Revista de Natal DB 2015

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A

contagiante da montagem do presépio, desde que a grande gaveta se abria e desvendava, um ano mais, as pequenas e belas figurinhas de barro, pouco depois já em crescendo dramático até à manjedoura a servir de despojada alcova ao filho de Deus nascido menino. Nesse tempo de advento, a alegria suprema acontecia sempre numa certa tarde em que, chegadas da escola, a casa toda rescendia a filhós acabadinhas de fritar. Era a surpresa que todos os anos nos abria o caminho para o Natal e que a avó preparava com cuidados e ternuras que só ela sabia ter. Para nós duas, mais do que a surpresa e o momento mágico de gulodice antecipado no grande prato já cheio de filhós douradas, quentinhas e generosamente polvilhadas de açúcar amarelo, contava o ritual que a avó conduzia.

Sentada numa pequena cadeira de madeira e assento empalhado, a avó, figura frágil mas sempre animada por uma inexplicável energia, oficiava em frente à lareira a cerimónia da fritura. E explicava os segredos do doce que, já com a fofa massa amarela a escassear na grande tigela de barro vermelho, tomava como por magia a forma das letras iniciais dos nossos nomes. E lá surgia um E e, logo a seguir, um L e um M. Com mais ou menos arte, assim a moldagem ficasse a cargo da avó ou de cada uma de nós, sempre ansiosas por demonstrar uma habilidade maior do que a destreza que nos permitia a idade. Até que, enfim, a noite grande chegava, com a família toda, o calor da casa, a ansiedade que só se desfazia no adro da igreja, na admiração desmesurada por 49240

s noites grandes e frias passadas ao aconchego da lareira, com a avó a mimar-nos com histórias de cabaças e pipocas doces a lembrarem os flocos de neve que se amontoavam lá fora para transformarem o breu em alvura a perder de vista. É assim que, para sempre, o Natal se fará anunciar. Mesmo que os anos e a distância o desmintam, hão de ficar para sempre a aventura imensa da curta viagem à encosta da serra em busca do mais lindo pinheiro manso, junto à “casa do guarda”, que nos facilitava a procura e ajudava o pai na tarefa. E a demanda do musgo macio no muro que marcava o caminho para o rio, espécie de fronteira entre o território da brincadeira permitida e das aventuras mais clandestinas. E, claro, o alvoroço

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