Histórias de resgate
por Juliana Ângela
Cultura, arte e esporte são utilizados como instrumentos que transformam a vida de alunos e educadores no Movimento Pró-Criança Como a maioria das crianças, Vanessa Maria gostava de desenhar e pintar. Com o passar do tempo, a menina percebeu que a necessidade de se expressar através das artes plásticas ia além das brincadeiras infantis, era uma paixão, um talento que precisava ser desenvolvido, lapidado. Moradora do Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife, Vanessa não encontrou na sua comunidade o incentivo de que precisava para desenvolver sua arte. Frequentando oficinas oferecidas em ONGs de outros bairros, a garota começou a amadurecer artisticamente, mas foi no Movimento Pró-Criança (MPC) que se encontrou como artista, educadora, empreendedora e cidadã. “Eu sempre soube que queria ser artista plástica, mas aqui no Pró-Criança aprendi a ser mais que isso. Aprendi a ser um
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NOV/DEZ 2014
INFORME Fecomércio PE
agente multiplicador. Além de aprimorar meu talento, de expressar meus sentimentos através das artes, desenvolvi a capacidade de instigar outras pessoas a também fazerem isso”, diz Vanessa.
Eu sempre soube que queria ser artista plástica, mas aqui no Pró-Criança aprendi a ser mais que isso” Vanessa Maria, educadora do Pró-Criança
Ela entrou como aluna no curso de cerâmica do Espaço Maria Helena Marinho, no Recife Antigo, uma das unidades do MPC. Três anos depois, já atuava como monitora e, em seguida, foi contratada pela ONG para ser educadora. Hoje, aos 24 anos, Vanessa é ceramista e dá aulas nas unidades do MPC no Recife Antigo e no bairro dos Coelhos. Os ensinamentos também serviram de base para que ela fundasse, junto com uma amiga, a Associação João de Barro, que produz e vende peças de cerâmica. Para melhorar a apresentação dos produtos