2294

Page 2

CMYK Canoinhas (SC), quinta-feira, 22 de maio de 2014

2

De volta à ativa Pode-se notar nesta semana, que após um breve cochilo, o “gigante novamente acordou”, ou seja, os manifestantes voltaram à ativa em todo o país. Há cerca de três semanas para o inicio da Copa do Mundo, Anonymous, Black Blocs e os manifestantes populares escolheram um momento propício para voltar às ruas e dar sequência às ondas de manifestos que expuseram a situação de revolta do povo brasileiro com a corrupção no Governo Federal. Se a onda de manifestos permanecer até o início da copa, a situação começa a ficar complicada para a realização do evento, pois cada vez mais e mais brasileiros, descontentes com os “investimentos” feitos para a copa, que não deixarão nenhum legado para o povo brasileiro, estão indo pras ruas, ou seja, quando os estrangeiros chegarem ao Brasil, encontrarão um ambiente bem diferente do encon-

Expediente

trado em outras copas do mundo.

ANGELO MARCELO SCHULKA - ME CNPJ: 03.219.641/0001-20 Rua Marechal Deodoro, 357 Canoinhas - SC - CEP 89.460-000. E-mail: diariodoplanalto@newage.com.br Fone: (47) 3622-4444 /3622-6142. www.diariodoplanalto.com.br

A afirmação do poder local

LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA Leio no jornal New York Times que o Estado da Califórnia acaba de dar um passo importante na afirmação do poder local, desafiando as leis nacionais, que teimam em proibir a legalização da permanência de imigrantes estrangeiros irregulares nos Estados Unidos. São dois milhões e quinhentos mil estrangeiros (a maioria oriunda da América Latina) que vivem na Califórnia, à margem de qualquer direito, exceto o de ser preso e deportado. Hoje, um em cada quatro estrangeiros que moram nos Estados Unidos vive nessa aflitiva situação, inclusive milhares de catarinenses, cujo maior contingente partiu para lá de Criciúma e da região carbonífera. Embora a grande concentração de catarino-americanos esteja nos arredores de Boston (onde a comunidade catarinense mantém rádio, e jornal), na costa Leste, ou seja, bem longe da Califórnia,

a iniciativa é alvissareira. Já comentei, no artigo “As Cidades são a solução” que Detroit tomou o mesmo rumo, legalizando a permanência de um milhão e quinhentos mil imigrantes, que lá viviam ilegalmente. O Congresso Nacional Norte-americano, preso ao poder dos “lobbies”, não teve, ainda, a sensibilidade de rever essa norma, que representa uma chaga social, ao repudiar aqueles que, fugindo do desemprego, da fome e da miséria, buscaram nos Estados Unidos uma nova perspectiva de vida melhor. Não foi pela mesma necessidade que imigrantes europeus, sobretudo irlandeses, alemães e italianos, -- desde a histórica viagem do “May Flower” buscaram um novo lar nos Estados Unidos? Mais, sujeitos às pressões, porque mais próximos dos cidadãos, os parlamentos locais vêm tomando iniciativas importantes, como essa que dá, em todo o território da Califórnia, carteira de motorista aos imigrantes irregulares, além de limitar fortemente os casos de deportação, e criar perspectivas de que esses estrangeiros possam obter emprego legal. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Californiano de Políticas Públicas, a força-trabalho naquele Estado representa quase dois milhões de empregados estrangeiros sem carteira assinada. Partindo da análise da incapacidade dos governos centrais

Assinatura Anual: R$ 210,00 | Semestral: R$ 110,00 Diretor geral : Angelo Marcelo Schulka Diretor admistrativo: Victor Felipe Schulka Gerente admistrativo: Josiane Carlim Chechi Diretora comercial: Viviane Aparecida Maciel Editor Chefe: José Rossi Junior Reporter: Loraine Lys Werner Gugelmin Diagramação: Josué Farias Cardoso Obs.: Informes publicitários só serão publicados mediante aprovação da direção e pagamento antecipado.

em solucionar os problemas básicos do cidadão, o sociólogo norte-americano Benjamim Barber está vendendo milhares de seu recentíssimo livro “If citties rulled the world” (Se as Cidades governarem o Mundo” ). Naquele “best seller”, Barber prega a descentralização, citando vários casos em que os municípios tomaram a dianteira, confrontando com o governo central, para resolver graves problemas insolúveis, pela inércia do Congresso norte-americano. Foi exatamente o que aconteceu em Santa Catarina. Hoje nós temos um Código Florestal que deu tranquilidade e liberdade aos nossos agricultores, especialmente os pequenos produtores rurais familiares. Mas, isso só aconteceu porque a nossa Assembleia Legislativa aprovou uma lei de meio ambiente em confronto com a nacional. Se nos Estados Unidos (que é líder mundial porque tem uma estrutura administrativa fortemente descentralizada), Benjamin Barber reclama mais descentralização, o que dizer do Brasil, onde o governo central abocanha dois terços de tudo o que se paga de tributos?

Luiz Henrique da Silveira é Senador da República pelo PMDB/SC Envie seu artigo para diariodoplanalto@hotmail.com

Mín: 17ºC Máx: 21ºC

Circulação: Canoinhas, Três Barras, Major Vieira, Papanduva, Bela Vista do Toldo, Irineópolis e Monte Castelo.

Encoberto com chuva

Encoberto com chuva

Encoberto com chuva

Encoberto com chuva


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.