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‘droga zumbi’ nos municípios do Estado

Parlamentares discutiram impacto de entorpecentes feitos com canabinóide sintético

Estado do Rio

Uma audiência pública convocada pela Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta quarta-feira (31), teve como pauta principal os canabinóides sintéticos – substâncias produzidas em laboratório e que têm alto poder viciante O presidente do colegiado, deputado Danniel Librelon, disse que, diante do crescimento do uso deste tipo de droga, popularmente conhecida como K2, K9 ou ‘droga zumbi’, é necessário que haja audiências itinerantes nos municípios fluminenses que tenham altos índices de pessoas com dependência química.

A ideia, diz ele, é conscientizar a população sobre os malefícios desta e de outras drogas “A nossa finalidade é trazer o Poder Executivo, o Tribunal de Justiça, especialistas sobre o assunto, para que possamos pensar em políticas de proteção à população fluminense”, argumentou Librelon.

Também presente à reunião, o deputado Fred Pacheco destacou o papel das comunidades terapêuticas no acolhimento e tratamento de usuários de drogas “Comunidades terapêuticas salvam vidas Além dos riscos de doenças, muitas pessoas acabam com a dignidade de suas famílias Queremos lutar pela vida e pelo cidadão, para que o Rio possa voltar a se desenvolver”, disse o parlamentar

Especialista

Quem também participou da audiência foi o psiquiatra Marcelo Ribeiro, especialista em dependência química. Ele disse que os canabinóides sintéticos começaram a ser produzidos na Europa ainda nos anos 2000. A produção das chamadas ‘novas drogas psicoativas’ começou de forma artesanal, mas atingiu uma escala industrial. Agora, são fabricadas em laboratórios clandestinos Com a mudança da padronização das moléculas dos princípios ativos da substância, ela deixa de ter o padrão previsto pelos controles internacionais de saúde pública.

O psiquiatra afirmou, ainda, que mais de 100 mil mortes foram causadas pelos opioides nos Estados Unidos nos últimos dois anos “Muitas pessoas desenvolvem complicações na saúde mental, como ansiedade, pânico, confusão, paranoia, inquietação e irritação Os americanos e canadenses estão distribuindo antígeno, porque os opioides têm uma capacidade muito grande de causar overdose”, comentou.

Perplexidade

O subsecretário-adjunto de Cuidados Especiais da Secretaria de Estado da Casa Civil, Guilherme Bussinger, destacou que o Poder Executivo tem prestado muita atenção ao tema. “Ficamos muito perplexos com a velocidade que essas substâncias chegaram ao nosso Estado, aos presídios do Rio de Janeiro. Mas temos colocado nossos esforços nesse assunto, sendo essencial que as pessoas tenham consciência de que droga não é brincadeira”, observou.

Já a subsecretária de Prevenção à Dependência Química da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Mariléia de Paula, chamou atenção para a necessidade de políticas de proteção à criança e ao adolescente, e para a criação de uma política de prevenção ao uso de drogas nos municípios

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