Quinta, 13 de maio

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SOROCABA, QUINTA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2021 diariodesorocaba.com.br

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NACIONAL

CPI DA PANDEMIA

PELO PAÍS

Temperatura sobe em relato de Wajngarten

Agência Brasil

Sessão tem bate-boca, acusação de mentira e ameaça de prisão

Em CPI, Fábio Wajngarten falou sobre campanha contra Covid-19 As tensões subiram na CPI da Pandemia, no Senado Federal, nesta quarta-feira (12), durante o relato do ex-chefe da comunicação do governo Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten. A temperatura elevou-se pelas respostas do publicitário e porque o relator, Renan Calheiros (MDB), pediu uma acareação para solicitar a prisão do depoente. Conforme a Constituição, em oitivas em uma CPI, os intimados são obrigados a falar a verdade, sob o risco de receberem voz de prisão caso seja confirmado, em flagrante, algo que não corresponda à realidade dos fatos. Calheiros reclamava desde o começo da audiência do comportamento de Wajngarten. Na versão do relator, o publicitário deu respostas escorregadias ou em contradição ao teor da entrevista que ele havia dado à revista “Veja”. Na reportagem, o ex-chefe da Secom revelou ter integrado negociações para compra de vacinas e chamou a equipe do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de incompe-

tente e ineficiente. “Eu queria, presidente, sugerir a Vossa Excelência, requisitar o áudio da revista ‘Veja’ para verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu. Se ele não mentiu, a revista vai ter de pedir desculpas a ele. Se ele mentiu, terá desprestigiado e mentido ao Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo. Queria dizer que vou cobrar a revista”, disse Calheiros. Diante da insistência em uma das perguntas por Calheiros, Wajngarten chegou a responder que o senador deveria perguntar para o presidente da República, e não para ele. A indagação era a respeito de uma possível orientação de Bolsonaro no sentido contrário à necessidade de vacinação em massa no País. A colocação irritou o comando da CPI. DADOS – O ex-secretário disse que tanto a pasta que comandou quanto o Ministério da Saúde fizeram, desde o início da pandemia, no ano passado, 11

campanhas informativas sobre a Covid-19, quatro por meio da secretaria e sete via Ministério da Saúde. “A impressão que se tem é equivocada em dizer que o governo não comunicou com muita técnica”, disse. Sobre sua participação na tentativa de compra do imunizante do laboratório americano, Wajngarten disse que, quando soube, em novembro do ano passado, que a Pfizer havia enviado uma carta oferecendo 500 mil doses de vacinas ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, levou o assunto ao presidente. Segundo ele, a atitude “proativa” foi republicana e para ajudar. Conforme o ex-secretário, a carta chegou em setembro e permaneceu dois meses sem resposta do governo federal, até que, em 9 de novembro, ele mesmo respondeu à empresa. Apesar disso, Wajngarten negou ter participado de negociações para aquisição do imunizante.

PESQUISA

Setor de serviços registra recuo de 4% de fevereiro para março O volume de serviços caiu 4% na passagem de fevereiro para março deste ano, depois de duas altas consecutivas do indicador. As informações da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foram divulgadas nesta quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o segmento voltou a ficar abaixo do patamar antes da pandemia de Covid-19. “O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do

ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, disse Rodrigo Lobo, pesquisador do IBGE. Os serviços tiveram quedas no acumulado do ano (-0,8%) e no acumulado de 12 meses (-8%). Na passagem de fevereiro para março, atividades de serviços tiveram queda em seu volume, como serviços prestados às famílias (-27%) e transportes, ser-

viços auxiliares aos transportes e Correio (-1,9%) e profissionais, administrativos e complementares (-1,4%). Dois segmentos tiveram aumento no volume de serviços, como informação e comunicação (1,9%) e outros serviços (3,7%). A receita nominal dos serviços teve quedas de 0,4% na comparação com fevereiro deste ano, de 0,2% no acumulado do ano e de 7,7% no acumulado de 12 meses. Na comparação com março do ano passado, a receita cresceu 6,1%.

DOSES

INSUMOS

O Instituto Butantan liberou ontem mais 1 milhão de doses da vacina contra o novo Coronavírus ao Programa Nacional de Imunizações. Com essa remessa, o Butantan totaliza 46,112 milhões de doses oferecidas ao Ministério da Saúde desde o início deste ano e cumpre o primeiro contrato firmado com o governo federal em janeiro. Nesta sexta-feira (14) começa a entrega das doses previstas no segundo contrato.

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse ontem que não há prazo para chegada de insumos para produção da vacina CoronaVac, contra a Covid-19, no Brasil. Covas reuniu-se com representantes da farmacêutica Sinovac Biontech, que desenvolveu a vacina na China, e com representantes da embaixada brasileira em Pequim. O prazo inicial era de que os insumos fossem liberados ontem e chegassem no próximo dia 18.

VACINAÇÃO

CAMPANHA

O governo de São Paulo anunciou que vai ampliar o número de postos de vacinação contra a Covid-19 na Capital paulista. Os postos serão instalados em estações do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos. A partir de hoje, as pessoas aptas à imunização poderão se vacinar em quatro estações, Guaianases, São Miguel Paulista, Jardim Helena-Vila Mara e Itaim Paulista.

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (12) uma campanha sobre medidas contra a Covid-19. A pasta anunciou também a médica infectologista, Luana Araújo, como a nova titular de uma secretaria criada para enfrentamento à doença. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a nova área deve concentrar as ações de controle da epidemia no País. Luana é formada em Medicina pela UFRJ e é pós-graduada pela Universidade John Hopkins.

GRÁVIDAS

ABATE

A vacinação de grávidas e puérperas acima de 18 anos e com comorbidades será retomada no Estado de São Paulo na próxima segunda-feira (17). O anúncio foi feito ontem pelo governo paulista, que informou que serão utilizadas somente as vacinas CoronaVac e Pfizer/Biontech para essa vacinação. No caso da Pfizer/BioNtech, por causa da dificuldade de refrigeração, ela será utilizada apenas para grávidas e puérperas que vivem na Capital.

Os dados da produção animal para o primeiro trimestre de 2021 mostram que o abate de bovinos recuou 10,3%, o de suínos aumentou 4,9% e o de frangos teve alta de 2,4%, na comparação com o mesmo período de 2020. É o que mostram os primeiros resultados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

ON-LINE

ANTENA

Sete em cada dez micro, pequenas ou médias empresas (73,4%) do País estão fazendo vendas on-line durante a pandemia do novo Coronavírus. Isso é o que revelou uma pesquisa feita pela Serasa Experian com 508 empreendedores, aplicada no mês de fevereiro. Desse total, 83,1% pretendem manter os negócios pela internet mesmo quando a pandemia acabar. Entre os canais mais utilizados para as vendas estão as redes sociais.

O Brasil já tem instalada a sua primeira antena rural destinada à quinta geração de internet (5G). A tecnologia funcionará, ainda em caráter experimental, na fazenda modelo do Instituto Mato-Grossense de Algodão (IMAmt), em Rondonópolis (MT). A expectativa é de que, no futuro, quando esse tipo de conexão for em larga escala, ajude o produtor brasileiro a reduzir custos e ganhar produtividade, com o auxílio de drones, chips e GPS.

LUCRO

CONFIANÇA

O lucro líquido da Caixa Econômica Federal no primeiro trimestre de 2021 foi de R$ 4,6 bilhões, alta de 50,3% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o banco público ontem. Ao comentar o balanço do primeiro trimestre em videoconferência, algumas horas após a divulgação, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, comemorou o resultado "muito sólido" e "recorde de todos os tempos".

Após quatro quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu 4,8 pontos em maio, na comparação com abril, e atingiu 58,5 pontos, em uma escala que vai de 0 a 100 pontos, tendo, na marca dos 50 pontos, a linha de corte entre confiança e falta de confiança por parte do empresário brasileiro.


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