Servindo completo agosto

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Formação e informação e serviço da diocese | Diocese de Campo Mourão - Paraná | Ano 29 - Agosto 2017 | Nº 293

Leigos

Consagrados

Sacerdotal

Matrimonial

Agosto: Mês das vocações


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Palavra do Bispo

Editorial

“E quando se completaram os dias da purificação, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor” (Lc 2,22) Tudo tem um tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu... (Ecl 3,1) Queridos irmãos e irmãs, esta citação do Eclesiastes norteia minha palavra à Diocese neste mês de agosto. Em espírito fraterno e eclesial venho, pela última vez, ocupar este espaço em nosso informativo diocesano. Doravante desejo deixá-lo a disposição de Dom Bruno, que já está conosco a trabalhar esforçadamente em prol desta Igreja Diocesana. Realmente há um tempo para tudo! E no tempo concedido por Deus encontramos a oportunidade de corresponder a seu desígnio salvífico-libertador. Com o coração exultante em ação de graças, partilho convosco, irmãos e irmãs, minha ladainha de gratidão que, no decorrer dos anos foi se ampliando por bondade de Deus que jamais me desamparou. Eis a minha ladainha de gratidão ao Senhor! Graças Senhor, pela criação ... Sabedoria, grandeza e bondade; Graças Senhor, pela vida; Graças Senhor, pelo meus pais: Victorino e Maria; Graças Senhor, pelos meus irmãos; Graças Senhor, pela Igreja, que me acolhe e concedeu um lugar; Graças Senhor, pelo chamado; Graças Senhor, pela missão que recebi; Graças Senhor, pela Congregação dos Missionários Xaverianos; Graças Senhor, pelos estudos realizados; Graças Senhor, pela missão em Bukabu, África; Graças Senhor, pela Igreja na Diocese de Campo Mourão, na qual criei raízes; Graças Senhor, pelos bispos desta Igreja Diocesana: - Dom Eliseu Simões Mendes (me apresentou às lideranças diocesanas); - Dom Virgilio de Pauli (me pediu para ficar nesta diocese);

- Dom Mauro Aparecido dos Santos (conselheiro e amigo); - Dom Bruno Elizeu Versari (pelo seu sim ao aceitar a missão episcopal em Campo Mourão); Graças Senhor, pelos Padres e Diáconos, meus irmãos e colaboradores; Graças Senhor, pelos leigos e leigas; Graças Senhor, pelas paróquias por onde passei como pároco: Mamborê, Peabiru, Quinta do Sol, Lar Paraná, Fênix e Engenheiro Beltrão; Graças Senhor, por me ter chamado ao ministério episcopal; Graças Senhor pelo rebanho que me confiaste a cuidar; Graças Senhor, pelos Seminários e Seminaristas; - Seminário São José, onde comecei; - Seminário Nossa Senhora de Guadalupe; Maringá - Seminário Dom Virgílio de Pauli, em Cambé; Graças Senhor, pelas pessoas que passaram e irão passar pela minha vida; Graças Senhor, pelas minhas fraquezas e limitações (elas me ajudam a crescer e a reconhecer minha verdade); Graças Senhor, pelos dons maravilhosos colocados em mim (através deles pude servir melhor); Graças Senhor, pela caminhada que me permitiu percorrer ... nela eu senti Tua presença, Senhor, nela sempre procurei ser Teu instrumento e a Tua fidelidade nunca me abandonou; por isso faço minhas palavras do sábio, autor do livro de Sabedoria, que logo de ao contemplar a presença e a ação de Deus ao longo da caminhada do povo de Deus, escreve:

rinhoso, amigo e paterno a cada diocesano, diocesana, que sempre guardarei no coração com muito carinho e nunca esquecerei de colocar sempre a cada um nas orações diárias que farei a Deus Pai todo-poderoso. Graças Senhor, por Maria, Mãe e Amiga de todos nós; Graças, ó Maria, porque através do teu exemplo aprendemos a estar sempre atentos e abertos para a ação de Deus, para dizermos, no momento certo o nosso SIM; sabemos GUARDAR TUDO NO CORAÇÃO, olhando a vida e os acontecimentos com olhar em atitude contemplativa; ouvindo sempre seu maternal pedido “FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER” (Jo 2,5), e caminhar com segurança e confiança em companhia do teu filho Jesus. CONCLUO esta minha ladainha de gratidão, repetido a minha oração favorita: Senhor Deus, que todo meu ser expresse a Tua presença e vontade, e que na intimidade e amizade contigo, escute e atenda sempre os apelos de meus irmãos, para que possa levar a todos a alegria e a esperança que vem de Vós. Amém!

“Sim, ó Senhor! De todos os modos engrandeceste e tornaste glorioso o teu povo. Nunca, em nenhum lugar, deixas-te de olhar por ele e de o socorrer.” (Sb 19,22). Este é o nosso Deus. Hoje, concluindo este pastoreio como Bispo de Campo Mourão, elevo minha gratidão a Deus e deixo aqui meu abraço fraterno, ca-

Dom Francisco Javier Delvalle Paredes Bispo da diocese de Campo Mourão

O Senhor misericordioso e compassivo instituiu o memorial das suas maravilhas, deu sustento àqueles que O temem. Salmo 110, 4-5 Queridos leitores, estamos celebrando o mês das vocações, e com essa motivação apresento à toda Igreja da Diocese de Campo Mourão mais uma edição no nosso Jornal Servindo. Em nossa igreja entre as diversas dimensões da vida espiritual e pastoral, sabemos que um dos aspectos importantes da oração e encorajamento no nosso caminho, é confiar ao Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, que envie mais operários, afim de continuar a missão de evangelizar a partir do apelo do Reino de Deus. Sabendo que é Jesus quem chama a seguir, não apenas na vida religiosa e consagrada, mas nas diversas situações da vida, seja matrimonial, laical, mas principalmente a santidade, pois todos nós devemos assumir nosso compromisso pessoal com a construção do Reino dos Céus, compartilhamos o testemunho de nosso ser consagrados onde realizamos nosso trabalho diário, e rezar com perseverança pelas vocações. Nessa edição do jornal destacaremos alguns aspectos da vocação através do testemunho de algumas pessoas, mas isso não exclui as diversas faces dos vocacionados “anônimos” presente em nossa diocese, aos quais dirigimos uma palavra cheia de gratidão para com todos que tem sido muitas vezes protagonistas ativos na pastoral da igreja, seja no serviço, no testemunho ou até mesmo a partir de suas orações. Os textos que apresentamos aqui são simples, compartilhado para apresentá-los à nossa comunhão com todos aqueles que tem feito desse meio de comunicação um verdadeiro memorial das maravilhas por Deus operado e sustento para um futuro que vem chegando. Convido a todos, na medida do possível, a se comprometerem nesse mês a rezarem pelas vocações e pelas famílias, pedindo ao Senhor para resgatar no meio do povo santas vocações para continuar a missão que um dia, o Homem de Nazaré experimentou e transmitiu por meio do seu testemunho de misericórdia para com todos. Uma boa leitura a todos.

Expediente Diretor: Dom Francisco Javier Delvalle Paredes Assessor/Coordenador: Pe. Adilson Mitinoru Naruishi Colunistas: Dom Bruno Elizeu Versari Pe. Luiz Antonio Belini Pe. Willian Oliveira Lopes Wesley de Almeida Rodrigo Ferreira dos Santos

www.diocesecampomourao.com.br Impressão JP Indústria Gráfica LTDA Tiragem 10.000 exemplares

Responsável Samoel Kozelinski

Permite-se a reprodução total ou parcial do material veiculado no Jornal Servindo, desde que citada a fonte. As assinaturas do Jornal Servindo podem ser feitas nas secretarias paroquiais da diocese.

Editoração eletrônica Henrique Thomé/Tribuna do Interior

Informações: jornalservindo@hotmail.com

Intenção do Papa Agosto 2017 Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.


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Funcionários da Diocese participam de formação e capacitação

ARTIGO

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Cerca de duzentos e vinte funcionários das secretarias paroquiais e outros setores da diocese de Campo Mourão, participaram de um encontro de formação no último dia 20 de julho. O evento que foi realizado no Centro de Formação Dom Eliseu Simões Mendes no Lar Paraná, partiu de uma iniciativa do bispado de Campo Mourão, através do bispo diocesano, Dom Francisco Javier Delvalle Paredes e teve a finalidade de fornecer subsídios para todos os trabalhadores, em se tratando de conhecimentos, técnicas, relações interpessoais e união no ambiente de

trabalho. Padre Carlos Czornobai, ecônomo da diocese, fez a abertura do encontro com um momento de Oração pedindo que Deus concedesse bons estudos: “Peçamos a luz de Deus para nossos trabalhos, diante de tantas coisas que precisamos estar atualizados hoje, até nas secretarias paroquiais. Que possamos ter um produtivo dia de estudos para melhor evangelizarmos”, motivou o padre. Dom Francisco Javier acolheu a todos com momento de reflexão e de interação entre os presentes, desta-

cando a importância do serviço, na Igreja: “O Papa Francisco quer uma Igreja em saída, missionária, misericordiosa, acolhedora de todas as feridas da terra. Situando-se em nossas Paróquias, quando alguém procura consolo, que clama, que está com fome. Quem atende o telefone, quem está à frente na secretaria. Este é o rosto acolhedor da Igreja, rosto de misericórdia, amor, acolhedor. Na secretaria, nós não somos qualquer um, somos missionários da Igreja no relacionamento com as pessoas que procuram, esta é a Igreja que devemos passar. Atender muito bem, com atenção educada, acolhedora, paciência, carinho, preocupação e compaixão que é o sentimento que nos leva a sentir na pele do outro. Isto faz mudar o rosto da Igreja. Vocês não são só funcionários, são parte integrante da Instituição Igreja, que nos faz divinos, amorosos e revela a misericórdia do Pai. ” Refletiu Dom Francisco Javier. Em seguida, o senhor Carlos Fagundes, contador da diocese abordou questões da contabilidade nas paróquias. “Trabalhamos hoje sobre a atualização da contabilidade e

Ser padre nos tempos de Francisco

Com a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, para suceder a Bento XVI como o novo Papa da Igreja Católica, poucos imaginavam o que podia vir pela frente. Assumiu o nome de Francisco, lembrando um dos santos mais despojados da história da Igreja. Passou a viver na casa junto com outros clérigos, faz refeições na sala comum para os hospedes e fala em uma linguagem simples e direta. Seu testemunho de vida atinge em cheio os fiéis no mundo inteiro, mas de um modo especial e direto atinge os jovens que aceitam o convite para se tornarem sacerdotes, ministros de Deus a serviço da Igreja e do povo. Sua voz faz lembrar Jesus que ia onde os discípulos estavam, no trabalho, no laser, na família e convidava-os para segui-Lo. Sem medo deixavam tudo e partiam como discípulos seguindo o mestre.

Em nossos dias o convite continua sendo feito, porém, os ouvintes tem uma nova característica: usam tênis, vestem jeans, estão conectados em diversos aplicativos do celular, vivem por dentro de tudo o que se passa ao seu redor, estão num ritmo acelerado da vida. A estes o convite de Jesus soa mais forte. “segue-me!”. Aos jovens de hoje é confiada uma grande missão, ser padre olhando o testemunho de vida do papa Francisco. Jesus continua indo ao encontro dos jovens: nas escolas, nos grupos de jovens, nos grupos de oração, enfim, onde os jovens estão e continua dizendo: eu conto com você para dilatar o reino de Deus entre as nações. Eu acredito que muitos jovens estão pensando em responder positivamente a este chamado. SER PADRE. O que impede então? Medo? In-

também solucionamos algumas dificuldades encontradas por elas nas paróquias”, disse seu Carlos. O senhor Carlos Henrique, da Câmara Eclesiástica, falou sobre a declaração de nulidade matrimonial. Falou sobre o tempo de duração de processo, do valor do processo matrimonial e da perspectiva da instalação do tribunal eclesiástico na diocese de Campo Mourão. Continuando os trabalhos na parte da manhã, os servidores foram divididos em dois grupos e assessorados por instrutores do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de Campo Mourão, foi trabalhado o tema do Relacionamento Interpessoal. Na parte da tarde, os colaboradores da diocese tiveram uma palestra motivacional com o Professor Renato Pacholek, do Instituto MAKRO de Campo Mourão. Falou da importância da formação para quem trabalha no setor de atendimento e que precisa estar em contato com as diferentes pessoas. O Encontro contou também com a presença de padres e diácono. Constitui-se em importante evento para promover a comunhão fraterna dos colaboradores da diocese, cuja função junto às comunidades paroquiais reveste-se de papel de fundamental importância. O Encontro encerrou-se com a oração final e bênção proferida pelo Padre Denis Aparecido Ferreira.

Dom Bruno Elizeu Versari, bispo coadjutor de Campo Mourão.

segurança? Falta de Coragem? Eu digo que se é Deus quem chama, Ele também dará condições para responder SIM sem nenhuma reserva. Faça sua parte dê o primeiro passo, busque informações, fale com o padre que você conhece, procure os seminários este é o momento ideal para consagrar a vida como padre da Igreja de Jesus Cristo, ser ponte entre Deus e o povo, ser porta voz do povo para Deus e de Deus para o povo. Esperando a chegado de muitos jovens para ingressarem nos seminários, nós ficamos com as mãos levantadas para os céus, em prece ao nosso Deus, para que isso aconteça em breve em nossas comunidades. Por isso, convido todos a rezarem pelas vocações e pela perseverança dos nossos seminaristas. Parabéns a todos os padres pelo “dia do padre”, dia 4 de agosto e celebrado domingo.


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Posse de Dom Bruno: Emoção, Alegria e Fé.

Os fiéis começaram a chegar já nas primeiras horas após o meio dia do domingo 09 de julho, para a celebração de Apresentação e Posse Canônica de Dom Bruno Elizeu Versari, quinto Bispo de Campo Mourão. Vindos dos mais diversos lugares de nossa diocese e de outras cidades, eles lotaram a Catedral Diocesana em uma celebração marcada pela emoção e alegria de receber um novo Pastor para nossa diocese. A celebração também contou com a com a presença do Arcebispo de Cascavel e Presidente da CNBB Regional Sul 2 Dom Mauro Aparecidos dos Santos; do Arcebispo de Maringá Dom Anuar Batisti , o Eparca para os Ucranianos Dom Meron Mazur, o bispo de Umuarama Dom Frei João Mamede, o bispo de Cornélio Procópio Dom Manoel João Francisco e o bispo emérito de Cornélio Procópio Dom Getúlio Teixeira Guimarães, participação dos padres da Diocese de Campo Mourão, e outras dioceses, bem como os familiares de Dom Bruno e uma grande presença de fiéis de Maringá, da Paróquia em que Dom Elizeu exerceu suas funções sacerdotais. Padre Pedro Speri, coordenador do Clero da Diocese, afirmou que “como Igreja esperamos que o Bispo

seja Pastor, e certamente é, e que governe de fato a diocese, com sabedoria divina, procurando superar as dificuldades que certamente serão muitas a serem enfrentadas, mas esperamos que seja um pastor, companheiro, amigo dos padres, popular, presente neste sentido”. Por volta das 14:30 da tarde, Dom Bruno Elizeu Versari foi acolhido nos átrios da Catedral Diocesana de Campo Mourão pelo Revmo. Pe. Jurandir Coronado Aguilar, Pároco da Catedral São José. Em seguida entrou na Igreja Catedral acompanhado de Padre Jurandir, onde aspergiu e abençoou os fiéis presentes. Por fim cumprimentou o Conselho de Consultores e dirigiu-se a Capela do Santíssimo Sacramento onde realizou um momento de oração. Momentos depois se deu início a celebração da Santa Missa, presidida pelo Bispo Diocesano Dom Francisco Javier. Após a saudação inicial da celebração, a Bula Pontifícia com a nomeação de Dom Bruno foi apresentada e lida pelo Pe. Alfredo Rafael, Chanceler da Cúria. Terminada sua leitura, Dom Bruno proferiu seu juramento de fidelidade a Igreja e a Diocese e a profissão de fé, ato que se realiza canonicamente por ser empossado como Vigário Geral

da Diocese. Nas palavras de acolhida Dom Francisco e Dom Bruno, compartilhando o mesmo báculo fizeram o propósito e disseram “Eis-nos aqui” , simbolizando a missão de Pastor do povo de Deus da Diocese de Campo Mourão e a cooperação em torno da cátedra que é sinal do múnus de governar. Dom Bruno no final da celebração foi saudado por seu clero e por um casal representante dos leigos. Dom Bruno, tomou posse como bispo coadjutor, para junto de Dom Francisco Javier exercer o governo

diocesano de Campo Mourão. Dom Javier completa 75 anos em dezembro e deve renunciar ao governo da diocese, conforme lei canônica. .Disse Dom Bruno, a Dom Javier; “Agradeço muito o seu carinho comigo, a forma como me recebeu e quero aprender com seu carisma. Saiba que estamos juntos para carregar o andor”. No seu discurso, Dom Bruno dirigiu palavras de ânimo, de gratidão e esperança a todos presentes, aos bispos, aos padres, aos seminaristas, as religiosas e todos os fiéis, “Vamos caminhar todos juntos, cada um ajudando a carregar o andor, é assim que penso. À comunidade peço que ajudem seus padres, pois há muito o que fazer e os projetos precisam ser construídos em comunidade, para não ser um projeto solitário. Em ação de graças na celebração, entraram na Igreja as bandeiras dos cinco decanatos da diocese e representantes de todas as paróquias com a imagem de seus padroeiros, as crianças conduziram Dom Bruno ao Centro da Catedral e ao som da música como uma brincadeira de roda, acolheram o novo bispo, juntamente com a procissão dos padroeiros entrou o andor com São José, padroeiro da diocese, em que Dom Bruno fez questão de ajudar a carregar e em seguida recebeu a Bandeira da diocese. Foi um momento muito bonito, contagiante, marcada pela alegria, pela fé e emoção. No final Dom Bruno concedeu sua primeira benção aos fiéis como bispo da Diocese.

“Vamos caminhar todos juntos, cada um ajudando a carregar o andor...”


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Semana da Família de 13 a 19 de agosto

ARTIGO

De 13 a 19 de agosto, a Diocese convida todas as Paróquias a celebrarem a Semana da Família, neste ano com o tema “Família, uma luz para a vida em sociedade”. Padre Gaspar Gonçalves da Silva, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, convida os grupos de Família, e as Paróquias “a olharem dentro de nossas igrejas e desenvolverem ações para trabalhar o tema da família”. Padre Gaspar fala que a cada ano tem aumentado o comprometimento das paróquias com a temática da semana da família, e diz: “a família é um dom de Deus e deve ser o nosso grande motivo de agradecimento ao Deus de amor. A família é o lugar do amor. E as comunidades se unem, refletem, estudam, rezam, celebram na Semana da Família esse grande dom de Deus. ” Para animar esta semana, fala Padre Gaspar: “O Papa Francisco pede as comunidades que se comprometam com a família e a elevem como o centro da ação evangelizadora. Para isso, se faz necessário aproximar os nossos grupos, as nossas pastorais, os nossos sacerdotes, diáconos, todos os agentes da Igreja, para levar o tema da família como luz para a sociedade”. O tema do Subsídio Hora da Família 2017 é “Família, uma luz para a vida em sociedade”, está em sintonia com o impulso da Igreja no Brasil para que

seja percebida a importância das ações dos cristãos leigos e leigas na sociedade. O material propõe os sete encontros da Semana Nacional da Família, Leitura Orante da Palavra e celebrações em família. Padre Gaspar convida a todos os agentes da Pastoral Familiar e demais pastorais e movimentos a se envolverem nas celebrações da Semana da Família.

Oração do Papa Francisco as Famílias.

Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do amor verdadeiro, a Vós, confiantes, nos dirigimos. Santa Família de Nazaré, fazei também de nossas famílias lugar de comunhão e cenáculo de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. Santa Família de Nazaré, que nunca mais haja, nas famílias, episódios de violência, impasses e divisão; que quem foi ferido ou escandalizado seja prontamente consolado e curado. Santa Família de Nazaré, fazei com que todos tomem consciência do caráter sagrado e inviolável da família, de sua beleza no projeto de Deus. Jesus, Maria e José, escutai e acolhei nossa súplica. Amém.

AÇÃO EVANGELIZADORA

“Não quero ajudar nas Pastorais, vou a missa e me basta.” Parece ser esta a realidade de muitas de nossas paróquias. Às vezes me pergunto como entender esta sociedade individualista, onde poucos assumem compromissos? Um dos grandes desafios das nossas comunidades é como fazer para que os nossos ungidos e confirmados permaneçam na vida de comunidade e se interessem pelo anuncio do evangelho. Na justificativa de ausência e omissões em muitas decisões pastorais tem prevalecido a vontade individual. Sabemos que há muitos caminhos para se exercer a fé, mas a centralidade está na caridade, na liturgia

“Fazei com que todos tomem consciência do caráter sagrado e inviolável da família”

e catequese. Talvez seja necessário fazer um apelo para que o ser humano testemunhe a fé, na sua individualidade, quanto na sociedade, seja na família ou na Paróquia. Precisamos dar resposta, de como se encantar com o transcendente, como visualizar Deus no mundo. Por isso que uma visão individualizada da fé, limita a ação e o amor de Deus retirando do nosso meio a possibilidade de crer, deixando uma visão de Igreja somente como instituição, autoridade obscura e geradora de preconceito. Porém temos muita esperança em nosso meio. Sabemos que “Jesus veio para todos”, não precisamos inventar nada, apenas fazer o convite para a

Pe. Gaspar Gonçalves da Silva, Coordenador do CDAE

salvação e a construção do reino de Deus. Pois dentro desta individualidade, tão presente hoje, devemos encontrar o coletivo que está presente na liturgia, na caridade e na catequese, que tem por finalidade a abertura ao transcendente. Esta ação é Pastoral e deve ajudar a nossa comunidade a ser o cenário de Deus na sua vida e para todos. Como cristãos precisamos assumir comportamentos e escolhas que sejam coerentes com aquilo que cremos. Precisamos assumir com liberdade as opções de um cristão que quer seguir Jesus na vida, levando em conta os nossos afetos e as nossas relações. Um cristão com conhecimento pro-

fundo da sua fé não toleraria ser corrupto, não se deixaria corromper, não aceitaria fazer-se corrupto. Pois a sua verdade é outra. Estamos vivendo na Igreja, após a 55 Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o tema da “Iniciação a vida Cristã”. Iniciação que não quer dizer só começar, mas ir para dentro, conhecer em profundidade. Com este tema os bispos querem reinterpretar a catequese, para dinamizar as celebrações litúrgicas de modo tal que possam mergulhar naquilo que de fato creem e experimentar a alegria do que significa seguir Jesus Cristo e deixar-se ensinar e inspirar e modelar pela fé que professa.


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Assembleia Povo de Deus na Província de Maringá

Iniciação à vida cristã

Convite

O Santuário Santa Rita de Cássia, da Diocese de Campo Mourão - Pr, localizada na cidade de Barbosa Ferraz-Pr, convida os fiéis devotos de Santa Rita, para conhecer esse maravilhoso Santuário que é local de peregrinação, devoção e avivamento na fé. DIA 24 DE SETEMBRO A 1ª NOVENA MENSAL DEVOCIONAL. Programação: As 09h00 Santa Missa com o Sacramento da Crisma, Vídeo da Romaria de 2017 as 13h00, terço de Santa Rita, as 14h00 Novena Perpetua com a Missa das Rosas as 15h00.

ARTIGO

Forme sua caravana, romaria e participe. Informações: (44)3275 1430 email: santaritasantuario@hotmail.com Santa Rita de Cássia interceda por todos nós.

Com o objetivo de promover a organização pastoral do Regional Sul 2 da CNBB, vai acontecer nos dias 22,23 e 24 de setembro de 2017 na Província de Maringá (Diocese de Maringá, Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama) a ASSEMBLEIA DO POVO DE DEUS. O encontro será no Centro de Encontros Bom Pastor, em Maringá. O Bispo Diocesano Dom Francisco Javier Delvalle Paredes está convocando a participarem: a coordenação da Ação Evangelizadora; os 5 Decanos; 3 Diáconos; 5 MECES (1 por decanato); os coordenadores Diocesanos de Pastoral, Serviços e Movimentos; o coordenador Diocesano da catequese e 1 coordenador da Catequese por decanato e o coordenador Pastoral do Decanato. A Assembleia tem como Tema Principal a “INICIAÇÃO À VIDA CRISTÔ, compreendida como processo de crescimento na fé de forma gradual e permanente que visa a fé progressivamente adulta, convicta e comprometida na Igreja e no mundo. Dom Francisco Javier pede a todos que deverão participar da assembleia que reservem as datas desde já. E lembra que as assembleias são uma expressão de comunhão, colegialidade e corresponsabilidade pastoral. E convida a todos a estudarem os documento da CNBB sobre a “Iniciação à vida Cristã.” A nossa Diocese tem 60 vagas e deverá enviar as fichas de inscrição até o dia 30 de agosto.

CAMINHOS DE PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO

Estimados leitores, no último mês refletimos sobre o Cultivo da Palavra de Deus na Vida Familiar. Destacou-se a necessidade de novos caminhos pastorais para o desenvolvimento pleno das famílias (AL, n. 199-200), e para que isso se torne uma realidade concreta, fora apresentado os ensinamentos do Papa, que apresenta caminhos essências. Tais caminhos podem ser resumidos pelo acolhimento da Palavra de Deus, oração, Santa Missa. O Sumo Pontífice, declara que a família deve “compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística” (AL, n. 29). Prosseguimos neste mês, refletindo sobre: Algumas perspectivas pastorais, tendo em vista os caminhos de preparação para o Matrimônio. A Igreja deve preparar casais que sejam verdadeiras testemunhas da fé, para que possam ajudar os jovens casais de namorados a descobrirem a beleza e a riqueza do Sacramento do Matrimônio. Isso se faz necessário perante o contexto social ao qual estamos inseridos, onde há uma perda de sentido do sacramento e acima de tudo da vida familiar. Diante dessa perda de sentido, como Igreja, devemos ser colaboradores na preparação dos jovens para que progressivamente sintam-se preparados para assumirem o compromisso de unirem-se por meio do sacramento do Matrimônio. Deste modo, o Papa Francisco faz um convite para todas as comunidades cristãs “a reconhecerem que é um bem para elas mesmas acompanhar o caminho de amor dos noivos” (AL, n. 207). Nessa preparação e acompanhamento, deve-se ter em mente ser necessário formações adequadas conforme pede as diretrizes para o

sacramento do Matrimônio, porém, o Sumo Pontífice declara que não podemos saturar com demasiados temas os noivos. Neste sentido, já alertava Santo Inácio de Loyola: “Não é o muito saber que enche e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear interiormente as coisas”. Desta maneira, a prioridade deve ser a qualidade da preparação e não a quantidade, uma vez que se faz necessário ministrar palestras que realmente interessam, que sejam capazes de ajudar os noivos a se comprometerem com ânimo nessa iniciação ao sacramento do Matrimônio, lhes possibilitando “elementos necessários para poderem recebê-lo com as melhores disposições e iniciar com uma certa solidez a vida familiar” (AL, n. 207). Segundo o Papa, “[...] aprender a amar alguém não é algo que se improvisa, nem pode ser o objetivo de um breve curso antes da celebração do Matrimônio” (AL, n.208). O amor deve ser vivenciado desde o momento do namoro, pois, um namoro sincero transformar-se-á num belo casamento. A constituição pastoral Gaudium et Spes, definiu o Matrimônio como comunidade de vida e amor, colocando o amor como centralidade. Sendo assim, o amor vivenciado entre o casal implica doação de si mesmo, sinal de relação recíproca, visto que, esse é o desejo que corresponde ao desígnio divino. Quando há acolhimento sincero do Matrimônio, Jesus Cristo “[...] vem ao encontro dos esposos cristãos [...] e permanece com eles” (GS, n. 48-49), pois, é d’Ele que o Matrimônio e a família recebem a graça, para tornarem-se testemunhas da verdade (AL, n. 71.73). Os mais bem preparados para o casamen-

Seminarista Rodrigo Ferreira dos Santos, 3º ano de Teologia. rodrigoferreira-2011@ hotmail.com

to “[...] são aqueles que aprenderam dos seus próprios pais o que é um Matrimônio cristão, onde se escolheram um ao outro sem condições e continuam a renovar esta decisão” (AL, n. 208). Sendo assim, o Cultivo da Palavra de Deus na Vida Familiar, oração, fidelidade, diálogo, companheirismo, dentre outras qualidades humanas no seio familiar, tornam-se uma ajuda inestimável para que os filhos consigam serem bons cristãos no decorrer de suas vidas e consigam com o exemplo dos pais, constituírem a sua família, visando vivenciar as mesmas qualidades que outrora fora experimentado no transcurso de sua vida. Nunca se deve encorajar uma decisão de contrair Matrimônio se não há um amor autêntico, confiança, humildade e sinceridade nos noivos. Infelizmente muitos chegam a casar-se sem verdadeiramente se conhecerem, e nas primeiras dificuldades acabam separando-se. Assim, “Tanto a preparação próxima como o acompanhamento mais prolongado devem procurar que os noivos não considerem o Matrimônio como o fim do caminho, mas o assumam como uma vocação que os lançam para diante, com a decisão firme e realista de atravessarem juntos todas as provações e momentos difíceis” (AL, n. 211). O amor vivenciado nas famílias “é uma força permanente para a vida da Igreja” (AL, n. 88). Por meio desse amor as famílias celebram os momentos de felicidade e colaboram entre si nos momentos difíceis, tendo a certeza de que por meio da união e com o auxílio do Senhor, conseguirão superar as dificuldades, pois, Ele é verdadeiramente a fortaleza onde encontramos segurança (Sl 86,5).


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Quero ser padre A vocação é um chamado de Deus e uma resposta do homem (Ex 3; Is 6; Jr 1; Mt 4,18-22; Lc 5,111). Ela não é instantânea, mas um processo de escuta e cumprimento da vontade de Deus na vida. Ela é respondida com fé e a partir do sim (Lc 1, 26-38). Para isto é preciso reflexão, meditação e tomada de decisão. Para este momento de encontro e resposta a Deus, isto é, para o discernimento vocacional, a

Padre Pedro Speri, 64 anos, de uma família tradicionalmente católica, onde recebeu os primeiros fundamentos da fé (o valor da oração e a missa dominical), os quais ajudaram na vida. “Nunca me afastei da fé”, diz Padre Pedro. Estudei no Colégio Vicentino Santa Cruz nos anos de 1961 a 1963, ainda no Colégio velho e em 1964 no Colégio Novo. Nesse período, aprendi a valorizar a vida e o que possuíamos, nesse ano, recebi o convite feito pelo padre vicentino Tadeu Wrobel, para ingressar no seminário São Vicente de Paulo em Araucária, anos de muito aprendizado, quanto crescimento como pessoa e como cristão. “Deus realmente cuida de nós”. No Seminário, onde passei grande parte da formação, diz o padre: “ foi um período de lutas, às vezes em meio ao desânimo, cansaço, mas sempre confiante naquele que me chamou. Houveram momentos bons vividos no seminário, sobretudo, a convivência fraterna, às amizades. Não posso deixar de destacar, a riqueza que é o conhecimento oferecido pelo seminário tanto no curso da filosofia, como da teologia. A oração sempre acompanha a vida do seminarista. A missa, a via sacra, o terço, eram os meios onde encontrava força na caminhada rumo ao sacerdócio. Hoje, ao olhar para trás é perceptível o cuidado de Deus para

diocese promove os encontros vocacionais como caminho de descoberta e amadurecimento vocacional (1Sm 3,1-19). Estes encontros têm como objetivo auxiliar os chamados a tomarem uma decisão madura e em comunhão com a Igreja. Os encontros vocacionais não são para entrar diretamente no seminário, mas para ajudar o vocacionado a se encontrar como pessoa, como homem, e responder da melhor ma-

neira ao chamado de Deus. Na prática, muitos jovens decidem seguir em frente, após a devida aprovação da Igreja, e fazer a experiência de seminário, todavia, muitos também reconhecem que o seminário não é o seu lugar, mas outras vocações dentro da própria Igreja, tais como os diferentes trabalhos pastorais e movimentos, a vida familiar ou até mesmo a religiosa. Se você que lê este jornal e se

sente chamado, participe do próximo encontro e escute a voz do Senhor que diz: CORAGEM! ELE TE CHAMA. LEVANTA-TE (Mc 10,49). Caso você conheça alguém que está em dúvida e ainda não tomou iniciativa, motive e estimule as vocações sacerdotais. Divulgue o trabalho de animação vocacional. Informações no Seminário Propedêutico São José com o Padre Ricardo Arica Ferreira. seminariosaojosecm@hotmail.com

Padre Pedro: Tudo na minha vida é providencia de Deus. comigo. Através dos retiros, palestras, direções espirituais, fui respondendo com mais generosidade o chamado de Deus. ” No dia 29 de novembro de 1976, aconteceu o grande dia. Após a ordenação foi trabalhar no Seminário menor em Araucária. No ano seguinte tornou-se pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios em Araucária. Em 1983 Diretor de Filosofia no Seminário da Orleans em Curitiba. Neste período estudou Serviço Social aa PUC de Curitiba. De 1986 a 1989 trabalhou como Reitor do Seminário de Teologia em Curitiba. No ano de 1989, retornou para a Diocese de Campo Mourão e trabalhou como pároco na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Goioerê. Passou por várias paróquias da diocese e hoje é o pároco da Paróquia Santo Antônio em Araruna, onde reside sua mãe, Ângela Maria Hercules Speri com 86 anos de idade. Segundo o sacerdote, vive um tempo abençoado, de muito crescimento e na certeza de trabalhar incansavelmente em prol do Reino de Deus, para que Deus seja tudo em todos (1Cor. 10,28). “Nesses quarenta e um anos de padre, muitas coisas me marcaram, passei por muitas horas amargas que me fizeram sofrer. Mas o decisivo são as pessoas que entram em nossa vida, primeiro foram os irmãos de comunidade, os

padres da diocese, o povo das comunidades, mas de modo especial a minha família, que sempre me acompanhou e incentivou, principalmente quando me sentia sozinho, nos lugares em que trabalhei.” Seguindo diz o padre, também enfrentou momentos difíceis, por ex: quando optou em sair da congregação dos Vicentinos e se tornar padre Diocesano. Mas tanto as dificuldades, quando a solidão foi um desafio vencido no relacionamento com Deus, na vida de oração e no serviço ministerial. Vencido também com verdadeiras e profundas amizades. “Sou um homem igual aos outros – com fraquezas e limitações -, mas fui sagrado sacerdote pelo Bispo Dom Elizeu, tive convivência com Dom Pedro Fedalto, Arcebispo de Curitiba, com Dom Virgílio que me aceitou na diocese e me incardinou, Dom Mauro e Dom Francisco Javier pela boa convivência de Pastor, ” destacou padre Pedro Speri. O “Ser Padre”, como recorda, é ser ungido por Deus para ser diferente, ser sinal, exemplo, modelo, pastor. Dessa maneira sou feliz em ser padre. As alegrias são diversas e infinitamente maiores, graças a Deus, na quantidade e na qualidade. Poder ser para as pessoas um pai espiritual, acompanhá-las, poder trazer Jesus para elas, perdoar os seus pecados… Eu gosto muito de viver momentos diferentes; não só como padre, como celebrante, mas como amigo, irmão. Afinal, Jesus prometeu o cêntuplo para quem deixasse tudo por Ele. ”

Hoje, como o padre mais experiente da diocese, tenho a preocupação de não cair no aburguesamento. Carro novo, paróquia bem estruturada financeiramente, – distanciamento do povo, pouca espiritualidade e uma igreja de quintal: FACHADA. As pastorais individualizadas, onde o Cristo as vezes tem que seguir a espiritualidade do padre. Jornal Servindo: Sua mensagem final para os Padres e leitores do Jornal. Padre Pedro Speri: Sempre falo aos meus colegas padres, e hoje, como coordenador do clero na diocese, digo: “Sejam fiéis ao chamado que vocês sentiram no coração. Mesmo que, em determinado momento, seja fraco, tão baixinho que mal dê para escutá-lo. Rezem, sejam íntimos do Senhor e de Nossa Senhora. Deixem-se acompanhar, não escondam nada, absolutamente nada, porque toda verdadeira vocação é provada como o ouro e a prata (Prov. 17,3). Não tenham pressa, tudo vem com o seu tempo, principalmente a maturidade, a sabedoria e a santidade. Não devemos esquecer de ser, antes de tudo, verdadeiros orantes, mestres da vida espiritual, da oração. Sejam felizes, sejam de Deus. E por fim, convido a você que está lendo esse testemunho a perguntar a Deus o que Ele quer da sua vida e não temer a reposta e, com coragem, se doar ao serviço de Deus, que sempre cuida de nós. Deus abençoe e guarde.


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“O exemplo de pais cristãos é o primeiro despertar para uma vocação, seja a serviço da igreja, ou da sociedade”

Família, o berço das vocações Assim como os pais influenciam o filho a uma boa profissão, a ter caráter e a gostar, ou não gostar de algumas coisas, também, é na família que se aprende a fé. São os pais o primeiro exemplo de vida cristã para os filhos e, depois, numa sequência cronológica, os catequistas, os professores, os padres e outros fiéis. Neste mês de agosto, o Jornal Servindo foi ouvir o testemunho de família do Sr. Agostinho Grasso e da Sra. Otília Souza Grasso. Nascidos na Região de Tubarão Santa Catarina, o Sr. Agostinho vem de uma família descendente de italianos de 24 irmãos. A Sra Otília, de família portuguesa tinha 14 irmãos. Casaram-se em 1952, ele com 20 anos ela com 17 anos. Uma semana após o casamento vieram para Ivatuba começar a vida. Muito trabalho, grandes desafios. Em Ivatuba nasceram os oito filhos, Maria das Graças, Lucélia, Luzia Terezinha, Jair, Maristela, Joacir, Maria Aparecida e Joraci. Trabalhava na agricultura, com plantação de café. Em 1967 uma grande geada devastou as lavouras de café, logo em seguida uma seca facilitou com que o fogo destruísse os demais cultivos, inclusive o milho engaiolado, fazendo a família perder tudo. Esse episódio fez com que em 1967, viesse para Campo Mourão comprar café, pois havia muito fruto estocado. Morando perto do estádio fez amizade com o Prefeito da época Antônio Teodoro de Oliveira e em seguida compram uma máquina de sociedade e se tornam mourãoense de coração. A entrevista iniciou-se com uma conversa alegre, interessante, mas com uma profundidade de experiência e vivência de amor muito grande. Disse seu Agostinho no começo da

conversa: “Ao pensar na minha família, sempre pensei num lugar luminoso e alegre, como foi o da Sagrada Família. Com uma tranquilidade de fé vivida. Sempre nos dedicamos para melhorar economicamente a família, as relações com os outros, o cuidado e a educação dos filhos e estar sempre presente na comunidade da Igreja.” Seu Agostinho complementou “Nunca faltou para nós a fé e a esperança, mesmo diante dos problemas e das dificuldades, nunca faltou o diálogo e a escuta entre nós e também com os filhos. Aprendi com meu pai que em primeiro lugar Deus e a oração e depois todas as outras coisas. Dona Otília fala com sabedoria “O que os filhos procuram no Pai e na Mãe é um testemunho do valor e do sentido da vida, os pais educam com o exemplo, com os conselhos. Os pais precisam ter a prática da justiça, pois tratam todos os filhos de maneira igual, amam todos, mas cada um diferente. Acho que isso deixou eles fortes e abertos para enfrentar as situações e levar eles a testemunhar

o amor a Cristo na Igreja e na sociedade.” Para o patriarca da família a educação “É responsabilidade dos Pais, é uma grande missão, precisa ter compreensão, saber ensinar, saber amar e dar bom exemplo. O bom é ser amigo dos filhos(as), à quem eles podem confiar seus problemas e esperar uma ajuda, uma resposta. Eu acho que os filhos é o que temos de mais importante, mais importante que os negócios, do que o trabalho, do que o descanso.” Dona Otília fala ainda que é “importante escutar os filhos, dedicar tempo a eles, mostrar que confia neles. Eu deixei o

“Nunca faltou para nós a fé e a esperança, mesmo diante dos problemas e das dificuldades...”

meu trabalho de professora para me dedicar aos filhos. Era preciso ir ao encontro deles e rezar por eles. A confiança que a gente coloca no filho, quando ele faz alguma coisa errada ele mesmo se envergonha e se corrige.” O seu Agostinho, por confiar na família, na educação dada e exemplo deixado, sempre deu muita liberdade para os filhos. Para ele: “a decisão sempre foi deles, eram livres para escolherem, mas nós como pais, quando necessário dar conselhos, puxar a orelha, nós fazia. Formar uma família afeta a vida inteira, requer responsabilidade. Eles vinham pedir conselhos. eu sempre dizia que a gente não pode decidir sem a graça de Deus e a benção dos pais.” Para o casal os pais são uma ajuda preciosa para os filhos descobrirem outros motivos para viverem, eles precisam contar com a experiência dos pais, o que deu certo e o que deu errado. “Isso ajuda eles a fazerem as escolhas, tomar decisão. Os pais devem cuidar, para não educar os filhos a partir das suas preferências, mas confiar que Deus dá a cada um uma aptidão.” Dona Otilia fala que é “ normal que os jovens e os adultos vejam as coisas de modo diferente. Sempre foi assim. Seria ruim, se eles pensassem como nós que somos mais velhos. Eu levei tempo para compreender que meus pais tinham razão em muita coisa, que era a experiência do amor por nós. Por isso eu falo para os meus filhos e filhas que eles precisam facilitar o entendimento, eles já passaram por isso, e devem evitar os conflitos com amor inteligente. A família Grasso, se reúne todos os finais de semana na casa de um dos seus membros da família, onde partilham a amizade e se fortalecem no amor.

Seu Agostinho fala com brilho nos olhos que “A família unida é o normal, a gente precisa saber conviver, compreender um ao outro e sempre desculpar. As vezes surgem algumas desavenças, mas logo passa. Nossa família é muito unida, hoje nós somos em 27 (4 gerações), entre filhos, genros, noras, netos e bisneta. No domingo nos reunimos, rezamos (cada um faz suas obrigações religiosas). Conversamos, brincamos, jogamos baralho e o domingo passa de um modo muito bonito. Pois entendemos que o domingo é o dia do Senhor e da Família.” Os nossos filhos, disse seu Agostinho, “todos casaram e graças a Deus formaram uma família cristã. Estão na Igreja, trabalham na Igreja, minha esposa foi catequista, e hoje minhas filhas e neta são catequistas, uma filha é ministra da Eucaristia, estão na pastoral Familiar, meu neto canta na Igreja e até a bisneta de sete anos participa da liturgia na missa. Fico feliz, porque nós conseguimos educar e ensinar a serem bons. Parece que a Igreja é uma extensão da nossa casa, nós vamos na missa, os padres vêm aqui em casa. Quantas vezes os padres, os bispos estiveram em casa. É uma das grandes alegrias sentirmos a presença do divino dentro do nosso lar. Dona Otília também foi muito dedicada a religião, foi filha de Maria antes de casar, depois cantamos no coral, foi catequista e hoje faz parte do Apostolado de Oração. “Em casa nunca faltou a oração, desde criança aprendi com meus pais a colo-


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O JOVEM LEIGO NA IGREJA MATHEUS AZEVEDO DA CRUZ

“O que os filhos procuram no Pai e na Mãe é um testemunho do valor e do sentido da vida...” car o Senhor como o primeiro fundamento, primeiro afeto, a tratar Deus como Pai e a Virgem Maria como Mãe e aprendi a rezar seguindo o exemplo de meus pais.” Diz a Sra. Grasso Para a família Grasso, a fé é vivida e testemunhada nas pequenas ações do dia a dia, é fundamental para a superação das dificuldades que sempre enfrentamos. Não podemos fazer da fé apenas uma experiencia de ser vivida na Igreja, é preciso trazer para a vida a graça de Deus, encarnada na sociedade. Hoje a família Grasso é formada por gente simples, humilde e batalhadora, que souberam pela fé superar as dificuldades e se tornaram na sociedade um exemplo de superação e vivência de uma verdadeira esperança na Graça Divina. Profissionalmente a família é bem-sucedida: empresários, doutores, advogados, juízes, títulos que não tira deles a origem humilde e religiosa, mas que se destaca pela fé. “Quando a gente se reúne nos domingos, sempre rezamos juntos, de forma simples e natural praticamos a nossa piedade que sempre vivemos na família e entendo que são maravilhosas.” Fala o casal emocionado. Seu Agostinho fala com saudades do padre Francisco, que muito lhe ensinou e mostrou os caminhos da oração, da caridade e do amor ao próximo. “Con-

vivi com os 4 bispos de Campo Mourão e a agora o quinto. Dom Elizeu foi um grande amigo, assim como todos, mas eu ainda homem novo, pude aprender e compreender muitas coisas com os seus ensinamentos e a sua amizade.” Dona Otília diz que: “ A oração diária faz com que Deus não seja um estranho na nossa vida, ou que se vá apenas buscar uma vez na semana à Igreja, no domingo. Deus está na nossa casa, Deus está na nossa família. Digo com gratidão que continuo a rezar as orações que aprendi quando era criança dos lábios de minha mãe. Essas orações me levam a Deus e peço a Deus que aumente a felicidade daqueles que eu amo.” Para a família Grasso, a fé é vivida e testemunhada nas pequenas ações do dia a dia, é fundamental para a superação das dificuldades que sempre enfrentamos. Não podemos fazer da fé apenas uma experiencia de ser vivida na Igreja, é preciso trazer para a vida a graça de Deus, encarnada na sociedade. Hoje a família Grasso é formada por gente simples, humilde e batalhadora, que souberam pela fé superar as dificuldades e se tornaram na sociedade um exemplo de superação e vivência de uma verdadeira esperança na Graça Divina.

Formado em Agronomia em 2016, hoje trabalha em Toledo (PR) como promotor de vendas de uma multinacional, sem perder o vínculo religioso com a Igreja de Campo Mourão. Esse é o jovem Matheus Azevedo, 22 anos, coordenador dos acólitos da Paróquia São Francisco de Assis. Esse é o testemunho de um jovem fiel. Nascido em Campo Mourão, estudei o Ensino Fundamental e Médio no Colégio Vicentino Santa Cruz. As atividades na igreja começaram através de um convite do padre Ricardo Arica, que no ano de 2015 estava como pároco da Paroquia São Francisco de Assis, lugar este que iniciei minhas atividades como acólito. Atualmente sigo servindo a Igreja, como Acólito e Coordenador do Grupo de Acólitos da Paroquia São Francisco de Assis, junto com o Walter, também acólito, que me auxilia. “Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi (Jo 15,16)” e “Eu não vim para ser servido, mas sim para servir” (Mt 20,28) são duas passagens que resume parte da vida de um homem que tem a Vocação de Leigo. Essa vocação pode ser despertada em qualquer cristão que esteja incorporado a Cristo pelo Batismo e que não seja membro das Sagradas Ordens. O leigo procura o Reino de Deus através de funções temporais, como exemplo, a Pastoral de Acólitos. Tendo sempre como dever especial, transmitir espiritualidade Católica para a comunidade, podendo ser através de funções em pastorais, serviços a comunidade, testemunhos de Cristo e tudo mais que possa externar a Palavra de Deus. Fazendo assim, com que a comunidade tenha mais conhecimento sobre a Igreja. Leigo é o reflexo de Cristo na comunidade. Matheus fala sobre o espaço que a Igreja dá para a atuação do jovem. “A Igreja tem dado espaço para o Jovem! Mas, volto a pergunta: “O Jovem, tem dado espaço para Igreja? Todos aqueles jovens que buscam uma vida estruturada, com bases solidas, estão na igreja. Basta procurar que todas as paroquias da nossa Diocese têm portas abertas ao jovem: Pastoral Juvenil, Pastoral de Acólitos, Pastoral de Musica, Oficinas de Teatro, são tantas pastorais e movimentos. Há lugar para todos, e quanto mais, melhor. Pois a messe é grande e os operários são poucos. (Lc 10,2) A maior concentração de pessoas em nosso país está entre 14 e 25 anos. O jovem que é visto na Igreja está motivando outros a busca-

rem a igreja também. Por exemplo, quando os acólitos estão no presbitério servindo a Eucaristia outros jovens estão observando. Se a cada Santa Missa um demonstrar interesse em se aprofundar na vida Cristã, com o tempo outros tantos estão seguindo o mesmo caminho. O testemunho motiva outros a viverem a fé. Matheus fala de seu espaço como leigo na Igreja, comprometido: “Eis-me aqui Senhor o seu servo”, Sou um servo de Cristo. Ele me escolheu, dentre tantos outros que são mais capazes, e me capacitou. Servir a Deus e levar para a comunidade a Sua Palavra é a minha missão, é a nossa missão. Sempre sendo sal e luz (Mt 5, 13-48) na vida dos amigos, na família e nos lugares onde estou. Não deixo de viver como jovem por estar na Igreja, tenho minha família, tenho namorada, amigos, frequento festas, sou jovem! Mas também tenho minha crença e vivo por ela. Sei que só serei um bom homem se souber construir desde já um alicerce firme capaz de me sustentar no futuro. Por isso, sigo minha vida unido a Cristo, seguindo as pegadas deixadas por Ele. O desafio é grande, saber conciliar minha vida profissional, as longas viagens que faço sempre sozinho, a assistência da família e amigos, mas meu coração não se afasta de Deus. Hoje os trabalhos pastorais são facilitados pelas redes sociais, pois estou longe da paróquia, mas próximos daqueles que Deus me confiou. Sempre estou conectado com os outros jovens acólitos, tirando dúvidas, dando instruções e formação. Acho que assim deve ser o jovem na Igreja, na busca pela santidade. Como dizia São João Paulo II: “Ser santo de jeans e tênis”.


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Giro de notícias

Núcleo paroquial de juventude da Paróquia São Judas Tadeu de Terra Boa promoveu no domingo dia 09 na Matriz o encontro ORA, JOVEM! em preparação para a jornada diocesana da juventude, encontro Regional dos jovens Dehonianos em São Paulo e também para um encontro Geração/17 em Curitiba.

Celebração Eucarística e Batizados na Paroquia São Pedro de Roncador, realizado no dia 16 de julho, foram realizados 15 batizados. O celebrante foi o Padre José Gonçalves de Almeida, pároco da Paróquia São Pedro de Roncador.

Paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol, realizou no dia 02/07 o curso de preparação para pais e padrinhos do batismo. O curso foi realizado na Paróquia e contou com a presença de 37 casais.

Imagem peregrina de Nossa Senhora do Rocio acolhida pelas crianças e comunidade paroquial, na Santa Eucaristia presidida pelo Pe. Gaspar, domingo (09), 11h, na Igreja São Francisco de Assis, com o canto Rainha do Paraná e também a Oração de Consagração.

Missa em louvor ao Sagrado Coração de Jesus, realizada no dia 23 de junho na Paróquia Nossa Senhora das Candeias de Goioerê. Neste dia, o Apostolado da Oração ganhou 09 novos membros, que foram consagrados ao Coração de Jesus

Jovens da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição em preparação para a 9ª JDJ. Noite de oração mariana orientado pelo Cenáculo com Maria e a juventude de Mamborê. Oração e Trabalho.

Entre os dias 15 e 16 de Julho de 2017 a equipe de Coordenação Diocesana das CEBs de Campo Mourão, participou do Catorzinho, na cidade de Londrina. Evento este que propicia uma pequena amostra para o 14° Intereclesial das CEBs que acontecerá no ano de 2018.

Na Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, dia 16 de julho, Dom Francisco Javier presidiu a Santa Missa no Carmelo. Bênção e entrega de escapulários, coroação e confraternização fizeram parte da festa.

Participe do Giro de Notícias: jornalservindo@hotmail.com

No dia 14 de julho, a pedido de Dom Bruno Elizeu Versari, Bispo Coadjutor da Diocese de C. Mourão a Pascom organizou uma Coletiva com a imprensa de Campo Mourão. Agradecemos a presença de todos. “Comunicar a esperança e confiança no nosso tempo”.


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Visita de Dom Bruno à sede da Coamo. Na ocasião acompanhado pelos padres Jurandir e Adilson e acolhido pela presidência executiva da cooperativa. Campo Mourão 31 de julho de 2017.

No dia 15/7/2017 na paroquia Santo Antônio de Araruna aconteceu mais uma etapa da formação da Escola Bíblica Catequética com todos os catequistas da paroquia, o tema do encontro foi Liturgia e Catequese.

Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição. Missa no salão comunitário setor 08. Celebrante Padre Valdecir Liss. Dia 14/07/17.

Catequistas da diocese de Campo Mourão na Escola Regional Emaus em Curitiba com o assessor nacional da Catequese Pe. Antonio Depizzoli. 14/07/17

Padre Ivan como missionário na Missão Católica Beato Paulo VI em Quebo, na Guiné Bissau junto com crianças mulçumanas. 30 de julho de 2017.

Primeira Missa Presidita por Dom Bruno, como Bispo Coadjutor, na Catedral São José - Campo Mourão 15 de julho de 2017

Participe do Giro de Notícias: jornalservindo@hotmail.com

Visita da Imagem de Nossa Senhora Chama do Amor do Imaculado Coração de Maria. Movimento presente há 6 anos em Campo Mourão. Toda Segunda feira as 20h00 terço na casa das famílias. Celebrante Padre Carlos, Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São João Paulo II.

A IAM (Infância e Adolescência Missionária), realizou no dia 22/07, na CDF Dom Eliseu Simões Mendes, o Encontro de Líderes Missionários (ELMA). Teve a participação de 61 crianças e adolescentes. O encontro foi coordenado por Pérsio Pereira Vitória, coordenador do regional Sul II.

Visita Pastoral de Dom Bruno ao Carmelo de C. Mourão e Novena em Honra a Nossa Senhora do Carmo - 10 de julho de 2017


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Quero ser Religiosa

Na Igreja há várias formas de organização da vida religiosa consagrada feminina. Existem mais de 800 congregações e com carismas muito distintos, seja na missão, na organização da comunidade, na disciplina de vida, etc. A Vida religiosa Consagrada encontra, na comunidade cristã, sua vocação como lugar do testemunho do Reino de Deus que está para vir. A diferença mais significativa pode ser entre as de vida “ativa” (com mobilidade apostólica e intenso trabalho pastoral) e as de vida “contemplativa” (mais voltadas para a oração e a vida comum no convento). O que elas têm em comum é que reúnem mulheres que querem se consagrar ao Senhor e

gastar sua vida na promoção do Reino de Deus. Se você sente esse desejo então é sinal que pode ter vocação religiosa. Jovem, você que busca um sentido para sua vida, que está aberta a um chamado a ir mais longe, deixe-se encontrar por Cristo que conta contigo. Não tenha medo de seguir seus passos e de se consagrar a Ele, deixando sua vida ser testemunha do seu amor, profecia de vida, esperança num mundo que já não espera. Seria interessante conhecer de perto o trabalho de alguma congregação e depois ser acompanhada vocacionalmente por algumas delas. Todas as congregações têm uma irmã respon-

“Seduziste-me Senhor, e eu me deixei seduzir. Foste mais forte do que eu e venceste” (Jr 20,1) Foi nesse diálogo, num clima de inquietação que nasceu minha história vocacional durante uma reflexão feita por uma religiosa da congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria, Ir. M. Antona. A partir de então, meus pais, católicos de admirável testemunho, assumiram juntos o chamado para que eu, ainda adolescente pudesse ter a clareza da meta almejada. Tem muito sentido para mim, contar que meu pai Pedro Makiyama veio de Nagasaki, católico convicto e minha mãe Luiza budista até 18 anos, nasceu em Hiroshima. Com 12 irmãos, formamos uma comunidade de discipulado, marcado pela união, harmonia, trabalho e alegria, valores que perduram até os dias atuais. Trocar o mundo rural de Ubiratã por uma grande cidade de Maringá e estudar no Colégio Santo Inácio onde fiz todo ensino fundamental e médio, foi desafiante, custou suor e lágrimas. Logo em seguida, ingressei no Postulantado e Noviciado onde se deu os

primeiros passos no conhecimento e no aprofundamento da Vida Consagrada. Dessa etapa de formação marcante foi a vida do nosso fundador, bispo diocesano de Osnabruck-Alemanha, que em 1914 ano que irrompeu a I Guerra Mundial, com apenas 37 anos assumiu uma imensa diocese, cuja superfície era superior aos países da Holanda e Bélgica somadas. Impulsionado pelo seu lema “O amor de Cristo nos urge” e vendo as muitas de suas “ovelhas abandonadas” após a guerra, em 1920 fundou a congregação imprimindo a missionariedade nos passos de Maria, como carisma da congregação. Tudo isso foi de suma importância pois deu direção para o meu futuro. Feito os primeiros votos, fui incumbida para trabalhar na formação das aspirantes, tempo esse, muito rico para confrontar, aprofundar e firmar minha própria vocação. Após ter dedicado alguns anos na área educacional no Colégio Santo Inácio-Maringá e no Colégio Santo Antonio-Ubiratã, e fiz

sável pelas vocações, é a ela que você deve procurar em primeiro lugar. E em todo o tempo de preparação deve-se rezar muito, considerar o amor a Deus e à Igreja e pedir as graças que

confirmem sua vocação. Na diocese temos o Serviço de Animação Vocacional e a Pastoral Vocacional que são espaços que podem lhe ajudar em seu discernimento.

experiência muito rica numa entidade chamada PROMEC- Proteção ao Menor Carente de Sarandi. Uma escola profissionalizante que acolhia crianças e adolescentes cujos pais trabalhavam dia todo fora e eles ficavam sozinhos em casa. Nessa época fiz pós-graduação em Psico-pedagogia, para melhor compreender e atender os chamados pela sociedade, “ moleques de rua”. 20 anos se passaram e no grupo do whatsapp, Gratidão é a palavra mais repetida, desse tempo que marcou a vida deles. Isso é gratificante para mim. E finalmente realizei meu sonho de trabalhar na Pastoral. Parti para missão em Cuiabá-MT, numa comunidade inserida. Lá coordenei a pastoral paroquial, dando atenção especial à juventude. A dura realidade de assentamentos, ocupação de terras, violência, pobreza, desemprego, ... levou-me a inserir nas pastorais sociais e nos movimentos populares. Nesse contexto nasceu a escola bíblica do CEBI - Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, em Cuiabá, onde nos unimos à Igreja Luterana para estudar a Bíblia e assim fortalecer a nossa caminhada. Desde então, senti o sabor da Palavra. Em 2007 voltei ao Paraná. Vim fazer parte da comunidade de Irmãs na paróquia Santa Teresinha - Campina da Lagoa. Propomos desde o início dinamizar os grupos de reflexão para formar uma rede de comunidades, dando formação bíblica para lideranças. Hoje assumo com prazer a escola bíblica paroquial, decanal, dos catequistas e de Ubiratã. Como esse trabalho requer

uma constante atualização tive oportunidade de fazer pós em NT e o Centro Bíblico Verbo – SP, é o poço onde me abasteço sempre. Outra missão que abracei com alegria, na diocese de Campo Mourão a pedido de D. Xavier: a coordenação das CEBs – Comunidades Eclesiais de Base. Percebo que, através das CEBs o leigo assume o seu papel de sujeito eclesial e de protagonista na evangelização. É muito bom ser religiosa. Uma pessoa consagrada experimenta o amor gratuito e livre vive. Ela é sinal, que aponta outro mundo possível de viver. Leva o abraço de Deus, aos homens e mulheres que vivem numa cultura do desencontro, da fragmentação, da competição, do descartável. Venha você também jovem, somar conosco, engrossar a fileira. A nossa revolução passa pela ternura de Maria, pela alegria do Evangelho e pela novidade do Espírito.

Ir. Helena Makiyama Missionária do Santo Nome de Maria


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9ª JDJ reúne jovens da diocese

ARTIGO

A Setor Juventude da Diocese de Campo Mourão realizou no dia 23 de julho a 9ªJornada Diocesana da Juventude. Neste momento em que a Igreja Católica do Brasil celebra o Ano Mariano o tema escolhido para a JDJ, foi: “O poderoso fez para mim coisas grandiosas” (Lc 1, 49) A 9ªJDJ, que é uma versão diocesana da jornada Mundial da Juventude, foi sediada pela Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição,de Mamborê, O evento foi realizado no Parque de Exposição da cidade, destinado a toda a juventude diocesana nas diversas expressões e carismas, pois é um ponto de encontro para a celebração da caminhada dos jovens na diocese. A Jornada contou com a presença de cerca de dois jovens inscritos, vindos das 16 expressões juvenis presentes na Diocese de Campo Mourão. O Evento contou com momentos de louvor, catequeses, Adoração ao Santíssimo Sacramento, apresentações culturais. A jovem Adaiane Giovanni, coordenadora do setor juventude da Diocese motivou a juventude dizendo que: “O

amor de Deus é incondicional, não importa sua personalidade. Ele apenas deseja prevalecer em sua vida. O aceite como Mestre. Deixe suas maravilhas operar em sua caminhada. Verás que a batalha será mais fácil, pois contará com um fiel amigo ao seu lado – Jesus. Seja um jovem pertinente em suas escolhas.” A Jornada Diocesana da Juventude é um momento de encontro do bispo diocesano e dos padres com os jovens. Ela acontece desde a década de 80, por instituição do Papa São João Paulo II.” “O Papa São João Paulo II começou as jornadas mundiais primeiro com uma jornada diocesana, em Roma. E de lá para cá, as jornadas mundiais têm acontecido de tempos em tempos. Mas todos os anos acontece a JDJ em âmbito diocesano. O bispo se reúne com os jovens. Temos nos reunido com Dom Francisco Javier e este ano também com o Bispo coadjutor Dom Bruno Elizeu Versari. Esse encontro nos dá ânimo para mostrar que a juventude está viva, quer algo a mais para viver”, Completou Adaiane Segundo o padre Valdecir Liss, responsável pela paróquia e anfitrião, “A

Igreja, por meio da Jornada Diocesana da Juventude, busca criar um espaço privilegiado para que os jovens cristãos testemunhem e falem, de maneira convicta, aos jovens, que vale a pena seguir Jesus Cristo e ser membro ativo de sua Igreja.“ Durante o encontro,a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que está no Santuário Diocesano em Campo Mourão, foi entronizada pelos jovens que participaram da romaria ao Santuário Nacional, em Aparecida, SP, fazendo parte da celebração do Ano Nacional Mariano. Dom Bruno, no seu discurso para os jovens agradeceu afetuosamente a todos. “Que bom que vocês vieram. Bem-vindos! Pelas mãos de Maria, Mãe de Deus e nossa, Deus derrame bênçãos sobre este encontro, sobre todos nós.” Em sua Catequese, o bispo falou que Maria, “assumiu as consequências do seu sim, e essas consequências marcaram a vida de muitas pessoas, muitos jovens. Nós precisamos fazer com que o nosso sim, de jovem hoje, faça a diferença na Igreja, na sociedade, na família, nas vocações. Esse sim deve produzir vida e vida jovem. ” Concluiu Dom Bruno. A coordenadora diocesana do Serviço de Animação Vocacional, Daniely Chi-

“Pai, pai, pai, pai nosso que estás no céu...”

Um vídeo que circula na internet mostra a escritora Adélia Prado cantando com uma imensa e eclética platéia, a oração universal do Pai nosso. Emociona mais ainda ao saber que a oração está sendo feita pelo nosso amado Brasil... Na união e oração está a esperança de um Brasil melhor! Independente da religião, da cultura, da civilização, da língua, nos momentos de aflição as pessoas deixam sempre escapar de seus lábios um: Ai meu Deus! Oh my God! Dios mio!Mon Dieu! Mio Dio! Mein Gott! Moj Bog!(croata) e tantos outros idiomas... E esse grito está nas bocas até mesmo de pessoas não crentes mesmo. É um grito que brota do nosso inconsciente coletivo e nos remete a nossa pequenez diante das contingências da vida, quando sabemos que não podemos dar conta do recado sozinho e reconhecemos humildemente que precisamos de ajuda clamando sempre pelo Pai. Mas que imagem de Pai temos então diante de nós? Ao invocá-Lo como Pai nos colocamos em “relação de confiança com Deus, como uma criança que se dirige ao seu pai, sabendo ser amada e cuidada por ele. Essa é a grande revolução que o cristianismo imprime na psicologia religiosa do homem. O mistério de Deus, que sempre nos fascina e nos faz sentir pequenos, porém, não causa medo, não nos sufoca, não nos angustia. Essa é uma revolução difícil de acolher em nossa alma humana.” “Todo

o mistério da vida cristã está resumido aqui, nesta palavra: ter coragem de chamar Deus com o nome de Pai.” nos diz o papa Francisco na sua catequese semanal com o título: “A paternidade de Deus, fonte de nossa esperança.” E esta é a imagem dos pais da atualidade que nos queremos celebrar neste segundo domingo de agosto. Pais que acolhem os filhos deste a gravidez, que praticamente engravidam juntos com a mãe e acompanham-na até mesmo nas difíceis e alegres horas do parto (mesmo que alguns até desmaiem...). Pais que carregam seus pequerruchos com o maior cuidado com medo de machucá-los e acompanham todo a seu crescimento desde o recém nascido que chora para mostrar suas necessidades, a bebê que aprende a sorrir, a balbuciar, a dar os bracinhos, a engatinhar, andar, falar... A maior retribuição ao carinho recebido é quando diz Papai e abre seus bracinhos para aquele abraço gostoso. Os pais de hoje na sua maioria não tem nada a ver com os de antigamente que corrigiam seus filhos com o olhar, que impunham medo, distância, que sufocavam, angustiavam seus filhos para não perder autoridade. Graças a Deus, os pais estão descobrindo a indescritível alegria da paternidade e estão cada vez mais sendo “Pais tipo mãe. Esse então é uma beleza!” nos diz Silvia Ortoff no seu maravilhoso livro infantil ” Se as coisas fossem mãe”. E se os pais não tive-

quetti, falou sobre afetividade e sexualidade com ênfase na questão vocacional. Disse ela: “Quanto mais eu me conheço, mais eu me aproximo daquilo que Deus quer para mim. ” A Celebração Eucarística foi presidida pelo Pe. Wagner Amaro Branco assessor diocesano do setor juventude e concelebrada pelo Pe. Gaspar Gonçalves da Silva, Pe. Valdecir Liss, Pe. Paulo Versari Conceição e Pe. Ediberto Henrique de Mercena. O encerramento foi com um show, com a presença da Banda Ancilla Domini da Comunidade Fraternidade O Caminho de Campo Mourão.

Maria Joana Titton Calderari, graduada em Letras pela UFPR, especialização em Filosofia pela FECILCAM e Ensino Religioso pela PUC. majocalderari@yahoo. com.br

ram essa oportunidade quando do nascimento de seus filhos, Deus lhes dá uma segunda chance com a chegada dos netos. O gritinho alegre chamando pelo vovô, o abraço carinhoso e confiante quebrar a dureza que possa existir em qualquer coração. A confiança com que se jogam nos braços do pai com açúcar = vovô nos remete ao insondável mistério de nossa vida, que nos faz também nos jogarmos no infinito, certos de que nosso Pai não nos abandonará... Como aquele menino que brincava tranquilamente em um navio em plena tempestade, sem o menor sinal de medo, preocupação, ansiedade. Perguntado se não estava com medo, respondeu calmamente: Não. Meu pai é o capitão do navio! Nessa nossa difícil travessia por estes mares tão atribulados da história do Brasil, com tantas intermináveis revelações diárias do assalto coletivo dos nossos governantes à riqueza do nosso país, como precisamos de um capitão-pai que conduza esse navio ao porto seguro... Somente Deus pode nos ajudar e iluminar as consciências de nossos mandatários, juristas, políticos corruptores, empresários corrompidos... Se conseguirem ludibriar os tribunais terrenos, não escaparão do julgamento eterno de Deus! Parabéns a todos os pais que cuidam de seus filhos e dos filhos desse imenso Brasil como Deus cuida de nós! Boas vindas á Dom Bruno, o novo pastor-pai da nossa Diocese! Damos graças ao Pai por essa bênção!


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Romaria diocesana ao Santuário de Nossa Senhora do Rocio em Paranaguá

ARTIGO

“Virgem Senhora do Rocio, Santa Mãe querida, abençoa-nos, protege-nos, e leva-nos ao encontro eterno com teu filho Jesus. ” A imagem de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, esteve em peregrinação pelas paróquias desde o dia 28 de maio, e no dia 16 de julho, a padroeira do Estado, foi levada em Romaria até o Santuário em Paranaguá, litoral paranaense. A peregrinação da Imagem, faz parte de um projeto do Santuário Estadual em visitar todas as dioceses do Paraná a cada dois anos. As dioceses abraçaram

este projeto e tem a função de ajudar nos cuidados do local sagrado e também avivar a devoção para com Nossa Senhora do Rocio. Neste ano, tivemos a presença de romeiros de várias Paróquias que viajaram no dia, para estar de manhã no Santuário onde participaram da missa dos romeiros e após a procissão do manto no pátio do Santuário. Momentos de emoção e fé, testemunhos de graças recebidas pela intercessão da Mãe do Rocio. A tarde houve passeio em alguns pontos turísticos de Paranaguá e a volta para casa.

MARIA E AS OUTRAS MULHERES DA GENEALOGIA DE JESUS

O exegeta estadunidense Raymond Brown fez uma provocação interessante. Se alguém que não conhecesse nada de Jesus pedisse a um cristão que lhe dissesse quem Ele é, qual cristão começaria pela sua genealogia? E, no entanto, Mateus sentiu esta necessidade (Mt 1,1-17). Para o Brown, nós a deveríamos valorizar mais, já que ela “contém a teologia essencial do Antigo e do Novo Testamento que toda a Igreja - Ortodoxa, Católica Romana e Protestante deveria proclamar”. A genealogia é um guia de informação social. Além de identificar e situar a pessoa na história, a situa também em seu lugar social. Em situações conflitivas se poderia apelar para a genealogia do adversário. Embora não devamos interpretar a genealogia de Jesus apresentada pelos evangelhos como nossas modernas “árvores genealógicas”. Ela tem, na verdade, uma função que é, antes de tudo, teológica. Mateus, com a genealogia quer demonstrar a dupla identidade de Jesus: o filho de Maria, concebido sem que ela tivesse relações sexuais com José, mas pelo poder criativo do espírito de santidade é “filho de Davi” e “Filho de Deus”. De fato, a segunda parte do versículo primeiro reza: da linhagem de Davi, da linhagem de Abraão (Mt 1,1). Jesus é filho da promessa divina e da história humana. Era importante para os leitores do evangelho a descendência de Davi, garantida por José, para a identificação de Jesus como o Messias (Cristo). Mas não mais um messias restrito ao povo judeu e sim enviado para todos os povos (Mt 28,19). Uma particularidade de Mateus que chama imediatamente a atenção é o fato de acrescentar o nome de quatro mulheres nesta lista antes de mencionar a mãe de Jesus (Tamar, Raab, Rute e Betsabéia, a mulher de Urias), algo muito raro no judaísmo do século primeiro. Tudo leva a crer que Mateus as men-

ciona em função da quinta, Maria. Mas o que elas teriam em comum? Em que elas poderiam ajudar na compreensão de Maria e sua maternidade? As principais hipóteses levantadas pelos estudiosos podem ser reunidas em quatro grupos: 1. As quatro mulheres eram estrangeiras. Tamar, Raab e Rute não eram israelitas; Betsabéia, ainda que fosse israelita, era mulher de Urias, um hitita. Sua menção poderia estar indicando a preparação para o nascimento de um messias que o seria para além dos judeus, também para os gentios. Esta hipótese é muito fraca. Mateus não menciona Urias como hitita; estas quatro mulheres não são vistas pela tradição como estrangeiras, mas como prosélitas ou convertidas. Por fim, ainda que o argumento fosse plausível, o que elas teriam em comum com Maria? 2. As quatro mulheres eram objeto de controvérsia no debate judaico sobre o messias davídico. Mateus as teria citado por motivação apologética. Quer provar que Jesus é o messias contra aqueles que afirmam que ele seria um filho ilegítimo. A acusação de ilegitimidade deve ter surgido cedo no ambiente judaico com a intenção de desqualificar Jesus, como propõe uma possível interpretação de Jo 8,41. Segundo estas calúnias, Jesus seria filho de um soldado romano. Também acusavam Jesus de não ter nascido em Belém (Jo 7,40-43 pode estar recolhendo esta objeção) e de não ser da descendência de Davi. Mateus parece ter respondido melhor a esta questão da ilegitimidade em 1,18-25. Esta hipótese pode merecer nossa atenção, mas os elementos dos quais dispomos são tardios e insatisfatórios. 3. As quatro mulheres citadas teriam sido notórias pecadoras. Tamar se fingiu de prostituta e seduziu seu sogro (Gn 38); Raab era prostituta (Js 2,1); Rute seduziu Booz (Rt 3,1-18). A mulher de Urias cometeu adultério com Davi (2Sm 11,1-5). O que

Pe. Luiz Antonio Belini, labelini2016@gmail.com

pretenderia Mateus indicando estas mulheres? Que também Maria engravidou de modo irregular? Esses argumentos ficariam melhores na hipótese anterior. Existem, é certo, muitas restrições a esta hipótese: estas mulheres não foram vistas como pecadoras, pelo contrário, sobretudo nas tradições orais. Reconhece-se a Tamar seu direito em Gn 38,26 (“É mais justa do que eu” - declara Judá); não se considera Rute pecadora (sua fidelidade é louvada: Rt 3,10); Raab é exemplar segundo escritos do século I, heroína nacional (Hb 11,31; Tg 2,25); mesmo o adultério de Betsabéia nem sempre é condenado, já que foi mãe do rei Salomão. Por último, não faria sentido defender Maria chamando em causa mulheres tidas por pecadoras. 4. As quatro mulheres conhecidas pelas uniões irregulares foram veículo do divino plano messiânico. Através destas mulheres com suas uniões irregulares e desdenháveis para a maioria, Deus cumpriu sua promessa e executou seu plano. A vantagem desta hipótese é não ir além do que afirma o dado bíblico e atribuir às quatro mulheres algo que também o será a Maria na sequência do evangelho. Explica também porque Mateus escolheu estas mulheres e não personagens louváveis do AT, como Sara, Rebeca e Raquel. Elas não compartilhariam com Maria a irregularidade e a excepcionalidade da união matrimonial. Esta última é a hipótese preferida de muitos estudiosos, ainda que reconheçam que existem elementos verdadeiros também nas outras. Mateus estaria então pedindo atenção para Maria que será um instrumento da divina providência no plano messiânico. Não se enganem os que menosprezam esta jovem pela sua simplicidade e pobreza. “Deus escolheu o que é fraqueza no mundo, para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).


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AGOSTO/2017

CALENDÁRIO AGOSTO/2017

BALANCETE JUNHO/2017

Data

Hora

O que?

Quem?

Onde?

03

08h30

Confraternização do dia do Padre

Clero

Campo Mourão

05

08h30

Líderes e coordenadoras – Pastoral da Criança

Casa sede

Escola Diaconal

Aspirante ao Diaconato

Seminário São José

Reunião

Conselho Estadual e Ministério (RCC)

Campo Mourão

98º Cursilho Masculino

Convidados

CDF – Lar Paraná

Interessados

Santuário N.S. Aparecida

Início das Oficinas de oração

Interessados

Nas Paróquias

05 e 06

08h00

05 e 06 04 a 06 06

14h00 13h30

06 a 13

Brinquedos e brincadeiras – Área 1 – Decanato de Campo Mourão

Curso de dirigentes do movimento Cenáculo de Maria.

08

19h30

Reunião Ordinária

Associados (Vicentinos)

Centro Catequético

12

14h00

Escola Bíblica Decanato de Campo Mourão

Lideranças Paroquiais e interessados

Centro Catequético

12

14h00

Escola Bíblica Decanato de Eng. Beltrão

Lideranças Paroquiais e interessados

Eng. Beltrão

12

14h00

Escola Bíblica Decanato de Goioerê

Lideranças Paroquiais e interessados

Par. N. S. das Candeias

12

14h00

Escola Bíblica Decanato de Iretama

Lideranças Paroquiais e interessados

Iretama

12

14h00

Escola Bíblica Decanato de Juranda

Lideranças Paroquiais e interessados

Juranda

13

13h00

Gincana da PJ – Decanato de Juranda

Jovens

Boa Esperança

Semana Nacional da Família

Todos

Nas Paróquias

13 a 19 17

19h30

Reunião

Membros dos CAEPs - Paróquias

CDF – Lar Paraná

19

13h00

Encontro Decanal – decanato de Iretama

Coordenadores Paroquiais – Pastoral da saúde

Roncador

19

08h30

Reunião diocesana

Coordenadores paroquiais dos grupos de reflexão

Centro Catequético

08h00

4ª etapa de formação de novos MECES

Novos MECES

CDF – Lar Paraná

20

08h30

Encontrão de Acólitos e coroinhas

Acólitos e Coroinhas

Seminário São José.

20

08h30

Montagem do 31º Cenáculo

19 e 20

20

Coordenadores Paroquiais e diocesano do Movimento Cenáculo de Maria

Campina da Lagoa

Alista-te. Quaresma de São Miguel

Interessados

Fraternidade O Caminho CDF Lar Paraná

24

08h30

Reunião

Conselho Presbiteral

26

14h30

Reunião

Coordenadores Paroquiais da Pastoral Familiar

27

08h30

ECAFO

Jovens de Ubiratã (Vicentinos)

Ubiratã

27

08h00

Membros do Apostolado de Oração

Paróquia Sagrada Família

27

08h00

Reunião da Federação

Delegados Marianos

Santuário N. S. Aparecida

31

09h00

Reunião

Conselho de Formadores

Seminário Maringá.

Concentração Decanal – Decanato de Campo Mourão

ANIVERSÁRIOS / AGOSTO 2017

Santuário N. S. Aparecida Vila Urupês

MANUTENÇÃO DA CÚRIA E IMÓVEIS Despesas com Água/Energia/Telefone/Correio e Alarme 2.203,50 Locação Sistema Contabilidade/Folha Pagto 673,28 Encargos Sociais: INSS+FGTS+PIS+IRRF 29.939,82 Combustível-Cúria Pastoral 875,48 Combustível-Luiz (Seminário) 1.146,92 Combustível-Valmir (Casa de Encontro) 201,00 Combustível-Chancelaria 730,00 Combustível-Vigário 213,42 Combustível-Economato 532,03 Fundo de Reserva 28.581,00 Côngruas/Salários/Alimentação 84.406,63 13° Salário - 1ª Parcela 15.082,84 Plano de Saúde 8.400,00 Capela Santa Paula Elisabete Cerioli 963,80 Mensalidade do Prever 35,00 Despesas Mat. Expediente 887,83 Despesas Mat. Uso/Consumo/Limpeza/Cafézinho 568,99 Advocacia Andrade & Rodrigues 4.685,00 Curso Mestrado Direito Canônico - Carlos Nunez/Pe.André/Pe.Gianny/ Pe.Wagner 5.277,60 Curso Pós-Grad. Latu Sensu Espiritualidade 1 - Semin. Fernando 481,64 Curso Graduação Psicologia - Pe. Ricardo 525,00 Curso Pós-Grad. Liturgia - Semin. Wesley A. Santos 143,00 Retiro Espiritual - Província Santa Clara de Assis 400,00 Despesas c/ Seminário Acordo Brasil - Santa Sé (Inscrição e Hospedagem) 1.822,78 Despesas c/ Curso Clero 1.874,00 Repasse a CNBB para Formação de Novos Padres 3.011,26 Despesas com Viagens 393,60 Despesas com Farmácia 150,00 Despesas com Veículos 1.243,18 Despesas com Materiais Litúrgicos 9.488,30 Despesas com Cartório 405,03 Despesas com Reg. de Imóveis e Serviços prestados junto a Receita 1.435,74 Manutenção e Conservação - Cúria 812,00 Manutenção e Conservação Residência Episcopal 19.787,20 Construção Dormitórios Casa de Encontro 11.557,39 Água Mineral 40,00 A.L.S. Freitas Móveis Planejados 290,00 Selo 300 anos de N. Senhora Aparecida 1.650,00 Foto Célula - Fotos Dom Bruno 3.780,50 Repasse para Pastoral da Criança (Despesas Junho) 200,83 TOTAL: 249.782,59 RESIDÊNCIA EPISCOPAL Despesas com Água/Energia e Telefone 800,86 TOTAL 800,86 CASA DO BISPO - Av. Irmãos Pereira Despesas com Água/Energia/Telefone/Internet/Uol/Sky 1.200,51 Salários e Adiantamento 13° Salário 1.959,76 Alimentação 1.038,67 Uso e Consumo - Gás 75,00 Lavanderia São Paulo 70,00 TOTAL 4.343,94 CASA DO BISPO - Av. Mamborê Despesas com Água/Energia 92,28 TOTAL 92,28 OUTROS (Água, luz, telefone, manutenção, etc) Seminário São José - Campo Mourão 1.806,01 Centro Past. Dom Virgílio de Pauli 906,81 Centro Past. Dom Eliseu 1.358,74 Total 4.071,56 REPASSE DA CÚRIA Semin. Proped. São José - Campo Mourão 8.929,00 Semin. de Filosofia N. S. Guadalupe - Maringá 15.770,00 Semin. de Teologia Dom Virgílio - Cambé 15.770,00 40.469,00 RESUMO GERAL Entradas Contribuição das Paróquias 233.308,00 Contribuição Ref. 13º Salário 19.441,20 Doação dos Crismando 10.475,00 Reembolso Encargos-Pis/Secraso/Senalba 5.346,39 Reembolso Correio/Labore/Cartório 103,60 Reembolso Almoço do Clero 2.780,00 Reembolso Materiais Litúrgicos 19.327,40 Reembolso Itaú-Cursos/Mestrado/Pós-Padres 6.440,00 Reembolso Sicoob-Fundo-Reforma/Construção 46.977,16 Reembolso Foto do Bispo/ Tim e Retiro 2.525,00 Repasse Paróquias 1% CNBB 2.474,54 Receb.Venda de Veículo 500,00 Casa de Formação 6.532,00 Total das Entradas: 356.230,29 Saldo Sicredi em 31/05/2017 Saídas Manutenção da Cúria e Imóveis Residência Episcopal Casa do Bispo (Av. Irmãos Pereira) Casa do Bispo (Rua Mamborê) Centro Pastoral Dom Virgílio de Pauli Centro de Pastoral Dom Eliseu Seminário São José Seminário Propedêutico São José C. Mourão Seminário Filosofia N. Sra. Guadalupe - Mgá. Seminário de Teologia Dom Virgílio - Cambé Total das Saídas: Saldo Final Saldo Sicredi em 30/06/2017

77.722,55 249.782,59 800,86 4.343,94 92,28 906,81 1358,74 1.860,01 8.929,00 15.770,00 15.770,00 299.614,23 56.616,06 137.111,20


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DOMUS SACERDOTALIS

História da construção e organização da Casa dos Padres

A diocese de Campo Mourão ao encaminhar o processo formativo do clero diocesano foi sentindo a necessidade de se ter um espaço de convivência e acolhida dos padres. Com a abertura do Seminário São José em 1981 fez parte do plano dos padres formadores propiciar dias de encontro entre os padres da diocese e os seminaristas em processo de formação presbiteral. Foi assim que, após a ordenação do padre Pedro Liss, no dia 14 de janeiro de 1984, em Roncador, aconteceu a Primeira Convivência dos Seminaristas e Padres da Diocese de Campo Mourão na Pousada Fazendinha, Campo Mourão. Propriedade do senhor Denir Daleffe. Esta experiência de partilha e formação entre seminaristas, padres e bispo diocesano tem se realizada todos os anos. O incentivo vocacional e o investimento na formação do clero diocesano foi sendo importante para que as paróquias e os trabalhos pastorais fossem sendo atendidos pelos padres da diocese, visto que as congregações religiosas, aos poucos, foram deixando muitas das paróquias a elas confiadas por décadas. Junto ao trabalho pastoral foi sendo amadurecida a ideia da necessidade de encontro entre os padres para convivência, estudo, formação espiritual e lazer. Uma primeira tentativa de se buscar um espaço que favorecesse essa necessidade diocesana foi dada em 1995, quando foi apresentada a primeira planta de uma possível Casa do Clero. Iniciativa que foi reprovada por alguns padres durante a reunião do clero. Mesmo assim um caixa comum como “dízimo do clero” foi implantado e se manteve por muitos anos. Por este período junto ao Seminário

São José foi construída a “Choça”, primeira iniciativa de espaço para reunir os padres e disponível aos seminaristas diocesanos. Crescia-se sempre mais a consciência de que encontros de convivência e estudos seriam imprescindíveis para favorecer o conhecimento e a proximidade entre o clero diocesano, em comunhão com os religiosos que residem e trabalham na diocese. Por ocasião da celebração do Ano Jubilar Diocesano, celebração dos 50 anos de criação da Diocese de Campo Mourão, 2009-2010, reavivou-se novamente as expectativas do clero e a necessidade de se cultivar momentos de encontro, estudo e lazer, bom como, de se ter um espaço que favorecesse a convivência dos padres e a sua acolhida, por motivo de trabalho, doença e idade avançada. Em 1993, em uma reunião do clero, foram apresentadas sugestões a respeito da construção da casa dos padres, devendo constar várias salas (reunião, tv, biblioteca), apartamentos, refeitório, banheiros, recepção, varanda, áreas de serviço e recreação. O recurso apresentado para constituir o caixa foi a decisão de se instaurar o dízimo dos padres. Neste mesmo período, como orientação proveniente dos Encontros Regionais e Nacionais de Presbíteros, foi lançada a ideia de se formar a Associação dos Presbíteros. Inúmeras reuniões entre os anos de 1993 a 1996 aconteceram entre os padres diocesanos na busca de compartilhar a vida ministerial do clero que estava se formando e as necessidades relacionadas à vida pessoal, desafios comunitários e importância de um espaço de encontro, lazer e residência. No ano de 2004 foram retomadas

as iniciativas de se organizar a Associação dos Presbíteros; ideia que se amadureceu e se tornou realidade com a fundação no dia 15 de março de 2005 da ASPRECAM – Associação dos Presbíteros das Diocese de Campo Mourão, com estatuto próprio em sintonia com as diretrizes da Diocese de Campo Mourão e as exigências do Código de Direito Canônico. A nova iniciativa de se construir uma casa para os presbíteros fortaleceu-se na reunião do clero de 24 de junho de 2010, com o forte apelo: “necessitamos, precisamos e queremos!” Nesta reunião pensou-se em duas possibilidades: adaptar um pavilhão do Seminário São José ou construir um espaço novo. A segunda opção foi acolhida, sendo retomado o dízimo dos padres (20% de um salário mínimo) e constituída a Primeira Comissão, com os padres Nilson Reis Gonçalves, João Donisetii Pitondo, Jurandir Coronado Aguilar, Edinaldo Veloso da Silva e José Coelho Pereira. A diocese disponibilizou uma área junto ao Seminário São José, próximo à mata e a choça e buscou-se o auxílio técnico com a arquiteta Sônia Pessa. Entre os anos 2010 e 2011 foi sendo constituído o caixa dos padres e organizando campanha de doação de materiais, bem como a limpeza e terraplenagem do terreno. No ano de 2012 foram iniciadas as obras de construção da primeira etapa da casa, constituída de salão principal, cozinha, lavanderia, banheiros comunitários e dois quartos com banheiro. A comissão da casa foi sendo renovada, de acordo com as necessidades, integrando-se os padres Pedro Speri e Gianny José Gracioso Bento. A segunda etapa da obra foi realizada em 2014-2015 com a

construção de dois apartamentos (quarto, sala e banheiro) e um quarto com banheiro. Em reunião do clero, no dia 15 de outubro de 2015, Dom Javier anunciou a decisão de repassar a Casa do Clero a importância de 60 mil reais para a construção da piscina, como parte do recebimento dos espólios da senhora Carmen Santina de Pauli, irmã de Dom Virgílio. Neste período foram iniciadas as obras de construção da Edícula e Piscina. Intensificou-se entre os anos de 2015-2016 os trabalhos de plantio de árvores, frutas e jardinagem, como também a construção de muro, alambrado, portões e estacionamento. A associação neste período repassou verbas à comissão e cuidou da melhoria e iluminação do campo de futebol do Seminário São José. A importância em se unir a Associação dos Presbíteros e a Comissão da Casa do Clero foi sendo amadurecida nos últimos anos, dada a necessidade de maior unidade entre os presbíteros e a consolidação de um caixa comum. Na reunião do conselho presbiteral de 23 de junho de 2006 consolidou-se a ideia de unificação; e uma comissão foi constituída (Pedro Speri, Gianny, Gaspar, Jurandir, Pitondo) para analisar o estatuto e buscar apresentar ao clero um projeto comum. Após intensa reflexão e acolhida de opiniões chegou-se à elaboração, discussão e aprovação do novo Estatuto da Associação dos Presbíteros da Diocese de Campo Mourão, em reunião do clero no dia 10 de fevereiro de 2017, e constituída a primeira nova diretoria: Pedro Speri (coordenador do clero), Gianny José Gracioso Bento (presidente), André Arnaldo Rodrigues Camilo (vice presidente), Jurandir Coronado Aguilar (1º tesoureiro), Wagner Amaro Branco (2º tesoureiro), Rômulo Ramos Gonçalves (1º secretário) e José Aparecido Alves Pereira (2º secretário). Conselho Fiscal: José Elias Feyh, Jorge Pereira da Silva, Paulo Roberto de Lima, Ricardo Arica Ferreira, Paulo Versari Conceição e Genivaldo Barboza. Como forma de viabilizar o projeto presbiteral e dar vida à Casa dos Padres foi nomeado e tomou posse como administrador o Padre Raimundo Santa dos Reis, no dia 1 de maio de 2017, passando ali residir e cuidar dos trabalhos das casa e acolhida dos padres. Desde do dia 8 de julho passou a residir na Casa dos Padres, provisoriamente, Dom Bruno Eluzeu Versari, bispo coadjutor da Diocese de Campo Mourão.

Padre Jurandir Coronado Aguilar


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