Riquezas ocultas - Primeiro Capítulo

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— O que mais? Tremendo, Winesap mergulhou a mão na caixa e tirou um vaso de vidro retorcido. Italiano, deduziu Finley ao inspecioná-lo. Feito à mão. Devia valer entre cem e cento e cinquenta dólares. Ele o atirou na parede, passando a um fio da cabeça de Winesap, e o vaso se despedaçou. — E tem... umas xícaras de chá. — Os olhos de Winesap passavam da caixa para o rosto impassível do chefe. — E alguns objetos de prata. Duas bandejas, um prato de sobremesa. Um p-par de taças de cristal gravadas com sinos de casamento. — Onde estão minhas mercadorias? — perguntou Finley, latindo cada palavra. — Senhor, eu não... É que eu acho que houve... — A voz de Winesap sumiu, tornando-se um sussurro: — Um erro. — Um erro. — Os olhos de Finley eram como jade quando ele fechou os punhos ao lado do corpo. DiCarlo, pensou, lembrando-se da imagem de seu funcionário de Nova York. Jovem, inteligente, ambicioso. Mas não estúpido, pensou Finley. Não estúpido o bastante para tentar enrolá-lo. Mesmo assim, ele teria que pagar, e muito caro, pelo erro. — Ligue para o DiCarlo. — Sim, senhor. — Aliviado pelo fato de a raiva de Finley estar sendo direcionada para outro alvo, Winesap correu até a mesa para fazer a ligação. Enquanto o assistente discava, Finley esmagou alguns pedaços de porcelana no carpete. Colocando a mão dentro da caixa, foi retirando o restante do conteúdo e destruindo-o sistematicamente.

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