Homilia de dom aldo

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incremento do patrimônio diocesano acrescentando a ele o Palácio Episcopal. No campo político e social, ajudou a mitigar os conflitos de Princesa Isabel em 1930 e enfrentou as dificuldades provocadas pelas secas constantes do sertão. Organizou com seu clero um serviço de assistência social aos pobres de Cajazeiras através do qual distribuía esmolas em alimentos e dinheiro todas as quintas-feiras no Paço Episcopal. Após 17 anos de governo, Dom Moisés deixou a Diocese de Cajazeiras em 1932 para assumir a função de Arcebispo Coadjutor do já idoso Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, sucedendo-lhe em 1935 como Arcebispo Metropolitano da Paraíba. 7. Em seguida, a jovem Diocese foi agraciada com a chegada de Dom João da Matha Andrade e Amaral (1934-41) que celebrou o 1º Congresso Eucarístico em 1939 para celebrar os 25 anos de ereção da Diocese e posse do seu 1º Bispo. Foi grande incentivador da Obra das Vocações Sacerdotais e da Ação Católica. Além de reformar uma vez mais o Colégio Diocesano Padre Rolim e o Ginásio Escola Normal Nossa Senhora de Lourdes. Sua preocupação com a educação não se restringiu à Sede da Diocese, mas espalhou-se pelo sertão: criou e instalou os Colégios Diocesanos de Patos e Catolé do Rocha, além das Escolas Normais em Catolé, Itaporanga, Princesa Isabel e Santa Luzia do Sabugi. Dom João da Matha também preocupou-se com a saúde do seu rebanho, construindo o Hospital Regional de Cajazeiras. Finaliza a lista de suas contribuições a construção da nova Catedral e o acabamento do Palácio Episcopal. Em 1945, Cajazeiras acolhe seu terceiro Bispo: o gaúcho Dom Henrique Gelain (1945-48). De seu breve, porém, fecundo governo – de apenas quatro anos – resta como perene testemunho a gigantesca torre de 52 metros de altura diante da qual nos encontramos. Na nobre lista dos Bispos de Cajazeiras, segue-se o nome do pernambucano Dom Luís do Amaral Mousinho (1948-52) que, em 1948 foi nomeado para esta Diocese pelo Papa Pio XII. Permaneceu também pouco tempo em Cajazeiras, sendo transferido em 1952 para a Diocese de Ribeirão Preto, elevada a Arquidiocese em abril de 1958. Em 1953, toma posse o Bispo que por mais tempo governou a Diocese de Cajazeiras: Dom Zacarias Rolim de Moura (1953-1990). Dom Zacarias pertence à linhagem do célebre Padre Inácio de Souza Rolim, cujo nome é hoje sinônimo de cultura e educação. Dele se pode afirmar que foi um pastor incansável, percorrendo todas as paróquias do Bispado em frequentes visitas pastorais, pregando santas missões e fazendo-se presente em outras festas diocese afora. Dom Zacarias esmerou-se no cuidado das vocações ao sacerdócio e o Seminário da Assunção, mesmo em tempos de crise, jamais fechou suas portas aos jovens rapazes que manifestavam o desejo de serem padres. Durante o seu governo foi criada a Diocese de Patos (1959), desmembrando boa parte do primitivo território da Diocese de Cajazeiras. Foi ele quem concluiu a construção do Seminário Nossa Senhora da Assunção e da nova Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Piedade. Foi o responsável pela vinda das irmãs concepcionistas para a Diocese. Instalou dois colégios em Pombal, outros dois em Itaporanga e mais uma Escola Normal em Sousa. Trabalhou incansavelmente para aumentar o patrimônio da Diocese em cuja lista passou a constar a Rádio Alto Piranhas (inaugurada a 1º de julho de 1966), o Cine Apolo XI e o Cine Pax, e a Fundação de Ensino Superior de Cajazeiras (FESC), responsável pela manutenção da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras (FAFIC). Este nobre e fiel Pastor, que tomou parte no Concílio Vaticano II – cujo cinqüentenário estamos a celebrar – entregou sua alma a Deus em 1992, após 37 anos de afanoso trabalho pastoral. Os restos mortais desse Profeta do Sertão paraibano,


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