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Liderar é assumir a responsabilidade

Quando comecei a trabalhar como líder de empresa, em meados de 1998, 1999, logo comecei a buscar conhecimentos que pudessem me ajudar a liderar pessoas. Desde aquela época, mesmo com pouco conhecimento, rapidamente cheguei à conclusão que, se o líder deseja resultado, ele precisa trabalhar as pessoas para terem resultados, ou seja, foco no desenvolvimento humano é essencial dentro das organizações, e, para tanto, eu deveria me aprimorar também. Ser líder não é uma tarefa nada fácil, em um mundo onde o ego prevalece. As nossas decisões são questionadas o tempo todo. As pessoas, em sua maioria, apenas sabem criticar e, quando olhamos para tais críticas, percebemos que todas elas levam o líder a prejudicar o futuro da empresa em prol daquele que “sugeriu” que faria melhor.

Quando tomamos decisões, elas devem ser para o bem do empreendimento e ainda de forma justa para as pessoas. Liderar apenas vendo o lado do negócio leva a empresa a uma cultura onde as pessoas que entram ali sintam-se desvalorizadas, por outro lado, liderar apenas olhando o interesse da equipe, pode levar a empresa à falência. É preciso ter equilíbrio nessa relação. Da mesma maneira que você manda pintar a sede administrativa, manda lavar os carros e renovar a fachada, é também necessário investir na equipe. Se são as pessoas que dão resultado, nós, como líderes, devemos ser justos e investir nelas também. Não existe nada pior para o clima organizacional do que um líder ausente, que apenas “mete pressão”. Líderes assim não conhecem a realidade e suas ações acabam por não inspirar as pessoas à ação. Mesmo que o profissional esteja distante, em termo de distância mesmo, a pessoa que ocupa o cargo de liderança deve fazê-la sentir que ele está ao lado. Hoje a tecnologia ajuda muito.

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A internet e o WhatsApp são as principais ferramentas no auxílio à gestão de pessoas. Imagine só Henry Ford ou Abraham Lincoln, e até mesmo Mandela, o que teriam feito, em termos de resultados, se tivessem essa tecnologia disponível em suas épocas. Imagine Mahatma Ghandi, que libertou a Índia e África no século passado, se ele tivesse acesso a uma chamada de vídeo na época? Certamente ele libertaria o mundo inteiro da opressão e até mesmo da fome. Porque estou falando isso. A liderança tem tudo nas mãos para se mostrar presente o tempo todo, através de ligações, áudios e, principalmente, chamadas de vídeo. Essa última, por exemplo, deve ser mais explorada. O cérebro emocional reage apenas quando olhamos para a outra pessoa, portanto, use e abuse dessa ferramenta.

O que desejo chamar atenção hoje é que nós, líderes, nunca tivemos tantos recursos para desenvolver as pessoas a buscarem mais e ainda levá-las à excelência. Pena que a maioria de nós não tem paciência e o que se escuta nas reuniões gerenciais são gerentes reclamando de supervisores e supervisores de vendedores. E o pior, quando vamos analisar o tempo que essas pessoas investiram para desenvolver a cadeia hierárquica toda, não passa de 10% do tempo investido, quando Rham Charam, pai da execução perfeita, recomenda que até dois terços do tempo do líder deve ser treinando e dando feedbacks. Portanto, em tempos de crise como agora, apenas você, líder, tem o poder, seja pelo cargo, seja por sua pessoa, de mudar a realidade. Invista o seu tempo em desenvolver pessoas. Ofereça apoio e feedbacks, comemore junto e, quando não der nada certo, ofereça apoio e direcione as pessoas a um aprendizado, para serem melhores na próxima vez.