.

Reconhecimento pelo cuidado com crianças e adolescentes. Entre 1.500 cidades avaliadas, somente 9 receberam o Título de Destaque Nacional.

BH é a capital com maior cobertura do PSF: 83% dos moradores são atendidos.

O projeto Arena da Cultura foi premiado pela CGLU, organização com sede em Barcelona e presente em 127 países.

www.pbh.gov.br

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Não para de trabalhar por você. 30/05/15 00:32


NEGÓCIOS | SHOPPING

Repaginada tecnológica Shopping Cidade implanta novidades para facilitar compras e economizar o tempo dos seus mais de 80 mil frequentadores diários

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GUI TORRES

Já imaginou rodar um shopping center de seis andares em minutos, assentado comodamente, em vez de bater perna por horas atrás do que precisa? Isso é possível sim, com a ajuda da internet. A tecnologia já está sendo disponibilizada em Belo Horizonte pelo Shopping Cidade, no centro da capital. Graças ao seu intenso fluxo de visitantes, cerca de 80 mil ao dia, ele foi o primeiro empreendimento do segmento no país a ser convidado pelo Google para implantar o Google Maps Business View. A fer-

ramenta permite ao consumidor conhecer o interior de um mall via web. Para o tour virtual, que tem a mesma tecnologia do conhecido e polêmico Google Street View, uma equipe de fotógrafos registrou, durante 20 dias, mais de 100 fotos de cada um dos pisos para proporcionar um panorama de 360 graus das quase 150 lojas e 31 quiosques do Shopping Cidade. “Isso economiza o bem mais precioso nos dias de hoje, o tempo, além de facilitar a localização de cada loja para quem não conhece o shopping, agilizando uma possível compra”, explica a gerente de marketing, Carolina

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Exposição

Até 22 de junho CCBB Belo Horizonte - Entrada Franca

Venha conhecer a trajetória e as ideias do artista russo Wassily Kandinsky, pioneiro do abstracionismo. A mostra inédita reúne mais de 150 obras, entre trabalhos do próprio Kandinsky e de artistas contemporâneos a ele, além de peças da arte popular e da cultura xamânica que influenciaram a visão estética do artista ao longo dos anos. Coordenação

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Apoio

Realização

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NEGÓCIOS | SHOPPING Fotos: Cláudio Cunha

A gerente de marketing Carolina Vaz: “O próximo passo é permitir que o cliente entre nas lojas virtualmente com essa ferramenta”

A atendente Ana Paula Amorim é responsável pelo monitoramento do WhatsApp, recentemente disponibilizado pelo shopping para dúvidas e sugestões: “Dá trabalho, mas o usuário fica bem satisfeito”

A promotora de eventos Cláudia Cachoeira em uma das quatro máquinas de carregar celulares: “Uso quase todos os dias”

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Vaz. “O próximo passo é permitir que o cliente entre virtualmente nas lojas através dessa ferramenta.” No início do ano, o centro de compras, inaugurado em 1991, e que, segundo dados da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), tem o maior índice de vendas por metro quadrado de área bruta locável do estado e um dos maiores do Brasil, já havia investido em tecnologia para os clientes, ao tornar disponíveis equipamentos para carregar aparelhos celulares, smartphones e tablets. Bastante comuns em shoppings do Rio de Janeiro e São Paulo, os carregadores estão espalhados por quatro andares e cada um recebe, simultaneamente, até seis aparelhos, que ficam carregando em compartimento seguro, de acesso restrito ao usuário, através de uma senha. Já são cerca de 400 aparelhos recarregados por dia. “Descobri recentemente o serviço e achei sensacional. Os smartphones descarregam muito rápido e esse serviço me salva sempre. Uso quase todos os dias”, conta a promotora de eventos Cláudia Cachoeira. Já a consultora de vendas Márcia Fernandes nunca tinha visto a novidade. “Com certeza, virei mais vezes aqui por causa dessas máquinas. Hoje não conseguimos mais ficar horas sem celular”, diz Cláudia. Recentemente, o empreendimento aderiu também ao uso do WhatsApp. Por meio do aplicativo de mensagens instantâneas, os clientes podem tirar dúvidas e até pedir uma mãozinha na hora de escolher um presente. Já no primeiro mês, foram mais de 200 contatos. Quase 50% queria saber sobre horários e preços referentes ao cinema e funcionamento do shopping em datas especiais, como feriados. “Algumas vezes, as pessoas pedem sugestão de produto para presentar. Então, perguntamos qual a faixa de preço e tipo de presente desejado, fotografamos algumas opções pelo mall e enviamos com o contato da loja”, conta a responsável pelo monitoramente do serviço, a atendente Ana Paula Amorim. “Dá trabalho, mas o usuário fica bem satisfeito”, diz ela. Pelo visto, a moda já pegou. ❚

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A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA TRABALHA SEM PARAR. VEJA ALGUNS DOS TRABALHOS QUE A ASSEMBLEIA REALIZOU NESSES ÚLTIMOS DIAS:

SEGURANÇA PÚBLICA

MULHERES

DIREITO DO CONSUMIDOR

Deputados fazem audiência pública, reivindicam providências e governo envia Projeto de Lei à Assembleia que prorroga contratos dos agentes do sistema prisional e socioeducativo.

Deputadas cobram do Tribunal de Justiça mais rigor na aplicação da Lei Maria da Penha e na penalização de agressores de mulheres.

Após diminuição do imposto estadual sobre o etanol, Assembleia questiona donos de postos com relação à demora na redução do preço do álcool para o consumidor.

DIREITO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA Parlamentares reivindicam ampliação do atendimento de crianças com paralisia cerebral em Unidades Municipais de Educação Infantil da Capital.

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POLÍTICA | EDUCAÇÃO

Acordo histórico Depois de anos de embate, o governo de Minas e os professores estaduais chegam a um consenso capaz de pôr fim às greves da categoria e selar a paz entre os dois lados

Paulo Filgueiras-EM-DA Press

DECA FURTADO

Nos últimos anos, a relação entre o governo de Minas e os professores estaduais foi marcada por conflitos. A falta de consenso em negociações salariais e outras reivindicações da categoria tornou a greve algo corriqueiro nas escolas públicas estaduais. Desde 2003, os professores pararam por 245 dias, equivalentes a um ano letivo. Por isso, o acordo que acaba de ser assinado entre o Governo de Minas Gerais e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) foi considerado histórico pelos representantes da categoria e lideranças políticas. A um custo de R$ 13 bilhões, não computados aí os reajustes anuais, o acordo vai igualar, ao longo de três anos, o piso salarial do professor mineiro ao nacional, instituído em 2008, e hoje em R$ 1,9 mil. A negociação também acaba com o subsídio como forma de remuneração e traz de volta o vencimento básico; prevê efetivar 60 mil professores concursados até 2018 (apenas um terço dos atuais 270 mil professores do Estado é efetivo; restante tem contratos temporários); descongelará as carreiras e ainda estende os benefícios aos aposentados e demais servidores da educação. “O conjunto das conquistas é 78 |Encontro

O governador Fernando Pimentel e a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de MG, Beatriz Cerqueira, assinam acordo: “Governo está dando sinalização positiva”, diz Beatriz

que é histórico”, diz Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sind-UTE. A abertura para o diálogo, evitando novas paralisações, exatamente quando pipocavam greves de professores em outros estados, acabou por gerar repercussão positiva país afora – não há como evitar a comparação com o Paraná, onde conflitos entre professores e polícia resultou em 200 feridos, e a greve do magistério em São Paulo. Tanto que na Assembleia Legislativa de Minas Gerais alguns deputados chegaram a sinalizar que o acordo foi tacada de mestre do governador Fernando Pimentel. “Ele foi muito habilidoso”, diz o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (PMDB). “Foi uma decisão importante, principalmente quando se compara com outros estados”, diz o deputado Agostinho Patrus Filho (PV). “O governador, durante

a campanha, prometeu valorizar a educação”, diz Macaé Evaristo, secretária de Educação de Minas Gerais. “Então, não é tacada de mestre. É responsabilidade, é cumprir compromisso.” O aumento beneficia todos os trabalhadores da educação do estado, incluindo aposentados, o que perfaz um total de cerca de 400 mil pessoas, que representam quase 80% do total do funcionalismo estadual. O acordo deixou eufóricos parlamentares da base aliada do governo, mas mexeu também com os brios de políticos da oposição. O ex-deputado Célio Moreira (PSDB), por exemplo, revela-se desconfiado. “O governo dizia não ter condições de atender os professores. Agora, em cinco meses, a situação foi resolvida. Estamos todos surpresos.” Ao valorizar o magistério, Pimen-

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REPERCUSSÃO

CABO DE GUERRA São os professores que formam pessoas. Valorizá-los é valorizar o futuro. Por isso, foi uma decisão acertada do governador” Deputado Agostinho Patrus Filho (PV), ex-secretário de Estado do governo de Antonio Anastasia (PSDB)

Divulgação

Sarah Torres/Divulgação

A categoria nunca foi tratada com tanto respeito e dignidade”

Entenda a relação entre professores e governo mineiro nos últimos anos

2003 80% das escolas estaduais aderem, em janeiro, à greve de 24 horas por redução de jornada

2005 Seis dias de greve de 24 horas

Adalclever Lopes, presidente da Assembleia Legislativa (PMDB)

2006

Sarah Torres/Divulgação

Acho que o governador foi muito democrático, cívico e justo, mesmo porque se trata de uma categoria que não conseguiu dialogar com os governos anteriores”

Categoria obtém reajuste e tem plano de carreira aprovado, mas mantém greve de 6 dias

Deputado Vanderley Miranda (PMDB)

Greve em agosto e marcha em Brasília

Eduardo Rocha/Divulgação)

O acordo saiu porque Pimentel soube negociar e o sindicato, por conta de suas ligações com o PT, aceitou escalonar o pagamento” Deputado Bráulio Braz (PTB), ex-secretário de Estado do governo de Antonio Anastasia (PSDB)

2007 2008 Conflito entre a categoria e a PM e 25 dias de greve

2010 Greve de 47 dias

tel sinalizou disposição para o diálogo com as diferentes categorias profissionais, o que pode evitar futuros conflitos. “O fato de ter sido o próprio governador quem assinou o termo, e não um de seus secretários, foi entendido como um ato muito positivo”, diz Beatriz Cerqueira. Para chegar ao consenso, o ponto inicial foi desarmar os espíritos de parte a parte, tendo em vista o histórico de litígio entre governo e a categoria. “Era preciso reconstruir o diálogo. Foi difícil chegar a bom termo, mas conseguimos”, diz a secretária Macaé Evaristo. Especialistas em educação ouvidos por Encontro entendem que o fato de o PT ter história no sindicato dos professores, notadamente através do deputado Rogério Correa (PT), facilitou sobremaneira o entendimento e gerou boa von-

tade por parte dos dirigentes sindicais. Porém, esse acordo não encerra o contencioso – há ações, individuais e coletivas, correndo na Justiça comum. “Nós temos uma pauta extensa porque o volume de prejuízos do último período é enorme. Por isso, ainda temos muito luta pela frente”, afirma Beatriz. A secretária de Educação, por sua vez, acredita em novos avanços no relacionamento entre as duas partes. Segundo ela, os 25% de investimentos na educação previstos na Constituição serão cumpridos pelo governo mineiro. Macaé espera ainda colocar em pauta outra questão fundamental, que é a educação de qualidade. “Vamos criar um ambiente de reencantamento com a educação. Este é o grande desafio, porque Minas Gerais tem tradição na excelência em educação”, diz.

2011 112 dias de greve

2013 Professores acamparam por 60 dias diante da residência oficial do governador

2014 13 dias de greve

2015 Governo e sindicato acertam acordo histórico, que institui o piso nacional e atende outras reivindicações dos professores z JUNHO DE 2015

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COLUNA DE DIREÇÃO | FÁBIO DOYLE fdoyle@editoraencontro.com.br Fotos: Divulgação

TT CHEGA À TERCEIRA GERAÇÃO Com mudanças marcantes no visual externo e interno e também tecnológicas, chega ao Brasil a terceira geração do esportivo Audi TT, em duas versões de acabamento, com preços que variam de R$ 209.990 a R$ 229.990, ambas equipadas com motor TFSI (turbo e injeção direta de combustível), que gera

230 cv de potência (19 cv a mais do que o motor da geração anterior). Destaque para o uso intensivo de alumínio, que gerou redução de peso. Com baixo peso e potência de sobra, o esportivo acelera até 100 km/h em apenas 5,9 segundos e tem a máxima limitada em 250 km/h. Mais detalhes em www.autofato.com.br.

SUCESSOR DO LINEA O sucessor do Fiat Linea nasceu na Turquia. O projeto recebeu o nome de Ægea, foi desenvolvido na Itália pelo Centro Stilo FCA (Fiat Chrysler Automobile) e a produção é responsabilidade da fábrica Tofas, em Bursa, na Turquia. A apresentação do novo carro, que deverá ser vendido a partir de novembro na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), aconteceu no final de maio no Salão do Automóvel de Istambul. O Ægea tem estilo, dimensões e características muito semelhantes às do Linea, com a vantagem de um entre-eixos maior (264 cm, contra 260 cm), o que o torna mais espaçoso, e terá opção de câmbio manual e automático. O modelo turco terá várias opções de motores (diesel inclusive), com potência de 95 hp e 120 hp.

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TRAÇÃO DIANTEIRA Projetado para disputar as 24 Horas de Le Mans, a Nissan inova com um carro de corridas com tração dianteira, algo inédito nos circuitos automobilísticos. É o Nissan GT-R LM NISMO, com motor V¨3.0 biturbo a gasolina, que fornece pouco mais da metade da potência. O restante é obtido de forma híbrida pelo eixo de transmissão dianteiro. Para saber mais acesse www.autofato.com.br e http://nissannews.com/en-US/ nissan/usa/releases/nissan-responde-por-que-o-gt-r-lm-nismo-tem-tra-o-dianteira.

OS MAIS SEGUROS O Chevrolet Cruze, versão LTZ 1.8 flex automático, e o Nissan Sentra 2.0, nas três versões (S, SV e SL), todos automáticos, foram apontados como os veículos mais seguros, por terem alcançado a melhor pontuação no Índice de Furto, classificação criada pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi). Embora nenhum modelo verificado pelo órgão tenha alcançado a nota máxima, as versões do Nissan obtiveram índice de 4,5, em uma escala de 1 a 5 estrelas. O estudo considera equipamentos como chaves codificadas, imobilizadores, localização da bateria, trava de coluna de direção, alarme e vidros laterais laminados. Os carros que possuem todas essas características levam 5 estrelas. Cruze e Sentra foram os melhores por terem imobilizador moderno, chave presencial, bateria de difícil acesso, trava na coluna de direção e alarme. Não tiveram nota máxima porque faltou o vidro lateral laminado.

INCENTIVO AOS ELÉTRICOS É só fazer direito que funciona. Como forma de incentivar o uso de carros elétricos, os estacionamentos públicos e privados nos Estados Unidos contam com vagas específicas para esse tipo de veículo. Nos locais, há tomadas para recarregar baterias e, quando se trata de estabelecimento pago, os carros elétricos são isentos ou têm tarifa mais barata. Diferença gritante na comparação com os estacionamentos do Brasil é a largura das vagas. Lá, o padrão é três metros. Aqui, quando tem 2,5 metros é considerada uma “boa vaga”. Fábio Doyle

OS MENOS SEGUROS O Cesvi também aponta os veículos que oferecem pouca ou nenhuma segurança. Entre os piores, aparecem JAC J5, sedã versão 1.5, que recebeu 0,5 estrela, a mesma pontuação para o hatch compacto Chery QQ 1.1 e para o Lifan 320 Elite 1.3. Com 1 estrela, figuram o Chevrolet Celta 1.0 LS, de três portas, o 1.0 LT cinco portas, o 1.0 Advantage cinco portas e o Classic, 1.0 LS três portas. O Fiat Mille recebeu 1 estrela para todas as versões: Fire Economy 1.0 de três e cinco portas e Way Economy 1.0, também de três e cinco portas, bem como o Uno, avaliado com 1 estrela nas cinco versões: Vivace 1.0 de três e cinco portas, Economy 1.4 de cinco portas, Way 1.0 e 1.4 de cinco portas e Sporting 1.4 de cinco portas. O Toyota Etios também aparece com 1 estrela, para as versões hatch X 1.3 e XS 1.3, e sedãs X1.5 e XS 1.5. Já as versões XLS 1.5, tanto hatch como sedã, receberam 2,5 estrelas.

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VEÍCULOS | NOVIDADE

Finlandês voador Carro elétrico com potência de 1.340 cv rouba a cena no mais exclusivo salão de automóveis do mundo

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FÁBIO DOYLE

Não é qualquer um que entra no Top Marques. Trata-se talvez do mais exclusivo e sofisticado salão de carros de luxo do mundo, que acontece anualmente no não menos sofisticado Principado de Mônaco. É uma mostra que só aceita projetos muito exclusivos e que representem soluções até exóticas em termos de luxo, sofisticação e evolução tecnológica. São expositores que para lá levam desde veículos de luxo, supervans e motocicletas até relógios e joias. Na última edição, que aconteceu

no final do primeiro trimestre, a soma das vendas durante o evento superou 200 milhões de euros. Mas são mesmo os carros sofisticados e exóticos que comandam o show, com direito a test drive em circuito de corrida. Na última edição, quem roubou a cena foi uma empresa finlandesa que apresentou o protótipo do primeiro carro elétrico superpotente do mundo: o 1MW. Quem assina o projeto é a empresa Toroidon, que lá esteve em busca de investidores interessados em financiar a produção comercial do seu supercarro.

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Fotos: Divulgação

Com linhas leves e elegantes, o finlandês 1MW Toroidon tem portas asa de borboleta com maçanetas de treliça impressa em 3D e o interior, em se tratando de um esportivo, é espaçoso

O nome 1MW faz referência à potência de 1 megawatt – equivalente a 1.340 cv –, o que torna o Toroidon o primeiro carro elétrico a superar uma barreira que pouquíssimos veículos a gasolina atravessaram. Em termos de “potência pura”, de acordo com o fabricante, o Toroidon 1MW fica entre o Bugatti Veyron 16.4, o Grand Sport Vitesse (1.200 hp) e o Koenigsegg One:1 (1.400 hp). Em um carro elétrico, isso é mais uma questão de matemática do que de número de cilindros, turbos e carburadores ou sistemas de injeção sintonizados. Cada roda tem seu próprio motor: dois de 200 watts na frente e dois de 300 watts atrás. Considerando-se que os motores elétricos produzem 100% de seu torque a zero rpm, espera-se que o Toroidon seja rápido – talvez até ridiculamente rápido,

uma vez que nunca poderá fazer uso de toda a sua força de aceleração, pelo menos aqui neste planeta. Suas linhas esportivas são leves, suaves e elegantes. As portas de asa de borboleta têm maçanetas de treliça impressa em 3D e o interior, em se tratando de um esportivo, é espaçoso. Quem vê o carro de perto nota que é um projeto inacabado, que carece de detalhes. Mas isso não preocupou os finlandeses da Toroidon, já que estavam em Mônaco em busca de compradores abonados dispostos a financiar a montagem de seus supercarros, explicou Hanna Oksanen, da assessoria de imprensa da empresa. Ainda envolto em muitos segredos, novos detalhes sobre o modelo finlandês serão revelados no decorrer do ano, em doses homeopáticas. Além da potência extraordinária, a empresa

revelou que o carro foi projetado pelo designer Passi Pennanen, que já trabalhou na Jaguar e Honda e abriu um estúdio com seu nome em 2004. Segundo a Toroidon, o 1MW é construído em um novo modelo de cadeia cinemática, projetado para ter diferentes funções, o que implica que estão por vir versões para as pistas e as ruas. Outra informação, divulgada no site, é de que “a bateria de alta capacidade da cadeia cinemática Toroidon pode ser substituída facilmente no pit-lane ou na garagem de casa”, o que eleva ainda mais a curiosidade sobre esse projeto. O 1MW será novamente apresentado, com mais detalhes, espera-se, em 5 de setembro, no Salon Privé, que acontece no Blenheim Palace, nas proximidades de Oxford, Reino Unido. ❚ JUNHO DE 2015

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ENCONTRO INDICA | NEIDE MAGALHÃES Jensen Larson Phoyography/divulgação

INFANTIL | ESPETÁCULOS O público infantil tem pelo menos dois bons motivos para sair de casa neste mês. Duas montagens em que a magia do desenho animado é o ponto de partida. De 18 a 21 de junho, no Mineirinho (av. Abrahão Caram, Pampulha), o show Disney on Ice – Tesouros Disney traz números de filmes, de

Branca de Neve e os Sete Anões, Peter Pan e Toy Story a Enrolados, reunindo oito animações e mais de 50 personagens. Os ingressos estão à venda no site www.ingressorapido.com.br. Antes, no dia 14, às 15h e às 17h, no Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia), tem única apresentação

CINEMA | FESTIVAL

de Frozen - Um Reino Congelado: A Festa de Anna. Ingressos a partir de R$ 40 (meia), na bilheteria do teatro e no site www.ingresso.com. Por que ir: Bons programas para a família inteira, os espetáculos trazem aos palcos a diversão e a criatividade do cinema de animação de Hollywood. Divulgação

Entre os dias 17 e 22 de junho, a bela Ouro Preto é cenário da 10ª edição da CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, que vai exibir no Cine Vila Rica, no Centro de Artes e Convenções e na praça Tiradentes 50 filmes brasileiros, como a produção mineira O Segredo dos Diamantes, de Helvécio Ratton, além de promover oficinas, debates, exposições de arte e lançamentos de livros. O CineOP também é palco de outros eventos, como o 10º Encontro de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros, o Encontro da Educação: Fórum da Rede Kino (Rede Latina Americana de Cinema e Educação) e o programa Cine-Expressão – A Escola Vai ao Cinema. Por que ir: Com pré-estreias nacionais, retrospectivas e homenagens – este ano o escolhido é o ator Milton Gonçalves, com mais de 50 anos de carreira –, o festival é uma celebração à sétima arte.

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Bruno Senna/divulgação

ARTES CÊNICAS | ESPETÁCULO Com um elenco de 44 artistas, entre bailarinos, coralistas e instrumentistas, o espetáculo Because – O Espetáculo tem duas apresentações, dias 13, às 21h, e 14 de junho, às 19h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (av. Amazonas, 315, centro), com ingressos a R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). A montagem cênica traz a história da jornada de um personagem, interpretado por André Rosa, que sai em busca de uma resposta para suas angústias. Direção de Renata Garzon Prazeres. Por que ir: Oportunidade para os fãs dos Beatles reviverem 18 músicas inesquecíveis do quarteto de Liverpool, que embalam a narrativa da história.

ARTES CÊNICAS | PROJETO Até o fim do ano, o Centro Cultural Banco do Brasil (praça da Liberdade) é palco do evento #ClaroExperiências, com várias atrações gratuitas, entre shows de Arnaldo Brandão, Chicão Eller, Os Distraídos, Danilo Caymmi e o ex-Police Andy Summers. No dia 17 de junho, a dupla Roberto Menescal e Cris Delanno interpreta canções da bossa nova. O projeto ainda tem intervenções musicais, poesia e fotografia, e oficinas musicais. A programação completa está no portal www.claroexperiencias.com.br. Por que ir: A plataforma apresenta variedade de tendências e estilos musicais em um espaço cultural privilegiado de BH.

SHOW | INTERNACIONAL A dupla de músicos Gerry Beckley e Dewey Bunnell, fundadores da banda de folk rock America, estará de volta a BH. Dia 18 de junho, às 21h30, acompanhados de banda, eles fazem única apresentação no Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro), com ingressos custando de R$ 100 a R$ 900. O America, que surgiu nos anos 1970 e agora cumpre turnê pelo Brasil em nome de seus 45 anos de estrada, é famoso pelos sucessos A Horse with no Name, I Need You, Tin Man e You Can Do Magic, músicas que atravessaram décadas e continuam tocando nas melhores rádios do país. Por que ir: Bons músicos, Beckley e Bunnell reeditam um pouco o clima seventy no palco e levam a plateia ao tempo do melhor do rock mundial.

Marcos Hermes/divulgação

SHOW | NACIONAL Os Titãs, uma das bandas brasileiras de rock mais importantes, também estão na agenda de junho. Dia 19, às 22h, no Music Hall (av. do Contorno, 3.239, Santa Efigênia), eles fazem o show de lançamento do CD Nheengatu, que traz referências do baião, xaxado e samba. Os ingressos (1º lote) de pista custam R$ 45 (meia), R$ 90 (inteira) e R$ 65 (Inteira Solidária, levando 1 kg de alimento não perecível, no dia do show). Já para o camarote open bar, R$ 120 (preço único), e estão à venda pelo site www. ingressorapido.com.br. Por que ir: O show promete ser um encontro de gerações, relembrando um pouco a história dos Titãs do Iê-Iê-Iê, com seus 18 álbuns de estúdio em três décadas de música.

Austin F/divulgação

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CULTURA | ARTES PLÁSTICAS

O semeador de flores O pintor carioca Oscar Araripe, mineiro de coração, dedica-se a retratar em suas telas jarros floridos, com infinidade de cores e formas DANIELA COSTA

“Sou alegre e sou triste, sou pintor. Pinto flores. O jarro de flor não precisa ser explicado, fala por si só.” Assim se define o artista plástico e escritor Oscar Araripe, de 74 anos, carioca que há muito incorporou o jeitinho mineiro. Há 30 anos, ele adotou a cidade de Tiradentes como morada. Nascido na Tijuca, descendente de família abastada, conhecida por seus heróis, militares, políticos e literatos, cresceu no bairro proletário do Encantado. Foi para lá que os pais Octávio, médico, e Oscarina, professora, se mudaram quando ainda era bebê 86 |Encontro

– bem no tempo em que as agruras da guerra assolavam as famílias. Na época, um grande amigo da família e místico já previa seu destino profissional. “Quando eu tinha 4 anos ele leu a minha mão e disse que eu seria pintor”, diz Oscar. Foi lá que também desfrutou de uma infância livre, subindo em árvores, jogando bola no campinho de futebol, brincando com bolas de gude e soltando pipas, algumas delas feitas pelo avô paterno, de origem grega, Insibulus Marcoisos, com bilhetes de loteria não premiados. Marinheiro de vida poética, o avô se tornou uma de suas principais influências. “Fui garoto de quintal,

aprendi a pintar soltando pipa com meu avô. Ainda hoje me lembro delas quando vejo meus quadros”, diz. Já na adolescência, a mudança repentina da família para o bairro de Ipanema transformou a vida de Oscar, que passou a frequentar a noite carioca. O jovem entrou para a Faculdade Nacional de Direito em 1964, ano do golpe militar, e foi eleito membro da diretoria do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira. No entanto, logo foi cassado e suspenso das aulas. “Conseguia fazer as provas apenas com mandado de segurança”, conta. A perseguição fez com que o artista

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Fotos: Alexandre Rezende

É na liberdade das formas e cores das flores que o pintor Oscar Araripe traduz a história da sua vida em telas: “Encontrei na pintura a essência da vida”

se aventurasse pelos Estados Unidos, em 1966, aceitando bolsa para estudar na Universidade de Harvard, quando começou a se interessar pelo teatro e descobriu os grandes mestres da pintura. “Fiquei transtornado com o retrato de Van Gogh dedicado a Paul Gauguin, o colorido de Matisse, o ritmo das pinceladas de Cézanne, o luxo de Picasso, a precisão de Degas, sem falar no lirismo de Monet”, diz. Mas foram as marinhas do período colonial norte-americano, retratadas pelos desenhos do pintor americano Howard L. Fogg, que mais o encantaram. “Sem dúvida, foi o contato com essa coleção que me tornou um desenhista-pintor.” Autodidata, ao retornar ao Brasil,

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em 1970, atuou como crítico teatral, colunista, repórter e escritor, período em que se manteve longe do colorido das telas. Mas a publicação do livro China: O Pragmatismo Possível, de sua autoria, provocou uma reviravolta na vida. “Eu havia ficado 30 anos sem pintar, dedicando-me a outras profissões. No entanto, após a repercussão do livro, acabei sendo taxado como comunista chinês e não conseguia mais emprego nas redações”, diz. Foi quando tomou uma decisão radical. Em 1976, foi morar em Mirantão, vilarejo no interior de Minas Gerais, onde permaneceu por mais de uma década em retiro existencial, sem eletricidade e trabalhando como apicultor. “Foi nessa época que me reinventei como pintor e descobri técnicas como a vela náutica, o film laser, o uso dos markers e da aquarela acrílica”, diz Oscar. O aprendizado lhe permitiu expor grandes telas de forma permanente ao ar livre. Uma delas, intitulada Extinção Nunca Mais, exposta na Eco-92, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, atingiu um público estimado de 2 milhões de pessoas. Outra de suas grandes conquistas foi expor de forma permanente, a partir de 2010, o mural Flores para o Rei-Poeta Nezahualcoyotl, na Universidade Federal Chapingo, no México. Em 2014, passou a expor na Galerie des Glaces, em Nantes (França), e conquistou a centenária Medalha de Ouro Arts, Science et Lettres, em Paris. Entre os países em que suas obras foram expostas estão Estados Unidos, Espanha, Grécia, Cuba e Reino Unido. Na cidade de Tiradentes, onde mora e tem estúdio desde 1990, fundou o Instituto da Liberdade Alferes Joaquim José da Silva Xavier e a Academia de Letras Jurídicas. É lá que se empenha em dar formas e cores a sua grande paixão: as flores. “A pintura é uma arte da maturidade. Já pintei paisagens, retratos, marinhas, heróis, mas há 10 anos me dedico exclusivamente às flores. Por meio delas me reinvento e me liberto dos conceitos.” Em Belo Horizonte, inaugurou, no início do ano, a primeira Home Galery, espaço onde suas obras podem ser visitadas, com agendamento prévio. z

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NAS TELAS | JOSÉ JOÃO RIBEIRO jribeiro@editoraencontro.com.br

Uma explosão inesperada A coragem de remexer numa antiga franquia já atiça, em muito, a curiosidade de seus fãs. Quando o saldo é positivo e inesperado, não se poupam adjetivos para compensar seu idealizador. Até agora, o melhor filme de ação de 2015, Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road), não profana a trilogia criada pelo gênio George Miller, que marca seu nome no Panteão dos mestres. Para surpresa, supera bastante os originais, talvez até pela escassez de recursos cênicos 30 anos atrás, além de exigir que Hollywood dê ouvidos a cineastas, que antes sentavam confortáveis em poltronas destinadas aos cargos de produtores/consultores honorários. A quarta parte da saga, adiada incontáveis vezes pela Warner, é uma sinfonia de puro caos, com direito a zumbi metaleiro, que poderia ser resumida num road movie empoeirado, com uma perseguição de gangues, em tonalidades e figuras pinçadas diretamente do inferno. O protagonista Max Rockatansky, passaporte de Mel Gibson para o estrelato, agora é defendido pelo excelente ator britânico Tom Hardy. O atual Max aparece mais preocupado em se manter distante dos confrontos, no universo pós-apocalíptico inventado por George Miller. Apesar das marcas e dos pesadelos constantes, Max quer paz, mas, ao ser capturado por repulsivas criaturas, o gigante

de antigos enfrentamentos, terá de pensar em uma forma de salvar sua pele. Não é possível contar muito sobre a trama, com o risco de estragar os impactos e as reviravoltas do filme. Mas no novo Mad Max temos uma coprotagonista, interpretada por uma impressionante Charlize Theron, de tirar o fôlego, que possibilita ao cinema uma nova cabeça no comando das histórias de ação. Charlize é uma espécie de coronel, a Imperatriz Furiosa, num lugar mantido por um inescrupuloso e louco ditador, que tem o domínio da água e do combustível, dois bens preciosíssimos. Na primeira parte do longa-metragem, Max está preso, acorrentado, com uma incômoda focinheira. Desse jeito, é perfeitamente possível compreender a força e a importância que o diretor quis delegar à carismática e misteriosa Furiosa. A aposta deu muito certo, e é possível garantir que sem a presença de Charlize o filme não atingiria os ápices do absurdo sonhados por George Miller. Já solto, a parceria (e duelo) entre Max e Lady Furiosa garante a inteligência para correr e

vencer dos inimigos, infinitamente mais bem abastecidos. Outros dois personagens da aventura derramam querosene para a explosão ter ares de bomba atômica. O vilão Immortan Joe, papel de Hugh Keays-Byrne, que participou do primeiro Imperatriz Furiosa (1979), e toda sua dinastia representam a decadência do que sobrou da Terra. A caracterização do maligno donatário é um capítulo à parte. Em frente oposta, uma espécie de escravo ou criatura deficiente, que precisa de sangue humano para ter forças, o jovem ator Nicholas Hoult é o oásis de ternura e de belas contradições, em meio a tanta pressa na corrida mortal. Seu personagem Nux, um dos Garotos da Guerra, braço do exército de Immortan Joe, remete a ficção a uma das discussões do mundo moderno, os extremismos e a inocência que se misturam no complexo espectro do fanatismo religioso. Para espectadores sensíveis ou mais introspectivos, Mad Max: Estrada da Fúria é pura contramão. Mas, para os que apreciam o cinema em grandes escalas, ambicioso, com ousadia, muito barulho e entrega total, esse é o título da temporada. George Miller fez sua obra-prima, no auge dos seus 70 anos, deixando pivetes, ou melhor, pretensiosos diretores americanos comendo poeira. ❚

O ator britânico Tom Hard, protagonista de Mad Max, papel originalmente defendido por Mel Gibson: o Max atual prefere se manter longe dos conflitos

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CAPA | COMPORTAMENTO

Entre o campo e a cidade Conheça histórias de pessoas que decidiram morar fora dos centros urbanos, mas continuam trabalhando na cidade. Atraídos pela natureza e tranquilidade, eles não se importam em percorrer longas distâncias entre o trabalho e o lar, quase diariamente. Vale a pena?

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Pedro Nicoli

MARINA DIAS

O casal Joanna Macedo e Henrique Macedo é urbano de origem e criação. O promotor de Justiça e a advogada, criados no Funcionários e no Sion, respectivamente, nunca saíram por aí reclamando das desvantagens da metrópole. Aliás, como para muitos citadinos, a “questão da cidade” nunca foi, de fato, uma questão. Até que, em 2006, tiveram de mudar de vida – e de endereço. Quando Henrique passou no concurso da Promotoria Pública, eles foram realocados para a pequena Inhapim, a 70 km de Ipatinga, com cerca de 8 mil habitantes. Não muito acostumados à vida de interior, voltavam para

Acostumados com o silêncio

Joanna Macedo, 31, advogada Henrique Macedo, 33, promotor de Justiça Moram na região de Nova Lima há cinco meses

Quando voltaram de Inhapim (MG), onde viveram por cinco anos após Henrique ser aprovado em concurso para promotor, foram morar no bairro Cruzeiro, mas logo começaram o projeto da casa em que residem hoje. Pouco depois, mudaram-se para um apartamento no Buritis, e a vontade de terminar a construção da casa ficou ainda maior. “O apartamento era maior, mas o trânsito era terrível e tudo muito barulhento. O silêncio com o qual nos acostumamos em Inhapim não nos permitia aproveitar de verdade o lugar onde morávamos”, conta Joanna. Assim que a casa ficou pronta se mudaram. “Por livre espontânea vontade, não nos imagino voltando para BH”, diz ela.

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CAPA | COMPORTAMENTO Cláudio Cunha

BH sempre que podiam. Afinal, não é fácil passar os dias de descanso e diversão com poucas opções. Após cinco anos, retornaram para a capital e recuperaram toda a diversidade em termos de cultura, gastronomia, lazer e facilidades. Tudo o que sempre gostaram no ambiente urbano. Contudo, um aspecto da vida interiorana ficou de vez impregnado em ambos: “Nunca mais nos acostumamos com o barulho em BH”, diz Joanna. Foi por isso que, em janeiro, decidiram se mudar de novo. Dessa vez, para uma casa no campo, cercada apenas de verde, mato mesmo, e com vista para as montanhas. Não há vizinhos, não há barulho de trânsito, não há bagunça. Apenas calmaria e um silêncio ensurdecedor, até difícil para quem está acostumado com o normalmente imperceptível – mas sempre presente – ruído da cidade. Os poucos barulhos que se percebem, e bem baixinho, são o da queda d’água a 30 metros da casa e o som de um ou outro animal, como sapos e insetos. Tudo aquilo que se reproduz nas músicas de relaxamento comuns em 92 |Encontro

estúdios de massagens, eles têm naturalmente em casa. “Antes de vir para cá, frequentávamos muito cinemas, restaurantes”, conta Joanna. “Vejo que o problema era que eu morava num lugar que não me trazia benefícios, e é por isso que ficávamos tão pouco no apartamento e saíamos tanto.” Hoje, está certa da decisão que tomou. Correndo risco de cair no velho clichê do ideal da casa no campo, com suas noites amenas e silenciosas, dias mais tranquilos, relaxamento típico de quem tem contato diário com a natureza e ritmo menos frenético do que aquele imposto pelo caos da cidade, Joanna descreve sua nova experiência. Clichê ou não, é simples e sincera, e diz que não se imagina mais vivendo na capital, apesar de ir quase diariamente até a cidade para trabalhar. Fora o incentivo do ambiente verde e da tranquilidade da região, essa rotina só não se torna excessivamente exaustiva porque a distância a percorrer não é um desestímulo total. O trajeto é de 22 km da região de Nova Lima até BH – bem mais do que ele gastaria até o escritório

Escolha por acaso Elisa Atheniense, 43, estilista Carico, 60, arquiteto Moram na região de Nova Lima há 15 anos Carico já tinha a casa há anos, mas a usava basicamente aos fins de semana. Certa vez, ficou lá por uma temporada, enquanto esperava o apartamento que havia comprado ficar pronto. Foi quando viu que não só era possível, como era muito melhor morar na casa e frequentar a cidade que ter de viver no próprio centro urbano. Decidiu vender o apartamento. Elisa se juntou a ele depois e hoje não trocam a vida no mato por nada. “Conseguimos conciliar e hoje moramos na nossa casa de campo”, diz Carico. “É um privilégio.”

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CAPA | COMPORTAMENTO Pedro Nicoli

Vontade latente Gustavo Gonzaga, 37, arquiteto de projetos Nathalia Gonzaga, 24, empresária A filhinha, Luiza Gonzaga, 11 meses Moram em Casa Branca (Brumadinho) há dois anos Gustavo já frequentava Casa Branca havia mais de 10 anos e sempre gostou da vida no campo, da calmaria de fazenda e do contato com a natureza. Mas não tinha ainda concretizado a vontade de morar fora da cidade. “Acho que aquilo estava adormecido em mim”, diz, lembrando-se da rotina urbana consumida por trabalho, saídas, compromissos que sempre surgem na agenda. Até que, um dia, sua mulher, Nathalia, tomou as rédeas e começou a procurar um lugar em Casa Branca. Tinha de ser um espaço para construírem a família com valores diferentes daqueles captados no caos do meio urbano. Encontrou uma casa perfeita e o convidou para visitar. “Estava meio incrédulo, mas, quando avistei a casa, mal tive de passar da varanda para topar”, diz Gustavo. “Vi que era tudo o que eu queria.”

se ainda estivesse na cidade, mas bem menos do que se imagina ser necessário para que o ambiente urbano suma por completo da paisagem. “E ainda não pego trânsito”, diz ela. Esse também foi o atrativo que carimbou a mudança de Silvana Watel e Philippe Watel para São Sebastião das Águas Claras, a famigerada Macacos, distrito de Nova Lima. Ela, mineira, ele, francês, conheceram-se em Paris e decidiram abrir uma pousada em Morro de São Paulo (BA), onde se estabeleceram por seis anos. Quando a filha Lara entrou na escolinha, resolveram vender a pousada e vir para BH – onde Silvana tem família –, enquanto pensavam em um novo empreendimento. O problema é que não conseguiam alugar um apartamento na cidade, mesmo pensando que isso seria provisório. A ideia de ficar em meio ao caos urbano já não entrava mais na cabeça deles, apesar das ofertas culturais e outras facilidades, que tanto prezam. A solução foi alugar uma casa em Macacos. E se apaixonaram pelo lugar. Alguns anos 94 |Encontro

POR QUE TER UMA CASA NO CAMPO Tranquilidade e silêncio que a cidade já não conhece mais Área maior para construir a casa, com possibilidade de quintal, jardim, pomar e horta Contato estreito com a natureza Privacidade e distância dos vizinhos Temperaturas mais amenas Filhos podem brincar mais livres Animais de estimação podem ter mais espaço

depois, construíram uma casa e ficaram por lá. Nem se importam em dirigir diariamente para BH, onde abriram o restaurante Au Bon Vivant. “Moramos no meio do mato, mas a 25 minutos do trabalho. Quando chegamos em casa, tudo fica para trás”, afirma Silvana. A alegria estampada no rosto confirma a escolha. “Em outras metrópoles, como São Paulo, isso só seria possível com

duas horas de trajeto”, afirma Philippe. Segundo o arquiteto urbanista Flávio Carsalade, professor da UFMG, apesar de o conflito entre vida na metrópole e “no campo” não ser algo exclusivo dos belo-horizontinos, é um fenômeno bastante comum por aqui. Isso porque há uma área de proteção ambiental que envolve parte do entorno da cidade. Nessa área, a densidade de ocupação deve ser baixa, ideal para lotes de grandes dimensões (de 1.000 m² a 5.000 m²) e casas. “Tudo isso faz com que sempre haja muita área verde circundando as residências. Somado às amplas vistas garantidas pela topografia acentuada e pela presença de remanescentes da mata atlântica, faz com que seja muito forte o caráter ‘natural’ que caracteriza os bairros e condomínios”, explica. Embora a busca por esse tipo de moradia não seja um fenômeno novo e a procura por residências em condomínios tenha crescido também por outros motivos, como segurança, o contato com a natureza continua sendo o principal atrativo. É o caso, por exemplo, da fa-

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CAPA | COMPORTAMENTO

Sensação de fazenda

E POR QUE PENSAR BEM ANTES DE TOMAR ESSA DECISÃO

Vittória Lapertosa, 23, modelo Marisa Lapertosa, administradora, Décio Paulinelli, marceneiro Moram na região de Nova Lima há sete anos Ao visitar um primo que mora na região, Marisa Lapertosa se encantou pelo lugar de forma incontrolável. Era perto da cidade, mas trazia a sensação de fazenda de que sempre gostou, com verde a perder de vista, animais silvestres e entardecer frio na medida. Naquele mesmo dia, viu uma casa à venda e, um mês depois, a família já estava morando lá. Foram reformando o imóvel aos poucos, enquanto já estavam acomodados. As filhas, a modelo Vittória, de 23 anos, e a empresária Roberta, de 27, eram adolescentes na época e não acharam muita graça na mudança. Hoje, diz Vittória, não trocaria a experiência por nada. Ela, que vai se casar no ano que vem, já sabe como quer morar. “Sei que vou ter de viver na cidade no início, mas o que gosto é desse ambiente aqui”, diz.

Distância da cidade (e, na maioria dos casos, do trabalho) Gasto maior com combustível (que já anda caro) Maior dificuldade de acesso em caso de emergências, como distância dos hospitais Necessidade de planejamento diário e melhor gestão da casa (em relação a compras, produtos que precisam ser mantidos em casa, remédios, etc.) É comum, nesses lugares, a energia elétrica ainda cair com frequência, especialmente quando chove Sinal de celular costuma pegar mal e a internet não é muito veloz Alguns serviços não chegam, como delivery e até correios Para muitos, é necessário bancar um lugar-base na cidade (um apartamento menor, casa dos pais ou outro) Distância dos amigos, dos programas sociais e culturais da cidade

Cláudio Cunha

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mília da modelo Vittória Lapertosa, que se mudou para a região de Nova Lima após a mãe, Marisa Lapertosa, ter se apaixonado pelo ambiente de fazenda, com a possibilidade de manter trabalho, escola e demais atividades que todos realizavam em BH. “Não queríamos simplesmente morar longe, em um lugar fechado, com portaria e cara de cidade. Não era a ideia”, diz Vittória, que tinha 16 anos quando se mudou para lá com a mãe, a irmã mais velha, Roberta, e o padrasto, Décio Paulinelli. Depois do choque inicial com a calmaria da região e com a distância dos amigos e dos programas comuns de adolescentes, ela se rendeu ao irresistível charme do novo lar, com sala toda de vidro e varanda aberta, mostrando o verde e a paisagem. O ar de fazenda, que sempre agradou a toda a família, está replicado quase ipsis litteris no imóvel, que conta com pés de frutas e bichos para todos os gostos – atualmente, são quatro cachorros, um gato e dois pôneis. “Quando estou em casa, passo meus dias na rede, brincando com os animais, quase não assisto à TV. A rotina é outra

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CAPA | COMPORTAMENTO Cláudio Cunha

Paixão à primeira vista Ana Amélia Lage Martins, 30, bibliotecária Mora em Suzana (Serra da Moeda) há oito anos Ana conheceu a região da Serra da Moeda por causa de um namorado que voava de parapente. Com ele, começou a passar fins de semana por lá e logo foi morar na casa que construíram. Como fazia mestrado, conseguia aproveitar muito a região e se apaixonou pela vida no campo. Em 2010, quando terminaram o relacionamento, não pensou duas vezes: decidiu continuar morando por lá. “Minha vida já era afetivamente estruturada aqui”, afirma. Desde então, vive em pequeno vilarejo no pé da serra, onde já até ajudou a fundar uma ONG que luta pela conservação do local.

aqui”, afirma. A bibliotecária Ana Amélia Lage Martins, que mora na comunidade rural de Suzana, na Serra da Moeda, também vê a mudança de ritmo como um dos principais ganhos para quem abraça a vida no campo. Ela, que faz um trajeto de mais ou menos 50 km diariamente até o trabalho, na Fundação Municipal de Cultura, acha que vale a pena. Quando pisa em casa, o relógio corre em outro tempo: “A cidade tem um ritmo próprio em que se acaba entrando. Eu gosto do silêncio, da solidão que o campo proporciona”, diz ela, que mora desde 2007 na região. “Aqui, vive-se o desafio de se dar conta da própria existência. Não se tem acesso a tudo, é preciso lidar com o silêncio, a falta. Então é preciso se adaptar sim, mas se ganha a paz”, afirma. Ligada à natureza, Ana tem o privilégio de estar a 100 metros de uma trilha de bicicleta e costuma praticar a atividade todo dia de manhã. De fato, segundo o psicólogo Gustavo Teixeira, mestre em análise do comportamento, esse movimento de procura do campo é quase natural, algo como 98 |Encontro

uma compensação do frenesi ao qual somos submetidos diariamente. “Estamos em um ritmo urbano que é um pouco desumano, com competição extremada, pessoas tendo metas muito altas de produtividade, exigências grandes, além do estresse com poluição visual, ruídos e estímulos exagerados”, afirma. Quando a pessoa se dá conta desse ritmo frenético, diz, o organismo pede para compensar de alguma forma. O psicólogo lembra, ainda, que esse tipo de residência acaba incentivando outras práticas, como o contato com a terra – plantação de horta, pomar, etc. – , que são possíveis apenas de forma muito restrita no ambiente urbano, e que são positivas para as pessoas, inclusive como atividade de relaxamento. “Essas regiões costumam ter temperaturas mais baixas e ambientes menos ressecados, o que contribui também para qualidade do sono”, diz Gustavo Teixeira. Mas o lado social, inevitavelmente, sofre com a nova rotina. A casa e o ambiente tornam-se tão irresistíveis e acolhedores que tudo o mais passa a ficar

cada vez mais distante. Compromissos sem planejamento prévio ficam raros. Passar em casa para trocar de roupa ou pegar algo que foi esquecido, nem pensar! Com crianças, então, a necessidade de planejamento é ainda mais rígida. Que o digam o sociólogo Rodrigo Nunes e a cientista política Clarice Mendonça, que moram numa antiga chácara na região de Santa Luzia com a filha, Alice, de 3 anos. Para chegar até lá, eles precisam pegar estrada de terra. Mas compensa. A casa tem balanço, cachorro, galinha e terreiro. No entanto, por ficar a cerca de 27 km de BH, é fundamental organizar bem a rotina, para deixar a pequena na escola e coordenar as atividades e tarefas de ambos. “Às vezes, um amigo liga para combinar de nos encontrarmos mais tarde e eu digo que é impossível. Temos de agendar para outra ocasião”, explica Clarice. Segundo ela, o casal costuma sair de manhã já sabendo qual é o plano para o dia, se alguém terá de esperar o outro, quem vai pegar a filha, senão tudo se complica. Gerenciar a casa também se torna

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CAPA | COMPORTAMENTO Cláudio Cunha

Vida simples Clarice Corrêa de Mendonça, 31, cientista política Rodrigo Nunes Meira, 31, sociólogo A filhinha, Alice Mendonça Meira, 3 anos Moram em Santa Luzia há dois anos Quando se casaram, em 2008, Clarice e Rodrigo foram viver em BH. Como sempre gostaram da ideia de morar no mato, ter horta, cachorro e uma vida mais tranquila e simples, começaram pela escolha de uma casa, e não de um apartamento. Ainda assim, a proposta que queriam não era bem essa. Além do medo da violência, tinham pouca privacidade e sossego. Foi por isso que se mudaram para Macacos e, depois, para Santa Luzia. E garantem que não vão parar por aí: talvez uma fazenda de verdade ou uma cidade de interior. “São formas de termos a qualidade de vida doméstica que gostaríamos. É o que achamos melhor. Sei que não é para todo mundo, mas está de acordo com os nossos valores”, diz Clarice.

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ainda mais necessário quando os serviços estão mais distantes e com acesso complicado. Supermercado, farmácia, lavanderia, tudo fica um pouco mais difícil, especialmente em lugares aonde o delivery não chega. A distância se torna mais pesada quando é preciso ir e voltar várias vezes por dia ou desviar do caminho para resolver alguma urgência. E não há a possibilidade de se pedir uma pizza caso não haja nada na geladeira, ou de mandar entregar um remédio, se a dor estiver incomodando o suficiente para se querer evitar o deslocamento. Lembrando que velas são fundamentais, pois a energia elétrica ainda costuma cair nessas regiões mais afastadas. Ainda assim, Clarice e Rodrigo não pensaram num apartamento na cidade nem por um instante. “É claro que gostamos de restaurante, de festa, de cinema, e frequentamos menos do que gostaríamos. Mas é em prol de uma vida diária com mais qualidade”, diz Clarice. Nem pequenos sustos fazem os amantes do campo desistirem do sonho de tranquilidade e bem-estar. Quando estava grávida de Luiza, hoje com 11 meses, a empresária Nathalia Gonzaga passou mal e seu marido, o arquiteto de sistemas Gustavo Gonzaga, teve de levá-la com urgência ao hospital. O problema é que eles estavam em Casa Branca, onde moram desde 2013. Deu tudo certo no episódio, mas serviu de alerta para o casal em relação à filha, especialmente quanto a pequenos acidentes domésticos ou até picadas de bichos. “Viemos porque procurávamos uma vida mais simples, bem pé no chão, com contato mais real com as pessoas e longe do bombardeio de informação que a cidade proporciona. E conseguimos”, diz Gustavo. Talvez por isso, Luiza continue com a liberdade de brincar na horta e ser levada em passeios até a cachoeira próxima à casa dos pais. E também porque Gustavo tenha decidido se desfazer de um de seus negócios em BH: venderam recentemente uma delicatéssen para focarem no estilo de vida com o qual se comprometeram. Para o psicólogo Gustavo Teixeira, uma das necessidades básicas do ser humano é pelo contato com a natureza, algo que traz bem-estar e qualidade de vida. “Pessoas descrevem que isso faz a diferença, tanto que se vê um movimen-

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CAPA | COMPORTAMENTO Samuel Gê

Perto da natureza Silvana Watel, 45, empresária Philippe Watel, 49, empresário A filhinha, Lara Watel, 9 anos Moram em Macacos há cinco anos A primeira experiência de Silvana com mato tinha sido aos 30 anos, quando saiu do emprego como analista de sistemas e foi gerenciar a pousada de um amigo em Ilha Grande. De lá, foi para a França, onde descobriu a gastronomia e conheceu o marido, Philippe. Já o francês não havia tido nenhuma experiência natureba antes na vida, quando decidiram abrir uma pousada em Morro de São Paulo, na Bahia. “Para mim não foi tão chocante”, conta Silvana. “Já para ele, que saiu de Paris direto para Morro, foi necessária maior adaptação”, diz. Não demorou para Philippe adorar. “Vejo que há pouca coisa, de fato, que gosto de fazer na cidade. Talvez eu tenha ficado até mais pacato que ela”, afirma o francês. Não à toa, instalaram-se em Macacos e abriram um restaurante em BH. “Aqui é tudo diferente: ar, silêncio, tranquilidade. A Lara curte procurar coisas inéditas, descobre coisas novas a cada dia”, diz ele.

to forte de gente indo para praças, parques, lugares de sossego e com muito verde”, afirma. Ainda segundo Teixeira, o fenômeno de se viver em apartamentos é recente, considerando a história da humanidade, e, ao mesmo tempo que temos o desejo do social, temos o de contato com a natureza, de ter espaço e liberdade. O arquiteto Carlos Alexandre Dumont, mais conhecido como Carico, percebeu essas vantagens há décadas. Comprou uma casa na região de Nova Lima há 25 anos e mora lá com sua mulher, a estilista Elisa Atheniense, há 15. Nas reformas que fez no imóvel, decidiu não mexer com jardinagem. “A casa é natural, inserida nas copas de árvores”, explica Carico. De fato, a suíte do casal tem algumas paredes de vidro que dão a sensação de se estar, literalmente, numa casa na árvore. O sossego, a temperatura quatro graus mais baixa que a de BH e a mata tombada de um milhão de metros quadrados bem próxima à casa influenciam o comportamento do casal. Difícil sair de lá para qualquer coisa que não seja o trabalho. Elisa, que viaja muito, diz que volta para lá, coloca uma roupa confortável e não sai nem por decreto. “É um prazer indescritível morar e acordar no silêncio. Eu amo este lugar”, diz. Difícil mesmo é não se inspirar nos exemplos e se sentir também atraído. ❚ 102 |Encontro

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Uma das culinárias mais influentes no mundo, a portuguesa, andava meio desprestigiada por aqui com o fechamento de alguns restaurantes especializados. Mesmo assim, o português Cristóvão Laruça e a mineira Ludmila Carvalho não tiveram dúvidas em abrir o Caravela, em Casa Branca, Brumadinho, há seis meses. Morando no Brasil há 10 anos, ele foi convidado a assumir o ponto, uma cozinha até então fechada no Condomínio Aldeia da Cachoeira das Pedras. “Quero mostrar que a gastronomia portuguesa não é só bacalhau”, diz. Claro que há pratos com o pescado, mas o carro-chefe são os sabores preparados na cataplana, uma panela de cobre em formato de concha vinda da região portuguesa de Algarve. A que leva camarão com leite de coco tem feito sucesso, assim como a de polvo, batata-doce e gengibre. Como o local está em área de acesso controlado, vale lembrar que é preciso fazer reserva. Samuel Gê

Há pouco tempo, a maioria dos bares e restaurantes de BH se concentrava em algumas regiões da cidade. Mas, hoje, casas de todos os tipos chegaram aos quatro cantos. Os próximos a aderirem à dinâmica são os empresários Carlos Magno Rezende, Pedro Coutinho, Marcelo Paixão e Pedro Lübe, que comandam o Nosso Botequim e o restaurante Kazuki, em Lourdes, e agora decidiram expandir a atuação. Já no segundo semestre, vão abrir uma casa no Buritis. “Ela será totalmente sustentável. Não há nada parecido em BH”, diz Carlos Magno. “Será uma mistura de bar com pub e, no cardápio, releitura dos espetinhos”, explica. Na sequência, eles avaliam abrir unidades do Nosso Botequim em áreas como Pampulha e Vila da Serra.

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RUMO AO DIAMOND MALL

COM OU SEM CARNE?

Satisfeito com o sucesso que as pizzas alcançaram entre o público da sua Parrilla & Pizzeria Boulevard, inaugurada no ano passado, o empresário Paulo Leitão está levando a experiência com as redondas para seu primeiro restaurante, a Parrilla del Diamond. “Faltava um produto desse tipo no Diamond Mall, à noite. Muitas pessoas não gostam de comer carne antes de dormir, preferem algo menos pesado”, diz. Segundo ele, a ideia é atrair desde jovens a famílias inteiras, e a aposta é que a pizza de cogumelos se torne a queridinha, como já acontece na outra unidade. Para o projeto, foi necessária a construção de um forno, feito fora do restaurante para evitar que a obra demorasse.

Desde que foi aberto, o Est!Est!!Est!!! caiu nas graças do público vegetariano, e não é para menos: opções sem carne sempre ocuparam parte do cardápio. Por isso, na ocasião da primeira grande mudança do menu, o chef da casa não esqueceu essa clientela e incluiu opções como risoto de gorgonzola com beterraba. “A mudança no cardápio vem trazer coisas bem interessantes, algumas testadas no happy hour (quando são servidos petiscos gratuitos mediante compra de bebida)”, explica o chef italiano Simone Biondi. Claro que também foram incluídas pedidas para o público que não tem restrição alimentar, a exemplo da salada de frutos do mar. Samuel Gê

ABERTO PARA NOVIDADES Com espaço que abrange cafeteria, casa de vinhos e bistrô, o Vinces Wine & Coffee tem feito sutis mudanças para atender o exigente público do BH Shopping. Para começar, o chef Carlos Pita, famoso personal cook, veio assinar parte do cardápio. Em breve, os sócios devem usar a área do deck no preparo de pratos ao vivo – a paella seria um exemplo. O vinho servido em taças degustação (30 ml) também é uma aposta crescente, e novos rótulos devem se somar aos quatro ofertados neste semestre. Além disso, a cultura da bebida tem sido focada em degustações mensais. Em junho, a França será celebrada com três rótulos. “Eu explico as nuanças de cada rótulo e, como são sempre grupos de no máximo 20 pessoas, tem tido ótimo aproveitamento”, diz o empresário Diocélio Goulart, que comanda o lugar ao lado de Renata Leslie.

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GASTRÔ | RECEITAS

Menu

para dois

Chefs de BH ensinam receitas com ingredientes vermelhos, cor do amor, para um jantar intimista no mês dos namorados ALINE GONÇALVES

Há muitas formas de idealizar um jantar romântico: ele pode ser tanto em um restaurante especial quanto na intimidade de casa, preparado por ele ou por ela – quem sabe até pelos dois? Com ingredientes escolhidos especialmente para a data – e, claro, sem faltar dose extra de carinho –, pouco importa se a receita é doce ou salgada: só é preciso conhecer a preferência de quem se quer agradar. Para inspirar o menu romântico, Encontro pediu a chefs de BH sugestões diversas, clássicas ou contemporâneas. Em comum, todas as receitas trazem algum ingrediente vermelho, cor que simboliza o amor – ou a paixão. Para iniciar, quem sabe um drinque. Do mixologista Bruno Rafael Rodrigues, do Circuito do Rock, vêm duas

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opções: o clássico Cosmopolitan, com suco cranberry, e o sugestivo Lovely Day, com xarope de melancia. Na hora da refeição principal, a opção apresentada pelo chef Robson Viana é o gaspacho, sopa de tomate clássica na Espanha, que ganha particularidades pelas mãos do especialista do Ephigênia Bistrô. Quem prefere se arriscar na cozinha conta com a ajuda dos chefs Joelson Fernandes, do Meu Buffet, e Fábio Pontes, do diVino Restaurante. São deles as contemporâneas receitas magret de canard ao malbec com risoto de frutas vermelhas do bosque e mil-folhas de tapioca com musse de queijo de cabra e compota doce de pimentão vermelho. Por fim, a apaixonada por quitandas Iara Rodrigues, da Quitand’arte, ensina um bolo que tem muitos fãs pelo mundo, o Red Velvet Cake, feito com corante vermelho.

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Fotos: Thiago Mamede

Por Bruno Rafael Rodrigues, mixologista do Circuito do Rock

Cock Cosmopolitan Serve 1 pessoa

INGREDIENTES 40 ml de vodca Citron 10 ml de licor de laranja 5 ml de suco de limão 15 ml de suco de cranberry

MODO DE PREPARO Adicione todos os ingredientes na coqueteleira com gelo. Agite bem e sirva em taça caldereta (mais baixa e ‘reta’). Decore com uma fatia de limão ou casca da fruta enrolada.

Lovely Day Serve 1 pessoa INGREDIENTES 45 ml de vodca Absolut sabor pera 5 ml de suco de limão 40 ml de suco de abacaxi 40 ml de xarope de melancia 15 ml de creme de leite

MODO DE PREPARO Coloque todos os ingredientes na coqueteleira com gelo e agite bem. Sirva na taça flute e decore com morango, chantilly e uma folha de hortelã

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GASTRÔ | RECEITAS Fotos: Samuel Gê

Mil-folhas de tapioca com musse de queijo e compota doce de pimentão vermelho Serve 2 pessoas INGREDIENTES Para a tapioca 1 xícara (chá) de polvilho doce Água o quanto baste Para a musse de queijo de cabra 50 g de queijo de cabra 1 ramo de alecrim 1 dente de alho xícara (chá) de creme de leite 1 colher (sopa) de azeite Sal e pimenta-do-reino a gosto Para a compota doce de pimentão 1 xícara (chá) de açúcar 1 pitada de pimenta-calabresa 1 pimentão vermelho Raspas de 1 limão 1 copo de suco de laranja 1 colher (sobremesa) de sementes de cardamomo 2 cravos para decoração Brotos de agrião e flores comestíveis a gosto

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MODO DE PREPARO Para a tapioca Coloque o polvilho em um recipiente. Adicione a água até obter uma farofa úmida. Aqueça uma frigideira antiaderente em fogo médio. Passe a farofa de tapioca por uma peneira de furos médios até cobrir toda a superfície da frigideira. Deixe cozinhar até ficar transparente e dourada. Vire do outro lado. Espere dourar. Retire a panqueca e reserve. Faça seis panquecas. Para a musse de queijo de cabra Coloque o queijo de cabra em um bowl médio. Com a ajuda de um garfo, amasse-o e misture todos os outros ingredientes até que forme uma pasta homogênea e macia. Reserve. Para a compota doce de pimentão Abra o pimentão e retire as sementes. Lave e corte em tiras.

Por Fábio Pontes, chef do diVino Restaurante Reserve. Em uma panela em fogo médio, derreta o açúcar até que forme um caramelo. Acrescente o pimentão e logo em seguida todos os outros ingredientes. Cozinhe por cerca de 30 minutos até formar uma geleia. Desligue e espere esfriar. Montagem Em um prato, coloque um disco de tapioca. Depois uma colher de musse de queijo de cabra, em seguida, uma colher de sobremesa da compota de pimentão. Coloque outro disco de tapioca por cima e repita a operação até formar três camadas. Ao lado, coloque um pouco da compota, brotos de agrião e as flores comestíveis. Sirva.

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GASTRÔ | RECEITAS

Gaspacho de tomate INGREDIENTES 500 g de tomates frescos 1 unidade grande de pimentão vermelho 2 xícaras (chá) de azeite extravirgem 1 fatia de pão de forma sem casca 2 dentes de alho 1 xícara (chá) de leite 1 colher (café) de tomilho fresco Sal e pimenta-do-reino a gosto 1 ovo cozido 1 colher (café) de salsinha à brunoise (em pequenos pedaços) 50 g de presunto Parma frito e triturado 90 ml de creme de leite 200 ml de caldo de legumes

Serve 4 pessoas MODO DE PREPARO Lave bem os tomates e corte-os ao meio. Tempere-os com sal, pimenta, azeite, tomilho e alho. Leve-os ao formo a 180° C, cobertos com papel-alumínio, durante 30 minutos. Enquanto isso, coloque o pão de forma de molho no leite. Lave os pimentões, tire as sementes e corte em quatro partes iguais. Reserve. Após os tomates assados, junte todos os ingredientes que foram juntamente com ele ao forno e bata no liquidificador. Adicione, aos poucos, o caldo de legumes para dar mais cremosidade. Depois, adicione o pão e bata por mais alguns minutos. Na sequência, adicione o pimentão e bata até ficar bem homogêneo. Coe na peneire

Por Robson Viana, chef do Ephigênia Bistrô

e reserve. Acrescente o creme de leite e confira o tempero. Leve à geladeira por seis horas. Montagem Coloque o gaspacho em um prato fundo. Distribua o ovo cortado, primeiro a gema, depois a clara. Salpique por cima a salsinha e finalize com um fio de azeite extravirgem e o presunto Parma.

Fotos: Eugênio Gurgel

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GASTRÔ | RECEITAS

Magret de canard ao Malbec com risoto de frutas vermelhas do bosque Serve 2 pessoas INGREDIENTES Para o risoto de frutas vermelhas do bosque 300 g de arroz arbóreo pré-cozido 400 ml de caldo de legumes 50 g de blueberries 50 g de amoras 50 g de framboesas 20 g de manteiga 20 g de queijo grana padano Sal e pimenta-do-reino a gosto Para o molho malbec 300 ml de vinho da uva malbec 100 ml de caldo de carne pimenta-dedo-de-moça laminada sem sementes Pitada de açúcar Para o magret de canard 2 unidades médias do corte

MODO DE PREPARO Para o magret de canard Grelhe o magret pelo lado da gordura até dourar. Lamine-o e reserve-o em um vasilhame. Quando servir, leve ao forno quente (180° C) por um minuto.

Por Joelson Fernandes, chef do Meu Buffet

Para o molho malbec Reduza o vinho em fogo baixo e acrescente o caldo de carne, a pimenta e a pitada de açúcar. Para o risoto de frutas vermelhas do bosque Em uma panela, coloque o arroz arbóreo pré-cozido. Acrescente pequenas porções do caldo de legumes aquecido. Quando o arroz estiver cozido, adicione

a manteiga, as frutas vermelhas do bosque e, por último, o queijo grana padano. Misture bem. Corrija o sal se necessário. Sirva quente junto ao magret coberto pelo molho.

Fotos: Pedro Nicoli

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GASTRÔ | RECEITAS Fotos: Pedro Nicoli

Red Velvet Cake INGREDIENTES Para a massa 2 xícaras (chá) de farinha de trigo de xícara (chá) de cacau em pó colher (chá) de sal 8 colheres (sopa) de manteiga sem sal, em temperatura ambiente 1 e xícara (chá) de açúcar 6 ovos em temperatura ambiente 2 colheres (sopa) de corante líquido alimentício vermelho 1 colher (chá) de extrato de baunilha 1 xícara (chá) de leite em temperatura ambiente 2 colheres (sopa) de vinagre branco 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio Para o recheio 300 g de cream cheese 400 g de chocolate branco 1 fava de baunilha 4 colheres (sopa) de manteiga sem sal, em temperatura ambiente 1 pitada de sal

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Por Iara Rodrigues, da Quitand’arte

MODO DE PREPARO Para a massa Separe as claras das gemas. Bata as gemas, a manteiga e o açúcar até o ponto de pomada. Peneire os ingredientes secos junto à mistura, exceto o bicarbonato, e vá incorporando manualmente, intercalando com o leite. Quando a massa estiver homogênea, acrescente o corante e a baunilha. Depois, misture separadamente o vinagre e o bicarbonato. Na sequência, coloque-os na massa. Leve para assar em forma untada e forno preaquecido a 180° C por aproximadamente 40 minutos. Para o recheio Derreta o chocolate em banho-maria a 45 ° C. Abra a baunilha e raspe toda a fava. Misture todos os ingredientes ao chocolate com um batedor, até a massa ficar homogênea. Leve para gelar por aproximadamente duas horas. Montagem Divida o bolo ao meio e, com um bico de confeitar, recheie a metade da massa. Coloque a outra metade por cima e vá pingando o creme para fazer os desenhos como desejar.

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GASTRÔ | FESTIVAL

Os melhores

botecos de BH Boteco da Carne fatura principal prêmio do festival Botecar, evento que reuniu os 55 mais tradicionais estabelecimentos do tipo em BH e recebeu público estimado em 500 mil pessoas. Bar do Doca e Bar e Restaurante Casa Velha completaram o pódio A festa de encerramento, em área no Parque das Mangabeiras, reuniu 6 mil pessoas: para 2016, ideia é levar a comemoração para um lugar maior

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ALINE GONÇALVES

Mandioca que virou purê, carré de porco para ninguém botar defeito e ainda paçoca de carne de sol e geleia de pimenta para completar o petisco. Deu água na boca? Melhor ainda quando o tira-gosto é servido em lugar com cerveja gelada, bom atendimento e espaço aconchegante. Foram esses alguns dos critérios que os belo-horizontinos observaram para eleger o Boteco da Carne, em Lourdes, como o melhor bar da capital mineira, em votação promovida pelo festival Botecar, entre os dias 8 de abril e 9 de maio. Ao todo, 55 estabelecimentos participaram da iniciativa que busca valorizar os botecos da cidade: juntos, eles atraíram público estimado em 500 mil pessoas e distribuíram mais de 150 mil cédulas de

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Samuel Gê

votação. Cada local ofereceu petisco que homenageava uma cidade de Minas Gerais, somando 45 municípios destacados. Batizado como Divino: Adão e Eva no Paraíso, o tira-gosto campeão faz referência à cidade de Divinópolis, onde o empresário Leonardo Marques, dono do Boteco da Carne, viveu sua infância e adolescência. “Esse título vem coroar um trabalho sério. Fazemos tudo com carinho e dedicação e o prêmio é fundamental para nos estimular”, diz ele, que recebeu o troféu das mãos do ex-jogador Dadá Maravilha. Outros dois estabelecimentos comemoraram o resultado, divulgado durante a primeira edição da Resenha Botecar, festa que reuniu 6 mil pessoas no Parque das Mangabeiras, no final de maio. O vice-campeão, Bar do Doca, agradou ao público com a mistura com rabada, ora-pro-nóbis e angu (Zelopão Orapronobis), enquanto o terceiro lugar, o Bar e Restaurante Casa Velha, apostou em angu de ora-pro-nóbis com ragu de costelinha, farofa de carne-seca e croquete de pernil (Moiadim no Sequin com Bolim). Renata Caldeira

Prato vencedor: carré de porco, escoltado por purê de mandioca, paçoca de carne de sol e geleia de pimenta

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GASTRÔ | FESTIVAL

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O itabirano Jorge Lage, o Doca, comemorou o segundo lugar: “Quem me deu esse troféu foram os meus conterrâneos que encheram o bar durante o evento”

Comandado por Márcia Soares, o Bar e Restaurante Casa Velha garantiu o terceiro lugar na disputa: “A concorrência foi enorme e, por isso, fiquei surpresa com a colocação”

O garçom Erisney Pereira, o Gigante, foi eleito o “Chefia Camarada”: ele é figura querida entre os clientes do Agosto Butiquim

Emocionado, Jorge Lage, o Doca, agradeceu aos familiares e amigos de Itabira, cidade onde nasceu e que homenageou. “Quem me deu esse troféu foram os meus conterrâneos que encheram o bar durante o evento. Meu boteco é um pedacinho de Itabira em BH”, diz. A proprietária do Casa Velha, Márcia Soares, também não escondeu o orgulho em conseguir um lugar no pódio. “A concorrência foi enorme e, por isso, fiquei surpresa com a colocação”, diz ela, que se inspirou em Dores do Indaiá. Outro que ficou feliz da vida na festa de encerramento foi o garçom Erisney Pereira, mais conhecido pelo apelido de Gigante – uma brincadeira bem-humorada, por causa de sua baixa estatura. Ele foi eleito o “Chefia Camarada”, ou seja, garçom mais simpático e atencioso. “Eu já fui sapateiro, pedreiro, mas voltei a trabalhar como garçom porque esse é meu ramo de

verdade. Gosto de lidar com o público, de conversar com as pessoas: o segredo para o reconhecimento é gostar do que se faz”, diz. Gigante começou na profissão quando tinha 14 anos e, desde dezembro, tornou-se funcionário do Agosto Butiquim. Para o organizador do evento, Antônio Lúcio Martins, a segunda edição do Botecar consolidou a iniciativa entre o público. “O reconhecimento veio com a alta frequência aos bares, além dos elogios recebidos via redes sociais. Com a homenagem a cidades mineiras, também conseguimos chamar a atenção do público de outros municípios, o que foi interessante”, diz Atônio Lúcio. Durante a festa de encerramento, a Resenha Botecar, foi possível degustar os petiscos a preços promocionais (R$ 15 a porção). Os frequentadores ainda curtiram as atrações musicais Sarau Brasileiro, Banda do Síndico e

Bloco Chama o Síndico, além de intervenções circenses do Grupo Matraca, exposições de fotografia Paisagens Mineiras e de artesanato Cerâmicas de Minas, e experimentaram “sobremesas” no estande da Doce de Leite de Viçosa. Os ingressos para o evento foram trocados por alimentos não perecíveis, doados ao projeto Jornada Solidária, dos Diários Associados, que beneficia creches municipais. “Conseguimos atender um pedido do público e fechar com chave de ouro”, afirma Antônio Lúcio. Para 2016, a ideia é manter a Resenha Botecar, mas em um espaço maior, já que a procura por ingressos superou as expectativas. A próxima edição do Botecar, segundo o organizador, continuará limitada em 55 participantes, mas 10% serão estreantes. “Estamos pensando para 2016 um tema que aborde as culturas e tradições de Minas”, disse. É esperar para degustar.

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Fotos: Alexandre Carvalho


botecar.com.br

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PRODUÇÃO:

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Projeto executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais

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LOTADO DIA E NOITE

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Alexandre Carvalho

“Fazemos tudo com carinho e dedicação e o prêmio é fundamental para nos estimular”, diz Leonardo Marques, do Boteco da Carne, que levou o título

Leopoldo Marques, como seu braço-direito para a conquista: “Ele ficou responsável por cuidar do atendimento e do padrão do petisco. A qualquer hora do dia ou da noite, o tira-gosto vinha igual. Isso é difícil de conseguir”, diz. Agora, Leonardo garante que a mistura vai permanecer no menu por um longo período. Sorte dos botequeiros que não conseguiram provar o petisco ou dos que querem repeti-lo. z

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“Aqui não é açougue, é um bar.” O empresário Leonardo Marques nem sabe quantas vezes repetiu essa resposta ao telefone, para quem ligava para seu primeiro boteco. Por causa do nome, Fábrica da Carne, muita gente se enganava sobre a ideia do negócio. A história de sucesso no ramo da gastronomia para Leonardo só começou a vir exatamente quando, cansado dessas confusões, ele decidiu rebatizar o estabelecimento aberto em junho de 2006. Foi assim que, em 2010, surgiu o Boteco da Carne, que em 2015 conquistou o título de melhor boteco de BH, em eleição promovida pelo festival Botecar (em 2014, havia ficado em quinto na preferência do público e dos jurados). A mudança de local também foi importante para o reconhecimento. “Eu sabia que estava fazendo tudo certo, mas via os concorrentes lotados e o meu bar vazio, o que era frustrante. Foi daí que tirei o boteco do São Pedro, onde ele funcionava no segundo andar, e achei um ponto no Lourdes, com a porta para a rua”, diz. Hoje com capacidade para 160 pessoas e 22 funcionários, a troca se mostrou acertada, e o Boteco da Carne, agora, vive cheio: de dia, atrai público da região em busca do almoço em formato de bufê e pratos feitos. À noite, o clima descontraído é favorável para o happy hour, sempre acompanhado de cerveja, chope, caipirinha e completado por um dos 50 petiscos disponíveis no cardápio, com destaque para os “carnudos”, por assim dizer. “Meu negócio é realmente carne. Era o que fazia para os amigos que me estimularam a abrir o bar. É o que sei fazer de melhor”, diz o empresário, que, antes de virar dono de boteco, trabalhou como bancário e funcionário de uma multinacional. Com a experiência em cortes bovinos e suínos, não é de surpreender que o prato que agradou ao paladar do público no Botecar 2015 trazia um carré de porco, escoltado por purê de mandioca, paçoca de carne de sol e geleia de pimenta. O nome, Divino: Adão e Eva no Paraíso, e a receita foram inspirados na vivência de Leonardo, que passou a adolescência na cidade de Divinópolis. “Minha geração e outros da cidade cresceram com duas referências de botecos: o Bar do Fernando e o Boteco do Anésio. Ambos faziam sucesso com uma costela de porco servida com mandioca cozida. Eu cresci comendo isso e fiz a releitura”, explica. Feliz com o título que chama de “momento mais marcante da história do bar”, Leonardo cita o irmão,

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• banda do síndico • bloco chama o síndico • sarau brasileiro • exposição de fotografia paisagens mineiras • exposição artesanato cerâmicas de minas • intervenção circense grupo matraca • estande de doce de leite de viçosa

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GASTRÔ | MERCADO Denis Medeiros

O chef Ivo Faria, considerado hors concours da Encontro Gastrô, com sua filha, Naiara Faria, e funcionários do restaurante: “Desde o início, desejamos o Vecchio Sogno grandioso”

Italiano consagrado Restaurante Vecchio Sogno completa 20 anos como um dos mais tradicionais de BH. As comemorações começam no fim do mês em jantares com chefs convidados

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ALINE GONÇALVES

Os mineiros ainda estavam se acostumando com a ideia de restaurantes sofisticados em BH quando viram surgir um amplo estabelecimento, com sóbria decoração, em imóvel anexo à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Certamente, os que ali passaram naquele dia não imaginavam que o Vecchio Sogno, que abria as portas no dia 12 de junho de 1995, viria a ser um dos principais restaurantes da cidade. Vinte anos depois, a casa ostenta mais de 30 prêmios, que mal cabem em uma das paredes. O chef e fundador, Ivo Faria, sempre apostou no potencial do local. E os clientes mais assíduos não têm dúvida de que o sucesso do restaurante deve ser creditado ao próprio Ivo, que, nesse período, deixou de ser apenas uma

promessa da gastronomia para se tornar um dos maiores nomes da culinária no país, eleito cinco vezes chef do ano por Encontro Gastrô – O Melhor da Cidade. Tornou-se, assim, hors concours da publicação. “Desde o início desejamos o Vecchio Sogno grandioso e procuramos trabalhar de forma a mostrar a cara no Brasil. Por isso, eu sempre fiz um trabalho de interagir com outros chefs do país”, diz Ivo. Ao longo desse caminho, claro, houve turbulências, mas Ivo mal se lembra. “Essa casa não me dá tristeza. Estar aberto, gerando emprego, sendo respeitado, isso é que é memória marcante”, diz. Um desses momentos de turbulência foi quando Ivo se viu sozinho, ao chegar ao fim a sociedade com o chef e restauranter Memo Biadi, atualmente proprietário do Dona Derna. “Foi o momento de maior mudança”, diz.

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GASTRÔ | MERCADO Passar a comandar os funcionários não estava nos planos, mas Ivo soube fazê-lo, tanto que muitos estão na casa há 20 anos. “Formamos com eles laços afetivos, conhecemos a família. É uma equipe que se preocupa em trabalhar em grupo”, diz a filha de Ivo, Naiara Faria, atualmente chef no restaurante La Palma, na Pampulha. Junto aos dois irmãos, Naiara foi criada dentro do Vecchio Sogno e conhece como poucos cada cantinho dali. Ela costuma brincar, aliás, que o estabelecimento é, na realidade, a sua primeira casa. “A casa onde vivo é, na verdade, a segunda, porque sempre passamos mais tempo no restaurante. Uma coisa boa era o almoço de domingo. Tínhamos uma mesa de frente para a cozinha. Também me lembro de correr naqueles corredores no meio dos garçons”, conta. Foi natural, portanto, que ela começasse a se profissionalizar nesse ambiente: aos 12 anos, já passava as férias da escola aprendendo a fazer massa. Mas não foi só Naiara que “se aproveitou” do Vecchio Sogno para obter conhecimento. Ao longo do tempo, o restaurante proporcionou o aprimoramento de diferentes profissionais, já que recebeu incontáveis estagiários. Foram muitos brasileiros, como os atuais chefs do Hermengarda, Guilherme Melo, e da Cantina Piacenza, Américo Piacenza. Passaram por lá também muitos estrangeiros, de países como Noruega, Peru e Espanha. Para o chef e dono do restaurante Pacco & Bacco, Rafael Pires, que trabalhou no Vecchio em 2006, os saberes adquiridos valeram tanto quanto a formação obtida em uma escola de gastronomia na Espanha. “Mesmo tendo aprendido a técnica na Europa, estava um pouco perdido quando me formei. Essa passagem pelo Vecchio me proporcionou um grande amadurecimento, porque a cozinha de lá é enorme, o movimento não para”, diz. Para os clientes, que acompanham o movimento do outro lado, além da qualidade dos pratos, o atendimento é um diferencial. “Vou com amigos, familiares, toda semana estou lá, e em todos os meus momentos de celebração, como aniversários”, diz o enge136 |Encontro

Denis Medeiros

Gamberi alla Grappa (camarões com ravióli negro de muçarela de búfala ao molho de grappa): prato no cardápio do restaurante há 18 anos é um dos queridinhos entre o público cativo

RAIO-X

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FUNCIONÁRIOS

3,5 mil PRATOS SERVIDOS (em média, por mês) CAPACIDADE PARA:

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PESSOAS

1500 GARRAFAS DE VINHO VENDIDAS POR MÊS

CARTA DE VINHO COM

400

RÓTULOS, com ênfase para os italianos O PRATO PREDILETO DO CHEF IVO FARIA: carré de cordeiro em crosta de queijo São Roque com rosti de baroa e molho de especiarias

nheiro aposentado Carlos Goulart. “O comércio costuma ser algo frio, mas lá sinto um aconchego.” Já o engenheiro Mário Menin, depois de degustar as receitas ao longo dos anos, decidiu se tornar aluno de Ivo Faria e passou a frequentar a cozinha do restaurante. “A comida é mesmo excepcional”, diz. Para celebrar os 20 anos, o Vecchio Sogno estreia novo cardápio. A novidade é a seção que será alterada de acordo com os produtos da época. Esta é a maior mudança no menu desde a abertura. Além disso, o estabelecimento vai receber jovens chefs em jantares especiais nos dias 16 e 17 de junho. Naiara Faria, que ficará responsável pela sobremesa, e Rafael Justino, que vai apresentar um prato que tem como base a rabada, estão confirmados ao lado dos chefs Alberto Landgraf (SP), Jonatas Moreira (AL), Walter Dantas (RN) e Joca Pontes (PE). “Nada melhor que celebrar a data mostrando para a clientela a nova geração”, diz Ivo, com os olhos voltados para o futuro. Certamente, um dos segredos para que se possa comemorar novos anos de sucesso no Vecchio Sogno. z

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NA SOCIEDADE | HELVÉCIO CARLOS hcarlos@editoraencontro.com.br Carlos Esteves/Divulgação

PARA FICAR NA HISTÓRIA Maria Ester Affonso Viana resistiu em festejar seus 15 anos. Ela não queria de jeito nenhum uma comemoração no melhor estilo debutante. Com carta branca do pai, Robson José Ferreira, apoio da noiva dele, Fernandinha Castro, e uma forcinha de Paulo Junqueira, responsável pela organização da festa, a garota mudou de ideia. No dia 13 de junho, ela vai reunir 160 convidados no apartamento do pai, no Grand Líder Olympus. O inusitado está na montagem da festa. Na segunda-feira que antecede a data, o apartamento será esvaziado e os móveis das salas de estar, jantar e TV serão levados para um depósito. No lugar deles será montada outra decoração para receber a moçada, que terá direito a bufê do Eddie Fine Burgers e japonês do Kei. “Por quatro dias até o dia da comemoração estaremos todos mobilizados”, conta Fernandinha Castro, que, mesmo encarando toda a trabalheira, diz que, para a alegria de Maria Ester, todo esforço é válido. Mariel Pelli/divulgação

COMO A REALEZA Diferentemente do barulho que gosta de fazer na política, o deputado estadual Fred Costa (PEN) não alardeou seu casamento com a advogada Fernanda Pimenta, em maio, no Palácio de Seteais, em Sintra, Portugal. Para evitar bafafá, emitiu somente um comunicado de “licença não remunerada” de 18 dias e evitou as redes sociais. Com tudo ao gosto da noiva, que usou vestido da grife espanhola Rosa Clará, a celebração foi feita pelo padre João Emílio Souza, da paróquia São Bento, de BH. Sob o pôr do sol, a cerimônia reuniu 330 pessoas e, depois de jantar servido nas dependências internas do palácio, a comemoração se estendeu madrugada afora, bem à moda brasileira. Na lua de mel, passaram por Roma, Siena, Mikonos, Santorini e Atenas. (Por Gui Torres)

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Arquivo pessoal

TODOS JUNTOS NO CAPÃO O que é melhor: curtir uma noite inteira em festa junina ou passar cerca de dois meses envolvido nos preparativos da festa? Marcela Nunes (à dir., segunda sentada), de 28 anos, não tem a menor dúvida. Para ela, que faz parte do grupo da família Nogueira, à frente da festa do Capão, os dois meses de produção são os mais divertidos. “Em um mundo tão corrido, é muito bom reunir a família em torno do evento. É muito legal passar o dia com tias, tios, primos e primas”, diz. Nas reuniões, aos sábados e domingos, todos trabalham na confecção de 2 mil flores de papelão – marca registrada da festividade dos Nogueiras – e outros itens que consomem cerca de 400 rolos de papel crepom. Não há divisão de tarefas. “Sempre tem um servicinho para quem aparecer por lá”, brinca Marcela. Neste ano, a festa está marcada para 4 de julho, nas comemorações dos 30 anos do evento. A renda, como nos últimos anos, será destinada aos projetos Cidadão e Ler é Viver, do Instituto Gil Nogueira. Eugênio Gurgel

ENCONTRO COM A DIVA Clara Diniz, de 16 anos, já esta com tudo pronto para começar o curso de moda no Instituto Marangoni, em Milão. Ela só não esperava encontrar-se em Trancoso, no mês passado, com Naomi Campbell. Durante o casamento de Márcio Buzelin e Luciana Henriques, a garota ficou lado a lado com a modelo inglesa. De tão emocionada, Clarinha só teve coragem de pedir uma foto. A modelo inglesa, por sua vez, foi uma simpatia. Estendeu a mão, cumprimentando a garota, e posando para a foto. “Naomi é um dos maiores ícones da moda”, elogiou.

BODA CAMPESTRE Só famílias e os amigos muito próximos de Nathalia Faria e José Henrique Salvador estarão presentes no casamento, no final do mês, na fazenda Fasano Boa Vista. Como desde o início os noivos queriam cerimônia e recepção reservada em um ambiente campestre, optaram pela fazenda. Nathalia é filha de Clemente de Faria e Maria Victoria Faria; José Henrique, de Henrique Salvador e Nora Simões Dias.

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SOCIEDADE

Festa à fantasia Edward Muson Mason II mais uma vez surpreendeu seus amigos com uma festa animada em seu apartamento no Condomínio Olympus. Neste ano, a festa foi inspirada nos anos 1970 e os convidados atenderam o pedido do aniversariante e capricharam no figurino. Fotos: Dudua’s Profeta.

Barbara Dutra e Henrique Chaves

João Marcelo, Tim Chaim e Catarina Chaim

Patrícia Gea, Daniela Pedrosa e Rebeca Mason

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Ted Mason, Rebeca Mason, Cadu Fischbacher e Márcia Fischbacher

Rodrigo Mascarenhas, Nanda Maciel, Luanna Damiani e Fabrício Tomate

Débora Amorim, Rebeca Mason e Cláudia Suplicy

Ted Mason, Rodrigo Ferraz e Tomaz Gomide

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Rebeca Mason e Ted Mason

Fábio Schiavi e Elisa Cecílio

Eduardo Fonseca e Gabriela Bahia

Juliana Costa e Carolina Weblink

João Vicente

Luís Nassif e Beatriz Roque

Letícia Jacomeli

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SOCIEDADE

Industrial do ano Tadeu Carneiro teve motivo extra para comemorar o título de Industrial do Ano 2015, concedido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Neste ano são comemoradas também as seis décadas da CBMM. “Com muita honra recebo o reconhecimento da Fiemg, exatamente quando comemoramos 60 anos de fundação da companhia, construindo a história do sucesso do nióbio. É um orgulho ter o estado de Minas como parceiro”, disse ele, dividindo o título com os funcionários da empresa e seus familiares. Tadeu começou sua carreira na CBMM logo após a formatura e, em 1988, tornou-se gerente de desenvolvimento de mercado. Quatro anos depois, trabalhou na subsidiária norte-americana da CBMM. Há sete anos ocupa o cargo de presidente da empresa. Fotos: Alexandre Carvalho.

Mario Marques, Thiago Carneiro e Cristiano Lamego

Fernando Pimentel, Tadeu Carneiro e Olavo Machado

Carlin Moura, Altamir Rôso, Tadeu Carneiro e Marcio Lacerda

Paulo Simões e Marcio Utsch

Rosana Simões e Marcio Utsch

Sebastião Rogério e Jayme Carvalho Ribeiro

José Jacob Tonucci e Ricardo Nonis

Diego Sucupira e Dayane Martins

Luiz Gustavo e Laryssa Machado

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Paulo Piau, Marcio Lacerda e Carlin Moura

André Tavares, Gilselia Diniz, Bianca Lara e Lucas Diniz

Jeferson Coelho, Delma Sathler e Kahê Sathler

João Luis Rocha do Amaral e Nadir Silva Rocha do Amaral

Natália Soares, Thiago Carmo, Fernanda Abreu e Getulio Gontijo de Amorim

James Von Urban, Philippe Von Urban e Felipe Nardi

Jeniffer Kathryn e Lucas Nunes De Lima

Filipe Sampaio, Olavo Neto, Marta Machado e Ana Luiza Zumpano

Luiz Renato, Eduardo Martins, Lucio Rampazzo, Sebastião Curimbaba e Amauri Augusto

Eberlindo Rocha, Priscila Braz e Javert Vivian

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Encontro | 143

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SOCIEDADE

Em grande estilo Tatiana Abras reuniu a família e os amigos mais próximos para celebrar seu aniversário. A comemoração, no condomínio Riviera, foi animada pelo DJ Carlo Dee e por Alexandre Mascarenhas, irmão da aniversariante, que fez um pocket show com algumas das músicas preferidas de Tatiana. Fotos: Renata Caldeira. Tatiana Abras e Renato Abras

Sônia Guimarães e João Claudio Guimarães

Francisco Tomás e Jorge Abras

Patricia Mattos, Marcela Bartolomeo, Laura Mattos e Isabel Santos

Danielle Fagundes, Lenice Duca e Ana Paula Manata

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Rafaela Resende e Felipe Macieira

Henrique Filogônio, Carolina Abras, Juliana Nunes, Simone Abras e Thiago Abras

Rogerio Battella, Maira Costa, Rachel Lasmar e Christiano Riegert

Cristiana Guimarães e Claudio Guimarães

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Silvia Loureiro e Mauro Campos

Leonardo Padovani e Gabriela Reis

Guto Caram, RogĂŠrio Soares, Etevaldo Monteiro e Mauro Henrique

Roger Rohlfs e Ana Paula Rohlfs

Caroline Abras e Fernando Abras

Marcia Abras, Margarida Maia, Tatiana Abras e Rosângela Maia

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SOCIEDADE

Relógios de luxo A Roscoe Joalheria recebeu clientes e amigos durante coquetel que marcou o lançamento dos relógios de luxo DWISS assinados pelo designer italiano Rafael Simões Miranda. Rafael esteve presente ao evento na residência de Jaime Morais. Ao lado deles, os convidados foram recebidos por Henrique Silva Freire e Cristiano Roscoe, representantes da marca em Belo Horizonte. Fotos: Renata Caldeira.

Rafael Simões de Miranda, Henrique Freire e Cristiano Roscoe

Jaime Moraes, Cristiano Roscoe e Júlio Ferreira

Elerson Murta, Rogério Braga e Luiz Felipe Siqueira

Marcelo Triginelli, Rodrigo Triginelli, Cristiano Roscoe, Rafael Simões, Rogério Braga e Henrique Freire

Jaime Moraes, Elerson Murta, Bernardo Russo e Rogério Braga

Júnior Brasil e Ana Elisa Cunha

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João Cláudio Vasconcellos e Humberto Filho

Eduardo Campos e Marina Campos

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Ibraim Peixoto e Rodrigo Jardim

Geraldo Magela Silva Freire e Elaine Silva Freire

Daniel Deslandes, Cristiano Roscoe e Bernardo Miranda

Vanessa Schutz

Henrique Freire, Luis Freire e Geraldo Magela Freire

Rafael Mendes e Natália Mendes

Juselder da Mata e Rogério Braga

João Elias e Alexandra Costa Pires

Gustavo Lovalho e Bernardo Russo

Vanessa Schutz e Luisa Dequech

Lohane Dumont e Humberto Filho

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EVENTOS CULTURAIS PARA TODOS.

agenda EVENTOS CULTURAIS PARA TODOS.

agenda PROGRAMAÇÃO

BELO HORIZONTE | JUNHO

EVENTOS CULTURAIS PARA TODOS.

Dia 1, Segunda às 20h Exposição

Dia 2, Terça às 19h30 Pocket show e Autógrafos

OS BRUTOS TAMBÉM AMAM

CÉSAR MENOTTI E FABIANO

Dia 18, Quinta às 19h30 Bate-papo e Lançamento de livro

Dia 16, Terça às 19h30 Bate-papo

RECURSOS MANUAIS E INSTRUMENTAIS EM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

Dia 23, Terça às 20h Pocket show e Autógrafos

Dia 19, Sexta às 19h30 Lançamento de livro

ENTRE CANÇÕES

BAD WÖMEN

Dia 30, Terça às 19h30 Lançamento de livro

Dia 24, Quarta às 19h30 Pocket show e Autógrafos

MAYARA FERNANDES

O CORONEL E O HIPPIE

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E ATIVIDADES INFANTIS PARA TODA A CRIANÇADA!

Sábado às 16h no Espaço Kids

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Luciana Poni, Giuliane Nogueira, Flávia Santos e Marcela Nunes

Guilherme Amaral e Arthur Dicker

ENCONTRO VIA BRASIL DE TÊNIS Troféu Gil Nogueira

Bernardo Pace

Felipe Jardim

Comandatuba (BA) Brasil

COBERTURA ESPECIAL

Victor Pardini

Lara Mizuta

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Evento reuniu cerca de 250 pessoas: muita animação e alegria em ajudar

Guilherme Amaral

Leopoldo Paiva, Marcelo Quintão, Cristiano Santos e Joel Motta

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TORNEIO VIABRASIL | FAMÍLIA E LAZER

Emoção e solidariedade Animação marcou a nona edição do Encontro ViaBrasil – Troféu Gil Nogueira, em Comandatuba (BA). O tradicional evento reúne praticantes de tênis e familiares em prol de projeto social

RAFAEL CAMPOS Não faltaram empenho e animação para os participantes da nona edição do torneio Encontro ViaBrasil de Tênis – Troféu Gil Nogueira, em Comandatuba (BA), entre os dias 28 de abril e 3 de maio. O cenário, mais uma vez, inspirou os competidores, já que as partidas foram disputadas nas quadras do luxuoso hotel Transamérica, no paradisíaco litoral baiano. A exemplo dos outros anos, os participantes estavam imbuídos do espírito da solidariedade. Toda a arrecadação foi revertida para o projeto de incentivo à leitura Ler é Viver, do Instituto Gil Nogueira, que beneficia cerca de 7 mil crianças de 30 escolas estaduais e municipais de Belo Horizonte, Ouro Preto, Moeda, Itabirito, Conselheiro Lafaiete e Congonhas. Partidas equilibradas, diversão para crianças, adultos e prêmios para ninguém botar defeito. Que venha a 10ª edição!

A COMPETIÇÃO Fotos: Beto Eterovick

Luciana Procópio, Tânia Paszternack, Roberta Bedran, Gina Furlet, Soraya Lages, Eliana Menezes, Lina Soares, Gládina Procópio e Larissa Guimarães

Silvana Loureiro, Carmita Diniz, Paulete Soares e Lara Mizuta

Gládina Procópio e Lina Soares

Marcos Ceni e Roberta Bedran

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Rafael Morrison e Milton Loureiro

Luca Benozo e Guilherme Jardim

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TORNEIO VIABRASIL | FAMÍLIA E LAZER

Equipe Verde Lara Mizuta e Ana Gazzola

Equipe Preta Guilherme Vargas, Gabriel Jardim, Paulo Morais e Vinicio Kalid

A COMPETIÇÃO

Haja emoção! O equilíbrio marcou o torneio. As equipes, com 16 jogadores cada uma, foram identificadas pelas cores preta, verde, vermelha, azul e roxa. A chuva também deu as caras por lá, mas quem disse que isso desanimou os competidores? Ao final do torneio, a Equipe Verde foi a grande campeã, ao derrotar o time que defendia a cor roxa. Uma pergunta fica: quem serão os grandes campeões da 10ª edição do torneio?

Equipe Roxa

Equipe Azul

Franco Meloni, Paulo Gonçalves, Helder Zech e Luiz Felipe Procópio

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Equipe Vermelha

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TORNEIO VIABRASIL | FAMÍLIA E LAZER

Eunice Jardim, Guilherme Jardim, Lara Mizuta e Marco Antonio Lacerda

Luca Benozzo e Ana Vilma Pinto

Renata Mendes e Mauro Mendes

FESTAS

Diversão na noite O entardecer era o sinal de muita diversão. Tudo começou com um bingo, e os sortudos levaram para casa prêmios como joias, plano anual da academia Companhia Athletica e passagens para destinos nacionais. Na noite seguinte, a banda SP3 botou todo mundo para dançar ao ritmo de grandes sucessos. Ninguém arredou o pé por 2h30. No luau, os participantes, usando colares havaianos, deixaram-se levar pela voz da cantora Gabriela Maia, em apresentação acústica. E, para encerrar o evento, a noite foi marcada por mais uma entrega de prêmios comandada pelo ator Daniel Rocha. Entre os mais cobiçados, Rolex, viagem para Miami e vale-compras no valor de R$ 2 mil do supermercado ViaBrasil. Lara Mizuta, Marco Antônio Lacerda, Carmila Diniz, Guilherme Savassi e Eunice Jardim receberam agradecimento especial por participarem de todas as edições do torneio.

João Paulo Zech, Pietro Meloni, Rafael Salomão, Luiza Soares, Tomaz Loureiro e Fabio Soares

Flávia Amaral e Fernando Amaral

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Ana Gazzola

Camila Andrade, Paulo Morais, Anna Paula e Victor Pardini

Silvia Loureiro, Milton Loureiro e Silvana Loureiro

Antonio Fatorelli, Maria da Glória Tasca, Franco Ciravegna, Geraldo Nunes e Marcela Nunes

Gabriela Diniz, Daniela Diniz e Carmita Diniz

Bernardo Nogueira e Lais Rosa

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TORNEIO VIABRASIL | FAMÍLIA E LAZER

Equipe campeã

Luigi Vavassori e Gina Furletti

Gabriela Salemi e Felipe Jardim

Larissa Guimarães, Luis Felipe, Gládina Procópio, Murilo Procópio, Luciana Procópio e Cristiano Santos

FESTAS

Zenaid Monte Mor, Daniel Rocha, Carlos Alberto Monte Mor

Maria Helena e Levi Nogueira

Patricia Nogueira, Giuliane Nogueira, Fernanda Nogueira e Alessia Nogueira

Haiddé Gonçalves, Luiza Soares, Manoel Gonçalves, Lina Soares, Edward Soares e Henrique Horta

Isabela Nunes, Vinicius Nunes, Ione Quintão e Marcelo Quintão

Leandro Carvalho, Epifânio Parreiras, Renata Santana, Bruno Nogueira, Tatiana Carvalho e Fredericko Messias

Leonardo Dicker, Maria Augusta Dicker e Lilian Bicalho

Paulo, Erica e Pedro Gonçalves, Leticia, Leonardo e Rodrigo Martini, Juliana Gonçalves, Rafaela Martini e Claudio Martini

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Luiz Alberto, Maria Bernadete, Joel Motta, Emília Motta, Zenaid Monte Mor e Carlos Alberto Monte Mor

Potiguara Pires, Avelino Costa, Maria Adelaide Costa e Luiza Pires

Rajão, Vanessa Geo, Helvécio Carlos e Maria Tereza Geo

Tânia Paszternack e José Eduardo Paixão

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TORNEIO VIABRASIL | FAMÍLIA E LAZER

Ana Luisa Neves, Joyce Araújo, Arthur Mundim, Rodrigo Domingos, Rommel Domingos e Barbara Mundim

Najla e André Lamounier, Martim Bernardara, Andrea Novaes, Hélida e Cristiano Machado, Arthur Lamounier, João Pedro Novaes, Maria Luiza e Henrique Machado

Eduardo Szuster, Vitor Szuster, Lucio Gama e Lucas Gama Felipe Zech, Vitor Sarsur, Pedro Nogueira, João Marcelo Kalid, João Pedro Novaes, Arthur Lamounier e Tiago Morrison

Lucas Morrison, Rafael Morrison e Carolina Morrison

DIA A DIA

A criançada aprovou Enquanto os pais disputavam o troféu da competição, a meninada não teve descanso. O animador Rajão movimentou os pequenos desde cedo. Teve até uma curiosa brincadeira de acertar a quantidade de sementes de uma melancia. E não é que Rajão foi conferir o número? Durante os quatro dias não faltaram opções de entretenimento para as crianças. Luis Claudio Chaves, Alessia Nogueira e Mariana Chaves

Clara Dicker e Giulia Neiva

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Maria Clara Paiva e Leopoldo Paiva

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TORNEIO VIABRASIL | FAMÍLIA E LAZER

H E

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B s E m é m

Tiago Morrison, Davi Szuster, Lucas Morrison e Bernardo Poni

DIA A DIA

“A in im E q p im p o p is e p t m p e s c d d in e s s S

João Pedro Novaes e Arthur Lamounier

Laila Nogueira , Ana Nogueira e Bruno Nogueira

Isadora Nogueira e Isabella Nogueira

João Gabriel Mussy

Giuliane Nogueira, Giulia Neiva e Otávio Neiva

A P p m n

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HERMES PARDINI: FOCO NA SAÚDE E NO BEM-ESTAR DO CLIENTE

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Empresa mineira, um dos maiores grupos de saúde do Brasil, amplia seu portfólio de serviços para tornar-se um centro de conveniência em saúde e bem-estar

“Atualmente, as pessoas estão sobrecarregadas, inseridas em uma rotina estressante que impacta a qualidade de vida e a saúde. E, felizmente, elas têm percebido o quanto estar bem é essencial ência eni para uma vida plena, e a v n Co importância de dedicar parte do seu tempo para o autocuidado, ou seja, para a prevenção. Por isso, a área da saúde está caminhando para uma nova tendência mundial: a medicina diagnóstica, preventiva e do bemestar. Os centros de saúde estão claramente colocados como agentes de medicina preventiva, deixando de ser apenas instrumentos para o diagnóstico e tratamento de doenças para se tornarem centros de prevenção da saúde e busca pelo bem-estar”, explica o diretor-presidente do Grupo Hermes Pardini, Dr. Roberto Santoro.

No portfólio de prevenção e bem-estar, o Hermes Pardini disponibiliza os serviços de vacinação, check-up, avaliação nutricional, criopreservação e genética clínica, Comp além da saúde do viajante e do let ud espaço dedicado à saúde da e mulher. “Temos investido fortemente no aumento e na especialização da nossa capacidade técnica, produtiva e científica, com o propósito de ampliar a atuação e ser uma empresa completa em medicina, saúde e bem-estar. Esta é a premissa do Hermes Pardini: cuidar da saúde e do bem-estar dos nossos clientes”, completa Santoro.

tico nós g a Di

C o n fian ça

Atento a esse cenário, desde 2011 o Hermes Pardini investe no conceito de prevenção e promoção da saúde em Belo Horizonte e região metropolitana. Entre os anos 2013 e 2014, o número de unidades aumentou 30%, totalizando

A t e n neces ção à si s d a de s

Saúde e bem-estar do cliente

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Preve nçã o

65 pontos de atendimento; para este ano, estão previstos novos 18. Atualmente, o Hermes Pardini disponibiliza um menu com mais de 2,5 mil exames, além dos serviços de diagnóstico por imagem, com núcleos especializados em oncologia, gastroenterologia e ortopedia.

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Belo Horizonte, maio de 2015 - O cuidado com a saúde é parte essencial de uma vida ativa e feliz. E, hoje em dia, as pessoas preocupam-se ainda mais com o bem-estar clínico, físico e mental. Essa é uma tendência mundial, que tem provocado mudanças de comportamento e de mercado.

“A pessoa, quando procura por um centro de saúde, quer um atendimento preciso, de qualidade e prestativo, em um ambiente tranquilo e que ofereça o mínimo de conforto. Além disso, ela espera um serviço seguro, que possibilite resultados confiáveis. Por isso, investimos muito em práticas de acolhimento nas nossas unidades e na capacidade técnica e científica da nossa equipe médica. Buscamos no mercado os melhores profissionais e oferecemos condições para que eles se atualizem sempre”, finaliza.

Responsável Técnico: Dr. Ariovaldo Mendonça - CRMMG 33477 - RQE 21876 - Inscrição CRM 356 - MG

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