MB 86

Page 1

agosto 2011 ano VIII nº 86

Deslizes corporativos Erros de gestão podem trazer consequências trágicas. Tão importante quanto as empresas desenvolverem ferramentas para evitá-los, é criar mecanismos para contornar rapidamente a crise, aprender com ela e sair mais fortes. Anuário ERP

R$12,00

WWW.PORTALMERCADOBRASIL.COM.BR

NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- LOGÍSTICA - MERCADO ECONÔMICO

Saiba porque o ERP é fundamental para a competitividade das organizações e conheça as principais soluções disponíveis




expediente

editorial

É, você errou. E agora?

Acesse www.revistamercadobrasil.com.br

e veja a edição na íntegra

S

im, chega a hora, inevitavelmente ocorrerá um dia, que você errará. Pode ser na sua vida pessoal, pode ser na sua vida profissional. Mas tão certo como o sucesso e as boas práticas fazem parte do cotidiano, o erro também é parte do trajeto. Nosso foco aqui são as empresas. O que fazer quando uma organização erra? Claro, o erro é sempre pessoal, sempre provocado por decisões equivocadas. O que não quer dizer que a iniciativa já tenha nascido vianos ciada – não contamos aqui com erros propositais, que também existem. A ideia pode até ter sido bem pensada, mas tudo bem: erramos.

5 fale conosco redação Mande cartas para a editora, sugestões de temas, opiniões ou dúvidas: jornalismo@revistamercadobrasil.com.br Fone: 47 3275 2277

publicidade Quer anunciar na Mercado Brasil? Não perca tempo: comercial@revistamercadobrasil.com.br

administração Para falar com nossa administração: adm@revistamercadobrasil.com.br Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista.

parceiros CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil FFM – Fundação Fritz Müller FUNDABRINQ – Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente FACISC - Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina

Impresso em papel certificado Suzano. Uma garantia de que este é um produto de base florestal que resultou de um processo de produção economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto.

Para saber como agir nessas situações a repórter Kamila Schneider conversou com especialistas e revela, em nossa reportagem de capa, como contornar uma situação dessas. A boa dica é, sempre, aprender com o erro. Mas também é fundamental saber como seguir adiante. O tropeço não pode se tornar em uma bola de neve que leve toda a organização para o penhasco. Rapidez e transparência são palavras de ordem neste caso. São critérios que, às vezes, ficam em uma área nebulosa das empresas. Ora porque não fazem parte da cultura da organização, ora porque, simplesmente, não existem planos que englobem como agir com rapidez e transparência. A Mercado Brasil tem ainda uma reportagem sobre o porto de Itapoá, no Norte catarinense, que começou a operar no segundo semestre. Falamos também de entidades, como: Facisc e Fiesc, projeto pescar, entre outros temas. Por fim, a revista traz ainda um especial sobre ERP com sugestões e informes sobre o uso da solução. Traçamos seus benefícios e tendências. Boa leitura, Cristiano Escobar Maia



índice

16 capa

Você estava errado

Erros de gestão podem trazer consequências graves à imagem e credibilidade do negócio. Especialistas indicam que saber prever e lidar com os erros são as maneiras mais eficazes de evitá-los.

52

38

negócios

mídia

O Brasil registrou o maior crescimento no setor de mídia e entretenimento em 2010 e deve liderar a expansão do setor ao lado da China.

80

consumo e lazer

06

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

O novo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, fala sobre os planos da entidade para os próximos anos e sobre sua principal bandeira, a competitividade.

82

coluna abrh

Prêmio Ser Humano SC 2011 tem mais de 30 empresas inscritas.

84

estante


índice

24

32

vida executiva

logística

FOTO: ANDRÉ KOPSCH

Cada vez mais presente no dia a dia dos profissionais, o estresse pode representar um perigo para a saúde do funcionário e da empresa.

Com as operações iniciadas em junho, o Porto Itapoá promete consolidar SC como segundo polo logístico-portuário do Brasil.

60

69

especial tigre

especial ERP

Gigante do setor de tubos e conexões comemora os resultados de 2010, considerado o melhor ano da história da empresa.

85 lex

86

agenda

Software de gestão empresarial possibilita o acesso rápido e eficaz à informação. Ferramenta é indispensável para manter a competitividade no mercado atual.

07

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


MBonline

www.portalmercadobrasil.com.br RANKING

INTERATIVIDADE

As dez cidades que

Já está, em nosso portal, o acesso à pesquisa “Qual a relação de sua empresa com os parceiros?”, elaborada pela Market Growing, com apoio da Mercado Brasil.

lideram o ranking de acessos ao Portal Mercado Brasil são Joinville (SC), São Paulo (SP), Florianópolis (SC), Londrina (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São José (SC), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR). A maioria, 37,08%, dos acessos ocorre através de tráfego direto. Já 32,43% dos internautas chegam ao site através da ferramenta de busca do Google e 22,34% dos visitantes acessa o Portal Mercado Brasil via twitter.

A pesquisa irá montar um panorama dos principais equívocos cometidos durante o processo de parceria e apontar dificuldades enfrentadas para estabelecer esse plano. Os resultados do levantamento serão divulgados com exclusividade na Revista Mercado Brasil. A pesquisa utiliza como base o estudo “Seis passos para o desenvolvimento de parceiros”, também desenvolvido pela Market Growing. Aplicado no mercado americano, o estudo traz os principais pontos para estruturar de maneira eficiente os canais de venda da empresa. As etapas consideradas primordiais são: atração, envolvimento, capacitação, motivação, suporte e gerenciamento de parceiros.

“Os índices de desenvolvimento econômico e humano do Estado de Santa Catarina merecem destaque. A Revista Mercado Brasil cumpre, com excelência, a tarefa de publicar as qualidades da nossa gente, que dão sentido ao lema positivista de Ordem e Progresso” Sylvio Zimmermann Neto – Diretor de Desenvolvimento Econômico do Município de Blumenau

Você tem alguma opinião, sugestão, elogio ou crítica sobre a revista ou o portal da Mercado Brasil? Mande para a gente! Envie e-mail com o nome completo e profissão para redacao@revistamercadobrasil.com.br

TWITTER

FACEBOOK Além de ser uma ampla rede de relacionamentos, o Facebook também traz conteúdo inteligente para os usuários. Novidades sobre economia, gestão, sustentabilidade, negócios e tecnologia estão na página da Mercado Brasil. Curtir o perfil é garantia de conhecimento e informações de primeira mão sobre o novo portal.

08

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

Os seguidores do Twitter da Mercado Brasil, além de receberem informações sobre as revistas, vão ser os primeiros a saber quais foram as mais recentes postagens no portal e notícias do mercado. E o melhor: você ainda pode repassar todas as informações aos seus seguidores através do Retweet. Siga @mercado_brasil.

ASSINATURA Para aqueles que não dispensam uma boa revista impressa, ainda podem solicitar a assinatura da Mercado Brasil pelo novo portal. Na página inicial, é só clicar na seção “Assine” e preencher o formulário. O pagamento pode ser feito no cartão de crédito. E pronto! É só esperar a sua edição chegar pelos Correios.





mercado

Robô paletizador O primeiro robô paletizador, totalmente fabricado no Brasil, foi apresentado pela Indumak, de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, durante a 27a Fispal. A inovação possui um giro de 360o, o que permite mobilidade, rapidez e precisão no posicionamento de produtos no momento da paletização. A velocidade do equipamento depende do estudo do projeto específico para a necessidade de cada cliente. Inicialmente ele atende até 14 ciclos por minuto, dependendo do layout e da aplicação, conseguindo sustentar cargas de até 50 quilos.

Demandas em logística

Acijs

recebe prêmio A Associação Empresarial de Jaraguá do Sul - Acijs, em Santa Catarina, recebeu, no mês passado, a premiação do Programa Facisc de Excelência na Gestão. O projeto é coordenado pelo Movimento Catarinense para a Excelência com o objetivo de estimular a melhoria da gestão das organizações que representam o setor produtivo no Estado. A Acijs foi agraciada na categoria grande porte, que tem a partir de 800 associados, juntamente com a Associação Comercial e Industrial de Chapecó - Acic.

12

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

As federações de indústria dos três estados do Sul (Fiesc, Fiergs e Fiep) realizam o maior estudo de logística já realizado na região, o Projeto Sul Competitivo. A empresa Macrologística, de São Paulo, trabalha na identificação das 19 principais cadeias produtivas dos três estados do Sul, a partir dos eixos de transportes que ligam a produção até o cliente final tanto no Brasil quanto no exterior. Vai ser mapeada a integração de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul com os países vizinhos. A intenção é diagnosticar as principais demandas do setor, para posteriormente cobrar do poder público as obras prioritárias para o fomento da atividade.

Berlanda expande A Berlanda prossegue em seu ambicioso plano de expansão pelo Sul de Santa Catarina com uma série de inaugurações programadas para os próximos meses. A rede inaugura até o fim deste ano lojas nas cidades de Araranguá, Forquilhinha, Içara e Turvo. A estratégia da empresa é fincar sua bandeira em cada um dos 293 municípios catarinenses até 2015.


mercado

Cooperativismo em alta O cooperativismo de crédito está em crescimento no Brasil. Hoje, 4% da população economicamente ativa – cerca de 5 milhões de pessoas – está associada a uma das 1.380 cooperativas do País. Segundo o Banco Central, as cooperativas de crédito crescem a uma média de 26% ao ano. Em Santa Catarina o cenário não é diferente. As 262 cooperativas catarinenses, que cresceram 10,5% em receita operacional bruta no ano passado, faturaram R$ 12,5 bilhões. O ramo de crédito, formado por 74 cooperativas que reúnem 605.165 cooperados (associados), teve movimento de R$ 966,6 milhões.

Cativa no Fashion Weekend Plus Size A equipe da Cativa Têxtil, empresa com sede em Pomerode, Santa Catarina, figurou entre as participantes de mais uma Fashion Weekend Plus Size, edição Primavera/Verão 2012, em São Paulo. A coleção da Cativa Mais foi a âncora do desfile, que contou com cerca de dez marcas nacionais. Segundo a diretora-comercial, Cátia Maria Sprung, as roupas da Cativa Mais seguem agora um apelo mais fashion, para atender homens e mulheres joviais, ligados às tendências e ávidos por roupas diferenciadas. No FWPS a Cativa Têxtil apresentou 20 looks diferentes.


mercado

Vivo Direto para catarinenses A Vivo lançou em Santa Catarina o Vivo Direto, serviço de comunicação Push To Talk - PTT similar ao rádio na forma de comunicar e com conexão ilimitada entre os seus assinantes. Trata-se de uma opção econômica para contatar clientes, amigos e familiares em todo o País. Lançado inicialmente em Curitiba, no mês de junho, hoje, o serviço está disponível a toda a Região Sul. Entre os aparelhos compatíveis com o Vivo Direto, atualmente, estão o Blackberry Curve 9300, o Nokia 2710, o OT900 da Alcatel e o LG GU 295.

Pesquisa sobre jovens

Empresas de cosméticos apostam nas farmácias De acordo com o Instituto Euromonitor, o Brasil registrou a maior taxa de crescimento de vendas de itens de higiene e beleza no varejo farmacêutico, entre os cinco países líderes nesse segmento, 30% - um aumento de US$ 9 bilhões nos negócios do setor. Entre março de 2010 e abril de 2011, o setor movimentou US$ 37,7 bilhões, segundo a IMS Health, consultoria norte-americana especializada na área farmacêutica. A estimativa é que o segmento cresça em torno de

14

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

10% e feche 2011 com faturamento total de R$ 41 bilhões. A classe C se destaca entre os maiores consumidores de higiene e beleza no canal farma. De acordo com Luane Lohn, presidente da indústria catarinense Ciclo Cosméticos, o aumento das vendas em farmácias está diretamente relacionado ao aumento do consumo da classe C e também ao maior espaço disponibilizado para estas categorias. Hoje, 60% do total das vendas da Ciclo Cosméticos estão no canal farma.

Um estudo global, conduzido pela GfK, com mais de 30 mil trabalhadores em 29 países, aponta falta de comprometimento de jovens trabalhadores no mundo todo. A análise destaca que isso é resultado da pressão a que eles têm sido submetidos nas empresas ou organizações. Realizada de fevereiro a abril deste ano, a pesquisa encontrou um mercado de trabalho polarizado entre jovens de 18 a 29 anos desiludidos e trabalhadores mais velhos, acima dos 60 anos, possivelmente mais resignados. No Brasil, apenas 20% dos jovens entre 18 e 29 anos estão altamente comprometidos, enquanto que nas faixas etárias mais altas - 50 a 59 anos -o índice é bem superior: 37%.


mercado

Jaraguá do Sul será sede do 12o Seni Já está definida a programação oficial do 12o Seni - Seminário de Negócios Internacionais, que acontece, entre os dias 20 e 21 de outubro, na Scar, em Jaraguá do Sul, Norte catarinense. Na edição deste ano, um dos destaques será a participação do ex-embaixador do Brasil em Londres e em Paris e atual presidente do Conselho Empresarial Brasil-China - CEBC, Sérgio Silva do Amaral, que abordará o tema “Crescimento dos países e a geração de mercados”. Promovido pelo Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Joinville - ACIJ, o Seni deve reunir um público voltado para empresas importadoras e exportadoras, despachantes aduaneiros, seguradoras, profissionais liberais e de comércio exterior, lideranças públicas e privadas, além da comunidade acadêmica. FOTO: ERALDO SCHNAIDER/SANTUR

Park Europeu patrocina Oktoberfest O Shopping Park Europeu, em construção na Via Expressa Paul Fritz Kuenhrich, em Blumenau, é o novo patrocinador da maior festa alemã das Américas: a Oktoberfest. Durante o evento, a marca do Shopping Park Europeu será exposta nas principais ruas da cidade, em praças, nos desfiles típicos, no Parque Vila Germânica, nos pavilhões, no site oficial e no material impresso de divulgação. A 28a Oktoberfest ainda conta com o patrocínio do Bradesco e da Souza Cruz. A festa será realizada de 6 a 23 de outubro.


capa

Antes de pensar em eliminar os erros de gestão é preciso saber como lidar com eles kamila schneider

Você estava

A

lguns casos recentes de erros de gestão trouxeram à tona a importância de possuir gestores bem preparados para lidar com situações adversas dentro das empresas. São situações que comprometem a imagem da empresa no mercado: a alta exposição, as especulações e a falta de transparência costumam desestruturar todo o negócio e, muitas vezes, levá-lo a problemas irreversíveis. Isso não significa que o erro não possa acontecer – pelo contrário, especialistas indicam que o segredo está em como a empresa lida com esses erros. Por isso, saber o que fazer, como fazer e como seguir adiante são passos fundamentais para que o erro não se transforme em uma bola de neve e a empresa recupere o seu espaço.

16

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


capa

ERRADO!!!


capa É normal os erros pegarem as empresas desprevenidas – normalmente, a organização confia tanto em seu próprio trabalho que não espera pelo surgimento de falhas. Mas, por mais improváveis que algumas situações possam parecer, as empresas devem conhecer os problemas à que estão sujeitas, sejam técnicos, naturais ou de gestão. De acordo com o mestre em administração de empresas, Marcos Morita, qualquer situação que possa representar um risco ou impacto alto para o negócio deve possuir um plano de ação ou contingência, para que a empresa saiba como agir. Nesse plano, explica o especialista, tem que estar listadas todas as ações tomadas pelas pessoas envolvidas no caso. Normalmente, devido ao alto nível de estresse e pressão, os líderes acabam agindo de forma errônea, tomando decisões que pioram a imagem da empresa. Com um plano de contingência, esse líder saberá como lidar com a situação: segundo Morita, “ele estará mais preparado para informar os clientes com rapidez e transparência, diminuindo o desconforto que as pessoas sentem em relação ao que aconteceu”.

Gestão eficiente Por mais que as decisões sejam tomadas por um colegiado dentro das empresas, a responsabilidade de lidar com erros de grande repercussão sempre acabam caindo nos ombros do líder. Nessas horas, é fundamental que o gestor esteja preparado para enfrentar a situação da melhor maneira possível, amenizando os erros e focando as próximas ações. De acordo com o presidente da Elancers e sócio diretor da Consultants Group by Tegon, Cezar Tegon, um líder precisa conhecer sua empresa. E, principalmente, saber o que está acontecendo em todos os setores. “Como ele poderá saber de tudo?”, questiona Tegon. A resposta é simples: “o líder tem que criar o que chamamos de indicadores por negócio e acompanhar esses indicadores”, afirma o especialista. Por meio desses indicadores, o gestor acompanha a execução operacional de cada setor da empresa, podendo estabelecer novos rumos para ações que não gerarem os resultados esperados. Segundo Tegon, é importante ressaltar que esse acompanhamento precisa ser diário e constante – não adianta conferir o balanço das metas no fim do mês, depois que o prazo para cumpri-las acabou, por exemplo. “Executivo bom estabelece pontos de controle e observa com lupa, e não como quem olha de um helicóptero”, aconselha.

TIPOS DE ERROS: ESTRATÉGICOS: as decisões estratégicas são as “mais importantes” da empresa, tomadas por seus principais líderes. Os erros cometidos nessas decisões são os mais graves, por serem de grande importância para o negócio e afetarem toda a organização. Por exemplo, um investimento de alto risco. ORGANIZACIONAIS: são as decisões de nível gerencial. Normalmente afetam a empresa como um todo, mas não expõem tanto a imagem da organização. Por exemplo, a compra de um lote de produtos errado. OPERACIONAIS: as decisões operacionais são aquelas tomadas no dia a dia, que afetam mais diretamente alguns setores.

Não conquistamos o cliente nunca cometendo erros, mas por atendê-lo na hora que o erro acontece” Célio Luiz Valcanaia, mestre em administração

18

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


capa

A imagem depois do erro Antigamente, quando uma empresa cometia um erro com um cliente, ele contava para outras 15 pessoas, e o assunto morria por aí. Agora, com a internet, um erro pode ser imediatamente contado para milhões de pessoas. Essa mudança de perfil do consumidor mostra a necessidade de as empresas estarem atentas ao que acontece no universo digital, mas, principalmente, reafirma o quão primordial é o relacionamento com o cliente. “Uma relação de confiança com o cliente não vem do fato de não haver erros, mas vem sim de como os erros são tratados quando acontecem. Não conquistamos o cliente nunca cometendo erros, mas por atendê-lo na hora que o erro acontece”, destaca o mestre em administração, Célio Luiz Valcanaia, da Valcanaia Consultores. Segundo o especialista, ouvir o cliente é uma das coisas mais difíceis que existem hoje, porque de certa forma os consumidores estão muito exigentes. Ainda assim, Valcanaia afirma que a metade dos casos de reclamação dos clientes é fruto justamente da falta de atenção aos seus anseios. Tegon ressalta que, se a empresa comete um deslize e não tem uma boa justificativa para os consumidores, a tendência é que eles a “abandonem”. “Se for falar em mercado de consumo, a má gestão vai refletir em tudo: produto, preço, compra ou não do cliente, qualidade ou não do produto. As pessoas deixam de comprar, é normal”. O especialista explica que algumas empresas acreditam que os erros, a má qualidade ou o descaso com o cliente não irão afetar em nada o andamento de seus negócios. Porém, é preciso lembrar de que no mundo globalizado em que vivemos, a repercussão de um fato pode levar uma empresa a fechar as portas rapidamente.

19

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


capa

PRINCIPAIS ERROS: - Comodismo: é o erro de acreditar que da maneira como as coisas são feitas hoje, ou foram no passado, poderá ser feita para sempre. Empresas assim correm o risco de ficar para trás. - Contexto: não entender o contexto em que a empresa está inserida é um grande problema. Em um mercado globalizado, qualquer coisa que acontece em qualquer lugar do mundo pode afetar o negócio. - Orçamento: gerir uma empresa baseado em um orçamento feito uma vez por ano é muito arriscado. O orçamento precisa ser uma ferramenta de decisão e não de gestão, que deve estar adequado às mudanças externas. - Governo: acreditar que o governo deve resolver todos os problemas é um erro comum. Em um mundo globalizado, não dá para esperar que o governo resolva tudo.

- Economias emergentes: há empresas que não entendem o real papel das economias emergentes e ao invés de se beneficiarem delas, acabam se prejudicando. Conhecer as oportunidades que elas trazem é fundamental. - Gestão de pessoas: no Brasil há poucos investimentos em gestão de pessoas. Por isso, quando as empresas se deparam com a falta de profissionais, ninguém sabe o que fazer. Uma ótima solução é investir nas pessoas que já integram a empresa – é possível que haja muitos talentos desconhecidos entre elas. - Planejar x executar: em geral, as empresas possuem um planejamento, mas têm dificuldades em colocar as ações em prática. O segredo é desenvolver disciplina operacional.

- Crise: normalmente, alguém só manda colocar tranca na porta depois que é assaltado. Em geral, as empresas fazem exatamente o mesmo. Para os momentos de crise, é fundamental ter um plano de contingência que defina a maneira que a empresa irá lidar com o problema. - Comunicação: em casos de grande repercussão, ficar em silêncio só gera especulações. O representante da empresa precisa saber se comunicar de maneira clara com os clientes e a equipe, esclarecendo as ações tomadas dali em diante. - Escutar os clientes: não dar atenção às críticas e sugestões dos clientes gera mais descontentamento e exposição. É importante ter canais de comunicação eficientes e nunca subestimar a opinião do consumidor.

O lado positivo do erro “O erro e o sucesso são coisas que sempre caminham de forma paralela. As empresas que mais ousam são as que estão sujeitas aos maiores erros, mas também aos maiores resultados”, destaca Valcanaia. A afirmação pode soar como uma justificativa, mas na realidade instiga gestores a observarem o erro por uma nova perspectiva. “Não temos que focar em como evitar o erro, temos que aprender a gerenciar o erro, para o bem da organização”, explica Valcanaia. É um paradoxo do mercado globalizado: ao mesmo tempo em que há pouca tolerância com o erro, existe uma grande necessidade por inovação – e ousando, sempre haverá o risco de cometer erros. Para Valcanaia, que também é professor da Sustentare Escola de Negócios, em Joinville, uma das coisas mais importantes que as empresas podem fazer com seus gestores é permitir que eles errem, porque não tolerar o erro também não permite que eles aprendam e evoluam. Isso não significa aceitar o erro deliberadamente, destaca o especialista: “Quando um profissional comete um erro, ele tem que olhar para a situação, entender o que aconteceu e analisar o que ele pode fazer para que aquilo não aconteça novamente”.

20

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br



entidade

Formação de preços tem importância fundamental na hora de fazer o posicionamento estratégico da empresa

Representatividade e força para o empresariado C

FOTO: FABRICIO SOUSA

onsolidada como a maior federação empresarial de Santa Catarina, a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – Facisc - completa 40 anos de experiência sem perder o foco no futuro. Responsável pela criação de diversos programas de auxílio às organizações e empresários do Estado - como o Programa Empreender, o projeto Voz Única e o Deputadômetro -, a entidade tornou-se uma das representantes mais fortes do empresariado catarinense. Para o presidente da Facisc, Alaor Francisco Tissot, comemorar os 40 anos da entidade representa uma conquista, mas também um desafio. “Com quatro décadas de atuação, a Facisc alcança números expressivos. A entidade está presente em 220 municípios, dos 293 em Santa Catarina, através de 145 associações empresariais e congrega mais de 26 mil empresas. Dados que fazem da Facisc a maior federação empresarial de Santa Catarina.”, afirma Tissot. “É um grande desafio fazer com que a entidade tenha mais 40 anos com sucesso e prosperidade”. Essa representatividade surgiu justamente da vontade de agregar diversos setores da economia e associações empresariais de todos os portes, aponta Tissot. “Temos também muita credibilidade porque as associações empresariais são verdadeiros agentes de transformação e desenvolvimento nas suas cidades. Conseguimos estar em cidades e locais que outras entidades não alcançam”.

Anseios da classe empresarial De acordo com o presidente, a história da entidade foi construída em torno dos anseios da classe empresarial catarinense. Desde a sua fundação, ela tem apoiado iniciativas e desenvolvido ações para solucionar problemas que dificultam a vida das empresas, como a alta carga tributária, a infraestrutura do Estado e os gastos públicos, além de incentivar o associativismo, a competitividade e a sustentabilidade das associações empresariais. “Claro que falta muita coisa. Muitas vezes não

22

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

temos como colocar a mão na massa e ir lá e pavimentar uma estrada. Mas o que importa é que somos a voz desses empresários e conseguimos mostrar que unidos conseguimos muito mais”, afirma o presidente. Hoje, a principal bandeira da entidade é o desenvolvimento sustentável que, segundo Tissot, tem relação direta com assuntos que afetam o cotidiano das empresas, além de ser uma das chaves para o desenvolvimento socioeconômico do Estado.


entidade

MOMENTOS IMPORTANTES DA HISTÓRIA DA FACISC 1950 Acontece a primeira tentativa de formar uma entidade que englobasse as associações comerciais e industriais de SC. Representantes das ACIs do Estado formaram a entidade, porém a sua consolidação foi impedida pela falta de continuidade dos trabalhos. 1971

No dia 26 de junho de 1971, as associações de Florianópolis, Blumenau, Joinville, Itajaí, São Bento do Sul, Caçador, Laguna, Criciúma, São Francisco do Sul, Tubarão e Rio do Sul se uniram para criar a Facisc, que teve como primeiro presidente Ody Varella, então presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis.

1980 A Facisc se torna uma entidade reconhecida em âmbito estadual, com cerca de 80 Associações Comerciais e Industriais filiadas. 1988 Início da participação da Facisc no

Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense – Prodec, do qual faz parte do conselho até hoje.

1996 Criação da Fundação Empreender, no norte do Estado. 1997

Mulheres empresárias de SC se unem para fundar o Conselho Estadual da Mulher Empresária – Ceme.

1999

Nasce a Facisc Jovem, através da criação de uma vice-presidência específica para os jovens empresários.

2001 A entidade participa da criação do Conselho das Federações Empresariais - Cofem, que reúne também a Faesc, Fampesc, FCDL/SC, Fecomércio, Fiesc e Fetrancesc. 2005 A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil CACB reconhece a Facisc como a Federação que mais contribuiu para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas no Brasil através do Programa Empreender. Foram quatro premiações recebidas pela entidade. 2010

Lançado o projeto Voz única, que reúne questões levantadas pelos empresários com foco no desenvolvimento econômico de SC.

2011 A Facisc cria o Deputadômetro, ferramenta para monitorar os deputados estaduais eleitos em 2010 e saber se os deputados criarão projetos de lei para cumprir suas promessas. 2011 A entidade completa 40 anos.

23

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


vida executiva

24

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


vida executiva

O estresse no trabalho deve ser uma preocupação das organizações para a saúde do funcionário e da empresa. fernanda dellagiustina

Ahhhh,

não vê que estou

estressado? R

espire fundo. Agora imagine um ambiente de trabalho tranquilo, onde todos se dão bem, em que cada um assume sua função e faz seu horário. Este é o sonho da maioria dos executivos, mas a realidade é outra quando se trata de correr atrás do sucesso. No Brasil são poucas as empresas que trabalham de maneira que o funcionário tenha liberdade com suas responsabilidades. No meio empresarial, o tempo é inimigo do profissional que sobrecarregado se obriga a ficar além da hora de trabalho e a se desdobrar em cada projeto. Com tanta pressão é quase impossível manter o organismo, o físico e o psicológico de forma saudável. Não importa o segmento, a profissão, ou o setor. Na atualidade, dores de cabeça, dificuldade de concentração e fácil irritabilidade são apenas alguns dos sintomas considerados comuns na vida das pessoas. E, os principais motivos? Acúmulo de trabalho, a corrida desenfreada das grandes empresas em direção ao novo, ao mundo tecnológico, que vive em constante mutação. Não podemos esquecer, é claro, da falta de valorização dos empresários com seus funcionários.

25

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


vida executiva

Ah, o estresse! Aí entra a explicação para tantos sintomas: Estresse no trabalho. Nas últimas cinco décadas o estresse vem sendo considerado o grande mal do nosso século e a denominação apenas se intensifica a cada ano. Mas, você sabia que esse distúrbio, em pequenas doses, faz e deve fazer parte da nossa rotina? O consultor de empresas Marcelo Karam explica que existe o estresse real e o imaginário e qualquer um dos dois, pode passar por fases diferentes. Em alguns casos o estresse imaginário pode ser bom. Ele nos deixa em estado de alerta, prepara o organismo e nos traz adrenalina para enfrentar diversas situações. Em outras situações, nos faz fantasiar o desnecessário e pode se tornar real. Exemplo: “Vão reestruturar a empresa e vem aquele pensamento de que vou ser mandado embora, ou um boato dentro da organização, mesmo de fonte não fidedigna, gera um estresse. Acontece muito isso em processos de mudança. Ai vem os modismos. Quando surgiram, a gestão, o conhecimento e a informatização geraram um estresse e um imaginário muito grande”, esclarece Karam.

No trabalho e na vida Resumidamente, o estresse nada mais é do que a maneira com que o nosso organismo responde aos nossos impulsos e o deixa desequilibrado. Ricardo Vogelsanger, sócio diretor da Neodin de Joinville, SC, empresa especializada em estratégias para a internet, começou a sentir o desequilíbrio de seus impulsos nervosos, no fim de 2009, depois de passar mais de 12 horas por dia trabalhando. “O tempo, o descanso e o lazer foram ficando cada vez menor. Como eu tenho uma autocobrança muito forte em

relação ao trabalho, o estresse e a pressão aumentaram. Até tive que me ausentar por um tempo por causa de problemas de saúde.” A narração sobre o estilo de vida que Ricardo levava não é novidade para grande parte dos executivos. O estresse desempenha duas fases distintas, o negativo e o positivo, que passam por duas fases, a inicial e a de alerta, etapa pela qual o empresário poderia acabar ultrapassando se não tratasse antes a patologia.

Etapas do estresse Os sintomas passam por momentos diferentes. Nas duas primeiras fases do estresse a pessoa fica debilitada, desnutrida e com redução de energia mental, fatores que deixam o trabalho prejudicado e exigem ainda mais dedicação do profissional. Em nível um pouco mais avançado e somado a um estilo de vida ruim, o sedentarismo, sobre peso, fumo, álcool fazem o organismo virar uma bomba-relógio. Estes sintomas ainda fazem parte da fase de alerta. Conforme os estressores acumulam passam para a etapa da exaustão. Neste processo, o organismo produz o Cortizol que é quando as resistências física e emocional começam a baixar. “A pessoa começa a ter variações emocionais e dificuldades para tomar decisões. É uma fase negativa e destrutiva”, afirma o consultor Karam. Em casos mais extremos nesta etapa o estresse

26

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

pode causar gastrite, problemas de pele, herpes, hipertensão, envelhecimento precoce, depressão e até dificuldades de manter relações sexuais. Ricardo sentia tonturas, falta de concentração e forte irritação. Com ajuda profissional, o empresário conseguiu driblar o estresse readequando sua rotina. Arrumou mais tempo para atividades físicas e equilibrou a alimentação. “Encontrei o squash, hoje faço uma hora, uma hora e meia de jogo, três vezes por semana. Precisei aumentar o meu tempo para o lazer”, relata. Segundo Marcelo Karam precisamos perceber o estresse. “O evento em si é percebido pelos nossos órgãos sensoriais e interpretamos de acordo com nossos valores, crenças e registros que temos, nossos modelos mentais. A maneira que entendemos, interpretamos e sabemos lidar com ele que conta.”



gestão

No meio coorporativo

28

O cenário em que vivemos atualmente pode ser um dos principais fatores do estresse no dia a dia do profissional. A tecnologia trouxe a mudança instantânea. Tudo é descartável. O que é novo, dias depois já não se houve mais falar. Estes princípios atuais fazem as empresas e o seu corpo de funcionários viverem com o antigo ditado, que dizia que temos que “matar um leão por dia”. Nestes quesitos as empresas precisam atingir metas, estar em constante produção, produção e produção novamente. Os empresários focados na concorrência e alta produtividade acabam por esquecer de oferecer subsídios necessários para seus funcionários terem uma vida adequada e de valorizá-los. “Tentar cumprir as metas gera frustração e chega no fim do mês o funcionário fica com sensação de que parece que não fez o que tinha que ter feito. Dentro da empresa a relação com o líder as vezes é complicada, são doentias, de autoridade. Isso tudo

gera uma pressão, que não é menor nos gerentes e nem nos diretores. Este infelizmente é um cenário da maioria das organizações”, afirma Marcelo Karam. O acúmulo de tarefas faz o profissional levar o trabalho para casa ou passar mais tempo dentro da empresa. Acaba prejudicando além da saúde, as relações com a família e a própria capacidade de enfrentar os problemas no trabalho. É prejudicial para o executivo e para a organização. Segundo o professor doutor José Carlos Zanelli, a saúde organizacional, pelo bem-estar e qualidade de vida dos trabalhadores, só se estabelece de maneira duradoura quando é percebida como um valor cultural. “Ou seja, quando se entranha na cultura da organização como algo autêntico no comportamento dos dirigentes, que se preocupam verdadeiramente com a saúde das pessoas e não simplesmente como uma estratégia de aumento da lucratividade.”

Como mudar

Vida saudável

“O bem-estar só é possível se as interações humanas no ambiente estiverem sustentadas em pressupostos de convivência com respeito mútuo, compromisso e contribuição para a saúde e qualidade de vida da coletividade organizacional”, explica o professor doutor, José Carlos Zanelli. É importante que as empresas invistam em programas de valorização do funcionário e estipulem metas humanamente possíveis de serem alcançadas. Programas de prevenção ao estresse trazem benefícios para o empresário.

O profissional deve lembrar que uma vida regrada com alimentação saudável, atividade física regular e uma vida social equilibrada auxiliam a liberação da pressão gerada no ambiente de trabalho. “Quando se percebe que o estresse está além do suportável, talvez seja a hora do funcionário conversar com seus superiores e reavaliar o estilo de vida levado até então”, comenta o consultor Karam. “O trabalho influencia ao longo do tempo, as aspirações e o modo de vida. Coloca-se entre as atividades mais relevantes e, de alguma maneira, firma-se como a principal fonte de significados na constituição da vida daqueles que o exercem em atividades formais ou informais.”, finaliza Zanelli.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br



gestão de empresas Marcelo Deschamps gerente educacional da Fundação Fritz Müller

Educação continuada é fator diferencial A educação continuada tem se mostrado como uma das principais formas de se chegar ao sucesso e, num momento em que o conhecimento é tão importante, estudar sempre é uma necessidade. Portanto, o processo de aprendizado nunca pode ser considerado completo. Enxergar a educação para vencer numa economia globalizada é fator básico de competitividade. Na conjuntura atual, as organizações procuram profissionais preparados, capazes de se adaptar rapidamente a condições mutáveis e com potencial para desenvolver-se continuamente. Hoje, apenas um diploma de graduação não é mais o suficiente. O homem, enquanto agente do processo de mudanças, necessita de uma estrutura que possibilite o seu constante crescimento e aprimoramento na construção do conhecimento, em benefício da sociedade em que vive. A empresa típica está baseada no conhecimento, e constituída, em grande parte, de especialistas que orientam e disciplinam seu próprio desempenho por meio das informações organizadas dos players envolvidos no negócio. Para atender a essas exigências, as empresas têm recorrido a profissionais das mais variadas áreas do conhecimento sem, no entanto, conseguirem o

30

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

êxito esperado. Administrar é um processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos. Assim, só a formação acadêmica não é suficiente para manter o administrador no papel de gerente. É necessário mais do que isso, ou seja, uma constante atualização e aperfeiçoamento de seus conhecimentos. É um contínuo estudo sobre as mais variadas formas de se administrar. Empresas de consultoria e de treinamento/desenvolvimento de pessoal têm encontrado na falta de formação adequada das pessoas que ocupam os diferentes cargos executivos das empresas, o maior nicho de mercado da atualidade, preenchendo uma lacuna aparentemente deixada pelas universidades. Porém, deve-se observar a eficácia desse tipo de treinamento. Um programa efetivo de desenvolvimento e construção do conhecimento não pode estar baseado, exclusivamente, na necessidade presente, fruto das mudanças provenientes do desenvolvimento social, político e econômico, mas, de certa forma, dentro de um programa estruturado de educação, onde o educando pode se preparar para ser o agente e o controlador dessas mudanças, agindo de forma ativa no processo.



logística

Depois de 18 anos e R$ 500 milhões começa a

Gigante 32

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


logística

funcionar o Porto Itapoá, no extremo Norte catarinense

kamila schneider

C

om a chegada do primeiro navio no Porto Itapoá, em junho, Santa Catarina deu mais um passo rumo ao fortalecimento de sua economia. Depois de 18 anos e R$ 500 milhões em investimentos, o porto chega para fortificar o transporte portuário e a logística do Estado, impulsionando o crescimento da indústria catarinense e, principalmente, da região de Itapoá. Não há dúvidas de que o empreendimento trará muitos benefícios: além dos cerca de 500 profissionais que o porto irá empregar até o fim deste ano, ele deve ser responsável pelo incremento de R$ 3 milhões no orçamento anual de Itapoá, por meio de sua contribuição fiscal. Para o diretor-comercial do Porto Itapoá, Patrício Júnior, o porto irá muito além do incremento financeiro: ele também deve representar um avanço na infraestrutura urbana e aumentar o ritmo de desenvolvimento do município. Inclusive, aponta Júnior, existem dados concretos de que esse avanço já começou. O porto iniciou suas operações utilizando aproximadamente 30% de sua capacidade, porcentagem que deve aumentar nos próximos meses. Ainda assim os planos para o investimento milionário não param e duas fases de expansão já estão programadas - ao fim delas, a previsão é que ele esteja movimentando mais do que o dobro do alcançado na fase inicial.

portuário 33

FOTO: ANDRÉ KOPSCH

agosto2011


logística

logístico, principalmente. Outro ponto considerável é a contribuição fiscal para o município, já que o repasse de impostos do Porto deve gerar um incremento de cerca R$ 3 milhões no orçamento anual da Prefeitura de Itapoá. Em nível regional e estadual, o Porto Itapoá deve ser mais uma grande referência para a indústria catarinense, consolidando o Estado como o segundo polo logístico-portuário do Brasil.

MB Como foi todo o processo de estruturação

FOTO: PATRICIO JUNIOR

do Porto Itapoá até a sua inauguração? Quanto tempo durou a elaboração do projeto e quanto foi investido? PJ Desde o início do projeto até o momento já se passaram 18 anos, e R$ 500 milhões em investimentos privados tornaram realidade este que é um dos mais modernos empreendimentos do setor. Os principais investimentos foram em equipamentos (R$ 110 milhões) e em obras civis e infraestrutura (R$ 320 milhões).

Mercado Brasil Em

junho deste ano, o Porto Itapoá iniciou as operações com a chegada do primeiro navio em suas instalações. O que esse porto irá representar para a economia local e do Estado? Patrício Júnior Itapoá foi uma das campeãs nacionais em aumento de número de domicílios no País, empatada com outras duas cidades no Censo 2010. Isto certamente é reflexo do Porto Itapoá, o grande vetor de desenvolvimento para o município. Além da geração de empregos diretos e indiretos (são mais de 300 colaboradores no início das operações, passando para 500 ainda em 2011), atraindo também mão de obra especializada de outros centros, e de estar fazendo investimentos próprios em benfeitorias públicas que serão doadas à municipalidade (linha de transmissão de energia, pavimentação de acessos, urbanização do entorno do empreendimento, programas sociais, ambientais e educacionais), o Porto está atraindo outros empreendimentos da área de serviços, turismo e do ramo

MB

Quais são os atrativos da estrutura do porto e o que ele oferece para as empresas que pretendem utilizá-lo? PJ A localização geográfica do Porto Itapoá é um diferencial. Itapoá está localizada entre as principais regiões produtoras do Brasil, entre o Sudeste e o Sul do País. Sua posição estratégica, entre dois importantes estados (Santa Catarina e Paraná), associada a profundidade de 16 metros das águas da Baía da Babitonga, coloca o porto como mais uma importante alternativa para o desenvolvimento do setor portuário da região e também para o Mercosul. Além disso, é o primeiro terminal a operar com o sistema NAVIS - SPARCS N4 na América Latina. Outro fator importante dentro das características do terminal, refere-se a abertura e condições do canal de acesso à Baía da Babitonga, que possibilita a operação em praticamente 100% dos dias. Este fator oferece maior agilidade e eficiência para as operações, trazendo garantias para os armadores, importadores e exportadores.

O Porto Itapoá deve ser mais uma grande referência para a indústria catarinense, consolidando o Estado como o segundo polo logístico-portuário do Brasil. 34

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


logística

MB Quais os planos e expectativas para o Porto Itapoá nos próximos anos? Já existem projetos que preveem novos investimentos? PJ Em nosso planejamento estratégico, possuímos três fases de expansão. A partir deste momento, nesta primeira fase o Porto Itapoá terá condições de movimentar até 500 mil teus por ano. Numa segunda etapa, o terminal terá sua estrutura física ampliada e sua capacidade de movimentação chegará a 1,2 milhão teus/ano com o término da terceira e última fase. MB O porto ainda irá investir na melhoria dos acessos rodoviários que o cercam. Como estão esses acessos hoje? Qual é a importância de investir em melhorias nas estradas? PJ Para suportar o transporte de cargas, que serão escoadas ou embarcarão em Itapoá, um acesso terrestre ao Porto Itapoá foi planejado para ser feito pela rodovia BR-101, seguido pela SC-415. Esta rodovia, cuja obra pertence ao Governo do Estado, está prevista para ser entregue no último trimestre deste ano. O Porto, por sua vez, investiu em torno de R$ 10 milhões na construção da Estrada da Jaca, que ligará a SC-415 ao terminal portuário. Para não impactar o início das operações, até a conclusão das obras da SC-415, uma alternativa já está sendo trabalhada graças aos esforços conjuntos entre o Porto e a Prefeitura de Itapoá.

Um projeto de lei prevê que, até o fim do ano, enquanto a pavimentação da SC-415 não estiver concluída, o trânsito de caminhões rumo ao terminal de contêineres seja feito dentro da cidade. Em troca, o Porto irá investir aproximadamente R$ 8 milhões na pavimentação de trechos de acesso alternativos por dentro da Itapoá e em medidas compensatórias para possibilitar o trânsito temporário dos caminhões.

MB

O Brasil tem sido foco do mercado internacional e cada vez mais atrai os olhares de empresas de fora. Você acredita que uma boa infraestrutura portuária influencia na formação de um mercado atrativo internacionalmente? PJ A produção da indústria brasileira cresce a cada ano, bem como a movimentação no mercado internacional exige que a balança comercial seja cada vez mais arrojada. Nesse sentido, percebe-se que nosso País precisa avançar muito mais em relação a nossa atual estrutura portuária. Hoje, o Porto Itapoá é mais uma importante alternativa e, esperamos que outros terminais como o nosso sejam implantados ou ampliados para atender a toda a demanda brasileira e internacional, e assim contribuirmos para o desenvolvimento do País. Nossa economia, que é a 7a Mundial, está avançando para se tornar a 5a. Desta maneira, precisamos mais do que nunca ser um reflexo de nosso slogan: “Portas abertas para o mundo!”.

35

FOTO: ANDRÉ KOPSCH

agosto2011


responsabilidade empresarial

Fundação Fritz Müller e Havan são duas das representantes catarinenses que passaram a integrar a rede da franquia social kamila schneider

Projeto Pescar ganha apoio de empresas em SC A

o unir responsabilidade social e qualificação profissional, o Projeto Pescar trouxe à tona a importância de sensibilizar a indústria sobre o direcionamento dos jovens em situação de risco social. Quase 40 anos depois de sua criação e cerca de 120 unidades distribuídas pelo País, o projeto de franquia social ganha força também em Santa Catarina, recebendo o apoio de empresas do Estado. A Fundação Fritz Müller e a rede de varejo Havan são duas das representantes catarinenses que passaram a integrar a Rede Pescar. A coordenadora de responsabilidade social FFM, Graziele Balestiere, conta a de desenvolver uma ação de cunho social

já fazia parte dos planos da Fundação Fritz Müller quando a entidade conheceu o Projeto Pescar. A parceria com a Havan – que já foi parceria da FFM em outras ações – veio para coroar a iniciativa. Segundo Graziele, munir os jovens de conhecimento e oportunizar a vivência do mercado de trabalho são ações importantes para estimular a procura pela profissionalização. “Hoje, a maioria dos jovens até tem conhecimento, mas não tem muita atitude, pecam muito no comportamento. A ideia desse curso também é muito comportamental, além do profissional, que é o que as empresas mais procuram hoje”, explica Graziele.

Foco na cidadania De acordo com o gerente de recursos humanos da Havan, Aurélio Paduano, além da profissionalização, que é fundamental, é importante focar a cidadania dos jovens. “Torná-los cidadãos, para que eles possam fazer suas escolhas e, com certeza, saírem com uma qualificação maior. É uma oportunidade para eles buscarem uma condição melhor”, afirma Paduano, destacando que é primordial a participação efetiva do setor empresarial para que isso aconteça

36

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

de forma mais efetiva. Para a coordenadora do projeto em SC, Karina Moraes de Faria, a iniciativa também incentiva a diminuição da criminalidade, tirando os jovens das ruas e instigando-os a iniciar uma carreira profissional. “O projeto é inspirado na ação de não dar o peixe, mas ensinar a pescar. Fazer com que as empresas trabalhem com responsabilidade social e possibilitem que os jovens mudem o rumo de suas vidas”.


responsabilidade empresarial

“Participar deste projeto significa que é uma grande oportunidade de me desenvolver e com isso adquirir melhorias tanto na minha vida pessoal quanto profissional”, conta Tainara Mendes dos Santos, que integra a turma de alunos do curso de “Vendas e Atendimento ao Cliente”, oferecido pela Fundação Fritz Müller em parceria com a Havan. Para Tainara, o projeto representa muito mais do que qualificação: ele mostra que é possível crescer e manter uma busca contínua pelo conhecimento. Tainara conta que toda sua turma considera o curso uma enorme oportunidade, pois é partir dela que seus caminhos se abrirão. “Basta sabermos aproveitá-la”, destaca a jovem. “Ter um curso com carga horária e com os nomes da FFM, Havan e Projeto Pescar tem peso significativo no meu currículo. Além deste diferencial, nos temas que estudamos aprendemos a ter bom convívio com as várias gerações que poderei trabalhar, ter um relacionamento Para Tainara Mendes dos Santos, interpessoal com excelência, agir com empatia, valorizar as coisas certas o projeto é oportunidade de desenvolvimento e melhorias e ter ética. Tudo isso traz conhecimento, que ajudará a trabalhar em qualquer profissão”, descreve Tainara. Segundo a estudante, todos os dias do curso têm sido de grande aprendizado e de muitas surpresas, com aulas dinâmicas e divertidas que aliam teoria e prática. A experiência está sendo tão boa que Tainara não tem dúvidas quanto aos seus planos para o futuro: “vou continuar os estudos. Nunca devemos parar de aprender, pois conhecimento não ocupa espaço!”.

FOTO: RICARDO SILVA-PHOTUSPRESS

Oportunidade de melhoria

Crescimento em SC Em Santa Catarina, o Projeto Pescar tem instigado as empresas a olharem com mais atenção para as questões de responsabilidade social. Prova disso é o próprio crescimento da iniciativa no Estado: segundo a coordenadora do projeto em SC, Karina Moraes de Faria, somente neste ano sete novas empresas já ingressaram no programa. No total, existem 17 unidades do Projeto Pescar espalhadas pelo Estado, mantidas por uma ou mais empresas. “Aos poucos, SC está se voltando mais para questões de responsabilidade social. Não vou dizer que todas as empresas estão preparadas para um projeto assim, mas percebo que está aumentando o in-

teresse das empresas”, afirma Karina. É interessante ressaltar, segundo a coordenadora, que até hoje nenhuma das empresas que fazem parte da Rede Pescar desistiu do projeto e todas possuem, pelo menos, dois anos de turmas. Conforme Karina, a iniciativa é uma ótima maneira de auxiliar jovens em situação de risco social. “A vantagem de trabalhar com projetos como esse é a de melhorar a situação da sua cidade, porque há uma capacitação dos jovens que no futuro poderiam estar na criminalidade”, ressalta. Além disso, o preparo dos jovens também ajuda a diminuir o problema de escassez de profissionais qualificados no mercado.

CONHEÇA MAIS O Projeto Pescar é um sistema de franquia social, que monta estruturas de ensino dentro das próprias empresas. Voltado para jovens de baixa renda, o projeto visa à profissionalização por meio de aulas expositivas e pela vivência do dia a dia das empresas. Desde a sua fundação, na década de 70, o projeto já atendeu a mais de 15,5 mil jovens. Além do Brasil, a Rede Pescar também tem unidades na Argentina e Paraguai. Os cursos oferecidos gratuitamente para jovens de 16 a 19 anos têm duração de 8 a 11 meses. São oferecidos cursos em sete áreas de formação profissional: Ambiente, Saúde e Segurança; Controle e Processos Industriais; Gestão e Negócios; Hospitalidade e Lazer; Informação e Comunicação; Infraestrutura; e Produção Industrial.

37

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


mídia

O Brasil, juntamente com a China, deve liderar a expansão dos negócios

Brasil lidera cresc 38

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


mídia

com crescimento anual médio projetado de 11,4% até 2015

imento em mídia O

Brasil foi um dos países que registrou o maior crescimento no setor de mídia e entretenimento no mundo em 2010, 15,3% em relação ao ano anterior, atingindo total de US$ 33,1 bilhões. Assinatura de televisão, acesso à internet e publicidade em televisão foram os segmentos com maior crescimento de receita, todos acima de 20%. Nosso País, juntamente com a China, deve liderar a expansão dos negócios no setor com crescimento anual médio projetado de 11,4% até 2015, segundo a pesquisa “Global Entertainment and Media Outlook: 2011-2015”, lançada pela PwC. O mercado brasileiro é atualmente o décimo no ranking, liderado pelos EUA, e deve chegar à sétima posição em 2015, com US$ 56,7 bilhões. Impulsionada pelo Brasil, que responde por 50% do mercado, a América Latina foi a região que mais cresceu no ano passado, 12,2% e deve manter a trajetória com projeção de crescimento médio de 10,5% ao ano passando de US$ 66 bilhões em 2010 para US$ 109 bilhões em 2015.

39

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


mídia

Brasil, China e Índia Os gastos globais no setor em 2010 acompanharam a retomada econômica e registraram aumento de 4,6%. Países como o Brasil, a China e a Índia, menos afetados pela crise, registraram crescimento significativo. Os gastos na China aumentaram 13,9% - 53% em cinema e vídeo e mais de 30% em videogames e TV por assinatura - e 13,6% na Índia - 50,8% videogames e mais de 30% em acesso à internet e mercado fonográfico. O crescimento do setor no mundo deve passar de US$ 1,4 trilhão em 2010 para US$ 1,9 trilhão em 2015, com média anual de 5,7% de acordo com as projeções da PwC.

Os investimentos globais em publicidade retomaram o vigor registrando aumento de 5,8% depois de acumular perdas de 11,9% entre 2007 e 2009. De acordo com a projeção, os gastos devem passar dos atuais US$ 442 bilhões para US$ 578 bilhões em 2015, crescendo em média 5,5% ao ano. A publicidade na internet será o nicho de maior crescimento nos próximos cinco anos, com taxa média anual projetada em 13%, devendo superar os anúncios em jornais em 2012 e ocupando o segundo lugar somente atrás da publicidade na televisão, que permanecerá na liderança mesmo com a dedicação cada vez maior dos consumidores às mídias online.

América Latina A América Latina foi a região que registrou o maior aumento em publicidade, 12,2% em 2010 depois de uma queda de 1,2% no ano anterior. O investimento na região chegou a US$ 23 bilhões e com crescimento médio anual estimado para os próximos cinco anos de 8,7% a região deve continuar liderando a expansão dos negócios no mundo. Em 2014, em virtude da realização da Copa do Mundo no Brasil, o segmento de publicidade deve registrar aumento de 17,4%, caindo para apenas 0,4% no ano seguinte. O setor de mídia e entretenimento que emergiu da

40

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

crise apresenta mudanças profundas decorrentes da migração cada vez mais acelerada dos consumidores para as plataformas digitais. O mercado digital responde por 26% de todos os gastos e a previsão é que essa fatia chegue a 33,9% em 2015. Estamos na era do consumidor conectado. Para adaptar-se a essa realidade, a indústria procura criar formas de envolver o consumidor por meio do redesenho do conteúdo com o objetivo de torná-lo multiuso e multiplataformas, propiciando múltiplas possibilidades de receitas.


Conteúdo de qualidade e de graça “Esta é a Era de ouro para os consumidores, que nunca tiveram a oportunidade de acessar conteúdo de qualidade, muitas vezes de graça, em diversos dispositivos”, diz Marcel Fenez, líder global de E&M da PwC. Segundo ele, os CEOs têm de adequar seus modelos de negócios para atender à mudança na natureza das demandas do consumidor. “O ponto crucial é que para continuar oferecendo conteúdo de qualidade alguém terá de pagar”, complementa Fenez. De fato, muitos consumidores desejam conteúdo gratuito. Convencer as pessoas a pagar é um grande desafio e requer uma profunda compreensão do que os consumidores valorizam. “O consumidor gosta de poder definir o que irá consumir e uma vez que encontra o conteúdo de forma gratuita, ele torna-se propenso a pagar por privilégios que lhe permitam obter vantagens. Para as empresas, o desafio é criar relações sustentáveis, rentáveis e comprometidas com o consumidor”, afirma a líder de E&M da PwC-Brasil, Estela Vieira. Oferecer conteúdo e fidelizar a marca é apenas metade da equação. A outra são os mecanismos pelos quais as pessoas pagarão pelo conteúdo. Vários modelos estão sendo testados, incluindo “freemium”, micropagamentos e a venda de pacotes de acesso do mesmo conteúdo em diversas plataformas. Ao mesmo tempo, está surgindo uma nova tendência em lugar dos modelos tradicionais que envolvem a compra e propriedade no sentido de pagar pelo direito de usar ou “alugar” conteúdo de serviços baseados em nuvem (cloud computing) por meio de streaming. A migração do consumidor para dispositivos inteligentes está aumentando à medida que os upgrades permitem maior velocidade de download e os segmentos de dispositivos inteligentes e de aplicações móveis alimentam um ao outro. O crescimento explosivo dos vários tipos de equipamentos móveis deve continuar nos próximos cinco anos. O caminho para os provedores de conteúdo é adotar uma postura flexível e buscar a integração com outros players, sejam operadoras, provedores de aplicativos ou meios de pagamento amigáveis para o consumidor.


M&M - mercado e marketing

Free cria “Melhores marcas, grandes ofertas” Para divulgar a campanha “Melhores marcas, grandes ofertas” da Cooper, a Free desenvolveu peças que contam com um personagem principal: um carrinho de supermercado com quatro metros de comprimento. Para a divulgação da campanha, a agência investiu em um comercial de TV de 30”, material de Ponto de Vendas e mídia externa com 10 pontos de outdoors espalhados pela cidade de Blumenau, onde estão localizadas a maioria das filiais Cooper.

Exit é reconhecida como empresa cidadã A Exit acaba de conquistar o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/ SC com o case “Uma agência carbon free”. A joinvilense é a única agência no Norte catarinense com essa certificação. O case vencedor conta o trabalho de redução da emissão de carbono gerada pela atividade da Exit e do plantio de mudas de árvores nativas em um sítio de Joinville para neutralização dessa emissão. Neste ano, os funcionários da Exit neutralizaram a emissão de carbono gerada durante 2010 com o plantio de 209 mudas. Com essa atividade, a Exit recebeu a certificação Protocol Carbon Free, título conferido às empresas que neutralizam a emissão de gases de efeito estufa. A iniciativa compensará a emissão de 31 toneladas de CO2 originadas pela equipe no ano passado.

42

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

Embraco de cara nova A Embraco, especializada em soluções para refrigeração e líder mundial no mercado de compressores herméticos, está de cara nova. A recém-lançada logomarca reforça os valores da empresa como modernidade, inovação e proximidade. As letras “R” e “A” são estilizadas para dar a ideia de movimento e as letras “R” e “G” trazem desenhos únicos, garantindo autenticidade à marca. Já o símbolo do infinito também presente na logo representa o futuro e a continuidade do trabalho, sem esquecer do compromisso com a sustentabilidade.


M&M - mercado e marketing

Fator + inova na divulgação de empreendimento O lançamento do Mondrian Class Residence, empreendimento da construtora Racitec, de Itajaí, em Santa Catarina, movimentou o Centro da cidade. A divulgação consistiu em uma ação urbana onde promoters com capacetes de obra e camisetas do empreendimento, utilizaram cubos para convidar os motoristas a visitar o site do Mondrian Class Residence (meumondrian.com.br). Os cubos entregues se transformavam em flyers com informações sobre o empreendimento. A utilização do formato surgiu da ideia da aplicação da arte de Piet Mondrian, um pintor holandês modernista, que dá nome ao empreendimento. A ação foi assinada pela Fator + Comunicação, agência de publicidade itajaiense que tem se destacado na região por meio de ações inusitadas e criativas.

Crescem investimentos em publicidade O Instituto Mapa realizou uma pesquisa para analisar o “Mercado da Veiculação Publicitária em Santa Catarina”. De acordo com o estudo, foram investidos em 2010 mais de R$ 1 bilhão no setor, o que representa um crescimento de 13% em relação aos índices obtidos em 2009. A iniciativa privada detém 89% do volume aplicado. O segmento de televisão lidera o ranking com R$ 589 milhões, mais da metade do valor total. Pela primeira vez inclusa no levantamento, a internet registrou R$ 4 milhões de receita, o que significa 0,4% de participação. Ainda conforme a análise, para 2011, cerca de 78% dos entrevistados preveem um aumento do faturamento publicitário. Com base nesta expectativa, os cálculos chegam a um aumento de 15,2 % no investimento este ano, o que deve gerar uma receita de R$ 1,2 bilhão.

43

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


micro e pequenas

Prêmio Finep de Inovação tem inscrições abertas até outubro

A

Foto: Jose Paulo Lacerda

14a edição do Prêmio Finep de Inovação – Inovar é Investir no Futuro está com inscrições abertas até o dia 14 de outubro, no site www.finep.gov.br/premio. A premiação procura reconhecer e divulgar esforços inovadores realizados por empresas, instituições científicas e tecnológicas – ICT e inventores brasileiros. A primeira fase do prêmio é regional e terá os resultados divulgados em novembro. Já a premiação da etapa nacional será em março de 2012, em Brasília. Na última edição, participaram 860 empresas, sendo 390 micro e pequenas.

Seminário irá preparar empresários para Copa Seis em cada dez empregos gerados em função da Copa do Mundo de 2014 estarão em micro e pequenos negócios. Dentro da estimativa de 700 mil empregos diretos e indiretos gerados no Brasil até 2014, 420 mil estariam nestes empreendimentos. Porém, a estimativa apresentada pelo Sebrae só será possível com investimentos na preparação dos empresários. Pensando nisso, o Sebrae está realizando um circuito de 12 seminários que integra mais uma etapa do Programa Sebrae 2014. Durante os encontros, que percorrerão as 12 cidades-sede, serão apresentadas as oportunidades de negócios geradas pela Copa do Mundo. Os empresários também participarão de palestras e encontros de negócios.

44

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


micro e pequenas

Programa Nacional Sebrae nos Territórios da Cidadania tem início no RS O Programa Nacional Sebrae nos Territórios da Cidadania irá investir R$ 3 milhões, até 2013, nas regiões de Mato Grande e Açu Mossoró, no Rio Grande do Sul, que somam 29 municípios. O foco dos trabalhos é criar um ambiente favorável para a implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa nas localidades, além de ampliar o atendimento do Sebrae. A meta agora é levar o atendimento para as 120 localidades que fazem parte do programa do governo federal, com investimentos de R$ 180 milhões em três anos. Dos 120 territórios da cidadania, 56 estão concentrados na região Nordeste. Essa é a segunda etapa do programa nacional, que teve início em 2008.

Mulheres e jovens são maioria no Empreendedor Individual cada 100 trabalhadores do EI, 47 têm o ensino médio ou técnico completo. Outros 8% cursam faculdade, 8% têm ensino superior e 1% faz pós-graduação. Baseado em entrevistas com 10.585 empreendedores, o estudo também indica que o perfil de atividades inseridas no EI é mais heterogêneo, enquanto nas microempresas há maior concentração de profissionais do setor de comércio.

FOTO: Bernardo Rebello

A Pesquisa de Perfil do Empreendedor Individual, realizada pelo Sebrae, mostra que a participação das mulheres e dos jovens é maior nesta categoria do que no segmento de microempresas. Do total de 1,1 milhão de empreendedores individuais - EI formalizados até maio deste ano, 45% são mulheres e 61% têm menos de 39 anos. Além disso, a pesquisa mostra que de

Célia Lima Teixeira com recibo empreendedor individual

45

agosto2011


micro e pequenas

Cartilha incentiva artesãos a se tornarem Empreendedores Individuais

P

ara incentivar artesãos a se formalizarem como Empreendedor Individual - EI, o Sebrae desenvolveu uma cartilha que explica as vantagens dessa figura jurídica. A instituição irá disponibilizar 30 mil exemplares da cartilha “Programa Empreendedor Individual – Artesanato” em todos os estados. O material também pode ser acessado na versão online, por meio do endereço artesanatosebrae.blogspot.com. Atualmente, apenas 3% (38.333) dos 1.280.655 empreendedores individuais são artesãos.

Foto: Thiago Rosas

Cartilha trará dados sobre competitividade das agências de viagens Um total de 987 gestores de agências de viagens de todo o País participaram do questionário que compõe a “Matriz de Competitividade do Setor de Agenciamento de Viagens”, ferramenta que avalia os níveis de competitividade das agências. Com os resultados, o Sebrae, a Associação Brasileira de Agências de Viagens - Abav e a Fundação Getúlio Vargas - FGV montaram um encarte contendo informações com recortes regionais e estaduais que servirá como fonte de análise para a competitividade das agências do País. O material deve ser lançado neste mês de agosto e pode se tornar uma ferramenta anual de comparação.

46

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


Presidente Dilma sanciona lei de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que cria a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, que protege o patrimônio pessoal do empresário individual. Entre as principais mudanças, a nova lei permite que a empresa seja constituída por apenas uma pessoa e possibilita que quem já possui um negócio em sociedade possa se tornar empresa individual. De acordo com o gerente de políticas públicas do Sebrae, Bruno Quick, a mudança significa avanço no Código Civil e segurança aos empresários, além de estimular o empreendedorismo, já que não há a necessidade de um sócio para abrir o negócio. O Amazontech é um programa do Sebrae em parceria com diversas instituições.

Seminários discutem segurança das micro e pequenas empresas O Sebrae realizou, durante todo o mês de julho, uma série de seminários para discutir questões voltadas para a segurança das micro e pequenas empresas. Cada uma das cinco regiões do País recebeu um seminário, realizado em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - Redesim. O objetivo da ação foi definir propostas para a elaboração de uma norma nacional de prevenção contra incêndios para as MPE e sensibilizar as autoridades estaduais (bombeiros) para a importância da desburocratização do processo de licenciamento das empresas. apoio www.sebrae.com.br


mercado e construção

FG investe em sustentabilidade Os edifícios construídos pela FG Empreendimentos têm como grande característica o desenvolvimento tecnológico aliado às ações de sustentabilidade. Através deste conceito, é possível reduzir custos na produção e alcançar bons níveis de segurança, estética, estabilidade e funcionalidade. Dentre os projetos da construtora, o Alameda Jardins é considerado hoje o mais sustentável, porque considera diferentes quesitos ambientais, mantendo uma grande área verde. Esquadrias especiais que assimilam a questão térmica e acústica, o uso de mantas nas lajes para redução do ruído, racionalização da água e energia elétrica e o planejamento previsto de edifícios com 50 anos de vida útil são elementos que caminham junto com a responsabilidade ambiental e são altamente aplicados nos projetos da empresa catarinense.

Bens imobiliários: um bom negócio Com o aquecimento do mercado imobiliário, não há dúvida de que investir nesse segmento é um bom negócio. Mas há algo que é essencial para que essa aposta dê certo: a boa administração desses bens. Não basta adquirir diversos imóveis e colocá-los para alugar ou à venda, é preciso saber quais deles são mais rentáveis e quais os maiores proveitos que se pode conquistar com os imóveis que já possui, alertam os especialistas. “Antes de se aplicar o capital que possui em um imóvel é preciso analisar qual o retorno que se pode ter com ele, tanto na venda quanto na locação, e o tempo em que terá esse retorno. O mais importante é que o investidor procure por profissionais qualificados”, explica Amir Makansi, sócio-diretor da Anglo Americana Imóveis.

Setor de decoração comemora crescimento O Núcleo Catarinense de Decoração comemora o saldo positivo do mercado de arquitetura e decoração catarinense, que apresentou crescimento de 27% em relação a 2010. No total, foram gerados R$ 85,5 milhões em negócios nas lojas associadas ao núcleo, um incremento de R$ 17,9 milhões se comparado com o ciclo anterior da entidade – que vai sempre de maio a junho de cada ano. A entidade também está sob novo comando. Alfredo Vanelli, da Studio Ambientes|Conceito, e Márcia Maurano, da Saccaro Florianópolis, acabam de assumir os cargos de presidente e vice-presidente do Núcleo Catarinense de Decoração, respectivamente.

48

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


mercado imobiliário

Mais de R$ 170 milhões serão investidos na construção do Bianchini Business Park, no município de Blumenau débora volpi

Santa Catarina terá novo condomínio empresarial

E

mpreendedores à procura de um imóvel para instalar suas empresas e investidores com interesse no promissor mercado imobiliário do Sul do País têm uma oportunidade de bons negócios em Blumenau. É que o município catarinense será sede do Bianchini Business Park, um moderno condomínio empresarial multissetorial, com 172 mil metros quadrados de área construída, erguido na região da Itoupava Central. O empreendimento receberá investimentos de R$170 milhões e já iniciou a captação de sócios cotistas junto ao mercado. “O condomínio deve abrigar empresas das áreas de indústria, comércio e serviços, e também de setores estratégicos como logística e tecnologia. O foco está em serviços diferenciados em áreas como segurança,

acesso, balanças, tratamento de efluentes, infraestrutura, iluminação natural, conforto térmico e reaproveitamento de águas pluviais”, explica o diretor de Planejamento, Celico Narciso. A escolha por Blumenau é estratégica segundo ele, devido à localização do município, que está próximo ao aeroporto de Navegantes e também ao Porto de Itajaí. Outra vantagem é a proximidade com a BR-470, importante corredor para escoamento das mercadorias produzidas na região. “O empreendimento representa um grande incentivo ao desenvolvimento econômico catarinense, pois proporciona condições para que as empresas possam atuar com maior produtividade e com custos menores, diluídos a partir da divisão das despesas”, destaca.

O empreendimento O Bianchini Business Park terá três grandes complexos industriais e um polo tecnológico com dois prédios. No total, serão construídos 39 galpões com infraestrutura para logística, indústrias, prestadores de serviços e empresas de tecnologia. O primeiro complexo industrial deve ser erguido em janeiro de 2012. Depois de concluída, a obra deve gerar 2,2 mil empregos diretos e movimentar, por mês, cerca de R$ 3,8 milhões.

49

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


mercado imobiliário

Arte nas edificações A Embraed, uma das principais construtoras do Sul do País, inova e lança campanha de valorização à arte e às pessoas

T

oda grande obra tem o toque de um artista”. Esse é o mote da primeira etapa da nova campanha da Embraed que começou a ser divulgada na última semana. Ao contrário de ações promocionais comuns ao segmento, que apresentam os projetos e empreendimentos geralmente em primeiro plano, a ideia principal é difundir os principais valores e diferenciais da marca, exibindo detalhes de todo trabalho, dedicação e experiência de quem está por traz das obras primas da construtora, reconhecidas no Brasil e exterior. “Queremos apresentar nossos artistas, pessoas fundamentais que não constroem apenas empreendimentos de alto padrão, cada um deles é responsável por proporcionar às pessoas beleza, bem-estar, conforto e também por contribuir com a evolução de Balneário

50

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

Camboriú”, explica o presidente da Embraed, Rogério Rosa. Segundo o gerente de marketing da Embraed, José Roberto de Oliveira, todos os personagens utilizados na campanha são colaboradores da empresa em situações reais do dia a dia como: o pintor, o marceneiro, o profissional que lida com ferros, o que faz a modelagem em gesso e outros. “É uma campanha diferente que demonstra os valores emocionais dos produtos e não o físico e, além disso, a dedicação de cada um e o orgulho por fazer parte daquele universo”, explica. Ele informa ainda que dentro do contexto de humanização, “o objetivo é a valorização dos artistas responsáveis por todo o processo de construção, desde o croqui ao cuidado com os finos acabamentos inconfundíveis da marca Embraed”.

DETALHES Por isso, a campanha se relaciona com o mercado trazendo os detalhes característicos das obras, entre eles, as formas harmoniosas entalhadas pela equipe própria de marcenaria compondo peças e portas exclusivas, e as formas e figuras diferenciadas moldadas pelos profissionais do atelier de gesso da empresa que compõem ambientes únicos da linha neoclássica. A CAMPANHA Além desta etapa, a campanha seguirá nos próximos meses com outra ação voltada aos produtos da empresa, seguindo o mesmo conceito. Depois de mostrar os “bastidores” e o trabalho dos profissionais que fazem as obras, a campanha destacará as pessoas vivenciando e usufruindo o produto final.



negócios

Glauco José Côrte assume a presidência da Fiesc e coloca o aumento da competitividade no centro das ações da entidade kamila schneider

O homem por trás da Fiesc A

partir deste mês, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – Fiesc, inicia mais uma fase de sua história. No ano em que a entidade completa 61 anos de atuação, a presidência chega às mãos do empresário Glauco José Côrte, conhecido por atuar há mais de 20 anos na Federação. Côrte traz para a Fiesc uma experiência profissional que perpassa grandes empresas, diretorias e conselhos administrativos, refletindo sua principal bandeira como novo presidente da entidade: a competitividade. Bandeira que será levantada não somente pela Fiesc, mas por todas as casas que integram o sistema da Federação. O foco está direcionado para o desenvolvimento da indústria catarinense que, segundo Côrte, passa hoje por dificuldades provenientes de fatores conjunturais. Entre eles, o empresário cita três que merecem a atenção: a baixa do dólar, que dificulta as exportações; o alto custo das tributações no Brasil, que tornam os processos caros e altamente burocráticos; e a logística deficiente do Estado, que interfere negativamente no desempenho do setor industrial. Em entrevista à Revista Mercado Brasil, Côrte fala ainda sobre as ações que a entidade irá tomar para buscar as melhorias desejadas pela indústria, as discussões acerca da carga tributária do País e a importância de aumentar o nível de competitividade das empresas catarinenses.

52

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


FOTO: FELIPE CHRIST

neg贸cios

53

agosto2011


negócios

Nós estamos vivendo uma conjuntura adversa para o setor industrial. É justamente essas dificuldades que são superadas com investimento em educação, qualificação dos trabalhadores catarinenses e em inovação. Mercado Brasil Quais serão as principais metas da Fiesc para a próxima gestão? Glauco José Côrte Nós temos um propósito, que é a melhoria da competitividade na indústria catarinense. Essa é a palavra-chave que vai permear todas as nossas ações, independentemente da casa - Fiesc, Ciesc, Senai, Sesi ou Iel. Todos os serviços e decisões que serão tomadas nesse período têm o propósito de melhor a competitividade da indústria catarinense.

MB O senhor afirmou que a grande bandeira da Fiesc durante a sua gestão será o aumento da competitividade da indústria catarinense. Que fatores trazem à tona a necessidade de colocar esse tema em destaque? GJC O setor industrial catarinense e brasileiro hoje passa por algumas dificuldades provenientes de fatores conjunturais. Nós temos um mercado mundial que está se recuperando muito lentamente da última crise, temos um dólar extremamente depreciado que de um lado dificulta as exportações e de outro favorece muito as importações. E no mercado interno os custos estão crescendo, de produção e de comercialização. Então, nós estamos vivendo uma conjuntura adversa para o setor industrial. É justamente essas dificuldades que são superadas com investimento em educação, qualificação dos trabalhadores catarinenses e em inovação. As empresas precisam investir, qualquer que seja o seu porte, elas têm que se manter em ritmo de inovação e reinvestimento. Nós vamos procurar apoiar o setor industrial nesse desafio de superar as limitações e as dificuldades de uma conjuntura que não é favorável à expansão do setor industrial.

MB

A infraestrutura do Estado ainda possui alguns gargalos que dificultam um crescimento ainda mais significativo da economia. Quais são os principais gargalos e deficiências que o Estado enfrenta hoje? GJC Nós temos gargalos na questão da infraestrutura rodoviária, a questão das Brs 101, 280, 282, que são rodovias fundamentais e que interferem no

54

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

melhor desempenho do setor industrial, pelos custos de logística que o setor catarinense tem devido à deficiência dessas rodovias. Temos a questão ferroviária de Santa Catarina, o Estado não dispõe de uma malha ferroviária que poderia escoar a nossa produção com custos mais reduzidos. Os acessos aos nossos portos: nós temos um complexo portuário extremamente capacitado e moderno na sua grande maioria, mas o acesso aos portos é muito difícil. E temos a questão dos aeroportos, cujas condições de operação são muito precárias. Nós vamos continuar estudando e apresentando propostas de melhoria na questão da infraestrutura, já que a infraestrutura atual onera significativamente os custos de logística da indústria catarinense.

MB Que ações a entidade planeja realizar para impulsionar a melhoria da logística no Estado?

GJC Há algum tempo, nós fazemos estudos de acompanhamento do ritmo das obras do governo federal e estadual de Santa Catarina. Nós vamos continuar mantendo e atualizando esses estudos e mostrando às autoridades quais são os gargalos, atrasos e os pontos críticos do nosso sistema de transporte. Mas creio que o importante é afirmar que nós vamos fazer um grande esforço apoiando as ações de competitividade e inovação nas indústrias de Santa Catarina, estimulando e facilitando a criação de projetos que sejam realmente inovadores e que ajudem o setor industrial a superar as perdas.

MB Esses estudos realizados pela Fiesc têm tido algum retorno do governo?

GJC Temos a pretensão de assumir que toda a mobilização política que está sendo feito agora, por exemplo, em relação à duplicação da BR-101, buscou inspiração nas iniciativas e estudos apresentados pela Fiesc, que já há três anos mostravam o atraso, que não era reconhecido pelo governo, na conclusão dessa obra. Mas não vamos ficar apenas com a BR-101: vamos fazer o mesmo estudo e a mesma pressão junto às autoridades em relação aos demais fatores de infraestrutura que são críticos para um desenvolvimento mais harmônico e rápido de Santa Catarina.



MB A reforma tributária ainda é um assunto que ocupa grande espaço dentro das associações empresariais e entidades relacionadas à indústria. Quais são os principais problemas que a indústria enfrenta hoje relacionados à tributação? GJC Nós temos um custo tributário extremamente elevado no Brasil. A carga tributária brasileira não é compatível com o nível de desenvolvimento do País e também não é compatível com a carga tributária que onera os nossos principais concorrentes de outros países. Então, nós vamos continuar insistindo, mostrando que o peso dos tributos no Brasil supera largamente o de outros países em desenvolvimento, como é o caso dos Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Argentina, China, Índia, México, países que têm carga inferior. Nós temos um problema sistêmico do chamado “custo Brasil”, aonde se encontra a burocracia da infraestrutura, dos juros e da própria carga tributária. Vamos continuar insistindo na necessidade de uma racionalização, da renovação para reduzir o chamado custo acessório, custo que as empresas suportam só para cumprir as suas obrigações fiscais, que é também um dos mais altos do mundo calcula-se que de 2% a 6% do faturamento das empresas é destinado apenas para o cumprimento das obrigações ficais. Isso não faz sentido num mundo onde a tecnologia está disponível. Vamos além da simplificação, vamos insistir na necessidade de o País iniciar um programa de redução gradativa da carga tributária. MB

Há uma abertura para negociações políticas relacionadas a esse tema hoje no Estado? Ou existe a necessidade de ações mais pontuais para que o tema seja visto com mais atenção? GJC Realisticamente falando, a abertura ainda é muito primitiva. A grande verdade é que todos são a favor de uma simplificação do sistema tributário e redução da carga dos tributos, mas nem os estados, nem a união, querem dar o primeiro passo nesse sentido. O que precisa, de fato, é de uma grande mobilização das entidades empresariais, das classes e dos próprios trabalhadores, para sensibilizar o poder público da necessidade de reduzir a burocratização sobre os investimentos e a produção, a fim de que o País possa ter um crescimento nos níveis de que necessita para gerar empregos e propiciar maior qualidade de vida aos trabalhadores.

MB

A China oscila entre os papéis de inimiga e aliada no Estado. Como devem, de fato, serem encaradas as relações com esse País? GJC A China deve sempre representar uma ameaça pela própria estrutura e força do País, pelo seu

56

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

FOTO: FELIPE CHRIST

negócios

potencial de produção e de exportação com custos muito baixos. Mas nós temos condições de sermos competitivos, desde que consigamos remover os custos que hoje prejudicam a nossa competitividade. Os custos no Brasil conspiram contra o setor produtivo. Portanto, o governo precisa acordar para a necessidade de criar um ambiente produtivo mais favorável ao setor privado.

MB A Fiesc incentiva muito fortemente que empresários locais busquem conhecer o setor industrial de outros países, organizando missões a diversos lugares do mundo. Porque é importante que a indústria catarinense busque conhecer outros cenários? GJC Porque nós temos uma vocação de empreendedora e exportadora muito grande, tradicionais em Santa Catarina. E as missões que a Fiesc realiza têm o objetivo de mostrar o que os outros países estão fazendo, quais são os avanços em termos de inovação tecnológica e modernização. Elas também abrem mercado para exportação e importação. Outro fator é que, mesmo para as empresas que não exportam, conhecer o que se faz lá fora é importante para que as empresas estejam melhor preparadas para enfrentar a concorrência com os produtos importados.



associativismo

Udo Döhler, presidente da Associação Empresarial de Joinville, fala dos planos à frente da entidade débora volpi

Infraestrutura é prioridade para maior cidade do Estado N

o mês passado, o empresário Udo Döhler assumiu, pela quinta vez, a cadeira de presidente da Associação Empresarial de Joinville - Acij, que possui 1,4 mil associados e 100 anos de existência, uma das entidades mais tradicionais e atuantes de Santa Catarina. Ao entrar para a história como o presidente com mais mandatos e que comandou por mais tempo a Acij, ele utilizará sua experiência no associativismo para levantar uma bandeira que é de quase toda grande cidade brasileira: a da infraestrutura, reivindicando obras urgentes no que diz respeito à mobilidade urbana e logística.

58

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


“Hoje o trânsito se mostra condicionado. Em alguns momentos, de pico, ele para. E o transporte coletivo acontece somente no ônibus. Então estamos estudando alternativas como o VLT veículo leve sobre trilhos, por exemplo. Também temos que ampliar as ciclovias. Em relação ao transporte de longo curso, de carga, estamos atentos à ampliação dos nossos portos. E nas obras necessárias em nossas rodovias, como a BR-280, no trecho que liga a São Francisco do Sul. Vamos pressionar para que esta obra aconteça”, comenta. Já sobre o transporte aéreo na maior cidade catarinense, ele vê com bons olhos a confirmação da instalação de um ILS, sistema que possibilita pousos em condições de mau tempo, para o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola. “Isto vai reduzir os cancelamentos de voos. Mas também já é necessário alargar a pista”, alerta.

Joinville tem a economia baseada na indústria metalmecânica e automotiva (...), mas paralelamente, estamos crescendo na área de serviços, softwares e call center. Segurança e educação Diretor-presidente da Döhler S.A., diretor financeiro da Companhia Catarinense de Fiação, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Joinville e vice-presidente para Assuntos Regionais Norte/Nordeste da Fiesc, o empresário elenca ainda a necessidade de ações nas áreas de segurança e educação. Döhler se mostra preocupado, principalmente, com a falta de mão de obra qualificada, uma realidade presente em vários segmentos. “Joinville tem a economia baseada na indústria metalmecânica e automotiva, especialmente no ramo de autopeças e motores. Mas, paralelamente, estamos crescendo na área de serviços, softwares e call center. Um estudo também já sinalizou a vocação da cidade para as áreas de saúde, fármacos, biotecnologia, etc. Então precisamos de mão de obra qualificada, principalmente engenheiros, para atender a esta demanda”, resume.


especial

Empresa chega aos 70 anos com vigor e investimentos em sustentabilidade e inovação débora volpi

Tigre registra

melhor ano da história

60

FOTOS: DIVULGAÇÃO TIGRE

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


A

Tigre, multinacional brasileira líder na fabricação de tubos e conexões em PVC no País e na América do Sul, acaba de chegar aos 70 anos de história. E o presente de aniversário não poderia ser melhor. Isso porque os números conquistados em 2010 foram os melhores registrados em toda a história da empresa. O balanço anual divulgado pelo próprio grupo aponta que no ano passado, a empresa apresentou uma receita bruta de R$ 2,6 bilhões e uma receita líquida de R$ 2,1 bilhões, o que representa um crescimento de 18% em relação a 2009. Até 2014, a Tigre pretende dobrar de tamanho em cinco anos – a meta foi estabelecida e anunciada há dois anos. Para cumprir esta meta, a gigante investiu na aquisição e ampliação das unidades fabris, aumentando em 25% sua capacidade produtiva. Atualmente, o grupo tem uma capacidade de produzir mais de 350 mil toneladas ao ano para atender à forte demanda do mercado de materiais de construção, segmento que vive um verdadeiro “boom” no cenário econômico brasileiro.


especial O número de contratações no período também se destacou, ficando superior a 700 pessoas, atingindo um quadro total de 6.763 postos de trabalho. “O ano de 2010 confirmou a tendência positiva de crescimento prevista em nosso planejamento. Foi o melhor ano da história da Tigre: apostamos na inovação, lançando mais de 300 produtos neste período, o que reforça ainda mais nossa liderança no mercado”, avalia Evaldo Dreher, presidente da Tigre. No Brasil, houve crescimento em todos os segmentos, com destaque para os setores de infraestrutura, construtoras e varejo, este último impulsionado principalmente pelo aumento de linhas de financiamento e ampliação de renda nas classes C e D. As unidades fora do Brasil também registraram bom desempenho. A Tigre avançou no mercado internacional com a aquisição dos ativos da Israriego, no Equador. A Tigre-ADS, joint venture voltada para a fabricação e comercialização de tubos corrugados de polietileno de alta densidade, apresentou desempenho acima do esperado, e atualmente possui operações no Brasil, Chile, Argentina e Colômbia. Em 2011, a empresa investe em inovação, aumento de capacidade produtiva, com inauguração de novas unidades fabris no Brasil e no exterior, e ações de marketing e relacionamento.

SOBRE A TIGRE Referência nos mercados predial, de infraestrutura, irrigação e indústria, a Tigre é reconhecida também pela sua cultura de valorização das pessoas. Fundada em 1941, tem nove plantas no Brasil, incluindo fábrica de pincéis (Pincéis Tigre), perfis de PVC (Claris) e acessórios (Plena) e 12 no exterior (Argentina, Bolívia (2), Chile (3), Colômbia, Equador, Peru, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai). Conta com mais de 6,7 mil funcionários e mais de 350 mil toneladas de produtos são fabricados anualmente. A receita bruta em 2010 foi de R$ 2,6 bilhões.

62

FOTOS: DIVULGAÇÃO TIGRE

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

A Tigre é a 9a empresa mais internacionalizada do Brasil, segundo estudo realizado em 2010 pela Fundação Dom Cabral. Uma grande multinacional brasileira que está presente em mais de 40 países, contando com 6,8 mil funcionários e 20 fábricas, sendo oito no Brasil e 12 no exterior. Além da Tigre - Tubos e Conexões, o Grupo é formado pela Pincéis Tigre Ferramentas para Pintura, a Plena - Acessórios em PVC, a Claris - Portas e Janelas em PVC e a Tigre ADS - Tubos Corrugados em PEAD.

Já na década de 50. João Hansen Jr., acreditava no plástico como solução para as instalações


especial

Inovação é diferencial Inovação na Tigre não é um processo de geração de ideias em laboratório, distantes da realidade do mercado de construção civil. Pelo contrário: é algo que tem início com a observação do problema. O principal laboratório da Tigre é a obra. Dentro da empresa, existe um grupo de quase 100 profissionais que se dedica exclusivamente ao desenvolvimento de produtos inéditos e aperfeiçoamento dos já existentes. A empresa possui um portfólio de cerca de 15 mil produtos, e os principais diferenciais são inovação, qualidade, sustentabilidade e a gama de serviços de assistência oferecidos ao mercado. Prova disso é que a Tigre ocupa a nona posição em registro de patentes no Brasil. Nos últimos 15 anos, o grupo registrou 167 patentes no Brasil e no exterior.


especial

Referência em sustentabilidade Quando o assunto é sustentabilidade, a Tigre também é referência. A empresa mantém uma postura ética e responsável para conduzir os negócios, de maneira a contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do País, otimizar o uso de recursos naturais e diminuir os impactos sobre o meio ambiente. O grupo foi pioneiro ao introduzir o plástico na construção civil brasileira e sempre se destacou em projetos que visam à capacitação dos colaboradores. Tudo começou nos anos 50, quando a organização implantou um “armazém” próprio para dar assistência à família do funcionário, tanto na área da saúde, quanto no fornecimento de mantimen-

tos para o lar. Nos anos 60, implantou programas de alfabetização e promoveu cursos de capacitação para funcionários, parceiros e profissionais do setor. Além disso, foi a primeira empresa a fazer parcerias com o Senai e outras instituições visando a formar mão de obra qualificada para o segmento. O início dos anos 2000 também foi marcado por importantes iniciativas. Em 2002, a Tigre teve a sua primeira fábrica certificada pela ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental, e em outubro do mesmo ano, fundou o Instituto Carlos Roberto Hansen - ICRH, dando início a uma nova etapa de envolvimento social e comunitário do grupo.

TIGRE EM NÚMEROS: FUNDAÇÃO: 2 de agosto de 1941 TOTAL DE FÁBRICAS: 21 FÁBRICAS NO BRASIL: 9 (Joinville/SC, Castro/PR, Rio Claro/SP (2), Indaiatuba/SP, Camaçari/BA, Pouso Alegre/MG, Escada/PE e Manaus/AM). FÁBRICAS NO EXTERIOR: 12 (Argentina, Bolívia (2), Chile (3), Colômbia, Equador, Peru, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai) TOTAL DE FUNCIONÁRIOS: 6.763 FUNCIONÁRIOS NO BRASIL: 5.090 FUNCIONÁRIOS NO EXTERIOR: 1.673 VOLUME PRODUZIDO ANUALMENTE (GRUPO): mais de 350 mil toneladas PRODUTOS: 15 mil itens (Grupo) / 5 mil itens Tubos e Conexões Brasil Presente em mais de 70 mil pontos de venda

64

FOTOS: DIVULGAÇÃO TIGRE

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


especial

Uma empresa amiga do meio ambiente A redução dos impactos das operações no meio ambiente é uma busca constante dentro da Tigre. A utilização da água nos processos produtivos, por exemplo, é otimizada, pois seu uso se dá através de circuito fechado. Entre as principais iniciativas adotadas para evitar o desperdício e reduzir o consumo deste recurso natural estão: a manutenção preventiva dos equipamentos para combater vazamentos, a captação e uso da água da chuva, a instalação de torneiras econômicas e os programas de conscientização. O racionamento da energia elétrica é outro compromisso da organização. Programas de conscientização também são realizados com este intuito. Além disso, a empresa investe na renovação tecnológica de moldes e equipamentos para reduzir o nível de consumo de energia e já adota medidas para a utilização de iluminação natural.


let’s go to market

Cliente ou canal de vendas?

Rômulo Cícero Eyng

Gestor de canais na Market Growing. Atuou na gestão de vendas, como canal indireto em empresas como Ambev, Nestlé, Arcor e Mabel

N

o passado, cliente era considerado apenas a pessoa ou organização que compra algo de alguma empresa. Não que isso tenha mudado, apenas quando se trata de canal de vendas, o conceito se torna mais amplo. Tratar um canal de vendas, que pode ser distribuidor, revendedor, representante, etc, apenas como um parceiro comercial e não como um cliente, não significa em tempo algum perder cordialidade no processo, pelo contrário, dará ao ciclo de relacionamento uma condição de equilíbrio de poder. O fabricante, por sua vez, continua com suas responsabilidades de oferecer valor ao cliente através de produto, suporte, equipe, estrutura e outros atributos que acompanham sua oferta, as diferenças na relação com o canal surgem ao passo que, o parceiro assume responsabilidades com relação ao resultado do fabricante. Dessa forma, o relacionamento en-

tre canal e fabricante será de parceiros na busca pelo resultado, e de fornecedor e cliente na estratégia de comunicação e marketing com o canal. Ou seja, o canal será um cliente de marketing do fabricante, pois precisa receber da empresa toda comunicação que alinhará a oferta com a expectativa do cliente final, e o mesmo será um “sócio” do negócio assumindo responsabilidades com o resultado do fabricante. Por fim, se fossemos pontuar a diferença básica entre cliente e canal, poderíamos citar que cliente tem o objetivo único de perceber valor no produto para comprá-lo enquanto que o canal se torna corresponsável do fabricante na criação desse valor para os potenciais clientes. Como sua empresa tem tratado seu canal de vendas? Como um cliente ou apenas como um parceiro comercial?

“O Trid-Approval é resultado de 5 mil horas de investimento da Tridmen na busca de uma solução de Mobilidade que ofereça mais segurança da informação e agilidade na implantação para as empresas que adotam o SAP Busines Suite e desejam mobilizar seus processos de negócio. Precisávamos expandir a venda desta solução no Brasil e escolhemos a Market Growing para nos ajudar na estratégia de Go To Market, definindo claramente as questões relacionadas a mercado e na percepção de valor dos clientes.”

66

FOTO: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

Jorge Weiss - CEO Tridmen, Blumenau - SC



artigo

Ricardo Vogelsanger

diretor Comercial da Neodin. Estratégia Tecnológica. E-mail ricardo@neodin.com.br

Queira ou não, sua empresa já está nas mídias sociais Você já deve ter ouvido falar muito sobre a presença de empresas nas mídias sociais, não é? Coisas boas e ruins. Vantagens e desvantagens. Profecias e realidade. Alguns “especialistas” dizem que elas estão na moda, outros falam que essa onda logo vai perder força. Existem os que afirmam que essas “novidades” são o futuro, e que quem não se aliar a elas corre o risco de ficar para trás. Aí você se questiona: Vale a pena a sua empresa participar das mídias sociais? O retorno sobre o investimento compensa? Independentemente da resposta, creio que essas não são as perguntas ideais. O importante não é discutir se a “novidade” vai pegar ou deixar de existir. O fundamental é abrir os olhos e a mente para analisar o comportamento das pessoas e o que já ocorre no mercado. Atualmente, 60% dos brasileiros e 63% dos moradores do Sul do Brasil acessam a internet todos os dias, segundo pesquisa publicada em junho pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic). Esse consumidor online representa as classes A, B e C e está atrás de “diversão, relacionamento e informação, usa ferramentas de busca e participa de redes sociais”, como define o livro “A Bíblia do Marketing Digital”, de Cláudio Torres. Nesses acessos, 97% se comuni-

68

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

cam por e-mail, Orkut, Facebook, Twitter e YouTube, por exemplo. 94% fazem compras. Para finalizar, 87% dos brasileiros estão nas redes sociais (Fontes: Cetic, McKinsey e Altmer Group/Business Week). Percebeu a importância desses dados? Mesmo que você não esteja em peso na web ou nas mídias sociais, a sua marca é vista por esse público. Você é lembrado. As pessoas vão falar (bem ou mal) sobre seus produtos, mesmo elas não sendo clientes. Alguns já notaram isso. 36% das grandes e médias empresas brasileiras estão presentes nas mídias sociais (mWeb), e 7% dos empresários consideram indispensável participar delas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc). Esses números podem parecer tímidos, mas quem está no meio sabe que ele, de alguma forma, traz benefícios. Prova é de que, até 2014, a verba de marketing digital deverá chegar a 19% do orçamento de marketing das empresas, ante os 10% em 2010 crescimento de 90%. Cabe ao empresário analisar se ser atuante nas mídias sociais, mesmo que o retorno ainda não seja o esperado, irá fortalecer a marca, seja agora ou num futuro próximo. Mas tenha certeza: seu concorrente provavelmente não perderá esse momento.


especial ERP

Sistemas de ERP são essenciais para organizações de todos os portes e áreas de atuação kamila schneider

Rapidez e segurança ao alcance dos dedos

69

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


especial ERP

H

á cerca de 40 anos, quando os computadores começaram a sair dos institutos de educação para alcançar o dia a dia das pessoas, iniciou-se uma mudança na rotina das empresas. A partir desse momento, os computadores passaram a ser vistos como potenciais ferramentas para auxiliar no planejamento de produção industrial. Desde àquela época, muita coisa mudou: as tecnologias avançaram, os computadores tornaram-se mais rápidos e eficazes, e as empresas passaram a integrá-los em todas as suas rotinas. Do financeiro até à produção, da manutenção ao estoque - tudo passou a fazer parte de um sistema. Não é por acaso que hoje estamos na era da informação. Os anseios cada vez maiores de integrar processos e criar um ambiente de informações rápido e atualizado aperfeiçoaram esse sistema. O resultado desse movimento foi o ERP - Enterprise Resource Planning, “um sistema que integra várias áreas de gestão de uma empresa com o objetivo de controlar os diversos processos que ocorrem na organização”, descreve o especialista em vendas de ERP da Softplan/ Poligraph, Marcus Vinicius Anselmo. Com esse sistema, indica o especialista, é possível criar processos e reproduzi-los em vários setores,

QUANDO SE TORNA NECESSÁRIO Possuir um ERP representa muito mais do que integrar informações: significa também o acesso a dados atualizados, com rapidez e segurança. São justamente esses atributos que fazem as empresas sentirem naturalmente, durante sua evolução, a necessidade de utilizar um sistema de ERP, afirma o gerente de prática de ERP da Logica, Vladimir Leionardi. “Chega a um limite em que os sistemas fragmentados não dão suporte suficiente”, destaca o especialista. “A primeira sensação que a empresa tem quando não possui o sistema bem estruturado é que falta informação, não sabe onde comprar, qual é o público alvo, onde pode ganhar dinheiro ou com o que perde dinheiro”.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

70

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

mantendo um controle do que acontece em cada parte da empresa. “Ele também guarda os resultados desses processos. Por exemplo, toda vez que faço uma venda o ERP guarda os dados dessa venda. Isso consolida e dá um suporte de apoio à decisão - é possível saber quantas negociações estão ocorrendo, se os objetivos estão sendo alcançados e quais as ações para a empresa atingir os resultados”. Tantos benefícios podem até soar como um rombo no orçamento, mas, segundo Anselmo, as tecnologias atuais desmistificam essa ideia. Quando foi criado, o ERP tinha um custo muito alto e por isso só era utilizado por empresas de grande porte. Hoje, porém, a ferramenta já pode ser adquirida em processos, aponta o especialista, oferecendo somente as soluções que a empresa necessita, de forma mais atrativa. “Fizemos alguns estudos no setor de construção civil e percebemos que uma empresa que faz uma boa implantação [do ERP] chega a ter um ganho de seis vezes do valor investido apenas considerando a redução do desperdício na obra. Então o sistema ‘se paga’ e dá resultado, inclusive esse resultado pode acontecer em até seis meses”.

Próximo passo Leionardi explica que em um determinado momento a empresa percebe que não está tendo a performance desejada e é preciso dar o próximo passo, buscar por alternativas que permitam um crescimento sustentável. Nesse caso, um sistema de gestão empresarial é a melhor opção. “Quando uma empresa olha ela não vê só o software em si, mas a melhor pratica para ajudar no negócio”. Para Anselmo, essa necessidade é sentida muito fortemente em dois extremos: quando o mercado está muito favorável ou nada favorável. Quando o cenário está muito positivo, explica o especialista, a tendência é aumentar o número de concorrentes e então só se sustentam as empresas que estão com a gestão muito rápida, que possibilita uma tomada de decisão igualmente rápida. Por outro lado, quando o mercado começa a apresentar dificuldades, as empresas precisam aumentar a produtividade e a receita, enquanto reduzem custos. Gerir tudo isso acaba se tornando impossível se não houver uma ferramenta adequada para auxiliar no controle de tantos processos.



especial ERP

É possível viver sem? Para o gerente de Tecnologia da Informação da Trevisan Outsourcing, Elio Amadeu, é difícil uma empresa de grande porte operar sem um software integrado em um mercado que preza tanto pela informação rápida e atualizada. Ele explica que o próprio número de exigências legais, tributárias e contábeis já é um forte motivo para uma organização adquirir um sistema de ERP. “Se você não tiver uma integração muito boa de dados da empresa, não consegue atingir as reais exigências do governo e fica a mercê de ter que contratar a todo o momento algum serviço externo”, ressalta o especialista. Além disso, torna-se complicado apurar adequadamente custos, despesas, estoque, vendas e o que está dando retorno ou não. De acordo com Amadeu, quando a empresa não possui um sistema de ERP ou possui uma tecnologia que não está bem implantada, a tendência é que cada setor tente resolver o problema “com as próprias mãos”. Isso pode gerar dois grandes problemas: o surgimento de informações desencontradas e a perda de informações que estavam “na cabeça” de um funcionário que saiu da empresa. “Se as operações e processos não estão bem definidos, a empresa não consegue enxergar o mundo lá fora e acaba ficando como se fosse uma centrifuga, cheia de problemas internos sem focar no cliente”, afirma Amadeu. Para Anselmo, gerir é sempre possível, o problema está no risco que isso causa. “E se o seu concorrente fizer, possuir a tecnologia e ganhar agilidade?”, questiona o especialista. “Se a empresa não tiver a agilidade e os concorrentes desenvolverem, ela perde competitividade”. Se a empresa protelar demais para se adequar ao novo modelo do mercado, é possível que quando ela tomar essa decisão os concorrentes já estejam muito à frente, colocando em risco o potencial competitivo da empresa.

NA HORA DE ADQUIRIR UM SISTEMA DE ERP, ESTEJA ATENTO A ALGUNS DETALHES: - O software tem que estar adequado ao segmento da sua empresa. Se ele não possuir as ferramentas corretas, é possível que existam falhas. Mesmo que as falhas ocorram em “detalhes”, o impacto pode ser grande no dia-a-dia da organização;

72

- É importante verificar se o fornecedor está antenado nas tendências do setor. Observar quais são as tecnologias que surgem no mercado e investir para que isso gere novas tecnologias, de maior qualidade e que atendam melhor às necessidades do cliente é fundamental;

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

- Um serviço de consultoria de qualidade é primordial para o bom funcionamento do sistema. O fornecedor tem que saber avaliar as necessidades da empresa, treinar as pessoas para o uso do sistema e auxiliar no trabalho de adaptação de toda a equipe. Se as pessoas não se adequarem à adoção do software o investimento pode não funcionar.



especial ERP

Software de gestão empresarial Agregando valor ao seu negócio.

O

Wintree é um avançado software de gestão empresarial, de propriedade da BSB Sistemas, capaz de automatizar e integrar os processos da sua empresa. Concebido de forma modular, o sistema propicia a empresa maior confiabilidade dos dados, monitorados em tempo real e a diminuição do retrabalho. Algo que é obtido com o auxílio e o comprometimento dos usuários, responsáveis por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a cadeia de módulos do ERP e que, fazem com que a empresa possa interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou seja, um pedido de venda dispara o processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, do estoque de insumos à logística do produto. Tudo realizado com dados integrados e não redundantes. Permite que as empresas reduzam seu custo total de propriedade (TCO) e tenham um retorno mais rápido sobre seus investimentos

Administrativo Informação Gerencial – Criado especialmente para gestores, com a finalidade de acompanhar os resultados da empresa. Disponibiliza as informações de forma consistente e única de toda a organização podendo ser sintética ou analítica. Custos – Módulo responsável pela valorização (produção, estoques), custeio, formação de preço e orçamento de preço. A valorização da produção utiliza o sistema de custeio por absorção. Contabilidade – Registra todos os fatos contábeis ocorridos na empresa, atendendo as exigências legais e oferece ferramentas para análise gerencial. Atende à Escrituração Contábil Digital (ECD) e às Normas de Informações Financeiras Internacionais (IFRS).

74

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

(ROI), beneficiando-se de uma infraestrutura de TI mais flexível, própria para a inovação e escalabilidade. A utilização das aplicações pode ser via Web e a navegação dentro do sistema é de tal forma padronizada que, à medida que o usuário se familiariza com um módulo, aprende e interage com maior facilidade, tornando assim o dia a dia mais produtivo. Os acessos às informações são realizados através de menus com utilização de senhas, permitindo que se controle quais os usuário que têm acesso a que tipo de informações. Além disso, os menus são construídos de forma que cada usuário visualize e tenha acesso somente às operações que atendam aos objetivos específicos de seu interesse. O software Wintree é constituído de módulos totalmente integrados que atende às principais áreas funcionais da organização: Administrativa, Financeira, Comercial, Materiais e Suprimentos e a área Industrial.

Registro Fiscal – Registra, controla e informa as obrigações e direitos fiscais perante o sistema tributário, tendo como fato gerador os eventos previstos pela legislação tributária, decorrente das atividades comerciais, financeiras e industriais praticadas pela empresa. Atende plenamente às exigência do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) sem a necessidade de interface com outros softwares. Patrimônio – Auxilia no controle físico dos bens adquiridos pela empresa e efetua o cálculo e a contabilização da depreciação.


especial ERP

Financeiro Contas a receber – Permite um rígido controle da carteira de cobrança e adiantamentos dos clientes. Possui o recurso da cobrança eletrônica. É totalmente integrado a contabilidade, faturamento e fluxo de caixa. Contas a pagar – Controla todos os compromissos de pagamento da empresa e também atende a todas as necessidades contábeis. Mantém os registros históricos com as movimentações efetuadas para cada obrigação. Permite o controle e emissão de cheques para o pagamento dos títulos. Fluxo de caixa – Dá visibilidade a toda movimentação monetária da empresa, tanto no fluxo de caixa previsto como no realizado. As receitas e despesas são apresentadas ao longo de um período que pode ser configurado como: diário, semanal, mensal, etc.

Comercial Administração de vendas – Agiliza as relações entre a empresa e o cliente pelo gerenciamento do processo do pedido de vendas. Calcula e controla as comissões, possibilita o acompanhar o desempenho dos vendedores no cumprimento das metas de venda, aquisição de novos clientes e venda per capita. A recepção do pedido de venda pode ser feita de diversas fontes: Palmtop, Web, EDI. Faturamento – Emite todos os documentos necessários para realizar a entrega do pedido e também gera a nota fiscal eletrônica. Possui ferramentas de: - Análise que propõe o que pode ser faturado, respeitando as restrições do cliente; - Processo de separação e preparação de pedidos (Order Picking) que consiste na busca em armazéns de certos produtos, podendo ser de diferentes categorias e quantidades.

Materiais e Suprimentos Compras – Otimiza e gerencia as compras da empresa, buscando os melhores preços, prazos de entrega e qualidade, compatíveis com a demanda do processo industrial. Permite aprovação eletrônica do pedido de compra pelo gestor e realizar cotação de compra na web. Estoques – Gerencia os estoques da empresa, desde a matéria-prima, de produtos em processo e produtos acabados utilizando o sistema de custeamento denominado custo médio.

Gestão da qualidade – Se aplica tanto no fornecimento de materiais e insumos como também nas vendas. No fornecimento: possibilita avaliar a eficiência da qualidade da entrega do fornecedor, segundo os requisitos da ABNT NBR ISO9001, tomando como base o registro das inspeções de qualidade e as não conformidades no recebimento dos materiais. Nas vendas: Faz o controle das ocorrências de qualidade geradas pelo cliente, permitindo com isto avaliar a eficiência do atendimento ao cliente (IQAC).

Industrial Engenharia – Mantém todas as propriedades e regras do produto (matéria-prima, semi-acabados e acabados) necessárias para fabricação, vendas, compras, planejamento e custos. Para os produtos fabricados possibilita o cadastramento da estrutura do produto com o consumo e também o fluxo de processo com os respectivos tempos. Planejamento da produção – Possibilita tratar os diferentes ambientes de produção do ponto de vista do atendimento da demanda, de acordo com a classificação: “make-to-order”, “make-to-stock” e “assemble-to-order”. Conta com uma ferramenta de Scheduler que possibilita o planejamento da produção avançada. Gestão de fábrica – Assegura que as ordens de produção sejam cumpridas da forma correta e na data certa. O software relata o material em processo acumulado nos diversos estágios do processo produtivo, o estado atual de cada ordem de produção, as quantidades produzidas de cada produto e também o nível de utilização dos equipamentos. Gestão de terceiros – Efetua o controle das remessas e retornos dos produtos para industrialização, estoques em poder de terceiros e o pagamento das empresas terceirizadas. Planejamento e controle da manutenção – Estabelece uma filosofia de como a empresa irá gerenciar a manutenção dos equipamentos, acompanhamento das ordens de serviço de manutenção, o atendimento dos seus almoxarifados e das respectivas compras. O sistema possibilita ainda aferir os custos de manutenção em diversos níveis.

BSB Sistemas Telefone (47) 3340-2482. Site www.bsbsistemas.com.br

75

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


especial ERP

A qualidade dos produtos Senior com a força do Grupo Meta

N

o ano em que completa duas décadas de existência, o Grupo Meta mostra, mais uma vez, que experiência e renovação podem andar lado a lado. De olho nas tendências do mercado, o Grupo acaba de agregar mais uma empresa ao seu portfólio: Formada a partir de uma parceria com a Senior, uma das maiores desenvolvedoras de software para gestão empresarial do Brasil, a Meta Sistemas une a qualidade dos produtos da Senior com a força e a tradição do Grupo Meta, líder em prestação de serviços técnicos especializados. O objetivo da parceria é fazer da Meta Sistemas um canal de vendas e distribuição das soluções ERP e de Gestão de Pessoas, produtos da Senior reconhecidos por sua agilidade e segurança das informações. O principal diferencial do ERP está na venda em processos. O sistema é organizado em três grandes níveis: Áreas, Gestões e Processos, que flexibilizam a comercialização e possibilitam ao cliente adquirir somente o essencial ao seu negócio. De acordo com o diretor-presidente do Grupo Meta, Udélcio Demczuk, a comercialização por processos ao invés de módulos viabiliza o inves-

76

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

timento financeiro e possibilita que a empresa inclua, de forma gradativa, processos complementares, adequando-os às suas necessidades. Segundo Udélcio, os softwares da Senior se destacam por sua qualidade e facilidade. Ele explica que a objetividade do sistema o torna mais prático no dia a dia das empresas. Além disso, os produtos da Senior estão sempre acompanhando as tendências do mercado e utilizando tecnologia de ponta para melhor atender aos clientes. Já o trabalho de prospecção, vendas, implantação e suporte dos produtos fica por conta do Grupo Meta, que busca conhecer a fundo a empresa do cliente para identificar suas necessidades. Conforme Udélcio, esse trabalho é feito em quatro etapas principais: visita de qualificação, em que Meta Sistemas busca conhecer os anseios do cliente; levantamento técnico, etapa em que os consultores irão entender a empresa e seu funcionamento; apresentação do sistema, aonde serão sugeridos e explicados os processos que mais se enquadram com a empresa; e proposta e negociação. “A necessidade de se organizar e ter seus processos mapeados está em todas as empresas, de


especial ERP

todos os portes. Essa ferramenta não tem limites e se enquadra com empresas de todos os segmentos”, aponta Udélcio. A Meta Sistemas está instalada em Joinville, junto ao Grupo Meta, mas sua atuação é sem limites. Segundo Udélcio, esse é um mercado muito amplo, que ainda precisa ser muito explorado na região de Joinville e a Meta Sistemas está pronta para atender a qualquer empresa que buscar por um software e suporte de qualidade. “A expectativa é boa”, afirma o empresário. “Trabalhamos visando a necessidade do mercado e dos nossos clientes. Não temos limitações e estamos com o foco no mercado”.

Divulgação

Grupo Meta Fundado em 1991, em Joinville, SC, o Grupo Meta surgiu como Meta Organização Contábil, primeira empresa do grupo que atendia ao mercado regional prestando assessoria nos trâmites tributários, legais e contábeis das empresas. No decorrer dos anos, o Grupo passou a integrar outras quatro empresas, sendo formado hoje pela Meta Organização Contábil, Meta RH Multiservice, Prumo Consultoria Empresarial, Meta Folpag e Meta Sistemas. O Grupo Meta possui uma equipe com 150 profissionais de áreas como contabilidade, gestão, RH, economia e administração. Atualmente, o Grupo atende a uma carteira diversificada de clientes, com cerca de 400 empresas e instituições nacionais e internacionais.

Senior Com matriz em Blumenau, SC, a Senior é uma das maiores desenvolvedoras de software para gestão empresarial do Brasil. Oferece soluções de Gestão Empresarial (ERP), Gestão de Pessoas (RH), Gestão de Acesso e Segurança, Tecnologia da Informação, Gestão Estratégica e Serviços para empresas de todos os portes, que têm como objetivo garantir o domínio sobre os processos empresariais. A Senior possui mais de 9.500 clientes, e cerca de 3 mil pessoas envolvidas — entre colaboradores, parceiros comerciais e canais de distribuição —, além de mais de 100 canais distribuídos pelo Brasil. Diretor-presidente do Grupo Meta, Udélcio Demczuk

Acesse www.grupometa.com www.senior.com.br

77

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


especial ERP

Gestão Simplificada, Empresa Competitiva S

implificar a gestão de uma empresa diante da complexidade tributária e do constante crescimento das obrigações acessórias parece não ser uma tarefa fácil de equacionar. Além de dispor de profissionais devidamente atualizados com as implicações fiscais e contábeis, se faz necessário ainda conciliar estas atribuições ao gerenciamento das informações que servirão de base para as tomadas de decisão. Neste momento a alternativa mais eficiente e econômica é recorrer a uma ferramenta de apoio que,

de forma segura e ágil, permita gerenciar as informações estratégicas da empresa com o menor esforço possível, aproveitando ao máximo a estrutura de pessoal administrativo e operacional, de modo que os resultados cheguem de forma objetiva ao gestor. Percebendo que as empresas de pequeno e médio porte se ressentem ainda mais diante desta situação, a BMA Sistemas desenvolveu uma solução voltada a este nicho, permitindo criar configurações personalizadas, que atendam os mais variados segmentos de mercado.

A SOLUÇÃO

Totalmente gerenciado por senhas de acesso personalizadas, o SIS-dm Gestão Empresarial pode ser instalado em Servidor próprio ou hospedado em Provedor (terceirizado), facilitando o acesso via Internet e ampliando a segurança das informações. Multi-usuário e multi-empresa, é composto de vários módulos correlacionados mas que podem ser implantados por área de negócios, permitindo uma evolução segura do projeto, paralelamente ao “aculturamento” dos processos e das pessoas envolvidas.

MÓDULOS DA SOLUÇÃO Compras

Ordem de Serviços

Pessoas

-

-

-

Requisições Cotações Ordens de Compras Recebimentos

Financeiro -

Contas a Pagar/Receber Fluxo de Caixa Contas-Correntes/Cheques Cobrança/Pagamento Escritural

Estoques -

Saldos por Depósito Movimentação Inventário Pautas de Preços

PCP - Estrutura de Produtos - Projeção de Necessidades - Ordem de Produção

78

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

Orçamentos Abertura de OS´s Apontamentos Terceirização Fechamento – Previsto x Realizado

Vendas -

Orçamentos Carteira de Pedidos Faturamento Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) Comissões

Contábil -

Contabilidade Fiscal Patrimônio SPED Contábil e Fiscal

Folha de Pagamento Ponto Eletrônico Recursos Humanos Controle de EPI’s

Gerenciais - Controle de Retornos (Industrialização) - Formação de Preços - Avaliação de Clientes/Fornecedores - BI (Business Inteligence)


especial ERP

Serviços Apesar da abrangência da ferramenta, aliada a sua facilidade de uso, se faz necessário assegurar que os recursos disponíveis sejam utilizados de forma correta a fim de produzir os resultados dela esperados. Pra isso se faz necessário capacitar os Usuários mediante uma carga de treinamento bem dimensionada, sem com isso onerar o investimento ou mesmo comprometer as atividades do dia-a-dia. Por esta razão costuma-se estipular um cronograma conjunto de responsabilidades, onde são determinadas cargas de treinamento objetivas para cada etapa, valorizando o tempo dos profissionais envolvidos. Não obstante uma consistente etapa de implantação, a garantia de continuidade se dá por meio de um eficiente serviço de Suporte Remoto que, além de agilizar o tempo de atendimento, otimiza os custos com este tipo de serviço, garantindo a continuidade.

Serviços Personalizados Em se tratando de uma empresa desenvolvedora de soluções em gestão empresarial, a BMA também se dispõem atender situações específicas que venham a complementar o seu portfólio e atender questões pontuais de seus clientes, favorecendo e acompanhando a sua evolução. A ferramenta também está apta a tratar segmentos de serviço e/ou produção não seriada que exige acompanhamento rigoroso desde o processo de orçamento, apontamento de horas, acompanhamento de serviços terceirizados, apropriação de matéria-prima e outros recursos, até o fechamento da OS, apresentando um comparativo entre as despesas Previstas x Realizadas e o seu resultado final.

Joni Marcos Becker Diretor-Comercial da BMA Sistemas, Analista de Sistemas e Líder Empresarial

DICAS IMPORTANTES Para conduzir um projeto destes de forma bem-sucedida é necessário observar algumas recomendações:

1

Reúna a equipe de gestores e identifique quais são os controles prioritários e quais as situações que mais demandam atenção. Especialmente as exceções.

2

Relacione todos os tópicos e situações que deverão ser contemplados no projeto e defina uma ordem de prioridade para implantação.

3

Procure sempre envolver a assessoria contábil/ fiscal neste processo de levantamento e atente às questões tributárias e suas obrigações acessórias.

4

Defina quais serão as pessoas envolvidas diretamente no projeto (Usuários) e defina qual a responsabilidade de cada uma delas, observados os prazos.

5

Designe um responsável para administrar as questões de TI, dentre elas o Servidor e o Banco de Dados, bem como centralize todas as comunicações entre a assessoria de Software e os Usuários. As questões de segurança, incluindo as cópias de segurança (backup), também deverão ter um só responsável.

6

Defina uma estimativa de investimento e procure estipular um cronograma exequível para implantação da nova solução, lembrando que a transição sempre implicará em esforço redobrado, exigindo comprometimento de todos os integrantes da equipe. No caso de mudança de solução, estabeleça um prazo para processamento paralelo.

7

Invista pensando no crescimento da sua empresa. A sua ferramenta de gestão e os seus parceiros estratégicos, dentre eles a empresa que lhe presta assessoria em software, também deverão estar sintonizados com os propósitos que a sua empresa almeja alcançar. Observando os passos acima, a condução de um projeto desta envergadura certamente será poupada de maiores percalços e fadada a cumprir com os objetivos previamente traçados.

Flávio Antônio da Maia - Analista de Sistemas e Diretor de TI da BMA Sistemas

Acesse www.bmasistemas.com.br

79

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


consumo e lazer

Fino, leve e resistente A Lenovo acaba de lançar no Brasil o notebook ThinkPad X1, que tem apenas 16 mm de espessura – ou 1,6 cm – e pesa 1,68 quilos. Mesmo sendo muito mais fino do que os notebooks tradicionais, o ThinkPad X1 não deixa a desejar no quesito resistência: a tela de 13,3 polegadas do aparelho é revestida por uma camada de Gorilla Glass – vidro protetor usado em celulares – e seu teclado é resistente a derramamento de líquidos. O corpo do notebook também é capaz de inclinar até 180 graus, além de ser equipado com bateria de duração estimada em 10 horas e com recarga rápida em até 30 minutos, para 80% de carga. O aparelho é comercializado com preço sugerido a partir de R$ 6.500,00.

Criando ambientes A linha componível Grass, desenvolvida pela Butzke, foi feita para pessoas que gostam de renovar o ambiente. Como o nome sugere, a linha reúne módulos que podem ser dispostos e combinados de diversas formas, adequando-se ao espaço. O conceito foi desenvolvido pelo designer francês Alain Blatché e serviu de base para a criação de mesas, chaises e bancos de canto, que juntos fazem um verdadeiro convite ao uso da criatividade na organização do ambiente. A linha Grass também utiliza madeiras de manejo sustentável.

80

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br


consumo e lazer

Mais segurança A lâmina de persiana Protect, desenvolvida pela Weiku Esquedrias de PVC, chegou ao mercado com uma lista de diferenciais que promete agradar aos adeptos da persiana. Além de ser altamente resistente, a Protect pode chegar a quatro metros de largura, sem divisões e sem furos de ventilação, evitando que ela saia dos trilhos. O produto também pode receber a instalação de uma fechadura interna, que aumenta a segurança contra furtos, além de permitir a pintura eletrostática e de anodização, próprias para o alumínio.

Tudo em um A LG utilizou sua mais alta tecnologia para criar o seu primeiro All-in-One - tudo em um -, um computador que incorpora tecnologias de ponta do mercado. O LG V300 possui um monitor 3D com tela multi-touch de 23 polegadas IPS, com resolução Full HD de 1080p. Com espessura 65% mais fina do que o comum, o produto é equipado com a tecnologia 3D film-type Patterned Retarder – FPR, a mesma tecnologia utilizada nas televisões 3D da marca. O computador vem com Windows 7, processadores Intel Core i de segunda geração, suporta até 750 GB de armazenamento interno, além de ser equipado com Bluetooth 3.0, leitor de cartões, Wi-Fi e até Blu-ray (opcional).

81

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011


abrh

Mais de 30 empresas se inscrevem no Prêmio Ser Humano SC 2011 Premiação tem como propósito reconhecer as empresas e profissionais que desenvolvem projetos e programas para agregar valor à gestão das pessoas As inscrições para a quarta edição do Prêmio Ser Humano SC foram até o dia 11 de julho, quando a ABRH-SC (Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Santa Catarina), promotora da premiação, contabilizou 34 empresas inscritas, o que significa aumento de 45% em relação ao ano passado. Além disso, a organização do evento destaca a participação de outras cidades, como Criciúma, Chapecó, Orleans e Urussanga. “A cada ano, o prêmio vem se fortalecendo no Estado e os trabalhos apresentados vêm crescendo em consistência e qualidade. Nesta edição, atingimos outras cidades catarinenses. O grande objetivo da ABRH-SC ao promover este prêmio é reconhecer as empresas e os profissionais que investem na evolução da gestão das pessoas e, principalmente, compartilhar estas práticas para que outras em-

presas se sintam motivadas a implementá-las, contribuindo assim para a elevação da qualidade das práticas de gestão”, afirma a coordenadora do Prêmio Ser Humano SC, Mônica Pietschmann Gonzaga. Na primeira quinzena de julho, o Comitê Gestor esteve reunido para planejar o evento de premiação. Enquanto o comitê avaliador se organiza para efetuar as avaliações dos trabalhos inscritos, o comitê gestor está focando na preparação de uma grande festa de premiação.

FOTO: MARCOS CAMPOS

Acompanhe abaixo o número de inscritos, por cidade e categoria: Cidade

Gestão de Pessoas

Blumenau

1

Criciúma

1

Projetos Sociais Trabalho Acadêmico Total 1 3

Chapecó

2 1

4

2

1

7

Joinville

4

2

1

7

Piçarras

1

Florianópolis

1

1

1

Pomerode

1

1 3 1 1

1

2

4

Brusque

2

Urussanga

1

1

Tijucas

1

1

Orleans

1

Total

18

1 11

5

34

Associação Brasileira de Recursos Humanos / Seccional Santa Catarina Rua Antônio Dib Mussi, 473 - Centro - Florianópolis / SC - CEP: 88015-110 (48) 3288-0052 - www.abrhsc.com.br - secretaria@abrhsc.com.br

82

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

O prêmio tem como propósito reconhecer as empresas e profissionais que desenvolvem projetos e programas para agregar valor à gestão das pessoas, estimulando o desenvolvimento humano e das organizações. Puderam se inscrever todas as empresas (privadas e públicas), de micro, pequeno, médio ou grande porte, sediadas em Santa Catarina. São classificados e premiados com o Troféu Gestão de Pessoas SC todos os trabalhos que atingem percentual igual ou superior a 80% nos critérios de avaliação. Os inscritos tiveram o prazo entre 11 e 25 de julho para entregar os trabalhos. A partir do recebimento dos trabalhos começa a fase de avaliação pelo Comitê Avaliador. Serão dois meses de processo avaliativo e, se houver necessidade, poderão acontecer visitas técnicas pelos avaliadores nas empresas inscritas. O resultado dos classificados será anunciado na primeira quinzena de outubro e o evento de premiação acontecerá no dia 28 de outubro, em Brusque. Os cases inscritos são avaliados por um comitê especializado, composto por representantes dos meios acadêmico, empresarial e entidades de classe, conforme os critérios de apresentação, aplicabilidade, inovação, conteúdo e resultados.

4 1

Jaraguá do Sul

Itajaí

Prêmio

O Prêmio contempla três categorias:

Gestão de pessoas: cases ou projetos relativos à gestão ou desenvolvimento dos seres humanos em organizações de qualquer ramo ou atividade sediadas em Santa Catarina. Projetos sociais: premia cases e ou projetos socioambientais efetivamente implementados no estado de Santa Catarina. Os projetos socioambientais devem contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas na empresa ou na comunidade. Trabalhos acadêmicos: trabalhos acadêmicos: monografias, dissertações e/ ou teses de caráter técnico ou científico, abordando aspectos relativos à gestão de pessoas e/ou projetos sócioambientais nas organizações. Estão aptos para participar aqueles que estiverem matriculados ou recém-formados (máximo um ano) em cursos de pós-graduação: especialização, mestrado e doutorado nas Instituições de ensino no estado de Santa Catarina. Os acadêmicos podem participar individualmente ou em grupo.



estante dica de leitura

Design emocional: porque adoramos (ou detestamos) os objetos do dia a dia Para o designer Ricardo Barddal, da Bell’Arte, o livro “Design emocional: porque adoramos (ou detestamos) os objetos do dia a dia” é daqueles que vale a pena ser lido e até relido. Escrito por um dos sujeitos mais polêmicos da história do design, Donald Norman, o livro mostra o design sob um novo ângulo. “Norman mergulha fundo nas ciências cognitivas e nos possibilita compreender melhor nossas relações com os objetos, não apenas as questões funcionais, mas também as subjetivas, emocionais e simbólicas”, explica Barddal. “É uma leitura obrigatória para designers, arquitetos e todos que fazem do ato de tocar e emocionar as pessoas seu ofício do dia a dia”.

Projetos Sustentáveis:

Toneladas sobre os ombros

Estudos e Práticas Brasileiras II

Transformações e Transições nas Carreiras

Quando o crescimento da economia e a ascensão de países emergentes começam a colocar em cheque o modelo de desenvolvimento seguido até então, a economia de baixo carbono começa a ocupar lugar nas discussões organizacionais. É justamente essa a proposta do especialista em energias renováveis e mudanças climáticas, Ernesto Cavasin, no livro “Toneladas sobre os ombros”: debate como empresas e sociedade devem se preparar para esse modelo de forma inovadora e, inclusive, trazendo novas ideias para a evolução do combate ao aquecimento global.

Nos últimos anos, o termo sustentabilidade passou a envolver muito mais do que estratégias de marketing, incorporando os requisitos necessários para ampliar a lucratividade. Por isso, a obra “Projetos Sustentáveis: Estudos e Práticas Brasileiras II” reúne uma série de autores e experiências relacionados à sustentabilidade e gerenciamento de projetos, traçando um diálogo entre profissionais, ONGs e ambiente acadêmico. Além disso, o livro traz casos de sucesso que servem como subsídio para empresas que desejam implantar ações relacionadas a sustentabilidade.

As mudanças ocorridas no ambiente organizacional, nas últimas décadas, causaram alterações no conceito de carreira. Baseada nisso, a doutora em administração Zélia Miranda Kilimnik decidiu esclarecer os conceitos que permeiam a carreira e explicar, de forma científica, porque as tendências apontam para a transitoriedade, a provisoriedade e a dinâmica nas carreiras. Em “Transformações e Transições nas Carreiras”, a autora reúne estudos nacionais e internacionais sobre o tema para mostrar as causas dessa mudança e o seu impacto na sociedade.

Autor Ernesto Cavasin Neto Editora Schoba, 188 páginas – R$ 38,00

84

Autor Donald Norman Editora Rocco 278 páginas – R$ 36,00

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

Vários autores - Editora Raízes, 109 páginas – R$ 30,00

Zélia Miranda Kilimnik, Editora Qualitymark, 304 páginas – R$ 59,90


lex

Rogério Zuel Gomes

Advogado e Professor Universitário www.gomes-rosskamp.adv.br

Sociedade Unipessoal A Presidente Dilma sancionou a lei que altera o Código Civil e cria a modalidade de sociedade empresária individual limitada EIRELI. O novo modelo difere do modelo anterior (de responsabilidade ilimitada) e proporciona a separação do patrimônio da pessoa natural do empresário em relação ao patrimônio da EIRELI. Por certo o novo modelo contribuirá significativamente para a retirada de micro e pequenos empresários da informalidade. Para sua constituição é necessário um valor mínimo de capital social equivalente a cem vezes ao maior salário-mínimo vigente no País, já integralizado. A este valor, portanto, fica restrita a cobertura das obrigações assumidas pela sociedade perante terceiros, permanecendo, em regra, intacto o patrimônio da pessoa natural do empresário. Tal medida busca, de certa forma, acautelar direitos de credores perante a EIRELI, considerando que nas outras modalidades societárias de responsabilidade limitada não há determinação legal quanto a um valor mínimo. Outro ponto da recente alteração diz respeito à impossibilidade de uma mesma pessoa constituir mais de uma EIRELI. A restrição busca evitar fraudes com a utilização de terceiros (laranjas) na constituição de sociedades e também

desestimula a constituição de sociedades de responsabilidade estabelecidas com dois sócios em proporções de 99% e1%, o que, na maioria das vezes, em caso de cobranças de dívidas da empresa acabava, não raras vezes, comprometendo também o sócio minoritário na sociedade perante a justiça do trabalho, o fisco e a previdência social. A lei originariamente enviada para sanção da presidência sofreu um importante veto. A redação original dispunha que “em qualquer” situação não haveria confusão entre o patrimônio da empresa e o da pessoa natural que a constituiu. Correto o veto na medida em que a regra geral é a da separação patrimonial. Todavia, o próprio Código Civil reconhece a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, traduzida na possibilidade de credores da sociedade investirem sobre o patrimônio do sócio no caso de abuso de personalidade jurídica, desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Assim, nem mesmo o empresário individual constituído na nova modalidade poderá se valer da pessoa jurídica como escudo para se livrar de obrigações, se atentar contra a legítima e fundamental atividade empresarial.

85

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2010


agenda AGOSTO

SETEMBRO

16 a 18

2 a 11

Local: Expo Center Norte, São Paulo, SP Informações: www.bcee.com.br

Local: Centreventos Cau Hansen e Expocentro Edmundo Doubrawa, Joinville, SC Informações: www.sommereventos.com.br

16 a 19

14 a 16

2a Feira de Consumo Eletrônico - BCEE – Brazil Consumer Eletronics Expo

Feira de Tecnologia para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos – PlasTech 2011 Local: Parque Mário Bernardino Ramos, Caxias do Sul, RS Informações: www.plastechbrasil.com.br

16 a 19

BioTech Fair - Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis 2011 e Congresso Internacional de Bioenergia

8a Home Art

O Itajaí Trade Summit - ITS 2011 Local: Centreventos Itajaí, Itajaí, SC Informações: http://itajai.tradesummit.com.br

20 a 24

7o Congresso Brasileiro de Biossegurança e 7o Simpósio Latino-americano de Produtos Biotecnológicos Local: Centreventos Cau Hansen, Joinville, SC Informações: www.anbio.org.br

Local: Centro de Eventos Sistema FIEP, Curitiba, PR Informações:

86

Cursos e Oficinas

Cursos e Oficinas

Habilidades interpessoais e gestão de mudanças

Como estruturar uma empresa para atuar com comércio exterior Período 13 Local: Sede do Sistema FIESC, Florianópolis, SC Informações: www.fiescnet.com.br

Gestão de recebíveis e obrigações

Como vender valor e não preço

Período 27 Local: Bourbon Curitiba Convention Hotel, Curitiba, PR Informações: www.ibecc.com.br

Período 20 a 22 Local: Centro empresarial de Jaraguá do Sul – Cejas Informações: www.acijs.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

agosto2011 www.portalmercadobrasil.com.br

Entre os dias 15 e 17 de agosto, acontece em São Paulo, SP, o 37o Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas - Conarh ABRH 2011. Consolidado com o mais importante evento de gestão de pessoas da América Latina, o Conarh ABRH promove a interação entre mais de 3 mil participantes em palestras, oficinas, painéis e talk shows com temas relacionados ao desenvolvimento de pessoas. Neste ano, a novidade fica a cargo da segmentação das palestras de acordo com o público do congresso, entre eles gestores em geral, jovens profissionais de RH e diretores VPs de RH. Paralelo ao congresso também acontece a feira de novidades do setor. Informações: www.abrhnacional.org.br

Intermach 2011

www.porthuseventos.com.br/eventobioenergia

Período 24 e 25 Local: Associação Empresarial de Joinville - Acij Informações: www.acij.com.br/agendas capacitacao@acij.com.br

Conarh ABRH 2011

A Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para Indústria Metalmecânica – Intermach 2011 acontece em Joinville, SC, de 12 a 16 de setembro. Em sua 8a edição, a feira traz cerca de 600 empresas expositoras, que irão apresentar os principais lançamentos em maquinários e soluções para as melhorias na qualidade de processos e matérias-primas do setor metalmecânico. O evento irá contar com a participação de gigantes internacionais do setor e a expectativa é que a feira tenha crescimento de 20% em área ocupada, em comparação com a última edição. Informações: www.intermach.com.br




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.