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Demolição do Morro do Castelo completa 100 anos

O Morro do Castelo é um dos locais históricos do Rio de Janeiro onde não mais é possível fazer uma visita. O morro não mais existe, mas a presença da montanha é vívida na memória, com imagens e relatos baseados em livros e gravuras da época.

O Rio de Janeiro é uma cidade que já passou por inúmeras transformações produzidas pelo homem, com relação ao seu relevo, uso e expansão do solo, fazendo uso da Engenharia para transformá-la de acordo com as mais corretas concepções urbanísticas em cada tempo destas transformações. Inúmeros aterros foram feitos, e alguns grandes Morros foram demolidos, para duplo ganho de espaço, obtendo-se uma explanada ou planície no local outrora ocupado pelo morro, e também ganhando áreas sobre o mar ou lagoas, áreas estas aterradas com o material pro- veniente do arrasamento dos morros.

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Em função destas transformações, o Morro do Castelo não mais existe, e assim como o Morro do Senado, Morro de Santo Antônio e alguns outros, desapareceram dos mapas e da topografia da Cidade do Rio de Janeiro, dando espaço às esplanadas e tendo sido transformados em aterros.

O Morro do Castelo, diretamente ligado ao início da colonização Portuguesa no Rio de Janeiro, onde existiram as primeiras construções após o fim da guerra com os franceses invasores. Após a fundação da cidade por Estácio de Sá em 1º de Março de 1565, estabelecendo-se no Morro Cara de Cão, a luta pela retomada de posse da terra durou dois anos. Após a reconquista do território, Mem de Sá, tio de Estácio escolheu o Morro do Castelo como local dos assentamentos definitivos.

Inicialmente o morro foi chamado de Morro do Descanso, referenciando o merecido local de descanso após a vitória definitiva e reconquista da terra. Pouco depois passou a ser chamado de São Januário, mas o nome Castelo deriva da construção da primeira fortaleza murada da cidade em no topo do morro, nome este que perdurou ao longo de quatro séculos, e uma vez que o morro não mais existe, o nome Castelo continua a existir, denominando a Esplanada do Castelo, no local onde um dia existiu o morro que testemunhou os primeiros passos da cidade.

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