ECONOMIA & EMPRESAS - ABRIL

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25 ABRIL 2009

Economia&Empresas

PANORAMA

CONJUNTURA Economia voltou a deteriorar-se em Março

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Confidências ❂ O número de pesquisas efectuadas pelos cibernautas portugueses acerca das palavras recessão, crise, economia, bolsa e bancos, no Google Insights for Search, alcançou o nível mais alto no passado mês de Janeiro, correspondendo a um crescimento de 488 por cento.

❂ A taxa de ocupação hoteleira no Algarve no mês de Março baixou cerca de 30 por cento em relação ao período homólogo de 2008, tornando-se assim a mais baixa ali registada desde 1995. ❂ A edição portuguesa da

revista Playboy, do editor norte-americano Hugh Hefner, vai ser distriibuída em Cabo Verde, Angola e Brasil. A publicação foi lançada no nosso país pelo grupo internacional Fresta Corporation, que criou em Portugal a Frestacom. ❂ As declarações do IRS na primeira fase foram entregues via Internet por 2,237 milhões de contribuintes, mais 472 mil que no ano passado. Os benefícios associados ao recurso do envio electrónico, face à entrega da declaração em supor-

te papel, ajudam a explicar a forte adesão dos contribuintes às novas tecnologias ❂ A dívida pública nacional pode atingir este ano 85,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), depois de em 2008 ter ficado nos 70,7 por cento. ❂ Mais de mil autores e artistas portugueses estão endividados e em “situações aflitivas” por causa da crise económica, da pirataria e da falta de apoio do poder político. 08/0939

❂ Portugal, apesar da crise, tem rácios de incumprimento de crédito de apenas 2,3 por cento do total concedido, taxa inferior, portanto, à média da dos seus parceiros da União Europeia.

❂A dívida das famílias portuguesas à banca atingiu, em 2008, os 120 por cento do rendimento disponível, o que representa um decréscimo de nove pontos percentuais relativamente a 2007.

economia portuguesa voltou a deteriorar-se em Março, com o indicador coincidente do Banco de Portugal a cair 1,8 por cento e o indicador do consumo privado a desacelerar para 0,9 por cento. “Em Março de 2009, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, diminuiu face ao observado no mês anterior”, revelam os Indicadores de Conjuntura, divulgados pelo BP. “No mesmo período, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado, calculado pelo Banco de Portugal, registou igualmente uma diminuição face ao mês anterior”, segundo os mesmos dados.

A

PIB – O FMI prevê para Portugal uma queda de 4,1 por cento do PIB em 2009, uma subida dos preços em 0,3 por cento e uma taxa de desemprego de 9,6 por cento. Para 2010, o FMI prevê para Portugal uma contracção do PIB em 0,5 por cento, uma inflação de 1,0 por cento e uma taxa de desemprego de 11 por cento. INFLAÇÃO – A taxa de inflação portuguesa de 2009 deve ser negativa em 0,2 por cento, segundo as novas previsões divulgadas pelo Banco de Portugal, mas a instituição afasta que esse seja um cenário de deflação. O boletim económico de Primavera revê a projecção para a taxa de inflação deste ano (medida pela variação homóloga do Índice Harmonizado de Preços no

Consumidor), antecipando agora uma descida de 0,2 por cento, em vez da anterior subida de 1,0 por cento antecipada a 6 de Janeiro. No entanto, apesar desta taxa ser negativa, o Banco de Portugal afasta o cenário de deflação. “De acordo com a informação disponível, esta redução do índice geral de preços do consumidor distingue-se de uma situação de deflação, na medida em que traduz uma redução temporária e muito condicionada pela evolução dos preços dos bens energéticos, os quais deverão registar uma forte queda”, pode ler-se no boletim. FAMÍLIAS – O governador do Banco de Portugal prevê um aumento do rendimento disponível das famílias em 2009, acompanhado por uma subida da taxa de poupança. “Esta diminuição (do consumo privado em 0,9 por cento) registar-se-á apesar de continuarmos a prever um aumento real de cerca de dois por cento do rendimento disponível médio das famílias portuguesas”, disse Vítor Constâncio, na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de Primavera. “Isto supõe uma forte subida da taxa de poupança dos particulares (de 6,2 para n ove por cento do rendimento disponível)”, afirmou o governador do banco central, apesar de acrescentar que um aumento desta amplitude “poderá não se verificar, uma vez que é muito difícil preve r uma inversão de comportamento desta ordem”.


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