As Novas Escrituras, Vol. 2

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As Novas Escrituras

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As Novas Escrituras

Edição eletrônica revista e anotada Ano de 2009

Centro Lusitano de unificação Cultural do Brasil

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Nota Prévia Como o público poderá verificar através da leitura do presente “Livro da Invocação” e, principalmente, através da sua reflexão em profundidade, o poderoso mantra da Nova Era intitulado “Invocação Maior” é o instrumento que, quando utilizado por suficiente número de pessoas, pode acelerar a precipitação dos corpos mais densos do Cristo no plano físico e desencadear A Sua manifestação visível e universal. A “Invocação Maior” não vem para substituir mas sim para complementar - os dois maravilhosos instrumentos que, durante a anterior dispensação, foram ofertados à Humanidade: a “Oração do Senhor” (Pai-Nosso), transmitida pelo próprio Mestre Jesus, e a “Grande Invocação”, transmitida por Alice A. Bailey, por inspiração do Mestre Djwhal Khul - o mesmo que inspirou a presente invocação. A Hierarquia deixou bem claro que esta era a última de uma série de três invocações que, completando um ciclo energético triangular, seriam utilizadas até ao regresso do Cristo. Quaisquer tentativas de introdução de outras invocações para complementar ou - pior ainda substituir esta, venham de onde vierem, não passam de perigosas mistificações oriundas do antisistema. Amerlântis Centro Lusitano de Unificação Culrural do Brasil 3


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INVOCAÇÃO MAIOR

Da Presença Sublime em nossos corações, Ó Cristo, ó Redentor, Recebe a Chama Ardente do nosso grande Amor! Da Presença Real que coroa as nossas Mentes, Ó Cristo, ó Potentado, Acolhe a Luz nascente e o Poder despertado! Do tímido embrião da nossa Inteligência, Ó Redentor, ó Santo, Fabrica o Teu bordão, manda tecer Teu manto! Porque queremos fechar para sempre a porta ao mal, Ó Cristo, ó nosso Irmão, Mostra-nos Tua Face e estende-nos a mão! Que a Luz, o Amor e o Poder do Pai, Se manifestem por Teu intermédio Sobre nós, em nós e por nós, Eternizando o Plano sobre a Terra! AUM! Djwhal Khul

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Conforme alguns de vós já sabeis pela leitura de “O Livro da Anunciação”*, deu-se, na madrugada do dia 3 de Junho de 1985, o nascimento do Messias da Nova Era. De fato, nessa ocasião, o Bem-Amado Cristo Maitreya ocupou os corpos mental, emocional e etérico preparados por três dedicados grupos de discípulos (em nome de toda a Humanidade iluminada) e aproximou-se mais da manifestação visível entre os homens - que iniciará daqui a alguns anos). Em virtude desse importantíssimo acontecimento, a Hierarquia espiritual de nosso planeta decidiu elaborar uma potente invocação que pudesse servir como instrumento para a Humanidade preparar-se para receber o Messias e colaborar em sua própria redenção. Assim surgiu a “Invocação Maior”. Uma das tônicas da Nova Era é o universalismo. Para os verdadeiros filhos da Era de Aquário, todas as religiões e escolas espiritualistas são linhas que provêm da mesma eterna sabedoria a que todos os homens serão reconduzidos. Todas as religiões são parcelas da verdade e todos os grandes Messias e Salvadores do Mundo das diversas latitudes, épocas e religiões, são enviados da Sabedoria Divina que visam mostrar aos homens um pouco mais da Luz Imperecível. Por isso não pretendemos comparar religiões e muito menos Messias. Se, ao fazermos o histórico dos antecedentes da Invocação Maior, marcamos * - Primeiro volume de As Novas Escrituras. 5


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o início no momento da vinda e manifestação do Cristo em Jesus há cerca de 2.000 anos, foi somente porque de outra forma (recuando mais no tempo) entraríamos em excessivas delongas. Apenas nos interessa presentemente relatar alguns fatos ligados à vinda do Messias no início da Era anterior (a Era de Peixes e do 6º Raio) para mostrar quer Sua identidade, quer Sua alteração evolutiva em relação ao que atualmente está acontecendo. Não pretendemos sobrevalorizar ou desvalorizar os vários Messias, Avatares e Salvadores do Mundo que, através das Idades, têm trazido o testemunho da Eterna Sabedoria. Algumas dezenas de anos antes do nascimento de Jesus, foi dada à Humanidade uma invocação destinada a apelar pela vinda do Messias aquele que seria o Messias da então nova Era do 6º Raio, o Raio da devoção idealista - que em breve se iniciaria. A invocação foi transmitida à Ordem dos Essênios que a guardaram e pronunciaram com frequência. Igualmente a conheceram e usaram alguns profetas e místicos de Israel designadamente, José, Maria, Isabel e Zacarias (os pais respectivamente de Jesus e de João Batista). Também a usou um número restrito de iniciados espalhados pela Ásia como os magos Gaspar, Melchior e Baltazar. A Humanidade estava ainda demasiado atrasada, não só em evolução espiritual mas também em meios de comunicação, para ser possível uma maior divulgação. Já depois do nascimento de Jesus, isto é, depois de estar entre os homens o instrumento da 6


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manifestação divina, surgiu nova invocação clamando pela revelação e pelo triunfo do Messias. Tal invocação foi comunicada telepaticamente a João Batista e, sendo ele membro da comunidade Essênia, de novo essa Ordem guardou-a e usoua. Também mais alguns filhos de Israel, não diretamente ligados àquela Ordem ou até estranhos a ela, a conheceram e pronunciaram. Entre eles havia futuros apóstolos e discípulos de Jesus. Sabiam que o Senhor estava bem próximo, o que explica a sua pronta adesão e reconhecimento do Messias. Pouco antes de terminar essa Missão entre os homens, o Messias deixou-lhes uma nova oração destinada a ser, durante a era do 6º Raio que então alvorecia, um instrumento de contacto entre o 4º reino da Natureza (o reino dos homens) e o 5º reino (o reino de Deus, o reino das almas livres ao qual todos os homens hão-de ascender). Essa oração é aproximadamente (após alguns desvios provocados por sucessivas transmissões e traduções) a que hoje se chama a Oração do Senhor (ou “Pai Nosso”). Apesar de atualmente desajustada em relação às novas conquistas psicológicas e espirituais de que a Humanidade tem de ser capaz, é incalculável a soma de benefícios que a sua repetida pronúncia trouxe ao longo dos séculos. Com o decurso do tempo, porém, chegou a oportunidade de novas realidades, de novos impulsos e de novas e mais amplas revelações da Verdade. Foi-se aproximando a chegada de uma 7


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Nova Era - a Era do 7º Raio, a Era de Aquário - e, com ela, consequentemente, de uma nova vinda do Messias. Assim, centenas de discípulos têm vindo, direta ou indiretamente, a ser preparados, instruídos e dirigidos, desde meados do século XIX, possibilitando-se (a eles e ao mundo) maior número de conhecimentos da Sabedoria de Deus a fim de se proporcionar a vinda da Nova Era e de seu Messias. Neste contexto, foi elaborada e transmitida ao mundo uma nova invocação correspondente (num novo nível da espiral evolutiva) à primeira que, há pouco mais de 2.000 anos, foi transmitida aos Essênios. Desta vez foi escolhida como primeira receptora da nova invocação uma iniciada de alta estirpe: a irmã Alice A. Bailey. Desse modo prestou-se um justo tributo ao longo trabalho realizado, para instrução da Humanidade, por essa irmã em colaboração com o Mestre Djwhal Khul que lhe transmitiu o Mantra intitulado “Grande Invocação”. Pretendeu-se ainda realçar e simbolizar a nova participação - não apenas passiva mas ativa - das mulheres nas realidades espirituais. A Grande Invocação foi divulgada ao mundo tanto quanto possível e pronunciada por aqueles que se encontravam aptos a reconhecê-la e valorizá-la. Dessa forma foram relativamente atingidos os resultados que ela visava, isto é, a intensificação da Luz e o forte apelo para a vinda do Messias. Foram atingidos - sublinhe-se - não só por esta via mas também por várias outras apesar 8


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do estado de cegueira em que grandes multidões ainda se mantêm. Deu-se então o nascimento, nos planos mental, emocional e físico etérico (não denso), do novo Messias tal como consta no Livro da Anunciação. Foi assim decidido elaborar e dar ao mundo uma nova invocação que tivesse em conta a maior proximidade entre o Cristo e os homens e a maior contribuição da Humanidade em sua própria redenção tendo, como resultado de uma cuidadosa elaboração e com a aprovação e benção de todos os mestres da Hierarquia, surgido a “Invocação Maior*”. Da sua importância, significado e profundidade se ocuparão outras mensagens que, tal como esta, chegarão ao conhecimento do mundo dos homens. Por agora, desejo apenas enfatizar a sublimidade de seu profundo conteúdo e, não obstante, a propositada simplicidade do seu aspecto formal para que todos a possam pronunciar. Ela é um instrumento básico para a manifestação objetiva do Messias e para o estabelecimento da Nova Era de Liberdade e Amor. Entre as invocações que têm sido dadas ao mundo - e muitas são genuínas e muito valorosas - esta é atualmente, a maior.

* - Primeiramente, o título atribuído a esta invocação pelo Mestre DK foi “Máxima Invocação”. Todavia, o grupo esotérico a que o canal receptor pertencia em Lisboa decidiu por maioria mudá-lo para “Invocação Maior”, por achar o primeiro pretensioso.

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Nenhuma outra, que se encontre ao dispor dos homens, é tão poderosa, benéfica e abençoadora. Do fundo do coração, com todo o amor que tenho por vós, com toda a vontade que tenho de construirmos juntos uma Nova Era mais sábia e mais justa e fazermos deste planeta em trevas uma luminosa estrela de liberdade, peço-vos que aprendais, compreendais, useis e divulgueis a Invocação Maior. Benditos sejais, em nome do Deus Uno.

SAINT-GERMAIN

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Aprendei e utilizai, irmãos: A Invocação Maior é uma manifestação de fogo divino. Foi-vos trazida para que, por seu intermédio, esse fogo seja contatado e utilizado abençoando, purificando e enaltecendo vossas vidas. Através dela podereis sintonizar os níveis elevados de onde vem o verdadeiro maná celeste: o alimento espiritual, a Sabedoria, o Amor e o Poder para servir. A Invocação Maior constitui um Mantra de enorme poder e perfeição destinado a constituir em vós uma ponte de ligação com a Hierarquia das almas iluminadas e, por meio dela, com o Grande Centro Divino do Bem-Amado planeta Terra. A Invocação é dual e assim espelha muito do essencial problema humano. Vós, membros desta Humanidade, oscilais constantemente entre dois pólos: o do espírito e o da matéria. Vós estais divididos entre duas atrações e duas manifestações de desejo: uma divina e outra terrena. Além disso, procurais frequentemente no exterior aquela sabedoria, aquela inspiração e aquela energia que somente em vós podeis encontrar. Por fim, pode dizer-se que oscilais entre o reconhecimento do Deus interno (fragmento e centelha divina) e a busca do Deus externo e transcendente. Desse modo estais a demonstrar um reconhecimento incipiente da existência de duas manifestações diferentes, embora harmônicas e cíclicas, da realidade constituída pelo Deus Uno (que existe como uma presença individual em cada um e como força cósmica em toda a parte). Deus, enquanto força cósmica, impõe a disciplina manifestada nos ciclos evolutivos através da qual todas as criaturas caminham; Deus, enquanto presença individual, proporciona a cada criatura o alento, o poder e o sentido direcional bem como a capacidade de integrar-se no vasto esquema das coisas. 11


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A Invocação Maior reflete essas realidades e simultaneamente traz-vos um meio pelo qual podeis começar, com maior consciência, a partilhar delas. Recordai o texto na sua globalidade. Podemos decompô-lo em duas partes principais. Na primeira, obedecendo à grande lei que rege o movimento das coisas, as criaturas oferecem o que de melhor têm em si: a energia tríplice de suas presenças divinas. Efetivamente, na primeira estrofe, oferecem o amor; na segunda, a luz e o poder; na terceira, a inteligência, que só se manifesta plenamente quando as outras duas estão ligadas. Esta dádiva é condição (se for sincera, espontânea e fruto do amor) para que Deus possa oferecer algo de Seu poder e de Sua energia às criaturas que, daquele modo, demonstram sua pureza. A quem é oferecida essa dádiva da nossa melhor energia? Não ao Pai, Deus último, porque não seríamos capazes de contatá-lo direta e conscientemente mas ao Filho, o Cristo Redentor, a quem poderemos ter acesso mais ou menos consciente conforme nosso grau de evolução e pureza interiores. Cristo, o Filho, pode ligar-nos ao Pai, interceder por nós e servir assim de mediador entre esta Humanidade e o Centro de Governo Espiritual do planeta onde, em última análise, impera soberano o Deus Uno. Além disso, o Cristo que intercede por nós é ainda dual: é simultaneamente Cristo, o Instrutor e Redentor do Mundo (manifestação do Cristo Cósmico) e o Cristo em nós (a maravilhosa alma em cada um, instrumento de sua própria salvação). Na união dos dois Cristos está o triunfo e a salvação da Humanidade. Depois de ter-se apelado, numa fase intermédia, para o Cristo, nosso irmão (o mediador interno e externo que, ao ligar-nos solidamente a Deus imanente 12


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e transcendente, fechará para sempre a porta ao mal em nós e fora de nós) o apelo atinge o clímax na segunda parte da Invocação. Por intermédio desse Cristo e, portanto, da alma de que assim procuramos consciencializar-nos, é pedido que o Deus Uno, o Pai, derrame sobre nós (em Sua manifestação transcendente), em nós (em Sua manifestação imanente) e através de nós (na união das duas manifestações) a Sua tríplice energia. Na primeira parte da Invocação, as criaturas ofereceram suas melhores energias a Deus. Na segunda parte, é Deus que responde e sobre elas derrama a energia correspondente aos três aspectos da Divindade Una: a Luz, o Amor e o Poder. Há, desta forma, dois movimentos: um das criaturas até Deus e outro de Deus até às criaturas, fechando um círculo do qual todo o mal será expulso. É-nos dada assim uma indicação para compreender o papel da Humanidade purificada. Na verdade, quando despertar em seu seio a presença divina, a Humanidade do futuro encontrará os meios, o saber e a coragem para unir-se mais estreitamente ao Deus Uno e ser-lhe-á permitido ocupar seu lugar no plano divino derramando, através de si, as energias com que cumprirá sua parte no esquema cósmico. Então, esse plano divino será “eternizado sobre a Terra” por uma Humanidade redimida que o terá eternizado dentro de si própria ao expulsar o mal e começar a realizar sua natureza essencialmente divina. O som cósmico ressoará harmonicamente através dos filhos dos homens que terão afinal compreendido que são verdadeiros filhos de Deus: AUM!... Despeço-me na luz do Cristo como um dos que sonham com esta realização. TRASGO 13


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A Invocação Maior é dada à Humanidade numa época em que o 6º Raio (o Raio da Devoção Idealista) está saindo de seu ponto de grande influência e em que, simultaneamente, desponta a Era do 7º Raio. O 7º Raio é o Raio da Liberdade; é o Raio da Ordem, do Cerimonial e do Ritmo. A Liberdade que se visa é a da alma que se desprende das escravidões da matéria, dos sentidos, das coisas e das circunstâncias. É a conquista da alma que vê-se superior e imparcialmente e que, por isso, determina-se livremente sem quaisquer prisões dos fenômenos, dos objetos e da forma. Para atingir esse estado de perfeita liberdade, impõe-se à personalidade, à aparência (isto é, aos corpos mental, emocional e físico) uma ordem e um ritmo que sejam a expressão da vontade da alma. Deste modo a personalidade é posta em conformidade com a alma, não a prendendo, obstaculizando ou escravizando, mas sendo seu perfeito reflexo. A fim de obter essa ordem na personalidade, são efetuados certos cerimoniais ou rituais que podem consistir em invocações e apelos, concentrações e meditações, práticas de vida e processos de desenvolvimento: tudo o que possa servir para impor uma determinada ordem e elevação vibratória. A Invocação insere-se em todos estes princípios. No fundo é um cerimonial para alcançar a liberdade dos planos superiores. É um ritual que, 14


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mediante a imposição de certas ordens à personalidade (“grande amor”, “luz nascente”, “poder despertado”, querer “fechar para sempre a porta ao mal”, manifesta-se “sobre nós, em nós e por nós”, visa possibilitar a expressão de impulsos vindos dos mundos superiores, quer exteriormente (através do Cristo Maitreya) quer interiormente (através do Cristo em nós). Vede assim a Invocação Maior como um cerimonial que visa impor certa ordem que possibilite a manifestação dos impulsos do Alto para atingir-se a libertação ou redenção. Uma forma particular das invocações ou apelos é o que os orientais chamam “Mantras”. Um Mantra é um conjunto de palavras, de sílabas, de letras ou de sons escolhidos e ordenados de tal forma que possibilitem alcançar certos efeitos pretendidos sobre a substância. É, pois, um apelo ou uma invocação cientificamente elaborados. Nesse sentido, a Invocação Maior é um Mantra muito poderoso. As palavras foram cuidadosamente escolhidas e conjugadas para conseguirem, da forma mais eficaz e clara possível, certos resultados. Sua correta pronúncia afetará a substância dos corpos da vossa personalidade, a substância dos mundos mental, emocional e físico e a substância dos corpos de vossos semelhantes impondo-lhes uma nova ordem, um novo ritmo de mais elevada vibração, enfim, uma maior espiritualização. Eis por que a Invocação Maior deve ser realmente pronunciada e não meramente mentalizada. Só assim ela poderá atingir seus efeitos 15


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mântricos sobre os planos inferiores. Neste contexto, é oportuno perguntar porque foi a Invocação Maior inicialmente elaborada e divulgada em língua portuguesa e não, por exemplo, em língua inglesa ou francesa. Não é suficiente responder, embora seja verdade, que se efetuarão, em várias línguas, traduções inspiradas para serem o mais perfeitas possível, inclusive do ponto de vista dos efeitos mântricos. A verdadeira resposta baseia-se na importância que, na Nova Era, terá o Brasil (onde se fala a língua portuguesa que, aliás, ajudei a expandir em passada encarnação antes de realizar minha total vitória sobre a imperfeição humana). Deve-se sobretudo ao fato da América do Sul, em geral, e o Brasil, em particular, serem o primeiro e principal foco de iluminação e de atuação do Messias. Outra tônica do 7º Raio e, em consequência, da Nova Era, é a transmutação. Em linguagem oculta usamos o termo transmutação com o significado de mudança para algo superior, para mais elevada frequência vibratória. A transmutação está presente na Invocação Maior de duas formas: A primeira é a combinação de conceitos e de expressões básicas do novo ensinamento. Esse fato transparecerá de outras mensagens mas, por agora, lembrarei apenas a distinção entre o Cristo exterior e o Deus transcendente (em que se baseou o ensinamento mais generalizado da Era do 6º Raio) e o Cristo interno e o Deus imanente 16


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(uma das tônicas do ensinamento da Nova Era). Desta forma mista vão-se, a pouco e pouco, transmutando quer as expressões (para revelarem um novo significado) quer as mentes dos seres humanos (para atingirem uma nova compreensão). A segunda forma de presença da transmutação na Invocação Maior é a própria ação do Cristo aparecendo como agente transmutador. Ele, em Seu estado evolutivo mais elevado, recebe “o nosso grande amor”, “a luz nascente e o poder despertado”, “o tímido embrião da nossa inteligência” e, os transmutando (aumentando sua perfeição, sua espiritualização), pode usá-los em Seus propósitos e em Sua ação. É oportuno lembrar que o Cristo tem o duplo significado do Cristo Messiânico (o excelso Senhor Maitreya) e do Cristo em nós (nossa própria alma espiritual). Julgo haver expressado alguns pontos essenciais para reflexão e para melhor compreensão do interesse e significado que tem, nesta hora de transição, a Invocação Maior. Estou certo de que muitos de vós o entendereis. Abençoados sejam os que entenderem e possa a luz libertadora do Cristo ordenar a personalidade de todos os homens. HENRIQUE * * - O Mestre Henrique, entre outras importantes reencarnações, foi o Infante D. Henrique, que iniciou a expansão planetária dos Portugueses. 17


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“Pedi e ser-vos-á dado.” Assim disse o Cristo há 2.000 anos. Esta frase é a expressão de uma importante lei cósmica: tudo o que é dado de Cima tem de ser pedido de Baixo. Quando se pede com alma forte e pura, concede-se em abundância. Por isso, irmãos queridos, é necessário pedir, apelar, invocar. É preciso querer fechar a porta ao mal e pedir ao Cristo que venha ajudar a fechá-la para que Ele mostre Sua face e estenda-nos a mão. Pedi, portanto, a vinda do Mestre. É necessário pedirdes para que Ele venha. É necessário que pronuncieis a Invocação Maior para a vinda do Messias. Contudo, irmãos, se pedir é bom, melhor ainda é dar. Quem dá com pureza, altruísmo e boa vontade recebe centuplicadamente. Assim da “presença sublime em vossos corações”, dai “a chama ardente do vosso grande amor”; da “presença real que coroa as vossas mentes”, dai ”a luz nascente e o poder despertado”; do “tímido embrião da vossa inteligência”, dai ao Cristo o material para fabricar Seu bordão e tecer Seu manto. Sim, bendito seja o Cristo Maitreya! Benditos também os que vêm, vivem e dão em nome do Senhor. Da semente por eles lançada florescerá a rosa Messiânica e far-se-á a colheita da Nova Era. No amor puro do Cristo, na luz violeta da Nova Era, vos abençoo. PORTIA 18


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O que já foi dito sobre a Invocação Maior não deve lançar-vos na orgulhosa ilusão de que foi dito tudo ou quase tudo. Cem, mil, dez mil páginas não poderiam comportar senão pequena parte dos inúmeros significados que subjazem a este poderosíssimo Mantra. Pensai: ele fala em Luz, Amor e Poder; fala no Cristo, no Pai, no Plano. O que sabeis vós de um destes aspectos e o que poderíeis saber mais? Que aquilo que ainda temos a acrescentar seja recebido, pois, somente como outra ínfima sugestão e nunca como dogma ou concepção acabada e infalível. Lembrai, também, que o poder, o alcance e o significado de um Mantra dependem principalmente de quem o pronuncia. Analisemos então a invocação apenas para insinuar mais uma síntese que dela podeis fazer. Diz o 1º verso da 1ª estrofe: “Da presença sublime em nossos corações” Esta é a presença divina em nós, o fragmento de Deus que, desde o alvor até ao fim dos tempos, permanece conosco. Cada um de nós é, essencialmente, uma presença divina no interior de si próprio. Ela manifesta-se no coração humano como núcleo fornecedor de vida ao sistema orgânico ou, em suas analogias superiores, a cada um dos corpos do Homem. Esta presença, indissoluvelmente ligada ao coração divino, fonte de toda a energia do mundo e dos mundos, é, por sua vez, fonte inesgotável de energia para esse Homem. 19


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Diz o 2º verso da 1ª estrofe: “Ó Cristo, ó Redentor” Estes conceitos já foram parcialmente comentados. Há dois Cristos, um interno e outro externo a cada ser individual. O Cristo externo é sempre uma manifestação do Cristo cósmico, produto da união do espírito divino cósmico com a matéria prima cósmica (a união do Pai com a divina Mãe) através da qual nasce um terceiro aspecto: o Filho ou Cristo, que fica como mediador e revelador sintético das vicissitudes dessa união. No fim, quando a expansão do alento proveniente do coração divino tiver impregnado inextricavelmente toda a matéria do Universo até à periferia da esfera de influência do Ser Divino (se assim imperfeitamente podemos expressar-nos), Cristo estará fundido com o Pai e a Mãe pelo que a Trindade retornará ao estado de Unidade. Esta expressão refere-se igualmente ao Cristo interno. Ele reflete, no microcosmo que é cada homem, o que mostra ser verdadeiro no macrocosmo. Também Ele resulta da união, dentro de cada homem, da emanação de Sua presença com a matéria-mãe de Seus corpos; é igualmente verdade que, um dia, o homem será uno e não existirá distinção entre os três aspectos de sua expressão. Notemos agora que, ao mediar a união entre espírito e matéria, o Cristo cósmico é o Redentor, o Salvador dos seres decaídos e necessitados dessa união para (tendo nascido um Universo 20


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graças a ela) poderem ser salvos pela evolução. Por sua vez, esta evolução depende estreitamente do impulso e da manifestação da presença divina em cada ser, a qual é, sobretudo, manifestação do Cristo interno individual. Diz o 3º verso da 1ª estrofe: “Recebe a chama ardente do nosso grande amor” No Homem, a manifestação divina básica é dual: consiste em Amor-Poder. Neste verso ele oferece a Cristo e, por seu intermédio, ao Deus Uno, o aspecto amor dessa dualidade. De fato, podemos dizer que o Homem é essencialmente, uma presença divina. Contudo, essa manifestação tem lugar através de dois centros energéticos principais: a cabeça e o coração. É um pouco como se existissem duas presenças divinas em cada ser humano sendo assim válido procurar Deus no coração (como fazem os místicos, centrados no aspecto amor da manifestação divina) ou na cabeça (como fazem os ocultistas, centrados no aspecto sabedoria dessa manifestação divina). Na realidade a corrente de energia una, que penetra no sistema orgânico do corpo e dos corpos humanos através da cabeça, divide-se em duas correntes. Uma é o fio da vida que vai centrar-se no coração e tem a ver com a manutenção da vida vegetativa, da vitalidade do organismo, etc.; outra é o fio da consciência, que vai centrarse na cabeça e tem a ver com a manutenção da vida intelectual e da consciência. Deste modo, na 1ª estrofe da invocação, a busca de Deus e a 21


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oferta de nossa energia essencial deve ser feita sobretudo através do coração com uma mística dádiva de amor. Diz o 1º verso da 2ª estrofe: “Da presença real que coroa as nossas mentes” Fizemos alusão à presença divina no Homem. Agora a atenção volta-se para a sua manifestação que mais tem a ver com o aspecto sabedoria: trata-se da “presença” na cabeça, que “coroa as nossas mentes”. A mente humana encontra expressão através do cérebro e o principal centro etérico da cabeça, chamado coronário, apresenta-se ao clarividente como uma coroa que encima o próprio cérebro. O caminho do ocultista implica que, um dia, a alma humana seja capaz de fundir numa unidade o aspecto mais místico e amoroso de sua busca com o aspecto mais ocultista e sábio. Nesta estrofe, todavia, apela-se principalmente para o aspecto intelectual (na linha da sabedoria) da manifestação da presença ofertando-o a Deus. Deve ainda fazer-se referência à razão por que se qualifica a presença como real. A presença em si é real porque representa a essência, a realidade para além de todas as ilusões, no interior de cada ser humano. Além disso ela é também real por ser régia representando o aspecto que, por fim, deve reinar sobre o sistema orgânico dos corpos humanos. Acontece ainda que, nesse momento, o centro etérico situado no alto da cabeça (a que já aludimos) resplandecerá 22


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como uma coroa de luz, tal como é visto por um clarividente (à maneira da auréola dos santos). Diz o 3º verso da 2ª estrofe: “Acolhe a luz nascente e o poder despertado” Repare-se na necessidade de utilizar uma sequência de palavras para expressar processos que são simultâneos. Desde o momento em que o discípulo se consagrou misticamente a Deus e ao Serviço através do centro cardíaco e colocou igualmente nesse serviço todo o potencial do seu intelecto, a que reconheceu importância, acontecem duas coisas. Primeiramente a luz na cabeça (indício oculto da firmeza do desenvolvimento interior) nasce e brilha cada vez mais intensamente anunciando também o nascimento do Cristo a partir do instante em que, como se mostra aos olhos do clarividente, adquire a luminosidade e a permanência típicas dos iniciados. Depois, o verdadeiro poder, até aí praticamente desconhecido da personalidade do discípulo, desperta (é bom meditar sobre o significado deste termo) e faz-se manifesto. Isto coincide com um progressivo aumento da rotação e brilho do centro coronário indicando que a alma se assenhoreia cada vez mais do controlo da expressão da vida divina no Homem. A partir desse momento é necessário o desenvolvimento harmonioso dos centros cardíaco e coronário, ligados ainda a outros centros, para que a evolução prossiga em ordem. O Cristo interno manifestar-se-á como Cristo de Amor e de Poder e o homem será já um servidor consagrado. 23


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A Invocação Maior contribui para a realização de tudo isto. Diz o 1º verso da 3ª estrofe: “Do tímido embrião da nossa inteligência” A verdadeira inteligência é a dos seres iluminados, aqueles que vivem com “a mente firme na luz”, o coração transbordante de vitalidade e amor e a cabeça plena de poder sobre o mecanismo de expressão humana nos três mundos, o qual será vibrante com o ritmo da vontade espiritual. Assim a inteligência do homem comum ou mesmo do discípulo até à 1ª iniciação nada mais é do que uma tímida e bruxuleante chama, se comparada com a futura realização maior. É, contudo, pela consagração e desenvolvimento dessa pequena chama que ela se torna um holofote, um facho de luz. É ainda verdade que a atividade inteligente da personalidade humana, plenamente iluminada e santificada, só se manifesta quando a expressão de amor é grande e quando a vontade ou poder se manifesta no homem que deseja estabelecer na sua vida, para todo o sempre, o império do Deus interno (a presença sublime é real). Diz o 2º verso da 3ª estrofe: “Ó Redentor, ó Santo” Novamente se consagra ao Cristo a luz de que o discípulo é capaz e novamente ele representa o Cristo Cósmico e o “Cristo em nós, esperança de glória”. Entretanto ele é agora uma vez mais referido como Redentor porque é pela ativi24


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dade do aspecto Crístico (ou alma) em nós que somos purificados e salvos de nossa ignorância de seres apegados aos níveis da forma e da matéria. É também referido como Santo porque a Sua natureza essencial é pura acima de toda a mácula. Agora, quando a consagração do Homem ao Divino e ao serviço divino é total, quando ele começa a permitir a livre expressão da presença divina dentro de si e quando esta expressão já manifesta harmonicamente Amor, Sabedoria e Poder, acontece algo mais: a energia divina, fluindo do alto da cabeça, desce até ao aspecto mais denso da materialidade. É despertada uma poderosíssima energia, até agora latente e semi ignorada - ainda que tenha muito a ver com a conservação da vida humana e com a atração pelos planos inferiores e a vivência neles. Trata-se da energia mencionada no Oriente e sobretudo na Índia como o “fogo kundalini”, latente no centro da base da coluna. Essa energia, que perderia os incautos que tentassem despertá-la prematuramente (lançando-os na insânia e na morte), vai conduzir o Homem ao Monte da Transfiguração onde ele se unirá estreitamente com seu Cristo interno e, por meio dele, com Deus. O fogo kundalini só despertará completamente na 3ª Iniciação elevando-se então da base da coluna para unir-se, na cabeça, ao fogo descendente. A partir desse momento, já nada poderá desviar o Homem de seu caminho e em breve ele atingirá o grau de Mestre (nessa ou noutra encarnação mas sempre rapidamente). Sua santidade nunca mais 25


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será colocada em causa pois o fogo do espírito desceu até ao aspecto inferior de sua natureza e até aí fez despertar a pureza e a espiritualidade. O que acontece depois? O Cristo interno caminha rapidamente em Sua missão terrestre espalhando a benção em seu redor. Sua inteligência de homem iluminado cresce e atinge cumes inconcebíveis para o homem comum. Ele vai apoiado em Seu bastão que somente agora foi construído e está sendo aperfeiçoado: trata-se do bastão de Hermes em seu verdadeiro significado, ou seja, da coluna de energia que, de alto a baixo, une todos os aspectos da natureza humana numa tremenda manifestação espiritual. Pelo amor (1ª estrofe) o Homem poderá atingir a 1ª Iniciação; pela sabedoria cada vez maior, associada ao despertar do poder, ele atingirá a 2ª Iniciação (2ª estrofe). Até aí o Cristo terá “nascido e atingido as águas do batismo” numa consagração cada vez maior; agora na 3ª Iniciação, o Homem escala o Monte da Transfiguração e torna-se um com seu próprio Cristo interno. Desde então, esse Cristo interno caminha na Terra manifestando-se nos mais recônditos lugares aonde vá porque a ele que é e se apoia numa coluna de luz do templo de Deus - nada mais pode desviar do Caminho. O Cristo interno fabrica o seu bastão com que caminhará em santidade e pelo qual exercerá o poder de redimir e de curar os homens (não foi por mero acaso que a medicina escolheu, para seu símbolo, o bastão de Hermes). Além disso ele poderá “mandar tecer seu manto”. Esse manto representa 26


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sobretudo o corpo causal dilatado e aperfeiçoado dos altos iniciados que os envolve e protege (como o faria um manto) assegurando-lhes inesgotáveis potencialidades. É também um símbolo anunciador de que, no Homem iluminado, um novo rei - o espírito - sentou-se em seu trono e reina sobre a natureza inferior. Podemos agora compreender porque se diz, no 3º verso da 3ª estrofe: “Fabrica o Teu bordão, manda tecer Teu manto” O Cristo interno fabricou o seu bordão mas deverá mandar tecer seu manto que representa o corpo causal. Este corpo apenas será totalmente construído quando os seres Elementais (que, de certo modo, constituem a natureza inferior do Homem) forem levados, pelo seu mando, a completar a construção desse corpo incorruptível, nos Céus: o corpo causal. Finalmente podemos dizer que esta estrofe refere-se ainda ao Cristo cósmico e à caminhada triunfal que ele fará quando (apoiado em seu bastão cujo corpo será uma Humanidade plenamente santificada e capaz de manifestar plenamente a atividade inteligente de Deus em nosso planeta) levar a Humanidade a cumprir seu verdadeiro papel no plano divino. Nesse momento, o Centro de Governo Espiritual do planeta estar-lheá integralmente unido e o próprio corpo causal do Deus planetário atingirá determinado grau especial de desenvolvimento.

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Diz o 1º verso da 4ª estrofe: “Porque queremos fechar para sempre a porta ao mal” O anseio da alma humana está em fechar essa porta e, assim, evitar a continuação do iníquo estado atual das coisas que provoca um sofrimento desnecessário a não ser para aperfeiçoamento da Humanidade. Diz o 2º verso da 4ª estrofe: “Ó Cristo, ó nosso irmão” Vem ainda distante o momento em que a Humanidade como um todo reconhecerá seu parentesco com o Cristo cósmico e também a realidade do Cristo interno em cada um. Entretanto, quando isso acontecer, a porta do mal será eternamente fechada e a verdadeira face (realidade) do potencial crístico individual e coletivo será manifestada. Assim diz o 3º verso da 4ª estrofe: “Mostra-nos Tua face e estende-nos a mão” O Cristo manifestar-se-á em cada homem mostrando-se tal qual é (disse outrora o Cristo nazareno: “Eu não sou o que pareço ser”) e “estendendo a sua mão”, ou seja, oferecendo sua ajuda e sua mediação para que as mais altas realizações se façam possíveis. Essas realizações estão claramente expressas na última estrofe da Invocação Maior, de que trataremos na sua totalidade: “Que a Luz, o Amor e o Poder do Pai Se manifestem por Teu intermédio 28


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Sobre nós, em nós e por nós Eternizando o Plano sobre a Terra AUM!” Como resultado do precedente, quando o Cristo tiver mostrado sua face a cada um de nós e quando Ele estiver vivo e manifestado em cada uma de nossas ações inteligentes, quando caminharmos envoltos no manto de luz e apoiados na nossa coluna de fogo interna, o que virá? Os três aspectos da Divindade interna em cada um de nós, deuses amnésicos e filhos pródigos de Deus, estarão unidos e manifestados como expressões do Deus Uno (aqui referido como o Pai). Eles poderão se exteriorizar através do Cristo intermediário (a que já se fez referência) e então a vontade de Deus será trazida à manifestação numa plenitude inconcebível. No homem individual isto somente acontecerá depois de, na 4ª Iniciação, a da crucificação, ele ter sacrificado alegremente tudo, até seu “manto de luz”, para permitir que a vontade de Deus (que então não fará sentido separar em Deus interno e externo) se cumpra. Na Humanidade, algo de misteriosamente semelhante ocorrerá e sublimes eventos, de que não cabe aqui falar, acontecerão também. Pouco podemos dizer do que virá para cada espírito humano e para a Humanidade em geral com a manifestação dos três aspectos da Divindade unificados num só aspecto - que já não será um aspecto. Diremos, porém, que eles se 29


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manifestarão sobre a Humanidade ou sobre cada homem (“sobre nós”), parecendo vir de fora, de um Deus transcendente; na Humanidade ou em cada homem (“em nós”) parecendo vir de dentro, de um Deus imanente ou interno; através dos homens e de cada homem (“por nós”), conduzindo-os ao cumprimento do plano divino de que são parte e de que são, também, executantes pois esse é igualmente o plano deles próprios. Nessa grande consumação, será audível, para toda a Humanidade, o som cósmico de que a sonoridade ouvida e vivida pelo alto iniciado na 4ª Iniciação constitui apenas uma pálida expressão. É o que chamamos, reverentemente, o AUM, que muito tem a ver com o AMEN da religião cristã. Na dedicação ao Senhor, no amor pela Humanidade, Assino como um irmão mais velho que passou pelas etapas individuais mencionadas.

DJWHAL KHUL

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Sobre o assunto da Invocação Maior, cabeme trazer-vos algumas palavras que muito têm a ver com a vibração do Raio de que sou diretora. Esta invocação serve de ponte entre a Nova Era e a finda Era de Peixes. Suas tônicas mostram já os fulgores do novo horizonte ao mesmo tempo que conservam a nata, a melhor essência, dos tempos ultrapassados. Recordai os três aspectos da Divindade: Pai, Filho e Espírito Santo ou Shiva, Vishnu e Brahma. Recordai que, na teologia hindu, Shiva é visto como o Poder Supremo e o Destruidor, Brahma como o Criador e Vishnu como o Conservador, aquele que dá a coesão (aspecto amor). Pois bem: a Invocação Maior é veículo da influência desses vários aspectos da Divindade Una atuando para cumprir o plano uno. Por seu intermédio estais trabalhando em três linhas: — Uma linha de destruição da escória, de ultrapassagem daquilo que é velho e decrépito: os resquícios da Era Pisceana que não serão úteis no futuro. Nesta linha, a invocação mobiliza o poder destruidor e purificador do Pai demolindo o velho edifício para que o templo da Nova Era nasça das ruínas. Para os filhos do Uno, somente faz sentido a destruição que permite novas e melhores construções. — Uma linha de construção da Nova Era na qual operará o aspecto criador da Divindade Una. A invocação pode ser utilizada para mobilizar o aspecto inteligência, o poder criador de Deus (e do deus interno a cada ser vivo), para criar novas estruturas, novas ideias, novas instituições, novos 31


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modos de relação, novos ideais, novas purezas e novos poderes na família humana. — Uma linha de preservação daquilo que, da Era Pisceana, pode realmente alicerçar a Nova Era. Se o tempo antigo está sendo ultrapassado, é porque nele foi executada uma parcela do Grande Plano podendo-se agora ir mais longe. A Era Pisceana não constitui apenas algo de decrépito e ultrapassado mas também uma sucessão de movimentos que trouxe à manifestação mais algumas características da Divindade e, designadamente, do Deus deste planeta. Nem tudo o que pertenceu aos 2.000 anos que medeiam entre a última vinda do Cristo e aquela que agora se avizinha, pode ser deitado fora, como alguma juventude desorientada e muitos infelizes defensores involuntários do mal pretendiam fazer. Pelo contrário: da Era de Peixes devemos aproveitar o idealismo sutil e puro, o anseio divino, a capacidade de sacrifício, a humildade e a entrega que alguns filhos dos homens souberam nos trazer por estarem em contacto com Deus e Seus representantes. Existem sempre, através dos tempos, valores eternos que, não obstante a necessidade de aprofundar sempre mais seu significado e adaptálos à nova visão e vivência, devem ser preservados. A Era de Peixes trouxe-nos alguns desses valores, que fundarão o novo ensinamento do Cristo, colorido agora pelo 7º Raio, tonalidade dominante da Era de 2.000 anos já iniciada. Que mais tenho para dizer, irmãos? Que vós, seres humanos, descobridores do Cristo interno, 32


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herdeiros da Era de Peixes, tendes a oportunidade de construir a Nova Era. Procurai escutar em vossos corações o que isto significa: se quiserdes, através da Invocação Maior como um dos principais instrumentos, podereis construir inteligentemente e desde já um novo modo de olhar os vossos semelhantes, de conviver e de trabalhar, de vivenciar aquilo que o Cristo em breve vos explicará. De fato Ele vem para que um dia a inteligência divina governe a Terra por meio dos homens e para que estes encontrem em si mesmos esse Cristo interno que lhes permitirá cumprir a sua parte no Grande Plano Divino. Na verdade tudo isto é muito mais maravilhoso do que jamais podereis imaginar, Na luz do Cristo da Nova Era e no amor aos homens,

ROWENA

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Bendita seja a libertação de todos os filhos e filhas de Deus, homens, Anjos, Elementais e todos os que têm seu lar no amado planeta Terra! Irmãos, depois de terdes lido todas as mensagens antecedentes, é desnecessário insistir na importância da repetida pronúncia da Invocação Maior. Bom será que a pronuncieis uma vez por dia; ótimo seria que a pronunciásseis três vezes em cada dia; de qualquer forma, será sempre útil a sua pronúncia. Repetimos: até à manifestação do Messias no mundo físico denso, que então poderá deixar novo e poderoso Mantra para a Nova Era, esta é a mais potente e importante de todas as invocações conhecidas pelos homens. Repetimos ainda: ela é um instrumento básico para a transmutação e ordenação de vossas personalidades; um instrumento básico para a colaboração com o trabalho do Cristo e dos Seres Ascensionados. É mais do que isso. De fato, durante estes próximos tempos, muitas batalhas se travarão, nos planos sutis, entre as forças da Luz e as forças do dragão negro (forças do mal) que, assim, irão sendo precipitadas na Terra, conforme podereis conferir ao ler o profético capítulo XII do Apocalipse. A Invocação Maior constitui uma ponte que atravessa a névoa, as trevas, a obscuridade (trazidas acrescidamente pelas forças do mal precipitadas no plano físico) e que estabelece a ligação às regiões da Luz. Contudo é ainda mais. Na realidade aproximam-se grandes modificações climáticas e geoló34


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gicas para a Terra. Haverá grandes movimentações, grandes cataclismos, degelos, subidas de águas, violentos sismos, erupções vulcânicas, pestes... Estamos proferindo estas afirmações em 1985 e o futuro as confirmará. É afinal o que tantos profetas e místicos vêm anunciando desde há longo tempo. A ciência oficial e os homens céticos riram mas hoje são os próprios cientistas agnósticos e as próprias autoridades governamentais que estão ficando cada vez mais cientes e convictos desses fatos. Nesses tempos de dor, a Invocação Maior será uma lanterna, uma luz salvadora, um meio de atrair as atenções dos protetores invisíveis. Referimo-nos à pronúncia feita altruisticamente e para bem da Humanidade em geral e não à hipócrita pronúncia por considerações egoístas. Finalmente, pediríamos que, após a pronúncia da Invocação Maior, visualizásseis a Terra envolta em chama rosa para atrair, acolher e envolver o Messias (esta é a parte da Humanidade); por cima, o Céu violeta da Nova Era (as irradiações dos seres livres); no meio do Céu, uma estrela dourada (a Estrela iniciática da Sabedoria e do Amor, a Estrela iluminadora do Cristo). Vedea projetando-se sobre a Terra e sobre os homens iluminando, purificando, ensinando, amando, libertando, mostrando a sua face e dando-nos a mão.

SAINT-GERMAIN e PORTIA

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