Avaliacao metodologias

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métodos mistos de avaliação

liações de impacto, e Bamberger (2012) publicou uma introdução ao uso de métodos mistos na avaliação de impacto. Mais precisamente, o interesse pela capacidade de os métodos mistos realizarem triangulação de dados e alcançarem melhor entendimento da implementação dos processos e causas dos fenômenos em estudo foi aguçado por dois fatores. Primeiro, pela identificação das limitações e desafios práticos associados aos RCTs, financiados por uma série de doa­ dores internacionais; e segundo, a consciência da distinção entre qualitativo e quantitativo deixou de ser aparente devido à gama de ferramentas de coleta e análise de dados disponíveis para os avaliadores, como confirmado pelos autores da publicação da DFID: A combinação de métodos também se tornou mais fácil porque a clara distinção entre métodos quantitativos (variáveis) e qualitativos (casos) se tornou mais diluída, com métodos quantitativos que não são estatísticos e novas formas de análises de casos, tornadas mais fáceis pelo uso de ferramentas eletrônicas (DFID, 2012, ii).

3. RELEVÂNCIA DA AVALIAÇÃO NA TEORIA E NA PRÁTICA Como já foi mencionado anteriormente neste artigo, o eclético uso dos métodos mistos em avaliação está estreitamente ligado à variedade de propósitos aos quais se aplica a combinação de métodos quantitativos e qualitativos. Como resultado, os estudos baseados em métodos mistos confirmam a diversidade de estruturas filosóficas, lentes teóricas, escolhas metodológicas e práticas encontradas na comunidade de avaliadores. No campo dos métodos mistos, existem múltiplas perspectivas do que representa uma evidência ou do que dá vigor aos achados, estando estas também baseadas no nível de participação dos interessados, além de nas matrizes disciplinares dos avaliadores e nas escolhas de paradigma. Por esse motivo, os métodos mistos atuam em vários níveis. Os diálogos sobre sua aplicação estão inerentemente ligados à credibilidade da evidência e ao critério usado para estabelecer tal credibilidade (MERTENS & HESSE-BIBER, 2013). Os avaliadores voltam-se para os métodos dos paradigmas pós-positivista, construtivista, pragmático e transformador para critérios associados 35


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