Revista Olímpia

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MATÉRIA ESPECIAL SOBRE A ORIGEM DOS JOGOS OLÍMPICOS

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ISSN 1234-567

REVISTA OLÍMPIA N.1 - JUL/2012 - R$ 9,90

SUA REVISTA DOS ESPORTES OLÍMPICOS


DEDICAÇÃO

PARA UM GRANDE ATLETA É PRECISO,

PARA UM GRANDE PROFISSIONAL TAMBÉM


DOUGLAS BRAGA DE MELO JOÃO NEGREIROS

EDITORIAL BEM-VINDO

ESTA É UMA PUBLICAÇÃO ACADÊMICA SEM FINS LUCRATIVOS, CONCLUSÃO DE MODULO SENAC

REDAÇÃO Publisher: Douglas Braga de Melo Conselho Editorial: João Negreiros Editor Chefe: Douglas Braga de Melo Editores: João Negreiros Reportagem Especial : Douglas Braga Reportes: João Negreiros Revisão: Douglas Braga de Melo Tradução: João Negreiros

DESIGN Diretor de Arte: João Negreiros Design: Douglas Braga de Melo Editor de Fotografia: João Negreiros Projéto Grafico: Douglas Braga de Melo Estagiarios: João Negreiros

PUBLICIDADE Diretor Comercial: Douglas Braga de Melo Gerente Comercial: João Negreiros Executivo de Contas: Douglas Braga Planejamento: João Negreiros Para Anunciar: Douglas Braga de Melo Marketing e Circulação: João Negreiros Gerente Financeiro: Douglas Braga de Melo

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REVISTA OLIMPÍA | JUL 2012

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ÍNDICE

www.revistaolimpia.com.br

SEÇÕES

11 BADMINTON Conheça o badminton como se joga, e tudo sobre o esporte

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18 MICHAEL PHELPS Busca em novo recorde, na Olimpíada de Londres.

HÁ 20 ANOS

10 PROMESSA

20 Anos atrás o Dream a Team assombrou o mundo m na olimpíada de 1992 1 em barcelona.

Conheça Thiago Fernandez promessa do Tênis brasileiro 24 OSCAR PISTORIUS O Sul-Africano, amputado que luta pra ir a Londres 13 PARADESPORTE Clodoaldo e Ádria escolhido para levar tocha em Londres 28 ENTREVISTA Robert Scheidt fala sobre expectativas de Londres. 32 LEMBRANÇA OLIMPÍCA A história do melhor equipe já formado no esporte.

PROMESSA DO TÊNIS Conhece o garoto, treinado por Larri Passos ex técnico do Guga e promessa pra 2016..

12 JUDÔ É SAUDE

10

Veja os benefícios da pratica, do Judô a saúde para adultos e crianças.

34 ARTIGO Juca Kfouri fala sobre o atraso das obras para o Rio 2016 6

NEWS

Veja tudo que aconteceu de relevante no mundo esportivo 8

Clodoaldo Silva e Ádria Santos levarão tocha na abertura das Paraolimpíaes. das em Londres.

CLICK

Imagem do evento-teste na piscinas em Londres 12 SAÚDE Os beneficios do Judô, pra crianças e pra adultos

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OS ESCOLHIDOS

REVISTA OLIMPÍA | JUL 2012

13 BAD O QUE?

11

Conheça o Badminton, esporte olimpíco pouco conecido no Brasil e dominado pelos Chineses.


18

IAL ESPEC M ORIGEial sobre

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PG 14

14

24 28 REVISTA OLIMPÍA | JUL 2012

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NEWS

MUNDO ESPORTIVO

ISINBAYEVA ANUNCIA APOSENTADORIA A BELDADE BELD LDADE E LENDA DO SALTO COM VARA VAI SE APOSENTAR EM DOIS AN A ANOS, OS MAS, ANTES, QUER O TRI-OLÍMPICO

Yelena Isinbayeva, em entrevista que anunciou a aposentadoria.

A saltadora russa Yelena Isinbayeva, que busca sua terceira medalha de ouro olímpica do salto com vara nos Jogos de Londres este ano, disse que o ritmo de treinos vai forçá-la a se aposentar em dois anos. “Qua “Quando u nd ndo eu estou na pista,, e sempre penso, oh eu meu m me u Deus, é tão fácil. Por o que não pode ser o tempo todo a mesma coisa. Mas assim que eu saio do pódio, penso eu ‘oh, eu estou muito

cansada para o treino’”, disse a atleta, de 29 anos, ao site dos Prêmios Laureus. “Eu decidi que competirei mais dois anos e depois vou me aposentar. O treino se torna difícil... a cada ano o corpo vai ficando velho, fica cada vez mais difícil se preparar para a competição. A vontade de Isinbayeva de vencer pôde ser vista no mês passado no campeonato mundial indoor em Istambul, onde ela conquistou seu quarto título e sua primeira grande vitória desde o ouro nos em Pequim, em 2008. A confiança de Isinbayeva definitivamente está de volta se considerarmos seus comentários antes dos Jogos de Londres. “Em Londres, as minhas principais concorrentes serão eu mesma, porque eu sei o quão alto posso saltar e eu sei que essa altura é quase impossível para as minhas rivais”, disse a russa, que detém o recorde mundial de 5,06 metros.

RAPIDINHAS

OLIMPÍADAS DO RIO 2016 MARCA VOLTA DO GOLFE

O golfe mundial, começa a assistir ao nascimento de uma nova era para o esporte. O COI anunciou o retorno do Golfe para as Olimpiadas de 2016.

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REVISTA OLIMPÍA | JUL 2012

OLIMPÍADAS É O FOCO JOANNA MARANHÃO

SÓ PARA GANHAR EXPERIÊNCIA GUILHERME

A nadadora garantiu que o recente retorno de sua infância, marcada por abuso sexual, com assunto do noticiário não afetará sua preparação para Londres.

A vaga para a Olimpíada veio no Pré-Olímpico de abril deste ano, O esgrimeiro sabe que a competição deve servir para que ele ganhe experiências.

CLASSIFICADA PARA OLIMPÍADA ADRIANA ARAÚJO

O Brasil garantiu uma representante na disputa do boxe feminino. Adriana Araújo obteve a sua classificação para Londres na categoria até 60kg.


Na segunda edição será inaugurada a seção “OPINIÃO DO LEITOR”. Envie suas sugestões, comentários e críticas.

opiniaoleitor@revistaolimpia.com

JUDÔ BRASILEIRO INVESTE 5 MI POR RESULTADO HISTÓRICO MAYRA AGUIAR É UMA DAS GRANDES ESPERANÇAS DE MEDALHA DE OURO DO JUDÔ BRASILEIRO

Pela primeira vez, o País levará a uma Olimpíada uma equipe completa sete judocas na equipe masculina e sete na feminina, classificados pelo ranking mundial. Os únicos países além do Brasil com 14 atletas garantidos são Japão, Coreia do Sul, França e Grã-Bretanha. “Nosso objetivo é alcançar o melhor resultado que já tivemos em Jogos Olímpicos”.

09 mar

HUGO HOYAMA @hugohoyama Oi pessoal! Muito obrigado pelas mensagens, são palavras como a de vocês que me dão motivação pata lutar pelo nosso país!!!

NO LONDRES 08 jun

BELLUCCI JOGA A TOALHA ELIMINADO EM ROLAND GARROS, BELLUCCI TEM POUCAS CHANCES DE DISPUTAR OS JOGOS DE LONDRES

A eliminação logo na estreia em Roland Garros praticamente acabou com as chances de Thomaz Bellucci disputar os Jogos de Londres. O brasileiro lamentou a derrota para Victor Troicki por 3 sets a 2, que dificultou ainda mais

sua ida para as Olimpíadas. “A gente até cogitou jogar um Challenger na semana que vem. Mas, eu fiz as contas e nem se for campeão vai dar para eu me classificar. Não sabemos o que vamos fazer”, lamentou o brasileiro.

CUBA VÔLEI FEMININO, Antiga algoz brasileira, Cuba está fora do torneio de vôlei feminino da Olimpíada de Londres. A seleção foi derrotada de forma dramática pelo Japão, por 3 sets a 2, e não tem mais chances de classificação no Pré-Olímpico Mundial.

HAILE GEBRESELASSIE, bicampeão olímpico dos 10 mil metros, não disputará os Jogos de Londres. A estrela africana foi mal em prova classificatória com atletas do seu país disputada em Hengelo, na Holanda, e perdeu a vaga.

BOLT VENCE 100 M EM OSTRAVA MAS TEMPO DECEPCIONA M DESAP DESAPONTADO COM MARCA ACIMA DE 10 SEGUNDOS DIZ ’NÃ ’NÃO É POSSÍVEL CORRER MUITO RÁPIDO SEMPRE’

O jamai jamaicano Usain Bolt venceu a prova dos 100 m em Ostrava Ostrava, em sua primeira vitória em solo europeu na tem temporada antes dos Jogos Olímpicos de Londres. Bo Bolt largou um pouco atrás, mas saltou à frente no ffinal para terminar a distância em 10s04.

BRUNO RETEZEN @brunorezende1 Boa tarde pra todos no Brasil!! dia intenso de treinamentos aqui na Polonia e amanha jogamos a primeira partida...

31 mai

KEILA COSTA @keilacosta1 Oi galera, não foi dessa vez que representei bem nosso Brasil, hoje fiz minha pior prova do ano, não conseguir reagir na prova.

15 mai

DANIELLE HYPOLITO @danyhypolito Mais uma vez gostaria de agradeçer á todos que nos acompanham.á todos que estão conosco para o que der e vier ...

30 mai

DIOGO SILVA @diogotaekwondo Proximo domingo estao chegando os atletas que vao fazer parte dos nossos treinos para os jogos olimpicos,que sera no litoral de sampa.

@revistaolimpica

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CLICK

MOMENTO ESPORTIVO


1° EVENTO TESTE NO CENTRO AQUÁTICO DE LONDRES 2012, OBRA DA FAMOSA ARQUITETA IRAQUIANA ZAHA HADID FOTO: MATT DUHAM


PROMESSA

PRAZER TIAGO FERNANDES TIAGO FERNANDES, UMA DAS MAIORES PROMESSAS DO TÊNIS BRASILEIRO, PARA OLIMPIADAS DO RIO EM 2016. TÊNIS

LARRI PASSOS EX TÉCNICO DE GUSTAVO KUERTEN

ELE TERMINOU A TEMPORADA MUITO BEM. É UM MENINO QUE ESTÁ HÁ TRÊS ANOS COM A GENTE FAZ PARTE DO PROJETO OLÍMPICO IDEALIZADO POR GUGA E VOLTADO AOS JOGOS DO RIO 2016.

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POR: RENATO SANTOS

FOTO: GARY GOTH

TIAGO FERNANDES (Maceió, 29 de Janeiro Challenger em Pequim na China. Em 10 de abril de 2011, obteve seu melhor resultado de 1993) é um tenista juvenil brasileiro. Foi o primeiro tenista brasileiro a vencer um Grand em um torneio como jogador profissional, chegou na fiSlam juvenil em simples e o primeiro brasileiro a li- nal de um Challenger e ficou com o vice após desistir da derar o ranking mundial juvenil de tênis. Nascido em partida da final devido a dores. Contudo, é importante Maceió, o jovem deu um passo à frente na carreira em salientar que ainda não venceu sequer um torneio nível Future ou nível Challenger. janeiro de 2008, quando deixou a faTreinado por Larri Passos, ex-técmília em Alagoas e se mudou para > > TIAGO FOI O UNICO BRASILEInico de Gustavo Kuerten, tricampeão Balneário Camboriú, onde está loca- RO A CHEGAR EM PRIMEIRO de Roland Garros e número 1 do lizado o Instituto Larri Passos. RANKING MUNDIAL JUVENIL mundo, Tiago Fernandes ficou ainda Em 2009 chegou as quartas de mais visado após conquistar a chafinais US Open (ou Aberto dos Estados Unidos), na categoria juvenil, e em 2010 se tornou ve juvenil do Aberto da Austrália e assumir a liderança o primeiro brasileiro a vencer um torneio juvenil de do ranking da categoria. Para o jogador, no entanto, a maior visibilidade não foi prejudicial. Grand Slam, o Aberto da Austrália. Em 29 de março de 2010, Tiago Fernandes chegou Prestes a completar 19 anos, o garoto nascido em ao posto de nº 2 do mundo no ranking juvenil. Em 26 Alagoas procura conciliar a vida de tenista com outros de abril de 2010, chega à liderança do ranking mundial projetos e compromissos. Ele pretende começar o curso de administração ainda em 2012, provavelmente à juvenil, sendo o primeiro brasileiro a atingir tal feito. Em 03 de agosto de 2010, ganhou sua primeira par- distância, e marcou para março a prova prática para tida na sua curta carreira disputando um torneio nível tirar a carteira de motorista.

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APRESENTAÇÃO

CONHEÇA O BADMINTON ! A MODALIDADE É MUITO POPULAR EM PAÍSES ASIÁTICOS, COMO PAQUISTÃO, ÍNDIA, CHINA, INDONÉSIA, TAILÂNDIA, MALÁSIA E JAPÃO. BADMINTON

POR: RENATO SANTOS

DESDE A IDADE MÉDIA que na Inglaterra se conhecia um jogo infantil conhecido como “Battlepads and Shuttlecocks”, em que as crianças usavam uma raquete de madeira ipê, semelhante à actual raquete de tênis de mesa, para manter no ar uma peteca de pena de rabo de galo (“Shuttlecock”), mas pensa-se que tenha sido introduzido por oficiais ingleses na Índia que tenham assistido ao Poona (jogo indidano parecido ao Badminton), gostado, e trazido para a Europa. Os participantes da brincadeira colaboravam entre si para manter a peteca no ar o maior tempo possível. Quem conseguisse por maior tempo, ganhava um pé de alface ou um frango desfiado. O badminton era consi-

FOTO: MICHAEL CURRY

ILUSTRAÇÃO: JEAN CARLOS PALHARES

derado um esporte muito bom pelos agricultores de Xangai. A versão competitiva do jogo surgiu na Índia no século XIX, onde era chamado de “Poona”. Soldados do exército inglês interessaram-se e levaram a novidade para a Inglaterra. O nome actual foi adaptado na década de 1860, com origem na “Badminton House”, a residência campestre do Duque de Beaufort em Gloucestershire na Inglaterra. Os convidados do Duque divertiam-se em bater uma peteca de um lado >> PRINCIPAIS TORNEIOS SÃO AS COPA SUDIRMAN, COPA THOMAS, COPA UBER, SUPERSÉRIE MUNDIAL

para o outro, com uma raquete, por cima de uma rede. A partir de então passou a ser conhecido como “o jogo de Badminton”. O jogo continuou a ser praticado com as regras trazidas da Índia até 1887, quando um grupo de jogadores decidiu fundar um clube e ajustar as regras de hoje em dia. Apesar da quadra de badminton ser menor que uma de tênis, a distância percorrida por um jogador de Badminton pode ser muito maior, os reflexos e a resistência são essenciais.

APRENDA O BADMINTON 6,1

0m

1,55 m Altura da rede

,40

Peteca oficial de badminton tem 16 penas de ganso, que pesam apenas cinco gramas.

m

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Ilustração: Jean Carlos Palhares

Daniel Paiola, melhor brasileiro no ranking mundial 86ºlugar.

DISPUTA

COMO SE JOGA

>> A modalidade é disputada em sistema de melhor de três games, cada game tem duração de 30 pontos. Vence o primeiro jogador a atingir 21 pontos.

>> As regras parecidas com o tênis, praticado com raquete e peteca. O objetivo é acertar o lado oposto da quadra, de modo que o adversário não consiga rebater.

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SAÚDE

BENEFÍCIOS DO JUDÔ A SAÚDE CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DA PRATICA DO JUDÔ A SAÚDE, AO FÍSICO, A MENTE E O ESPÍRITO JUDÔ

POR: JUDOCTJ.COM.BR

FOTO: ANGELO MORAES

VANTAGENS • Oferece condicionamento físico muscular e cardiovascular. • Melhora a coordenação motora. • Incentiva valores como o auto-controle, o respeito aos adversários, a humildade • É um método de defesa pessoal.

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PERÍODO IDEAL

RISCOS

QUEM DEVE PRATICAR

• De acordo com o professor Júlio Sakae Yokoyama, as melhoras técnicas do judô podem ser sentidas após um ano de treinamento com o mínimo de três vezes por semana. Já as melhoras no preparo é mais rápido, em cerca de seis meses.

• Se praticado regularmente e na presença de um professor devidamente qualificado, o judô oferece poucos riscos. O professor Júlio Sakae Yokoyama esclarece que o esporte possui uma série de regras destinadas a proteger a integridade física.

• Para quem quiser ser um judoca profissional, o ideal é começar bem cedo, a partir dos sete anos de idade. • Já para quem quer melhorar o condicionamento físico, o judô pode começar a ser praticado em qualquer idade.

Fonte: Prof. Júlio Sakae Yokoyama

QUE QUALQUER ATIVIDADE tuir Jacini monitorou indivíduos sedenfísica é benéfica para o corpo tários, judocas e corredores de longa humano todos sabem. E que o distância. Segundo o prof. Wantuir, “só judô desenvolve diversas característi- notamos alterações positivas na massa cas positivas para o praticante, desde cinzenta dos que praticavam exercícios o judô infantil até o judô adulto, tam- [...] e o mais impressionante foi que as bém parece ser senso comum, apesar mudanças no grupo dos lutadores de de que, muitas vezes, os adultos (e por judô não foram as mesmas observadas incrível que pareça, este receio existe na turma dos que correm”. As áreas cerebrais com maior desenapenas nos adultos) acreditam que as volvimento nos quedas machucam muito > > PARA AS CRIANÇAS A PRÁjudocas foram mais do que a saúde que TICA DO JUDÔ CONTRIBUE PARA principalmente o judô proporciona. Isso é DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO, as áreas motoum grande mito, RESPEITO AOS COMPANHEIROS. ras e as áreas O interessante é que o associativas, que Judô vai além dos benefícios básicos, como melhor circulação envolvem concentração e memória. Ou sanguínea, alongamento, resistência fí- seja, como a atividade ideal para criansica, reflexos mais rápidos entre outras ças, o Judô proporciona uma formação coisas. Uma pesquisa de 2007 com- neurofisiológica que permite com que provou que o Judô aumenta a massa a criança cresca com maior capacidacinzenta do praticante, proporcionando de de concentração, memorização e diversos benefícios pro corpo em geral, um maior autoconhecimento físico-corprincipalmente relacionados à memó- poral. E sem dúvida, para adultos, as ria, localização espacial e inteligência vantagens não desaparecem, proporcionando o mesmo desenvolvimento e lógico-matemática. A pesquisa realiazada pelo prof. Wan- benefícios no trabalho, nos estudos.


PARAOLIMPÍADAS

OS ESCOLHIDOS BRASILEIROS CLODOALDO SILVA E ÁDRIA SANTOS LEVARÃO TOCHA NA ABERTURA DAS PARAOLIMPÍADAS EM LONDRES ATLETISMO

POR: RICARDO YAMAZAKI

CLODOALDO SILVA CORREA é um nadador paraolímpico brasileiro. O atleta sofreu uma paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, o que afetou a mobilidade de suas pernas e sua coordenação motora. Clodoaldo conheceu a natação como processo de reabilitação no ano de 1996, em Natal. Quatro anos depois, já conquistava suas primeiras medalhas

FOTO: ELISÂNSELA LEITE

em Jogos Paraolímpicos (três de prata e uma de bronze). Nas quatro Paraolimpíadas que disputou, Clodoaldo acumula treze medalhas, sendo seis de ouro. Em três participações em Jogos Parapan-Americanos, conquistou cinco medalhas em 2003, oito em 2007 (Rio de Janeiro) e seis em 2011 (Guadalajara). Nos três Campeonatos Mundiais que disputou, totaliza nove medalhas.

Ádria Rocha Santos é uma atleta velocista brasileira, especializada nas corridas de 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos. De acordo com o Comitê Paraolímpico Brasileiro é a maior medalhista feminina paraolímpica do Brasil. Ádria perdeu a visão devido à retinose pigmentar e do astigmatismo congênito, perdendo totalmente a visão em 1994.

“Estou no esporte há 25 anos. Esta indicação reconhece minha luta, todo o esforço e dedicação deixada dentro das pistas

“Junto com a tocha, levarei comigo a bandeira de mais de 25 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência”

Perto de encerrar a carreira, Clodoaldo vai representar o Brasil na condução da tocha paraolímpica Foto: Elisânsela Leite

Foto: Elisânsela Leite

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ESPECIAL

A ORIGEM DA

OLIMPÍA ESPECIAL

POR: JOSE ROBERTO RIBEIRO SILVA

FOTO: THIAGO PEREIRA

ILUSTRAÇÃO: CARLOS MOREIRA

OS JOGOS OLÍMPICOS ANTIGOS ERAM UM POUCO DIFERENTES DOS JOGOS MODERNOS. HOUVE MENOS EVENTOS, E SOMENTE OS HOMENS LIVRES QUE FALAVAM GREGO PODERIA COMPETIR (EMBORA UMA MULHER TAMBÉM É MENCIONADO COMO UM VENCEDOR). OS JOGOS FORAM SEMPRE REALIZADA NO OLIMPIA, EM VEZ DE ALTERNAR LOCAIS DIFERENTES COMO É TRADIÇÃO COM OS MODERNOS JOGOS OLÍMPICOS Os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram um festival religioso e atlético da Grécia Antiga, que se realizava de quatro em quatro anos no santuário de Olímpia, em honra de Zeus. A data tradicional atribuída à primeira edição dos Jogos Olímpicos é 776 a.C. Os Jogos Olímpicos eram os mais importantes jogos pan-helénicos, tendo sido proibidos pelo imperador cristão Teodósio I em 393, por serem uma manifestação de rituais do paganismo. Uma importante fonte sobre os jogos é Pausânias (século II d.C.), autor do li-

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vro Descrição da Grécia, um guia da Grécia baseado nas suas viagens pelo território. Outra importante fonte é um tratado sobre a ginástica de Filóstrato de Lemnos (século II-III d.C).Zeus, que foi construído entre 468 e 456 a.C., em cujo interior se encontrava uma estátua colossal do deus da autoria de Fídias e que era considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A escultura e a cerâmica gregas representaram não só os atletas como a própria prática desportiva. No que diz respeito à escultura, que tinha no bron-


A DATA TRADICIONAL ATRIBUÍDA À PRIMEIRA EDIÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS É 776 A.C.

DAS PENTATLO LANÇAMENTO DE DISCO

O pentatlo dos Gregos antigos era diferente do pentap tlo moderno, sendo composto pelo lançamento do disco, lançamento do dardo, salto em comprimento, a corrida co orrida de estádio (semelhante aos 200 m) e a luta. O disco lançado pelos atletas pesava cerca de 2, 2,5 5 quilos e poderia ser feito de pedra, ferro ou bronze. O vencev dor era aquele que conseguia lançar o disco o mais longe possível e o vencedor era também considerado um herói. Quanto ao dardo possuía a altura de um homem e era feito em madeira. No salto em comprimento recorria-se recorrria-se a dois halteres que impulsionavam o atleta na sub subida bida e que eram depois atirados quando este descia. Caso um atleta tivesse vencido as três primeirass provas do pentatlo, não se realizavam as duas últimas..

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ESPECIAL

ze e no mármore os materiais predilectos, muitos trabalhos sobreviveram apenas como cópias da era romana. De algumas estátuas ficou apenas a base, onde se encontram gravadas inscrições relativas ao atleta, fornecedoras de informação. Por último, as moedas cunhadas em determinadas pólis retratam determinada modalidade desportiva na qual a cidade se destacou.

MITOLOGIA Segundo os estudiosos da antiguidade de Élis, da época de Pausânias, o templo de Olímpia foi feito pelos homens da região na época em que Cronos era o rei dos deuses, a chamada Idade de Ouro. Quando Reia deixou Zeus aos cuidados dos dáctilos, ou curetes, de Ida, Héracles de Ida, o mais velho, derrotou seus irmãos em uma corrida, e foi coroado com um ramo de oliveira. A partir daí, os jogos passaram a ser celebrados a cada quinto ano, pois eram cinco os irmãos (Héracles, Paeonaeus, Epimedes, Iasius e Idas).

Os próximos a celebrarem jogos em Olímpia foram Pélope, Amythaon, filho de Creteu, os irmãos Neleu e Pélias, Aúgias e Héracles, filho de Anfitrião. Óxilo foi o último desta era a celebrar os jogos, que não voltaram a ser celebrados até seu descendente Ifitos de Ilía.

O LOCAL Os Jogos Olímpicos decorriam no santuário de Zeus em Olímpia que era feito de mármore cristalizado situado na região ocidental do Peloponeso, a cerca de 15 quilómetros do Mar Jónio, próximo da confluência dos rios Alfeus e Cladeos. Este santuário retira o seu nome ao Monte Olimpo (que se situa longe do local, na Tessália, norte da Grécia), ponto mais elevado da Grécia continental e que era na mitologia grega a residência das divindades. O núcleo de Olímpia era o Áltis, um bosque sagrado. No centro do bosque existia um templo em estilo dórico dedicado a Zeus, que foi construído entre 468 e 456 a.C., em cujo interior se encontrava uma estátua colossal do deus da autoria de Fídias.

PUGÍLATO BOXE A prático do pugilato na Grécia Antiga remonta ao século VIII a.C.. Apenas se poderia atacar com os punhos e os concorrentes envolviam os dedos com tiras de couro. Não existiam assaltos nem categorias baseadas no peso dos atletas. O jogo terminava quando um dos atletas ficava inconsciente ou colocava um dedo no ar em sinal de desistência.

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OS JUIZES ORDENAVAM A EXECUÇÃO DOS CASTIGOS AOS ATLETAS E TREINADORES QUE NÃO TINHAM CUMPRIDO AS REGRAS


OS PARTICIPANTES Não poderiam participar nos jogos os estrangeiros (os “bárbaros” segundo a mentalidade grega), os escravos e as mulheres. Conta-se o caso de uma mulher que, vestida com roupas masculinas, disfarçou-se de treinador para entrar no ginásio e ver seu filho lutar. O filho venceu a prova e a mãe, comemorando a vitória, deixou cair seu disfarce. Descobriram que era mulher. Os atletas eram de uma forma geral oriundos das classes mais favorecidas e tinham sido iniciados no desporto desde

tenra idade. Não vinham apenas da Grécia continental, mas de todos os pontos do mundo grego que na Antiguidade incluía as colónias espalhadas pelas costas do Mediterrâneo e do Mar Negro. Os vencedores eram alvo da homenagem da sua cidade: poderiam receber alimentação gratuita, terem estátuas erguidas.

ORGANIZAÇÃO A organização dos jogos foi da responsabilidade da pólis de Élide. No ano em que se celebrariam os jogos, Élide enviava por toda

a Grécia arautos que anunciavam a data concreta em que se desenrolariam os jogos e que convidavam os atletas e os espectadores a participar. Os arautos anunciavam também a trégua sagrada, que proibia a guerra durante o período dos jogos e que visava proteger os espectadores e atletas durante vinda, estadia e regresso. Os Jogos Olímpicos eram supervisionados por juízes, os helanócides Estes juízes eram oriundos do seio da nobreza de Élide, sendo escolhidos à sorte dez meses antes do início do festival; o número de juízes variou ao longo dos tempos.

JOGOS FORAM CELEBRADOS ATÉ 394 DC, QUANDO FORAM PROBIDOS POR TEODÓSIO I

HOPLITÓDROMO CORRIDA COM ARMAS A corrida com armas variava entre os 2 e os 4 estádios (384 metros comprimento do estádio) e nela os atletas levavam o capacete e o escudo dos hoplitas, o que poderia ser penoso dado o peso que representava este armamento. Para evitar a fraude, os escudos usados pelos atletas eram guardados no Templo de Zeus, de modo a evitar que alguém corresse com um escudo que fosse mais leve.

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PARTICIPOU DE 3 OLIMPÍADAS E BATEU MAIS 30 RECORDES MUNDIAIS, MAIOR MEDALHISTA DE OURO, GANHOU 6 EM ATENAS E 8 EM PEQUIM. COM UM TOTAL DE 16 MEDALHAS,SÓ LHE FALTA O RECORDE DE MEDALHAS OLÍMPICAS CONQUISTADAS, QUE PERTENCE A LARISSA LATYNINA COM DEZOITO.

MAIOR ATLETA OLIMPÍCO

PHELPS

BUSCA NOVO RECORDE



MICHAEL PHELPS

ÉPICO. ISTO MOSTRA QUE ESTE CARA NÃO SÓ É O MAIOR NADADOR DE TODOS OS TEMPOS E O MAIOR OLIMPICO TAMBÉM COMO TALVEZ SEJA O MAIOR ATLETA DE TODOS OS TEMPOS.

Foto: Mark Reis

Phelps nasceu e se criou em Baltimore no estado de Maryland nos EUA, estudou na escola Rodgers Forge e se formou na Towson High School, em 2003. Seu pai, Fred Phelps, trabalha na Polícia do estado de Maryland e sua mãe, Debbie Davisson Phelps, é diretora de uma escola. Seus pais se divorciaram em 1994. Phelps, tem duas irmãs mais velhas, Whitney e Hilary. As duas também são nadadoras, sendo que Whitney ganhou o ouro nos Jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta na prova 4x200m Livres. Em Pequim 2008, Phelps bateu o recorde de maior número de medalhas de ouro em uma só edição das Olimpíadas, conseguindo oito medalhas Phelps no podio ao ganhar sua primeira medalha, na olímpiadas de Pequim, nos 400 Medley de ouro (em todas as finais que participou), assim superando o recorde de sete medalhas de ouro conquistadas por Mark Spitz na nos jogos olímpicos, só que queedição de Munique 1972. NA PROVA DOS 100M BORBOLETA, VENbrou seu recorde das eliminatóPhelps estabeleceu um novo CEU O SÉRVIO MILORAD POR (1 CENTÉrecorde olímpico, nas comperias por quase dois segundos. SIMO DE SEGUNDO), A VITÓRIA LEVOU tições eliminatórias dos 400m Em 11 de Agosto, Phelps foi o A DELEGAÇÃO SÉRVIA A UM PROTESTO. medley. Ele conseguiu a medalha primeiro a nadar da equipe ameNO ENTANTO, A ANÁLISE DO VIDEO FEIde ouro na final da mesma prova ricana na prova de 4x100m livre, TO PELA FINA, CONFIRMOU A VITÓRIA. e chegou em segundo com o tempo de 47,51 segundos, 27 centésimos atrás da equipe australiana, colocando assim mais responsabilidade nos outros nadadores de sua equipe (Garrett Weber-Gale, Cullen Jones e Jason Lezak). O final da prova foi dramático, pois os EUA estavam atrás da equipe francesa. Os últimos 50m foram decididos com o americano Jason Lezak, que chegou 0.87 segundos (87 centésimos) a frente do francês Alain Bernard, assim também a equipe americana bateu o recorde mundial. Em 16 de Agosto, Phelps conquistou sua sétima medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim na prova dos 100m Borboleta, vencendo o americano naturalizado sérvio Milorad Čavić por 1 / 100 segundos (1 centésimo), estabelecendo um novo recorde olímpico de 50,58 segundos. A vitória de Phelps levou a delegação sérvia a um protesto. No entanto, a análise do video feito pela FINA, confirmou a vitória de Michael Phelps comemora seu oitavo ouro na prova revezamento 4 x 100 m medley. Phelps por 1 centésimo

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Foto: Getty Images

Mark Spitz (quando Phelps conquistou sua 8° medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim)


OS 8 OUROS DE MICHAEL PHELPS VEJA TODAS MEDALHAS DE OUROS CONQUISTADAS POR MICHAEL PHELPS NOS JOGOS DE PEQUIM EM 2008.

1

400 M MEDLEY

2

4 X 100 M LIVRE

3

200 M LIVRE

4

200 M BORBOLETA

5

4 X 200 M LIVRE

6

200 M MEDLEY

10-8-2008 O norte-americano estreou na China em grande estilo: medalha de ouro e recorde mundial dos 400 m medley, com a marca de 4min03s84. O brasileiro Thiago Pereira ficou em oitavo lugar, com o tempo de 4min15s40. 11-8-2008 Em uma prova emocionante, onamericano Jason Lezak ultrapassou o francês Alain Bernard no último duelo entre os nadadores e deu o ouro a Phelps e aos EUA, Phelps foi o primeiro a pular na piscina e saiu na segunda colocação. 12-8-2008 Com folga, Phelps bateu o recorde mundial e olímpico, com o tempo de 1min42s96, levando seu terceiro ouro em Pequim e nono em Olimpíadas, igualando o recorde de Carl Lewis, Mark Spitz, Paavo Nurmi e Larissa Latynina. 13-8-2008 Phelps se torna o maior vencedor de medalhas de ouro na história dos Jogos Olímpicos com o tempo de 1min52s03 nos 200 m borboleta, novo recorde mundial, melhorando em seis centésimos sua própria marca.

13-8-2008 Com a marca de 6min58s56, os Estados Unidos bateram seu próprio recorde mundial no revezamento 4 x 200 m livre em quase cinco segundos --a marca anterior era 7min03s24, de 30 de março de 2007. 15-8-2008 Pela sexta vez nos Jogos-2008, Phelps levou o ouro batendo o recorde mundial. Com o tempo de 1min54s23, o norte-americano superou sua antiga marca, que era de 1min54s80.

7

100 M BORBOLETA

8

4 X 100 M MEDLEY

17-8-2008 Se torna o maior medalhista de ouros em uma mesma Olimpíada com seu oitavo título em Pequim. Terceiro a pular na água, Phelps tirou a vantagem das equipes australiana e japonesa, e entregou a prova para Jason Lezak em primeiro.

Fonte: folha.com

16-8-2008 O sétimo ouro foi o mais difícil do nadador em Pequim. O nado borboleta era, de acordo com especialistas da modalidade, uma das provas em que Phelps poderia ser desbancado. E isso quase aconteceu, já que o americano venceu o sérvio Mirolad Cavic por apenas 0s01.

Foto: Getty Images

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EM LONDRES, UM DE SEUS DESAFIOS SERÁ SE TORNAR O MAIOR MEDALHISTA OLIMPÍCO NO TOTAL. A EX-GINASTA RUSSA LARISA LATYNINA, EM TRÊS EDIÇÕES (1956, 1960 E 1964), FATUROU 18 MEDALHAS (NOVE OUROS, CINCO PRATAS E QUATRO BRONZES).

Foto: Simon Bruty

MICHAEL PHELPS

Foto: Mark Reis

quistar sete medalhas, quatro delas de ouro. “Recuperei a esperança de uma criança, e agora estou quase tão motivado como antes de Pequim. Estou muito esperançoso quanto aos próximos seis meses”, afirmou Phelps, de 26 anos, que disse estar “na melhor forma” O nadador tem o corpo particularmente propício para a natação. A proporção da altura de uma pessoa para a medida do comprimento da cabeça até o umbigo é, normalmente, 1,618 (a razão áurea). Michael Phelps apresenta-a superior a 1,7 — tronco longo, linha de cintura baixa e pernas curtas. Ele tem braços excepcionalmente compridos, com envergadura de 2,01m, desproporcionais para sua altura de 1,93m. Seus pés têm 29,8 cm aproximadamente, equivalente a calçados número 48. Além disso, Phelps é portador de hipermobilidade — sua flexibilidade de braços e pernas é comparável à de um bailarino clássico. Phelps na seletiva americana para a Olimpíada de Londres, desistiu de disputar os 100 m livre

Phelps disse que vai competir no Jogos Olímpicos de Londres de 2012, mas provavelmente sera seus últimos Jogos Olímpicos. Para os Jogos Olímpicos de 2012, Phelps afirmou que ele não vai nadar oito provas igual a Pequim e tentará novas provas. Phelps disse que vai nadar o 400 medley individual mas os outros eventos ainda não decidiu. O Michael Phelps disse que recuperou a motivação que lhe fez conquistar oito medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, embora não ira repetir a façanha em Londres. “Nos últimos dois anos realmente não fui tão bem, mas agora ganhei muita confiança tanto dentro quanto fora da piscina”, declarou Phelps. O nadador com o maior número de medalhas olímpicas de ouro na história confessou que nesse tempo teve dificuldades para encontrar a motivação “para fazer algo grande”, até participar em julho do ano passado do Mundial de Xangai e con-

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LARISSA LATYNINA FOI A PRIMEIRA ATLETA A GANHAR NOVE MEDALHAS DE OURO, NAS PROVAS DE GINÁSTICA FEMININA

Larissa Semyonovna Latynina, é uma exginasta soviética, nascida na Ucrânia, que participou de três Jogos Olímpicos (Melbourne 56, Roma 60 e Tóquio 64) representando a antiga União Soviética e neles conquistando um total de dezoito medalhas sendo 9 de ouro. Ela possui 18 medalhas no total, mais medalhas olímpicas do que qualquer outro atleta em qualquer esporte. Phelps com 16 medalhas tentara quebra o recorde em Londres 2012. Foto: AFP imageForum


Phelps em Omaha onde garantiu cinco indice para Londres: 100 m borboleta, 200 m borboleta, 400 m medley, 200 m livre e 200 m medley

De acordo com um artigo publicado em The Guardian, a alimentação diária de Phelps é tal que ele ingere alimentos que lhe dão um aporte energético de cerca de 12 000 kcal por dia, equivalente a cinco vezes a de um homem adulto médio. Phelps conquistou pelo menos 4 ouros em cinco Mundiais seguidos de Natação em piscina longa - Barcelona 2003, Montreal 2005, Melbourne 2007, Roma 2009 e Xangai 2011. Em 1 de Abril de 2007, conquistou o sétimo título nos Campeonatos do Mundo, em Melbourne na Austrália, batendo o recorde mundial dos 400 metros, o maior índice técnico do evento. Porém Phelps também quebrou as marcas do 200m livre, 200m medley, 200m borboleta e 4 x 200m livre Em 30 de julho de 2009, Phelps quebrou o recorde mundial dos 200m borboleta, estabelecido por ele mesmo em Pequim 2008, com o tempo de 1m51s51, no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos disputado em Roma, Itália. Phelps anunciou que encerraria sua carreira nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, sendo o Mundial de Xangai 2011 seu último disputado.

adidas is all in REVISTA OLIMPÍA | JUL 2012

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OSCAR PISTORIUS

VENCEDOR DO LAUREUS 2012, SULAFRICANO ACREDITA QUE SUA LUTA PELA IGUALDADE TORNOU O PARADESPORTO MAIS RESPEITADO E PROFISSIONAL, E SONHA COM VAGA NA OLIMPÍADA

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“THE BLADE RUNNER” QUEBRA BARREIRAS E VIRA REFERÊNCIA OSCAR PISTORIUS, O ATLETA SUL-AFRICANO, AMPUTADO QUE USA PROTESE DE FIBRA DE CARBONO ATLETISMO

POR: CAHÊ MOTA - GLOBOESPORTE.COM

Se Djokovic e o Barcelona foram premiados pela temporada quase perfeita em 2011, Kelly Slater pela longevidade e competitividade mesmo quase com 40 anos, e Raí por suas ações sociais, a edição de 2012 do Laureus ficou marcada também pela consagração de um atleta que tem na coragem sua maior virtude: Oscar Pistorius. Mais do que os resultados na pista, onde é recordista mundial nos 100m, 200m e 400m rasos para amputados na classe T 44, o sul-africano foi responsável, no ano passado, pela transformação na forma como os atletas com deficiência

FOTO: THIAGO PEREIRA

são vistos no mundo. Aos 26 anos e sem adversários em sua categoria, Pistorius conseguiu em 2011, enfim, sua maior vitória, e em uma batalha que se arrastava há mais de quatro anos: participar de grandes competições de atletismo convencionais. Mais difícil do que o índice para as disputas foi conseguir da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) a permissão para dividir a pista com não paraolímpicos. Feito isso, o velocista foi longe e chamou a atenção do mundo ao ser medalhista de prata 4 x 400m com o revezamento no Mundial de Daegu, na Coreia do Sul.

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OSCAR PISTORIUS

Oscar Pistorius (em discurso na premiação do Laureus 2012)

Com as duas pernas amputadas ainda com 11 meses, o sul-africano já tinha deixado claro, bem distante da Coreia do Sul, que a deficiência física não o impediria de buscar seus objetivos. Ainda criança, em Joanesburgo, Pistorius demonstrava seu desejo de igualdade e fazia do esporte um caminho para que fosse aceito sem restrições pela sociedade. Já com a ajuda de próteses, aos 13 anos era quase um superatleta, praticando rúgbi, pólo aquático, tênis, vela, futebol e críquete. Esportes que serviram como ponte para o atletismo. Em 2003, aos 17 anos, Oscar Pistorius sofreu uma lesão no joelho disputando uma partida de rúgbi. No processo de recuperação, foi apresentado ao atletismo e “nunca mais olhou para trás”, como costuma falar. Foi o pontapé inicial de uma

VENCEDOR DO LAUREUS 2012, O SUL-AFRICANO CONCORRIA COM MAIS CINCO ATLETAS PELO ‘OSCAR’ DO ESPORTE. IREK ZARIPOV, ESTHER VERGEER DAVID WEIR ALÉM DOS BRASILEIROS TEREZINHA GUILHERMINA E DANIEL DIAS.

Foto: Mark Blinch

QUANDO EU CRESCI, MEUS PAIS ME DISSERAM DUAS COISAS: NÃO COMECE O QUE VOCÊ NÃO PODE TERMINAR E NÃO FAÇA NADA QUE VOCÊ NÃO POSSA SE DOAR 100%. SOU PERFECCIONISTA.

Foto: Getty Images

carreira meteórica: nove meses depois, ele já estava em Atenas, para a disputa dos Jogos Paralímpicos, onde conquistou o bronze nos 100m rasos e uma incrível medalha de ouro com direito a recorde mundial nos 200m. Surpresa para o mundo, não para ele, que revelou um lema que norteia sua carreira: - Quando eu cresci, meus pais me disseram duas coisas: não comece o que você não pode terminar e não faça nada que você não possa se doar 100%. Sou perfeccionista. A primeira aparição em competições convencionais aconteceu já em 2005, quando foi sexto colocado nos 400m no Campeonato Sul-Africano.

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A partir daí, convites começaram a surgir para participação em Grandes Prêmios, inclusive da IAAF, para etapa de Helsinque, no mesmo ano. O sucesso, porém, levantou suspeitas da própria IAAF que, dois anos depois, iniciou estudos para saber se as próteses dariam vantagens a Pistorius na disputa com outros concorrentes. Em janeiro de 2008, a polêmica: o sul-africano foi proibido de disputar competições da associação por, supostamente, ter benefícios em relação a quem compete com tornozelos naturais. Foi quando o velocista começou a correr contra o tempo também fora das pistas, disposto a reverter a punição a tempo de buscar


ESFORCO DEDICA ATREINAMENT ENT ONCENTRACA RACAO C SUOR R ES E ONFIANC NCA COMPETICAO

PISTORIUS FEZ HISTÓRIA AO PARTICIPAR DO MUNDIAL DE DAEGU, NO INDIVIDUAL ELE AVANÇOU ÀS SEMIFINAIS, ENQUANTO FOI MEDALHISTA DE PRATA COM O REVEZAMENTO.

EDICACA AO

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Pistorius em um canal de televisão mostando sua protese

uma vaga na Olimpíada Pequim. - Essa é uma decisão prematura e muito subjetiva – declarou na época. E novos estudos provaram que Pistorius estava certo. Após recorrer na Corte Arbitral do Esportes (CAS), ele mostrou que os estudos não levavam em conta as condições apresentadas em uma prova de verdade, como inclinação do corpo, e teve a punição revista. As polêmicas judiciais, no entanto, atrapalharam os planos do atleta, que não conseguiu índice para compor a equipe sul-africana dos 4 x 400m por 0,70 segundos. Ele, por outro lado, foi à China para os Jogos Paralímpicos e levou o ouro nos 100m, 200m e 400m. Dever cumprido e meta traçada: Londres 2012.

Passados três anos do ciclo olímpico, Pistorius voltou ao noticiário em 2011, e dando mostras de que o sonho de disputar uma Olimpíada segue firme. Com 45,07 segundos nos 400m rasos, alcançou o índice para disputar o Mundial de Daegu tanto na prova quanto no revezamento 4 x 400m. Individualmente, ele avançou às semifinais, enquanto foi medalhista de prata com o revesamento, Grande favorito a três medalhas de ouro nas Paraolimpíadas, ele ainda busca índica na equipe da África do Sul. Para isso, precisa correr os 400m abaixo de 45,25 em competições oficiais até junho. Meta que os resultados de 2011 permitem o atleta sonhar alcançar (seu recorde pessoal é 45,07). REVISTA OLIMPÍA | JUL 2012

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ENTREVISTA

11 VEZES CAMPEテグ MUNDIAL MUNDIAL DE IATISMO (OCTACAMPEテグ NA CLASSE LASER 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2004, 2005, 2008 - E TRICAMPEテグ NA CLASSE STAR 2007 , 2011 E 2012).

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CAMPEÃO OLÍMPICO EM ATLANTA, EM 1996 E ATENAS 2004, E MEDALHA DE PRATA EM SYDNEY, EM 2000 E PEQUIM EM 2008 ELE ELEGEU O SEU NOVO OBJETIVO: CONQUISTAR A SUA QUINTA MEDALHA OLÍMPICA EM LONDRES, EM 2012. A META É TÃO CLARA PARA ROBERT SCHEIDT QUE ELE TROCA QUALQUER FUTURA VITÓRIA PELA EMOÇÃO DE SUBIR AO PÓDIO EM LONDRES EM 2012.

ROBERT

SCHEIDT EM BUSCA DO TRI-OLIMPÍCO VELA

POR: PAULO ALBERTO

Robert Scheidt é um velejador brasileiro, bi-campeão olímpico. Começou a velejar aos nove anos na Represa de Guarapiranga, no Yacht Club Santo Amaro, em São Paulo, com um barco dado de presente pelo pai. Aos onze anos ganhou pela primeira um título importante, o sul-americano da classe Optimist, que conquistaria mais duas vezes nos anos 1980, passando a se dedicar completamente à Vela em detrimento do tênis, seu outro esporte favorito. Apos rápida passagem pela clas-

FOTO: JONAS OLIVEIRA

se Snipe, ele encontrou seu lugar como grande atleta na classe Laser em 1990, onde após ganhar o campeonato brasileiro de juniores foi treinar na Suécia e na Dinamarca, visando a se tornar um velejador de primeiro nível internacional. A partir daí, não só se tornaria um velejador de nível internacional, mas o maior do mundo na sua categoria, dominando completamente a classe Laser pelos anos seguintes, começando as grandes conquistas em 1995 no Pan-Americano.

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ENTREVISTA Foto: Getty Images

FOI UMA SURPRESA ENORME, FIQUEI MUITO HONRADO, ASSIM COMO A VELA BRASILEIRA DEVE ESTAR. NOSSO ESPORTE TEM O MAIOR NÚMERO DE MEDALHAS OLÍMPIDAS.

Scheidt (quando recebeu a notícia que seria porta bandeira na olimpíada de Pequim)

A pressão de disputar esta Olimpíada é muito grande? Schedt – É um evento especial, em que a pressão é natural. É assistido por muita gente e dá repercussão. Se você vence, está no topo do mundo. Se perde, a tristeza é imensa. Como é administrar esta pressão? Schedt – É tentar encarar a Olimpíada como mais um torneio. Vamos enfrentar os adversários que conhecemos muito. Nós estamos entre os favoritos, mas não somos a dupla favorita para o ouro. A intenção é construir a competição regata a regata. A raia é muito difícil e todos vão errar um pouquinho.

Foto: Pierrick Contin

Você tem a pressão adicional de lutar pelo tricampeonato olímpico... Schedt – As minhas melhores re-

gatas são sempre disputadas sob pressão. Sei administrar. O resto é tentar velejar o que sabemos. Quem são os favoritos para o pódio no Star? Schedt - Há um grupo de pelo menos dez duplas que vai brigar pelo pódio. Os poloneses Mateusz Kusznierewicz e Dominik Zucki, os italianos Diego Negri e Luigi Viale, os suecos e os americanos John Dane e Austin Sperry, os neozelandeses, os ingleses Iain Percy e Andrew Simpson, os australianos Iain Murray e Andrew Palfrey e os portugueses Afonso Domingos e Bernardo Santos estão neste grupo. Então, você prevê um grande equilíbrio na competição? Schedt – Tenho certeza de que ninguém abrirá vantagem nas dez

Foto: Pierrick Contin

EM OUTRA CATEGORIA, SCHEIDT CONTINUA SENDO APOSTA DE MEDALHAS PARA O BRASIL NA OLIMPÍADA DE LONDRES 2012.

regatas. A decisão ficará certamente para a Medal Race, a grande novidade. A Medal Race, que dá pontuação em dobro, reúne as dez melhores duplas das dez regatas iniciais. E a expectativa sobre a sua atuação e a do Bruno Prada? Schedt - Estou muito otimista, mas sei que não será fácil. A raia de é muito complicada e, com os ventos fracos característicos da região, os diferentes níveis das duplas ficam muito parecidos. Mas, eu e o Bruno vamos com tudo para conquistar uma medalha para o Brasil. O que disseram os adversários sobre as condições da raia? Schedt - Todos sentiram muita dificuldade. É vento muito fraco e com correntes muito fortes. Mas, no final das contas, os melhores e mais preparados levam a melhor. EM 2006, O VELEJADOR DECIDIU MUDAR PARA A CATEGORIA STAR, EM QUE USA UM BARCO MAIOR EM DUPLA COM BRUNO PRADA, APESAR DO POUCO TEMPO NA NOVA CATEGORIA, A DUPLA CONSEGUIU A MEDALHA DE PRATA EM PEQUIM, EM 2008

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Foto: Christian Be

estrutura. Estão se preparando e farão um grande evento. Quando vencemos o Pré-Olímpico, o público estava presente todos os dias, mesmo quando não teve regata. E isso com venda de ingresso, o que eu nunca vira em um evento-teste. A única coisa que poderia ser um pouco melhor é o vento. Você foi o porta-bandeira na abertura da Olimpíada de Pequim. Como recebeu a notícia? Já esperava levar essa responsabilidade? Schedt - Foi uma surpresa enorme. Estava no Palácio do Planalto em encontro com o presidente Lula e não esperava a notícia. Normalmente, a definição do porta-bandeira é feita só às vésperas da Olimpíada, já no local dos Jogos. Fiquei muito honrado, assim como a vela brasileira deve estar. Nosso esporte tem o maior número de medalhas olímpicas.

Havia encontrado condições de raia similares antes? Schedt - Não. É muito diferente de todos os outros lugares em que tinha velejado. Mas, não é ruim para os brasileiros. A temperatura, o calor e a umidade são parecidos com o Brasil, e o brasileiro tem facilidade de se adaptar. É possível obter informações técnicas da raia? Schedt - Da raia, é um pouco com-

plicado. O que é preciso fazer é ir lá e ficar tirando medições, do vento, da corrente... Quanto tempo é o ideal? Schedt - Vamos ficar quase 20 dias antes do início das competições. Acho que é um tempo suficiente. E a estrutura fora da água? Schedt - É a melhor que já vi em todas as Olimpíadas em que estive. Não tem nada igual em termos de

AO LADO DE BRUNO PRADA, ROBERT SCHEIDT CONQUISTOU EM 2012 SEU 3º TITULO MUNDIAL DA CLASSE STAR EM HYÈRS, FRANÇA E SEU 11º TITULO MUNDIAL DA CARREIRA.

Você fez história na Laser, com três medalhas olímpicas e inúmeros títulos. A responsabilidade é maior agora no Star? Schedt - No Star, a longevidade do atleta é muito maior. Teremos outros mundiais e outras Olimpíadas pela frente. Portanto, não será uma questão de vida ou morte. Temos todas as condições de ir bem. Fizemos uma boa preparação e agora vamos acertar o barco, experimentar novos acertos.

Londres nos 2012 canais é mais Brasil

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LEMBRANÇA OLIMPÍCA

DREAM TEAM GANHOU TODOS OS JOGOS POR 43 PONTOS DE DIFERENÇA NAS OLIMPÍADAS

DO

20 ANOS

DREAM TEAM HÁ 20 ANOS ATRÁS O “DREAM TEAM” ASSOMBROU O MUNDO DO ESPORTIVO NA OLIMPÍADA DE 1992 EM BARCELONA. BASQUETE

POR: SERGIO MAURICIO

FOTO: MARCOS LIMA

MUITOS CONSIDERAM que a maior equipe já montada, em qualquer esporte . No Verão de 1988 Jogos Olímpicos em Seul , o time de basquete dos Estados Unidos nacional , formada por estrelas da faculdade, terminou em um decepcionante terceiro lugar. Após FIBA abriu a Olimpíada para jogadores profissionais, em abril de 1989, EUA Basketball começou a olhar para a NBA para fornecer jogadores para a sua lista Olímpicos de 1992. Na Olimpíada, as equipas adversárias ficaram impressionados com o talento do elenco americano, perdendo por uma média de 43,8 pontos por jogo. O mais próximo dos oito jogos foi a vitória a equipe dos EUA de 11785 no jogo medalha de ouro contra a Croácia. Charles Barkley foi cestinha do Dream Team durante os Jogos Olímpicos, com média de 18.0 pontos por jogo. Fãs em Barcelona saudou o Dream Team com grande entusiasmo. Fãs se reuniram em frente ao hotel da equipe, na esperança de ver seus jogadores favoritos. “Foi como Elvis e os Beatles juntos”, disse Chuck Daly. O “Dream Team” é considerado por muitos como a maior equipe reunida. O time foi eleito para a Câmara Naismith Memorial Basketball of Fame em 2010, e é uma das apenas oito equipes consagradas no Hall da Fama. Onze jogadores jogadores no Hall da Fama.

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Foto: NBA Photos

Michael Jordan

O QUE FOI FEITO, FICARÁ NA HISTÓRIA DAS OLIMPÍADAS COMO UMA DAS MAIORES COISAS QUE JÁ ACONTECEU

COMO ELVIS E OS BEATLES JUNTOS. VIAJAR COM O DREAM TEAM ERA COMO VIAJAR COM 12 ESTRELAS DE ROCK. ISSO É TUDO QUE POSSO COMPARÁ-LO... TÉCNICO CHUCK DALY

ATLETAS

TIME

1. Scottie Pippen 2. John Stockton 3. Clyde Drexler 4. Larry Bird 5. Michael Jordan 6. Charles Barkley 7. Chris Mullin 8. Patrick Ewing 9. Christian Laettner 10. Magic Johnson 11. David Robinson 12. Karl Malone

Chicago Bulls Utah Jazz Portland Trail Blazers Boston Celtics Chicago Bulls PhoenixSuns Suns Phoenix Golden Stade Warriors New York Knicks Duke (Universidade) Los Angeles Lakers San Antonio Spurs Utah Jazz

8

11

10

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9 5

4

1

6 7 3

2

Foto: Andrew D. Bernstein

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ARTIGO

RIO 2016 DELEGAÇÃO DO COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL VISITA OBRAS DO MARACANÃ A COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DO COI PARA OS OLÍMPICOS DO RIO DE JANEIRO FOI CONSTITUÍDA EM JANEIRO DE 2010 E CONTA COM REPRESENTANTES DOS CINCO CONTINENTES .

JUCA KFOURI

Foto: João L. Anjos

O Maracanã ficou fechado entre abril de 2005 e janeiro de 2006 para obras visando à instalação de cadeiras em todo o seu interior e a realização dos Jogos Pan-americanos de 2007. Com isto, foi realizado o rebaixamento do nível do campo e implantação de cadeiras no lugar da antiga “geral”, área mais próxima ao campo onde os espectadores assistiam às partidas em pé. Além de ocupar o setor da geral, as novas cadeiras expandiram o conhecido “setor das cadeiras”, existente atrás da geral. Apesar de ter sido aberto no início de 2006, as obras só encerraram-se em dezembro daquele mesmo ano e sua reinauguração deu-se em 2007 apenas. Neste mesmo ano, ocorreu a construção de novas rampas de acesso para as cadeiras e arquibancadas. O placar eletrônico também foi trocado por um colorido e em LCD. Telões também foram instalados na cobertura do estádio, sobre o setor verde das arquibancadas, possibilitando a visualização dos eventos ao vivo. Em 2007, foi palco das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Ao contrário do que se especulava a pira pan-americana ficou acesa dentro do estádio. Também recebeu as partidas de futebol do evento a partir da segunda fase da competição, as partidas eram disputadas no Estádio Olímpico João Have-

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Obras do Maracanã em andamento pra Jogos Olimpicos em 2016

lange, no Miécimo da Silva e no CFZ. Na categoria masculina, disputada por atletas com menos de vinte anos, O Maracanã é uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil. O estádio irá receber alguns jogos e a final do evento. Sendo assim o segundo estádio do mundo a receber duas finais de Copa o primeiro tendo sido o Estádio Azteca, no México, o qual recebeu as decisões das Copas de 1970 e 86 e o primeiro a sediar tanto uma final da Copa do Mundo e as Cerimônias dos Jogos Olímpicos. Para a Copa do Mundo de 2014, está em execução um projeto que aumenta a expansão da cobertura do estádio, que estará cobrindo a totali-

dade dos assentos, o que não acontece atualmente, onde a proteção se dá a partir das cadeiras da arquibancada acima do portão de acesso de cada setor. Além disso, o tom acinzentado vo ltará a ser a principal cor do estádio, o atual setor de cadeiras azuis será demolido, dando lugar a uma nova “arquibancada inferior”. Os camarotes, instalados acima da atual arquibancada para o Mundial de Clubes de 2000, também serão demolidos e darão lugar a uma nova arquibanca, e suas dimensões passarão a ter 105 por 68 m de forma definitva. O mesmo projeto irá também reformar o estádio para ser sede das cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas de 2016.


EDIÇÃO N º 2 ESPECIAL DOS JOGOS OLIMPICOS DE LONDRES

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