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junho 2012 ano IX nº 96

GESTÃO Os CEOs da Malwee, Wallmart e Buscapé falam sobre novos mercados, governança e empreendedorismo

QUERO-TE VERDE!

Em homenagem ao Dia mundial do meio ambiente, um especial sobre produtos ecologicamente amigáveis, construções sustentáveis e um passeio pelo Rio+20. R$12,00

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NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- LOGÍSTICA - MERCADO ECONÔMICO






editorial portalmercadobrasil.com.br

IDEIAS SUSTENTÁVEIS

A

edição de junho da Revista Mercado Brasil é verde! Em comemoração ao Dia Mundial do Meio ambiente buscamos reportagens especiais sobre o tema. Produtos ecologicamente amigáveis, arquitetura sustentável e os desafios do Rio+20 estão entre os assuntos abordados pela nossa redação. Para isso procuramos empresas que investem em produtos ecologicamente corretos, como esses materiais são produzidos e os custos de manter uma produção sustentável. Vamos investigar o que está sendo feito no ramo da construção civil para diminuir o impacto ambiental e social das grandes obras. E fomos até a cidade maravilhosa entender

o evento RIO+20. Também vamos falar sobre alguns temas da Expogestão, que neste ano chega a sua 10ª edição. Entrevistas com palestrantes da feira abordam novos mercados, comportamentos e maneiras de fazer negócios. Para finalizar uma entrevista especial com o eleito Personalidade de Vendas ADVB/SC 2012, o CEO Jaimes Almeida Junior, que fala conosco sobre o crescimento do setor de shopping centers no Brasil e conta um pouco da sua trajetória de sucesso. Aprecie o intenso mundo dos negócios e boa leitura! Manoela Hoffmann

Impresso em papel certificado Suzano. Uma garantia de que este é um produto de base florestal que resultou de um processo de produção economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto.

expediente

fale conosco redação: Mande cartas para a editora, sugestões de temas, opiniões ou dúvidas: editor@revistamercadobrasil.com.br, jornalismo@revistamercadobrasil.com.br - Fone: (47) 3275-2277 publicidade: Quer anunciar na Mercado Brasil? Não perca tempo: comercial@revistamercadobrasil.com.br administração: Para falar com nossa administração: adm@revistamercadobrasil.com.br parceiros: CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil - FFM – Fundação Fritz Müller - FUNDABRINQ – Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente - FACISC - Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista.



índice www.portalmercadobrasil.com.br

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entrevista com três CEOs que têm presença garantida na Expogestão

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mercado

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especial meio ambiente corporações com iniciativas ecologicamente sustentáveis tornam viável a preservação ambiental

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especial meio ambiente construções sustentáveis

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especial meio ambiente Rio+20

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gestão

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micro e pequenas

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mercado & construção

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lex

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artigo

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consumo

Grupo Almeida Junior é responsável pelo crescimento do setor de shopping centers em Santa Catarina

estante

negócios

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artigo

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m&m

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agenda


mbonline

www.portalmercadobrasil.com.br Acesse www.revistamercadobrasil.com.br e veja a edição na íntegra

DESTAQUE

Facebook Além de ser uma ampla rede de relacionamentos, o Facebook também traz conteúdo inteligente para os usuários. Novidades sobre economia, gestão, sustentabilidade, negócios e tecnologia estão na página da Mercado Brasil. Curtir o perfil é garantia de conhecimento e informações de primeira mão sobre o novo portal.

Francisca Romana Giacometti Paris, pedagoga e mestra em educação e diretora pedagógica do Ético Sistema de Ensino, mostra em um artigo para o Portal, que é necessário a valorização dos professores para uma educação com excelência. Afirma que o conhecimento que o estudante pode adquirir depende muito do educador. Conta que a volta da valorização e respeito com esse profissional, leva o estudante a ter vontade de aprender. Esse reconhecimento da importância do professor pode despertar nos próprios alunos a vontade de querer exercer essa profissão. Confira todo artigo no Portal Mercado Brasil, na editoria “Artigos”.

Twitter Os seguidores do Twitter da Mercado Brasil, além de receberem informações sobre as revistas, vão ser os primeiros a saber quais foram as mais recentes postagens no portal e notícias do mercado. E o melhor, ainda poderão repassar todas as informações aos seus seguidores através do Retweet. Siga @mercado_brasil.

Negócios

Ranking

A Cooperja de Jacinto Machado, a Cooperjuriti de Massaranduba, a Cravil de Rio do Sul, a Copagro de Tubarão e a Coopersulca de Turvo juntaram-se para criar a Cooperativa Central Brasileira de Arroz, ou Brazil Rice como ficará conhecida internacionalmente. Nesta funcionará uma central com a união das informações de todas as cooperativas. Mais informações sobre essa notícia,você encontra no nosso portal na categoria de Negócios.

No último mês o portal publicou o ranking de cidades mais procuradas para congresso e convenções internacionais da ICCA – International Congress & Convention Association (Associação Internacional de Congressos e Convenções). A capital catarinense, Florianópolis, ocupa a quarta posição desse ranking, perde apenas para Rio de Janeiro (69 eventos), São Paulo (60), Salvador (17) e divide a o lugar com Brasília (13 eventos).

ASSINATURA Para aqueles que não dispensam uma boa revista impressa, ainda podem solicitar a assinatura da Mercado Brasil pelo novo portal. Na página inicial, é só clicar na seção “Assine” e preencher o formulário. O pagamento pode ser feito no cartão de crédito. E pronto! É só esperar a sua edição chegar pelos Correios.

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International Financial Reporting Standards Uma pesquisa promovida pela WK Sistemas mostra que das 398 pessoas que participaram, 75,1% acreditam que a implantação do IFRS - International Financial Reporting Standards, trará benefícios para a contabilidade das empresas brasileiras. O IFRS é um conjunto de normas que padronizará os procedi-

mentos contábeis em nível internacional. No entanto, 65,1% acreditam que as empresas necessitam de um tempo maior para adaptação, e 46% defendem que o governo deveria promover antes uma reforma tributária. No Brasil as áreas mais afetadas serão a contábil e a de software de gestão.

Expo Money A Expo Money é uma oportunidade de aperfeiçoamento nos conhecimentos de educação financeira e investimento. O evento já esteve presente em 13 cidades brasileiras, e nos dias 27 e 28 de junho marcará presença na cidade de Florianópolis (SC). A 6a edição da feira conta com palestras sobre finanças pessoais, investimentos e empreendedorismo com especialistas da área. Exposição de empresas de capital aberto, corretoras, bolsa de valores e futuro, instituições bancárias, agências de notícias e empresas especializadas em produtos como renda fixa, tesouro direto, previdência e seguro.

Fundação Dom Cabral ÇÃO DOM CABRAL, DE MINAS GERAIS, ESTÁ EM 8° LUGAR ENTRE AS MELHORES ESCOLAS DE NEGÓCIOS DO MUNDO. A MINEIRA, QUE JÁ É A MELHOR NA AMÉRICA LATINA, É ASSOCIADA À FUNDAÇÃO FRITZ MÜLLER, DE BLUMENAU, DANDO DESTAQUE ASSIM A EDUCAÇÃO EMPRESARIAL CATARINENSE. AS DUAS FUNDAÇÕES ESTÃO PROMOVENDO NOVOS ESTUDOS EM PARCERIA NA ÁREA DE GESTÃO

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divulgação

SEGUNDO O JORNAL INGLÊS FINANCIAL TIMES, A FUNDA-



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Mobilidade

Dudalina Double camisas da América do Sul, e pretende alcançar este ano 75 pontos de venda em todo País, além de expandir para Estados Unidos e Europa. É a segunda loja da marca instalada na maior cidade do estado, a primeira a ser inaugurada fica no Shopping Mueller.

divulgação

No dia último 22 de maio, foi realizada a inauguração da loja Dudalina Double, no Joinville Garten Shopping. A marca existe há 54 anos, e consagrou-se como sinônimo e camisaria perfeita. A empresa, que praticamente dobrou seu faturamento em 2011, é a principal de

Ecogerma O Club Transatlântico, em São Paulo, receberá a quarta edição do Congresso Ecogerma. Evento ocorre nos dias 27 e 28 de junho, e traz como tema principal a economia verde. O congresso terá como patrocinadores as seguintes empresas: Volkswagen, TüvRheinland, BASF,

Henkel, ZF, Evonik e Siemens e conta com seus parceiros Konrad Adenauer Stifitung e GIZ.

A vencedora do prêmio Oi Tela Viva Móvel 2012 na categoria Comunidade/Rede Social foi a Mowa. O projeto “Vivo Meu App”, que a partir da plataforma Universo cria aplicativos gratuitos para celulares e smartphones, garantiu essa premiação. A empresa está há dez anos no mercado, e trabalha com a habilitação de marcas para a entrada no universo mobile (mobilidade), ela foca o desenvolvimento de plataformas inovadoras; a plataforma Universo é um exemplo de tecnologia criada pela Mowa, que diferencia as suas operações das outras marcas.

Potência tecnológica EM BUSCA DE AGILIDADE TECNOLÓGICA, A INTELBRAS LANÇOU UM NOVO PRODUTO NO MERCADO, UM ROTEADOR DE ALTA POTÊNCIA, COM 500MW. O PRODUTO VEM COM UMA PROPOSTA INOVADORA, A INTERFACE PARA O GERENCIAMENTO E CONFIGURAÇÃO ESTÁ EM PORTUGUÊS. VEL COM 5DBI DE GANHO E FONTE DE ALIMENTAÇÃO BIVOLT AUTOMÁTICA. NA EMBALAGEM DO PRODUTO, A EMPRESA USOU UMA CAIXA COM UMA FERRAMENTA INTERATIVA - O QRCODE.

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ALÉM DE POSSUIR DUAS PORTAS POE, O ROTEADOR TAMBÉM CONTA COM ANTENA REMOVÍ-



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Audi em Blumenau cidência de luz natural e melhor ventilação no interior da loja, gerando uma economia de 25% a 30% com gastos de energia elétrica.Além da nova loja, a Audi trouxe para Blumenau a reunião mensal dos concessionários da marca realizada pela primeira vez fora da capital paulistana. O presidente da Audi no Brasil, Paulo Kakinoff, esteve presente e foi um dos principais destaques do evento.

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Com uma festa germânica prestigiando a cultura da cidade, no dia 24 de maio, foi inaugurada em Blumenau mais uma concessionária da Audi. A nova sede da marca no estado conta com o novo padrão arquitetônico da companhia: o conceito “Lighthouse”, que consiste em uma construção com materiais sustentáveis. A revenda terá uma fachada composta por vidro e placas de alumínio que permite maior in-

e-Commerce

Convenção Estadual Nos dias 24, 25 e 26 de maio, Jaraguá do Sul recebeu a 44ª Convenção Estadual do Comércio Logística. O evento contou com a presença de profissionais que se destacam no segmento, como Fernando Lucena (consultor e presidente do Grupo Friedman), Roque Pellizzaro Junior (economista, advogado e presidente da Confederação Na-

cional dos Dirigentes Lojistas), Giuliano Donini (presidente da Marisol) e Sergio Alexandre Medeiros (empresário e presidente da FCDL/SC), além de 1.300 lojistas. O sucesso da convenção foi garantido com os seguintes assuntos abordados: O impacto da macroeconomia no varejo, os avanços tecnológicos e as transformações do mercado.

Informática Corporation A FORNECEDORA DE SOFTWARE DE INTEGRAÇÃO DE DADOS - INFORMATICA CORPORATION - ANUNCIA SUA MAIS NOVA TECNOLOGIA, A PLATAFORMA INFORMATICA 9.5. ESSA FERRAMENTA AUXILIA NO DESEMPENHO E NA MAXIMIZAÇÃO DO BIG DATA, UM INSTRUMENTO QUE REÚNE TRÊS TENDÊNCIAS DO MERCADO DE SOFTWARES: OS GRANDES VOLUMES DE DADOS DE TRANSAÇÕES E INTERAÇÕES E O PROCESSAMENTO DE MUITOS DADOS. O PRODUTO ESTARÁ DISPONÍVEL NO QUARTO TRIMESTRE DE 2012.

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A Amazon (player de comércio mundial eletrônico) promove no Brasil um roadshow por todas as capitais do País voltado para gestores e profissionais de TI. Em maio o evento passou por Porto Alegre (RS), e teve como destaque a apresentação de um case da catarinense Chaordic Systems, de Florianópolis. O case apresenta uma ferramenta de recomendação de e-commerce: com o auxilio da tecnologia ChaordicOn Sie são produzidas listas de sugestões de produtos recomendados com base em padrões identificados a partir de análise de comportamento do usuário. Essas sugestões chegam a alcançar o número de 34 milhões por dia.


Novidade tecnológica dutos nas prateleiras. Essa tecnologia foi desenvolvida para evitar as “rupturas” nos pontos de vendas, ou seja, até o momento do promotor passar sua verificação para o digital, as prateleiras ficavam vazias e com essa nova tecnologia o lugar onde é necessária a reposição se torna facilmente identificável.

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A tecnologia catarinense da Agile Promoter marcou presença em um dos eventos de maior importância para o segmento de supermercados no Brasil, a Apas 2012 - 28º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados, entre os dias 7 e 10 de maio. A empresa, criou um software para monitorar a reposição dos pro-

Obinóculo A Acit – Associação Empresarial de Tubarão (SC), optou por uma ferramenta de tecnologia jaraguaense para divulgação de suas atividades. O portal Obinóculo, criado pela Top Negócios na Web, é um sistema de gestão, voltado para a criação de um perfil onde

a empresa pode divulgar suas ações, serviços e notícias; o portal também oferece um banco de currículos para seleção de profissionais. O objetivo desse instrumento é promover o relacionamento de empresas e seus prestadores de serviço.

Lançamento No próximo 12 de junho, em comemoração à data romântica – Dia dos namorados, a Lepper apresenta a linha exclusiva de fronhas e roupões In Love, com opções exclusivas para os casais apaixonados. Em 2012, a Lepper completa 105 anos

dedicados à fabricação de artigos têxteis. A empresa é uma dos principais players desse setor, conta com uma equipe de 1000 funcionários e produz mensalmente cerca de 450 toneladas de produtos, elaborados com alta tecnologia.


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Mercado de luxo pais polos comerciais do Estado. “A aviação comercial e executiva está em plena ascensão, bem como o mercado de luxo de aeronaves. A venda compartilhada é praticada nas principais cidades do mundo, apostamos em Santa Catarina pois acreditamos que o mercado daqui tem essa necessidade. Com a procura maior que a demanda, faltam empresas capacitadas para gerenciar todo o processo de aquisição e o gerenciamento desses produtos”, comenta Natanael Santos de Souza, presidente do grupo.

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Santa Catarina passa a integrar o seleto grupo de estados brasileiros a possuírem o serviço de venda compartilhada de helicópteros, no qual uma pessoa compra em conjunto com outras o bem e divide os seus custos de manutenção. Para atender o mercado catarinense, a First. Group adquiriu cinco aeronaves modelo Agusta SW-4 para o serviço de compartilhamento. Dessas, duas estarão alocadas em Florianópolis, uma em Balneário Camboriú e Itajaí, uma em Criciúma e uma em Joinville, atendendo aos princi-

Meta Superada MAIOR CASA DE AROMAS DO BRASIL, A DUAS RODAS INDUSTRIAL COMEMORA O SUCESSO DE

Valorização Global A vinícola catarinense Sanjo comemora a medalha de bronze alcançada pelo seu vinho Maestrale Integrus 2010 no International Wine Challenge realizado recentemente em Londres.Um dos maiores e mais tradicionais concursos de vinhos do mundo, o evento em terras britânicas reuniu mais de 15 mil rótulos de vinícolas de mais de 50 países ao redor do planeta, outorgando apenas 363 medalhas entre diversas categorias de vinhos e espumantes.A Sanjo Cooperativa Agrícola de São Joaquim (SC) é uma das maiores produtoras de maçãs do Brasil. A partir de 2002, a empresa passou a investir também na produção de vinhos finos de altitude, utilizando-se dos mesmos processos de qualidade e tecnologia que integram os valores essenciais de sua fruticultura.

VENDAS DE SEUS PRODUTOS NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2012, QUE REPRESENTOU UM CRESCIMENTO DE 27% EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO EM 2011.OS SEGMENTOS DE SORVETES E AROMAS FORAM OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELO SIGNIFICATIVO AUMENTO NAS VENDAS DA EMPRESA CATARINENSE, CONSOLIDANDO UM FATURAMENTO SUPERIOR EM R$ 6 MILHÕES À META TOTAL PREVISTA PARA ESTE PERÍODO.NO CENÁRIO INTERNACIONAL, A ALTA DO DÓLAR DESEMPENHO NAS VENDAS PARA O EXTERIOR, QUE HOJE REPRESENTAM EM TORNO DE 12% DO FATURAMENTO TOTAL DA EMPRESA.

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PARA UM PATAMAR PRÓXIMO AOS R$ 2 PERMITE À DUAS RODAS VISLUMBRAR TAMBÉM UM BOM


Tupy amplia

Logística

Foi inaugurada uma nova unidade produtiva, com investimentos da ordem de R$ 157 milhões, no parque industrial da Tupy, em Joinville (SC). A Fundição C, como está sendo chamada, servirá primordialmente à manufatura de blocos e cabeçotes para motores de veículos comerciais, e acrescentará 600 empregos diretos aos cerca de nove mil postos de trabalho atualmente oferecidos pela Tupy em sua sede. Na primeira fase, a Fundição C produzirá 70 mil toneladas/ano, com potencial para dobrar este número. A inauguração da nova fábrica em Joinville se soma às recentes aquisições da Tupy no México para atender a demanda da indústria automobilística mundial.

A PraticalOne, empresa incubada no Midi Tecnológico de Florianópolis, completa um ano de atividades na área de tecnologia da informação para o setor de logística de cargas rodoviárias e marítimas. Como presente, acaba de ser contemplada com o Sinapse da Inovação e receberá R$ 50 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) para aprimorar suas soluções para armadores, transportadores rodoviários e embarcadores a fim de suprir a demanda por maior automação e visibilidade dos processos para a logística de cargas.


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Em busca de liderança

foto: ike botega

Líder nacional na produção de marcas próprias e em produtos de higiene pessoal, a Flexicotton está em busca da liderança também na América Latina. E os números apontam que em breve isso irá acontecer. Em 2011 fechou com faturamento de R$ 20 milhões, 30% a mais que em 2010. A expectativa para este ano é fechar com um crescimento de 50%, ou seja, R$ 30 milhões a mais em faturamento. Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart são algumas das marcas que já apostaram na empresa.

Faturando

Os sócios Jacinto Silveira e o francês Etienne Gruhier.

Crescimento recorde Com 20 anos de atuação, o Grupo Seguridade comemora os resultados alcançados em sua trajetória. Nos últimos cinco anos, a empresa aumentou seu faturamento em 92% e tem planos otimistas para o futuro. Prestando serviços nas áreas de segurança privada, limpeza e conservação, terceirização e recursos humanos, o Grupo tem a vigilância patrimonial como carro-chefe dos negócios, mas assiste de perto o fortalecimento das áreas de asseio, conservação, terceirizações industriais e coleta de frangos. Atualmente, a Seguridade conta com cerca de 2 mil

colaboradores e mais de 300 clientes em diferentes segmentos, entre eles Banco Bradesco, Kimberly Clark, Klabin, Malwee, Marisol, Tigre, Univille e Unisul. Além da forte atuação em Santa Catarina – onde mantém a matriz, em Joinville, e outras seis unidades (Florianópolis, Blumenau, Guaramirim, Lages, São Bento do Sul e Tubarão) –, o Grupo Seguridade tem filiais em Porto Alegre (RS), Dois Vizinhos (PR) e Mogi das Cruzes (SP). Neste ano, os planos de expansão estão focados na região Sudeste, mais intensamente no estado de São Paulo.

A Chipus Micro electronics, design house, que atua com IPs analógicos (do inglês, Intelectual Property – Propriedade Intelectual), registrou crescimento de 600% em seu faturamento no ano de 2011 em comparação a 2010. A empresa tem o foco no gerenciamento de energia e soluções analógicas para indústrias eletroeletrônicas que utilizam semicondutores e integradores de chip. Entre os produtos e serviços, a Chipus desenvolve projetos de circuitos integrados (CIs ou chips), licenciando IPs e serviços na área de projeto de circuitos integrados analógicos. Saiba mais: chipus.com.br

Software O HB.PREVER, SOFTWARE DESENVOLVIDO PELA HBSIS, ACABA DE SER ADQUIRIDO PELA ASSIMEDE – ASSISTÊNCIA MÉDICA ESPECIALIZADA, DE JUIZ DE FORA (MG). O SOFTWARE AUXILIA NO DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES ASSERTIVAS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE, MONITORAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE INFORMAÇÕES DOS PERFIS DE PARTICIPANTES DOS PROA ASSIMEDE CONTA COM UMA CARTEIRA DE MAIS DE 30 MIL VIDAS E OFERECE DIVERSOS TIPOS DE PLANOS DE SAÚDE, DE ACORDO COM A NECESSIDADE DE CADA CLIENTE. ESTA É A PRIMEIRA OPERADORA DE MINAS GERAIS QUE PASSA A UTILIZAR O HB.PREVER.

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GRAMAS DE PREVENÇÃO REALIZADOS PELAS OPERADORAS. NO MERCADO HÁ 10 ANOS,



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ASSINAT

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URA VERDE COM FOCO NA SUSTENTABILIDADE, EMPRESAS APOSTAM NA VALORIZAÇÃO DOS PRODUTOS ECOLOGICAMENTE AMIGÁVEIS kamila schneider

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mercado chegou a um estágio em que pensar em sustentabilidade já não é mais escolha, é diferencial competitivo. Com exceção de uma pequena parcela de negócios que talvez ainda não tenha se dado conta da força que este conceito atingiu, o que tem ocupado as mentes dos gestores é uma maneira de por em prática os três pilares que formam a sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Em meio a esta mudança radical de perspectiva na maneira de gerar e consumir bens e serviços, algumas empresas resolveram enraizar seus processos na sustentabilidade e incorporar a ideia desde o berço. Elas nascem, crescem e sobrevivem focando a harmonia com o meio ambiente e reforçam a tendência de que este mercado está aumentando a passos largos. De acordo com o engenheiro, com MBA em gestão ambiental, e diretor da Biovita Consultoria Ambiental, Benyamin Parham Fard, a facilidade com que as pessoas têm acesso a informações sobre o que consomem e de onde vêm estes produtos transformou o mercado e a relação dos consumidores com as empresas. “Hoje não basta produzir com qualida-

de, é preciso ainda ter um bom preço, boas práticas de fabricação, boas práticas sociais e ambientais e contribuir com o País, seja pagando impostos ou indo contra a corrupção”. Ele explica que as novas gerações já demonstram ter o conceito de sustentabilidade incorporado em suas culturas. Essa mudança está refletida, principalmente, na maneira de consumir e o desejo de inteirar-se dos processos que envolvem o que eles consomem. “Os produtos com visão sustentável tendem a ser extremamente lucrativos porque existe um grande nicho de mercado nas gerações Y, que já incorporou essa ideia, e Z, que já tem isso ‘na pele’. E na hora de comprar o consumidor já está levando isso em conta”, afirma.

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A TENDÊNCIA É QUE O CONSUMIDOR MUDE SEUS PADRÕES DE CONSUMO E A DIMENSÃO AMBIENTAL SEJA UM FATOR DECISIVO NA HORA DA COMPRA.” Rafaela Picolotto, gerente de projetos da LCG Consultoria em Gestão e Sustentabilidade.

ECOLÓGICO E RENTÁVEL Pesquisa do Sebrae aponta que a maioria das MPE adota práticas sustentáveis no dia a dia do negócio, como coleta seletiva do lixo (70,2%) e controle no consumo de energia (81,7%).

Em suma, o produto ecologicamente viável seria aquele que causasse o menor impacto possível no meio ambiente, detalha Benyamin. O conceito de sustentabilidade, porém, é mais amplo, e refere-se, além do preceito ecológico, às questões sociais e econômicas. De qualquer forma, é preciso ter em mente de que, na prática, não existem produtos que não afetem a natureza em nenhum aspecto, ressalta o especialista. “O produto ecologicamente correto é o que nasce na natureza e volta para ela sem causar impacto. Porém, praticamente todas as atividades humanas geram alguma impacto”, diz.

Apesar de conhecerem a importância da inovação para sustentabilidade, 70% dos 63 dirigentes de empresas entrevistados pela FNQ disseram não direcionar investimentos para este fim.

“Se a prática comum para a criação de um produto é um alto impacto e você cria um processo onde o efeito é menor do que os concorrentes, podemos dizer que sua empresa tem um processo mais limpo

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ou melhorado, mas dificilmente poderá dizer que é ecologicamente correto. O termo certo seria ecologicamente amigável”. A grande “sacada” de investir no desenvolvimento de produtos sustentáveis é que eles não se limitam à esfera ecológica e visam também o crescimento econômico, indica a engenheira ambiental e gerente de projetos da LCG Consultoria em Gestão e Sustentabilidade, Rafaela Picolotto. “Muitas vezes os produtos ecológicos não são viáveis economicamente, sendo esta uma das maiores dificuldades de quem quer desenvolver produtos com este conceito”. A ideia central, então, é unir as duas esferas. Afinal, as empresas foram criadas para gerar lucro. E a tendência é que o sustentável maximize este lucro. “Para as organizações, a preocupação com a fabricação dos produtos será um fator tanto de sobrevivência, quanto de sucesso. As empresas que adotam ações ambientais responsáveis representam lideranças que vão se tornando referências nos setores em que atuam e constituem-se em modelos de excelência empresarial”, destaca Rafaela. No Brasil, já existem inúmeras empresas que conseguiram se tornar referência no mercado. Rafaela cita a criação do chamado “plástico verde”, feito com etanol de cana-de-açucar, e o vasto segmento de produtos orgânicos brasileiro como dois bons exemplos de como é possível criar soluções inovadoras e ganhar mercado com base na sustentabilidade.



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VESTINDO O VERDE

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Para encontrar seu espaço no concorrido setor têxtil, a empresária Larissa Lentz Puerta resolveu vestir o conceito de ecologia da cabeça aos pés – literalmente. Em 2010, ela criou, com o auxílio do irmão, a EcoWish, empresa de vestuário feminino que mantém todos os seus pilares fincados na sustentabilidade. Larissa explica que a EcoWish utiliza apenas matérias-primas com bases ecologicamente corretas em seus produtos, como materiais reciclados e solventes biodegradáveis, e mantém uma cultura de sustentabilidade que engloba desde os cabides até os móveis da empresa. “Usamos, por exemplo, a meia malha pet, com 50% de algodão e 50% poliéster reciclado de garrafas pet, e a Liocel, uma malha sintética que utiliza fibra ecológica 100% orgânica, extraída da polpa de madeira de reflorestamento”, detalha.

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Larissa Lentz Puerta (d), e a sua hoje sócia Ivanir Venturi da EcoWish.

A qualidade da matéria-prima é verificada principalmente pela credibilidade do fornecedor. “Nós que somos uma empresa pequena não conseguimos produzir nossa própria matéria-prima, então buscamos fornecedores que têm nome no mercado e já foram reconhecidos por trabalhar com estes materiais”. Apesar de crescente, o segmento de produtos ecológicos ainda precisa se desenvolver muito em SC. A maior parte da produção da EcoWish sequer permanece por aqui: o Sudeste ainda é o destino com a maior demanda pelas peças ecológicas. “Ainda assim, este é um mercado que está crescendo bastante no estado e esperamos que cada vez mais empresas comecem a apostar neste nicho” , avalia a empresária.


foto: fabiano rangel pasold

As velhas casas de madeira abandonadas podem ser um incômodo para a grande maioria das pessoas, mas para a empreendedora Patrícia Schuster (foto), de Jaraguá do Sul, elas representam o faturamento no final do mês. Antes um hobbie, a criação de móveis com base no reaproveitamento de materiais se tornou um negócio e hoje, Patrícia é desenvolvedora de produtos da Ecovila Creative Wood. A empresa, que abriu as portas no início deste ano, utiliza madeiras de demolição no desenvolvimento de móveis. O diferencial do negócio está na maneira como a madeira é utilizada: ao invés de criar os tradicionais móveis rústicos à que estes materiais remetem, a empresa optou por trazer produtos com design e acabamento diferenciados, resgatando o antigo valor das madeiras de lei. Por serem madeiras de qualidade, este material que já durou em média 100 ou 200 anos poderá ser utilizado por mais 100 anos em outro formato, destaca Patrícia, evitando assim a necessidade de novos cortes de árvores. Segundo a empreendedora, de maneira geral o consumidor catarinense começa a demonstrar mais interesse em produtos sustentáveis e que não degradam o meio ambiente. “Percebemos uma grande receptividade, um desejo latente nas pessoas. As empresas têm que dar opções para o consumidor. Acredito que as pessoas querem fazer algumas coisa, mas às vezes nem sabem como. Dando mais opções de produtos e criando uma cultura em torno disso podemos ganhar muito mercado e evoluir rapidamente”, completa.

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MADEIRA REAPROVEITADA

Ecovila utiliza madeira de demolição para confeccionar móveis.

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VOCÊ PODE TER UM PROCESSO LIMPO, MAS DIFICILMENTE PODERÁ DIZER QUE É ECOLOGICAMENTE CORRETO. O TERMO CERTO SERIA ECOLOGICAMENTE AMIGÁVEL.” Benyamin Parham Fard, diretor da Biovita Consultoria Ambiental DE OLHO NAS TENDÊNCIAS

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A fabricante de tintas ecológicas Kröten, de Pomerode (SC), foi até os países europeus para buscar por soluções que tornassem suas tintas menos agressivas ao meio ambiente. Criada em 2010, a empresa investiu na tendência mundial de produtos sustentáveis e adaptou

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brasileiro fórmulas menos poluentes já utilizadas em outros mercados. Além de se preocupar com o meio ambiente, a empresa leva muito a sério a atitude de evitar produtos que prejudiquem a saúde das pessoas, explica o sócio da Kröten, Jonas Lieskow (foto). Para alcançar este objetivo, foram banidos de seus produtos todos os

Kröten fabrica tintas ecológicas com insumos naturais.

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compostos orgânicos voláteis que, segundo Lieskow, são os principais responsáveis pela poluição à natureza. O empresário conta que o maior problema do setor hoje é a “maquiagem verde”: “Hoje em dia se criou no Brasil a ideia de que a tinta a base de água é ecológica. Ela é melhor do que a tinta que leva solventes químicos, mas nem por isso é ecológica. Para isso, precisamos efetivamente utilizar insumos naturais”, afirma. Ele explica que há muita procura por produtos ecologicamente corretos, mas as pessoas ainda demonstram ter pouco conhecimento do que, de fato, é ou não sustentável. O empresário acredita que isso será revertido quando as pessoas procurarem, conhecer mais a fundo o que o mercado oferece e que produtos devem ser evitados. “As vezes, basta observar a composição de um produto para saber se ele é ou não amigo da natureza”.

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DESENVOLVENDO UM PRODUTO ECOLÓGICO Para que um produto seja ecologicamente amigável, todos os processos que o envolvem precisam estar focados na sustentabilidade. Veja algumas dicas para percorrer o caminho certo:

CONTROLE DE EMISSÕES Acompanhar a emissão de gases e resíduos do processo permite à empresa avaliar maneiras de diminuir esta interferência no meio ambiente. O tratamento de efluentes também é uma ação importante para evitar a poluição da natureza.

ESTUDO DOS IMPACTOS Analisar o impacto ao fim da vida útil do produto é uma boa maneira de averiguar em quais pontos a empresa está pecando/acertando, o que deve ser melhorado e o que está dando certo.

TRANSPARÊNCIA COM O MERCADO Muito do trabalho dedicado no desenvolvimento de um produto ecologicamente amigável pode ser em vão se não houver transparência com consumidores e fornecedores. Divulgar com clareza informações sobre os produtos e evitar “exageros” ao divulgar o trabalho ajudam a criar uma imagem de confiança.

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ANÁLISE DO CICLO DE VIDA A empresa deve conhecer o clico de vida do produto do “berço ao túmulo”. É por meio desta análise que será possível pensar os processos que o envolvem: fornecedor, produção, compradores, e atétratamentodo rejeito quando ele não estiver mais em uso.

PROCEDIMENTOS E TECNOLOGIAS É importante optar por procedimentos e tecnologias que ajudem a empresa a diminuir e evitar desperdícios ou retrabalhos. Para isso, é preciso conhecer as opções que o mercado oferece e saber como aplica-las ao seu negócio.

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS No processo de sustentabilidade, além de pensar na produção, é necessário pensar em como será o gerenciamento deste produto ao fim de sua vida útil. É imprescindível garantir que o bem seja descartado de forma ambientalmente responsável.

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DE OLHO NA LEGISLAÇÃO Antes de qualquer coisa, é fundamental conhecer e atender a legislação, em todos os seus aspectos. No Brasil, muitas atividades necessitam de licenças ambientais e é preciso estar atento a estes detalhes para não ser pego desprevenido.

SUSTENTABILIDADE É UM CONJUNTO Uma empresa ecológica nem sempre é sustentável, mas ajudar a natureza tem mais a ver com cuidar do conjunto do que só fazer um “produto verde”. Por isso, não basta focar a sustentabilidade em um item: é necessário fazer com que toda a empresa adquira esta cultura.





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UM NOVO JEITO DE CONSTRUIR

TECNOLOGIA AJUDA NA CRIAÇÃO DE PRÉDIOS AUTOSSUFICIENTES, MAS O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE VAI ALÉM

kamila schneider

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nquanto há um movimento quase global de inserção da sustentabilidade nos produtos e serviços do dia a dia, há uma tentativa quase que paralela de adequar o conceito aos lugares em que se vive. Assim como os bens produzidos, as habitações causam uma forte interferência no meio ambiente, às vezes tão hostil que a própria natureza reclama seu espaço.

Tal efeito, porém, começa a ser revertido de maneira inovadora – e, porque não dizer, tecnológica – por ferramentas que ajudam a transformar meras construções em prédios inteligentes. A ideia de uma edificação sustentável leva a um grande avanço por meio de uma espécie de “retrocesso”, afirma o arquiteto Mateus Szomorovszky, em que se passa a trabalhar de maneira mais racional, em parceria com o ambiente. Isso permite não somente aproveitar aquilo que a natureza tem a oferecer, mas também potencializar tais características para benefício humano. É bom para ambos os lados. Um bom exemplo, cita o arquiteto, é a maneira como um prédio pode se beneficiar da luz do sol ou dos ventos se posicionado da maneira correta, gerando economia nos gastos com iluminação artificial. O conceito de sustentabilidade, por si só, já quer dizer que determinado sistema é autônomo. Em outras palavras, para que um prédio seja inteiramente sustentável ele precisa gerar a energia de que necessita

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e tratar todos os resíduos que gera. Na prática, o que acontece é um pouco diferente disso. Segundo a PhD em gestão da construção Cristine do Nascimento Mutti, é cada vez mais comum que as edificações incorporem tecnologias ou conceitos sustentáveis individualmente, tornando-as mais eficientes, mas ainda assim delimitando-as a apenas uma parte do conceito de sustentabilidade. “Tais iniciativas são totalmente válidas, principalmente em um País que ainda não desenvolveu uma cultura ecológica forte, porém simplificam demais um conceito tão abrangente. O âmago da sustentabilidade está em pensar no conjunto de maneira mais completa.” É, por exemplo, a maneira com que é pensada a inserção do prédio na cidade. De acordo com Mateus, não basta “enfiar” a edificação em qualquer canto: é preciso haver planejamento, com estudos que irão entender como a construção se compota com o seu entorno, com a organização da cidade, o clima, as necessidades e os interesses sociais. “Com isso, busca-se uma arquitetura preocupada em


integrar e utilizar os recursos naturais em benefício de um melhor projeto arquitetônico e principalmente, um conforto térmico para todo entorno”, afirma. “A sustentabilidade deve ser pensada como um processo que envolve toda a cidade, desde um pequeno deslocamento à separação e coleta seletiva de lixo. As pessoas devem pensar primeiro no seu bairro, para ter uma cidade, um estado, um País melhor”.

CONSTRUÇÕES ECOLÓGICAS NO BRASIL Já existem iniciativas importantes em todo o Brasil que incentivam a adoção de uma visão mais ecológica na construção civil, mas elas ainda representam uma parcela pequena do mercado. “A este ponto não poderíamos mais ter construções sem aproveitamento de água da chuva, painéis solares, tubos de luz, sem a máxima preservação possível da vegetação local. Mas como estas tecnologias ainda têm certo custo, justamente por serem pouco aplicadas,

o panorama não muda muito rápido”, afirma Cristine, que também é professora do departamento de engenharia civil da UFSC. Para a especialista, dois fatores podem acelerar este panorama: mais incentivos por parte do governo e uma maior exigência dos consumidores. Porém, os altos custos ainda delimitam estes “movimentos”. Já Mateus vê a banalização do termo como principal empecilho: “Ela dificulta projetos que visam o caráter eficiente. Tem uma frase do arquiteto Jaime Lerner que simplifica bem isso: ‘Sustentabilidade reside entre o que você poupa e o que desperdiça’. Ou seja, ainda desperdiçamos muito para poder poupar”, acredita. “Os governos, em todas as esferas, devem se comprometer a melhorar a cidade, com leis que incentivem os empreendedores a investir na eficiência de seus negócios. Buscar qualificar áreas degradadas, a fim de dinamizar a infraestrutura existente. A discussão do tema vai além dos novos produtos enquanto houver gargalos no escoamento da indústria”, finaliza.

O Bosco Verticale (foto acima), localizado em Milão, será a primeira floresta vertical do mundo. O prédio possui um sistema que recupera e produz energia solar, eólica e foto voltaica e é considerado pelos especialistas como um exemplo de autossuficiência energética.

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AMIGO DO AMBIENTE Conheça detalhes que fazem de um prédio uma construção verde: Sistemas de aproveitamento de água da chuva e águas servidas (pia e chuveiro) para uso em descarga, controle de vazão de descarga, utilização de energia solar para aquecimento da água e de tubos de luz e claraboias;

ANÁLISE DO CICLO DE VIDA: estudo de todas as etapas da obra, desde onde construir, que materiais utilizar, o quanto poderia ser reduzido de desperdício na execução e que estratégias podem garantir mais economia e autonomia para os usuários, gerando menos impacto;

CONSCIENTIZAÇÃO: de nada adianta um prédio sustentável, se as pessoas não souberem utilizar as ferramentas que ele oferece. A parte cultural é uma das mais importantes para que a construção seja, de fato, amiga do meio ambiente.

Utilização de materiais de fabricantes próximos à obra, gerando menos trânsito e menos emissão de poluentes;

Compatibilização de projetos e redução do desperdício de materiais em canteiro de obras;

Utilização de vidros especiais que possibilitam o controle do brilho e da luz externa, diminuindo a necessidade de luz artificial;

EXEMPLO CATARINENSE Em Santa Catarina, um bom exemplo de sustentabilidade é o Pedra Branca Cidade Sustentável. Localizado na capital Florianópolis, o empreendimento traz um conceito ainda pouco disseminado no estado: o de bairro sustentável. De maneira resumida, é possível descrevê-lo como uma “mini cidade” projetada sob o conceito da sustentabilidade: lá, tudo foi pensado para facilitar a locomoção dos moradores e aumentar a autossuficiência das edificações. “Quando se começou a discutir isso na construção civil pensou-se no prédio verde, que gasta pouca energia e tem custo barato. Mas depois se constatou que o prédio só é verde se ele estiver num ambiente verde, ai ele potencializa suas características ecológicas”, explica o engenheiro do empreendimento, Dilnei Bittencourt. “Desta forma, a célula mínima da sustentabilidade é o bairro. A 34

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partir dele multiplica-se para cidade”. De acordo com o engenheiro, uma das características mais interessantes do empreendimento é que ele foi pensado para ser um lugar “caminhável”. “O automóvel ocupa espaço, demanda energia, polui o ar, usa recursos naturais e é um transporte burro porque normalmente só transporta um passageiro”, diz. “Por isso nossa hierarquia no trânsito prioriza o pedestre, a bicicleta, o transporte público e por fim o automóvel”. Segundo Dilnei, Santa Catarina ainda dá os primeiros passos rumo a uma construção civil mais sustentável, mas já existem esforços para difundir esta prática no estado. “A expectativa é que isso vá ‘explodir’, até porque se o construtor não quiser ele será forçado pelo seu consumidor, que está mais consciente. É uma corrente mundial”, conclui.



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OLHOS NO FUTURO A ECONOMIA VERDE E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA BUSCA POR UM FUTURO MELHOR silvane alves dos santos

A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) que difundiu o termo desenvolvimento sustentável. O evento rendeu a criação de vários documentos importantes como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica. Segundo o Ministro das Relações Exteriores, o “+20” também evidencia a preocupação com as próximas gerações.

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em crise financeira ou aumento nas taxas de juros. O mundo agora volta os olhos para a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável). O evento, que será realizado em junho, coloca o meio ambiente em foco nas pautas de assuntos econômicos e sociais e traz à tona a temática da “economia verde”. A Conferência será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável das próximas décadas. E, ao contrário do que possa parecer, “a Rio+20 não será uma conferência apenas de caráter ambiental, mas sim, voltada aos três pilares do desenvolvimento sustentável: meio ambiente, economia e social”. Quem afirma é o negociador brasileiro para o evento, o Embaixador André Corrêa do Lago. De acordo com o embaixador, “a conferência vai dar destaque ao conceito de desenvolvimento sustentável no sentido de que este possa servir como paradigma para as próximas gerações”. Conforme os organizadores, o objetivo é renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável e realizar um balanço do que foi feito nos últimos anos, a fim de chegar a um consenso sobre quais as melhores práticas para recuperar os danos provocados ao Planeta, estabelecendo o caminho a seguir daqui para frente. Para isso, a Rio+20 priorizará assuntos como a economia verde, o combate à extrema pobre-

za e a governança da sustentabilidade. Estes, por sua vez, estarão inclusos em duas temáticas principais: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza” e “A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”. A Rio+20 é, segundo o Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, a grande oportunidade para um debate sobre as mudanças necessárias a todo o mundo. “O momento é oportuno: são claros os sinais de que os modelos de desenvolvimento vigentes devem ser reformulados. Países, sem distinção de grau de riqueza, enfrentam graves crises econômico-financeiras, a desigualdade social, a fome, o desemprego, a perda da biodiversidade e a mudança do clima. Essas múltiplas crises apontam a atualidade e urgência da implementação de modelos de desenvolvimento sustentável, ou seja, de projetos nacionais que contemplem, de forma equilibrada e integrada, o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental. A Rio+20 é a oportunidade para que esse debate ocorra no mais alto nível”, destaca.


ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO A fim de promover esta discussão, a Rio+20 será dividida em três momentos: entre os dias 13 e 15 de junho acontece a III Reunião do Comitê Preparatório, aonde os representantes governamentais discutem os assuntos apresentados na chamada minuta zero (“Zero Draft”). Esta minuta contém as propostas enviadas por todos os países participantes até novembro de 2011 (que chegaram a 6 mil páginas) e resultará no documento final da conferência. O conteúdo não trata apenas de assuntos ligados ao meio ambiente, mas também de temas como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, direitos dos povos indígenas etc. (Para visualizar o documento na

íntegra acesse: uncsd2012.org/rio20/mgzerodraft.html). Nos dias 16, 17, 18 e 19, estão programados encontros com a sociedade civil. A iniciativa é inédita e partiu do governo brasileiro a fim de ouvir e aproximar o debate com a população. Para finalizar, de 20 a 22 de junho, ocorrerá o encontro do Segmento de Alto Nível da conferência para o qual é esperada a presença de Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas, que definirào os caminhos da agenda global para o desenvolvimento sustentável. No total, o evento deverá receber mais de 50 mil pessoas, entre os delegados dos 163 países membros, sociedade civil, ONGs e organizadores.

O DESAFIO DA ECONOMIA VERDE AUMENTA QUANDO ALIADO ÀS PRÁTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ESTABELECENDO UM MODELO ECONÔMICO QUE INCLUA PLENAMENTE AS PREOCUPAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E A PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MANEIRA PARALELA. 37


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Frente às premissas apresentadas pelo Pacto Global (iniciativa do ex-secretário geral da ONU Kofi Annan) referente à economia verde, um grupo das ONGs decidiu intervir nas negociações da Rio+20, em Nova Iorque, em 1º de maio de 2012 sob a afirmação de que “o conceito de economia verde tem sido usado para maquiar de verde o velho e desacreditado modelo insustentável de desenvolvimento que utiliza, por exemplo, o comércio de carbono, de florestas e biodiversidade e de água”. A informação é da ONG Amigos da Terra.

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foto: CNO Rio+20/Divulgação

PERSPECTIVAS PARA O BRASIL

Embaixador Luiz Alberto Figueiredo

O fato da Rio+20 acontecer no Brasil torna-o presidente da conferência e isso, de acordo com o Secretário Executivo da Comissão Nacional para a Rio+20, Embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, faz com que o País busque promover o consenso nas discussões. “Temos a função de buscar pontes entre as várias posições, convergências e consensos e, ao mesmo tempo, defender nossas ideias e interesses”. Além de buscar os melhores resultados, o embaixador e negociador brasileiro, André Corrêa do Lago, destaca que o Brasil vai estar muito mais envolvido e sensibilizado às resoluções apresentadas e, com isso, conseguirá alcançar ainda mais objetivos. De forma geral, “as resoluções devem garantir que todos os países sintam-se capazes de implementar as decisões adotadas no Rio com base na criação de condições adequadas – os recursos necessários de natureza financeira, tecnológica e de treinamento – para executá-las, construindo assim uma visão compartilhada de sustentabilidade válida, que prevaleça durante as próximas décadas”, explica a assessoria de imprensa da conferência. Para o Brasil, as discussões devem fomentar a conexão entre os objetivos gerais do evento e a realidade econômica atual. É dessa forma que será possível a realização das melhores práticas do desenvolvimento sustentável nas ações do dia a dia.

OS RESULTADOS DEVEM GARANTIR QUE TODOS OS PAÍSES SINTAM-SE CAPAZES DE IMPLEMENTAR AS DECISÕES ADOTADAS RIO COM BASE NA CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA EXECUTÁ-LAS, CONSTRUINDO ASSIM UMA VISÃO COMPARTILHADA DE SUSTENTABILIDADE VÁLIDA, QUE PREVALEÇA DURANTE AS PRÓXIMAS DÉCADAS.


Entre as temáticas do evento, surge a prevalência de um termo: economia verde. Mas, e do que trata? Desenvolvida a partir de um relatório do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) de 600 páginas, a “economia verde” constitui um instrumento para a aplicação de políticas e programas com vistas a fortalecer os compromissos de desenvolvimento sustentável em todos os países da ONU. O debate sobre “economia verde” busca possibilidades que atendam às diferentes realidades de países desenvolvidos e em desenvolvimento para que, de fato, consiga ser aplicada. De acordo com a assessoria de imprensa da Rio+20, exemplos assim já podem ser conferidos nas políticas públicas de vários países. Entre eles os programas de transferência de renda, atividades para promover a conservação ou a recuperação ambiental; apoio a segmentos da população cuja renda se origina na reciclagem de resíduos sólidos; disseminação de boas práticas agrícolas usando tecnologias acessíveis a pequenas propriedades rurais e famílias de agricultores; e treinamento em tecnologias com maior eficiência energética. “O desafio da economia verde aumenta quando aliada às práticas de desenvolvimento sustentável, estabelecendo um modelo econômico que inclua plenamente as preocupações com o desenvolvimento social e a proteção ambiental de maneira paralela”, afirma a assessoria. No entanto, “esta concepção de economia verde deverá variar de acordo com a realidade nacional de cada País”, salienta o Ministro das Relações Exteriores, que complementa: “A adoção de padrões únicos de economia verde a todos os países poderia gerar distorções, tais como a criação de barreiras comerciais, o que aprofundaria disparidades entre os países, agravando problemas sociais, sobretudo nos países em desenvolvimento”.

foto: CNO Rio+20/Divulgação

ECONOMIA VERDE

Antonio de Aguiar Patriota, Ministro das Relações Exteriores

PARA O BRASIL... Os resultados esperados com a conferência são: (1) a definitiva incorporação da erradicação da pobreza como um elemento essencial para se alcançar a sustentabilidade; (2) a plena inclusão do conceito de desenvolvimento sustentável no processo decisório por parte dos atores nos pilares econômico, social e ambiental, como uma prioridade global; (3) o fortalecimento do multilateralismo, com o ajuste das estruturas das Nações Unidas e de outras instituições internacionais ao desafio do desenvolvimento sustentável; e (4) o reconhecimento da reorganização internacional em andamento, com seus reflexos sobre a governança global. Basta agora esperar para ver.

No mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, eventos paralelos. Dentre eles, a Cúpula dos Povos que contará com debates e palestras sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, promovidos, entretanto, por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas. A Cúpula dos Povos tem um Grupo de Articulação formado por mais de 50 entidades nacionais e internacionais e vai apresentar-se sob o emblema “Venha reinventar o mundo”. Fonte: rio20.gov.br

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DEZ ANOS

À FRENTE A EXPOGESTÃO, UM DOS MAIORES EVENTOS DE NEGÓCIOS DO PAÍS, TRAZ RENOMADOS ESPECIALISTAS E REÚNE MAIS DE 100 EMPRESAS EM SUA DÉCIMA EDIÇÃO manoela hoffmann (colaboração kamila schneider)

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o ano em que completa uma década, a Expogestão reúne mais uma vez líderes empresariais, públicos e gestores para debater e avaliar temas cruciais ao bom desenvolvimento das pessoas e dos negócios. Entre os dias 11 e 15 de junho, o evento já consolidado como um dos principais do setor – concentra produtos e serviços de cerca de 100 organizações, com soluções para todos os setores, no Centreventos Cau Hansen, em Joinville (SC). Palestrantes nacionais e internacionais marcam presença em um congresso - com início no dia 13 - que promete estimular as discussões sobre comportamento, inovação, gestão de pessoas, cultura organizacional, filosofia corporativa, sucesso, criatividade, boas práticas de gestão e governança, cenários e tendências no mundo e no Brasil, gestão da marca e o futuro das corporações. A expectativa é que mais de mil pessoas participem de cada sessão de palestra do congresso e que mais de 2.600 profissionais passem pelo congresso durante os três dias programação. Já na feira são esperadas mais de 10 mil visitantes, já que a entrada é gratuita mediante cadastro. Além da feira e do congresso, a Expogestão oferecerá ao público 40

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workshops gratuitos oferecidos por entidades educacionais como Fundação Dom Cabral, Fundação Fritz Muller, Univille, Católica de Santa Catarina e ADVB Escolas. Os workshops serão oferecidos em um espaço dentro da feira e trarão temas relevantes da educação corporativa. Para dar o gosto do evento ao leitor, a Mercado Brasil traz entrevistas especiais com três presenças ilustres deste ano: Romero Rodrigues, fundador e presidente da Buscapé Company, empresa que atua em mais de 20 países; Marcos Samaha, presidente da Walmart Brasil, gigante do varejo mundial; e Guilherme Weege, diretor-presidente do Grupo Malwee, uma das mais maiores empresas têxteis do Brasil. Confira programação completa em: expogestao.com.br


GESTÃO PROFISSIONAL

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le começou seu trabalho na Malwee em janeiro de 2004, em uma das empresas do grupo. Hoje, Guilherme Weege ocupa o cargo de diretor-presidente da coporação, que só no setor têxtil mantém 9.500 funcionários.

foto: revista catarina - bernardo presser

por muito tempo do trabalho, optei por fazer cursos com durações mais curtas e mais focados em determinadas tendências específicas de momento. Um dos primeiros cursos foi em Wharton – resumidamente eu precisava trocar a chefia de um dos setores da empresa e fui fazer um curso sobre mudanças organizacionais. O aprendizado não para, estou fazendo um curso agora mais completo em Harvard, chamado OPM, específico para presidentes de corporações, que trata de diversos pontos dentro da empresa – vai de marketing à fusões e aquisições, termino no próximo ano.

Mercado Brasil - Como foi a tua formação para assumir um cargo na empresa? Gilherme Weege - Eu me formei em São Paulo e antes de vir para a empresa, trabalhei no banco Santander em busca da experiência. Eu acredito em uma gestão profissionalizada, então, a minha opinião, antes de assumir um cargo eu precisaria ter um conhecimento do mercado. Na Malwee eu comecei efetivamente em 2004, trabalhando em uma das empresas do grupo. Como não conseguia sair

TER EXPERIÊNCIA FORA DA PRÓPRIA EMPRESA FAZ MUITA DIFERENÇA NO APRENDIZADO, PRINCIPALMENTE PARA DISCERNIR O RESPEITO À HIERARQUIA E EXERCER A COBRANÇA COMO ELA DE FATO DEVE SER.” MB - Quando você assumiu a presidência, como foi a aceitação por parte da diretoria? GW - A gente brinca que tem gente dentro da em41


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presa que me pegou no colo! O segredo da sucessão dentro da Malwee é que ela foi bem pensada, tivemos um processo de preparação de quatro anos. Em geral, existe uma dificuldade nas empresas quando o novo presidente entra como “o filho do dono”, mas não tivemos isso, exatamente porque eu já tinha estado em outras empresas e tinha o know-how para trabalhar na Malwee – as pessoas tinham esse respeito. Aliás, ter experiência fora da própria empresa faz muita diferença no aprendizado, principalmente para discernir o respeito à hierarquia e exercer a cobrança como ela de fato deve ser e, além disso, entender o universo da gestão além da própria empresa.

rios enquadrados no que se chama de geração Y e 70% dos cargos de chefia são geração X. Então conversamos muito internamente para que os treinamentos sejam muito voltados a um trabalho de adaptação às mudanças. Outro detalhe que trabalhamos muito é a maneira como efetuamos as promoções, sempre relacionadas diretamente à aptidão. Claro que o melhor seria selecionar alguém internamente, mas se houver problemas, buscamos no mercado e agregamos ao grupo. Nossa escolha não está relacionada simplesmente à performance e sim a todo o processo e procuramos fazer com que isso fique muito evidente aos funcionários, a ideia é sempre o máximo de transparência e comunicação.

UMA DAS MUDANÇAS QUE EU FIZ NA EMPRESA FOI TRABALHAR O CONSELHO COMO PURAMENTE ESTRATÉGICO, DEIXANDO O OPERACIONAL PARA OS SETORES AOS QUAIS ELES SÃO DEVIDOS.” MB - O que você considera que trouxe de diferente desde que assumiu a presidência? GW - Cada vez que eu viajava para um novo curso eu trazia pelo menos duas ou três ideias. Por vezes foram mudanças organizacionais, cultura da empresa, gestão de pessoas e, principalmente em relação à governança, que foi ao que me propus falar na Expogestão. Uma das mudanças que eu fiz na empresa foi trabalhar o Conselho como puramente estratégico, deixando o operacional para os setores aos quais eles são devidos. MB - Como você vê a gestão de pessoas relacionada à governança? GW - Hoje, na Malwee, nós temos 60% dos funcioná42

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MB - O que significa governança corporativa para você? GW - Se for resumir em uma palavra eu diria que é disciplina. Também é necessário ditar regras, principalmente em empresas familiares, sobre o que se quer para o futuro. O Conselho tem que estar atento e validar o tipo de pessoas que trabalharão na empresa, perfis de cargos, políticas de remuneração, pesquisas de mercados e como será a sucessão e os riscos. E lógico, tem que ter conselheiros independentes e não apenas pessoas ligadas à empresa, que estão ligados ao operacional. O Conselho serve para validar as ideias para o futuro da empresa, para determinar alguns caminhos novos e geralmente já viveram isso em outros casos e setores.


SOLIDEZ ONLINE

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estaque da Expogestão 2012, o co-fundador e CEO de um dos mais conhecidos sites de busca na internet, Romero Rodrigues, fala a Mercado Brasil sobre o melhor caminho para o empreendedorismo. Desenvolvido em 1998, o Buscapé possui hoje 30 mil lojas cadastradas e 12 milhões de produtos listados.

divulgação

MB - Diz-se que os investidores brasileiros preferem negócios com planos mais sólidos, como foi lidar com essa perspectiva? RR - Na verdade, acredito que seja mais do que isso. A solidez do plano não é o único ponto importante, já que ele sempre pode ser aperfeiçoado. O essencial é a vontade de empreender e criar uma empresa capaz de estabelecer novos paradigmas e que se torne referência em seu mercado de atuação. No nosso caso, recebemos investimentos não apenas de investidores brasileiros, mas também de investidores internacionais. E investidor não tem nacionalidade. Independente de sua origem, ele procura aplicar seu capital não somente em um plano de negócios, mas em pessoas capazes de tirar o plano do papel e transformá-lo em uma empresa lucrativa. Mercado Brasil - Como surgiu a ideia de investir em um negócio tão instável quanto a internet? Romero Rodrigues - A ideia surgiu quando o Rodrigo Borges, meu sócio, foi procurar uma impressora para comprar na Internet e percebeu que não havia nenhum site onde pudesse comparar produtos e serviços. Na época, os varejistas ainda não tinham estruturado operações online, mas já existiam algumas poucas lojas. Imaginamos que o e-commerce era um caminho sem volta e que nosso projeto teria sucesso na medida em que o varejo on-line se consolidasse e mais e mais consumidores aderissem às compras pela Web. Acreditamos no potencial do crescimento do comércio eletrônico e o tempo mostrou que estávamos certos.

MB - Como foi o processo de investimentos? RR - Com a bolha da internet e o crescimento do comércio eletrônico do Brasil, o Buscapé conseguiu atrair investidores, como E-Platform (em 2000), (Merrill Lynch), Unibanco e Brasil Warrent (grupo Moreira Salles). O primeiro investimento realizado foi de US$ 150 mil, em dezembro de 1999; depois houve um segundo aporte de US$ 3 milhões e, no final de 2005, esses grupos venderam suas participações para o fundo norte-americano GreatPartners Hill, que ficou proprietário de mais de 50% do capital do Buscapé. Em setembro de 2009, o conglomerado de mídia sul-africano Naspers Limited, adquiriu 91% do Buscapé por US$ 342 milhões. 43


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MB - O Buscapé tem bons parceiros, como foi provar que seria um negócio lucrativo? RR - Acredito que nosso principal diferencial foi criar uma ferramenta que ainda não tinha sido inventada e que veio atender uma necessidade básica já existente no mercado consumidor: a possibilidade de comparar preços facilmente, rapidamente, sem ter que sair de casa. Além disso, tivemos muito cuidado na gestão do capital e alocamos nossos investimentos no que era realmente estratégico para atravessar as fases mais difíceis. O cuidado com o capital e o fato de termos criado um negócio pioneiro foram fundamentais para provar que poderíamos nos tornar um negócio lucrativo e atrair novos investidores. MB - Diz-se que o empreendedor é capaz de observar aquilo que os outros não veem. O que isso quer dizer? RR – Sempre digo que a palavra que tem mais sucesso e realização guardados dentro, é a palavra “impossível”. Os melhores negócios sugiram de empreendedores que perceberam que nada é impossível. Além de observar o que os outros não veem é essencial ter um espírito empreendedor que motive a tirar as ideias do papel e colocá-las em prática. No caso da Internet, o “Time To Market” é um dos fatores mais importantes. É preciso ter a ideia certa e saber o momento exato de implementá-la. MB - No mercado atual, novas propostas e ideias surgem a cada dia. Como acompanhar este ritmo sem tirar os pés do chão? RR - Para não perder oportunidades de negócios, o Buscapé Company criou o desafio “Sua Ideia Vale Um Milhão”, que nos permite identificar boas ideias e empreendedores talentosos no nascimento da empresa. Se a startup tiver conexão com o ecossistema do Buscapé fazemos um investimento para adquirir 30% do negócio. No ano passado fizemos a primeira 44

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edição e tivemos a árdua tarefa de escolher entre 850 projetos e 2.500 empreendedores. Nós conseguimos: investimos em não só uma, mas em quatro startups: Resolva.me, Hot Mart, Urbanizo e Meu Carrinho. A continuidade do desafio nos ajudará a monitorar as tendências do mercado e a abraçar novas oportunidades. MB - As empresas brasileiras ainda deixam a desejar quando o tema é inovação. Há ainda um equívoco na compreensão do conceito de inovação no Brasil? RR - O Brasil atravessou um longo período de uma economia fechada e sofremos com o atraso da abertura às importações e acesso às novas tecnologias, o que, em parte, pode explicar a falta de projetos focados em inovação. Infelizmente, também temos carência de capital disponível para pesquisa. O brasileiro tem receio de errar. E errar faz parte do processo de qualquer negócio. Há poucos dias, estudantes brasileiros foram premiados na maior feira de ciência do mundo. Estou certo de que nos próximos anos assistiremos muitos projetos inovadores nascendo no Brasil. MB - O que o gestor de um negócio da web deve ter de diferente em relação aos outros? RR - Creio que a principal diferença é que o gestor da web deve estar sempre ligado nas tendências. É preciso se antecipar e identificar uma necessidade, uma lacuna no mercado, antes dos concorrentes. O mercado de internet muda constantemente e temos que monitorar as novas tendências constantemente. Independentemente de ser ou não uma empresa da Web, o fundamental é sempre acreditar no impossível. Ter espírito empreendedor é entender que seu negócio é sua vida, é sua paixão, é dormir e acordar pensando em como transformá-lo em um negócio vencedor. E nem sempre o capital é o que move a paixão pelo negócio.


GESTÃO PODEROSA

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companhe a conversa da Mercado Brasil com Marcos Samaha, CEO do Walmart Brasil, o maior grupo de varejo do mundo. Ele coordena, no País, 500 lojas, nove bandeiras, 81.500 funcionários e um faturamento de R$ 23,4 bilhões em 2011. Aqui nos fala um pouco sobre gestão de negócios, tema de sua palestra na Expogestão 2012.

divulgação

veis para que as empresas percorram de maneira mais eficaz este caminho rumo ao sucesso? MS - O principal é saber quais os valores e princípios que moldam a sua companhia, tornando-a única. Ter clareza sobre qual o seu diferencial em relação aos seus concorrentes, o porquê está no mercado. A cultura de uma empresa é seu maior alicerce e diferencial competitivo. Por isso, no Walmart, valorizamos e reforçamos sempre a nossa cultura organizacional, com todos os níveis da organização e em todos os momentos. Simplicidade, foco no cliente, disciplina na execução e inovação são características essenciais nesse processo.

Mercado Brasil - Nos dias atuais, o que significa ser uma empresa bem-sucedida? MS - É uma empresa que atinge as suas metas, de forma ética e comprometida com o desenvolvimento socioambiental das comunidades onde atua. É uma empresa que compreende claramente o seu diferencial competitivo e oferece as melhores soluções para seus clientes, funcionários e parceiros comerciais. MB - Quais são as ferramentas imprescindí-

A MUDANÇA FAZ PARTE DO AMBIENTE CORPORATIVO ATUAL. PORTANTO, NÃO SE DEVE PENSAR APENAS EM ADAPTAÇÃO, MAS EM ANTECIPAÇÃO A ELAS.” MB - Gerir um negócio pode ser uma tarefa árdua no mercado competitivo em que vivemos. Quais os principais desafios causados por um mercado constantemente em mudança? MS - Primeiro, é preciso ter consciência de que 45


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a mudança faz parte do ambiente corporativo atual. Portanto, não se deve pensar apenas em adaptação, mas em antecipação a elas. Dessa forma, as mudanças se tornam uma grande oportunidade de negócios. Nesse ambiente de permanente mudança, planejamento, disciplina na execução e inovação são fundamentais. É preciso estar muito atento às mudanças de hábitos dos clientes e às constantes inovações da indústria. Exercer com perfeição esse papel de mediador entre o consumidor e os nossos parceiros comerciais é tarefa-chave.

dades de desenvolvimento e um plano de carreira de longo prazo. Um exemplo disso: mais de 70% das vagas para promoções são ocupadas por talentos internos. MB - O sucesso de uma marca está relacionado também com como a empresa se posiciona diante da sociedade? De que maneira isso influencia na corrida pelo sucesso? MS - As empresas e suas marcas fazem parte da vida dos clientes e, como tal, precisam também contribuir para melhorar a sua qualidade de vida,

CADA VEZ MAIS, UMA MARCA NÃO SERÁ APENAS UMA MARCA. É IMPRESCINDÍVEL QUE REFLITA, NAS MENORES AÇÕES DO DIA-A-DIA, OS PRINCÍPIOS E VALORES DA COMPANHIA, GERANDO CONFIANÇA E CREDIBILIDADE POR PARTE DE TODA A SOCIEDADE.” MB - Saber gerir uma empresa também é saber gerir pessoas. Como as empresas brasileiras enxergam seu capital humano? MS - No Walmart, costumamos falar que “nossa gente faz a diferença”. Nosso fundador, Sam Walton, era um grande líder de pessoas e deixou o legado da “liderança servidora” para toda a organização. Ou seja, é preciso trabalhar junto com a equipe, ensinando, servindo e inspirando, para que todos se engajem nos mesmos objetivos e atinjam as suas metas - sempre de forma ética, valorizando o respeito ao indivíduo, a diversidade e o desenvolvimento sustentável. Com esse pensamento em prática, treinamos constantemente nossos mais de 80 mil funcionários no Brasil, oferecendo oportuni46

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para o desenvolvimento de toda a sociedade. No Walmart, temos como missão vender por menos para as pessoas viverem melhor. Quem visita nossas lojas diariamente sabe que nossa missão está comprovada nas gôndolas e em pesquisas feitas de forma independente pela mídia e pelos principais institutos de pesquisa do País. Mais do que isso, estamos demonstrando publicamente – e com resultados – o quanto estamos fazendo para contribuir com a sustentabilidade socioambiental onde estamos presentes. Cada vez mais, uma marca não será apenas uma marca. É imprescindível que reflita, nas menores ações do dia-a-dia, os princípios e valores da companhia, gerando confiança e credibilidade por parte de toda a sociedade.


divulgação foto: maju canzi

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OS CICLOS NA BOLSA DE VALORES Deonir Tomaselli*

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uando se trata de recomendações sobre investimentos na Bolsa de Valores, não há dúvida: compre na baixa e venda na alta é a principal delas. Se isto não é segredo para ninguém, por que é tão difícil seguir esta máxima? Pior: muitos investidores novatos executam exatamente o contrário! O melhor caminho para lançar alguma luz sobre esta pergunta é a psicologia do investidor, bem explicada na Teoria Dow de análise técnica. O pai desta teoria, Charles Dow, entende que a movimentação das ações na Bolsa segue ciclos de alta e de baixa. A alta é dividida em três fases: acumulação, alta sensível e euforia. Enquanto o mercado segue pelo período de acumulação, apenas um pequeno grupo de investidores profissionais está realmente interessado. Nesta fase, apenas a mídia especializada noticia o assunto com mais força. Os demais profissionais estão atuando em suas áreas. Muitos nem sabem que o mercado é acessível a qualquer pessoa. Os primeiros investidores compram por estarem de posse

atenção de pessoas que antes estavam ocupadas com suas profissões. O mercado então começa a expandir-se, o que atrai a mídia comum, que propaga informações sobre a alta e chama a atenção de mais interessados em participar da festa, o que dá origem à última fase da alta: a euforia. Esta atrai grande número de investidores novatos e é caracterizada por muitas ofertas públicas de novas empresas no mercado, estimuladas pelos altos preços das ações. Este movimento gera um

COMPRE NA BAIXA E VENDA NA ALTA. SE ISTO NÃO É SEGREDO PARA NINGUÉM, POR QUE É TÃO DIFÍCIL SEGUIR ESTA MÁXIMA?

de informações relevantes sobre a empresa que não estão ao alcance do público em geral. Eles compram quase sem chamar a atenção, o que gera pouco alarde e aumento dos preços. Na fase seguinte - alta sensível - entram em cena os investidores mais bem informados que, lendo a mídia especializada e conversando com seus corretores, compram também. Como este grupo é um pouco maior, eles exercem alguma pressão sobre os preços e os volumes de negociação. O aumento dos preços chama a

alto aumento nos preços, muito além do que valem de fato. Quem vende a estes investidores são naturalmente aqueles que compraram primeiro, embolsando os grandes lucros e empurrando os preços de volta para baixo. Quando chega a baixa, ela também ocorre em três fases: de distribuição, pânico e baixa final. A primeira corresponde à saída daqueles primeiros investidores e ocorre sem muito volume e modificação de preços. Em seguida segue-se o pânico, quando diminuem os interessados em comprar e os ven-

dedores aumentam, intensificando a queda dos preços. Buscam compradores a qualquer preço, empurrando as ações cada vez a valores mais baixos. As notícias ruins também se espalham e a mídia noticia diariamente o caos que se tornou o mercado de ações, mantendo o pânico. Depois desta fase segue-se a baixa final, que muitas vezes corresponde à acumulação, mas como a grande maioria dos potenciais investidores não se sente atraído pelo mercado, não aproveita esta fase, e um novo ciclo tem início.

* Deonir Tomaselli é consultor de investimentos e diretor da empresa Traders em Ação/Florianopolis

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micro e pequenas portalmercadobrasil.com.br

Sebrae cria hotsite sobre a Rio +20

Energia vira foco no RN De olho no potencial eólico do Rio Grande do Norte, o Sebrae do estado formou uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN para a realização de um levantamento que irá apontar as oportunidades do setor. A partir do trabalho será possível identificar as melhores opções de negócios

para que as micro e pequenas empresas do segmento forneçam produtos e serviços aos grandes investidores, afirmou o superintendente do Sebrae do Rio Grande do Norte, José Ferreira de Melo Neto. Segundo ele, tudo indica que o estado representará a metade da capacidade de produção da hidrelétrica de Belo Monte.

Catálogo traz destaques brasileiros

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Já está disponível a terceira edição do Catálogo de Indicações Geográficas Brasileiras, feito pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI em parceria com o Sebrae. O catálogo reúne 14 indicações geográficas, sendo 12 indicações de procedência (ferramentas coletivas de

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valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios) e duas de denominação de origem (atribuídas a produtos únicos no mundo). O intuito do material é divulgar as regiões brasileiras vinculadas a produtos e serviços com qualidade diferenciada e reconhecida. Com versões em português, inglês e espanhol, a publicação traz produtos como o vinho do Vale dos Vinhedos (RS), o artesanato em capim dourado do Jalapão (TO) e os camarões da Costa Negra (CE). O catálogo completo também está disponível na internet pelo link sebrae.com.br/customizado/ inovacao/acoes-sebrae/consultoria/ indicacao-geografica/catalogo_ig.pdf.

Para mostrar seu engajamento com o tema sustentabilidade, o Sebrae criou um hotsite dedicado à participação da instituição na Rio +20, conferência das Nações Unidas que será realizada entre 13 e 22 de junho. Por meio da ferramenta, a instituição divulga notícias sobre negócios verdes, informações sobre a sua participação e espaços no evento. Lá também está disponível a agenda da Rio +20. Para conhecer o hotsite e acompanhar o andamento da conferência, basta acessar rio20sebrae.com.br.


Prefeitos premiados por apoio a MPEs A 8ª edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor premiou 12 iniciativas de sucesso que tiveram como intuito apoiar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas nos municípios brasileiros. Cinco prefeitos foram premiados na categoria Melhor Projeto por região, representando os municípios de Laranjal do Jari (AP), do Norte; Santo Antônio de Jesus (BA),

Nordeste; Matupá (MT), Centro-Oeste; Três Rios (RJ), Sudeste; Bom Sucesso do Sul (PR), do Sul. Outros sete foram premiados como Destaques Temáticos, representando Campo Grande (MS); Cascavel (PR); Silva Jardim (RJ); Caxias do Sul (RS); Jacarezinho (PR), e Capitão Enéas (MG), que levou dois destaques, tornando o prefeito Reinaldo Landulfo o grande vencedor desta edição.

SP atinge 500 mil Empreendedores Individuais São Paulo alcançou a marca dos 500 mil empreendimentos da modalidade Microempreendedor Individual no mês de maio. Só entre janeiro e março deste ano foram registrado 85,051 Empreendedores Individuais – EI no estado, o que representa 64% da quantidade total de empresas abertas no período (133.656). Os dados são

da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e da Receita Federal do Brasil (RFB). No mesmo período do ano passado, foram abertos 100.016 empreendimentos, sendo que os EI representavam 51% do total (51.455). Segundo a Jucesp, em 2011 foram 444,6 mil novas empresas no estado, 54% delas na modalidade EI.

Programa auxiliará inovação das MPE paraibanas A partir de julho, as micro e pequenas empresas paraibanas irão receber a visita dos agentes locais de inovação – ALI, com o objetivo de levar até elas soluções inovadoras. O programa, desenvolvido pelo Sebrae, irá atender cerca de mil empresas da indústria, comércio e serviços da Paraíba, durante dois anos. Ao todo, 30 agentes irão

trabalhar no projeto. Neste ano, o programa passou a incluir as empresas do setor da indústria e a beneficiar os serviços de hospedagem e de saúde. O ALI é um programa gratuito e continuado, que visa provocar a reflexão no empresário a partir da visita de agentes, que sugerem mudanças baseadas em um diagnóstico do negócio.


entrevista portalmercadobrasil.com.br

Empreendedorismo E LIDERANÇA

da redação

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ecentemente Jaimes Almeida Junior foi eleito a Personalidade de Vendas 2012 pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina - ADVB/SC, um dos principais prêmios de negócios do estado. Natural de Florianópolis, o empresário instalou cinco shoppings por aqui, tornando-se um dos maiores investidores do setor. A revista Mercado Brasil entrevista essa personalidade marcante, que conta ao leitor um pouco mais do seu perfil e dos próximos objetivos da sua veia empreendedora.

Mercado Brasil - O que significa ser empreendedor? Jaimes Almeida Junior Acima de tudo, para ser um verdadeiro empreendedor de sucesso é preciso acreditar, persistir, enxergar além dos obstáculos. Eis uma das características dos empreendedores diferenciados: todo mundo vê o mesmo cenário, mas poucos conseguem transformá-lo em riqueza e oportunidade. MB - O Brasil é visto como um País de muitos empreendedores, mas ainda deixa a desejar quando falamos em inovação. Na sua opinião, o que provoca este descompasso? JAJ - O Brasil de fato é um País de empreendedores, mas boa parte deles em função da necessidade. Vivemos décadas de tempos difíceis no nosso País, com inflação alta e poucas oportunidades de emprego. Então uma grande parcela de empreendedores nasceu muito mais por questão de sobrevivência à falta de outras melhores oportunidades. Agora, o empreendedor que tem

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em seu DNA a vontade de transformar, de fazer diferente, esse naturalmente inova. Não vejo como possa ser diferente. MB - Qual é a importância de investir em inovação? Para ser um bom empreendedor é preciso ter um pé na inovação? JAJ - Inovar é sinônimo também de ousar e correr riscos e isso todo empreendedor nato tem que fazer. Não existe fórmula pronta que garanta o sucesso; agora sabemos que o fracasso é fruto dos que têm receio de inovar, de fazer diferente, além de outros fatores, claro. A inovação pode ser na compra de um terreno em uma região que ninguém ainda dá valor e transformá-la com a implantação de um grande shopping center ou na implantação de uma nova tecnologia moderna na gestão, por exemplo. MB - A Westfield Almeida Junior é vista por muitos como uma empresa ousada e empreen-


EXISTE UMA MOVIMENTAÇÃO DE COMPRAS, FUSÕES E AQUISIÇÕES E A TENDÊNCIA É QUE FIQUEM NO MERCADO OS GRANDES GRUPOS.”

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dedora. A que fatores você atribui esta imagem? JAJ - A trajetória de uma empresa é reflexo da sua liderança. Para ser uma empresa ousada é preciso que o líder seja visionário e empreendedor. Existem várias empresas que concorrem no mesmo segmento. Por que algumas se destacam e conseguem o sucesso se o cenário é igual para todas? A resposta está no líder e na liderança que ele consegue exercer sobre a sua equipe. São as pessoas que fazem a diferença. Além disso, em qualquer negócio você precisa ter uma meta e um planejamento para alcançá-la. Em 2005 redefinimos nosso planejamento estratégico e decidimos nos posicionar como a empresa líder em Santa Catarina. Desde então, inauguramos três shoppings e estamos inaugurando o quarto agora em setembro, o Continente Park Shopping, na Grande Florianópolis. Em cinco anos atingimos esta liderança. E veja que neste período atravessamos uma grande crise mundial, que eclodiu em 2008.

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entrevista portalmercadobrasil.com.br

ESTAMOS INVESTINDO MUITO EM TECNOLOGIA DIGITAL EM TODOS OS EMPREENDIMENTOS, INICIANDO PELO CONTINENTE PARK, NA GRANDE FLORIANÓPOLIS, QUE SERÁ UM MODELO PARA O BRASIL.”

MB - O segmento de shopping centers tem crescido muito nos últimos anos no Brasil. Como se manter competitivo em meio a tanta concorrência? JAJ - É um segmento competitivo sim e que já está fazendo uma seleção natural dos competidores. Existe uma movimentação de compras, fusões e aquisições e a tendência é que fiquem no mercado os grandes grupos. Neste cenário a nossa joint venture com a Westfield, ocorrida em agosto do ano passado, consolida nossa posição como um dos grandes players do mercado. Estamos no páreo para disputar a liderança do setor no Brasil. Vamos fazer a diferença como sempre fizemos: trabalhando muito, inovando, enxergando as oportunidades quando muitos só enxergam dificuldades. MB - O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente e criterioso em suas escolhas. Quais os principais desafios que estas mudanças trazem para o varejo brasileiro? Qual a importância de adaptar-se ao consumidor? JAJ - Com o crescimento da renda e do nível educacional do brasileiro médio, esta mudança é inevitável. O varejo está de olho nestes novos consumidores. E as redes internacionais também. A Westfield Almeida Junior está ampliando seu mix de lojas, trazendo operações inéditas, apostando no segmento da alimentação, fortalecendo o de entretenimento, restaurantes e na criação de espaços familiares e de convivência dentro dos nossos shoppings. E estamos investindo muito em tecno-

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logia digital em todos os empreendimentos, iniciando pelo Continente Park, na Grande Florianópolis, que será um modelo para o Brasil. MB - Você foi nomeado a Personalidade de Vendas 2012 da ADVB/SC, que reconhece lideranças que melhor utilizam técnicas de vendas e marketing para alavancar seus negócios. O que este prêmio significa para você? JAJ- Esta homenagem é o reconhecimento por um trabalho sério, voltado a oferecer produtos e serviços de qualidade nos empreendimentos que alavancamos em pontos estratégicos de Santa Catarina. Como catarinense, acolho este prêmio com muito orgulho e gratidão, especialmente neste momento em que a Westfield Almeida Júnior amplia sua atuação no estado, trazendo ainda mais serviços e operações para dentro dos shopping centers, ramo que decidi abraçar com apoio dos inúmeros colaboradores da terra. MB - Quais são os planos da Almeida Junior para o futuro? JAJ Investimos R$ 800 milhões nos últimos seis anos em Santa Catarina. São cinco grandes shoppings regionais que somam 480 mil m2 construídos e geram 12 mil empregos aos catarinenses. Nosso projeto é dobrar de tamanho nos próximos três ou quatro anos com expansões nos próprios shoppings e aquisições fora do eixo de Santa Catarina. O foco é o Brasil, com ênfase nas regiões Sul e Sudeste.



artigo portalmercadobrasil.com.br

SENSAÇÕES Taciane Nitsche*

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asseando por shoppings ou alamedas de compras de alta classe, há um bombardeio de luxo. Vitrines cleans com pouca informação e muito conteúdo. Além do alto valor agregado, outra semelhança é possível perceber: a excelência. Excelência no atendimento, na forma de expor o produto e na qualidade da mercadoria. Os vendedores não vendem, orientam. Entendem muito sobre o que estão oferecendo e sabem expli-

car os seus benefícios. Todo o envolvimento no interior da loja transforma o ambiente, muitas vezes intimidador e frio, em uma experiência agradável e privilegiada. Mas seria o preço do produto que o classifica como artigo de luxo? Um final de semana longe do celular, do carro e de outras tec-

O luxo está na experiência. As sensações e emoções geradas pela compra, conquista ou simplesmente por usufruir naquele momento, transforma-o em algo realmente exclusivo. Como fala a música “detalhes tão pequenos” fazem a diferença. O cuidado com as minudências, a customização e personalização atraem o consumidor de luxo. Tudo aquilo que faz com que o cliente se sinta valorizado ou ainda beneficiado – seja psicológico

O LUXO ESTÁ NA EXPERIÊNCIA. AS SENSAÇÕES E EMOÇÕES GERADAS PELA COMPRA, CONQUISTA OU SIMPLESMENTE POR USUFRUIR NAQUELE MOMENTO, TRANSFORMA-O EM ALGO REALMENTE EXCLUSIVO.

nologias pode se tornar um artigo de luxo para um empresário, enquanto que dirigir um Porsche Panamera estrada afora, com um som de alta qualidade também seria considerado luxo para outro. Percebe?

e surpreenda-o com algo relacionado ao que ele gosta. Transforme uma simples lembrança em uma experiência singular. Afinal, o luxo está no prazer de se sentir único.

* Taciane Nitsche é Jornalista, especializada em marketing e eventos corporativos.

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ou financeiramente – gera prazer. Algumas características existentes no mercado de luxo podem ser aplicadas por qualquer empreendedor, independente do seu segmento. Conheça o cliente. Utilize o CRM (Customer Relationship Management) a seu favor



mercado & marketing portalmercadobrasil.com.br

Produção de cinema mento dos usuários das redes sociais. A estética de cinema dos anúncios e do comercial foi alcançada graças a um equipamento de ponta: a câmera Red Epic. A marca também propõe uma ação diferenciada para redes sociais: a partir do filme-conceito da Enfim, cada usuário deverá criar um verso. Os versos, juntos, se transformarão em poesias colaborativas. A poesia colaborativa completa, que for considerada a mais interessante, dará direito aos seus autores a uma viagem inesquecível de balão pelos céus da Capadócia, na Turquia. Veja a fanpage da marca no Facebook (Universo ENFIM).

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A campanha Outono-Inverno da marca Enfim tem como apelo o tema “Asas para inspirar” e foi desenvolvida pela CMC – Central de Marketing de Comunicação. A ideia é falar sobre o romance, a busca pela liberdade e o quanto o sonho de um pode motivar o sonho do outro. No elenco dessa campanha estão Bruna Linzmeyer e Raphael Viana. A campanha prevê a inserção de anúncios nas revistas mais importantes, além de mídias externas, como outdoors e placas de estrada. Na web, a marca aparece como patrocínio em diversos blogs e lança uma ação promocional inovadora, com foco no engaja-

Classe B consome mais De acordo com o IPC Maps 2012, o consumo dos brasileiros este ano deve ser de quase R$ 3 trilhões. Na segmentação por renda, a empresa destacou o aumento da participação da classe B que, dividida em B1 e B2 e com 32% do total da população do País, responderá isoladamente por quase metade do consumo nacional, ou R$ 1,275 trilhão (46,7% do total consumido). Já a classe C, a qual pertencem 48,8% dos domicílios brasileiros, será responsável, de acordo com a projeção, por 25% do consumo no País em 2012 – algo em torno de R$ 681 bilhões.

Homenagem aos vices A BEM HUMORADA CAMPANHA DA NISSAN, PARA O COMPACTO MARCH, ASSINADA PELA LEW’LARA\TBWA ESTREIA NO MÊS DE MAIO. O CARRO FOI ELEITO O MELHOR MODELO DA CATEGORIA PELA REVISTA CARRO E DE CARONA NESTA PREMIAÇÃO, A MARCA “HOMENAGEIA” OS VICE-CAMPEÕES E ESTIMULA CONSUMIDORES A BRINCAR COM AMIGOS CESSO DOS “PÔNEIS MALDITOS”, O COMERCIAL MOSTRA SITUAÇÕES DE VICE-LIDERANÇA, MARCADAS PELO “HINO DOS VICES”. NA VERSÃO PARA INTERNET, QUE PODE SER ENCONTRADA NO YOUTUBE.COM, UM DOS PERSONAGENS CONVIDA O ESPECTADOR A MANDAR UMA VERSÃO PERSONALIZADA, COM AS CORES DO TIME DO AMIGO.

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E SITUAÇÕES DE DERROTA NO FUTEBOL VIA REDES SOCIAIS. INSPIRADA NO CASE DE SU-


Rock in Eike

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No dia 11 de maio os empresários Eike Batista e Roberto Medina anunciaram parceria no Rock in Rio. O dono do Grupo EBX agora detém 50% do controle acionário do evento que continuará sob o comando de Roberto Medina e sua filha Roberta Medina. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, as edições do festival no Brasil, Argentina, Espanha e Portugal recebam um investimento de US$ 350 milhões. As próximas edições que já trarão a marca IMX acontecerão em Madrid e Lisboa. Em 2013, o Festival terá a sua primeira edição em Buenos Aires e mais uma no Brasil.

Mudança de foco

Estreia na TV Um novo planejamento de comunicação, criado pela agência D/Araújo para a Döhler S/A, de Joinville, resultou na inserção da indústria têxtil no quadro “Construindo um Sonho” do programa Domingo Legal, que vai ao ar todos os domingos, pelo SBT. Desde o segundo domingo de maio, com o objetivo de reforçar o conceito “Quem ama cuida com Döhler”, a agência incluiu seu cliente no programa de TV aberta.

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Após 30 anos de produção no Brasil, a americana Johnson & Johnson anunciou recentemente a saída do mercado de fraldas descartáveis. Segundo informações da marca, a decisão se deve ao redirecionamento dos negócios da empresa para áreas, como a de cuidados com a pele e cabelos infantis, que avançaram 300% nos últimos dez anos.

Versões para o Brasileirão UMA DAS NOVIDADES DO PREMIERE FC, QUE OFERECE OS JOGOS DE FUTEBOL PELO SISTEMA PAY-PER-VIEW É QUE, ALÉM DE VER OS JOGOS PELA TV, OS ASSINANTES TERÃO A OPÇÃO DO PREMIERE.COM. O SISTEMA DISPONIBILIZARÁ, AO VIVO, TODAS AS PARTIDAS DAS SÉRIES A E B DO BRASILEIRÃO SMARTPHONES OU TABLETS. OS ASSINANTES PODERÃO ESCOLHER, POR DIFERENTES PACOTES, OS JOGOS DE SEU TIME

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PELA INTERNET, PARA SEREM ASSISTIDAS NO COMPUTADOR,

OU AS PARTIDAS QUE PREFEREM ACOMPANHAR.

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mercado & construção portalmercadobrasil.com.br

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Vendas de imóveis

Brasileiros em Punta del Este De acordo com a Century 21, a procura de brasileiros por imóveis em Punta del Este cresceu 55% entre 2010 e 2011. A operação uruguaia da companhia começou em março deste ano. Entre os fatores que instigam a compra de imóveis naquele País, está a proximidade com o Brasil, a existência de cassinos legalizados e a ideia de sossego transmitida pelo vizinho Uruguai.

Portabilidade do Crédito Imobiliário O MINISTÉRIO DA FAZENDA CONFIRMOU QUE O GOVERNO ESTUDA REGRAS QUE FACILITEM A PORTABILIDADE DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO. A ALTERAÇÃO FACILITARIA A TRANSFERÊNCIA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO DE UM BANCO PARA OUTRO QUE OFERECESSE MAIS VANTAGENS PARA O MUTUÁRIO. SEGUNDO O MINISTÉRIO DA FAZENDA, A PORTABILIDADE JÁ ESTÁ VALENDO DESDE SETEMBRO DE 2006.O ASSUNTO PASSOU A SER DESTAQUE DEPOIS DE O GOVERNO ANUNCIAR A NOVA REGRA PARA A CADERNETA DE POUPANÇA, NO INÍCIO DO MÊS DE MAIO. A MUDANÇA ESTABELECEU ALTERAÇÃO NA REMUNERAÇÃO DA APLICAÇÃO QUANDO A TAXA BÁSICA DE JUROS, A SELIC, ESTIVER EM 8,5% AO ANO OU MENOR DO QUE ESSE PATAMAR. NESSE CASO, O RENDIMENTO PASSA A SER 70% DA SELIC MAIS A TAXA REFERENCIAL - TR. ATUALMENTE, A SELIC ESTÁ EM 9% AO ANO. ASSIM, A REMUNERAÇÃO CONTINUA SENDO 0,5% AO MÊS MAIS A TR.

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O Índice geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,89% na primeira prévia de maio de 2012, acima da taxa de 0,5% registrada no mesmo período de apuração do mês anterior. Os dados foram divulgados no dia 10 de maio, pela Fundação Getulio Vargas - FGV. Segundo a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção - INCC, terceiro componente do IGP-M, variou 0,61%. No primeiro decêndio de abril, a taxa foi 0,76%. O IGP-M serve de referência para reajuste no preço do aluguel. Até a primeira prévia de maio, o índice acumula aumentos de 2,37% no ano, e de 4,12% em 12 meses.


Mercado Atualizado

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A empresa de arquitetura joinvilense Metroquadrado aposta, desde o final do ano passado, na ampliação dos seus negócios. Atenta aos investimentos no norte do estado, a empresa criou a unidade de Desenvolvimento Imobiliário – Metroquadrado/IPE, em sociedade com um novo membro, Luciano Fraga.

O foco do novo braço do grupo está na captação de áreas, análise técnica do mercado, formatação e desenvolvimento de produtos imobiliários, aprovações nos poderes públicos e estruturação financeira para fase do lançamento junto às incorporadoras e construtoras. Segundo Luciano, o “landbank” atual da empresa possui um volume de 2 milhões de m² em desenvolvimento” no Estado de SC, afirma. O primeiro projeto de sucesso da Metroquadrado/IPE está em Joinville e teve um investimento de R$ 200 milhões de uma das maiores incorporadoras brasileiras.

Foto de catarinense é destaque em Xangai publicarem a foto, a vencedora ganhou uma câmera fotográfica “LOMO”, um tipo de máquina retrô que já é febre no mundo todo.

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A arquiteta catarinense Marina Otte venceu o concurso cultural ao captar os costumes de Xangai em um clique. A escolha foi da revista That’s Sanghai, uma publicação voltada para estrangeiros e que vem conquistando os chineses. São matérias sobre costumes, negócios, dicas de viagens e outros assuntos relatados por colaboradores de diversas nacionalidades. O briefing do concurso era retratar Xangai em uma imagem e a arquiteta escolheu fotografar uma área central, perto do Yuyuan Garden, um dos lugares mais visitados da cidade. “Esta área será demolida pelo governo para construção de novas casas padronizadas. Um estrangeiro imagina como alguém pode morar ali, mas é o jeito que essas pessoas querem morar. Temos a mania de impor nosso modo de vida sobre outras culturas, mas quem disse que somos melhores e mais felizes?” relata. Além de

Vendas de imóveis A VENDA DE UM IMÓVEL RESIDENCIAL PARA ADQUIRIR OUTRO COM O DINHEIRO DA TRANSAÇÃO TERÁ PRAZO DE ATÉ 365 DIAS PARA SE BENEFICIAR DA ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA - IR SOBRE LUCRO IMOBILIÁRIO (GANHO DE CAPITAL). O PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS 21/2009) QUE PREVIA ISSO FOI APROVADO NO ÚLTIMO DIA 8 DE MAIO, PELA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS - CAE. O RELATOR DA PROPOSTA, SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT-SP), DISSE QUE O RIGOR EXIGIDO NA DOCUMENTAÇÃO DIFICULTA A CONCLUSÃO DAS OPERAÇÕES NO PRAZO ATUAL DE 180 DIAS.

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artigo

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INOVAÇÃO E SAÚDE Isaias Masiero Filho**

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Brasil tem criado diferentes mecanismos para o fomento à inovação tecnológica nesse setor, mas ainda estamos longe de ser referência em técnicas e tratamentos de nossos pacientes. Ainda nos deparamos com debates sobre a melhor forma de atuação da saúde, ou se tratamos de doenças ou de melhores condições de vida para a população. Nesse viés tão limiar entre o caos das filas em hospitais públicos, vemos nascer uma nova geração de empresas interessadas em desenvolver dispositivos médicos de ponta no País. O dia a dia da saúde está nas mãos de profissionais da área, entre eles, o médico que diagnostica, trata, cuida e que consegue vislumbrar em suas ações de trabalho novas formas de equipamentos que podem aprimorar as técnicas existentes e levar o Brasil a

em que não é preciso fazer uso do método tradicional de cirurgia nos pacientes. Dados de 2011 indicam que os investimentos anuais estimados no Brasil em Pesquisa e Desenvolvimento - P&D de produtos minimamente invasivos são de US$ 30 milhões, com crescimento de 15% ao ano. Boa parte dos materiais utilizados é importada, o que torna o processo ainda mais caro para pacientes e para o próprio Sistema Único de Saúde - SUS. Médicos e empresas

VEMOS NASCER UMA NOVA GERAÇÃO DE EMPRESAS INTERESSADAS EM DESENVOLVER DISPOSITIVOS MÉDICOS DE PONTA NO PAÍS.

despontar nessa área. Santa Catarina tem se destacado nessa linha onde parceria entre médicos e empresas já renderam diferentes patentes de novos produtos para técnicas minimamente invasivas, ou seja, aquelas

estão sensibilizados para o desenvolvimento de tecnologia nacional nessa área, mas esforços por parte do governo como o estabelecimento do poder de compra, principalmente, nas esferas estaduais e municipais, viabilizaria a inserção das tecnologias nacionais nessas iniciativas. Fomentar a inovação na área da saúde, passa en-

tão pelo cuidado simples com as ações do dia a dia e com o investimento em ideias que podem tornar o País mais competitivo e ajudá-lo a vencer o desafio do tratamento de doenças.

* Isaias Masiero Filho é engenheiro da Biokyra Pesquisa e Desenvolvimento, possui mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, e é coach ontológico empresarial pela Newfield Consulting. Atua na pesquisa e no desenvolvimento de produtos médicos desde 1999.

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PERVILLE CONSTRUÇÕES TECNOLOGIA GLOBAL A SERVIÇO DO BRASIL

SOLUÇÕES INOVADORAS, PRÁTICAS E SUSTENTÁVEIS As obras da Perville Construções buscam minimizar os futuros custos de manutenção no imóvel e maximizar a performance nos ambientes. Em suas obras a construtora incorpora soluções como o Shed Perini, estrutura de cobertura composta de telhas de alumínio e policarbonato, que permite usufruir de iluminação e exaustão natural nos ambientes industriais. Grandes peças pré-fabricadas trazem velocidade à construção, incorporam elementos que captam água da chuva, compõem a proteção para descargas atmosféricas, fornecem isolamento térmico e acústico e podem dispensar permanentemente a necessidade de pinturas externas. Para conhecer detalhes, visite o site: www.perville.com.br. Com um histórico de ter participado da instalação de empresas que atuam em mercados bastante distintos, como metalmecânico, eletroeletrônico, plástico, químico, metalúrgico, logístico e de serviços entre outros, a Perville Construções possui expertise consolidado para propor soluções às mais diversas e exigentes necessidades que essas empresas contratantes possam ter, primando sempre por entender o que o cliente quer para propor a solução sob medida, avaliando a ótica da estética e funcionalidade de seus projetos.

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dade e às exigências dos diferentes setores do mercado corporativo, sempre com foco na excelência e busca de resultados para nossos clientes”, afirma Emerson Edel, diretor de operações da Perville. A construtora adota o chamado sistema aberto de construção industrializada, o qual permite que os elementos do sistema pré-fabricado possam ser montados, desmontados, reutilizados ou adaptados a outros elementos disponíveis no mercado. Como por exemplo, a combinação de estruturas pré-fabricadas e metálicas numa mesma construção, o que amplia consideravelmente a gama de opções e soluções para todas as necessidades da indústria, comércio, logística e serviços.

Escritório da Perville

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Perville Construções nasceu em 1999 com o desafio de construir o Perini Business Park, que é hoje o maior condomínio multissetorial do Brasil. Dentro do empreendimento, já foi responsável pela implantação de mais de 100 empresas. Vencida a primeira década de operação com sucesso, agora o próximo passo é ampliar o alcance mercadológico para continuar crescendo na região norte catarinense, que cada vez mais aumenta seu poder de atração para novos empreendimentos. “Somos uma empresa ítalo-brasileira que oferece um moderno sistema construtivo, atendendo aos padrões técnicos internacionais, às demandas da construção com sustentabili-

Maior obra da Perville: o Perini Business Park

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lex portalmercadobrasil.com.br

Murilo Gouvêa dos Reis advogado, mestre em Relações Internacionais e especialista em Direito do Trabalho. Sócio do Gouvea dos Reis Advogados murilo@gdr.adv.br

Dano Moral Coletivo - Trabalhista

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11ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, em julgamento no dia 12 de abril, manteve sentença que condenou a Ciman Construções e Montagens Industriais e a IPS Port Systems, de Rio Grande, a pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais coletivos. O valor será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. A primeira empresa foi condenada em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS), por não ter pago parcelas rescisórias a um grupo de 17 empregados. Conforme as provas apresentadas nos autos, os trabalhadores também não receberam documentos necessários para o encaminhamento do seguro-desemprego e não tiveram registradas, nas suas carteiras de trabalho, as datas de término dos contratos.

Dano Moral Coletivo - Consumidor A venda de combustível adulterado abala o patrimônio moral da coletividade, caracterizando presunção absoluta de lesão e prejuízo aos consumidores. Com base neste entendimento, a 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul manteve sentença que condenou uma empresa e sete réus a indenizar materialmente os consumidores individualmente lesados. Todos terão de pagar, também, dano moral coletivo no valor de R$ 50 mil. ‘‘Vale destacar que a indenização a título de dano moral coletivo no caso em exame se impõe, pois enganosa a publicidade praticada em relação ao combustível fabricado e comercializado, onde muitos consumidores sequer têm conhecimento de que foram ludibriados, sendo tal indenização in re ipsa (decorre do próprio fato, o que é presumido), a ser revertida ao Fundo Estadual de Reconstituição dos Bens Lesados, de acordo com o artigo 13 da Lei nº 7.347/85’’, observou a desembargadora Walda Maria Pierro, relatora do caso, que negou provimento à Apelação de um dos condenados na sentença.

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DNIT indenizara por acidente com moto na BR-101 Um motoqueiro que se acidentou na BR-101, por causa de buracos na pista, deve receber indenização por danos morais e materiais. Foi o que decidiu, na última semana, a 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A segunda instância confirmou sentença que condenou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.O acidente ocorreu em janeiro de 2008, no quilômetro 42, sentido norte-sul, no município de Joinville (SC). O autor estava em um viaduto e perdeu o controle da moto ao passar por um buraco, caindo e sofrendo várias lesões, sendo a mais séria a que resultou na imobilidade da mão esquerda.


artigo

TRÂNSITO Roberto Cesar Schroeder *

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trânsito tem vitimado várias pessoas e tem deixado um número ainda maior de famílias desoladas com a perda de entes queridos. E buscando adequar as leis, a sociedade tende a não tolerar a embriaguez ao volante. Recentemente, temos visto alguns grupos de pessoas pretendendo o “endurecimento da lei seca”, com tolerância zero e punições mais severas. Mas a lei já existente é suficientemente dura para coibir os infratores, bastando uma aplicação mais severa. A polícia, em que pese suas dificuldades de pessoal e material, poderia endurecer a cobrança desta lei e encher, semanalmente, diversos ônibus de infratores nos finais de bailes e festas típicas. Porém,

nem sempre quem ingeriu álcool está embriagado. Veja que o legislador, ao criar a lei, buscou discernir embriaguez (que é aquele que ingeriu concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 decigramas), daquele chefe de família que tomou aquela “latinha” durante um jantar. E assim deve permanecer o espírito da lei. Mas se o objetivo for endurecer a lei, então, que seja exigida não apenas a realização do bafômetro, mas também do exame de constatação de drogas (lícitas ou ilícitas), pois, quem ingere tais substâncias, põe em risco as nossas vidas tal quanto quem está embriagado. Pois o bafômetro detecta apenas quem ingeriu álcool, enquanto que um drogado

cremos que tal atitude não seja de interesse político (perda de votos) de quem está no poder, fato este que se sobrepõe aos interesses da sociedade. Todavia, o que não vimos ninguém comentar e que é tão terrível quanto o álcool, é o consumo de drogas ao volante, quer sejam drogas ilícitas (crack, cocaína, etc.) ou drogas lícitas (antidepressivos, calmantes, etc.), todas proibidas no mesmo art. 306, do Código de Trânsito Brasileiro - CTB. E vamos mais longe,

sai ileso, pois não é possível constatar sua lucidez ao volante, mesmo que esteja doidão. Prova disso é que raramente é aprendida habilitação por constatação de drogas; Mas não porque não exista, mas porque a polícia não tem mecanismo para detectar os drogados. Portanto, que se endureça a lei para todos. Que seja obrigatório o teste bafômetro e de dependência química a todos os condutores. O direito a igualdade deve prevalecer.

LEI SECA X DROGAS – TRATAMENTO COM O MESMO RIGOR

* Roberto Cesar Schroeder – Advogado OAB/SC 12.459 - robertocschroeder@ibest.com.br

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CONGRESSO E PRÉ-CONGRESSO: MULTIPLICADOR DE BOAS IDEIAS CONCARH 2012 (Congresso Catarinense de Recursos Humanos) recebeu mais de 600 congressistas e mais de mil circulantes na EXPOCARH (22ª Exposição Catarinense de Produtos e Serviços de Recursos Humanos). Segundo Luzia Fröhlich, Presidente da ABRH – SC, o evento superou expectativas gra-

ças ao alto nível de palestrantes, ao engajamento dos voluntários da ABRH e à receptividade de Blumenau, que sediou o Congresso com competência. A Presidente também enfatizou o sucesso de público e o diferente formato que teve o Pré-Congresso, evento que deu início ao 22º CONCARH.

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A VIDA QUE VALE A PENA SER VIVIDA

A ALMA É O SEGREDO A palestra magna de abertura ministrada pelo escritor César Souza exibiu um novo RH, o Neo RH, onde os profissionais são muito mais que o suporte da organização, o setor é na verdade, o core. César aproveitou a oportunidade para derruir conceitos antigos, como “o segredo é a alma no negócio”. Para o profissional, a alma é, de fato, o segredo do negócio. 64

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nomo, que, para o escritor, ainda há de ser seguido por outras culturas. Na palestra “A Vida que Vale a Pena ser Vivida” de Masi disse que nós brasileiros vivemos em um País rico em alegria, sensualidade e solidariedade, sendo assim estamos no caminho certo para a vida que realmente vale a pena ser vivida.

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Em apresentação que lotou auditório do Teatro Carlos Gomes, o sociólogo italiano Domenico de Masi elogiou o Brasil por ser uma cultura livre dos modelos de trabalhos europeus ou norte-americanos. Para de Masi, o modelo de referência brasileiro não existe, sendo assim, o País deve criar seu modelo autô-

PORQUE AS VAGAS ESTÃO VAGAS? A psicóloga Simone Turra, especialista em desenvolvimento de carreira que integrou a grade do CONCARH 2012 (Congresso Catarinense de Recursos Humanos) fez uma análise da realidade atual na economia: se há tanta gente em idade produtiva no Brasil precisando de emprego,

porque as empresas têm dificuldade em preencher suas vagas de trabalho? Para a especialista, a resposta está numa mudança de paradigma. “É preciso entender que não são mais as organizações que escolhem as pessoas, mas as pessoas que escolhem as organizações”.


O desenvolvimento e o engajamento de líderes foi tema da apresentação de Marcelo Madarasz, Gerente de Desenvolvimento de Liderança, Relações e Times da Natura. Na ocasião, o gerente exibiu os quatro módulos usados para inserir novos colaboradores na empresa. O programa trabalha com a exposição dos valores da empresa, dos executivos e funda-

dores da Natura. Madarasz afirma que não é possível cobrar uma atitude nobre de um colaborador, sendo que o próprio superior não é exemplo de nobreza. Ele sugere também que a organização resgate a história da empresa, desde a fundação, para que o possível líder entenda a importância do engajamento para os resultados de seu trabalho.

INTEGRAÇÃO ENTRE CORPO E ALMA É ESSENCIAL PARA O SUCESSO DAS ORGANIZAÇÕES Com uma palestra interativa e bom humor sempre presente, o administrador, professor e consultor, Rogério Chér, instigou o público presente ao discorrer sobre tema “Pessoas saudáveis, organizações sustentáveis”. Segundo ele, quando um funcionário está presente de corpo e alma em seu trabalho, ele é capaz de atingir seu êxito profissional. Caso contrário: presença de corpo e ausência de alma, além de prejudicar o trabalho do indivíduo, gera,

também, prejuízo para as organizações. Para ilustrar o tema, Chér apresentou ao público dois vídeos, um mostrando como um pai de família fala sobre seu trabalho sem motivação e, outro, exemplificando como um profissional fala a respeito da função que exerce com paixão pelo que faz.

COMO VENCER OS DESAFIOS NO AMBIENTE DE TRABALHO A palestra “Quando o trabalho faz sentido” ministrada pelo professor e escritor Jean Bartoli salientou a importância de aspectos que passam despercebidos aos olhos do profissional de RH. Para ele, tanto as empresas quanto as pessoas que a elas pertençam precisam manter boas relações de convívio e citou que autoconhecimento pode ser um grande aliado nesse processo. “É assim que surge o vínculo de comunidade que se estabelece dentro das organizações”, explica.

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RESGATE DAS DELICADEZAS

ABRH-SC - Associação Brasileira de Recursos Humanos / Seccional Santa Catarina - Rua Samuel Heusi, 463, Sala 813 - Centro - Itajaí/SC - CEP: 88301-320 - (47) 3348-6004 www.abrhsc.org.br - secretaria@abrhsc.org.br

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consumo portalmercadobrasil.com.br

Apostando nas facilidades trazidas pela tecnologia, a Belkin, empresa especializadas em soluções de conectividade, anunciou o lançamento de sua nova linha de produtos para automação residencial. Batizada de WeMo, a linha traz produtos que permitem ao usuário controlar eletrônicos domésticos de qualquer lugar, por meio de dispositivos móveis como smartphones ou tablets. A linha é formada por dois aparelhos: o interruptor para automação residencial e o sensor de movimento. Para utilizá-los, basta possuir uma rede Wi-Fi e instalar o aplicativo no dispositivo móvel. Os produtos já estão à venda nos Estados Unidos e devem chegar ao Brasil em outubro de 2012. Mais informações: belkin.com/wemo

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CASA INTELIGENTE

Os usuários de produtos da Apple – iPhones, iPods e iPads – já podem ampliar a capacidade de armazenamento de seus aparelhos sem dificuldades. A Kingston traz ao mercado brasileiro o Wi-Drive, dispositivo sem fio que compartilha mídias via Wi-Fi e é compatível com sistemas Android, Windows e iOS. Equipado com tecnologia flash e portas USB, o Wi-Drive permite o acesso aos arquivos via sinal Wi-Fi, sem o uso de cabos ou internet, e suporta até três pessoas trabalhando simultaneamente. O preço sugerido é de R$ 220 o aparelho de 16 GB e R$ 450 o de 32 GB. Mais informações: kingston.com/br.

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Mais espaço


Chegou ao mercado o novo lançamento da RIM, o BlackBerry Curve 9220, aparelho que traz como diferenciais o sistema operacional BlackBerry OS 7 e o preço mais econômico. O smartphone mantém o design tradicional dos outros aparelhos da marca, como teclado físico e tela de 2.44 polegadas, além de ser equipado com 512 MB de RAM e até 32 GB de memória, que ainda pode ser expandida. O Curve 9220 tem câmera de 2 megapixels, Wi-Fi e bateria com capacidade para até sete horas de conversação e 18 dias em standby. Mais informações: br.blackberry.com.

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POTENTE E ACESSÍVEL


artigo portalmercadobrasil.com.br

A REALIDADE DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL Jaime Grasso*

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balança comercial da indústria de transformação brasileira, de 2004 a 2011, já acumula déficit superior a US$ 100 bilhões. A produção industrial do País fechou 2011 com queda de 5,1%. Hoje, nossas commodities representam 71% das exportações. Em 2011, foram extintos 770 mil empregos de valor agregado: trabalhadores da indústria de transformação que perderam seus empregos para a China, para a Índia e outros países que produzem com a mesma

Todos esses dados comprovam que não estamos no melhor caminho. Os problemas todos conhecemos: taxas de juros desproporcional à realidade do mercado, carga tributária elevada e sistema tributário complexo, câmbio desajustado, infraestrutura defasada, burocracia, falta de transparência e insegurança jurídica, com as constantes mudanças das regras (a mais recente, que altera o ICMS para as importações, chamada de lei dos portos, é um bom exemplo). Diante disse, estudos

realizados pela Abimaq comprovam que produzir no BraESTUDOS REALIZADOS sil é 36% mais caro do que na PELA ABIMAQ COMPROVAM Alemanha e Estados Unidos. Não estamos falando de ChiQUE PRODUZIR NO na ou outros países com mão BRASIL É 36% MAIS CARO de obra barata e custo baixo. Estamos comparando com DO QUE NA ALEMANHA países desenvolvidos, com E ESTADOS UNIDOS. políticas sociais que valorizam o trabalhador e oneram a produção. Mesmo assim, o Brasil não é competitivo catarinense. Em 2007 os produtos industrializados rediante destes países. Tem jeito? Sim, e ele passa pela presentavam 64%. Em 2011, responderam por 54% de adoção de políticas econômicas de longo prazo, focatoda a produção. A economia catarinense cresceu 2,6% em 2011 ante das na competitividade da indústria brasileira. O Movi2010. Se a comparação for de 2010 contra 2009, o mento Brasil Eficiente tem propostas concretas para crescimento de Santa Catarina foi de 6,1%, de acor- mudar esse status, como o estímulo à eficiência da do com IBCR/SC - Índice de Atividade Econômica gestão pública, a simplificação do sistema tributário Regional. Nos últimos cinco anos, as exportações e a redução da carga de impostos. Todos sabemos cresceram 15% em Joinville. No mesmo período, as onde queremos chegar, mas ainda não conseguimos trilhar o caminho certo! importações aumentaram 240%.

eficiência, mas com custos bem menores. Diante disso, o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País somou 442.608 vagas no 1º trimestre, valor 24,1% inferior ao registrado um ano antes (583.886 empregos). Os produtos industrializados estão perdendo participação na pauta de exportação

* Jaime Grasso, Diretor da Abimaq em SC- Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos

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Como chegar ao topo Autor(es): Jeffrey J. Fox Editora: Sextante - 128 páginas – R$ 19,90

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“Para ser o todo poderoso de uma empresa é preciso ter visão. O livro ‘Como chegar ao topo’, de Jeffrey J. Fox, mostra que as principais qualidades dos líderes bem-sucedidos é ter respeito por todos no ambiente de trabalho e na vida pessoal, e também persistência e integridade. Além disso, o livro aborda outros macetes e regras não muito divulgados que ajudam a escapar de armadilhas que podem acabar com uma carreira.” Jacinto Silveira, Diretor da Flexicotton.

O profeta da inovação

A família empresária

Negócios no ritmo da música

Autor(es): Thomas K. McCraw Editora Record 770 páginas – R$ 84,90

Autor(es): Josenice Blumenthal e Herbert Steinberg Editora Gente 200 páginas – R$ 37,90

Autor: Bill Roedy Editora Elsevier 312 páginas – R$ 69,90

Thomas K. McCraw reúne dados sobre a vida e a obra de Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas da primeira metade do século 20. Conhecido como profeta da mudança incessante, o teórico traz a visão radical de que quase todas as empresas fracassam vítimas da inovação introduzidas pelas concorrentes. Na obra, escritos, diários e cartas íntimas nunca publicadas formam um retrato completo de Schumpeter.

Em “A família empresária”, os autores apresentam as ferramentas e recursos da governança corporativa e familiar como a chave para obter relações saudáveis e produtivas em empresas familiares. São estas ações que ajudarão a evitar os problemas gerados pela complexa relação de afeto, poder e dinheiro e criar maneiras de minimizar caprichos individuais e atritos e preservar o convívio afetuoso entre parentes.

Exemplo de sucesso, a MTV está presente em 165 países e alcança um público de mais de dois milhões de pessoas. Nesta obra, o presidente do conselho e CEO da MTV, Bill Roedy, conta a história desta gigante do entretenimento, relatando as estratégias que permitiram à MTV alcançar mercados e culturas tão diversificados, além de narrar suas experiências com grandes nomes da política, ciência e música mundial. 69


agenda portalmercadobrasil.com.br

JUNHO

CURSOS E OFICINAS

23 a 26 11ª Feira Serrana da Moda Local Centro Eventos de Nova Serrana, Nova Serrana (MG) Informações novaserranafeiraemoda.com.br

Curso Perdas Logísticas – Como evitá-las Período 12 a 14 Local Acijs – Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (SC) Informações acijs.com.br

25 a 28 6ª Feira de Negócios para o Setor Cafeeiro Local Expo Center Norte, São Paulo (SP) Informações fispalcafe.com.br

Curso Compromisso com a excelência nos negócios Período 15 a 16 Local Associação Empresarial de São Bento do Sul - Acisbs, São Bento do Sul (SC) Informações acisbs.org.br

27 a 30 5ª Feira Internacional da Construção Local Centro de Exposições Expominas, Belo Horizonte (MG) Informações feiraconstruir.com.br/minas

Curso de Análise do Crescimento da Confiabilidade – Avançado Período 27 a 29 Local ReliaSoft, São Paulo (SP) Informações reliasoft.com.br

Fispal Café Local Expo Center Norte, em São Paulo (SP) A Fispal Café reúne produtores, torrefadores, exportadores, distribuidores, profissionais do foodservice, baristas e donos de cafeterias em um evento de grande porte do segmento cafeeiro. A feira explora as novas tendências do mercado que beneficiam desde o produtor até o consumidor final. A Fispal seráno Expo Center Norte, em São Paulo, entre os dias 25 e 28 de julho.

JULHO

CURSOS E OFICINAS

10 a 13 Feira Metalmecânica Corte e Conformação Local Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves, Chapecó (SC) Informações eurofeiras.com.br/feira/mm-cc-2012

Curso Liderança com Inteligência Emocional Período 10 a 12 Local ACINH - Associacao Comercial, Industrial e de Servicos de Novo Hamburgo, Novo Hamburgo (RS) Informações acinh.com.br/desc_cursos.asp

11 a 13 Enersolar Brasil 2012 Local Centreventos Exposições Imigrantes, São Paulo (SP) Informações enersolarbrasil.com.br

Curso ESPM – Planejamento de mídia digital Período 20 a 21 Local ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, Florianópolis (SC) Informações advbsc.com.br

24 a 27 Rio Mech 2012 - Feira Internacional de Tecnologia e Máquinas para Indústria Local Centro de Convenções Riocentro, Rio de Janeiro (RJ) Informações (21) 3035-3100

Curso Competências Emocionais e o Eneagrama na Gestão de Pessoas Período 26 a 28 Local Plaza Blumenau Hotel, Blumenau (SC) Informações rennove.com.br

Enersolar Brasil 2012 Local Centreventos Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP) A Enersolar Brasil, é a primeira feira internacional do segmento da indústria fotovoltaica, térmica e de energia solar concentrada - CSP no Brasil. A intenção do evento é divulgar as novidades do mercado, criar oportunidade de novos negócios e incentivar a troca de experiências na área. Ela conta com 200 expositores e estima-se a por volta de 12 mil visitantes. O evento ocorre nos dos dias 10 a 13 de Julho, no Centreventos Exposições Imigrantes, em São Paulo.

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