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de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo (GEPROS), onde atuo no núcleo que cuida das ações voltadas para os idosos nas unidades do estado, com mais três colegas – Celina Dias, Sandra Feltran e Ricardo Silvestre. Em conjunto com os técnicos das unidades, pensamos e organizamos ações em rede, ou seja, projetos que ocorrem simulta-

neamente, como a Semana de Prevenção de Quedas em Pessoas Idosas; a Campanha de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa; o Dia Internacional do Idoso; o Festival da Integração; e o Cá entre Nós. Além disso, supervisionamos o programa TSI (Trabalho Social com Idosos) nas unidades, editamos a revista Mais 60 e fazemos parcerias com instituições que atuam na área do envelhe-

cimento, como é o caso da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Sou apaixonada pelo trabalho que faço no Sesc e por tudo que já estudei – e continuo estudando – sobre o envelhecimento e a longevidade. Penso que ainda temos muito a fazer e que só com paixão, boas parcerias e dedicação isso é possível.

saNdra regiNa gomes Fonoaudióloga formada pela PUC-SP; título de especialista em gerontologia – SBGG; mestre em gestão e políticas públicas pela Fundação Getulio Vargas; coordenadora de política para idosos da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo

U

m trajeto profissional de mais de 30 anos e sempre com um olhar sobre os direitos das pessoas idosas. Onde tudo começou? Com atendimentos fonoaudiólogos em pacientes com sequelas neurológicas e quadros demenciais, que despertaram o meu interesse pelos aspectos sociais, pelas relações familiares, pela falta de informação sobre direitos e pelas dificuldades de um tratamento integrado. Naquela época, fui estimulada a fazer o curso de aperfeiçoamento em gerontologia – tive o privilégio de ser da primeira turma do professor Papaléo, no Hospital Municipal do Servidor Público. O que mais me estimulou nas aulas foram os debates sobre como implantar e implementar as políticas públicas de forma a atender o maior número de pessoas idosas e seus familiares. Atuei nas três esferas de governo. No município de São Paulo, sob a égide da então recém-sancionada Lei 10.741 – o Estatuto do Idoso – e a aprovação da Política Nacional de Assistência Social, em 2004, uma nova visão social transformou meu olhar. A consoli-

dação da assistência social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado na direção do Sistema Único de Assistência Social, pautado no compromisso ético de incluir os “invisíveis”, muitos deles idosos, me permitiu desenvolver uma gestão democrática, participativa e de direitos sociais. Para tanto, foram implantados serviços de proteção social básica e especial para prevenir situações de riscos e vulnerabilidades sociais, tais como Centro de Referência da Cidadania do Idoso, Núcleos de Convivência para Idosos, Apoio Socioalimentar para Idosos, Abrigos para Idosos em Situação de Rua, Centro-Dia e República para Idosos. Na esfera estadual, a ação foi a implantação do Programa da Organização Mundial da Saúde denominado São Paulo Amigo do Idoso. Em conjunto com o professor Alexandre Kalache e todo o secretariado, elaboramos o Selo Amigo do Idoso, que hoje conta com a participação de 243 municípios paulistas. No governo federal, como coordenadorageral dos direitos do idoso, na Secretaria de Direitos Humanos, implantamos o Disque

100 – Módulo Idoso, com atendimento telefônico para todo o país e monitoramento junto aos Conselhos Municipais e Estaduais e Ministérios Públicos das denúncias de violências sofridas pela população idosa. A elaboração das recomendações do Fundo Nacional do Idoso para orientar os estados e municípios na utilização da verba foi mais uma ação. A assinatura do Compromisso pelo Envelhecimento Ativo, decreto que garantiu que 11 ministérios incluíssem em suas agendas os temas relacionados aos direitos da população idosa brasileira, foi mais uma grande conquista. Hoje, de volta a São Paulo, na Coordenação de Política para Idosos, os primeiros passos foram dados, com a assinatura do Decreto Municipal que Regulamenta o Fundo Municipal do Idoso e a mudança de status do Grande Conselho Municipal do Idoso, de consultivo para deliberativo. Momento histórico para a população idosa do município, que será coroado com a implantação do Selo Cidade Amiga do Idoso, na maior metrópole do Brasil.


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