Jornal Servindo - Dezembro 2016 e janeiro 2017

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Diocese de Campo Mourão - Paraná Ano 29 - Dezembro 2016 e Janeiro 2017 / Nº 286

Formação e informação a serviço da diocese

Diocese encerra Ano da Misericórdia e abre Ano Mariano A celebração foi na Catedral São José, com procissão até o Santuário Nossa Senhora Aparecida. PÁG. 6

Diácono Dirceu é ordenado presbítero O diácono foi ordenado padre na paróquia Santa Rosa de Lima de Iretama.

PÁG. 8 e 9

Inaugurado espaço para refeições na Santa Casa

Pe. Ivan fala sobre a celebração do Natal na Guiné-Bissau

Assembleia Diocesana é realizada no feriado da República

PÁG. 7

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DEZEMBRO/2016 e janeiro/2017

Palavra do Bispo

Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para prestar-lhe homenagem (Mt 2,2). 1. Queridos irmãos e irmãs, com o tempo do Advento iniciamos um novo Ano Litúrgico. A espiritualidade da primeira etapa deste ano consiste na esperança sincera pela vinda do Salvador celebrada no Natal. Esperança, portanto, é a virtude que traduz o significado das quatro semanas que antecedem as solenidades natalinas. Por que esperança e não expectativa? Porque a primeira é uma das três virtudes teologais (fé, esperança e caridade). Com efeito, a preparação para o Natal quer edificar em nós a passagem da fé puramente abstrata para a fé operosa através da caridade. Nesse movimento a esperança age como via, caminho e porta do renovado crer e agir cristão.

tante por experimentar a presença e o mistério de Deus no cotidiano da história. De fato, Ele é o Emanuel, o Deus conosco. 4. Assim sendo, queridos irmãos e irmãs, o alcance da implicação pastoral do Mistério do Natal é infinito. Enquanto Igreja somos ensinados pelo Menino de Belém, a fim de que tenhamos coragem suficiente para ouvir os sinais dos tempos. Aplicando-nos na concretização da Nova Evangelização respaldada pela conversão pastoral do coração e das estruturas eclesiais, precisamos nos compreender segundo a mística dos pastores na noite do Natal. Eles não apenas ouviram a mensagem dos anjos, mas com pressa a atenderam. Num mundo em que tudo passa velozmente, em que os modismos superam-se a si mesmos e o individualismo relativista propaga-se qual enfermidade mortal, caminham os cristãos portadores da mensagem permanentemente válida.

5. A chegada do Deus feito homem vem mostrar que é aqui, neste contexto por vezes pouco fácil, que precisamos ser sinal do Reino. O tempo de Jesus não era diferente do nosso, pois também comportava severas ambiguidades. Todavia, verdadeiro Deus e verdadeiro homem soube questionar com voz profética as estruturas injustas e atrofiadas, oferecendo condições para que a humanidade contemplasse de modo novo a si mesma, a sua história e o seu futuro. Deste modo, a celebração do Natal não pode ser refém da pura emoção proveniente do romantismo que acaba por converter o menino Jesus numa “fábula” edificante. Celebrar o Natal é olhar para o presépio e descobrir seu significado. É concluir que sob a simplicidade das circunstâncias em meio às quais nasceu 3. No Natal celebramos o Misté- Jesus, esconde-se o grito profético rio da Encarnação do Verbo Divi- de Deus destinado a tocar os ouvino. Em Jesus Cristo, verdadeiro dos do gênero humano. homem, o Filho eterno, verdadeiro Deus, entra na história humana 6. Durante o Advento temos tempo para cumprir o desígnio de salva- para percorrer o caminho de Belém. ção libertando-nos do pecado e da Amparados pelas liturgias, pela Pamorte que nos separavam de Deus. lavra de Deus, pelas novenas celeConsequentemente, a partir deste bradas nos pequenos grupos, somos acontecimento, nossa fé também convidados a discernir o que Deus se transformou. A vinda de Cristo quis dizer ao mundo no Natal de Jeao mundo ensinou que a fé não sus Cristo. Por conta disso a Igreja pode estar resumida num olhar entendeu o Advento à luz da espeopaco para o céu buscando encon- rança. Esperança que além de ser trar o Deus distante. Em Cristo a permanente, aponta para o infinito. fé converteu-se na procura cons- A expectativa é passageira, breve e 2. Por conseguinte, a conversão aparece como sinal concreto do coração realmente sensível à oferta de vida abundante dada pelo Senhor. Converter-se consiste na mudança de vida e de atitudes. Conversão que conduz à alegria típica do Natal. Portanto, o Advento precisa ser tido por nós como tempo de profunda revisão pessoal. Abandonemos sentimentos, comportamentos e palavras que não partilham do amor e do projeto salvífico-libertador de Deus. A conversão se manifesta de diversas maneiras, porém, a mais coerente delas é a partilha oriunda da caridade sincera. Aproveitemos o Advento para exercitar a generosidade, abrir nossos “celeiros” e repartir com os necessitados.

de pouco comprometimento. A esperança, por sua vez, gera vínculo e compromisso. O sujeito da esperança no Advento é a comunidade dos batizados. Por isso, o “eu espero o Natal” cede lugar ao “nós esperamos o Natal”. O “nós” da Igreja confere sentido a esta espera. Quando se trata de Deus não há espaço para o egoísmo! 7. Aproximando-se, pois, a conclusão do ano civil de 2016, desejo manifestar minha inteira gratidão a todos os padres, diáconos, religiosos (as), agentes de pastoral e fiéis leigos, pelo precioso trabalho realizado nas comunidades espalhadas pela Diocese de Campo Mourão. Agradecendo-vos, faço votos para que sob o influxo do Espírito Santo derramado em Pentecostes, construamos uma Igreja cada vez mais ministerial, despojada e samaritana. Tomemos por lição o significado do presépio: no menino indefeso revelou-se a onipotência amorosa de Deus desejoso por salvar o ser humano. A sociedade continua a repetir o questionamento dos Magos: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para prestar-lhe homenagem”(Mt 2,2). Olhando para a Igreja, o mundo pode descobri-lo nela? Olhando para nossa vida cristã, o mundo pode ver ali o Menino Deus? Reflitamos sobre isso... Que o calor proveniente da beleza natalina nos faça solidários uns para com os outros, irmanados sob a guia do único Pastor, Jesus Cristo nosso Senhor! Com meu abraço de pai vão os votos de feliz Natal e abençoado Ano Novo!

Editorial Chegamos à edição que fecha um ano e abre outro! Esta edição, de número 286, corresponde aos meses de dezembro de janeiro. É momento de agradecer a todos pela colaboração e dizer que em 2017, uma vez mais, o Jornal Servindo quer estar junto às comunidades, levando as principais informações da diocese. O Pe. Dirceu Aparecido Sabino já está trabalhando na paróquia Nossa Senhora de Fátima de Quarto Centenário. Sua ordenação presbiteral foi em novembro, conforme matéria nas páginas centrais desta edição. O feriado de 15 de novembro foi de trabalho para representantes das paróquias da diocese, padres, diáconos e coordenadores, que participaram da assembleia diocesana. Página 3. Os acompanhantes de pacientes do Hospital Santa Casa agora têm um lugar para fazer suas refeições. O espaço foi construído pela diocese, como gesto concreto do Ano Santo da Misericórdia. Página 7. Bom Natal e ótimo 2017!

Dom Francisco Javier Delvalle Paredes Bispo da diocese de Campo Mourão


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DEZEMBRO/2016 e janeiro/2017

P

Assembleia Diocesana é realizada no feriado da República

adres, diáconos, representantes CRB, coordenadores diocesanos de pastorais, movimentos e serviços; presidentes e CPPs, coordenadores dos decanatos, equipe ampliada do CDAE e leigos indicados pelos párocos se reuniram no dia 15 de novembro, na sala de reuniões do Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, na Vila Urupês, Campo Mourão. Após a realização das assembleias paroquiais e decanais, aconteceu a diocesana, discutindo o andamento dos trabalhos da Igreja, em toda a diocese de Campo Mourão. A 38ª Assembleia Diocesana reuniu 175 participantes e foi conduzida pelo Pe. Gaspar Gonçalves da Silva, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora – CDAE. Após a oração de abertura, os participantes se organizaram em 10 grupos para o primeiro momento de trabalho, destinado à discussão em equipes menores. Para este momento os participantes foram convidados a partilhar a experiência que fizeram do Planejamento Participativo Pastoral - PPP, nas assembleias decanais, bem como dizer como perceberam o processo de escuta e planejamento e o que precisa ser aperfeiçoado para o trabalho futuro dentro da metodologia do PPP. Ainda nos grupos menores, os representantes de cada decanato apresentaram os núcleos problemáticos eleitos nas assembleias decanais para que todos pudessem discutir sobre os mesmos. Encerrando o trabalho em grupo, escolheu-se um núcleo comum. Ainda na parte da manhã houve plenária e marco teórico, apresentado pelo Pe. Gaspar Gonçalves da Silva. Após o almoço, foram apresentados/discutidos linhas de ação e outros encaminhamentos.

Informações diversas Já teve início o Ano Nacional Mariano, o qual se estende até a festa da padroeira do Brasil, em outubro de 2017. “Gostaria que todos se organizassem para fazer, pelo menos, um dia de visitação ao santuário diocesano”, disse oPe. Carlos Cesar Candido, reitor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, em Campo Mourão. Haverá peregrinação da imagem de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, de 3 de junho a 15 de julho de 2017, na diocese

de Campo Mourão. No dia 16 de julho, haverá a visita da diocese a Paranaguá, onde se localiza o Santuário da padroeira do estado. Em 2017 celebra-se o centenário de aparição de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal. Na diocese de Campo Mourão há 3 paróquias que a tem como padroeira. O Intereclesial das CEBs acontecerá em Londrina, em 2018, e refletirá a Pastoral Urbana. Os símbolos desse evento passarão pela diocese durante o ano de 2017. No próximo ano será elaborado o 20º Plano Diocesano de Ação

Evangelizadora – PDAE, a partir dos desafios (núcleos) elencados na assembleia diocesana. São responsáveis: bispo, CDAE, Ampliada, decanos, representantes diáconos e coordenador geral dos decanatos e outros convidados. Haverá curso de Planejamento Participativo – PPP, com 45h/a, na Escola Diocesana Yves Pouliquen para alunos da escola e lideranças. Programado também, para o ano vindouro, o estudo do Documento 105 (Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da terra e luz do mundo).


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DEZEMBRO/2016 E JANEIRO/2017

DEZEMBRO 2016

DIA

1ª LEITURA

SALMO

JANEIRO 2017

2ª LEITURA

Sl 117 (118) 1.8-9. 19-21. 25-

1

Is 26,1-6

2

Is 29,17-24

Sl 26 (27), 1. 4. 13-14

3

Is 30,19-21.23-26

Sl 146 (147) 1-2. 3-4. 5-6

4

Is 11,1-10

Sl 71,1-2.7-8.12-13.17

Mt 9,27-31 Mt 9,35 - 10,1.68 Rm 15, 4-9

Sl 84 (85),9ab-10. 11-12. 13-

Is 35,1-10

6

Is 40,1-11

7

Is 40,25-31

Sl 102 (103), 1-2. 3-4. 8. 10

8

Gn 3,9-15.20

Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4

9

Is 48,17-19

10

COR

Mt 7,21.24-27

27a

5

EVANGELHO

Mt 3, 1-12 Lc 5,17-26

14 Sl 95 (96), 1-2. 3.10ac. 11-12.

Mt 8,12-14

DIA

1ª LEITURA

SALMO

2ª LEITURA

Gl4,4-7

EVANGELHO

1

Nm 6,22-27

Sl66,2-3.5.6.8

2

1Jo 2,22-28

Sl97 (98),1.2-3ab.3cd-4

Jo 1,19-28

3

1Jo 2,29 - 3,6

Sl97 (98),1.3cd-4.5-6

Jo 1,29-34

4

1Jo 3,7-10

Sl97 (98),1.7-8.9

Jo 1,35-42

5

1Jo 3,11-21

Sl99 (100),2.3.4.5

Jo 1,43-51

6

1Jo 5,5-13

Sl147,12-13.14-15.19-20

Mc 1,7-11

7

1Jo 5,14-21

Sl149,1-2.3-4.5.6a.9b

Jo 2,1-11 Ef 3,2-3a.5-

8

Is 60,1-6

Sl71,1-2.7-8.10-11.12-13

Lc 1,26-38

9

Is 42,1-4.6-7

Sl28,1a.2.3ac-4.3b.9b-10

Sl 1, 1-2. 3. 4.6

Mt 11,16-19

10

Hb 2,5-12

Sl8,2a.5.6-7.8-9

Mc 1,21b-28

Eclo 48,1-4.9-11

Sl 79 (80), 2ac.3b. 15-16. 18-19

Mt 17,10-13

11

11

Is 35, 1-6a.10

Sl 145,7.8-9a.9bc-10

Hb 2,14-18

Sl104,1-2.3-4.6-7.8-9

Mc 1,29-39

12

Gl 4,4-7

Sl 95(96),1-2a.2b-3.10

12

Hb 3,7-14

Sl94,6-7.8-9.10-11

Mc 1,40-45

13

Hb 4,1-5.11

Sl77,3.4bc.6c-7.8

Mc 2,1-12

13

Sf 3,1-2.9-13

14

Hb 4,12-16

Sl18,8.9.10.15

15

Is 49,3.5-6

Sl39,2.4ab.7-8a.8b-9.10

16

Hb 5,1-10

Sl109,1.2.3.4

Mc 2,18-22

17

Hb 6,10-20

Sl110,1-2.4-5.9.10c

Mc 2,23-28

18

Hb 7,1-3.15-17

Sl109,1.2.3.4

Mc 3,1-6

19

Hb 7,25 - 8,6

Sl39,7-8a.8b-9.10.17

Mc 3,7-12

Hb 8,6-13

Sl84,8.10.11-12.13-14

Mc 3,13-19

Hb 9,2-3.11-14

Sl46,2-3.6-7.8-9

13

Mt 11,28-30 Ef 1,3-6.1112

Tg 5, 7-10

Mt 11,2-11 Lc 1,39-47

Sl 33 (34), 2-3. 6-7. 17-18.

Mt 21,28-32

19.23

Is 45,6b-8.18.21b-

Sl 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-

25

14

15

Is 54,1-10

Sl 29 (30), 2.4. 5-6. 11.12a.13b

Lc 7,24-30

16

Is 56,1-3a.6-8

Sl 66 (67), 2-3. 5. 7-8

Jo 5,33-36

17

Gn 49,2.8-10

S. 71 (72), 1-2. 3-4ab. 7-8. 17

Mt 1,1-17

18

Is 7,10-14

Sl 23,1-2.3-4ab.5-6

19

Jz 13,2-7.24-25a

Sl 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17

Lc1,5-25

20

20

Is 7,10-14

Sl 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6

Lc 1,26-38

21

21

Ct 2,8-14

Sl 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21

Lc 1,39-45

22

1Sm 1,24-28

1Sm 2, 1. 4-5. 6-7. 8abcd

Lc 1,46-56

23

Ml 3,1-4.23-24

Sl 24 (25), 4-5ab. 8-9. 10.14

14

24 25

2Sm 7,1-5.8b12.14a.16 Is 62,11-12

Lc 7,19-23

Rm 1,1-7

Sl 88 (89), 2-3. 4-5. 27.29 Sl 96, 1 e6.11-12

Tt 3,4-7

Sl 30(31),3cd-4.6 e 8ab.16bc e

Mt 1,18-24

Sl97,1.2-3ab.3cd-4.5-6

Mc 3,22-30

Lc 1,67-79

Hb 10,1-10

Sl39,2.4ab.7-8a.10.11

Mc 3,31-35

25

At 22,3-16

Sl116,1-2

Mc 16,15-18

26

2Tm 1,1-8

Sl95,1-2a.2b-3.7-8a.10

Lc 10,1-9

27

Hb 10,32-39

Sl36,3-4.5-6.23-24.39-40

Mc 4,26-34

28

Hb 11,1-2.8-19

Lc 1,69-70.71-72.73-75

Jo 20,2-28

28

1Jo 1,5-2,2

Sl 123(124),2-3.4-5.7b-8

Mt 2,13-18

29

1Jo 2,3-11

Sl 95 (96), 1-2a. 2b-3. 5b-6

Lc 2,22-35

1Jo 2,18-21

Sl 95 (96), 1-2. 11-12. 13

Expediente Diretor: Dom Francisco Javier Delvalle Paredes Assessor: Pe. Sidinei Teixeira Gomes Coordenador: Vilson Olipa - (44) 99958-9797 Colunistas: Pe. Alfredo Rafael Belinato Barreto Pe. Willian Oliveira Lopes Maria Joana Titton Calderari Rodrigo Ferreira dos Santos

Mc 3,20-21 1Cor 1,10-

Hb 9,15.24-28

Sl 96(97),1-2.5-6.11-12

31

Jo 1,29-34

24

Mt 10,17-22

Cl 3,12-21

Mc 2,13-17 1Cor 1,1-3

23

1Jo 1,1-4

Sl 127,1-2.3.4-5

22

Lc 1,57-66

27

Eclo 3,3-7.14-17a

Lc 3,15-16.21-

Sl26,1.4.13-14

At 6,8-10; 7,54-59

30

At 10,34-38

Mt 2,1-12

Is 8,23b-9,3

26

17

6

22

Lc 2,15-20

Mt 2,13-15.1923 Jo 1,1-18

COR

Lc 2,16-21

13.17

Mt 4,12-23

Mc 4,35-41 1Cor_1,26-

29

Sf 2,3;3,12-13

Sl145,7.8-9a.9bc-10

30

Hb 11,32-40

Sl30,20.21.22.23.24

Mc 5,1-20

31

Hb 12,1-4

Sl21,26b-27 .28.30.31-32

Mc 5,21-43

31

Mt 5,1-12a

www.diocesecampomourao.com.br Editoração eletrônica Henrique Thomé/Tribuna do Interior Impressão JP Indústria Gráfica LTDA Tiragem 10.000 exemplares Permite-se a reprodução total ou parcial do material veiculado no Jornal Servindo, desde que citada a fonte. As assinaturas do Jornal Servindo podem ser feitas nas secretarias paroquiais da diocese. Informações: jornalservindo@hotmail.com

Universal

DEZEMBRO 2016

O fim dos meninos-soldados. Para que seja eliminada em todo o mundo a praga dos meninos-soldados.

Pela Evangelização Redescobrir o Evangelho na Europa. Para que os povos europeus redescubram a beleza, a bondade e a verdade do Evangelho, que dá alegria e esperança à vida. JANEIRO 2017

Pela Evangelização

Por todos os cristãos, para que, fiéis ao ensinamento do Senhor, se empenhem com a oração e a caridade fraterna no restabelecimento da plena comunhão eclesial, colaborando para responder aos desafios atuais da humanidade.


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DEZEMBRO/2016 e janeiro/2017

Arcebispo brasileiro é criado cardeal Tiziana Fabi/AFP

Encerrando o Ano Santo da Misericórdia, o papa Francisco presidiu o terceiro consistório do seu pontificado, para a criação de 17 cardeais. Entre eles estava o arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, dom Sérgio da Rocha. O consistório foi no dia 19 de novembro e contou com a presença, também, do bispo da diocese de Campo Mourão, dom Francisco Javier Delvalle Paredes. “Este gesto do Papa é acima de tudo um modo de ele expressar o seu amor pela Igreja no Brasil”, disse o recém-criado cardeal dom Sérgio da Rocha.

Fotografia religiosa será um dos temas de encontro da Pascom

A diocese de Campo Mourão sediará o 7º Encontro dos Coordenadores Diocesanos da Pascom do Regional Sul 2, no início de 2017. Fotografia Religiosa será um dos temas de formação deste encontro e terá assessoria da Adora Comunicação, que irá tratar da gestão estratégica da imagem para projetos religiosos. Fé, ciência e tecnologia para oferecer os atributos necessários para construir um olhar consciente, criativo e coerente ao fotógrafo, são os pilares desta formação. Também são convidados ao encontro jornalistas que atuam nas dioceses, pastorais e organismos da CNBB no Paraná, bem como diretores de emissoras de rádio católicas do estado.


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DEZEMBRO/2016 e janeiro/2017

Diocese encerra o Ano da Misericórdia e abre Ano Mariano

O

encerramento do Ano Santo da Misericórdia, na diocese de Campo Mourão, foi no dia 11 de novembro, com uma missa na Catedral São José, presidida por dom Francisco Javier Delvalle Paredes, bispo diocesano, e concelebrada por dezenas de padres da diocese. Estiveram presentes diáconos permanentes, seminaristas e leigos de diversas paróquias. Após a celebração, foi fechada a Porta Santa do Jubileu Extraordinário da Misericórdia e os fiéis caminharam até o Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, na Vila Urupês, onde aconteceu a abertura oficial do Ano Nacional Mariano. Cada paróquia (40 paróquias e 1 quase-paróquia) recebeu uma cruz, para ser conduzida às suas

comunidades para a celebração do final de semana de 12 e 13 de novembro, encerrando assim o Ano Santo da Misericórdia nas paróquias. “Este ano foi realmente um ano de graça do Senhor, pelos relatórios e pela partilha que tive com alguns padres, de modo especial, com os padres que trabalham na Catedral São José. Eu dou graças a Deus porque cada domingo acontecia a vinda de um grupo, de uma comunidade paroquial para passar pela Porta Santa e se abrir para acolher a misericórdia de Deus”, disse o bispo diocesano durante sua homilia. “Sei que muitos passaram pela porta e muitos se beneficiaram das indulgências plenárias”, prosseguiu. Dom Javier lembrou do

Fechada a Porta Santa, encerrando Dom Javier e Pe. Carlos na abertura do o Ano da Misericórdia Ano Mariano no Santuário Diocesano Nossa Sra. Aparecida. Ao fundo, as cruzes entregues na catedral para o encerramento do Ano da Misericórdia nas paróquias

gesto concreto, com participação de todas as paróquias, para construir o refeitório no Hospital Santa Casa. Este ano quer ser para nós uma oportunidade de refletir um pouco mais a nossa vida de fé,

a nossa experiência de Deus a partir dos olhos de Maria, procurando colocar em prática, na nossa vida, tudo aquilo que Maria fez, fazendo-se sempre a serva do Senhor”, disse o Pe. Carlos Cesar Candido.

Cursilho realiza ultreya com missa em ação de graças

A ultreya festiva do Movimento de Cursilho de Cristandade - MCC da diocese de Campo Mourão realizou a sua ultreya festiva no dia 27 de novembro. Cerca de 320 pessoas participaram da missa, na igreja matriz da paróquia Imaculada Conceição de Mamborê. Na sequência, houve almoço de confraternização e sorteio de prêmios. A missa foi presidida pelo Pe. Ediberto Henrique de Mercena, assessor diocesano do MCC, e concelebrada pelo Pe. Valdecir Liss, pároco local. Na procissão de entrada, cursilhistas conduziram a imagem de São Paulo Apóstolo, patrono do movimento. No final da celebração, o coordenador diocesano do MCC, Marcelo Pereira de Meira, agradeceu a todos pela presença e pelos trabalhos realizados. “Que alegria nos reunirmos na Santa Missa para celebrarmos, em ação de graças, mais um ano vencido, pelos tantos trabalhos realizados, tantas graças recebidas de Deus. É o momento de agradecermos a Deus por tudo o que Ele tem realizado por nós. O amor de Cristo nos reúne hoje para celebrarmos a Eucaristia, a vida, as conquistas, a caminhada do movimento... celebrar é o que devemos fazer sempre porque Deus está a nosso favor”, disse o Pe. Ediberto no início da celebração.


DEZEMBRO/2016 E JANEIRO/2017

C

Inaugurado espaço para refeições na Santa Casa

omo gesto concreto do Ano Santo da Misericórdia, a diocese de Campo Mourão inaugurou um espaço, anexo ao Hospital Santa Casa – HSC de Campo Mourão, para acolher acompanhantes de pacientes internados no local. A cerimônia de inauguração foi no dia 11 de novembro, com presença do bispo diocesano dom Francisco Javier Delvalle Paredes; presidente do HSC, José Carlos Laurani; Pe. Jurandir Coronado Aguilar, pároco da Catedral São José, com os demais integrantes da comissão de padres formada para este fim: Pe. Adilson M. Naruishi, Pe. Gaspar Gonçalves da Silva e Pe. Pedro Speri; outros padres da diocese; Sonia Pessa, arquiteta; e outros. As instalações são para que os acompanhantes de pacientes se abriguem e possam

fazer suas refeições. “No ano de 2014, o papa Francisco anunciou a sua intenção em proclamar um ano extraordinário, um Ano Jubilar para a celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II. A bula foi lançada em 11 de abril de 2015, chamando de Ano Santo da Misericórdia. Além das várias iniciativas pastorais, de cunho espiritual, pensamos também num gesto concreto”, disse o Pe. Jurandir, explicando como nasceu a ideia da referida construção. Decidiu-se pela realização de uma grande campanha, onde cada paróquia (40 paróquias e 1 quase-paróquia) repassaria 1% do valor do seu dízimo, para este fim. O contrato de execução da obra, de 160m², foi firmado no dia 23 de agosto de 2016 com a empresa Harena e Bellini Construtora Ltda.

7

Dom Javier, José Carlos Laurani e Pe. Jurandir no momento do descerramento da placa

O engenheiro responsável foi Celso Hayash. “Quero agradecer à diocese de Campo Mourão por este trabalho maravilhoso que vem de encontro às necessidades dos pacientes que aqui vem”, disse José Carlos Laurani, presidente da Santa Casa, lembrando das dezenas de pessoas que todos os dias se alimentam, algumas delas “sentadas

no meio-fio”. “Queremos agradecer a Deus por nos conceder este momento que, para nossa diocese, nosso clero, tem um significado muito especial, porque é um gesto concreto que ilumina e dá um sinal; um sinal muito humilde e pequeno, mas que tem um grito muito forte: a necessidade de crescermos na solidariedade”, disse Dom Javier.

O ano em que vivemos em perigo... Seria ingênuo querer fazer, nestas poucas linhas, uma análise da interminável e indecifrável crise brasileira, especialmente acentuada na incerteza deste ano que chega ao fim... Mas uma certeza aflora: a rejeição do tipo de Brasil até agora construído, da política corrupta feita por parlamentares em proveito próprio, interessados mais em seus negócios do que no destino do povo brasileiro, protegidos pelo “desaforo privilegiado”, da democracia de costas para o povo... Com os personagens que estão aí na cena política, grande parte acusada de corrupção ou feita réu ou condenada, podemos esperar reformas estruturais essenciais? Clareando um pouco a história com Darcy Ribeiro num texto de 1998: “Nós brasileiros surgimos de um empreendimento colonial que não tinha nenhum propósito de fundar um povo. Queria tão somente gerar lucros empresariais exportáveis com pródigo desgaste de gentes”. Este empreendimento se radicalizou no Brasil e chegamos à pior crise dos últimos 120 anos na história do país, como foi a crise na primeira guerra mundial, a crise da dívida externa nos anos 80, o período do governo Collor. No momento atual temos problemas

de insolvência, de má distribuição de rendas, de corrupção generalizada em todos os setores públicos desvelada constantemente pelo Ministério Público de um lado e as artimanhas políticas para escaparem do tsumani da lava a jato e se manterem no poder, do outro... 2016 ficará em nossa memória como o ano em que vivemos constantemente em perigo de perder a Fé e a Esperança no futuro do país, em que brasileiros foram colocados em confronto devido opiniões, partidos políticos contrários, enquanto os mesmos políticos que nos dividem se unem para sobreviver e não afundarem nesse lamaçal de corrupção... Parece que chegamos ao fundo do poço... “Quando se chega ao fim, lá onde acabam os caminhos, é porque chegou a hora de inventar outros rumos; é hora de outra procura; é hora de o Brasil se refundar; a refundação é o caminho novo e, de todos os possíveis, é aquele que mais vale a pena, já que é próprio do ser humano não economizar sonhos e esperanças; o Brasil foi fundado como empresa. É hora de se refundar como sociedade” (contra-capa). Luiz Gonzaga de Souza Lima “A refundação do Brasil: rumo à sociedade biocentrada (São Carlos 2011): Essa hora chegou. Projetos polêmicos e impopulares

estão sendo votados sob protestos na Câmara, no Senado, nas Assembleias Estaduais justificados pelo “é o que o país precisa”, uma vez que nos últimos anos foram superestimadas receitas e acrescentadas despesas além orçamento. O limite de gastos visando “arrumar a casa” proposto pela PEC 55 (antiga 241) é insustentável para a oposição e visa manter um Estado que tira riqueza de quem não tem para financiar quem não precisa. Precisamos clarear sobre o processo de financeirização do mundo e do Brasil, sobre as verdadeiras causas do desequilíbrio das contas públicas (entre elas os juros mais altos do mundo...) e de quem deve pagar a conta pelo ajuste. Passadas as eleições, voltamos real situação do Brasil: depressão que abala a economia, o desemprego, os pacotes de medidas do governo Temer, ainda incapazes de qualquer resposta positiva à crise geral. Falta-lhe sustentação política, força social e condição moral para tais reformas. A onda de ocupações em todo o país acentua a complexidade da crise, revela a rebeldia social e popular, sugerindo que as incertezas e instabilidades não têm prazo final. Como disse o jornalista Josias de Souza, “No desespero, um pedaço minoritário da sociedade acreditou

que o país estivesse de volta aos trilhos”... “Houve mesmo quem enxergasse uma luz no fim do túnel... talvez seja a luz da locomotiva da Lava Jato vindo na contramão”. Que as luzes do Natal nos iluminem nessa travessia! Um abençoado Natal a todos! Que em 2017 tenhamos menos prisões, delações, conchavos e mais união nacional para a reconstrução do Brasil que sonhamos!

Maria Joana Titton Calderari graduada em Letras pela UFPR, especialização em Filosofia pela FECILCAM e Ensino Religioso pela PUC. majocalderari@yahoo.com.br


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Diácono Dirceu é ordenado presbítero D

urante uma celebração eucarística, presidida pelo bispo diocesano dom Francisco Javier Delvalle Paredes, na manhã de 6 de novembro, o diácono Dirceu Aparecido Sabino foi ordenado padre. A celebração foi na igreja matriz da paróquia Santa Rosa de Lima de Iretama e foi concelebrada por 21 padres. Também estiveram presentes diáconos permanentes, seminaristas, familiares e comunidade. A primeira missa presidida pelo neo-sacerdote foi no início da noite do mesmo domingo (6), na paróquia São Francisco de Assis de Águas de Jurema, Iretama. O Pe. Dirceu atuará como pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Quarto Centenário. O lema da ordenação foi “O espírito do Senhor Yahweh me ungiu e me enviou para anunciar a boa nova” (Is 61,1). “Como bispo, manifesto a minha gratidão a Deus, por este presente maravilhoso que, neste momento, esse Deus todo poderoso, misericordioso e sempre bom pastor, concede à nossa Igreja diocesana, através desta consagração, à qual o nosso diácono Dirceu está se dispondo”, disse Dom Francisco Javier durante a homilia da celebração na qual ordenou o 20° sacerdote, desde que foi sagrado bispo da diocese de Campo Mourão, há 7 anos. “Para nós, paróquia Santa Rosa de Lima, é motivo de júbilo porque hoje esta comunidade oferece à diocese o terceiro padre”, disse o pároco, Pe. José Givanildo Detumin, agradecendo a presença de todos. “Desejo que seu sacerdócio seja fecundo e muito frutuoso e possamos, juntos, contribuir para a construção do Reino de Deus e a santificação do povo”, disse o Pe. Sidinei Teixeira Gomes, decano do decanato Santa Rosa de Lima, acolhendo o novo sacerdote ao clero diocesano. “Com o lema ‘O espírito do Senhor Yahweh me ungiu e me enviou para anunciar a boa nova’ é que tenho a graça de, hoje, sacerdote do Senhor, no ano da Misericórdia, contar com a oração de todos para que

seja eu um verdadeiro sacerdote conduzido pela misericórdia”, disse o Pe. Dirceu, no início de sua mensagem. O neo-sacerdote agradeceu a seus pais, bispo, padres formadores e a todos. Após a leitura da ata de ordenação, pelo Pe. Alfredo Rafael Belinato Barreto, chanceler do bispado, Dom Javier dirigiu uma última mensagem aos presentes, lembrando do sacerdote da diocese que está em trabalho missionário na Guiné-Bissau, África. “O Pe. Ivan Luiz Walter está numa região de cerca de 18 mil pessoas e apenas 12 cristãos. Sei o que isso significa”, disse Dom Javier, que já foi missionário naquele continente. Breve biografia Dirceu Aparecido Sabino nasceu no dia 13 de maio de 1978, em Iretama, PR, filho de José Benedito Sabino e Joana Natália Sabino, presentes na ordenação. Foi batizado no dia 25 de junho de 1978, pelo monsenhor Francisco Xavier, na paróquia Santa Rosa de Lima de Iretama. Recebeu o sacramento da Confirmação na mesma paróquia, no dia 22 de maio de 1994. Estudou na Escola Rural Municipal Presidente Dutra, no Rio Rosilho e Colégio Gastão de Abreu Pires, morando no Bairro Rio Pinhalzinho. Concluiu o Ensino Fundamental e Médio no Colégio José Sarmento Filho. Todos os estabelecimentos de ensino são do município de Iretama. Dirceu ingressou no Seminário São José de Campo Mourão em 2008. No ano seguinte, iniciou os estudos filosóficos no Seminário Nossa Senhora de Guadalupe, em Maringá. No ano de 2012, ingressou no Seminário Dom Virgílio de Pauli, em Cambé, para cursar Teologia na PUC PR de Londrina. Chegou à paróquia Nossa Senhora das Candeias de Goioerê no dia 7 de fevereiro de 2016, para um período de trabalhos pastorais. Foi ordenado diácono no dia 30 de julho de 2016, na paróquia Nossa Senhora das Candeias de Goioerê.


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Imposição das mãos

Imposição das mãos

Prostrado em sinal de humildade e despojamento

Pe. Dirceu com seus pais


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Giro de notícias

“O que peço é a sua bênção ao povo ao qual o senhor me confiou”, disse o bispo diocesano, dom Francisco Javier Delvalle Paredes, ao Sumo Pontífice, durante sua conversa com o papa, em dezembro, na visita ao Vaticano. “Naquele momento todos os diocesanos estavam ali sendo abençoados”, disse Dom Francisco Javier, que participou do encerramento do Ano Santo da Misericórdia, no Vaticano, e do consistório para a criação de 17 novos cardeais.

Trinta e três jovens receberam o Sacramento da Confirmação na paróquia Santa Cruz de Campo Mourão no dia 27 de outubro.

Sacramento da Confirmação para 57 pessoas na paróquia São Francisco de Assis de Águas de Jurema, Iretama, dia 9 de outubro.

Primeira Eucaristia de 85 catequizandos na paróquia São Francisco de Assis da Vila Teixeira, Campo Mourão, dia 13 de novembro.

6° Encontro de Agentes da Pastoral Familiar, em novembro, na paróquia Sagrada Família do Cohapar, Campo Mourão.

Encerramento da Escola Bíblica na paróquia Santa Terezinha de Campina da Lagoa, em novembro.

Encerramento do Ano da Misericórdia na paróquia São João Batista de Peabiru, dia 13 de novembro.

Sacramento da Confirmação na paróquia São Pedro de Roncador, dia no 3 de dezembro.

Primeira Eucaristia na paróquia Divino Espírito Santo de Fênix, em novembro.

Missa com bênção de envio para a novena de Natal, na capela Nossa Senhora do Rocio, pertencente à paróquia Divino Espírito Santo do Jardim Aeroporto, dia 27 de novembro.

Assembleia diocesana da Pastoral da Juventude da diocese de Campo Mourão, dia 20 de novembro, na paróquia São Francisco de Assis da Vila Teixeira, Campo Mourão.

O diácono Agnaldo Aparecido Gonzeli, SCJ, será ordenado presbítero na paróquia São Judas Tadeu de Terra Boa, no dia 18, às 9h. Ele pertence à Congregação do Sagrado Coração de Jesus.

Daniele Chiquetti, do Santuário Nsa. Sra. Aparecida, e Pe. Ricardo Arica Ferreira, com Dom Agenor Girardi, bispo de União da Vitória, no Encontro Regional do SAV, em Guarapuava, dia 8.

Missa no Dia de Finados no cemitério da paróquia Nossa Senhora Aparecida de Luiziana.

Encerramento do mês missionário em Barbosa Ferraz, dia 30 de outubro, com presença do Grupo Madiam.

Reunião diocesana da Pastoral da Comunicação, dia 26 de novembro, no Centro Catequético da Catedral São José.

1° Módulo da Escola Bíblico-Catequética Emaús, no dia 26 de novembro, no CDF do Lar Paraná, Campo Mourão.

Primeira Eucaristia de 34 catequizandos na paróquia Nossa Senhora das Graças de Barbosa Ferraz, no dia 29 de outubro.

11º Recolores do Movimento de Cursilhos, nos dias 29 e 30 de outubro, em Campo Mourão.


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Alguns dos participantes da reunião diocesana da Pastoral dos Coroinhas e Acólitos, dia 20 de novembro, em Campo Mourão.

1° Encontro de Pioneiros na paróquia Nossa Senhora das Candeias de Goioerê, organizado pela Pastoral da Saúde, em novembro.

Formação para catequistas na paróquia Nossa Senhora do Caravággio do Lar Paraná, Campo Mourão, dia 5 de novembro.

45 catequizandos da paróquia São Pedro de Corumbataí do Sul receberam o sacramento da Eucaristia, pela primeira vez, no dia 26 de novembro.

Visitas aos idosos e doentes na paróquia Nossa Senhora de Fátima de Nova Cantu, dia 13 de novembro, pelos integrantes do Grupo Juac e crismandos.

Natal Solidário da Infância e Adolescência Missionária, dia 20 de novembro, no Seminário São José de C. Mourão, com cerca de 300 participantes.

Quarenta catequizandos receberam o Sacramento da Eucaristia, pela primeira vez, na paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima do Jardim Tropical II, Campo Mourão, dia 30 de outubro.

Vinte e oito jovens do pós-crisma da paróquia Imaculada Conceição de Mamborê participaram de um acampamento/retiro no município de Iretama, dia 6 de novembro.

Quarenta e cinco diocesanos participam de romaria ao Santuário Tabor, da Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em Santa Maria, RS, entre 28 e 30 de outubro.

5º Retiro para Casais realizado pela Pastoral Familiar da paróquia Nossa Senhora das Graças Engenheiro Beltrão, nos dias 19 e 20 de novembro. Participação de 25 casais.

Terço dos homens na paróquia São José Operário de Rancho Alegre d’Oeste.

Celebração do padroeiro da paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol, em outubro.

Primeira Eucaristia na paróquia Santa Rosa de Lima de Iretama, dia 27 de novembro.

Pe. Valdomiro Pinto Rosa, pároco da paróquia Nossa Senhora da Guia de Boa Esperança, reunido com a equipe de leitores da paróquia.

Jubileu de Prata do Grupo de Oração Unidos na Fé da paróquia São Pedro de Paraná d’Oeste, Moreira Sales.

Posse do Pe. Dirceu Aparecido Sabino como pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Quarto Centenário, dia 23 de novembro.

Primeira Eucaristia na paróquia Santo Antonio de Mariluz, dia 4 de dezembro.

Integrantes da Pastoral da Juventude da paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus de Juranda.


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Presença de Frei Ildo no encerramento da Escola Bíblica

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ento e noventa pessoas, de diversas paróquias da diocese, participaram do encerramento da Escola Bíblica 2016, realizada no dia 6 de novembro, nas instalações do Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida na Vila Urupês, Campo Mourão. A coordenação foi da Ir. Helena Makiyama e, a assessoria do encontro, do frei Ildo Perondi de Londrina. O Pe. Carlos Cesar Candido, reitor do santuário, acolheu a todos. O Pe. José Carlos Kraus Ferreira também participou.

“Estudamos hoje o Evangelho de João, que foi escrito depois dos demais evangelhos, e tem uma mensagem muito importante, sobretudo na época de crises, como a de hoje. O Evangelho de João nos convida a crermos que de fato Jesus é Filho de Deus enviado ao mundo. No começo do evangelho já diz ‘o Verbo se fez Carne e habitou entre nós’ e este Jesus veio, anunciou a Boa Notícia e espera de nós que aceitemos esta proposta”, disse Frei Ildo. “Por isso que o verbo ‘crer’ é o mais importante do evangelho. Quem crê em Jesus,

recebe de Deus a boa notícia que tem a vida eterna. Então o Evangelho de João nos convida a crer e a ter a vida em Jesus. A frase mais importante do Evangelho,

talvez seja, ‘eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”, concluiu o frei capuchinho da Pontifícia Universidade Católica - PUC de Londrina.

O olhar fixo em Jesus: A vocação da família Estimados leitores, no mês anterior refletimos sobre a realidade e os desafios das famílias, destacando que a família possui um valor inestimável e que muitas vezes não tem sido compreendido, isso é consequência de uma sociedade que tem pregado o matrimônio e a concepção familiar como ultrapassados. Sendo assim, afirmamos ser necessário o esforço na apresentação de razões e motivos para que haja compreensão e busca generosa pelo matrimônio e pela família (AL, n. 35). Prosseguimos neste mês, refletindo sobre o olhar fixo em Jesus: A vocação da família, tema este, apresentado pelo Papa Francisco em sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal: Amoris Laetitia (A Alegria do Amor) sobre o amor na família. Segundo o Papa Francisco, “diante das famílias e no meio delas, deve ressoar sempre de novo o primeiro anúncio, que é o mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário” (EG, n. 35). Esse primeiro anúncio, sendo “o mais necessário”, deve levar as famílias ao encontro pessoal com Jesus Cristo, possibilitando a compreensão necessária para responderem prontamente ao questionamento do Senhor: “Quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16,15; Mc 8,29; Lc 9,20). Deste modo, as famílias devem ter uma abertura de coração, para que, inspirados à luz deste anúncio de amor infinito,

sejam iluminados pelo Espírito Santo (AL, n. 59). São Paulo, em sua carta aos Coríntios, apresenta o matrimônio como “um dom do Senhor” (1Cor 7,7). Desta maneira, o papa acentua que Deus faz um chamado e o casal responde com amor e sinceridade. Havendo, pois, o desejo de união, o casal irá formar uma família, ao qual competirá grande responsabilidade, visto que, ambos têm a “obrigação” de cuidar desse dom, fazendo com que o matrimônio seja acolhido, amado e honrado, uma vez que “[...] a família e o matrimônio foram redimidos por Cristo (Ef 5,21-32), restaurados à imagem da Santíssima Trindade, mistério de onde brota todo o amor verdadeiro” (AL, n. 63). Com isso, se há acolhimento sincero deste dom, a família, sem dúvida, “torna-se uma luz na escuridão do mundo” (AL, n. 66). A constituição pastoral Gaudium et Spes, definiu o matrimônio como “comunidade de vida e amor”, colocando o amor no centro da família. Sendo assim, o amor vivenciado entre o casal implica doação de si mesmo, sinal de relação recíproca, visto que, esse é o desejo que corresponde ao desígnio divino. Quando há acolhimento sincero do matrimônio, Jesus Cristo “[...] vem ao encontro dos esposos cristãos [...] e permanece com eles” (GS, n. 48-49), pois, é dEle que o matrimônio e a família recebem a graça, para tornarem-se testemunhas da verdade (AL, n. 71.73).

As famílias não devem hesitar em invocar o Senhor para que derrame sua graça e sua bênção sobre suas vidas, livrando-as de todos os males, já que, receberam a graça do Espírito Santo que os encoraja ao diálogo com Deus. Deste modo, tenham a certeza de que “nunca estarão sós, com as suas próprias forças”, enfrentando os desafios que possam surgir (AL, n. 74). Uma vez que Deus não é distante, mas presente, caminha ao nosso lado e nos auxilia a superar as dificuldades. Isso só se compreende “fixando o olhar em Cristo” (AL, n. 77), tendo a certeza de Sua presença e ação no seio familiar, encontrando-a por meio da oração. O Papa Francisco afirma que “[...] a família é o santuário da vida, o lugar onde a vida é gerada e cuidada” (AL, n. 83), sendo santuário da vida, as famílias devem fazer de tudo para a vida que nela é gerada seja esperada, acolhida, amada e respeitada, não havendo em hipótese alguma, motivos que levem a “fazer dela o lugar onde a vida é negada e destruída” (AL, n. 83). A família é chamada a proteger a vida em todas as suas fases, lutando contra todas as ações que pregam contra ela (AL, n. 83). No seio familiar, no que diz respeito ao cuidado com os filhos, os pais são vistos como “verdadeiros ministros educativos, pois, quando formam os seus filhos, edificam a Igreja e, fazendo-o, aceitam uma vocação que Deus lhes propõe” (AL, n. 85). O papa conclui o terceiro capítulo

de sua exortação afirmando que, “[...] em virtude do sacramento do matrimônio, cada família torna-se para todos os efeitos um bem para a Igreja”, ou seja, a família é um bem para a Igreja e a Igreja um bem para a família (AL, n. 87). Com isso, “o amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja” (AL, n. 88). Por meio deste amor as famílias celebram os momentos de felicidade e colaboram entre si nos momentos difíceis, pois, creio ser necessário permanecerem com os olhos fixos em Jesus Cristo e nEle, verdadeiramente encontrarem a sua segurança (Sl 86,5). No próximo mês meditaremos sobre: O Amor no Matrimônio, tendo em vista a caridade conjugal e o aperfeiçoamento do amor dos cônjuges.

Seminarista Rodrigo Ferreira dos Santos 2º ano de Teologia rodrigoferreira-2011@hotmail.com


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Congregados marianos realizam encontro da juventude e fundam nova congregação

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endo como lema “Deus me propõe a escolha certa”, aconteceu o 27° Encontro de Iniciação da Juventude Mariana da Federação das Congregações Marianas da diocese de Campo Mourão. O encontro foi no Colégio Estadual Polivante - Premen I, de Goioerê, de 21 a 23 de outubro, com participação de 53 jovens. A diretoria da Federação Mariana da diocese de Maringá esteve presente, bem como palestrantes da Federação Mariana da diocese de Toledo. Fundação de nova congregação

Encontro da juventude

Durante uma celebração eucarística na igreja matriz da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Goioerê, aconteceu a con-

sagração de 18 pessoas e posse da primeira diretoria de uma nova congregação, filiada à Federação Diocesana das Congregações Ma-

Nova congregação

rianas. A missa foi presidida pelo pároco Pe. Aédio Odilon Pego, com presença dos diáconos José Antonio Pereira e Dirceu.

Papa Francisco, como entendê-lo? Papa Francisco encaixa-se na história da Igreja como um papa reformador. Seu modo de exercer o ministério petrino tem fôlego na busca incansável por encarnar a Igreja no mundo de hoje, sem que a mundanidade se encarne na Igreja. A experiência pastoral que o fincou no cotidiano das periferias de Buenos Aires é instância decisiva à compreensão do seu tipo humano e das expressões que o movem no governo da Igreja e no contato com as pessoas. Tal comportamento é sinal da lúcida consciência eclesial que o impele a prosseguir com as propostas do Concílio Vaticano II (1962 – 1965). É certo que vivemos tempo de crise multifacetada. Na travessia das crises se deram eventos importantes na história da Igreja. Papas considerados reformadores, como Gregório VII (1073-1085), Inocêncio III (1198-1216), Bonifácio VIII (1294-1303), dentre tantos outros, foram agentes eclesiais

em momentos cruciais do percorrer histórico. Considerando a realidade vivida, buscaram os meios a seu dispor para garantir à Igreja o prosseguimento de sua missão. Francisco inscreve-se entre as fileiras dos papas empenhados na busca por fazer a Igreja eloquente a cada época. Assim sendo, a reforma franciscana toca diversos níveis da vida eclesial, desde a estrutura da cúria romana, passando por aspectos da legislação canônica vigente, até as medidas concretas com vista à maior solicitude com os pobres e com o drama da vida humana hoje. Essencialmente, Francisco traz à baila temas outrora latentes, mas não tão evidentes. Além disso, está inserido na continuidade dos pontificados anteriores, no duplo movimento de continuidade-ruptura, típico a todo tipo de reforma. Como se deu no passado, o presente não é diferente. Papas que viveram em tempos agitados por crise foram alvo de críticas, incom-

preensões e interpretações errôneas. Constatamos isso também hoje. Setores intra e extra eclesiais insistem na tentativa de fazer Francisco um homem controverso. Sob o sol da Palestina Fariseus e Saduceus tentaram fazer o mesmo com Jesus. Nas pegadas de Jesus, Verbo de Deus Encarnado, Papa Francisco chama-nos ao regresso às fontes da fé, que tem no Evangelho o manancial inexaurível a ditar caminho seguro rumo à verdade que transforma a vida e o mundo. Como entender Papa Francisco? Sua compreensão para por nossos critérios de entender a Igreja. A Igreja não é museu; a Igreja não é filantropia; a Igreja não é grupo social disposto à acolhida de contingentes selecionados... O que a Igreja é? A Igreja é Povo de Deus congregado na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo (São Cipriano, Tratado sobre a Oração do Senhor, nº 23). Povo de Deus constituído pela graça batismal e organizado hierar-

quicamente, segundo carismas e ministérios, dons do Espírito. Se assim é, para entender Francisco é necessário concebê-lo como Papa e não como líder de uma “multinacional” destinada à oferta da religião como produto mercantil. O “milagre” de Francisco não são as atitudes aparentemente originais do seu comportamento. O “milagre” de Francisco é a força que seu exemplo tem de gerar em nós o desejo por ser Igreja segundo o sentir e o agir de Jesus.

Pe. Alfredo Rafael Belinato Barreto Chanceler do Bispado


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Quinze jovens participam do estágio vocacional

último estágio vocacional do ano aconteceu no Seminário Propedêutico São José de Campo Mourão, de 25 a 27 de novembro, com presença de 15 jovens. Estes pertencem a várias paróquias da diocese. “Entre várias atividades realizadas, destacamos: adoração ao Santíssimo Sacramento, orações, missas, conversas em grupos e individuais com o reitor, reflexão sobre as dimensões que envolvem a formação dos futuros padres, reflexão sobre quem é Deus que nos chama, visita ao Carmelo, reflexão

sobre Maria Mãe dos Vocacionados, trabalhos de organização da casa e esporte”, disse o Pe. Ricardo Arica Ferreira, reitor do Seminário São José. “Agradecemos de forma muito carinhosa aos seminaristas da Filosofia que aceitaram vir nos ajudar na execução deste estágio. Agradecimentos também a Daniely Chiquetti, coordenadora do SAV diocesano a partir de 2017. Gratidão ao diácono Arison Nunes que nos auxiliou e, às nossas ‘mães’ do seminário, as cozinheiras Jomara ritual do Seminário São José, agradeceu a todos pelas orações e aos e Deliria”, agradeceu o reitor. O Pe. Valdecir Liss, diretor espi- vocacionados pela participação.

“Em fevereiro, estaremos aguardando estes novos seminaristas”, concluiu.

A formação sacerdotal a partir da Conferência de Puebla (México – 1979) Estimados leitores, prosseguimos com a reflexão a respeito da formação sacerdotal a partir das conferências do episcopado latino-americano. No último artigo apresentamos as considerações da conferência de Medellín, acontecida em 1968, que buscou aplicar na Igreja da América as inspirações do Concílio Vaticano II, e no campo vocacional trilhar o caminho indicado pelo decreto conciliar Optatam Totius, a respeito da formação inicial ao sacerdócio. Neste presente artigo trazemos uma reflexão sobre a formação sacerdotal a partir da conferência de Puebla de los Angeles, México, no ano de 1979. Após convocar a terceira conferência geral do episcopado latino-americano, o papa Paulo VI estabeleceu a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, do ano de 1975, sobre a evangelização, como conteúdo de referência principal para os trabalhos e reflexões dos bispos latino-americanos. Desta forma, cumpre notar que as considerações sobre a formação sacerdotal nasceriam também deste contexto de reflexão sobre a missão evangelizadora no presente e futuro da América Latina. O tema da evangelização na América foi aprofundado pelos bispos a partir de um eixo transversal: o da comunhão e participação. Apontaram-se quem são os agentes promotores da evangelização e da comunhão e participação na vida da Igreja e da sociedade, destacando os bispos, sacerdotes, diáconos, leigos e consagrados. Os meios indicados para a promoção desta evangelização na comunhão e

participação foram sobretudo as celebrações litúrgicas e a catequese, que visibilizam a ministerialidade da Igreja, mas também a educação, os meios de comunicação e diálogo, dentre outros. Puebla, neste sentido, parte da consideração de que os sacerdotes são agentes de promoção do evangelho e da comunhão e participação. Diante da reafirmação da identidade do presbítero como anunciador do evangelho e responsável por reunir o povo de Deus em torno da Palavra e da Eucaristia, os bispos destacaram a necessidade de se implementar ainda mais a promoção vocacional, pois havia necessidade de mais sacerdotes diocesanos e religiosos. No entanto, o enfoque se deu não somente na necessidade de aumento das vocações, mas sobretudo nas características dos vocacionados. Os bispos pediam sacerdotes e religiosos sábios e santos para o ministério da Palavra e da Eucaristia, mas também para o apostolado social (DP, n. 7).Vê-se, portanto, já aqui a urgente necessidade de que os pastores, por sua atuação,consolidassem uma Igreja em saída missionária, não auto referencial, que têm sido insistência atual do pontificado do papa Francisco. Em Puebla também foi constatado o fenômeno do crescimento demográfico que transbordava as possibilidades da Igreja para levar a todos o anúncio do Evangelho. Esta dificuldade se dava sobretudo pela falta de sacerdotes em número suficiente, bem como pela escassez de novas vocações sacerdotais e religiosas, tema que vinha se prolongando desde o Rio de Janeiro em 1955. Além do mais, acontecia uma onda de deserções sacerdotais por causa dá má

compreensão da proposta da Teologia da Libertação, e a Igreja no continente não contava muito com a participação direta de leigos comprometidos e preparados nas funções eclesiais, sendo que alguns movimentos apostólicos tradicionais entravam em crise. Daí a necessidade de se promover a comunhão e participação na evangelização. Essa triste realidade produzia ainda mais vazios na missão evangelizadora da Igreja na América, fazendo que aumentassem tanto o indiferentismo como a ignorância religiosa, em muito devido a falta de ministros da Palavra que nutrissem o povo com o Evangelho, a falta de uma catequese sólida que alcançasse toda a vida, e a falta de unidade de trabalho que envolvessem os leigos na missão da Igreja (DP, n. 78). Diante desta realidade que apelava a uma resposta imediata e eficaz, os bispos no texto conclusivo da conferência orientaram que para formar presbíteros autenticamente evangelizadores e promotores da comunhão e participação, era preciso que os vocacionados, ao chegar ao seminário maior, tivessem uma sólida preparação humano-cristã e uma especial formação religiosa. Se a Igreja necessitava de presbíteros promotores da comunhão e da participação, era, portanto, necessário que o seminário maior também fosse renovado, no sentido de estar mais inserido na vida da Igreja e do mundo, a fim de cumprir o objetivo de “acompanhar o pleno desenvolvimento da personalidade humana, espiritual e pastoral, isto é, integral dos futuros presbíteros (DP 875). Para Puebla esta formação integral pressupunha: adequada visão da realidade, profunda

formação doutrinal, autêntica vida comunitária, espírito de austeridade e disciplina, boa direção espiritual, formação responsável para o celibato e uma integração na pastoral de conjunto (cf. DP 876-879). Desde então as dioceses do continente, a partir das conferências episcopais, elaboram suas diretrizes de ação evangelizadora e de formação sacerdotal buscando envolver mais os vocacionados e os seminários nas diferentes atividades pastorais, valorizando sempre mais a vocação laical na missão de evangelizar, a fim que o corpo místico de Cristo manifeste sua força missionária em todos e cada um de seus membros unidos à cabeça que é Cristo. Rezemos para que o Senhor continue nos enviando pastores comprometidos com a comunhão e a participação na pastoral da Igreja e no apostolado social.

Pe. Willian Oliveira Lopes Seminário N.S de Guadalupe – Maringá wlopes_dcm@hotmail.com


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CALENDÁRIO DEZEMBRO/2016 Data Hora

O que?

10 08:30 Confraternização

Quem?

Para quem?

Onde?

Pastoral da Coordenadores de Criança

BALANCETE OUTUBRO/2016

Campo Mourão

ramo, área e setor

1º Congresso O que? das Diocesano

Comunidades Quem? Para quem? Onde? Filhos da Todos interessados Campina da Lagoa Pastoral da Coordenadores de 11 Novas 10 08:30 Confraternização Misericórdia Campo Mourão Criança ramo, área e setor Comunidades 1º Congresso III Festa Paróquia São F. de 11e 08:00 Diocesano das Comunidades Vicentinos Todos interessados 10 Regulamentar Assis, Filhos da Todos interessados Campina daCM Lagoa 11 Novas Misericórdia Comunidades

Data 10 e Hora

11 08:00

Data Hora 8

III Festa Regulamentar

O que?

20 a 22 13 27 a

Quem?

Paróquia São F. de Assis, CM

Para quem?

Onde?

CALENDÁRIO Filhos da JANEIRO/2017

Kairós

Data Hora 13 8

Vicentinos Todos interessados

O que? Reunião Ecafo Kairós

Viagem a

Campina da Lagoa

Misericórida Quem? Vicentinos Filhos da Misericórida Pastoral da

29a 20 22

Aparecida, SP Criança Reunião Ecafo Vicentinos Cursilho Misto para MCC Jovensa Viagem Pastoral da Aparecida, SP Criança

27 a

Cursilho Misto para

29

Jovens

MCC

Para quem? Vicentinos

Centro Onde? Catequético da Campina da Lagoa catedral

Vicentinos

Centro SP Aparecida, Catequético da

Jovens

CDFcatedral - Lar Paraná Aparecida, SP

Jovens

CDF - Lar Paraná

ANIVERSÁRIOS / DEZEMBRO 2016 E JANEIRO 2017 Padres e diáconos

3/12 - Dom Francisco Javier Delvalle Paredes – Nascimento 4/12 - Pe. José Gonçalves de Almeida – Nascimento 5/12 - Pe. Francisco Dantas de Carvalho – Ordenação 5/12 - Pe. Gerson de Araújo Costa – Ordenação 6/12 – Pe. Alexandre Surdi, CSF – Ordenação 8/12 - Pe. João Donisetti Pitondo – Ordenação 10/12 - Pe. Reinaldo Kuchla – Ordenação 11/12 - Diácono Mercir Ricci – Ordenação 11/12 - Diác. Miguel de Oliveira Santana – Ordenação 12/12 - Pe. Apolinário João da Silva – Ordenação 13/12 - Pe. Guido José Kievel, SCJ – Ordenação 13/12 - Pe. Luiz da Silva Andrade – Ordenação 13/12 - Pe. Valdomiro Pinto Rosa – Ordenação 14/12 - Pe. Wagner Amaro Branco – Nascimento 16/12 - Pe. Adilson Mitinoru Naruishi – Ordenação 16/12 - Pe. Jurandir Coronado Aguilar – Ordenação 17/12 - Pe. Gaspar Gonçalves da Silva – Nascimento 17/12 - Pe. Marinaldo Aparecido Batista – Ordenação 22/12 – Pe. Alexandre Surdi, CSF – Nascimento

29/12 – Pe. João Carlos dos Santos, CSF – Ordenação 30/12 - Pe. Nelber Rodrigues, SCJ – Ordenação 2/1 - Pe. José Elias Feyh, SJ – Ordenação 3/1 - Pe. José Coelho Pereira – Ordenação 6/1 - Pe. Nilson Reis Gonçalves – Nascimento 7/1 - Pe. Luiz Antônio Belini – Ordenação 14/1 - Pe. Pedro Liss – Ordenação 14/1 - Pe. Reinaldo Kuchla – Nascimento 15/1 - Irmão Valdemar Erico Scramin – Profissão 20/1 - Diác. Cilécio Ribeiro Fischer – Nascimento 22/1 - Diácono Artur Baretta – Ordenação 22/1 - Pe. Ediberto Henrique de Mercena – Nascimento

Seminaristas

1/12 - Adeilson Alves Felício, Filosofia 26/12 - Fernando Sales da Silva, Teologia 27/12 - Alexandre José Franzini, Teologia

MANUTENÇÃO DA CÚRIA E IMÓVEIS Despesas com Água/Energia/Telefone/Correio e Alarme 1.833,11 Locação Sistema Contabilidade/Folha Pgto 753,28 Encargos Sociais: INSS+FGTS+PIS+IRRF 30.618,49 Combustível 1.974,14 Fundo de Reserva 26.218,20 Côngruas/Salários/Alimentação 93.245,39 Plano de Saúde 5.740,00 Capela Santa Paula Elisabete Cerioli 867,76 Mensalidade do Prever 32,00 Despesas Mat. Expediente 364,25 Despesas Mat. Uso/Consumo/Limpeza/Café 671,69 Atlântico CM Parc. 59/60 Ref. 2 terrenos Jd Botânico II 3.438,37 Advocacia Andrade & Rodrigues 4.400,00 Mestrado Dir. Canônico - Carlos Nunez e Pe.André Camilo 2.106,04 Mestrado Dir. Canônico - Pe. Gianny e Pe. Wagner 4.620,00 Pós-Grad. Latu Sensu Espiritualidade 1 - Semin. Fernando 122,52 Curso Graduação Psicologia - Pe. Ricardo 480,00 Despesas c/ Aquisição de passagens p/ Roma 12.314,17 Despesas c/ Retiro do Clero 291,97 Repasse a CNBB para Formação de Novos Padres 1.500,00 Repasse a Mitra Diocesana de Paranaguá 1.500,00 Tribunal Eclesiástico - Arquidiocese de Maringá 1.821,98 Repasse p/ Conta Estudos 4.243,00 Despesas com Viagens 1.089,60 Despesas com Veículos 1.669,90 Despesas com Materiais Litúrgicos 15.778,97 Despesas com Cartório 65,26 Manutenção e Conservação - Cúria 1.541,57 Construção Casa Bispo 76.153,02 Construção Nova Ala de Dormitórios - Lar Paraná 9.379,46 Liberty Seguros S/A - Veículos Cúria - Parcela 3/5 3.800,07 Seguros - Prédio Seminário e Casa de Encontro - Parcela 2/4 652,37 Certising - Certificado Digital Mitra Diocesana 445,00 Encar Encadernações - Livros Contabilidade 1.920,00 Água Mineral 45,00 Labore Medicina do Trabalho (Exames) 25,00 Assinatura Jornal Folha de Londrina 450,00 312.171,58

RESIDÊNCIA EPISCOPAL Despesas com Água/Energia e Telefone Despesas Mat. Uso/Consumo/Limpeza

808,89 100,00 908,89

CASA DO BISPO Despesas com Água/Energia/Telefone/Internet/Uol/Sky 648,06 Salários 1.102,70 Alimentação 912,76 Valgás 73,00 Lavanderia São Paulo 235,00 2.971,52 OUTROS (Água, luz, telefone, manutenção, etc) Seminário São José - Campo Mourão (Reforma) 2.351,73 Centro Past. Dom Virgílio de Pauli 700,45 Centro Past. Dom Eliseu 5.415,08 11.746,78 REPASSE DA CÚRIA Semin. Proped. São José - Campo Mourão 8.429,00 Semin. de Filosofia N. S. Guadalupe - Maringá 15.800,00 Semin. de Teologia Dom Virgílio - Cambé 14.280,00 38.509,00 RESUMO GERAL Entradas Contribuição das Paróquias 206.360,00 Contribuição Ref. 13º Salário 17.186,00 Doação dos Crismandos 6.040,00 Reembolso Encargos-Pis/Secraso/Senalba 1.848,65 Reembolso Correio/Labore/Cartório 323,15 Reembolso Materiais Litúrgicos 14.365,00 Reembolso Almoço do Clero 80,00 Reembolso Itaú-Cursos/Mestrado/Pós-Padres 6.335,00 Reembolso Itaú-Fundo-Reforma/Construção 120.530,24 Repasse Paróquias 1% CNBB 1.655,24 Casa de Formação 200,00 Receb.Venda de Veículo Parc.14,15 e 16/42 2.000,00 Doações 102,16 377.025,44 Saldo anterior (30/09/16) + entradas 436.679,09 Saídas Manutenção da Cúria e Imóveis 312.171,58 Residência Episcopal 908,89 Casa do Bispo 2.971,52 Centro Pastoral Dom Virgílio de Pauli 700,45 Centro de Pastoral Dom Eliseu 5.415,08 Seminário São José 2.351,73 Seminário Propedêutico São José C. Mourão 8.429,00 Seminário Filosofia N. Sra. Guadalupe - Mgá. 15.800,00 Seminário de Teologia Dom Virgílio - Cambé 14.280,00 363.028,25


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DEZEMBRO/2016 E JANEIRO/2017

ENTREVISTA do mês

Com a proximidade do período natalino, como podem ser comparadas as realidades do Brasil e da Guiné-Bissau? Celebrar o Natal na Guiné-Bissau é um evento bem diferente que na maioria dos países de predominância cristã, visto que aqui somente 11% da população segue o cristianismo. Lembro que no Brasil, com sua vasta extensão territorial, o Natal é celebrado com o mesmo entusiasmo em todas as regiões. No início de dezembro e, não raras vezes, no final de novembro, os comerciantes já estão com suas lojas preparadas para acolher os clientes; os meios de comunicação usam a criatividade com jingles natalinos, através de músicas e mensagens; as casas e as ruas vão sendo enfeitadas com muita criatividade; nas igrejas, o presépio passa a ser a “centralidade”. Isso tudo colabora para a presença do espírito natalino, que tem o momento principal na noite de Natal: missa, ceia e troca ou recebimento de presentes. Mas aqui na Guiné-Bissau, em torno de 240 vezes menor que o Brasil, a celebração natalina apresenta grandes diferenças, a começar pela capital, onde está concentrada a maioria da população. A diferença aumenta

O entrevistado deste mês é o Pe. Ivan Luiz Walter, sacerdote da diocese de Campo Mourão, que está em trabalho missionário na Guiné-Bissau, África, desde 28 de setembro de 2016. A missão do Regional Sul 2 da CNBB acontece na região da cidade de Quebo, diocese de Bafatá. O Pe. Ivan fala um pouco sobre a celebração do Natal na Guiné-Bissau, onde há cerca 11% de cristãos, apenas.

quando se fala em etnias, pois cada uma possui suas tradições, portanto, formas diversificadas de celebrar o Natal. Como é a economia da região nessa época? Todas as etnias têm dificuldades em celebrar esse momento festivo, pois esse período do ano é visto como o mais crítico, visto que as economias financeiras já estão esgotadas. Muitos não têm nem dinheiro para adquirir remédios para amenizar a enfermidade do paludismo (malária) e acabam morrendo. Para as questões de educação e saúde, os guineenses dependem muito de alguma missão: igreja ou ONG, para ajudá-los. A fome começa a se alastrar, as crianças são as primeiras a sofrer as consequências da falta de alimentos. O período da “bonança” só chega em meados de março com os frutos das mangueiras e dos cajueiros. Por sinal, a castanha do caju é o principal produto de exportação, portanto a grande fonte de renda dos guineenses. Ele também é chamado Ouro da Guiné. Claro que existem outros tipos de alimentos, mas nem todos têm acesso devido ao custo, uma vez que a renda per capita (ano) é uma das menores

Pe. Ivan com crianças muçulmanas do mundo: em torno de U$ 600,00 (seiscentos dólares). Assim sendo, dá para se ter uma ideia de como se celebra o Natal na grande maioria dos países da África, de modo especial na Guiné-Bissau: sem a luminosidade dos pisca-piscas, sem os enfeites coloridos, sem presentes, sem roupa nova... Como vivem as comunidades mais distantes? Há comunidades que vivem isoladas. E são muitas dessas comunidades, inclusive aqui perto têm várias. Não sei como vivem o Natal, pois, para eles, não existe dias de semana e nem meses do ano. A maioria nem

sabe que idade tem.

Como é o espírito natalino no coração das pessoas? Para a maioria dos cristãos e até alguns animistas e muçulmanos o espírito natalino se faz presente através da alegria que sabem esbanjar, apesar da extrema carência material. A felicidade que eles deixam transparecer supera a miséria, uma vez que dois terços da população vivem abaixo da linha da pobreza. Mas no Natal se organizam em família e amigos para preparar uma galinha cozida ou carne de vaca, isso quando ainda sobraram alguns Francos, que é a moeda local.

Pe. Ivan e equipe de missionários paranaenses


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