Revista Bella Gourmet

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Ano I | Edição I | Julho de 2017

06 PAPO RETO

Melchior Neto O chef do ABC que tem ganhado as telas da TV em todo o Brasil

32 TURISMO

Festival de Inverno de Paranapiacaba está aí. Começa neste julho.

16 CASA GOURMET

A feijoada da família que foi para os baldes e caiu no paladar do consumidor!

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Sumário PAPO RETO

SAÚDE

MODA

Melchior Neto é destaque do primeiro exemplar da Revista Bella Gourmet

Caqui, conheça o quanto o fruto traz benefícios para sua saúde

Os coletes chegam com tudo e em todos os tamanhos

06

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PET

CASA GOURMET

BELEZA

Vai viajar? Seu pet pode ficar em um hotel 5 estrelas

A feijuca da Fabi caiu no gosto do paladar dos consumidores do ABC

Batons matte se tornam queridinhos da maquiagem

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PERFIL

26 TENDÊNCIA GOURMET

TURISMO

Bruno Wolf troca escritório pela gastronomia

Receitas salgadas em taças de sorvete despontam na preferência nacional

Paranapiacaba está pronta para receber o Festival de Inverno 2017

28 FOOD TRUCK O brigadeiro que conquistou São Paulo em uma bicicicleta

30 RECEITA DO CHEF

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Cris Mota, vencedora do Hell’s Kitchen ensina receita leve e saborosa

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EDITORIAL

EDIÇÃO HDL Distribuidora luciana.sereno@hotmail.com Tel: 4316-9693 DIRETORA EXECUTIVA Luciana Sereno luciana.sereno@hotmail.com Tel: 4316-9693 JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Sereno - MTB 31744 Tel: 98966-3737 DIAGRAMAÇÃO Evelyn Domingues - MTB 48250 evelyn_domingues@hotmail.com DIRETOR COMERCIAL Homero Luis Souza homeroluissousa@gmail.com Tel: 986136650 DISTRIBUIÇÃO Padaria Portugal Padaria Vitória Régia Padaria Palácio do Pão Padaria Capri Padaria Maria Eugênia Super Banca AUDITORIA

A revista BellaGourmet é uma publicação gratuita e mensal. Os artigos assinados não expressam obrigatoriamente a opinião deste veículo, sendo de responsabilidade de seus autores.

É com lágrimas de satisfação nos olhos que, finalmente, lanço, depois de duas décadas, com o diploma nas mãos, o meu primeiro produto. Resultado de experiências ímpares que vivi ao lado de dezenas de nomes do jornalismo que aqui não caberia listar. Aproveitei todo o ensinamento para, nesta revista, somar à uma nova paixão: a gastronomia. A partir deste mês, minhas energias estarão voltadas a dividir com vocês leitores da BellaGourmet experiências de profissionais anônimos que não conseguiriam espaço em veículos de comunicação sem o famoso " jaba". Nossa intenção é de prestigiar a qualidade e criatividade destes que fazem por amor, simplesmente pelo prazer de escutar um "esta maravilhoso", "que delícia de comida"...A maior recompensa que eles esperam. Eu escrevo com amor e prazer, e espero que cada pessoa que tiver acesso à esta publicação, aí sentada em um sofá, em seu escritório, sejam tocados pela energia que nos move. Nossa intenção é mexer com o seu interior, fazendo com que o amor que você tem dentro de si, naquele cantinho, guardado, seja colocado para fora, afinal, quem sabe um dia eu não esteja escrevendo e fotografando você em sua cozinha. Como nesta publicação o objetivo é falar sobre um dos maiores prazeres da vida: comer, espero que vocês leitores se deliciem com as páginas a seguir. Mas antes de terminar, preciso dar um pequeno espaço para as pessoas que acreditaram e acreditam no meu sonho: meus pais, minha eterna parceira responsável pela "carinha" do nosso projeto Evelyn Domingues, meu companheiro de vida Homero Luis Souza, seu filho Nilton Spíndola que contribuiu com a criação da nossa logo e meu filho Matheus Fellipe, que de perto ou de longe, falando ou se mantendo quieto, sabe que cada passo da minha vida é moldado para que ele mantenha um sorriso no rosto. Boa leitura!

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

PAPO RETO

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o chef

Melchior Neto: do ABC que conquistou a TV brasileira POR LUCIANA SERENO

Nascido na região da Mooca, Melchior Neto se mudou com a família para Santo André aos quatro anos. Aqui cresceu, estudou, fez amigos e, desde então, estabeleceu uma relação de amor com o lugar que o acolheu e que hoje chama de seu. Foi na cidade do ABC que descobriu a paixão pela culinária, ainda quando muito pequeno. Em entrevista à equipe da Revista Bella Gourmet, ele conta que sempre gostou de fazer, misturar, descobrir novos sabores. “Sempre tive muita facilidade em identificar os ingredientes usados em uma receita, por mais diferentes que fossem. Considero ter paladar bem aguçado desde criança.” Acompanhe aqui um pouco da história deste mestre da culinária que se tornou um empreendedor de sucesso e destaque não só no ABC como em outros polos da gastronomia. Revista BellaGourmet - Como a gastronomia entrou na sua vida? Qual foi o gatilho que te despertou essa paixão? Melchior Neto - Eu me apresento sempre como cozinheiro e afirmo que nasci cozinheiro. Sempre fui aquele tipo de moleque que ficava embaixo da saia da avó vendo tudo o que ela fazia na cozinha de casa. Com o passar do tempo e sempre primando pelo jargão menos é mais, apostei na criatividade e fui me aperfeiçoando. BG - Como você começou? Fale dos primeiros anos na profissão. MN - Eu percebi mesmo que levava jeito para cozinhar com sete anos. Meu miojo, por exemplo, nunca foi igual ao da minha irmã. Eu sempre estava inventando alguma coisa diferente, estava sempre modificando. Para se ter ideia, hoje tenho 45 anos e aos 25 já estava com meu primeiro negócio em funcionamento. BG - Você tem formação na área? Quais cursos de especialização fez? MN - Nunca fiz qualquer curso de culinária. Minha cozinha é prática e eu consigo descobrir como é feito cada alimento por meio do sabor mesmo. Além disso, na minha opinião, o diferencial de uma receita, o que faz ela se destacar é um bom caldo. Portanto, estou sempre inovando e buscan-

do novas tendências quando o assunto é caldo. E não pode faltar cebola, salsão, salsinha, cebolinha e loro. Esta é a base de uma boa cozinha. BG - Juntar a paixão pela cozinha com o empreendedorismo aconteceu como? MN - Como disse, foi quando eu tinha 25 anos que abri meu primeiro negócio no ramo, foi um bar. A partir daí comecei a desenvolver o meu cardápio. Eu nunca contratei um cozinheiro para trabalhar para mim. Tem uma galinhada que faço que eu mesmo inventei. Costumo dizer que é francesa porque cozinho no vinho. Hoje em dia, tenho três restaurantes e todos os meus chefs são treinados por mim. Amo cozinhar, adoro mesmo. Todas as semanas chamo amigos em casa para cozinhar para eles, isso mesmo diante deste cenário em que trabalho com comida, tenho cinquenta funcionários e quatro cozinhas. A comida é feita de etapas. O sabor e aroma de cada ingrediente acrescentado, vai mudando a cada passo. A sensação do aroma e os sons das panelas me fascinam. BG - Seu primeiro estabelecimento foi o Botequim Carioca? Como aconteceu? MN - Antes de desbravar mesmo o mercado, tive experiências como promoter, executivo comercial, abri algumas casas mas, me encontrei mesmo como empresário em 2008, quando abri as portas do Botequim Carioca, em Santo André. O projeto nasceu de uma vontade enorme que eu tinha de abrir um boteco temático com samba. Então, aproveitei minha forte relação com o Rio de Janeiro, por conta de familiares próximos e boas lembranças que tenho da cidade, para escolher o nome da casa. Cuidei sozinho de cada detalhe, desde a decoração até a elaboração dos cardápios. Carreguei esse sonho no colo e com muito carinho coloquei em prática uma realização pessoal e profissional. Hoje, o Botequim Carioca é um dos bares mais comentados da região. Aos sábados, dia da feijoada, chegamos a ter fila na porta. O cardápio também conta com petiscos incríveis, batizados com nomes de bairros do Rio. As caipirinhas preparamos com as combinações mais inusitadas possíveis. Graças a Deus nosso boteco caiu no gosto do público e da crítica. Fomos premiados pela Veja ABC “Comer & Beber” já no primeiro ano de funcionamento. BELLA GOURMET | 7


PAPO RETO BG - Fale um pouco sobre os dois outros endereços: o Bistrô 558 e a pizzaria. MN - Em 2014, eu e um amigo decidimos explorar ainda mais a gastronomia e foi quando abrimos o Bistrô 558. Para que o projeto ficasse como planejávamos, fui à Paris estudar um pouco mais a culinária local. Captei ideias e coloquei em prática aqui no Brasil, mas tudo do meu modo. Os pratos são criações próprias. Hoje, a casa é conhecida como um pedacinho de Paris em Santo André. Quem passa por lá sente o charme da capital das luzes, em uma proposta informal de cozinha. A ideia do bistrô é servir de forma democrática e de um modo aconchegante, mas sem perder o conceito de pratos elaborados como verdadeiras obras de arte. E foi seguindo a mesma linha de planejamento e amor pelo Rio de Janeiro que, um ano depois, decidimos tirar outro projeto do papel: nossa 021 Pizzaria. A casa, que tem o nome inspirado no DDD carioca, trouxe de volta para a região a pizza quadrada que foi o grande sucesso de uma antiga casa que tive e que era muito pedida pelos clientes. Lançamos sabores inovadores para as pizzas. Além disso, lá também incluímos o hambúrguer de forno, que é a entrada mais pedida no estabelecimento. BG - Qual a importância das parcerias tanto quando falamos sobre fornecedores, como prestadores de serviços e sócios? MN - Todo tipo de parceria é válida. No meu caso, já começa dentro do restaurante com os funcionários. Ali todos dependem um dos outros. O mesmo serve para fornecedores, sócios e demais parceiros. BG - Qual experiência de vida você pontua como fundamental para o sucesso dos negócios? MN - Saber atuar sem ter frescura. Comigo é assim: se tem um fogão a lenha é nele que vamos, se for apenas um fogareiro, não tem problema, vamos cozinhar nele. Quando o objetivo é cozinhar você cozinha em qualquer lugar. BG - Percebemos em algumas novidades dos seus cardápios que você costuma viajar para buscar tendências e inovações. Quais são as novidades trazidas de outras localidades mais recentes que você incorporou em suas casas? Conte um pouco sobre o pastel em homenagem ao Rio de Janeiro. MN - Cada viagem acaba fazendo parte do trabalho. Eu costumo avaliar os pratos dos restaurantes como se estivesse em um programa de TV. Gosto de novidades que chamam a atenção. Foi o caso do sanduíche de pastel do Botequim Carioca. Eu estava no Rio, a trabalho, mas costumo passear pelos bares e restaurantes. Me deparei com um hamburguer de pastel. Foi aí que veio a idéia. BG - Qual local você considera ter a melhor gastronomia do mundo? E aqui no Brasil, qual a culinária que melhor agrada seu paladar? MN - O Brasil, sem sombra de dúvida, tem a melhor e mais completa gastronomia do mundo. Na minha opinião, o carro chefe é a feijoada. Acho esse prato imbatível! BG - O que te inspira para a criação de novos pratos? 8 | BELLA GOURMET

MN - O legal, para mim, é o desafio. Saber a usar poucos elementos para surpreender o paladar das pessoas com simplicidade. BG - O que mais gosta e o que menos gosta de cozinhar? MN - Gosto muito de criar petiscos de boteco, mas sou especialista em risotos também. BG - O que preparar as receitas representa para você? Ainda é prazeroso? MN - Muito. A cozinha é amor. Você passa para cada ingrediente que manipula o que está sentindo, o que você é de verdade. E meu maior prazer é quando depois de provar minha comida a pessoa dizer que estava maravilhoso. Dar à receita o gosto de comida da avó é sensacional. BG - Qual seu prato predileto? Tem algo que você não goste de comer? MN - Meu prato predileto é arroz, feijão, purê de batatas e uma deliciosa carne moída. BG - Quando você sai para um almoço ou jantar, como decide o local em que irá?


MN - Costumo pesquisar por restaurantes novos, independentemente de serem sofisticados. BG - Também notamos que você tem trazido nomes de peso para integrar sua equipe. O que estes acertos refletem no resultado final do serviço oferecido pelos seus restaurantes? MN - Costumo treinar pessoas como eu... que gostam de cozinhar e nasceram para isso. Não acredito que a faculdade possa criar um cozinheiro. Você nasce cozinheiro. Na minha equipe, não tem gente nova. Todos são pessoas que conheci desde o primeiro emprego na cozinha e alguns deles tem conseguido destaque, o que é um orgulho. BG - Você tem sido convidado para participar de vários programas de TV, como Mais Você, da Ana Maria Braga, na Globo, e também do Todo Seu, com o Ronnie Von, como e quando estes convites começaram a acontecer e o quanto positivamente refletem na sua carreira de chef e na divulgação das suas casas? MN - Dizem que é pelo fato de eu me destacar por conta da ousadia na hora de elaborar os pratos e selecionar os ingredientes. Depois de ficar conhecido no ABC e Grande São Paulo, os convites começaram a chegar. Sou extremamente grato por isso. Nestes casos, quando atendo eventos de formadores de opinião e algumas celebridades, costumo atuar com meu cardápio às cegas, eu mesmo escolho o que vou servir e os convidados e anfitriões só descobrem na hora do evento. Mas, na minha opinião, a conquista da confiança está diretamente relacionada ao esforço, empenho, estudo, curiosidade, cuidado, humildade e amor que sempre regeram minha trajetória profissional. BG - Tem algum outro segmento na gastronomia com o qual você gostaria de trabalhar? MN - A próxima idéia é montar um restaurante, bar e buffet na cobertura de um edifício. BG - Quem considera o melhor chef de cozinha do Brasil? Por que? MN - Sem dúvida o Alex Atala é uma referência mundial, além de um excelente cozinheiro também é um grande marqueteiro e empreendedor. BG - Qual nome internacional te inspira? Por que? MN - Claude Troisgros é, na minha opinião, o melhor chef do mundo e o melhor chef de patisserie Luis Farias. É um brasileiro. Meu primo foi eleito o melhor do mundo. BG - Está preparado alguma novidade para seus clientes? Pode contar? MN - As novidades não param nos meus restaurantes. Não consigo, um só minuto, parar de pensar em novidades que possam dar notícia ou surpreender. Mas a novidade mesmo é um convite que recebi para um programa de TV muito famoso. Ainda não posso divulgar. BELLA GOURMET | 9


SAÚDE

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO CONSUMO DO CAQUI:

Os benefícios do caqui na alimentação FOTO: DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

Fruto de origem chinesa, mas cultivada em várias regiões brasileiras, o caqui é fonte de vitaminas C e E, contem cálcio, fósforo, betacaroteno e ferro. Trata-se, portanto, de uma excelente opção que deve ser inserida na dieta alimentar não apenas nos meses de verão, mas também nos períodos mais frios do ano. Quando atua no organismo, o caqui – de cor avermelhada e textura delicada - garante benefícios nutricionais que melhoram visão, cabelos, unha e, principalmente, o desenvolvimento ósseo e ainda retarda o envelhecimento precoce da pele, fortalece o sistema imunológico e melhora a digestão. Além disso, o alimento é suculento e muito saboroso e uma fonte incrível de agentes antioxidantes, fibras alimentares e fitonutrientes como as vitaminas e minerais, responsáveis por tornarem nosso corpo mais saudável e livre de enfermidades. O caqui, devido ao sabor e versatilidade, se encaixa em diversas preparações podendo ser incluído em receitas de mousse, creme, geleias e sorvetes. Nutricionistas garantem que o fruto pode contribuir na prevenção de doenças e no bem-estar do intestino, afinal, é riquíssimo em fibras o que previne a prisão de ventre. 10 | BELLA GOURMET

1 - Favorece o emagrecimento: Por ser rico em fibras alimentares, o caqui é ideal para quem deseja perder os incômodos quilinhos extras. As fibras ajudam a promover a saciedade e impedir que se coma mais que o necessário. Quando incluído como lanche da tarde, por exemplo, impede que a fome venha com mais intensidade na próxima refeição. 2 - Retarda o envelhecimento precoce da pele: Fonte de poderosos antioxidantes e substâncias como vitaminas C, A e K, o consumo regular do fruto ajuda a impedir as ações dos radicais livres, retardando o envelhecimento das células e concedendo uma pele mais jovem e bonita. 3 - Aumenta a imunidade: Com bons níveis de vitamina C em sua composição, o caqui atua como um reforço para o nosso sistema imunológico. Seu consumo ajuda a manter o nosso corpo livre de gripes, infecções, resfriados e outras enfermidades causadas pela baixa imunidade. 4 - Efeito detox: O caqui pode e deve estar presente nos refrescantes sucos detox. O fruto tem ação desintoxicante, que elimina os metais pesados do organismo, deixando-o mais saudável e facilitando a absorção dos nutrientes necessários para o nosso bem-estar. Além disso, essa propriedade age diretamente no cólon, prevenindo o câncer. 5 - Melhora o sistema digestivo: Fonte de fibras alimentares e outros nutrientes, o caqui ajuda a regular o nosso corpo, atuando no processo de digestão, prevenindo a constipação e ajudando nas funções do organismo, tais como o crescimento e o fornecimento de energia. 6 - Beneficia a saúde dos olhos: Rico em vitamina A, o caqui se torna essencial para prevenir a perda da visão, danos na retina e a degeneração macular, prevenindo assim a catarata e até os riscos de glaucoma. A substância também é responsável por prevenir as doenças cardiovasculares e aumentar a imunidade.


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MODA

Coletes: a peça coringa do seu guarda roupa DA REDAÇÃO

O colete é aquela peça sem muita funcionalidade na hora de montar o look, mas que toda mulher precisa ter ao menos um em seu guarda-roupa. O charme que ele acrescenta ao visual, nenhuma outra peça é capaz de fazer. Sem falar na sua versatilidade, afinal, trata-se de uma peça que pode ser usada no verão e no inverno, de dia e de noite. Claro que depende muito das combinações que você fará e do colete que escolherá. Para a consultora de moda da Revista BellaGourmet, Karina Molines, da Kixou, de Santo André, existem coletes versáteis e outros nem tanto. “Acho o colete uma peça mais difícil de transitar em diversos universos, principalmente quando se tem um modelo bastante esportivo”, afirma. Para ela, o modelo de colete em alfaiataria de tecido é o mais adaptável. OS MODELOS E COMO USÁ-LOS A diversidade de modelo contribui para que toda mulher ache um que combine com seu estilo. “Há diversos. Coletes com corte e tecido de alfaiataria, coletes em estrutura de alfaiataria, mas em tecidos estampados ou com texturas diferentes, coletes de tramas de crochê ou tricô, coletes de couro com ou sem franjas, coletes de pedraria ou correntes, são muitos”, pontua a consultora. COLETE DE TECIDO É o modelo mais versátil. Ele pode vir em diversas versões e com aplicações, como pedrarias e paetês. É fácil de combinar por ter essa variedade. Vai bem com todas as peças do guarda-roupa mesmo que usado por cima de vestidos até como complemento do jeans e camiseta. O modelo alfaiataria é o mais popular e fica lindo em cima de combinações mais casuais para quebrar a informalidade do look. A dica da nossa consultora é usá-lo com peças estampadas para criar um look bem despojado e veranil. “Um colete de alfaiataria vai pedir peças um pouco mais estruturadas e elegantes”, é a dica de Karina.

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AÇÃO DIVULG FOTO:

COLETE JEANS O colete jeans é o mais jovial entre os coletes e é com ele que você pode criar os looks mais casuais. O que varia entre os coletes jeans é a sua lavagem e o seu modelo: podendo ser mais semelhante com a jaqueta jeans ou com uma camisa jeans. Pela sua informalidade, vale a pena apostar em combinações com outras peças em jeans, camisetas e vestidões. Combine também com rasteirinhas e tênis e crie um visual super jovem e moderno. Para a consultora o colete jeans pede texturas mais despojadas como estampas e tecidos de texturas mais rústicas.


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PET

FOTO: DIVULGAÇÃO

O passo a passo para escolher a creche do seu cão DA REDAÇÃO

Pais que trabalham fora recorrem a creches para que seus filhos não fiquem sozinhos durante a sua ausência. O mesmo vale para donos de cães que não querem deixar seus animais sozinhos, pois o Brasil conta com um número crescente de creches exclusivas para cachorros. Essa prática é conhecida como Day Care e teve origem nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Trata-se de um ambiente em que os cães permanecem por determinado período, com horário de chegada e de saída. Monitores capacitados ficam encarregados de cuidar dos animais, que podem descansar em locais com almofadas, brincar em ambientes com vários brinquedos, entre outras atividades, como tomar banho e até nadar em piscinas. Se o dono não puder buscar o cão no horário programado, a creche pode cobrar uma taxa de hospedagem ou uma diária proporcional ao tempo adicional que o animal ficará no local. Algumas creches também oferecem o serviço de busca e entrega do animal em casa, facilitando a vida dos proprietários, que não precisam se 14 | BELLA GOURMET

preocupar enquanto estão fora de casa. Uma das principais vantagens de deixar seu cão numa creche é estimular o bom relacionamento com outros cães, reduzindo o medo, a timidez e até a agressividade, desde que haja a supervisão de profissionais. Para que os donos fiquem mais sossegados, algumas creches também filmam os animais. Assim, é possível visualizar os pets em tempo real via webcam. Antes de matricular seu cachorro em uma creche canina, lembre-se de verificar se o local faz a checagem de vacinação e o controle de pulgas e carrapatos, uma vez que não é nada bom o animal ter contato com outros que tenham esses problemas. Além disso, é recomendado ficar atento à higiene dos ambientes e confirir se o sistema de segurança é eficaz. Certificar-se ainda de que o local tenha autorização para funcionar e profissionais com experiência no treinamento de cães é essencial. Outro fator importante é assistência de um bom veterinário para emergências. Assim, o pet estará seguro, em ambiente saudável durante o dia e terá a recompensa durante a noite, ganhando bastante atenção e carinho quando estiver com seus donos em casa.


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CASA GOURMET

A feijoada da família que foi para o balde DA REDAÇÃO

O que você acha de esperar durante um ano para comer aquele prato que só um parente faz para comemorar o aniversário? Alem de esperar, lembrar de cobrar alguns meses antes para que ele não esqueça de comemorar do mesmo modo. Bom, esta é a história da Feijuca da Fabi. A feijoada gourmet entregue no balde que agora está disponível para delivery no ABC começou assim. O prato era uma tradição para comemorar o aniversário da jornalista Fabiana Cotrim. No início, feito por sua mãe que faleceu há seis anos. Depois, por ela. “Familiares, amigos e parentes todos os anos sempre aguardavam a data não para me dar parabéns, mas para comer a feijoada. Ela chegava a fazer para 30 pessoas e algumas ainda levavam um pouco para comer no dia seguinte ou congelar para outro dia frio. Quando ela morreu, olharam para mim e simplesmente determinaram que eu iria continuar com a feijoada. Ajudava ela na produção, mas não era ela. Resolvi aceitar o desafio e passei a fazer a feijoada. Surpresa a minha quando o resultado ficou igual”, disse Fabiana. Mesmo fazendo pela primeira vez, o volume foi alto, para mais de 15 pessoas. E assim a tradição foi mantida. “E não é apenas com a feijoada, outros pratos que ela fazia acabaram ficando para eu fazer também. No Natal, o pernil também sobrou para mim. E consegui manter o mesmo padrão e tempero”. Mas qual o segredo da feijoada para fazer sucesso entre familiares e amigos da jornalista? Segundo ela, é uma feijoada leva. A maior parte da gordura é retirada antes de as carnes serem incorporadas ao feijão. Ah, e ainda tem o tempero que é uma mistura dos encontrados em Minas e na Bahia. Alías, a avó materna da jornalista era mineira casada com baiano e fazia um tempero com uma pimenta para ninguém esquecer. “Em casa fomos acostumados a uma comida apimentada. Alguns amigos quando iam almoçar tinham de ter algo para beber ao lado e ainda assim saiam vermelhos da mesa”. Mas, o que a levou a transformar um prato de família em negocio? Segundo Fabiana, a idéia já estava na cabeça há algum tempo. E depois de promover mais uma rodada para amigos e familiares, alguns que nunca 16 | BELLA GOURMET

tinham comido a famosa feijoada, resolveu colocar em prática. E o que parceria brincadeira virou uma atividade extra aos finais de semana. A Feijuca d Fabi é a mesma que e feita para os amigos e parentes. Porém, ganhou alguns reforços. A idéia era produzir apenas a receita tradicional, como lombinho, costelinha, carne-seca, bacon, paio e lingüiça calabresa. Mas, para atender a pedidos de clientes, precisou incorporar a completa, que leva também rabo, orelha e pé , e a vegetariana, como couve-flor, brócolis, cenoura, alho poro e proteína de soja. “A vegetariana é que mais me surpreendeu positivamente. Os clientes aprovaram desde o tempero aos ingredientes. É uma feijoada bem leve e que atende a atual demanda por alimentos mais saudáveis e sem carnes vermelhas”, diz a joralista. Apesar de ter aumentado a oferta de receitas, Fabiana faz questão de ressaltar que o processo e o cuidado na fabricação é o mesmo da que faz para a família e amigos. “Os ingredientes são de primeira linha, de marcas conhecidas e não os mais baratos. Costumo brincar que fazer uma feijoada gostosa requer uma alquimia de pelos menos dois dias.” E é por este motivo que o delivery da Feijuca da Fabi se feito apenas por encomendas feitas até a véspera, no caso na sexta e sábado. “Não pode sobrar nada. Não congelamos os ingredientes que sobram para a semana seguinte e nem a feijoada pronta. O cliente recebe o produto fresco, feito no dia e ainda quente”. Fabiana ressalta que não é marmitex, é uma feijoada gourmet. “Entregamos em um balde próprio para alimentos, de 3,2 litros. Além disso ainda vai o arroz, a farofa, a couve refogada e o vinagrete, que também faz bastante sucesso. Cada um vai em um pote diferente. O cliente monta o prato como quiser.” Além da feijoada, a intenção da jornalista é ampliar o delivery para almoço de domingo. No momento já podem ser encomendadas um picanha de forno, feita com uma receita de seu pai e que tem mais de 25 anos de testes e aprovações, salmão ao forno com ervas, e peito de frango à caprese. Em breve serão incorporadas sobremesas e até um kit caipirinha, com frutas cortadas e embaladas e a bebida separada, o cliente só vai colocar no copo e adoçar


FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

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BELEZA

Batom

Líquido Matte uma moda que veio para ficar! DA REDAÇÃO

DICAS DE USO - Use o aplicador desses batons para delimitar o desenho e preencher os lábios. Para que a fixação seja bem duradoura, remova os excessos de produto pressionando os lábios levemente em um lenço de papel macio.

– Ao aplicar o batom, não é uma boa demorar, pois eles secam rápido. Também não exagere na aplicação! Eles são super pigmentados, se passar muitas camadas ele pode manchar e craquelar na boca.

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FOTO: DIVULGAÇÃO

– Esfolie e hidrate muito bem os lábios algumas horas antes de usá -los, pois são batons secos que marcam muito. Logo, não adianta exagerar no hidratante para evitar que vire uma meleca além do risco de alterar o tom real porque vira uma meleca, além de mudar o tom real do batom. A dica é quando iniciar a maquiagem passar um lipbalm e deixar hidratando, quando for finalizar a make, retire com um papel higiênico e aplique o batom líquido matte.

Queridinho de mulheres de todas as idades, o batom é um item essencial na nécessaire feminina. Por sua infinidade de cores, que podem combinar com sua personalidade, tom de pele e até mesmo estado de espírito, o item lidera o ranking de cosméticos mais vendidos em todo país. Afinal, que mulher não se sente mais bonita e poderosa com um belo de um batom? Por todo esse poder, ele não poderia ser esquecido, e na terra do Tio Sam, dia 29 de julho, é comemorado o dia do batom. E aqui no Brasil, a mais nova tendência no ramo de batons também pegou e há mais de um ano ganhou as prateleiras e os corações femininos: os batons líquidos matte. A novidade chegou sorrateiramente com uma proposta inovadora, de alta cobertura, aspecto mais sequinho que os matte em bala e uma duração maior ainda. Em contraponto, uma forma de aplicação mais complicada, que pode assustar as mais desastradas, mas que nem assim ofuscaram o sucesso do novo item. Logo, eles estavam nos lábios das famosas e assim foram conquistando o público feminino. A febre como de costume veio de fora, mas as marcas nacionais logo trataram de lançar suas linhas e correr por fora com produtos de boa qualidade e preço bem mais em conta do que as opções importadas. Com isso, as brasileiras que adoram uma novidade e um precinho camarada, esgotaram as prateleiras e estoques das lojas de cosméticos e farmácias que vendiam o batom do momento e o colorido dos vidrinhos logo estava espalhado na boca da mulherada do Brasil todo.


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POR LUCIANA SERENO

Nascido e criado em Santo André, Bruno Wolf é um dos churrasqueiros amadores que disputaram o título de campeão na primeira edição do reality BBQ Brasil, transmitido pelo SBT. Aos 33 anos e detentor de uma gama diversificada de experiência profissional, hoje, tem a gastronomia como paixão, bem como os estudos sobre rótulos de cervejas. Ex-funcionário de empresas de comunicação do ABC, onde atuou como tratador de imagens, o “barbudão” aceitou falar com a reportagem da Revista BellaGourmet. Relembrou um pouco da infância e das tardes ao lado da avó no fogão e também pontuou como a participação na competição tem mudado sua vida e lhe ensinado. Acompanhe entrevista. Revista BellaGourmet - Fale um pouco sobre você. Quantos anos tem? De onde é? Como foi a infância? Sua relação familiar…. Bruno Wolf: Minha história não é muito diferente da maioria das pessoas aqui do ABC. Nasci e passei em Santo André a vida toda (exceto por uns anos aqui e acolá). Tive uma infância simples e muito bacana, afinal, pude brincar na rua, aprontar um pouco, mas acho que sou a última geração que teve acesso à essa liberdade, o que, para mim, foi bom. Não fui exatamente a criança mais popular do mundo mas acho que isso importou pouco. Tive amigos, me divertia com aquelas coisas de jogar bola no portão alheio, foi bem legal mesmo. Não era uma criança rica mas sempre tive tudo que precisei, então, não posso reclamar. Minha família é bem normal: pai, mãe e um irmão. Nos damos bem, na medida do possível. Convivência entre quatro pessoas nunca é um mar de rosas… mas conseguimos viver bem. Não estudei em escolas caras, na verdade, estudei minha vida toda em escolas públicas, Já faculdade eu comecei tantas que nem me lembro mais todas elas. Nenhuma me empolgou e eu sempre gostei mais de trabalhar do que de ficar em sala de aula. Acabei por não ter bacharel em nada, mas a escola da vida me deu algumas profissões. Portanto, sou grato e não me arrependo. Mas não sei se aconselharia esse mesmo caminho das pedras. BG - Você sempre gostou de cozinhar? Como isso começou? BW - Sempre gostei de comida. Nem quando muito criança tive problemas com comida. Sempre adorei comer de tudo. Não fiquei desse tamanho escolhendo o que comer, mas acho que as primeiras recordações de cozinha ficam entre mais fortes quando lembro de estar lá com minha avó e do período em que meus pais trabalhavam o dia todo e eu ficava sozinho, em casa. Lembro que esquentava meu almoço, mas é tudo meio vago e eu não sei bem dizer quantos anos eu tinha quando comecei a me aventurar. Só sei que era bem pequeno. Desde então, sempre acabei fazendo comida para 22 | BELLA GOURMET

os amigos nas festas e tudo mais. Me lembro de uma situação interessante: minha primeira receita “exótica” foi em uma viagem pelo Rio Grande do Sul, em que acabamos na casa de um rapaz que tinha a pior dispensa que já vi na minha vida. Preparei um arroz que tive que refogar sem alho, cebola ou outro tempero. Apenas sal e aquele salgadinho Pingo de Ouro. Foi um desastre completo, mas o pessoal não morreu de fome! BG - Tem especialização na área de gastronomia? BW - Nenhuma. Gosto de estudar muito e os longos papos com os amigos sempre ajudaram. Tive três pessoas que me ajudaram muito: o Silvio Ciprini, Lucas Benatti e Claudio Roberto Santos. Todos são chefes profissionais. Sempre aturaram minha presença na cozinha! Talvez isso e o meu conhecimento sobre a história da comida possam ser levados em conta como formação, experiência, mas diploma mesmo‘tô’ longe. BG - O que fazia antes de se aventurar no fogão? BW - A lista é longa. Fui publicitário, trabalhei na imprensa, trabalhei com pré-impressão, gerenciamento de cor de impressão, garçom, ajudante de caminhão, músico e muito mais coisa… Sempre gostei de novos desafios. BG - Qual a experiência em gastronomia que tem? BW - Acho que ter comandado um bar por seis anos é a mais relevante. E sabe como é, né? Pequeno comerciante aqui é uma situação na qual você faz de tudo, desde lavar banheiro até desenvolver cardápio. Acho que meu período no AsgardPub foi bem relevante na minha conduta atrás de um fogão. BG - Alguma preferência na gastronomia? O que mais gosta de cozinhar? BW - Tenho paixão por produtos com tipicidade, ou “terroir” se preferir o termo francês. Tudo que tem referência à uma região e não pode ser transportado para a grande indústria me encanta, tanto na comida quanto no ramo de cervejas e vinhos. Isso está muito vivo ainda. Existem comidas que quando a gente experimenta é como viajar para o loca ou para época. É quase mágico o que se sente. Eu gosto da comida francesa clássica, mas não dispenso a portuguesa e a mineira. Meu encanto pela italiana e sua sutileza também é enorme, infelizmente, tenho quase que nenhum conhecimento da comida oriental, quem sabe um dia. Na minha cozinha, eu gosto muito de pratos antigos, com história da combinação das frutas silvestres e carnes de caça… dos pães de campanha. Acho que o maior exemplo disso é minha paixão por cervejas de fermentação espontânea, que trazem toda essa experiência! BG - Inventa pratos/receitas? Que tipo sua imaginação mais cria? BW - Não me sinto qualificado para dizer que eu crio uma receita, mas eu dou minhas pinceladas no quadro, as vezes. Gosto muito de curas e defumações misturadas com frescor e ervas, fermentações selvagens e tudo mais. Adoro


FOTO: ARQUIVO PESSOAL

PERFIL

Bruno

WOLF

Andreense foi destaque do BBQ Brasil

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PERFIL a acidez das frutas selvagens com a intensidade da carne, gosto de desafios e tento evitar a comida mais moderna. Não sou daqueles caras que vive por bacon e lanches, prefiro os presuntos espanhóis ou as misturas gaulesas de mel frutas e cozidos. A páprica húngara faz mais minha cabeça que essas pimentas modernas. BG - E sua paixão por cervejas? Começou quando? Como estuda o ramo? BW - Essa é meu encanto, a menina dos meus olhos. Olha, a paixão por cerveja começou quando um amigo uruguaio estava morando por aqui e a gente vivia junto. Descobrimos alguns cantos com algumas cervejas diferentes, mas isso tem 15 anos ou mais. Não eram tantas marcas e tantos estilos e a gente só bebia por beber. Depois, com o tempo, a coisa foi ficando mais profunda. Comecei a ler a estudar muito sobre os estilos e o que cada ingrediente fazia. Hoje em dia, além de muitos amigos na área e de ter mantido um bar que só trabalhava com cervejas, um primo que é um dos cervejeiros mais famosos do brasil, o Victor Pereira Marinho, me ajuda a ter acesso a muita coisa. E no caso da cerveja, a melhor forma de estudar é bebendo, se permitindo às novas sensações. Tenho um orgulho imenso de como a coisa se desenvolveu aqui no Brasil. Pensa que num país onde você não achava nem as cervejas locais, hoje, encontramos toda a linha “fantome”, e com mais facilidade do que no país de origem, a Bélgica. Se puder citar algumas cervejas que eu acho que ninguém deveria morrer sem provar fico com a “duchesse de bourgogne”, qualquer uma das “hanssens” e sempre é bom lembrar das cervejas nacionais mais queridas como a Júpiter, A Seasson, a Suméria – que tem uma com cambuci que é verdadeira obra de arte. Acho que se fosse citar todas aqui ia passar anos falando. Bom, o que vale é experimentar e se permitir. Trata-se de um mundo enorme que vale muito a pena ser explorado! BG - E a experiência no reality? Você quem se inscreveu? BW - Poxa! Foi um amigo quem viu e disse que eu deveria tentar. Mande a ficha e o pessoal me chamou. Foi muito bacana. Fiz alguns testes e quando vi estava lá aprontando minhas coisas junto com o povo, na verdade, não teve muita mágica não, foi mandar a ficha e fazer os testes. BG - Como tem sido o apoio de amigos e familiares?

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BW - Acho que o pessoal está curtindo até mais do que eu, viu? Recebo muitas mensagens do pessoal e fico feliz de estar proporcionando entretenimento e um pouco de cultura para todos. BG - O que mais tem aprendido com essa experiência? BW - Sobreviver aquele sol de 50 mil graus sem virar uma pururuca (risos). A disciplina de um programa é algo muito pesado. As pessoas por trás desse tipo de trabalho são sérias e bem rígidas e profissionais. No mais, lá só tem gente qualificada, então, todos os dias tenho uma aula com alguém. Tirando as queimaduras de sol está sendo tudo muito positivo. BG - E a relação com os demais concorrentes? BW - São todos muito bons no que fazem, sem dúvida. Claro que a gente pega amor mais por uns do que por outros, mas de forma geral, adoro todos aqueles seres. Cada um, na sua maneira, me ensina muito todos os dias! BG - Tem alguma especialidade sua que ainda não pode apresentar nos episódios? BW - Muitas. Eu sou da cozinha mais fresca, com mais tempo, mais equipamentos. Em muitos momentos ali eu fico perdido por conta da falta de tempo, entre outros detalhes. Mas acho que o legal é isso, uma pena mesmo não poder fazer coisas mais típicas e de maior tempo de preparo. Só queria poder fazer um “stoofvlees” ou um lombo no “sous vide”, mas parece que pedir 12 horas para preparar um prato atrasa um pouco o cronograma né? BG - Preparar carnes é mais difícil do que outras receitas? BW - Carnes, em geral, tem uma característica que as torna bem únicas na cozinha. A questão da matriz é 80% do final. Carne precisa ter qualidade. Se o animal não for de qualidade você vai acabar é tendo o triplo de trabalho e um resultado deficiente ainda. Claro que com os outros insumos isso também é importante, mas é mais fácil você dar um jeitinho e na carne fica complicado. BG - O que tem feito desde que acabou o programa? BW - Tenho atuado bastante na área, tenho vivido da cozinha. Montei uma empresa de eventos e consultoria em gastronomia e tenho participado de diversos encontros que reúnem outros nomes da gastronomia que se destacaram em realities da TV. Está uma delícia!


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FOTO: DIVULGAÇÃO

TENDÊNCIA GOURMET

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Taças salgadas são a “bola da vez” em novidade gastronômica DA REDAÇÃO

mado jeitinho brasileiro.

Sobremesas servidas em taças, daquelas com direito a recheio farto, que chega a transbordar, e que ganham primeiro os olhos dos consumidores antes mesmo de conquistar o paladar, com certeza, você já viu e provou, mas estrogonofe, escondidinhos variados, croissants com queijo extra ou batata frita são a grande novidade em pratos que passam a ser apresentados nas louças que, até pouco tempo, imaginava-se serem exclusividade de guloseimas doces. A nova tendência gourmet, nos últimos meses, tem pipocado no mercado e, tudo indica que deve ganhar cada vez mais espaço nos cardápios. Afinal, o brasileiro sabe abusar da criatividade. Em alguns estabelecimentos de São Paulo, até mesmo receitas mexicanas, a base de guacamole, nachos, chilli e tacos já despontam como queridinhas dos consumidores. No entanto, a novidade ainda divide opinião. Alguns consumidores mais tradicionais parecem ainda ter resistência à tendência e garantem como preferência as apresentações em pratos. Mesmo assim, os empreendedores que embarcaram na ideia garantem que a técnica tem favorecido ainda para driblar os reflexos do atual cenário econômico brasileiro. Isso porque é característico no nosso país o consumidor aderir ao menos ao teste do que lhe é apresentado como novo. A curiosidade ao cha-

CRIAÇÕES NA COZINHA E quando se fala em criações na cozinha, o consumidor deve começar a se preparar porque a taça salgada não é a única novidade apresentada pelos grandes chefs gourmets. O cenário atual mostra o que conhecemos tradicionalmente como receita salgada se tornando também uma opção doce. Um exemplo são as coxinhas com massa a base de leite em pó e recheadas com cremes doces e frutas. Barcas que se tornaram famosas ao serem recheadas com pratos japoneses, em alguns endereços, hoje são ocupadas com porções de hambúrgueres e batas fritas, porções de diversidade de docinhos de festa ou até mesmo o famoso açaí. Esse, inclusive, já começa a ser comercializado em formato de pizza, apresentado em diversos sabores na mesma caixa de pizza comumente recebida pelas famílias por meio dos deliveries. Não difícil de se encontrar por aí também são a torre de batatas fritas com bacon, calabresa e cheddar e as marmitinhas doces, nas quais os ingredientes reproduzem os aspectos da conhecida quentinha, mas com sabor completamente diferente. O creme de chocolate passa a ter cara de feijão, o arroz é doce, a farofa é feita com nozes e castanhas e as frutas ganham formato de ovo frito.

Joias e x clu siv as para momentos especiais. S h oppi n g A B C w w w. b l a nc he j oi a s . c om . b r

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FOOD TRUCK

Brigadeiros

Empresa do ABC se destaca com a venda de brigadeiros e amplia leque de produtos DA REDAÇÃO

Depois de dois anos empenhada no comércio de todo tipo de brigadeiros e trazendo como um dos grandes diferenciais do negócio a opção do brigadeiro servido na colher, a empresária Luciana Bonfim, de Santo André, comemora o primeiro ano do seu mais recente investimento: o seu primeiro food truck em operação. Desde o lançamento, inicialmente em rotas do ABC, o pequeno caminhão repleto de delícias doces desbravou fronteiras. Atualmente, Luciana recebe convites para feiras e eventos na Capital, Interior e Baixada Santista, além de já ter se tornado figurinha carimbada como escolha certa para representar a oferta de doces em festas organizadas por grandes nomes da mídia. No último mês, sua empresa, a Lá Vem o brigadeiro, marcou presença na festa de debutante da jovem Maysa, uma das principais estrelas do SBT. Seu primeiro veículo – uma Kombi estilizada com desenho personalizado criado pela filha da empresária – já conquistou cadeira cativa, tanto que novidades foram acrescentadas ao cardápio. “Diante da aceitação do truck, já realizamos alguns ajustes”, diz a empresária andreense. Um deles foi agregar as queridinhas do paladar

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do consumidor na oferta de opções de produtos como o “glass cake”, o “sweet gateau”, além de bolos, crepes doces e cardápios especiais para verão, outono e inverno. Outra demanda percebida por Luciana foi a de alternativas voltadas especificamente para participações em festivais. “Para estes casos temos o que batizamos de sobremesa do Dia.” Já para eventos como casamentos, aniversários e festas temáticas, o truck também passou a ganhar elementos que contribuem com o tema. “Promovemos cenografia diferenciada para cada tipo de evento, seja uma festa junina, um casamento ou uma festa kids”, que comemora o fato de garantir sempre agradar uma clientela nova, uma vez que atua com uma gastronomia itinerante. O COMEÇO Quando pensou em entrar para o ramo da gastronomia, a empresária conta que logo descartou a possibilidade de investir em quiosques em pontos fixos. “Minha intenção e paixão sempre foi pela gastronomia itinerante, por poder ofertar nossa linha de produtos em um lugar a cada dia.” No começo, a comercialização dos brigadeiros acontecia por meio de food bikes. Assim que percebeu que o negócio tinha futuro, então Luciana se viu pronta para o próximo passo: o food truck. Logo de início, o


investimento garantiu um retorno de 40% de aumento nas vendas. Daí foi seguir sempre atualizando-se sobre as novas tendências e na manutenção da prestação do serviço, primando pela qualidade do atendimento e dos produtos. “Primamos pelo respeito e satisfação do nosso consumidor sempre.” Antes de se aventurar pela gastronomia, ela atuava como funcionária pública. “Mas minha paixão pela cozinha vem desde a infância e posso afirmar, hoje, que o brigadeiro mudou minha vida e estou 100% mais satisfeita. Trabalho com o que amo.” Conforme relembra a empresária, desde o início

ela percebeu que o negócio voltado aos brigadeiros renderia frutos. “Acredito que principalmente pela atuação itinerante. É importantíssimo conviver com pessoas diferentes todos os dias.” As bikes móveis, segundo ela, garantiram a ampliação da visibilidade da marca o que Luciana considera ter sido fundamental para o crescimento do negócio. No entanto, a empresária sabe da importância em manter ações contínuas voltadas às novidades no ramo. Para este inverno, por exemplo, o fondue de frutas e o hambúrguer doce, tudo à base de brigadeiro, já foram inseridos no cardápio.

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Deliciosa receita da Chef Cris Mota Campeã da quarta edição do reality show Hell’s Kitchen, transmitido pelo SBT, a andreense Cris Mota mantém seu foco nos estudos e aperfeiçoamentos e afirma que, apesar da repercussão e projeção na sua carreira obtida com o programa, atualmente, sua atenção está voltada em uma nova fase. Constantemente requisitada para eventos gastronômicos e palestras, Cris agora é integrante do corpo de professores da Hotec, instituição na qual faz sua pós-graduação em Gastronomia Funcional. Gentil e com uma visão realista sobre a carência de estabelecimentos voltados à alimentação no ABC, bem como a falta de incentivo e parcerias que estimulem e reconheçam os profissionais da área crescidos na região. A chef gentilmente topou nos fornecer a receita de uma de suas criações.

Atum com crosta de gergelim, especiarias com molho oriental Ingredientes 300 gramas de atum fresco | Azeite Q.b | Sal Q.b | Gergelim preto e branco Q.b | Coentro em pó Q,b | Cominho Q.b 1 fatia de gengibre (aromatizar) Para o molho: 100 ml saquê | 100 ml Shoyu | 150 gramas de açúcar 1 limão (suco) | 1 fatia de gengibre Modo de Peparo Preparo do molho: Coloque tudo em uma panela, misture e em fogo baixo deixe reduzir até que fique espesso. Preparo do atum: Tempere com sal, misture as especiarias com o gergelim e envolva seu atum nessa crosta, leve em uma frigideira quente com um fio de azeite e sele o atum por volta de um minuto cada lado. É importante que por dentro quando fatiado a carne esteja rosada.

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

É só servir com o molho oriental. Bom Apetite!

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TURISMO

Festival de Inverno A Vila de Paranapiacaba está preparada para receber o festival DA REDAÇÃO

Com novas propostas e boas surpresas, o Festival de Inverno de Paranapiacaba 2017, que chega este mês à sua 17ª edição. O diferencial: espaços abertos aos artistas regionais O evento, já tradicional no calendário turístico do ABC, acontecerá em dois finais de semana: dias 22, 23, 29 e 30, de julho e promete diversas atrações gratuitas. No total, serão 177 atividades, algumas delas em parceria com o Sesc. Segundo o prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB), a ideia é valorizar o artista da região e a vila caracteristicamente ferroviária. Para fechar a lista de atrações artísticas, houve chamamento público, por meio de edital on-line. Para a seleção, participaram equipes de quatro pessoas da Prefeitura e outras quatro da sociedade. Foram 180 inscrições e 72 selecionados - mais da metade de Santo André. Do total, 17% são de fora da região metropolitana de São Paulo. No total, entre gastos com a programação e infraestrutura, a administração e Santo André deve desembolsar R$ 350 mil. Segundo Donizeti Pereira, responsável pela pasta de Meio Ambiente da cidade, na edição do ano passado, apenas com infraestrutura, foram gastos cerca de R$ 400 mil. “São 177 atividades com um custo muito baixo”.

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ESTE ANO Mais uma vez, o Festival de Inverno será boa oportunidade para os curiosos desbravarem o que a região oferece quando se fala em produção artística. Entre os nomes confirmados estão a banda Teko Porã, que se apresenta na abertura da festa, no antigo mercado, às 11h. Na rua Direita, às 12h, quem marca presença é o grupo Epaminondas. Haverá espaço dedicado apenas ao rock no dia 29, com nomes como Statues On Fire, Rhino e o veterano DZK. Hip hop e MPB não ficam de fora da agenda. Mas para quem quer algo além da música, o FIP 2017 oferece mais. “Geralmente os festivais são musicais. Abrimos espaço para outras linguagens”, garante Simone Zárate, secretária de Cultura de Santo André. Circo, teatro, estamparia, contação de histórias e feira do vinil estão na agenda. Até uma mostra de Arte Naif poderá ser desfrutada pelo público na ocasião. Segundo o secretário de Meio Ambiente, será um evento “simples e sofisticado” e a Prefeitura espera receber cerca de 10 mil pessoas em cada dia de evento. Entre as novidades apresentadas, agora o Festival de Inverno tem um site com toda a programação e diversas informações (www.santoandre.sp.gov.br/fip).


MELHOR IR DE TREM A Prefeitura aproveita a oportunidade para inaugurar, agora oficialmente, a plataforma ferroviária da vila. O local foi revitalizado e opera o embarque e desembarque de passageiros do Expresso Turístico. Aliás, o trem, que chega ao local apenas aos domingos, irá a Paranapiacaba aos sábados de evento (>é preciso agendar). Segundo o prefeito, há um diálogo com o governo do Estado para que isso, no futuro, seja permanente. Para quem for de carro, haverá estacionamento perto do local (o valor

ainda não foi informado) com 3.000 vagas e, a partir de lá, transporte de passageiros de van ao evento. O público contará com nove pousadas, banheiros químicos, mais de 25 opções de restaurantes – claro que o tradicional cambuci não fica de fora do cardápio – e várias opções de passeio. A ideia, segundo o prefeito. é que o visitante explore o local e não apenas as atrações artísticas. Para tanto, Paranapiacaba oferece opções como o Museu Funicular, passeio de maria-fumaça em vagão de madeira de 1914, puxado por locomotiva a vapor britânica de 1867, e o Museu Castelo, entre outras atrações.

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