Peca me o que quiser 1 megan maxwell

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— É verdade. — Meu sentimento por você já é forte e não há nada que eu possa fazer contra isso. Gosto de você. Você me enlouquece. Adoro você. E não minta pra mim: sei que provoco a mesma coisa em você. Eu sei disso. Sua cara me diz, seus olhos me observando, suas mãos quando me acariciam e seu modo possessivo quando fazemos amor. E agora me diga de uma vez por todas o que são esses remédios. Seu rosto se contrai e, com um movimento decidido, Eric se levanta da cama. Vou atrás dele. Eu o sigo até o banheiro, onde joga água na cabeça, pega a nécessaire que fecha e arremessa contra a parede. Sem saber o que está havendo, eu o encaro: — O que está acontecendo? O que foi que eu disse pra te deixar assim? Isso tem alguma coisa a ver com as ligações da tal da Marta e da tal da Betta? Quem são elas? Porque, olha só, eu tentei ficar quieta, ser prudente e não perguntar nada, mas... mas não consigo mais! Eric não me olha. Sai do banheiro e vai em direção a janela. Vou atrás dele e depois me planto bem na sua frente. — Não foge de mim. Nós dois estamos neste quarto e eu quero que você seja totalmente sincero comigo e me conte o que está acontecendo. Porra, Eric, não estou te pedindo amor eterno. Só preciso saber o que você tem e quem são essas mulheres. — Chega, Jud. Não quero falar. Me desespero e, ao ver meu corpo nu refletido no espelho do armário, decido me vestir. Ponho uma calcinha, uma camiseta rosa e um macaquinho jeans. Depois me viro para ele. — Então, sobre o que você não quer mais falar? — Já disse que chega! Por hoje, já estouramos a cota de showzinhos. — Cota de showzinhos? Mas do que você está falando? — Esse seu interrogatório está me enchendo. Mas ganho coragem e agora sou como um touro que entra para matar. — Ah, minhas perguntas estão te enchendo? Que pena...! Pois saiba que o que me enche é sua falta de respostas. A cada dia te entendo menos. — Não é pra você me entender mesmo. — Ah, não? — Não. Sinto vontade de quebrar o abajur na sua cabeça. Quando responde tão na defensiva, me tira completamente do sério. — Sabe, eu já tinha praticamente te esquecido depois que você sumiu da minha vida, mas quando você apareceu na porta da casa do meu pai... — Esquecido? — diz Eric, pertinho do meu rosto. — Como você poderia ter me esquecido e fazer essa tatuagem? Tem razão. A frase que tatuei é nossa, e não tenho como rebater isso. — Verdade, tatuei essa frase por sua causa. Eu mal te conhecia quando fiz isso, mas alguma


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