8769 - Diario - Terça-feira - 10.07.2018

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TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2018

DIÁRIO DO VALE 7

ECONOMIA

Mercado financeiro aumenta projeção da inflação pela oitava vez seguida Projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,03% para 4,17%, neste ano Brasília Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram pela oitava semana seguida a estimativa para a inflação este ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,03% para 4,17%, neste ano. A informação consta da pesquisa Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo BC, com projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para as instituições financeiras, o IPCA em 2019 será 4,10% (mesma estimativa há 3 semanas) e 4% em 2020 e em 2021.

Essas estimativas estão abaixo da meta que deve ser perseguida pelo BC. Neste ano, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente). Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente 6,5% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano

até o final de 2018. Para 2019, a expectativa é aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Atividade econômica A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – caiu de 1,55% para 1,53%, neste ano. Para 2019, a estimativa segue em 2,50%. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano, e em de R$ 3,60, no fim de 2019. Para 2020, a estimativa é R$ 3,63. No final de 2021, a previsão é R$ 3,70. Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

IGP-DI tem inflação de 1,48% em junho Rio O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 1,48% em junho deste ano, abaixo do 1,64% de maio. Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,45% no ano e de 7,79% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em junho de 2017, o IGP-DI havia registrado deflações (quedas de preços) de 0,96% no mês e de 1,51% em 12 meses. A queda da taxa foi provocada pelos preços no atacado, medidos pelo Ín-

dice de Preços ao Produtor Amplo, que registrou inflação de 1,67% em junho, abaixo dos 2,35% de maio. Por outro lado, os preços do varejo e da construção tiveram alta na inflação. O Índice de Preços ao Consumidor, que acompanha o varejo, aumentou de 0,41% em maio para 1,19% em junho. O Índice Nacional de Custo da Construção passou de 0,23% para 0,97% no período. O IGPDI foi calculado com base em preços coletados entre 1º e 30 de junho. Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

‘Rua de Compras’ movimenta o domingo no Santo Agostinho Secom – PMVR

Volta Redonda O bairro Santo Agostinho ficou movimentado no domingo (08) em virtude da Rua de Compras, aberta pelo prefeito Samuca Silva, além de secretários, representantes de entidades parceiras do evento. O projeto, organizado pela prefeitura, através de uma parceria com a Aciap (Associação Comercial, Industrial e Agro-Pastoril) ), e CDL( Câmara de Dirigentes Lojistas) e do Sicomércio, visa as vendas com descontos para os consumidores. Além de as lojas ficarem abertas, os moradores puderam aproveitar outras opções. Entre elas, lazer e ações de orientação sobre a saúde. -Eu saí com o meu marido e os dois filhos para passear por aqui. Hoje não compramos nada, mas fizemos um lanche e depois aproveitamos para almoçar fora de casa. Foi ótimo – disse Ângela Campos, moradora do Santo Agostinho. Para o prefeito Samuca Silva, mais essa edição do Rua de Compras confirma o sucesso do projeto criado no ano passado.

-Este é um projeto pioneiro no estado do Rio, e que coloca Volta Redonda como cidade mais empreendedora no estado. Este é um domingo diferenciado que traz lazer e benefícios para todas as famílias que estão aqui – disse o prefeito. Muitas mães e pais levaram os filhos de colo nos carrinhos, na parte da manhã, quando o sol estava favorável. O secretário municipal Joselito Magalhães, destacou o crescimento da atividade comercial no bairro: -O Santo Agostinho é um centro comercial muito importante para a cidade pela força da sua diversidade em produtos e serviços. É esse Rua de Compras ajuda a fomentar as vendas – disse. Os comerciantes aprovaram a nova etapa do projeto. Muitos montaram exposições dos produtos com preços mais baixos: “A expectativa de boas vendas se concretizou. Vendemos tudo com desconto. Esta foi a primeira vez que participamos e gostando muito”, disse a lojista Andrea Correia.

No local: Prefeito Samuca abre evento no Santo Agostinho,,em Volta Redonda

Efeito da greve dos caminhoneiros nos preços deve se dissipar este mês Brasília O efeito da greve dos caminhoneiros na inflação deve começar a se dissipar ainda neste mês, com a reversão da alta de preços da gasolina e do gás de cozinha, por exemplo, segundo avaliação de especialistas. Em junho, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 1,26%, a maior taxa para o mês desde 1995, de 2,26%. O resultado superou a previsão de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC), que projetavam variação de 1,15%. Também ficou acima da previsão do BC, que era 1,06% para o mês passado. Em maio, o efeito do desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros, no final do mês, se somou às pressões sobre os preços de energia e combustíveis. Com isso, o IPCA teve alta de 0,40%. Em junho, a aceleração ocorreu devido a intensificação dos efeitos da paralisação sobre os preços de alimentos e combustíveis e a da mudança de bandeira tarifária. O coordenador do curso de economia do Instituto Brasileiro de Mercado de

Capitais (Ibmec), Márcio Salvato, explicou que a “explosão” da inflação em maio e junho ocorreu devido ao aumento da procura por produtos como a gasolina e o gás de cozinha. “Houve excesso de demanda porque as pessoas estavam querendo fazer estoque. Produtos como gasolina, gás de cozinha subiram. Além disso, teve o efeito de mudança na estrutura de custos com frete”. Para Salvato, a inflação pode até ficar abaixo do esperado com os preços da gasolina e do gás voltando ao nor mal. “Deve haver descida dos preços dos produtos que sofreram efeito direto”, disse. Ele destacou que não tem risco se perder o controle de inflação por causa dos efeitos da greve dos caminhoneiros.

Inflação Segundo o Relatório de Inflação, divulgado em junho pelo BC, a partir deste mês, a despeito dos efeitos defasados da alta do dólar observada desde o final de abril e do aumento projetado para passagens aéreas, em julho, espera-se por taxas de inflação mais baixas. Isso deve acontecer devido à reversão dos efeitos do desabastecimento gera-

Agência Brasil

CNI aponta índice do medo do desemprego acima da média histórica Brasília

Repercussão: Greve dos caminhoneiros ainda afeta preços no país do pela greve dos caminho- nho, mas em julho já deve neiros, a sazonalidade favo- reduzir”, disse o economisrável dos preços de alimen- ta Marcio Milan, da Tentos e a elevada ociosidade dências Consultoria. da economia. Por ser considerada Para o BC, a retomada uma alta pontual, o econoda atividade em ritmo mais mista lembra que o risco gradual que o esperado de descumprimento da contribui para manutenção meta de inflação é zero. A da inflação em patamar meta é 4,5%, com margem baixo, mesmo com o efeito de tolerância de 1,5 ponto pontual da greve dos cami- percentual para cima ou nhoneiros. para baixo. “Mesmo com Para este mês, a previ- outros acontecimentos, são das instituições finan- como câmbio e as tarifas ceiras consultadas pelo BC administrativas, o risco é é que o IPCA fique em zero. As projeções continu0,35%, e caia para 0,12%, am abaixo do centro. Nossa em agosto. projeção é que o IPCA fi“Esperamos que já em que em 3,7% neste ano”, julho esse efeito comece a disse Milan. ser diluído. A gente teve Por Kelly Oliveira - Repórter essa pressão agora em juda Agência Brasil

Poucas vezes nos últimos 22 anos os brasileiros ficaram tão preocupados com o emprego quanto agora, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice do Medo do Desemprego subiu para 67,9 pontos em junho, valor que está 4,2 pontos acima do registrado em março, e está entre os maiores da série histórica iniciada em 1996. Só em maio de 1999 e em junho de 2016, o indicador alcançou 67,9 pontos, informa a pesquisa divulgada hoje (9). Segundo a CNI, o índice está 18,3 pontos acima da média histórica de 49,6 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos. Quanto maior o índice, maior o medo do desemprego. De acordo com a pesquisa, o medo do desemprego cresceu mais para os homens e as pessoas com menor grau de instrução. Entre março e junho, o indicador subiu 5,6 pontos para os homens e 2,8 pontos para as mulheres. Para os brasileiros que têm até a quarta série do ensino fun-

damental, o índice subiu 10,4 pontos entre março e junho e alcançou 72,4 pontos. Entre os que tem educação superior, o índice subiu 0,6 ponto e passou de 59,9 para 60,5 pontos.

Satisfação com a vida O levantamento mostra ainda que a satisfação com a vida também diminuiu. O índice de satisfação com a vida caiu para 64,8 pontos, o menor nível desde junho de 2016, quando alcançou 64,5 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos. Quanto menor o indicador, menor é a satisfação com a vida. Conforme a pesquisa, a queda do índice de satisfação com a vida foi maior na Região Sul, onde o indicador caiu 5,3 pontos entre março e junho e ficou em 63,8 pontos. Nas demais regiões, a retração foi inferior a 2,3 pontos. Nos estados do Sul, o índice é menor do que o das demais regiões. O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 128 municípios entre os dias 21 e 24 de junho. Por Agência Brasil – Edição: Fernando Fraga


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