Jornal Servindo - Fevereiro de 2017

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Diocese de Campo Mourão - Paraná Ano 29 - Fevereiro 2017 / Nº 287

Formação e informação a serviço da diocese

Diocese instala canonicamente sua 41ª paróquia A quase-paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi elevada a paróquia no dia do Natal. PÁG. 3

Curiosidades linguísticas da Guiné-Bissau

Matrículas abertas para o curso de Teologia Pastoral PÁG. 7

O missionário Pe. Ivan faz um breve relato sobre o uso da língua portuguesa e outras, no país.

Transferências de padres neste início de ano

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FEVEREIRO/2017

Palavra do Bispo

1. Queridos irmãos e irmãs, transcorrido o mês de janeiro, quando muitos de nós vivenciamos o descanso proporcionado pelas férias, chega agora o momento de retomar com afinco a vida pastoral. O ano de 2017 surge carregado de oportunidades para a missão evangelizadora. Pensando nisso, como bispo e pastor dirijo-me a vós para recordar alguns aspectos importantes à nossa reflexão na comunhão eclesial. 2. Tratando-se de 2017 nos vem logo ao pensamento a celebração do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul e o centenário das aparições da Virgem Maria em Fátima. Há quatro anos o Santuário Nacional de Aparecida vem preparando o Brasil para tão importante acontecimento. Fê-lo através das novenas que tiveram por tema os mistérios do Rosário. Também nosso Santuário Diocesano em Campo Mourão, unido à Igreja do Brasil, nos preparou para tal festa mediante as muitas atividades cotidianamente realizadas, com particular destaque para a festa da Padroeira no mês de outubro. Objetivando celebrar com dignidade o tricentenário, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil decidiu estabelecer o Ano Mariano. Na diocese de Campo Mourão abrimo-lo por ocasião do encerramento do Jubileu da Misericórdia, no dia 13 de novembro de 2016. 3. Profundamente identificados com a mensagem escondida sob a pequenina imagem de Aparecida, cabe-nos agora aproveitar o Ano Mariano acolhendo-o como hora da graça na qual se prolonga o espírito do Ano da Misericórdia, há pouco celebrado a convite do Papa Francisco. Com efeito, Nossa Senhora é Mãe de Misericórdia e Aquela que mais íntima e proximamente fez a experiência do Deus misericordioso. A imagem enegrecida que brota das águas barrentas do rio Paraíba do Sul traz consigo a identificação da Virgem Maria com o povo brasileiro. O barro do qual saiu a singela imagem é a mesma terra sobre a qual vivemos e é por nós pisada. Em Maria, Virgem Aparecida, colhemos a solidariedade de Deus que em todos os tempos e mediante as mais variadas formas, não se cansa de dar-se a conhecer como misericórdia.

4. Em segundo lugar, não sem relação com o Ano Mariano, recordo a Assembleia Diocesana realizada a 15 de novembro de 2016. O grupo reunido, com integrantes provenientes das várias paróquias da Diocese, apresenta-se como amostra da diversidade que compõe nossa Igreja particular. As discussões ali promovidas, as problemáticas identificadas e as inquietudes suscitadas dão provas do valor da assembleia reunida. Estimulo, pois, à revisitação do 19º Plano de Pastoral Diocesano, a fim de que num esforço conjunto, orgânico e sincrônico, as comunidades eclesiais tenham condições cada vez mais lúcidas e suficientes para o feliz desenvolvimento da missão evangelizadora. O 19º Plano de Pastoral tem muito a servir para o implemento da vida cristã diocesana. 5. Vivemos num tempo definido como “mudança de época”, conforme intuíram os bispos na V Assembleia Geral do Episcopado Latino-americano (CELAM). Novos tempos exigem novas respostas, pautadas no novo entusiasmo oriundo do retorno ao Evangelho, cuja novidade jamais se desfaz. Nessa tarefa somos assistidos pelo Espírito Santo. Daí a necessidade de constituirmo-nos cada vez mais numa Igreja “confidente do Sacrário”, isto é, Igreja ciente do valor da oração. Acerca disso é importante mencionar a reflexão do Cardeal Walter Kasper sobre o futuro da Igreja. Diz o Cardeal: “O futuro da Igreja será determinado pelos orantes e a Igreja do futuro será, sobretudo, uma Igreja de orantes”. Oração que promove comunhão, não isolamento ou tendências separatistas. Oração destinada a despertar para a consciência do dever histórico inerente ao Evangelho encarnado na cultura do presente. Alicerçada na comunhão com Deus (fé feita oração), a Igreja assumirá sua feição “hospital de campanha”, como quer Papa Francisco. 6. No mundo dilacerado em que vivemos, só o Evangelho recebido do Senhor e transmitido pela Igreja, tem o poder de salvar o ser humano. O poder redentor do Mistério Pascal comunicado no Evangelho refulge na Igreja, à medida que ela mesma se deixa redimir, tornando-se cada vez mais despojada, missionária e solidária. Essa tarefa não se reduz à estrutura hierárquica da Igreja insti-

tucional. É o desafio inerente à vida cristã na pluralidade das suas expressões. Realmente, a experiência com Jesus transforma a existência inteira. Que o Ano Mariano nos faça caminhar pelas veredas do Magnificat (Lc 1,46-55). O hino entoado por Nossa Senhora após ouvir a saudação de Isabel é um universo sustentado pela experiência com o Deus-misericórdia. Assim sendo, nos oferece muito a refletir e operar na vida cotidiana. 5. Por fim, desejo externar a cada um dos irmãos e irmãs que vivem nesta querida Diocese minha palavra de motivação e certeza de comunhão nos trabalhos de cada dia. Como outrora chamou os apóstolos e discípulos, Nosso Senhor chama-nos agora ao trabalho em sua vinha. Conscientes da vocação recebida no Batismo, deixemo-nos entusiasmar pelo Senhor e por seu Reino. Sabemos serem muitos e difíceis os empecilhos, provações e desolações provados por quem se decide servir ao Senhor (cf. Eclo 2,1). Entretanto, uma vez inserido na vida cristã, faz-se a experiência do amor-salvação que só o Senhor pode oferecer. Disso nos vem esperança e perseverança para seguir o caminho. Que nossas paróquias e pequenas comunidades prossigam firmes na missão, sem esmorecer nem negligenciar “as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem” (Gaudium et Spes, 1). Que o Senhor nos seja propício com sua bênção e nos conserve na sua paz. Rezando por vós todos, deixo aqui meu abraço de pai e pastor, na certeza de que juntos formamos a grande família eclesial da diocese de Campo Mourão.

Dom Francisco Javier Delvalle Paredes Bispo da diocese de Campo Mourão

Editorial A primeira edição do ano do Jornal Servindo chega com o desejo de trazer sempre informações interessantes do dia a dia da Igreja, na diocese de Campo Mourão. Notícias importantes como a da criação da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Jardim Orly, ocorrida em dezembro, totalizando 41 paróquias na diocese. Esta informação está na página 3. Dom Francisco Javier, na seção Palavra do Bispo, trata, entre outras coisas, do Ano Nacional Mariano, convocado pela presidência da CNBB para celebrar, fazer memória e agradecer pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no rio Paraíba do Sul. Página 2. O Pe. Luiz Antonio Belini, após um determinado tempo sem escrever para o Jornal Servindo, está retornando com uma série de artigos sobre o Ano Mariano. Confira na pagina 9. Esta edição também marca a transição de assessor do Jornal Servindo. Após quase 7 anos do Pe. Sidinei Teixeira Gomes estar na função, o Pe. Adilson Mitinoru Naruishi assume a assessoria.

O Jornal Servindo agradece ao Pe. Sidnei Teixeira Gomes pelo trabalho prestado a este veículo de comunicação da diocese, no período 2010-2016


fevereiro/2017

Diocese instala, canonicamente, sua 41ª paróquia

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om Francisco Javier Delvalle Paredes presidiu a celebração eucarística de instalação canônica da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada no Jardim Copacabana, em Campo Mourão. A missa foi concelebrada pelo Pe. Ricardo Arica Ferreira e pelo Pe. Carlos Alberto Rodrigues da Silva, empossado como primeiro pároco da nova paróquia. A então capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi elevada a quase-paróquia em 25 de janeiro de 2012 e, agora, tornou-se a 41ª paróquia da diocese de Campo Mourão. São João Paulo II também foi escolhido para ser padroeiro da nova paróquia. No início, houve um breve histórico, lembrando as primeiras celebrações da comunidade, realizadas na Escola Bento Mussurunga. Os nomes dos primeiros líderes também foram citados. Inicialmente a capela pertencia à paróquia São José (catedral). Depois, ao Santuário Nossa Senhora Aparecida. “Quero acolher a cada um de vocês, irmãos e irmãs, com um grande abraço de pastor, com grande desejo de que este acontecimento possa marcar um decidido crescimento para a santidade; para que esta comunidade se torne, cada vez mais, um instrumento da ação gratuita e amorosa de nosso Deus”, disse Dom Francisco Javier, no início da celebração. “A criação desta comunidade não é só de uma pessoa, mas de uma grande família. Muitos já não estão mais aqui, mas coPe. Carlos Alberto Rodrigues da Silva, meçaram a colocar os alicerces empossado 1º pároco da fé, os quais passaram a ser alicerces materiais”, disse o bispo de Campo Mourão, determinandiocesano durante sua homilia. do a criação da nova paróquia, com base no “progresso ecle Paróquia sial, pastoral e institucional da O Pe. Ricardo Arica Fer- quase-paróquia Nossa Senhora reira fez a leitura do Decreto n° do Perpétuo Socorro, identifica70/2016, da Mitra Diocesana do nos últimos anos”. O decreto

Fiéis na celebração na manhã de 25 de dezembro

também delimita a área pertencente à nova paróquia: Jardim Copacabana I e II, Jardim Orly, Jardim Tomazi, Jardim Voidelo, Vila Rio Grande e Vila Rural Flor do Campo. Pertencem à paróquia Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro e São João Paulo II, as capelas São Sebastião, Santa Teresinha e Santos Reis. A paróquia atende o Lar dos Velhinhos Frederico Ozanan, Santa Casa de Misericórdia, entre outros.


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do Bom Parto, que pertence à diocese de Palmas-Francisco Beltrão, deverá ser feita pelo pároco Pe. Nelson Maróstica.

Um dos caminhões sendo FEVEREIRO/2017 carregados no Seminário São José

Y C A Ç A J K E T W U V Q R S P A L A V R A S J I Encontre as 8 palavras que faltam nas frases. Estas fazem parte de textos

Encontre as 8 palavras que faltam nas frases. Estas fazem parte de textos bíblibíblicos do Evangelho dos quatro domingos do mês de julho. A resposta está cos do Evangelho dosduas quatro domingos do mês logo abaixo. São palavras de cada texto.de fevereiro. A resposta está logo abaixo. São duas palavras de cada texto. Dica: As palavras aparecem apenas na vertical - Vinde a mim todos vósapenas que estais .................... e fatigados Dica:1As palavras aparecem na horizontal

2 - Pois o meu jugo é suave e o meu ................... é leve. - Os aespinhos cresceram e ............................. as plantas. 1-Vós3 sois luz do ........... 4 - Outras ...................., porém, em terra boa, e produziram à base 2-Assim também brilhe a vossa luz caíram diante dos ........... de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 3- Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas 5 - Deixai crescer um e outro até a ..................! para 6dar-lhes ............... - Aquelepleno que semeia a boa semente é o Filho do ..................... 4-Vai7primeiro ...............-te comum o teu irmão. Sóescondido então vaino apresentar - O Reino dos Céus é como .................... campo. a tua oferta. 8 - Assim acontecerá no fim dos ...............

5-Se alguém te forçar a andar um ..............., caminha dois com ele. 6-Amai os vossos ............. e rezai por aqueles que vos perseguem. 7-Ninguém pode servir a dois ............: pois, ou odiará um e amará o outro. 8-Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua .........., e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.

“É necessário dizer sim à vida, dizer sim ao amor, sim FEVEREIRO 2017 aos outros, sim à O 4º Mutirão de Comuni- educação, sim ao trabacação da diocese de Gua- lho, sim a mais fontes de trabalho. Se esses sins rapuava aconteceráSl 102,1-2. de 1º13-14. a 17-18a Hb 12,4-7.11-15 Mc 6,1-6 01 forem dados, não há lu3 de agosto, com palestras, Ml 3,1-4 Sl 23(24),7.8.9.10 Hb 2,14-18 Lc 2,22-40 02 gar para a droga, para o oficinas, debates e grupos Hb 13,1-8 Sl 26, 1. 3. 5. 8b-9abc Mc 6,14-29 03 de trabalho. A realização abuso do álcool, para as Hb 13,15-17.20Sl 22,1-3a. 3b-4. 5. 6 Mc 6,30-34 04 21 dependências”, é da Pascom - Pastoral da outras Is 58,7-10 111,4-5.6-7.8a.9 Mt 5,13-16 2,1-5 05 disse o1CorPapa Francisco, Comunicação da Sl diocese 103, 1-2a. 5-6. 10.12. Mc 6,53Gn 1,1-19 dia 20 de junho, quando de 06Guarapuava e Sl24.35c pessoas 56 recebeu em audiência, no de 07outras dioceses também Gn 1,20 - 2,4a Sl 8,4-5. 6-7. 8-9 Mc 7,1-13 os participantes poderão participar.Sl 103,1-2a. 27-28. Vaticano, Gn 2,4b-9.15-17 29bc-30 Mc 7,14-23 08 da 31ª edição da7,24-30 InterGn 2,18-25 Sl 127,1-2. 3. 4-5 Mc 09 nacional Drug McEnforce3,1-8 Sl 31, 1-2. 5. 6. 7 7,31-37 O 10 I Gn Encontro Estadual Gn 3,9-24 acontecerá Sl 89, 2. 3-4. 5-6. 12-13 Mc 8,1-10 ment Conference, realizaEcumênico em 11 1Cor 2, 6-de 17 a 19 de da em Roma Maringá, nos dias 20 e 21 Eclo 15,16-21 Sl 118,1-2.4-5.17-18.33-34 Mt 5,17-37 12 10 junho. Fonte: Zenit.org de setembro, no Centro de Gn 4,1-15.25 Sl 49, 1.8. 16bc-17. 20-21 Mc 8,11-13 13 Espiritualidade Rainha da Gn 6,5-8; 7,1Sl 28,1a.2. 3ac-4. 3b.9b-10 Mc 8,14-21 14 100 da Paz. O5.10 Pe. Volnei Carlos de O Documento nº Sl 115, 12-13. 14-15. 18-19 Mc 8,22-26 Gn 8,6-13.20-22 15 Campos, assessor do diálogo CNBB “Comunidade de Sl 101, 16-18. 19-21. 29.22comunidades: uma nova Ecumênico e Inter-religioso, Gn 9,1-13 Mc 8,27-33 16 23 em convida um ou dois repre- paróquia”, lançado Mc 8,34Gn 11,1-9 Sl 32,10-11. 12-13. 14-15 17 9,1 e sentantes de cada uma das junho, propõe reflexão Hb 11,1-7 Sl 144 (145),2-3. 10-11 9,2-13 uma práticas Mc para 18 dioceses do Regional Sul II 4-5.ações 1Cor 3,16pastoral da pa(Paraná). Informações pelo conversão Lv 19,1-2.17-18 Sl 102,1-2.3-4.8.10.12-13 Mt 5,38-48 19 23 róquia. Após, aproximadatelefone (44) 3029-3343. Eclo 1,1-10 Sl 92, 1ab. 1c-2. 5 Mc 9,14-29 Dia

1ª Leitura

Salmo

2ª Leitura

Evangelho

Cor

20 21

Eclo 2,1-13 (Gr. 1-

Sl 36,3-4. 18-19. 27-28. 39-

11)

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me os As de par cum no org

“U Cé Láz po defi Pap Co to.

Ap En tor 2º Jov 24 enc ção des da CN

Mc 9,30-37

Mantenha-se atualizado quanto tos da Igreja, da Diocese e de su visitando constantemente Respostas: cansados, fardo, sufocaram, sementes, colheita, homem, tesouro, tempos

1Pd 5,1-4

Sl 22 (23),1-3a. 3b-4. 5. 6

23

Eclo 5,1-10

Sl 1,1-2. 3. 4.6

Mc 9,41-50

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Eclo 6,5-17

Sl 118, 12. 16. 18. 27. 34. 35

Mc 10,1-12

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Eclo 17,1-13

Sl 102, 13-14. 15-16. 17-18a

26

Is 49,14-15

Sl 61,2-3.6-7.8-9ab

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Eclo 17,20-28

Sl 31, 1-2. 5. 6. 7

28

Eclo 35,1-15

www.diocesecampomourao.com.br

Diretor: Dom Francisco Javier Delvalle Paredes

Editoração eletrônica Henrique Thomé/Tribuna do Interior

Assessor: Pe. Adilson Mitinoru Naruishi

Impressão JP Indústria Gráfica LTDA

Coordenador: Vilson Olipa - (44) 99958-9797

Tiragem 10.000 exemplares

Colunistas: Pe. Gaspar Gonçalves da Silva Pe. Luiz Antônio Belini Pe. Willian Oliveira Lopes Maria Joana Titton Calderari Rodrigo Ferreira dos Santos Wesley de Almeida dos Santos

Permite-se a reprodução total ou parcial do material veiculado no Jornal Servindo, desde que citada a fonte. As assinaturas do Jornal Servindo podem ser feitas nas secretarias paroquiais da diocese. Informações: jornalservindo@hotmail.com

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Mc 10,1316

1Cor 4,1-5

Mt 6,24-34 Mc 10,1727

www.diocesecampomourao.co Sl 49, 5-6. 7-8. 14.23

Respostas: mundo, homens, cumprimento, reconciliar, quilômetro, inimigos, senhores, justiça

Expediente

Mt 16,13-

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Mc 10,2831

Intenção do Papa FEVEREIRO 2017

Universal Por todos os que vivem em provação, sobretudo os pobres, os prófugos e os marginalizados, para que encontrem acolhimento e conforto nas nossas comunidades.


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FEVEREIRO/2017

Missão Católica Beato Paulo VI é inaugurada na África

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Missão Católica Beato Paulo VI, foi inaugurada, oficialmente, em Quebo, na Guiné Bissau, no dia 13 de dezembro. A solene celebração Eucarística contou com a presença do presidente e do secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB, dom Mauro Aparecido dos Santos e Pe. Mário Spaki, respectivamente; do bispo da diocese de Bafatá, dom Pedro Zilli; do bispo da diocese de Bissau, dom José Câmnate na Bissign; do Pe. Ivan Luiz Walter, missionário em Quebo; Pe. Marcos José de Albuquerque, da diocese de Paranaguá; Pe. Vagner Alves, da diocese de Toledo; e outros padres das dioceses locais. Também estiveram presentes os missionários: diácono Pedro Lang, Salete

Lang e Samara Taíza, religiosas consagradas; lideranças muçulmanas e a comunidade assistida pela missão. Durante a missa, que foi presidida por dom Pedro Zilli, uma

jovem recebeu o sacramento do Batismo e 10 jovens receberam a Confirmação. “Nós ficamos muito felizes em poder saber o que é uma missão católica na Guiné Bissau. Não é só

ter a casa dos missionários, não é só rezar a missa, mas é ter uma ampla atividade de trabalhos que nós deveremos executar”, disse dom Mauro Aparecido dos Santos. FoNTE: CNBB Sul 2

Papa divulga mensagem para o Dia Mundial das Comunicações O 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais será celebrado, este ano, no dia 28 de maio, Ascensão do Senhor. Porém, por tradição, a mensagem é divulgada pelo papa no dia de São Francisco de Sales, patrono dos escritores e jornalistas, comemorado em 24 de janeiro. “Comunicar esperança e confiança no nosso tempo” é o tema da mensagem apresentada pelo papa Francisco que propõe um estilo “aberto e criativo” para comunicar esperança. No comunicado, o papa encoraja a todos que trabalham neste campo para que comuniquem de modo construtivo, isto é, rejeitando preconceitos e promovendo uma cultura do encontro. FoNTE: CNBB/Rádio Vaticano


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FEVEREIRO/2017

Curiosidades linguísticas na Guiné-Bissau

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Pe. Ivan Luiz Walter, da diocese de Campo Mourão, em missão na Guiné-Bissau, repassou algumas informações sobre as línguas faladas no país. No território da Guiné-Bissau encontram-se aproximadamente 30 etnias diferentes. Cada uma delas comunica-se através de sua própria língua: Balanta, Mandinga, Pepel, Bijagó, Felupe, Fula, Majaco, etc. O português, idioma dos antigos colonizadores, é a única língua oficial. Apesar disso, a maioria da população não sabe expressar-se corretamente nessa língua. O crioulo guineense é a língua de comunicação na Guiné-Bissaum falado pela maioria, em todo o território. Surgiu na Guiné-Bissau e Cabo Verde durante a dominação portuguesa (14961974). A estrutura gramatical é composta por 80% do português e, o restante, derivado das línguas

Bantu. O crioulo guineense nasceu no final do século XV da tentativa feita por grupos africanos para aprender português. Esta nova língua serviu primeiramente à comunicação entre portugueses e africanos e, depois, à comunicação entre africanos de etnias diferentes. Infelizmente, na Guiné-Bissau, ainda não existe uma grafia oficial do crioulo, pois é uma língua que está em processo de estruturação. Estimativas afirmam que aproximadamente 60% da população fala o crioulo. As missas na diocese de Bafatá são celebradas, nos dois primeiros domingos do mês, em português. Nos domingos restantes, em crioulo. Porém a profissão de fé, sempre rezado o símbolo Nicenoconstantinopolitano, em crioulo. Algumas frases mais usadas, em crioulo, no dia a dia:

-Kuma ke bu sta? -Como que tu estás? (Tradução literal) -N’sta bom. -Eu estou bem. -Kuma ke bu mansi? -Como que acordaste? (Semelhante a “bom dia”) -N’mansi bem. -Acordei bem. -Kuma ke bu nosti? -Como que está anoitecendo? (Semelhante a “boa tarde”) -Kuma di kurpu? -Como vai a saúde? -Kuma di bu kasa? -Como vai a tua casa (família)?

Sinal di krus: Na nomi di Deus Pape, ku Fidju, ku Spiritu Santu. Amen. Ave Maria, bu intci di grasa, Deus sta ku bo. Bu bensidu mas di ke tudu mindjeris. Jesus, Fidju di bu bariga i bensidu. Santa Maria, Mame di Deus, roga pa nos pekaduris, gosi i na ora di no morte. Amen. Bo bai na paz, pa Sinhor cumpanha bos! Quebo, Guiné-Bissau Pe. Ivan Luiz Walter

Ação Evangelizadora Campanha da Fraternidade 2017 A Campanha da Fraternidade - CF 2017 terá como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15). A Campanha será iniciada no dia 1° de março, na quarta-feira de cinzas.

Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.

Para essa iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB apresenta o texto-base da CF 2017 que tem como proposta principal dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho.

A partir do texto-base todas as comunidades, paróquias e dioceses do Brasil organizam formações e ações para o período de realização da CF 2017 que tem seu ponto alto o tempo da quaresma. Em nossa diocese esta formação é oferecida nos decanatos. Participemos destas formações para sintonizarmos com a promoção e defesa da vida presente em nossa realidade brasileira.

O texto-base está dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz reflexões do tema sob a perspectiva de São João

Formações O estudo do tema da CF 2017, no decanato de Juranda, será no dia 2 de fevereiro, em Juranda. O decanato de Campo Mourão se reunirá no dia 10 de fevereiro, no Santuário Nossa Senhora

Aparecida. O decanato de Engenheiro Beltrão terá a sua formação no dia 11 de fevereiro e, o de Iretama, no dia 18 de fevereiro.

Pe. Gaspar Gonçalves da Silva Coordenador CDAE


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Matrículas abertas para o curso de Teologia Pastoral

ma nova turma do curso de Teologia Pastoral terá início em fevereiro. A aula inaugural será no dia 20 e será ministrada pelo Pe. Luiz Antônio Belini. As matrículas vão até o dia 10 de fevereiro. A Escola Diocesana de Teologia Pastoral Pe.Yves Pouliquen, dirigida pelo Pe. José Carlos Kraus Ferreira, é uma extensão universitária da Pontifícia Católica do Paraná - PUC PR e tem o objetivo de capacitar leigos e leigas para que possam melhor contribuir com a Ação Evangelizadora da Igreja.

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Outros detalhes podem ser obtidos diretamente na cúria diocesana ou ainda nos escritórios paroquiais. Formandos 2016 recebem certificados Dezoito pessoas concluíram os 4 anos do curso de Teologia e receberam os certificados no dia 5 de dezembro de 2016, no Centro de Formação do Lar Paraná, Campo Mourão. O Pe. José Carlos Kraus Ferreira, diretor, esteve presente na cerimônia de conclusão, bem como o Pe. Paulo Roberto de Lima, um dos professores.

Encerramento de curso

Graças a Deus, 2017 chegou! “Graças a Deus” é uma profunda forma de reconhecimento da frágil beleza da vida, e uma confissão de humildade que é, sempre, uma forma dessa mesma beleza. Bom ano pra você” Luiz Felipe Pondé, filósofo, escritor e ensaísta. por Folha de S. Paulo, 02-01-2017. Se 2016 terminou aos trancos e barrancos, como dizemos no linguajar popular, nos sentimos como que rolando os degraus da escada da vida como foi muito bem ilustrado nas páginas das redes sociais da internet. A virada do ano sempre imprime em nosso coração um sentido de Esperança. E cantamos esperançosos: “Neste ano, quero Paz no meu coração…” e “Adeus ano velho, feliz ano Bom, que tudo se realize…” Mesmo que os noticiários não nos ajudem a construir esta tão desejada Paz, Esperança, Felicidade, importa continuar buscando com persistência, humildade, sabedoria, intuição das pessoas simples que sabem que não têm o controle da vida, que tudo está nas Suas mãos e só vai acontecer “se Deus quiser”… Mircea Eliade (1907-1986), grande intelectual romeno, fun-

dador da história comparada das religiões, dizia que uma das raízes das religiões é o “terror da contingência”, aquele sentimento ancestral de que o acaso (sinônimo de contingência) domina nossa vida sem dó. As religiões seriam formas de lidar, compreender e dar significado a este sentimento esmagador de que a contingência age o tempo todo sobre nós. Crentes ou não, seja lá qual for a nossa religião, filosofia de vida, no profundo do nosso coração sabemos que nunca teremos controle absoluto sobre as variáveis em jogo na vida de cada um de nós. Nem o ser humano mais poderoso, mais rico pode escapar do destino comum a todos nós: a morte. Diante da “indesejada das gentes” somos todos iguais e não há dinheiro que nos faça escapar deste derradeiro tribunal. Não adianta ”correr contra o tempo para ter sempre mais porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás”, nos diz Ana Vilela na música Trem-Bala. E nos pede gentilmente para fazer o que importa enquanto estamos aqui “Segura teu filho no colo, sorria e abraça teus pais enquanto estão aqui, que a vida é trem-bala, parceiro, e a gente é só passageiro prestes a partir.”

Todos somos apenas passageiros no trem da vida. Os corruptos e corruptores que saqueram nosso pais podem escapar dos tribunais humanos, políticos, mas um dia acertarão suas contas… Nestes tempos difíceis, nebulosos em que vivemos, parece até que roubaram até o túnel do Brasil, ou que fomos atropelados pelo trem que vinha em sentido contrário de modo que parece impossível enxergar a luz no fim da linha. Mas,“embora seja noite, a aurora está próxima”, nos alenta o teólogo espanhol José Maria Vigil. De escândalo em escândalo fomos descobrindo para onde vai o suado dinheiro que pagamos com os cinco meses de trabalho que usamos para pagar os nossos impostos e que nunca chegam para a saúde, educação, segurança, estradas, infra-estrutura... E angustiados nos perguntamos: Onde firmar o nosso “pendão da esperança”? “Se pode cometer todos os pecados, porque todos os pecados têm redenção, todos, exceto um: não se pode pecar contra a esperança”, lembra Eduardo Galeano. Buscar sinais de ESPERANÇA em meio a tanta desesperança, ver além da realidade dura, das crises que se sucedem, acreditando na força da Fé e na presença de Deus que

caminha conosco iluminando a nossa história é algo que tento fazer mesmo quando reflito sobre os problemas do nosso tempo. Que saibamos ouvir a voz de Deus que nos fala através da nossa intuição-coração e encontrar um sentido de Esperança mesmo diante de cada problema. Que possamos ver mais longe os erros e acertos de nossa realidade, agindo para consertar o que está errado, sem perder a Esperança, com a GRAÇA DE DEUS E A LUZ DO ESPÍRITO SANTO. Um abençoado 2017 a todos!

Maria Joana Titton Calderari graduada em Letras pela UFPR, especialização em Filosofia pela FECILCAM e Ensino Religioso pela PUC. majocalderari@yahoo.com.br


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FEVEREIRO/2017

Reitor do santuário fala sobre o Ano Nacional Mariano

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Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB instituiu o Ano Nacional Mariano, para celebrar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora, nas águas do Rio Paraíba do Sul, em 1717. Na diocese de Campo Mourão, a abertura do Ano Mariano foi no dia 11 de novembro de 2016, após o encerramento do Ano Santo da Misericórdia na Catedral São José. Na mesma noite, os fiéis caminharam até o Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Vila Urupês, onde aconteceu a abertura oficial do Ano Nacional Mariano.

O Pe. Carlos Cesar Candido, reitor do Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida disse que ao longo dos últimos 5 anos o santuário vem realizando novenas, em sintonia com o Santuário Nacional de Aparecida, em preparação à festa dos 300 anos do encontro da imagem. O sacerdote convidou as paróquias para que visitem o santuário, de maneira especial, ao longo deste Ano Mariano. “Para nós é uma alegria muito grande iniciar, como diocese de Campo Mourão, este Ano Mariano. Este ano quer ser para nós uma oportunidade de refletir um

pouco mais a nossa vida de fé, a nossa experiência de Deus a partir dos olhos de Maria, procurando colocar em prática, na nossa vida, tudo aquilo que Maria fez, fazendo-se sempre a serva do Senhor”, disse o Pe. Carlos Cesar Candido. “Nós também somos convidados a sermos servos e servas de Deus, em todas as nossas atitudes. E cada vez que nós acolhemos a Palavra de Deus, e ela entra em nosso coração, essa Palavra vai se transformando em graças e bênçãos. Maria quer ser para nós este sinal muito profundo dessa presença e desse amor de Deus,” Pe. Carlos com a imagem da padroeira, na disse o reitor. abertura do Ano Mariano, na diocese

O amor no matrimônio Estimados leitores, no mês anterior refletimos sobre o olhar fixo em Jesus: A vocação da família, destacando que, as famílias são consideradas pelo Papa Francisco, como santuários da vida e o matrimônio um grande “dom do Senhor” (1Cor 7,7), que necessita ser reavivado a todo instante, sendo necessário ter os olhos fixos em Jesus, pois, é d’Ele que provém a segurança para enfrentar os desafios que possam surgir. Prosseguimos neste mês, refletindo sobre o Amor no Matrimônio, tema este, apresentado pelo Papa Francisco em sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal: Amoris Laetitia (A Alegria do Amor) sobre o amor na família. Segundo o Papa Francisco, “[...] não poderemos encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca, se não estimularmos o crescimento, a consolidação e o aprofundamento do amor conjugal e familiar”. O caminho de crescimento e amadurecimento dos casais e das famílias tornam-se fecundos quando o amor é levado a sério, não sendo visto somente como um sentimento momentâneo ou que lentamente perde seu valor. Deste modo, devemos ter uma certeza: “a graça do Sacramento do Matrimônio

destina-se, antes de tudo, ‘a aperfeiçoar o amor dos cônjuges’” (AL, n. 89). A primeira carta de São Paulo aos Coríntios (13,3-7), é conhecida como hino a caridade, pois, retrata aspectos essenciais no que diz respeito a caridade e o amor verdadeiro. Segundo Paulo, o amor é paciente, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, porém, tais características têm permanecido esquecidas. O amor muitas vezes parece desfigurado, uma vez que tem perdido o sentido, sobretudo nos novos modelos de relacionamentos apresentados pela cultura moderna. Diante disso, o Papa Francisco afirma que as famílias devem tomar cuidado para não se tornarem um “campo de batalha”, onde a paciência e sobretudo o amor ficam esquecidos (AL, n. 91-92). Sendo assim, continuamente devem lembrar-se que a “alegria do amor” transforma, renova e fortalece a vida familiar. Com isso, o amor autêntico “beneficia e promove”, devendo promover o bem para todos aqueles que estão próximos, de modo especial os familiares, não usando somente de palavras, mas atitudes concretas que demostrem o interesse pelo bem

alheio (AL, n. 93-94). Jesus em sua vida pública, proclama os mandamentos por excelência, “o primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor, e amarás o Senhor Teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento, e com toda sua força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que este” (Mt 22,34-40; Mc 12,2933; Lc 10,25-28). Ou seja, amar a Deus acima de todas as coisas, tendo o Senhor como centralidade da vida familiar e o próximo como a ti mesmo, são dois mandamentos, sem dúvida, fundamentais para as famílias, visto que os membros de uma família são os mais próximos, sendo aqueles que compartilham as dores, os sofrimentos, as tristezas, porém, de maneira especial as alegrias, visto que “o amor leva-nos a uma apreciação sincera de cada ser humano” (AL, n. 96). No seio familiar, uma virtude que não pode ser desprezada é a humildade, que segundo o Papa “faz parte do amor, porque, para poder compreender, desculpar ou servir os outros de coração, é indispensável

curar o orgulho e cultivar a humildade” (AL, n. 98). Desta maneira, uma família que não vive pautada pela humildade corre o grande risco da degradação dos valores essências do seio familiar. São Pedro em sua primeira carta dá alguns conselhos, que são eficazes a todas as famílias, para que bem vivenciem essa bela virtude: “revesti-vos de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes” (1Pd 5,5). No próximo mês continuaremos a meditar sobre: O amor no Matrimônio, tendo em vista a acolhida e abertura para a caridade conjugal.

Seminarista Rodrigo Ferreira dos Santos 3º ano de Teologia rodrigoferreira-2011@hotmail.com


FEVEREIRO/2017

Cristo é Nosso Show 2016

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14ª edição do evento Cristo é Nosso Show foi realizada no dia 27 de novembro, no parque de exposições Getúlio Ferrari de Campo Mourão. O início foi no Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, no início da manhã. Em seguida, houve carreata até o parque de exposições, onde aconteceram as celebrações e apresentações diversas. Além das atrações no palco principal, houve atividades em 4 tendas, que funcionaram simultaneamente, ao longo do dia.

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A primeira celebração, Missa da Saúde, foi presidida pelo frei Rinaldo Stecanela. Passaram pelo palco Andreia Sales, banda Tua Palavra e Thiago Brado. No final da tarde, o Pe. Junior Periquito presidiu a missa de encerramento. Tendas Simultaneamente às atrações do palco central, funcionaram estas tendas, com pregações especiais: Jubileu Mariano (Setor Juventude), Fraternidade O Caminho, São Miguel Arcanjo e Tenda das Crianças.

2017 - Um ano nacional mariano A história começou quando em 1717, três pescadores saíram para pescar no rio Paraíba do Sul, no Estado de São Paulo. Era uma época de escassez de peixes e eles estavam pressionados. Em suas redes vieram, inicialmente, não peixes, mas o corpo e a cabeça de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. O encontro desta imagem mudou suas vidas e a história da fé cristã em nosso país. A própria imagem de Nossa Senhora da Conceição ganhou uma nova identidade, a do povo pobre e simples em um Brasil escravocrata. É uma imagem de Nossa Senhora negra. E mais do que ser “da Conceição”, para o povo brasileiro se tornou “de Aparecida”, porque “apareceu” em seu favor e defesa. Ao comemorarmos agora os 300 anos desse encontro, queremos fazer deste Ano Jubilar um tempo de memória e celebração. Um tempo de bênçãos e evangelização. Um tempo de libertação e construção de uma pátria mais justa e pacífica. De vivência de nossa devoção mariana no espírito de Jo 2,5: “Fazei o que Ele vos disser”. É com este objetivo que inicio uma série de artigos marianos que serão publicados ao longo deste ano.

Dificilmente um brasileiro adulto, católico, não seja capaz de reconhecer uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Em geral, temos réplicas em nossas casas e em objetos de adornos pessoais. A imagem ou estátua é como uma pintura ou fotografia, representa alguém. Não tem existência própria, independente do representado. Quando em âmbito religioso a representação se desvincula do representado e adquire expressão própria torna-se o que chamamos de amuleto e, então, pode-se cair na idolatria. Em outras palavras, a imagem ou um objeto qualquer adquire uma “força” própria, independente do que representa. Isso significa que não podemos desvincular a imagem de sua história e, por fim, não podemos desvincular a imagem com sua história da fonte da representação, ou seja, de Maria de Nazaré. E o que ou quem é representado pela imagem de Nossa Senhora Aparecida? A imagem de Nossa

Senhora Aparecida representa imediatamente toda a história de intervenções em favor de pessoas escravas, pobres, enfermas ou simplesmente aflitas. Pessoas que pediram a intercessão da Mãe de Deus, ou seja, daquela que foi escolhida e deu seu sim para a encarnação do Filho (Gl 4,4). A imagem de Nossa Senhora Aparecida representa aquela mulher que sendo mãe de Jesus, foi também sua primeira e mais fiel discípula. Aquela mulher que encontramos em seu nascimento (Lc 1,18-25) e aos pés da cruz (Jo 19,25). Aquela mulher que soube guardar e meditar tudo o que vivenciava em seu coração (Lc 2,19.51). Mulher que encontramos animando os apóstolos na missão que começavam (At 1,14). Costumamos chamar o discurso teológico acerca de Maria de mariologia (alguns preferem marialogia). Como a teologia católica em geral, a mariologia recebeu um grande impulso dos movimentos teológicos (sobretudo bíblico, pa-

trístico e litúrgico) que possibilitaram a renovação trazida pelo Concílio Vaticano II (1962-65). Um dos eixos dessa renovação foi uma volta às fontes, sobretudo às Sagradas Escrituras, entendidas como a alma de toda teologia (Dei Verbum 24). Assim, nossa devoção e nosso discurso sobre Nossa Senhora Aparecida tem seu fundamento último na Bíblia, especificamente no Novo Testamento, onde nos deparamos com a mãe de Jesus, Maria de Nazaré. É uma aventura emocionante percorrê-lo sempre de novo. É o que faremos ao longo deste ano mariano. Encontraremo-nos com aquela que diante do mistério foi capaz de entregar-se por inteira: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Pe. Luiz Antonio Belini Quinta do Sol

labelini2016@gmail.com


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Giro de notícias

Celebração em ação de graças pelos 50 anos da paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol, dia 6 de janeiro.

“A porta da Misericórdia se fechou, mas o coração misericordioso de Deus continua sempre aberto”, foram as palavras do Papa Francisco ao encerrar o ano Santo da Misericórdia, em novembro de 2016, lembradas por Dom Javier no final da celebração de instalação canônica da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São João Paulo II, dia 25 de dezembro.

Investidura de 8 coroinhas na paróquia São João Batista de Peabiru, dia 18 de dezembro.

Equipe da encenação na noite de Natal na paróquia São José Operário de Rancho Alegre d’Oeste.

Formação de agentes da Pastoral do Dízimo na paróquia São Francisco de Assis de Águas de Jurema, em janeiro.

Acólitos da paróquia São Francisco de Assis da Vila Teixeira após missa na Catedral São José de Campo Mourão, dia 11 de dezembro.

Foto após a missa de abertura da 41ª Convivência dos Seminaristas e Padres da Diocese de Campo Mourão, dia 13 de dezembro.

Grupo de Oração do Movimento de Cursilho Jovem da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Nova Cantu, após um dos encontros.

A 47ª Rota da Fé será entre a Catedral São José de Campo Mourão e o Santuário São José de Apucarana, no dia 19 de março, dia de São José.

Missa em ação de graças pelo ano de 2016, na paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus de Juranda, dia 31 de dezembro.

Chegada da Companhia Irmãos Mariano à igreja da paróquia São Pedro de Paraná d’Oeste, momentos antes da missa da Epifania do Senhor.

Pe. Ricardo Arica Ferreira é empossado pároco da paróquia São Gabriel Arcanjo e São Sebastião de Ivailândia em celebração no dia 31 de janeiro.

3º Cenáculo de Maria da diocese de Apucarana, realizado na paróquia São João Batista de São João do Ivaí, de 20 a 22 de janeiro, com 116 participantes.

Integrantes do Movimento Cenáculo de Maria da paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol após uma missa na capela Nossa Senhora Aparecida, no assentamento Marajó, dia 20 de novembro.

Adolescentes do Pós Crisma da paróquia Santo Antonio de Araruna com o Pe. Pedro Speri. O grupo realizou o Natal Solidário, conseguindo 15 cestas básicas para carentes e 9 meses de leite especial para uma criança.

Despedida do Pe. Luciano Wanderley Sant’Anna na capela São José de Ourilândia, dia 24 de dezembro. O sacerdote deixa a paróquia do Santuário Diocesano Santa Rita de Cássia de Barbosa Ferraz.

Primeiro Renascer, com 29 seminaristas das casas de Terra Boa, Lavras, MG, e Taubaté, SP, realizado na paróquia São Judas Tadeu de Terra Boa, em janeiro - Congregação Sagrado Coração de Jesus.


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Missa em ação de graças pelos 22 anos de ordenação do Pe. Reinaldo Kuchla, dia 10 de dezembro, na paróquia São Francisco de Assis da Vila Teixeira, Campo Mourão.

Retiro de encerramento das atividades do ano e eleição da nova coordenação do grupo JUAC (Pastoral da Juventude) da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Nova Cantu, dia 18 de dezembro.

Missa em ação de graças pelo ano, na noite de 31 de dezembro, no Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida de Campo Mourão, presidida por Dom Francisco Javier.

Jubileu de prata de ordenação presbiteral do Pe. Roberto Carlos Reis, dia 22 de janeiro, na paróquia São Francisco de Assis da Vila Teixeira.

Celebração do Natal na paróquia São Pedro de Roncador.

Sacramento do Batismo na paróquia Santa Rosa de Lima de Iretama, em janeiro.

Solenidade da Virgem Maria, Mãe de Deus, na paróquia Santo Antônio de Mariluz.

Oitavo dia da novena, dia 30 de janeiro, em preparação à festa da padroeira Nossa Senhora das Candeias. em Goioerê.

Batizado de um garoto na comunidade Beato Paulo VI, em Quebo, na GuinéBissau, onde o Pe. Ivan Luiz Walter está em missão, dia 15 de janeiro.

Posse do Pe. Luciano Wanderley Sant’Anna como pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Quarto Centenário, no dia 27 de janeiro.

Celebração da Epifania do Senhor na paróquia Nossa Senhora do Caravággio do Lar Paraná, Campo Mourão, dia 8 de janeiro.

Posse do Pe. Paulo Versari Conceição como pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima do Jardim Tropical II, Campo Mourão, no dia 30 de janeiro.

A Ir. Helena Makiyama, Jilvan Ribeiro e Nelson Santos participaram do Seminário de Comunicação, em preparação ao 14° Intereclesial Nacional das CEBs, nos dias 23 a 28 de janeiro, em Londrina. O Intereclesial será em janeiro de 2018.

Foto após a missa do padroeiro da capela São Sebastião de Alto Palmital, pertencente à paróquia Nossa Senhora da Guia de Boa Esperança, dia 20 de janeiro.

Dom Francisco Javier, padres e diáconos na posse do Pe. Willian Oliveira Lopes como pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus de Jussara, dia 29 de janeiro.

Missa da festa da Apresentação do Senhor e 1ª reunião do clero do decanato de Campo Mourão sob a coordenação do Pe. André Arnaldo Rodrigues Camilo, dia 2 de fevereiro.


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Centenário de Nossa Senhora de Fátima

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o dia 13 de maio de 1917, teve início o ciclo das aparições, em Portugal. A Virgem apareceu às crianças Lúcia de Jesus (10 anos), Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto (7 anos), durante alguns meses, sempre no dia 13. Neste ano, celebra-se o primeiro centenário das aparições. Das 41 paróquias da diocese de Campo Mourão, 3 têm Nossa Senhora de Fátima como padroei-

ra: paróquias de Nova Cantu, de Quarto Centenário e do Jardim Tropical II, em Campo Mourão. A celebração do 13 de maio deste ano terá um significado todo especial para estas comunidades. No caso da paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima do Jardim Tropical II, houve a abertura da celebração do centenário na missa do dia 31 de dezembro de 2016. Em janeiro deste ano, o Pe. Alfredo Rafael Belinato Barreto, que era pároco da paróquia do Jardim Tropical II, até o final do ano passado, levou para Portugal a programação da celebração do centenário das aparições, na paróquia de Campo Mourão. Em Fátima, o material elaborado na paróquia, foi entregue na Cova da Iria, local das aparições.

Jd. Tropical II

Nova Cantu

Quarto Centenário

Pe. Alfredo Rafael com dom Antonio Marto, bispo de Leiria-Fátima

Santa Missa passo a passo: Liturgia da Palavra I

Estimados irmãs e irmãos, prosseguindo nossa reflexão acerca da Liturgia da Missa, adentremos na Liturgia da Palavra. Na celebração da Santa Missa estamos diante de duas mesas: da Palavra e da Eucaristia, que formam entre si uma unicidade. O Concílio Vaticano II buscou ouvir religiosamente a Palavra de Deus nas palavras de São João: “anunciamos-vos a vida eterna, que estava junto do Pai e nos apareceu: anunciamos-vos o que vimos e ouvimos, para que também vós vivais em comunhão conosco, e a nossa comunhão seja com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo” (1Jo 1, 2-3). Com isso a mesa da Palavra torna-se um diálogo vivo e eficaz – Deus fala ao homem e

este o escuta. Esta proximidade de Deus é explicada a partir da natureza e revelação que está expresso no documento Conciliar Dei Verbum, onde afirma que: “Aprouve a Deus na sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cf. Ef 1,9), segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina (cf. Ef 2,18; 2Pd 1,4). Em virtude desta revelação, Deus invisível (cf. Cl 1,15; 1Tm 1,17), na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos (cf. Ex 33, 11; Jo 15,14-15) e convive com eles (cf. Br 3,38), para os convidar e admitir à comunhão com Ele” (DV, 2). Esta comunhão se dá na união das duas mesas; expressando seu amor, dá ao homem a salvação, mostrando o caminho da plena felicidade. A Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), apresenta a Liturgia da Palavra como constituída pelas

leituras da Sagrada Escritura, com seus cantos intercalados. Tendo como conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal (n.55). Pelas leituras Deus fala ao povo, “revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual”. Cristo se faz presença em meio aos fiéis. É um caminho belo que a Liturgia da Palavra nos oferece; o povo, tomando para si as palavras de Cristo, dá seu “sim” por meio da Profissão de Fé. Mas tudo isso é envolvido por um sentimento que brota do silêncio interior que cada fiel constrói dentro de si, por isso que o silêncio na Liturgia da Palavra é de suma importância pois favorece a meditação. A pressa e o barulho demasiado impedem o recolhimento, prejudicando assim o caminho rumo à comunhão plena com Cristo que parte da mesa da Palavra e é levada até a mesa da Eucaristia. Por isso que “o conhecimento e o estudo da Palavra de

Deus permitem-nos valorizar, celebrar e viver melhor a Eucaristia; também aqui se mostra em toda a sua verdade a conhecida asserção: ‘A ignorância da Escritura é a ignorância de Cristo’” (Sacramentum Caritatis, 45). Busquemos, pois, viver a experiência da Palavra de Deus em nossa vida.

Seminarista Wesley de Almeida 4º ano de Teologia wesley-almeidacm@hotmail.com


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Transferências de padres neste início de ano

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omo é de praxe no início de cada ano, acontecem algumas transferências de padres, de acordo com a necessidade e para o bom andamento dos trabalhos nas 41 paróquias da diocese. Os párocos são empossados e, os vigários, apenas apresentados à nova comunidade. O Pe. Luciano Wanderley Sant’Anna, que era vigário no Santuário Diocesano Santa Rita de Cássia de Barbosa Ferraz desde 2015, foi empossado pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Quarto Centenário, no dia 27 de janeiro. O Pe. Willian Oliveira Lopes deixou a Catedral São José de Campo Mourão, onde trabalhou como colaborador em 2016, e foi empossado pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus de Jussara, no dia 29 de janeiro. O Pe. Paulo Versari Conceição deixou a função de vigário da paróquia São Francisco de Assis da Vila Teixeira, Campo Mourão e foi empossado pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima do Jardim Tropical II, também em Campo Mourão, no dia 30 de janeiro. O Pe. Ricardo Arica Ferreira, além de Reitor do Sem. Propedêutico São José, acumula a função de pároco da paróquia São Gabriel Arcanjo e São Sebastião de Ivailândia. Sua posse foi no dia 31 de janeiro. O Pe. Roberto Carlos Reis, Reitor do Sem. de Filosofia em Maringá, deixou a paróquia Divino Espírito Santo de Fênix, onde trabalhou por 3 anos, e tomou posse como pároco da paróquia Nossa Senhora das Graças de Engenheiro Beltrão, no dia 3 de fevereiro. O Pe. Gerson de Araújo Costa deixou a paróquia de Ivailândia e, além da Reitoria do Sem. de Teologia em Cambé, assume a função de pároco da paróquia Divino Espírito Santo de Fênix, no dia 5 de

fevereiro. Pe. José Coelho Pereira, após 6 anos como pároco em Engenheiro Beltrão, será vigário na paróquia Nossa Senhora das Graças e no Santuário Diocesano Santa Rita de Cássia, ambos de Barbosa Ferraz. Pe. Apolinário João da Silva é transferido de vigário de Janiópolis para a paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus de Campina da Lagoa. Pe. José Aparecido Alves Ferreira, pároco de Jussara até 2016, será vigário na paróquia São Francisco

de Assis de Campo Mourão. Pe. Dirceu Aparecido Sabino, recém ordenado, será vigário paroquial na paróquia Nossa Senhora das Graças de Engenheiro Beltrão. O Pe. Alfredo Rafael Belinato Barreto, deixou a função de pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima em Campo Mourão, e passou a ser vice-reitor do Seminário de Teologia Dom Virgílio de Pauli de Cambé, PR, acumulando as funções de chanceler do bispado e professor na PUCPR – Londrina.

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Congregações O Pe. Guido José Kievel, SCJ, deixa a paróquia São Judas Tadeu de Terra Boa e assume como pároco o Pe. Robson Rocha da Silva, SCJ, até então, vigário na mesma paróquia. A posse é no dia 4 de fevereiro. Na paróquia São João Batista de Peabiru, despede-se o vigário Pe. Alexandre Surdi, CSF, e chega o Pe. Ailton Ludovico da Silva, CSF, também na função de vigário paroquial.

Pároco e vigário: um manda e o outro obedece? Qual a diferença?

Na diocese de Campo Mourão é muito comum encontrar paróquias nas quais trabalham dois ou mais padres: pároco e vigário(s). Às vezes muitos fiéis não conseguem distinguir suas funções e outros acham que o vigário é apenas um subordinado que deve cumprir as ordens dos párocos. Sabe-se, porém, que tanto o pároco quanto o vigário paroquial, possuem o mesmo grau da ordem, tornando-se assim irmãos no presbitério. Cabe ao vigário paroquial, no entanto, a responsabilidade canônica de cooperar com o pároco na solicitude pastoral da comunidade. Diz o Código de Direito Canônico-CIC (cân. 545, § 1) que “para o adequado cuidado pastoral da paróquia, sempre que for necessário ou oportuno, pode-se dar ao pároco um ou mais vigários paroquiais que, como cooperadores do pároco e participantes da sua solicitude prestem sua ajuda no ministério pastoral, de comum acordo e trabalho com o pároco”. Diz ainda o CIC (cân. 548, § 2) que “salvo determinação expressa em contrário no documento do bispo diocesano, o vigário paroquial, em razão de seu ofício, tem obrigação de ajudar o pároco em todo o ministério paroquial, exceto na aplicação da missa pelo povo; tem obrigação também de substituí-lo, se necessário, de acordo com o direito”. O que o Código quer expressar é que deve haver uma unidade e comunhão nos trabalhos paroquiais realizados por ambos os padres em suas funções, conforme vemos no Cân. 548, § 3: “O vigário paroquial refira regularmente ao pároco as iniciativas pastorais programadas e assumidas, de modo que o pároco e o vigário ou vigários estejam em condições de assegurar, com empenho comum, o cuidado pastoral da paróquia, da qual são conjuntamente responsáveis”. Onde vemos a diferença? O pároco responde juridicamente pela paróquia (cf. cân. 532). Sendo assim, fica a ele a maior responsabilidade, principalmente quanto à administração dos bens e financeira, conforme obrigações estabelecidas nos Cânones 528, 529, 530, 535, 536 e 1281 a 1288 do Código de Direito Canônico. Já, pastoralmente, tanto o pároco como o vigário paroquial possuem a mesma responsabilidade. O Código de Direito Canônico (Cân. 550, § 2) orienta ainda que deve haver vida comum na casa paroquial para favorecer a comunhão e a participação. E prevê que o Bispo Diocesano destitua o Vigário Paroquial por justa causa a qualquer momento (Cân. 552). Segundo nosso bispo diocesano Dom Francisco Javier Delvalle Paredes, o pároco e o vigário paroquial precisam formar numa paróquia uma equipe em comunhão, e nunca viver no isolamento, para não se tornarem um contra testemunho para comunidade que servem, como lembra Jesus: “no meio de vós como aquele que serve (Mt 22,27). Por isso, orienta a Igreja, o pároco não deve se sentir menor ao compartilhar responsabilidades com o vigário e nem o vigário pode se sentir explorado por isso, mas ambos sentirem-se responsáveis pela Igreja, sempre atento ao princípio de comunhão.


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Fraternidade O Caminho realiza Kairós

m ação de graças pelos 10 anos da existência da missão Campo Mourão, a Fraternidade O Caminho realizou o Kairós no dia 11 de dezembro. Campo Mourão foi a primeira missão aberta no estado do Paraná. O evento aconteceu no Seminário São José de Campo Mourão e contou com a presença do fundador Pe. Gilson Sobreiro, frei Boaventura (atualmente, em missão no Paraguai), religiosos, leigos, juventude O Caminho e amigos da obra. Ao longo do dia houve pregações, louvor, a Santa Missa. teatro, terço e o encerramento com A renda obtida no evento será

utilizada para a construção do piso do Rincão, que se localiza na Vila

Franciscana, próximo ao Hospital Santa Casa.

A formação sacerdotal a partir da Conferência de Santo Domingo (República Dominicana - 1992) A IV Conferência geral do episcopado latino-americano foi celebrada em Santo Domingo, na República Dominicana, em outubro de 1992, treze anos após Puebla, no México. O tema central das reflexões foi “Nova Evangelização, Promoção Humana e Cultura Cristã”. Com “Nova Evangelização” se pretendia afirmar que o labor missionário requeria conversão pessoal e pastoral por parte da Igreja e dos missionários evangelizadores, a fim de que mediante o testemunho de uma Igreja fiel à sua identidade, os homens e os povos pudessem continuar a encontrar Jesus Cristo e nele a sua verdadeira vocação e caminho para uma humanidade melhor. Já no discurso inaugural da conferência o papa João Paulo II deu a entender qual era o papel do presbítero dentro deste contexto: “condição indispensável para a Nova Evangelização é poder contar com evangelizadores numerosos e qualificados. Por isso, a promoção das vocações sacerdotais e religiosas deve ser uma prioridade dos bispos e um compromisso de todo o povo de Deus” (DI, n. 26). Assim se reafirmava o que as conferências anteriores já haviam pedido acerca da promoção vocacional em uma realidade cada vez mais

desafiadora e que sofria com a escassez de vocações e um número insuficiente de pastores em relação à demanda evangelizadora. Os bispos compreenderam bem o apelo da realidade latino-americana e para inculturar o Evangelho naquela atual situação do continente, pensaram em meios, ações e atitudes para pôr este Evangelho em diálogo com a cultura e a modernidade. Um destes meios era a indispensável promoção e valorização de vocações oriundas de ‘culturas específicas’, tais como afrodescendentes e indígenas, como meio eficaz para que os pastores conseguissem compreender e dialogar com a realidade dos povos e anunciar-lhes o evangelho de Cristo, uma vez que a evangelização de 500 anos atrás, na descoberta do Novo Mundo (América) não fora tanto marcada pelo diálogo com a cultura. Por esses motivos, o documento conclusivo de Santo Domingo, quando trata a respeito da formação sacerdotal, pede uma séria revisão da orientação do trabalho formativo, que parte dos seminários, para corresponder às exigências da Nova Evangelização, com aplicações concretas nos campos de promoção humana e da enculturação do Evangelho. Trata-se, portanto, de uma séria formação integral, na qual se dá especial atenção àqueles candidatos que

vem de cultura indígena e afro americanas, e à família que é a primeira comunidade evangelizadora, e que deve ser acolhida pelos bispos, párocos e comunidades religiosas em uma autêntica e séria pastoral familiar (cf. SD, n. 64). Antes de Santo Domingo, João Paulo II havia publicado a Ecclesia in America (1999). Ali já se referia à importância da Pastoral Vocacional, ao cultivo dos ambientes onde nascem as vocações, e a responsabilidade que tem os bispos e presbíteros de estimular as vocações com o convite explícito, mas, sobretudo, com o testemunho da alegria, do entusiasmo e da santidade de vida (EA, n. 40). Para o santo Padre, os bispos e presbíteros como autênticos formadores devem promover nos candidatos ao sacerdócio a observação crítica da realidade para que sejam capazes de discernir os valores e contra-valores da cultura, condição indispensável para estabelecer um diálogo construtivo com o mundo. Por fim, se pode dizer que Santo Domingo, no que tange a formação sacerdotal, destacou ainda a importância da espiritualidade de comunhão que deve ser vivida nos seminários, bem como o acompanhamento fiel da parte dos formadores para que os seminaristas adquiram adequada maturidade afetiva, sólida prepa-

ração intelectual, e formação inculturada. Disso veio orientação para que os bispos procurassem ser rigorosos na seleção dos formadores nos seminários, aproveitando para isso os cursos oferecidos pelo CELAM e outras instituições, buscando assegurar a presença de uma equipe formadora bem preparada antes de abrir um seminário (cf. SD, n. 84). Ao desejar a todos os leitores do Jornal Servindo um feliz e abençoado 2017, reafirmo o pedido para que não cessem de rezar pelos nossos seminaristas, e que façam preces por nós formadores, a fim de que a graça divina nos preceda na tarefa de formar os futuros pastores de nossa tão querida diocese de Campo Mourão. Que Deus os abençoe!

Pe. Willian Oliveira Lopes Seminário N.S de Guadalupe – Maringá wlopes_dcm@hotmail.com


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FEVEREIRO/2017

CALENDÁRIO FEVEREIRO/2017 Data

Hora

2

19:30

3a5

O Que?

Quem?

BALANCETE NOVEMBRO/2016

Para Quem?

Estudo CF 2017

Agentes de pastorais e outros

Onde? Juranda

Retiro

Diáconos e esposas

Diáconos e esposas

Recanto Pascal, Maringá

4e5

14:00

Reciclagem

Cursilhos

Mensageiros

CDF - Lar Paraná

4

15:00

Encontro de Formação

Pastoral da Sobriedade

Coordenadores paroquiais

A definir

4

14:00

Reunião diocesana

Mov. Cenáculo de Maria

Coordenadores paroquiais

Ubiratã

08:00

Escola de lideranças São João

17:00

Paulo II

Decanato de Juranda

Jovens

Mamborê

Curso de formação

Padres e diáconos

Padres e Bispos

CDF - Lar Paraná

Coordenação Setor e Núcleos

Maringá

5 6 a 10 7

09:00

Reunião Núcleo Maringá

Pastoral da Criança

10

20:00

Estudo CF 2017

Agentes de pastorais e outros

11 e 12

08:00

1ª etapa de formação

MECEs

Novos MECEs

CDF - Lar Paraná

11

Reunião dioesana

Pastoral da Criança

Coord. Ramo e Área

Casa Sede

11

Romaria Nacional

Pastoral da Saúde

Agentes

Aparecida, SP

Santuário N. Sra. Aparecida Campo Mourão

11 e 12

08:00

Encontro Dioc. de Formação

RCC

Coordenadores e servos

Campo Mourão

11

13:00

Reunião Preparatória

Apostolado da Oração

Coordenadores paroquiais

Centro Catequético da catedral

11 e 12

08:00

Escola Diaconal

Aspirantes ao diaconato

Aspirantes ao diaconato

Seminário São José

Coordenação diocesana

Coordenação diocesana

Curitiba

Agentes de pastorais e outros

Assessores da Escola Bíblica

Engenheiro Beltrão

Encontro de Coordenadores

11 e 12 11 11 12

da Catequese 14:00 17:00

Estudo CF 2017

14:00

Escola Bíblica

08:00

Escola de lideranças São João

Lideranças paroquiais e

Juranda

interessados

17:00

Paulo II

Decanato de C. Mourão

Jovens

Jd. Alvorada

13

19:30

Reunião

Assessores da Escola Bíblica

Assessores da Escola Bíblica

CDF - Lar Paraná

14

19:30

Reunião ordinária

Vicentinos

Associados

Centro Catequético da catedral

16

19:30

Assembleia eletiva

Pastoral da Criança

Líderes

Paróquia do Lar Paraná

Equipe CDAE, decanos, 16

19:30

Reunião

assessores, coordenadores de

CDF - Lar Paraná

pastoral, etc 17 a 19 18 18 18

Assembleia regional 08:00

2º Módulo da Escola Dioc.

18:00

Bíblico Catequética Emaús

08:30 08:30 16:30

18 e 19 18 18 e 19 18 18

19

Dec. Juranda Assembleia

Coordenadores

Pastoral Catequética

3 catequistas por paróquia

Pastoral da Criança

Líderes

Pastoral da Educação

08:30 08:00 08:00 18:00 14:00 17:00

13:30 09:00 15:00

Capacitação para articulador de saúde

Santuário N. Sra. Aparecida Campo Mourão Mamborê

A definir Pastoral da Criança

Casa Sede Coordenadores diocesanos e

Evento regional da Pascom

jornalistas 3 catequistas por paróquia

Estudo CF 2017

Agentes de pastorais e outros

Reunião Ampliada Regional

Grupos de Reflexão

Coordenadores diocesanos

Curso de dirigentes

Mov. Cenáculo de Maria

Interessados

IAM

CDF - Lar Paraná Santuário N. Sra. Aparecida -

2° Módulo Escola Emaús

Espiritualidade Missionária

Curitiba

A definir

Acampamento JC

18 e 19 19

Capacitação brinquedista-

Cursilhos

Campo Mourão Iretama

Coordenadores, adolescentes e assessores

Curitiba Santuário N. Sra. Aparecida Campo Mourão Iretama

20

19:30

Aula inaugural-Mariologia

22

19:30

Reunião

Pastoral Indígena

Convivência

Neocatecumenato

Comunidade

CDF - Lar Paraná

Juventude Missionária

Juventude Missionária

Barbosa Ferraz

23 a 26

Missão Estadual da Juventude

25 a 28

Missionária

CDF - Lar Paraná

25 a 26

13:00

Reunião

Grupo de Oração Jovem

Grupo de Oração Jovem

A definir

26

08:00

Ecafo

Vicentinos

Associados

A definir

27

20:00

Carnaval com Cristo

Expressões Juvenis

Jovens

Barbosa Ferraz

28/2 a

19:30

Aula da Escola Pe. Yves

10/7

22:30

Pouliquen

Alunos

Alunos

Escola de Teologia

ANIVERSÁRIOS / FEVEREIRO 2017 Padres e diáconos

1 - Pe. Carlos Alberto Rodrigues da Silva – Nascimento 2 - Pe. Deniz Aparecido Ferreira – Ordenação 2 - Pe. Roberto Carlos Reis – Ordenação 3 - Pe. Alfredo Rafael Belinato Barreto – Ordenação 5 - Pe. Benedito Batista – Ordenação 7 - Pe. André Arnaldo Rodrigues Camilo – Nascimento 8 - Pe. Jurandir Coronado Aguilar – Nascimento 9 - Pe. Jorge Pereira da Silva – Ordenação 11 - Pe. José Gonçalves de Almeida – Ordenação 12 - Pe. Aédio Odilon Pego – Nascimento 12 - Pe. Ivan Luiz Walter – Ordenação 13 - Pe. José Maria Mendonça – Nascimento 14 - Pe. Nilson Reis Gonçalves – Ordenação 15 - Diác. Valdeci Pereira Lima – Nascimento 15 - Pe. José Carlos Kraus Ferreira – Ordenação 16 - Diác. Adão Antônio Jorge – Nascimento 17 - Pe. Paulo Roberto de Lima – Ordenação

MANUTENÇÃO DA CÚRIA E IMÓVEIS Despesas com Água/Energia/Telefone/Correio e Alarme 2.050,29 Locação Sistema Contabilidade/Folha Pgto 753,28 Encargos Sociais: INSS+FGTS+PIS+IRRF 35.040,56 Combustível 2.753,32 Fundo de Reserva 27.553,88 Côngruas/Salários/Alimentação 89.622,96 Plano de Saúde 9.820,00 Capela Santa Paula Elisabete Cerioli 923,64 Mensalidade do Prever 32,00 Despesas Mat. Expediente 720,45 Despesas Mat. Uso/Consumo/Limpeza/Café 677,51 Atlântico CM Empreend 60/60 Ref. 2 Terrenos Jd Botânico II 3.438,37 Advocacia Andrade & Rodrigues 4.400,00 Mestrado Dir. Canônico - Carlos Nunez e Pe.André Camilo 1.908,60 Mestrado Direito Canônico - Pe. Gianny e Pe. Wagner 2.810,00 Pós-Grad. Latu Sensu Espiritualidade 1 - Sem. Fernando 747,11 Graduação Psicologia - Pe. Ricardo 480,00 Despesas c/ Aquisição Euros - Pe. Jilliard 3.950,00 Despesas c/ Retiro do Clero 2.415,17 Despesas c/ Almoço da Província 400,00 Repasse a CNBB para Formação de Novos Padres 1.500,00 Repasse a Mitra Diocesana de Paranaguá 1.500,00 Tribunal Eclesiástico - Arquidiocese de Maringá 1.821,98 Repasse p/ Conta Estudos 4.243,00 Despesas com Viagens 620,34 Despesas com Farmácia 782,99 Despesas Médico/Hospitalares 750,00 Despesas com Veículos 2.261,00 Despesas com Materiais Litúrgicos 16.980,89 Despesas com Cartório 317,10 Despesas com Regularização de Imóveis 7.286,21 Manutenção e Conservação - Cúria 916,87 Construção Casa Bispo 46.594,44 Construção Refeitório Santa Casa 45.000,00 Liberty Seguros - Veículos Cúria - Parcela 4/5 3.800,07 Liberty Seguros - Seminário e Casa de Encontro - Par. 3/4 652,37 Água Mineral 27,00 Prever Flores Ltda 350,00 Assinatura Jornal Tribuna do Interior 170,00 Brindes e Presentes 429,25 Doação 120,00 326.620,65

17 - Pe. Valdecir Liss – Ordenação 17 - Pe. Willian Oliveira Lopes – Ordenação 18 - Pe. Ediberto Henrique de Mercena – Ordenação 19 - Pe. Lussamir Rogério de Souza – Ordenação 19 - Pe. Ricardo Arica Ferreira – Ordenação 19 - Pe. Sidinei Teixeira Gomes – Nascimento21 - Pe. Gessi de Matos – Nascimento 22 - Pe. Luciano Wanderley Sant’Anna – Ordenação 23 - Pe. Jilliard Adolfo de Souza – Ordenação 25 - Pe. Genivaldo Barboza – Ordenação 27 - Dom Francisco Javier Delvalle Paredes – Ordenação Episcopal 28 - Pe. André Arnaldo Rodrigues Camilo – Ordenação

Seminaristas

6 - Waldir Romero Junior, Teologia 14 - Milton Grégory Greco, Filosofia

RESIDÊNCIA EPISCOPAL Despesas com Água/Energia e Telefone Despesas Mat. Uso/Consumo/Limpeza

784,24 219,80 1.004,04

CASA DO BISPO Despesas com Água/Energia/Telefone/Internet/Uol/Sky 721,57 Salários 1.206,34 Alimentação 885,79 Lavanderia São Paulo 155,00 2.968,70 OUTROS (Água, luz, telefone, manutenção, etc) Seminário São José - Campo Mourão 1.793,86 Centro Past. Dom Virgílio de Pauli 816,85 Centro Past. Dom Eliseu 705,52 3.316,23 REPASSE DA CÚRIA Semin. Proped. São José - Campo Mourão 8.429,00 Semin. de Filosofia N. S. Guadalupe - Maringá 15.705,00 Semin. de Teologia Dom Virgílio - Cambé 14.185,00 38.319,00 RESUMO GERAL Entradas Contribuição das Paróquias 201.080,00 Contribuição Ref. 13º Salário 16.745,00 Doação dos Crismandos 8.160,00 Reembolso Encargos-Pis/Secraso/Senalba 2.580,73 Reembolso Correio/Labore/Cartório 225,00 Reembolso Materiais Litúrgicos 15.635,00 Reembolso Itaú-Cursos/Mestrado/Pós-Padres 4.525,00 Reembolso Itaú-Fundo-Reforma/Construção 63.324,70 Repasse Paróquias 1% CNBB 1.982,56 Casa de Formação 3.530,00 Receb.Venda de Veículo 500,00 Venda de Grãos 62.928,30 Resgate Poupança da Misericórdia 45.000,00 426.216,29 Saldo anterior (31/10/16) + entradas 532.035,02 Saídas Manutenção da Cúria e Imóveis 326.620,65 Residência Episcopal 1.004,04 Casa do Bispo 2.968,70 Centro Pastoral Dom Virgílio de Pauli 816,85 Centro de Pastoral Dom Eliseu 705,52 Seminário São José 1.793,86 Seminário Propedêutico São José C. Mourão 8.429,00 Seminário Filosofia N. Sra. Guadalupe - Mgá. 15.705,00 Seminário de Teologia Dom Virgílio - Cambé 14.185,00 372.228,62


16

O

FEVEREIRO/2017

Clero diocesano participa de formação sobre Missiologia

Pe. Manuel Hurtado, SJ, 49 anos, de Cochabamba, Bolívia, assessorou a formação do clero da diocese de Campo Mourão de 7 a 10 de fevereiro, no Centro de Formação do Lar Paraná, Campo Mourão. O assessor teve parte de sua formação no Brasil, onde já trabalhou durante vários anos. Sua pós-graduação foi na Europa e EUA. Dom Francisco Javier Delvalle Paredes, bispo diocesano, participou da formação. “Fui convidado para a formação anual do clero e escolheram como tema Missiologia”, disse o Pe. Manuel Hurtado, informando que apresentou uma visão panorâmica daquilo que é a Missiologia. “Destaquei alguns temas que, pela atualidade, convém que sejam pensados pelo clero, pelos cristãos, que são toda a dimensão missionária da Igreja, isto é, toda a Igreja em saída, como foi a formulação do papa Francisco”, afirmou o assessor, dizendo que a Igreja em saída “não é uma invenção do papa, mas é algo que vem de séculos na tradição da Igreja de pensar a atividade missionária como uma saída para anunciar o Evangelho, para anunciar a pessoa de Jesus Cristo”. O pós-doutourado Pe. Manuel acrescentou que durante os dias da formação ele ofereceu “elementos da disciplina de Missiologia e temas da mesma para ajudar a atividade missionária na diocese de Campo Mourão e atividade eclesial de conjunto”, concluiu.

Sobre o assessor O Pe. Manuel Hurtado, da congregação dos padres jesuítas, é professor de Teologia Sistemática e todas as disciplinas das religiões, diálogo inter-religioso e Teologia comparativa das religiões. O sacerdote boliviano afirmou ter especial interesse

Bispo, padres e diáconos reunidos

pela pesquisa sobre as religiões ameríndias. Ele já ministrou aulas no Instituto Latino-Americano de Teologia, em Cochabamba, e trabalhou durante 10 anos na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia em Belo Horizonte, MG. Agora, está retornando para a Bolívia. O Pe. Manuel é graduado em Teologia Sistemática/Dogmática. Parte de sua formação foi na Universidade Católica da Bolívia e, a outra, em Belo Horizonte. Seu Mestrado e Doutorado foram em Paris e, pós-doutorado, na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Opinião “É muito interessante a gente rever assuntos como este, já estudados há anos, no seminário, para reavivarmos em nós este espírito que, na verdade, como dizia o assessor (Pe. Manuel Hurtado, SJ) ‘a missão é o espírito condutor da Igreja e condutor de toda a ação da Igreja’”, afirmou o Pe. Genivaldo Barboza, que atuou como missionário na então nova diocese de

Serrinha, BA, em 2007, logo após sua ordenação presbiteral. “Achei muito interessante o que ele disse: a Igreja sem a missão, ou seja, não missionária, ela deixa de ser Igreja”, prosseguiu o sacerdote da diocese de Campo Mourão. “Per-

cebo que ainda há uma grande necessidade de acordarmos para esta realidade de que a Igreja é, por excelência, missionária e, se assim não fosse, ela perderia a sua mística enquanto Igreja”, concluiu o Pe. Genivaldo.

Pe. Manuel Hurtado, SJ


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