Quarta, 16 de maio

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SOROCABA, QUARTA-FEIRA, 16 DE MAIO DE 2018

diariodesorocaba.com.br

EDITORIAL A população sempre leva a pior ta todo mundo é a falta de consideração para com a população. O povo sempre acaba pagando um preço que não tem a obrigação de pagar. Ele é sempre apanhado de surpresa e sempre é quem paga, na pele, no bolso e na paciência, os frutos de uma irresponsabilidade evidente. A

ministração pública não podem acabar prejudicando quem quer que seja. Naturalmente, não se trata de ser contra ou a favor das paralisações que, na maioria das vezes, são legítimas, principalmente, em função de promessas que não são cumpridas. Mas o que falta, na verdade, é repensar muito mais os métodos de presÉ preciso enfatizar que, s i o n a r o g o v e r n o e se existe direito de gre- os empresários para tingir um determive, também existe di- anado objetivo. Não se reito a um atendimento deve esquecer que a decente para evitar que p r ó p r i a o p i n i ã o p ú lica também costua sociedade sempre bma não perdoar quem leve a pior a prejudica, mesmo que reconheça a legitimidade do processo. população, já tão humi- Caminhos alternativos lhada e massacrada por é que devem ser buscatudo aquilo de pior que dos por todos. O diálogo acontece no País, tem o mais aberto e racional é direito a um mínimo de sempre o mais recomenatendimento. Esse direi- dável. to também é garantido Enfim, o que deve na Constituição e não ser levado em conta são pode ser interrompido. os prejuízos que podem Na verdade, o bom sobrar para grandes senso é que deveria pre- parcelas da população. É valecer. É importante preciso enfatizar que, se q u e o s m o t o r i s t a s d e existe direito de greve, ô n i b u s e o s i n d i c a t o também existe direito a d a c a t e g o r i a t e n h a m um atendimento decente consciência de que as para evitar que a sociedivergências com a ad- dade sempre leve a pior.

Em mais uma atitude intempestiva, sem uma justificativa plausível, os motoristas de ônibus da cidade não perderam tempo para decretar a paralisação do transporte urbano no final da tarde de segunda-feira. Quem perdeu um tempo precioso, além de passar por muitos aborrecimentos, foram milhares de pessoas que ficaram na rua da amargura sem condução e não tiveram como voltar para casa após a jornada de trabalho. É claro que o prefeito José Crespo poderia ter evitado bater boca com motoristas que não estariam parando em pontos de ônibus do Cajuru do Sul, deixando de apanhar passageiros. Esse detalhe, no entanto, não é motivo para que, de repente, sem mais nem menos, sem qualquer tipo de aviso prévio, milhares de usuários sejam prejudicados. Antes de mais nada, é preciso dizer que a democracia traz em sua essência deveres e obrigações que devem ser respeitados. Neste caso, que mais uma vez se repete em Sorocaba, o que salta à vista e mais irri-

Um estímulo aos editais municipais de Cultura Romildo Campello Criado no início de abril pela Secretaria da Cultura do Estado, o ProAC Municípios é uma modalidade do Programa de Ação Cultural que selecionará cidades interessadas em abrir seus próprios concursos para promoção da cultura local. Desta forma, daremos continuidade a um dos objetivos principais da Pasta, descentralizar as políticas culturais no Estado, em consonância com a gestão do governador Márcio França. A Secretaria da Cultura está com credenciamento aberto para prefeituras interessadas em participar e os municípios contemplados receberão repasses que variam de R$ 100 mil a R$ 300 mil, de acordo com o tamanho da cidade. Os projetos deverão, obrigatoria-

mente, estar previstos na legislação municipal, ter a forma de concursos/editais, oferecer contrapartidas mínimas e selecionar iniciativas de artistas ou agentes culturais locais que receberão premiações de até R$ 25 mil. Consideramos de extrema importância esta iniciativa que vem somar-se ao mínimo de 50% dos selecionados no ProAC serem proponentes da Grande São Paulo, Interior e Litoral. Apesar de sua pujança, acreditamos que a Capital não deve, sozinha, determinar o que se faz na área cultural. Por sermos uma Secretaria estadual, é fundamental estimularmos a participação do Interior para que a diversidade paulista realmente apareça, com sua cultura tão importante, rica, diversificada e que pode se tornar referência em outros

municípios, inclusive na Capital. Prova disso é o projeto “Revelando São Paulo”, que em sua última edição, em novembro do ano passado, contou com 170 municípios que vieram até a Capital mostrar suas produções culturais. As inscrições ao ProAC Municípios vão até dia 20 de maio, domingo, e devem ser realizadas no site www.proac.sp.gov.br. Estamos otimistas que teremos um grande número de prefeituras participantes. Então, fica aqui esse convite a todos os gestores municipais, pois é a participação de cada cidade paulista que tornará importante essa modalidade do ProAC, possibilitando o fomento e a difusão da Cultura por todo o Estado de São Paulo a partir do trabalho dos artistas e agentes de cada localidade. - Romildo Campello é secretário de Estado da Cultura

O CASO DA ESTUDANTE MORTA NO RIO

O deputado estadual Raul Marcelo (PSOL) recebeu em seu gabinete político de Sorocaba, na última segunda-feira (14), o senhor Miguel Koike, pai da estudante sorocabana Patrícia, que foi brutalmente assassinada na cidade de Nova Iguaçu/RJ, no dia 9 de abril. O namorado dela, Altamiro Lopes dos Santos Neto, foi preso em flagrante e apontado como autor do crime. Patrícia era estudante de medicina e tinha 22 anos quando foi assassinada. Raul Marcelo e o advogado Hugo Batalha estão acompanhando o caso e explicaram que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) concluiu o inquérito policial, que foi distribuído para a promotoria criminal oferecendo a denúncia por feminicídio. A juíza Anna Christina da Silveira Fernandes recebeu o processo de acusação e o fato será julgado pelo Tribunal do Júri.

CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS

Uma Comissão Especial do Senado aprovou projeto de lei complementar (PLP 137/2015) que trata da criação, incorporação, fusão ou desdobramento de Municípios. Para alguns especialistas, o PLP deve ser cuidadosamente avaliado pelo governo federal, pois é necessário um estudo criterioso sobre as condições apresentadas no texto. “A experiência tem nos mostrado que muitos Municípios criados anteriormente não têm arrecadação suficiente para atender a demanda local, e, por essa razão, tornam-se dependentes dos repasses de verbas federal e estadual, inclusive para a prestação de serviços públicos essenciais”, opina o professor e economista Walter Penninck Caetano, diretor da Conam - Consultoria em Administração Municipal.

COBRANÇA ABUSIVA

A Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa deu parecer favorável ao PL 53/2017, de autoria do deputado Ricardo Madalena, que dispõe sobre a proibição de cobranças de taxas de adesão paga a empresas para usufruir do benefício de não precisar pegar fila para o pagamento do pedágio, usando o meio eletrônico, cujo aparelho instalado no vidro dianteiro do carro permite a abertura automática da cancela. “É, no mínimo, irregular exigir do usuário qualquer quantia adicional, além da tarifa de pedágio”, diz o parlamentar.

CANDIDATO EM SOROCABA

O pré-candidato ao governo do Estado, Luiz Marinho, do Partido dos Trabalhadores, estará em Sorocaba nesta quarta-feira, dia 16, em uma agenda de vários encontros com lideranças de entidades e simpatizantes petistas. Ele estará acompanhado dos pré-candidatos a deputado federal Izídio de Brito e a deputado estadual Hamilton Pereira, além do atual deputado estadual Luiz Turco, todos do PT.

Um planta, outro colhe Plantei uma roseira no meu quintal, perto do muro do vizinho. Cultivei-a com amor. Não faltou água. Não faltou adubo. Não faltou carinho. Cresceu, desenvolveu-se, mas não deu rosas. Um tanto frustrado, resolvi cortar a roseira estéril. Ruminava esses pensamentos, quando tive de sair. Ao passar diante da porta do vizinho, lá estava a dona da casa, como em todas as tardes, em sua cadeira de rodas. Ela me cumprimentou e disse toda satisfeita: “Nasceu uma roseira no meu quintal e começou a florir. Quer ver que rosas bonitas ela deu?” Fui ver. Era a tal roseira que eu julgava estéril. Um ramo resolveu passar para o outro lado do muro, lá cresceu e floresceu. (O importante é semear. Onde vai dar frutos? Quem vai colher? Isso não nos compete saber. - Pe. Clóvis Bovo).

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