Edição de 14 de janeiro de 2017

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SOROCABA

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Diário de Sorocaba, sábado, 14 de janeiro de 2017

Funcionários do Vera Cruz entram em greve por falta de pagamento Trabalhadores do Hospital Psiquiátrico Vera Cruz estão em greve desde a manhã desta sexta-feira (13) por falta de pagamento do salário referente ao mês de dezembro. O movimento iniciou-se às 7 horas, de acordo com aviso protocolado no hospital e na Secretaria Municipal de Saúde. A greve será mantida até que a Associação Paulista de Gestão Pública (APGP) faça o pagamento com o dinheiro repassado pela Prefeitura.

Fotos:Fernando Rezende

Profissionais da Saúde não teriam recebido dinheiro repassado pela Prefeitura

O vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Sorocaba (SinSaúde), Elielson Farias, confirma que a Prefeitura fez o repasse, mas a APGP não. “Não dá para saber o que eles fazem com o dinheiro”, diz. Fora o hospital, situado na Rodovia Raposo Tavares, também entraram em greve um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e cinco Residências Terapêuticas (RTs). Patrícia Lima, auxiliar de enfermagem no Vera Cruz, conta que 70% dos cerca de 200 funcionários interromperam as atividades nesta sexta-feira. Há por volta de 80 pacientes para cada profissional e a demanda está sendo atendida em uma escala de revezamento. “Estamos fazendo o básico, como alimentação e medicação”, ressalta Patrícia. A prioridade é dada ao atendimento, e a área burocrática será feita se houver tempo hábil. “Bom não está, mas eles estão fazendo de tudo para dar atenção ao paciente”, observa Farias. A Prefeitura comprova os pagamentos por meio de documento e, em nota, lamenta a paralisação. “O último pa-

Herbert de Oliveira Franco, diretor do SinSaúde, e funcionários do Vera Cruz estiveram ontem (13) em reunião com a Prefeitura para esclarecer a situação

Médicos da Santa Casa continuam sem receber Com documentos em mãos, o presidente do SinSaúde, Elielson Farias, confirma que a Prefeitura fez o repasse

gamento ocorreu em 15 de dezembro de 2016 e o próximo será efetuado no dia 15 de janeiro, conforme programação”, atesta. Para os próximos quatro meses, R$ 4.496951,14 estão destinados às despesas do Vera Cruz e R$ 2.257.336 a um Caps e 15 RTs. Já a Associação Paulista de Gestão Pública (APGP) explica que o último pagamento feito pela Prefeitura ocorreu em dezembro de 2016, na gestão do ex-prefeito Antônio Carlos Pannunzio (PSDB), após acordo firmado no Ministério do Trabalho e Emprego com a Secretaria da Saúde e o SinSaúde. “Na época, a verba libera-

da destinou-se tão somente ao pagamento dos vencimentos de novembro e do 13º salário dos funcionários, sendo que, após a liberação deste recurso, não foi feito nenhum outro repasse por parte da Prefeitura, inviabilizando a regularização total dos ordenados em atraso”, alega a APGP, por nota. Mediante o cenário inconclusivo, Herbert de Oliveira Franco, diretor do SinSaúde, mantém o posicionamento. “Em algum momento houve erro administrativo. A greve permanece até o pagamento de todos os salários; caso contrário, vamos entrar judicialmente para tomar medidas”, declara.

Embora o Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região (Simesul) tenha denunciado o problema no dia 3 deste mês, os médicos que atuam na Santa Casa de Misericórdia continuam sem receber os salários integrais de novembro e dezembro da Prefeitura. Do mês de novembro, regularizou-se apenas uma parte do vencimento.

Eduardo Vieira recorda-se de que os vencimentos deveriam ter sido quitados durante a gestão do ex-prefeito Antônio Carlos Pannunzio (PSDB). “A administração anterior ficou responsável pela Santa Casa até o dia 22 de dezembro, ou seja, Pannunzio deveria ter regularizado a situação dos médicos antes de entregar a cidade para o novo gestor, mas não o fez”, observou.

De acordo com Eduardo Vieira, presidente do sindicato, a situação tem trazido insegurança aos médicos. “A incerteza da remuneração está gerando muita ansiedade nos profissionais. Não bastasse o estresse da profissão, eles têm de lidar com mais este problema. Isso é inadmissível e o sindicato continuará fazendo sua parte”, disse.

Ainda segundo Vieira, a mesa-redonda promovida no Ministério do Trabalho e Emprego com a Irmandade da Santa Casa, no dia 4 deste mês, terminou sem acordo. Diante do impasse, o sindicato entrou com um pedido de fiscalização no órgão. “A solução foi acionar o Ministério a fim de que os direitos trabalhistas dos médicos sejam garantidos”, disse.

Prefeitos reúnem-se para gestão da Estrada do Ipatinga

A estrada que liga Sorocaba a Araçoiaba da Serra é o principal trajeto utilizado por aproximadamente 7 mil veículos que transitam diariamente entre as duas cidades. Atualmente, com a falta de manutenção necessária, a estrada encontra-se prejudicada pelo grande afluxo de veículos. Para o prefeito Dirlei Salas o principal objetivo é o estudo de uma obra elaborada e com estrutura adequada para atender aos motoristas, tendo como prioridade desafogar o trânsito e proporcionar segurança aos usuários da via. “Precisamos dar uma solução aos motoristas que utilizam essa estrada, por isso contamos com apoio da Prefeitura de Sorocaba

Durante a conversa entre os prefeitos José Crespo e Dirlei Salas, foi anunciada a criação de um Mapa Metropolitano, que vai facilitar a gestão da Estrada do Ipatinga

para nos auxiliar na gestão desta obra junto ao Governo do Estado”, comentou. De acordo com Crespo, Sorocaba, como cidade-polo da Região Metropolitana, será responsável pela criação de um Mapa Metropolitano, que vai facilitar a gestão da Estrada do Ipatinga e de outros trajetos que ligam Sorocaba às

demais cidades da RMS. “O momento é de desenvolvimento, e para que isso caminhe em conjunto o trabalho das cidades que compõem a Região Metropolitana, deve estar alinhado”, disse o prefeito. Para que o trabalho de recuperação da Estrada do Ipatinga seja executado de forma

conjunta entre as duas cidades, as pastas de Obras e Planejamento das prefeituras devem estudar o plano diretor de cada cidade, com a finalidade de trabalharem em sintonia. Também acompanhou a reunião o secretário Luiz Alberto Fioravante, responsável pela pasta de Planejamento e Projetos de Sorocaba.

Trecho da Rua Fernando Luís Grohman está bloqueado Devido ao trabalho de reconstrução do muro lateral do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”, executado pela Prefeitura, o trecho da Rua Fernando Luís Grohman, entre as ruas Tibúrcio Gabriel Torres Monteiro e Isabel Jurado Requena, está bloqueado para o tráfego de veí-

É possível escolher letras e números personalizados para placas de 0 km

Divulgação

Manutenção e melhorias para a Estrada do Ipatinga, junto ao governo do Estado, foram assuntos na conversa entre o prefeito José Crespo (DEM) e o prefeito de Araçoiaba da Serra, Dirlei Salas (PV), na tarde desta sexta-feira (13). O encontro foi solicitado pelo chefe do Executivo da cidade vizinha.

culos. Agentes de trânsito da Urbes estão nas proximidades orientando os condutores quanto ao melhor desvio a seguir. O muro da lateral do zoológico desabou quando uma árvore de aproximadamente sete metros caiu sobre ele, em novembro de 2016. A via será li-

berada ao tráfego assim que a obra de reconstrução do muro for encerrada. VILA OLÍMPIA - A partir das 8 horas deste domingo (15), uma das faixas da Rua Duque Estrada, próxima à Avenida Itavuvu, na Vila Olímpia, será interditada ao tráfego. O

bloqueio faz-se necessário para que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) faça a manutenção na rede de esgoto próxima. Agentes de trânsito da Urbes vão monitorar o local, que contará com sinalização de obra na via. A faixa será liberada ao tráfego de veículos após o término dos trabalhos.

Procurada para comentar o caso, o Município esclarece: “Esta Prefeitura reconhece os atrasos em relação aos repasses para a Santa Casa nos meses de novembro e dezembro e informa que estes são débitos do governo anterior. Esses débitos deveriam ter sido quitados antes da devolução da Santa Casa para a irmandade que está no comando do seu gerenciamento atualmente. A relação com a Santa Casa no governo de José Crespo está condicionada a repasses mensais pré-estabelecidos, que serão cumpridos conforme o cronograma. Mesmo não sendo dívidas deste governo, há um esforço da administração no sentido de regularizar essas demandas à medida que os recursos financeiros forem sendo arrecadados”.

Ano-novo, carro novo? Se um de seus planos para 2017 é comprar um veículo novinho em folha, saiba que pode colocar nele uma placa personalizada. Para isso, basta solicitar o serviço ao Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) no momento do registro. A taxa para o procedimento custa R$ 97,07, além da taxa de emplacamento usual, que varia de acordo com o tipo de veículo. A lacração custa R$ 104,29 para motos, R$ 108,10 para reboque e semirreboque e R$ 125,53 para os demais veículos, como carros, caminhões e ônibus. O valor extra de R$ 97,07 só deve ser pago por quem quiser optar por uma combinação alfanumérica específica no momento de registro do veículo. A cobrança da taxa (paga por meio do número do CPF ou CNPJ) é necessária para custear e manter o sistema informatizado implantado para a execução do serviço. A escolha pode ser feita de três formas: apenas letras, apenas números ou a placa completa. Cabe salientar, entretanto, que a personalização da placa pode ser feita apenas dentro das opções alfanuméricas disponíveis para o Estado de São Paulo, que atualmente vão de BGA 0001 a GKI 9999, desde que já não tenha sido utilizada em outro veículo. Cada Estado utiliza uma faixa específica de combinação de letras e números determinada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Quem não desejar indi-

car números e letras personalizados poderá escolher entre 20 combinações alfanuméricas aleatórias fornecidas pelo sistema do Detran.SP sem necessidade de pagar taxa extra. Uma vez iniciado o procedimento de primeiro registro com uma das 20 opções disponibilizadas, não é possível optar pela escolha de placas. No caso de veículos já emplacados não é possível solicitar a troca da placa para escolher letras e números específicos. A placa é a identificação do veículo e deve acompanhá-lo até a sua baixa definitiva, conforme prevê a legislação federal de trânsito, válida em todo o país. É possível escolher as letras e os números da placa veicular no Estado de São Paulo desde o segundo semestre de 2016. O serviço foi regulamentado pela lei estadual nº 16.080, de 28 de dezembro de 2015, após aprovação de projeto sobre o tema na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Não há regulamentação federal para a personalização de placas, que fica a critério de cada Estado.


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