ART IN ACT

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Expediente

Felipe Souza Editor

Shirley Adriana Direção de Arte

Pedro Sabino Colunista

Gustavo Araújo Produção Gráfica

Manuely Rodrigues Edição de Arte

Natan Sousa Colunista

A revista Art in Act é um trabalho acadêmico sem fins lucrativos, apresentada para o PIM (Projeto Integrado Multidisciplinar) do 3º semestre de Design Gráfico na Universidade Paulista - UNIP - Campus Chácara Santo Antônio - São Paulo SP

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Tamires Santos Repórter

Créditos das máterias: 1. Da Fantasia ao Mundo Real — Mega Curioso 2. Quando a pintura influencia o cinema — Fatos Desconhecidos 3. Na quarentena, o mundo virou uma live — EXAME 4. 10 museus para visitar sem sair de casa: tour virtual e coleções on-line —VEJA 5. O impacto do Coronavírus no mundo da arte — Correio Braziliense, GEN Jurídico


Sumário

Da fantasia ao mundo real 08 Quando a pintura influencia o cinema 10 O impacto do Coronavírus no mundo da arte 14

20 Na quarentena, o mundo virou uma live 24 Roubo de arte digital 26 Artista do mês 30 Recomendação do mês

10 museus para visitar sem sair de casa: tour virtual e coleções on-line 33

Curiosidades 36

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Editorial

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ocê tem interesse em artes e design, vive ouvindo sobre seu artista favorito, dança, música ou tem curiosidade pelo universo artístico, suas mais famosas obras, ou ainda, se interessa pelas loucas formas encontradas no âmbito arquitetônico? Quer ficar por dentro de tudo que está acontecendo ao seu redor? Então veio ao lugar certo! A Art in Act tem o desejo de te fazer conhecer lugares incriveis, como os melhores museus espalhados pelo globo e além disso, proporcionar uma melhor e mais profunda experiência dentro do mundo das Artes, permitindo que você adquira um abundante conhecimeto a respeito, não apenas para os que já são do meio criativo, mas também para quem queira desvendá-lo, permitindo que conheça as mais variadas atividades artísticas que estão acontecendo no seu dia a dia. Está preparado para desbravar esse imenso espaço de criações e inovações? A Art in Act apresenta tudo isso e muito mais, vamos lá!

Felipe Souza, editor

Terraço do Café à Noite Vincent Van Gogh



Da fantasia ao mundo real Marceneiro aposentado cria móveis inspirados em mundo de fantasia.

O trabalho de um marceneiro neozelandês aposentado tem se tornado viral ultimamente, após sua filha compartilhar, em suas redes sociais, os móveis fabricados pelo pai. Com aparências similares as encontradas diretamente no universo fantasioso dos contos, o diferente design das obras do carpinteiro Henk Verhoeff, de Auckland, vem chamando a atenção de quem curte decorações chamativas e originais, que visualmente desafiam as noções de realidade.

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Como é possível ver nas imagens abaixo, a inspiração nos contos de fadas é bastante clara, com cômodas e armários contendo rachaduras, partidos no meio ou com composições entortadas. As fotos podem até sugerir que foram tiradas e editadas em montagens cartunescas para indicar distorções entre universos, mas, segundo o construtor, a intenção delas é exatamente essa, além de se provarem extremamente funcionais e adaptadas para suas funções primordiais.

Os móveis, apesar de não estarem à venda, estão despertando a curiosidade em diversos donos e donas de casa, que não descartam a possibilidade de adquirí-los futuramente, estando dispostos a pagar os valores necessários para contar com tais itens únicos de decoração em suas residências. Infelizmente, as obras não serão, de maneira alguma, comercializadas, já que o autor planeja disponibilizá-las para leilões assim que não sobrar mais espaço em seu lar.


DA FANTASIA AO MUNDO REAL ARQUITETURA

"Descrevo meu estilo de móveis como quebrados e estranhos. Eu gosto de fazer móveis estranhos, algo que você não vê em uma loja", descreveu Verhoeff, comprovando sua intenção em desenvolver projetos diferenciados, apesar de estranhos inicialmente, mas únicos no mercado. "É difícil dizer quanto tempo cada peça demora para ser feita. São horários não definidos durante a se-

mana e podem durar de 80 a 100 horas facilmente". Suas dinâmicas com ângulos milimétricos e seu formato determinado pelas distorções causadas pelas "estranhezas" do design já causaram bastantes problemas ao carpinteiro, que admitiu ter recomeçado várias vezes seus trabalhos por conta de pequenos erros de proporção, mas, feitos "por puro amor", caracterizam o principal hobby do

marceneiro, que já está aposentado há algum tempo. Quanto á repercussão do alto índice de compartilhamento de seus trabalhos, o autor se diz impressionado com a visibilidade que ganhou nos últimos dias, já que seus móveis tiveram respostas extremamente positivas entre a comunidade que o deu suporte.

Fotos dessa página e da anterior: Reprodução/Henk Verhoeff/Facebook

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Quando a pintura influencia o cinema.

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arte é algo tão abstrato, que consegue extrair inspiração até dos lugares mais improváveis. Independentemente do tipo de arte, seja ela escrita, cantada, pintada ou qualquer outra expressão artística, ela busca inspiração em outras obras. E que lugar melhor para se inspirar do que pinturas clássicas? Alguns cineastas usaram a inspiração como forma de homenagear grandes artistas e o resultado pode ser visto na melhor representação da sétima arte. Assim como grandes cineastas inspiraram pintores na modernidade, os grandes pintores também influenciaram diretores e cineastas ao longo de toda a história do cinema. Algumas referências visuais são bem explícitas e podem ser percebidas até pelos mais desatentos, outras, mais singelas, conseguem passar despercebidas. Mas o fato é que várias pinturas clássicas foram e são recriadas como uma bela homenagem na tela, vale a pena ver como a arte impacta o trabalho criativo dos diretores de cinema e de fotografia. Confira a seguir 7 cenas de filmes que foram inspiradas em pinturas famosas.

Reprodução/Google

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QUANDO A PINTURA INFLUENCIA O CINEMA CINEMA 3 - Ninfomaníaca, 2013, Lars von Trier X O artista morrendo, 1901, Zygmunt

O diretor Akira Kurosawa tem grande admiração pela obra de Vincent Van Gogh. Isso fica claro pelo fato de que essa não foi a primeira vez que ele homenageou o pintor em seus filmes. A cena em questão, do filme de 1990, Sonhos, é uma sequência que passa por várias outras pinturas de Van Gogh até voltar ao personagem sonhador no campo de trigo, onde vários corvos voam pelo céu azul, assim como a pintura clássica.

O filme do diretor Lars von Trier, Ninfomaníaca é focado no desejo hedonista da personagem principal, Joe, pelo prazer físico. Questões como o vazio da não-existência ou da morte são vistos como a única maneira de acabar com o sofrimento experimentado pelo ser. As projeções do diretor sobre a personagem principal se assemelham com as de O artista morrendo, retratadas na pintura por Zygmunt. Um retrato que pode ser interpretado como uma manifestação da morte tocando um violino do lado da cama de um rapaz.

Reprodução/Google

Reprodução/Google

1 - Sonhos, 1990, Akira Kurosawa X Campo de trigo com corvos, 1890, Vincent Van Gogh

2 - Shirley: Visões da Realidade, 2013, Gustav Deutsch X New York Movie, 1939, Edward Hopper 4 - Os Duelistas, 1977, Ridley Scott X Napoleão Bonaparte, 1830, Benjamin Robert Haydon

Na sua estreia no cinema, o diretor Ridley Scott usa o seu drama histórico para captar a atmosfera das pinturas criadas na era romântica. Ele faz referência direta ao quandro de Benjamin Robert Haydon. O diretor usa o seu personagem, Féraud, olhando para um penhasco no horizonte. A mesma posição de Napoleão Bonaparte retratado no quadro de 1830, por Haydon.

Reprodução/Google

Reprodução/Google

O filme independente do diretor Gustav Deutsch é uma longa homenagem ao pintor Edward Hopper. Durante todo o filme, treze pinturas de Hopper são retratadas de forma excepcional. Uma das mais marcantes é a cena em que a personagem principal, Shirley, está encostada na parede. Fica claro que ela está imitando a mulher que aparece na pintura de 1939. Nas duas imagens, fica nítida a sensação de desinteresse, muito comum nos trabalhos de Hopper e que foi trazido para as telas com a mesma essência por Deutsch.

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CINEMA QUANDO A PINTURA INFLUENCIA O CINEMA 5 - Lua Negra, 1975, Louis Malle X Os Dias Dourados, 1946, Balthus

Lua Negra é até hoje uma das obras mais criticadas do diretor Louis Malle, inclusive por ele. Mas o diretor conseguiu criar para o filme um devaneio surreal. Como ele mesclou a fantasia e a realidade, trouxe um tom obscuro para o filme. Na cena em questão, a personagem principal se deita em uma cadeira recriando a pose da jovem na pintura de Balthus. Nas duas imagens, o espectador é desafiado por suas representações abstratas de sexualidade.

Reprodução/Google

6 - O Labirinto do Fauno, 2006, Guillermo del Toro X Saturno Devorando Seu Filho, 1819-1823, Francisco Goya

Francisco Goya foi um artista espanhol que pintou uma série de quadros sombrios e perturbadores. Uma das suas obras mais marcantes é o retrato do deus romano consumindo o seu filho. A influência dessa pintura, em particular, pode ser vista nesta cena do filme de 2006, O Labirinto do Fauno. Na cena, a criatura, chamada de o Homem Pálido, morde as cabeças das fadas que voam pela sala.

Reprodução/Google

7 - Django Livre, 2012, Quentin Tarantino X O Garoto Azul, 1779, Thomas Gainsborough

Foi a figurinista Sharen Davis quem apresentou uma imagem da famosa pintura de Thomas Gainsborough a Quentin Tarantino. A cena em que o protagonista aparece usando um traje todo azul, foi inspirada pela pintura de 1779. Segundo o diretor, o casaco de cetim azul e calções seriam a vestimenta perfeita para expressar a sensibilidade excêntrica do personagem, e assim o diretor o fez.

Reprodução/Google



Reprodução/Idealista


O impacto do Coronavírus no mundo da arte.

A pandemia do novo coronavírus tem provocado uma revisitação a outros momentos semelhantes vividos pela humanidade, como a pandemia da peste bubônica. O combate ao Covid- 19 esta impactando o mundo da arte e patrimônios culturais em diversos países. Por um lado boa parte das instituições estão fechadas, assim como shows, peças e apresentações foram cancelados, diversas organizações e artistas estão promovendo um grande esforço para oferecer conteúdo de qualidade no formato digital com acesso gratuito para o público.


MATÉRIA O IMPACTO DO CORONAVÍRUS NO MUNDO DA ARTE

Reprodução/Pinterest

Sem exceção, o mundo da arte também está sendo afetado, algumas instituições culturais brasileiras já tomaram medidas ágeis como forma deresponder seriamente á crise. Diante de uma pandemia que atinge uma das principais fontes de sustentabilidade econômica da cultura no país, o público, e com um cenário no qual as políticas culturais são questionadas, pesquisadores e pessoas do setor afirmam que o país precisa de um plano. Diante disso tudo, artistas e gravadoras estão apostando cada vez mais em um recurso que já estava presente, porém, nem tão usado frequentemente, são transmissões ao vivo/online, em que os fãs podem interagir por bate-papo. É uma alternativa que não tapa o buraco financeiro, mas mantém a aproximação de uma experiência. Para espanto generalizado a Association of Art Museum

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Directors anunciou, que um museu de arte ou seu diretor não censurados, sancionados, suspensos ou expulsos pela AAMD, pela alienação de boa fé de uma peça do seu acervo pagar por “cuidados diretos” das respectivas coleções. A AAMD há anos mantinha firme posição contrária á alienação de peças de acervos. Esses fatores resultarão numa enorme vazão de bens culturais nos próximos meses. Lamentavelmente, serão heranças por liquidar, empresas e colecionadores precisando fazer caixa e forçados a se desfazer de ativos, culturais, galerias que necessitam vender para sair do vermelho e muitos, eventos culturais enfileirados. Em termos de artes e antiguidades, o cenário terá, por tristes razões, a maior oferta desde a Segunda Guerra Mundial finda há 75 anos, num 9 de maio.


Reprodução/Idealista




Na quarentena, o mundo virou uma live. Com a quarentena, as empresas viram uma oportunidade única de impulsionar as transmissões ao vivo pela web. Mas o fenômeno das lives veio para ficar?

Fotos: Reprodução/Google


NA QUARENTENA, O MUNDO VIROU UMA LIVE MÚSICA

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violão, o microfone, a mesa de som, estava tudo pronto para o show. Mas, em vez de os cantores Chitãozinho e Xororó estarem lado a lado com uma plateia diante deles, cada um permanecia em sua casa. Olhando para uma câmera, a dupla sertaneja cantou o sucesso Evidências em uma transmissão recente pela internet a milhares de pessoas. A cantora Marília Mendonça tem uma história parecida: de chinelo, ela fez um show para mais de 3,3 milhões de pessoas ao mesmo tempo da sala de seu apartamento. Acostumada aos estádios lotados, ela fez uma apresentação de mais de 3 horas diante da câmera. E não são só os artistas que andam fazendo transmissões pela internet. Com as academias fechadas, os personais trainers também reinventaram as aulas produzindo vídeos ao vivo para aplicativos, onde ensinam os exercícios, motivam os alunos e interage com eles do outro lado da tela. Até o comércio entrou na onda, em transmissões ao vivo, vendedoras mostram às clientes os diferentes looks. Tudo para vender as peças de roupa pela internet e compensar o fechamento da lojas físicas. Fora do Brasil, a tendência também é vista nas mais diferentes atividades.

Os casos citados são parte de um fenômeno que ganhou força durante a pandemia da covid-19. Como boa parte das pessoas teve de permanecer em casa, artistas, empresas, empreendedores, professores, padres e prestadores de serviço descobriram nas transmissões em vídeo uma nova maneira de interagir com o público. A atual onda de lives — termo em inglês pelo qual as transmissões ficaram conhecidas — impulsionou o consumo de um formato de vídeo que até a pandemia era utilizado apenas em situações especiais. De 2012 para cá, raros eventos ao vivo mobilizaram grandes quantidades de pessoas na web. Com a pandemia, o cenário mudou, e as lives ganharam uma dimensão nunca vista. A explosão das transmissões ao vivo não tem precedente, O fenômeno é mundial. A consultoria americana Tubular Labs, especializada no segmento de vídeos na internet, indica que houve um crescimento de 19% nas transmissões ao vivo pelo YouTube no fim de março — média de quase 3,5 bilhões de minutos de conteúdo por dia. O que impulsiona o formato é a espontaneidade. De acordo com um estudo da consultoria Forrester e da IBM, a audiência das lives é de dez a 20 vezes maior do que a dos vídeos gravados. A indústria de entretenimento é a parte mais visível do movimento. Com o cancelamento de shows, o jeito foi recorrer à internet. Uma das primeiras artistas a explorar o formato foi a cantora Anitta, que começou a dar aulas de francês pelo Instagram em março, com público médio de 30.000 pessoas por dia. “Queria dar algum tipo de auxílio aos trabalhadores e estudantes afetados pelo isolamento social”, diz Anitta. Em seguida, artistas de música sertaneja começaram a fazer performances. No campo da ciência, as lives também tiveram destaque. Atila Iamarino, doutor em microbiologia

e divulgador científico, fez vídeos ao vivo no YouTube sobre o novo coronavírus que tiveram a audiência de 380.000 pessoas simultaneamente. No entanto, as lives não se restringem à música ou à ciência. Com o comércio fechado, as empresas precisaram se reinventar. Para Eric Messa, coordenador da graduação em publicidade e propaganda da Faap, com mais pessoas em casa, é hora de as empresas testarem novos formatos. “As pessoas estão experimentando novos conteúdos; e as empresas procuram um novo canal de comunicação. Eventualmente, as novidades se tornarão parte do dia a dia”, diz. Para as empresas, o conteúdo ao vivo aumenta a visibilidade dos produtos. “A live é uma forma de se conectar às pessoas que estão vivendo em isolamento, entretê-las e promover nosso produto final”, diz Fernanda Romano, líder de marketing da Alpargatas, dona da marca Havaianas. A VEZ DO SHOPSTREAMING

O que se vê é que o Brasil começou a experimentar um fenômeno que já havia ocorrido na China. Por lá, os vídeos ao vivo já eram parte da rotina das pessoas. Mas a quarentena elevou o formato a um novo patamar. O shopping Shanghai New World fez três transmissões ao vivo com 12 horas de duração em março que foram vistas por 130.000 pessoas. No vídeo, os vendedores apresentavam os produtos das lojas e respondiam a dúvidas dos clientes. A venda por meio de ­lives ganhou até um apelido: shopstreaming. A consultoria iiMedia estima que o faturamento desse modelo de vendas será de 129 bilhões de dólares em 2020, um crescimento de 111% em relação a 2019. “As empresas estão reavaliando se a venda presencial é mesmo a melhor forma de experiência para o cliente. Poderemos ver uma mistura maior do mundo online com o offliART IN ACT

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MÚSICA NA QUARENTENA, O MUNDO VIROU UMA LIVE

ne daqui para a frente”, diz Dustin Pozzetti, sócio-líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da consultoria KPMG no Brasil. Em meio a essa transformação, as redes sociais também precisam se reinventar. O aplicativo Instagram, que tem uma ferramenta de vídeos desde 2016, agora permite que as transmissões fiquem gravadas e sejam vistas depois no computador, como ocorre com o YouTube. O Brasil está entre os primeiros países a testar o novo recurso. A decisão foi tomada depois de a audiência das lives dobrar durante a quarentena. “As pessoas se aproximaram ainda mais do Instagram para interagir com amigos, parentes, artistas e marcas”, diz Gonzalo Arauz, diretor de parcerias do Instagram para América Latina. O Facebook, dono do Instagram, também observou um aumento no número de vídeos ao vivo de artistas e empresas. O aumento do uso de vídeo foi tão grande que as empresas de internet tiveram de se adaptar à nova realidade. Segundo a Akamai, maior rede de distribuição de conteúdo online do mundo, o tráfego de dados global aumentou 30% entre o final de fevereiro e o final de março. Para Luiz Fernando Bittencourt, membro do Instituto

2021 e a tendência é que isso cresça ainda mais. Para Laércio Albuquerque, presidente da Cisco no Brasil, a visualização intensa de vídeos tende a se tornar o “novo normal” depois que o isolamento social chegar ao fim. “Todos estão abraçando esse formato. As pessoas descobriram que as lives foram extremamente produtivas e são benéficas para elas e para as companhias”, afirma. A explosão das transmissões ao vivo levanta uma questão: elas vieram para ficar ou são uma onda passageira? Na visão de especialistas, as lives são um caminho sem volta. Muitos negócios e artistas experimentaram essa tecnologia pela primeira vez e perceberam o poder de conexão com o público. As companhias agora coletam dados sobre a audiência para criar experiências novas no futuro pós-pandemia. Para Poz­zetti, da KPMG, o uso dos vídeos ao vivo só ocorreu porque as empresas deram uma chance a eles. “Não foi o distanciamento social que impulsionou as lives. Foi a iniciativa das empresas de levar as lives sem custo ao público. As companhias que experimentaram esse formato sairão fortalecidas”, afirma. Para que as transmissões ao vivo continuem de forma regular no longo prazo, entretanto, as empresas precisarão encontrar modelos sustentáveis, que tragam retorno financeiro. É a live mostrando a que veio.

A cantora Anitta também embarcou no mundo das lives — Reprodução/Instagram

de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), a internet ficou sobrecarregada devido a dois motivos: o aumento de transmissões de vídeo ao vivo e o aumento de videoconferências. Por causa disso, empresas como YouTube e Netflix reduziram a qualidade de vídeos reproduzidos na web. O que se vê é que, com a quarentena, os vídeos ganharam uma relevância ainda maior na web. A empresa de tecnologia Cisco estima que 80% do tráfego de dados na internet será de conteúdo de vídeo até 22

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Marília Mendonça bateu recordes de audiência em suas lives — Reprodução/Youtube


NA QUARENTENA, O MUNDO VIROU UMA LIVE MÚSICA

UMA OPORTUNIDADE DE OURO No início de abril, mais de um terço da população mundial estava recolhido em casa por causa da pandemia quando o violão da música My Life Is Going On, tema de abertura da série La Casa de Papel, tocou nas telas ao redor do mundo. Em 3 de abril, uma sexta-feira, a quarta temporada da produção estreou no serviço de streaming Netflix, em um momento muito propício para picos de audiência. Em 2019, a série foi a mais assistida no Brasil e a de produção de língua não inglesa mais vista na plataforma no mundo.

“Com a quarentena, os serviços de streaming viram sua base de assinantes crescer e a audiência disparar” Tamires Vitorio

Outras empresas do ramo também têm se beneficiado no momento atual, apesar da crise. A Disney, que está com uma de suas principais fontes de renda comprometida — ­ os parques de diversão —, encontrou um refúgio em seu recém-lançado serviço de streaming, o Disney+. Em apenas dois meses, a base de assinantes do serviço subiu de 30 milhões para 50 milhões, especialmente depois do lançamento na Europa, em 24 de março. Com isso, a empresa levou apenas cinco meses desde a estreia

do Disney+ nos Estados Unidos para atingir o mesmo número de assinantes que a Netflix demorou sete anos para conquistar. No Brasil, o strea­­­ ming da Disney deve ser inaugurado no fim deste ano ou no começo do próximo. Por aqui, o Globoplay, strea­­­ming da Globo, viveu algo semelhante: no primeiro trimestre de 2020, a plataforma teve um crescimento de 123% em relação ao mesmo período de 2019. A empresa não divulga o número exato de assinantes. “Passado o primeiro mês de isolamento, notamos que os brasileiros estão mais adaptados às novas rotinas em casa”, diz Paulo Marinho, diretor dos canais Globo. Já o Telecine abriu todos os canais nas operadoras de TV a cabo durante o período de isolamento e liberou o uso gratuito de sua plataforma de strea­­­ming por 30 dias para novos clientes. Com a mudança, veio um aumento de 150% na audiência entre 16 e 22 de março.. No total o serviço tem 1,5 milhão de assinantes. “Nosso foco é atender aos desejos de um novo perfil de consumidor que busca assistir ao que quiser e na hora que desejar”, diz Eldes Mattiuzzo, diretor-geral do Telecine. Não é de estranhar que globalmente a audiência das plataformas de strea­­­ming de vídeos tenha crescido 20%, de acordo com a Conviva, consultoria americana especializada no mercado de vídeos. Para 2020, a estimativa é que a pandemia acelere o crescimento da base de novos assinantes de serviços de streaming no mundo. A consultoria Strategy Analytics prevê um total de 949 milhões de assinantes até o fim do ano, 5% mais do que a estimativa calculada antes do novo coronavírus. Em 2019, eram 805 milhões. Com isso o faturamento do mercado, que alcançou 24 bilhões de dólares no ano passado, também tende a acelerar. No dia 16 de abril, as ações da Netflix atingiram seu maior valor da história, 439 dólares, o que fez a empresa superar o valor de mercado da Disney pela primeira vez. Como se vê, a Net­flix e os demais serviços de strea­­­ming podem sair da quarentena ainda mais fortes.

“AS LIVES NÃO SERÃO ESQUECIDAS” Na empresa desde 2010, Amy Singer é a maior autoridade do YouTube para América Latina e Canadá, coordenando a operação em mais de 30 países. Ela afirma que o crescimento das transmissões ao vivo durante a quarentena é algo que nunca havia sido visto antes numa escala tão grande e que, na opinião dela, esse novo hábito veio para ficar. “Não acho que um artista vai parar de fazer transmissões ao vivo depois de conhecer o poder desse formato”, diz a diretora do YouTube.

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Roubo de

Reprodução/Twitter

arte digital


ROUBO DE ARTE DIGITAL MÁTÉRIA

Roubo de arte significa coisas di- ticas de quem quer apenas seguido- celular e canecas, também como ferentes para diferentes pessoas. Para res, e mais algumas, eles começam a posters equadros. Estes sites têm alguns significa um grande planeja- vender as obras como se fossem de- sido uma grande dor de cabeça para mento e invasão a um museu para les. O Etsy, site para venda de itens artistas que postam principalmente roubar obras como a Mona Lisa, artesanais, reconhece o problema e no Twitter, pois os golpistas utilizam mas, para os artistas que tem suas recomenda para artistas que vendem sistemas automatizados, conhecidos obras expostas digitalmente para o suas obras online: Porém, nem todos como bots (termo inglês para robôs), mundo todo na internet, pode signi- os artistas utilizam estes sites como que ficam vasculhando o site por paficar algo totalmente diferente. o Etsy para a venda de suas obras, lavras chaves nos comentários de Com a internet se postagens, e quando entornando mundialmencontram, pegam a imagem te disponível e de maior e postam automaticamenacesso a cada dia, artistas te no site e criam um link estão expondo cada vez nos comentários da postamais suas obras para uma gem, fazendo com que os audiência mundial com seguidores pensem que é muita facilidade. Hoje, um site oficial de venda do muitos artistas fazem sua artista. fama expondo seus deseMuitos artistas tentam nhos, animações, históderrubar as ofertas falsas rias e fotografias em seus ou os sites, alguns sem superfis nas redes sociais cesso, antes de descobricomo Instagram, Twitter, rem como tudo funcionaWattpad e no DevianArt, va. Quando esse esquema principal plataforma para foi descoberto, artistas coartistas iniciantes comparmeçaram a enganar esses tilharem suas obras. bots com imagens exponInfelizmente, assim do o golpe e até mesmo como facilitou para os artentando derrubar os sites tistas compartilharem suas com a “ajuda” de grandes ideias, a internet também corporações. Pedindo para facilitou para pessoas se seus seguidores comentar aproveitarem do trabalho na postagem que queriam duro de outras. Algumas o desenho em uma camiapenas utilizam as imaseta ou caneca, os artistas gens para conseguir fama conseguiram fazer com e seguidores, já outras que os robôs criassem uma procuram lucrar sem muipostagem expondo o site to trabalho. Os tipos de pela fraude e a facilidade “roubo” onde não existe com que a arte era postaSites usam robôs para roubar desenhos de artistas no lucro além dos 15 minutos da sem que fosse checada Twitter e vender como estampa em camisas. de fama são: o repost, onde a autoria ou legitimidade Reprodução/Twitter pegam a arte de alguém, da imagem. Alguns robôs removem sua assinatura e postam alguns criam um site próprio ou fa- apenas copiam e colam as imagens, como sua e o tracing, onde copiam zem encomendas por e-mail e redes outros são avançados a ponto de o desenho de alguém com algumas sociais. Assim, alguns falsificadores apagar a assinatura ou marca d’agua alterações, ou mesmo sem mudar ainda conseguem lucrar muito com do artista e fazer algumas alterações nada. Porém, como para algumas obras roubadas. A forma mais co- para que a imagem não apareça ao pessoas os 15 minutos de fama não mum de lucro online são sites, tanto pesquisar no Google Imagens ou são o suficiente, pois serão expostas falsos quanto verdadeiros, que criam por softwares de proteção de direipor suas fraudes, decidem aproveitar estampas personalizadas para tudo, tos autorais, que tentam encontrar para lucrar. Utilizando as mesmas tá- desde peças de roupas, capinhas de qualquer postagem fora do comum. ART IN ACT

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Artista do mês por Pedro Sabino1

Carol Maciel é uma ilustradora brasileira, conhecida por suas ilustrações simples inspiradas em Doctor Who e Animal Crossing que conseguiram conquistar milhares de seguidores, tanto no Twitter quanto no Instagram. Sua inspiração para as ilustrações em um estilo mais cartoon vem de situações do seu cotidiano, como hobbies, series e livros. Graças a suas obras em um estilo único, ela foi escolhida como a artista do mês pela nossa equipe aqui na Art in Act, e fizemos uma breve entrevista.

Art in Act. Começando pelo básico, quem é a pessoa por trás dos desenhos?

Fotos: Reprodução/Instagram

Meu nome é Carol Maciel, tenho 29 anos e sou natural de Recife, graduada em Design. Atualmente resido em Portugal.

O que mais te inspira?

O que me inspira são as coisas que eu mais gosto no momento. Se estou com um hobby novo – tipo cozinhar ou cuidar de plantas – ou assistindo uma série ou lendo um livro, são esses os temas que me inspiram na hora que vou criar um desenho novo.

Como você começou a desenhar?

Como todo mundo comecei a desenhar desde pequena e já gostava muito de arte. Mas depois parei e só voltei a desenhar no começo adolescência. 1

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Pedro Sabino, 20 anos, natural de São Paulo, é estudante de design grafico e ilustrador amador.


ARTISTA DO MÊS COLUNA

Como chegou ao seu estilo artístico?

Eu tinha vários estilos diferentes e nenhum que eu achasse que era realmente meu. Acabei fazendo vários cursos (desenho realista, cartoon, até lettering), que me ajudaram a ter mais facilidade no desenho. Mas uma coisa que me ajudou muito no final foi fazer um quadro de referências: Reuni obras dos meus artistas preferidos numa só imagem e fui vendo o que mais havia em comum entre eles, para tentar chegar em algo meu. Acabou que o principal foi: desenho cartoon, paleta de cores quentes, traço mais “fofinho”. A partir daí fui tentando criar algo meu.

Sempre foi sua meta trabalhar com isso? Ou você já cogitou seguir outras carreiras?

Eu sempre quis seguir no ramo de arte (sou formada em Design), e trabalhei somente com isso por um tempo. O interessante é que acabei achando que isso era algo que queria fazer apenas como freelancer, então até comecei a trabalhar e estudar outros assuntos também.

Quando decidiu que queria focar um pouco mais na área de criação?

O curso que fiz de Design incluía todas as áreas. Foi só na metade da faculdade que decidi que realmente queria focar na parte gráfica, justamente para fazer um paralelo com ilustração.

O que estuda atualmente? Você acha que fazer cursos é fundamental para se

desenvolver como artista?

Por incrível que pareça eu comecei uma faculdade de Enfermagem, justamente porque decidi levar a área da ilustração como freelancer, coisa que ainda faço. Sobre fazer cursos, eu acho importante demais aprender com quem tem mais conhecimento sobre a área. A época que mais cresci como artista foi justamente quando investi em fazer cursos. Só não acho que tenha necessariamente de ser um curso superior – para quem já é formado, é super válido aprender com cursos de artistas que já estão no mercado de trabalho.

Fotos: Reprodução/Instagram

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COLUNA ARTISTA DO MÊS

Você tem alguma dica para quem está tendo bloqueios criativos por causa do isolamento?

Sempre que tenho bloqueio criativo procuro fazer duas coisas: 1. Procurar outra coisa que eu goste para me inspirar. Geralmente era passear, mas em isolamento dá para cozinhar, ouvir música, ver uma série, falar com amigos. Qualquer coisa que me faça pensar em outras coisas, porque mais tarde isso ajuda as ideias a fluírem melhor. 2. Estudar algo artístico que não requeira inspiração. Você pode treinar técnicas de luz e sombra, ler um artista explicando sobre composição, treinar “gesture drawing”, etc. Eu fazia isso todos os dias que tinha bloqueio criativo. É importante saber que o bloqueio criativo é normal e passa, não precisa se culpar por isso. Mesmo quando trabalhava apenas com ilustração, sentia que alguns dias tinha muito mais dificuldade em desenhar do que outros.

O que você pode dizer para os artistas iniciantes passando por dificuldades para encontrar um estilo?

Tudo bem em desenhar em vários estilos no começo, é mesmo bom tentar vários processos diferentes, várias técnicas. Eu indico que procurem aprender as técnicas tradicionais – luz e sombra, composição, gesture drawing, anatomia – porque tudo isso ajuda muito no resultado final. Em seguida indico fazer um quadro de referências, como descrevi anteriormente. O objetivo não é copiar o estilo de outro artista, mas entender o que te faz gostar desses artistas e como você mesmo pode adequar essas características na sua arte. Carol, conhecida como @xcarolinas no Twitter, é uma artista incrível com um estilo simples mas muito bem feito, e se você está buscando por inspirações, sugerimos que sigam ela, pois diariamente ela posta, não só desenhos em andamento ou terminados, mas também o que a inspira, o que talvez também possa te inspirar. Fotos: Reprodução/Instagram

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Indicação do mês por Natan Sousa1

Lady Gaga lança seu sexto álbum de estúdio, “Chromatica”; ouça Depois de muita espera e antecipação, Lady Gaga finalmente divulgou oficialmente seu sexto álbum de estúdio, “Chromatica”. A nova era marca o retorno da artista ao pop, e é um dos discos mais aguardados dos últimos anos.

Foto: Reprodução/Portal Famosos Brasil

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Natan Sousa, 19 anos, estudante de Design Gráfico e amante de músicas.

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RECOMENDAÇÃO DO MÊS COLUNA

Inicialmente, o disco estava agendado para ser lançado no último dia 10 de abril, mas devido à pandemia do novo coronavírus, que forçou praticamente todos os países a tomarem medidas de isolamento e quarentena, foi adiado para este mês. O disco já conta com dois singles oficiais: o carro-chefe do álbum, “Stupid Love”, lançado em fevereiro e “ Rain On Me “, parceria com Ariana Grande, lançado na última semana e que vem conquistando aclamação crítica e de público, além de excelentes resultados.

“Chromatica” conta com 16 faixas em sua edição standard, além de três faixas exclusivas na edição Target, sendo uma faixa inédita, um remix e uma demo. Além de Ariana, o disco conta ainda com parcerias com Elton John, em “Sine From Above”, e com o grupo sul-coreano Blackpink, em “Sour Candy”. Trabalharam na produção do do disco, parceiros de longa data da cantora, como Bloodpop, Madeon, entre outros, além de novos nomes, como Hana.

Ouça o album no Spotify:

Reprodução/Portal Famosos Brasil

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10 MUSEUS PARA VISITAR SEM SAIR DE CASA MATÉRIA

10 museus para visitar sem sair de casa: tour virtual e coleções on-line Em tempos de coronavírus, a principal recomendação é circular o mínimo possível e evitar aglomeração. Não é a toa que muitos museus importantes do mundo estão fechando as portas por um tempo indeterminado, principalmente na Europa, onde países como França e Itália foram muito atingidos pelo Covid-19. Muitos destes museus disponibilizaram o seu acervo on-line. É possível fazer uma verdadeira viagem pela história da arte sem precisar pegar um avião ou sair do sofá. É claro, a experiência de ver essas obras ao vivo é impagável, mas por enquanto é bom dar uma chance aos arquivos digitais ou aos tours virtuais — o Metropolitan, um dos mais importantes museus de Nova York, por exemplo, oferece uma visão 360º de alguns de seus cômodos mais renomados. Abaixo, você confere uma com 10 museus que disponibilizaram parte de seus ricos acervos on-line ou que oferecem visitas virtuais. Uma outra dica? Aproveite o tempo dentro de casa para explorar o app “Google Arts & Culture.” Reprodução/Google

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MÁTERIA 10 MUSEUS PARA VISITAR SEM SAIR DE CASA

Pinacoteca di Brera, Milão

O centro cultural localizado na Itália contém uma das mais importantes coleções de arte italiana. Entre os destaques, há obras do mestre Giambattista Pittoni.

Galleria degli Uffizi, Florença

Leonardo da Vinci, Botticelli, Caravaggio… a coleção de obras da Galeria Uffizi é de deixar qualquer admirador de queixo caído. Ainda bem que o arquivo artístico do espaço está disponível on-line.

Musei Vaticani, Roma O Museu do Vaticano tem mais de sete quilômetros de extensão. Além de obras importantíssimas, o espaço também abriga artefatos históricos, um dos afrescos mais importantes de Raffaello Sanzio e um corredor dedicado somente aos mapas antigos.

Museu Archeologico, Atenas O maior da Grécia, o Museu Nacional Arqueológico é um dos mais importantes do mundo. Sua coleção, com mais de 11.000 exposições, oferece um panorama da cultura da Grécia Antiga da pré-história até a antiguidade.

Museo del Prado, Madrid O mais importante museu da Espanha e um dos mais notáveis do mundo, o Prado tem entre os destaques o quadro “As Meninas”, de Diego Velázquez. A coleção é bastante completa, com obras da pintura espanhola, francesa, flamenga, alemã e italiana.

Fotos: Reprodução/Google

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10 MUSEUS PARA VISITAR SEM SAIR DE CASA MATÉRIA

Louvre, Paris Talvez o museu mais famoso do mundo, o Louvre permite que os internautas façam visitas on-line por suas salas de exibição e galerias, além de contemplar a arquitetura do espaço — tudo isso sem sair de casa. É possível ver antiguidades egípcias e também a Galeria d’Apollon.

British Museum, Londres Fundado em 1753, o British Museum tem uma coleção de cerca de 8 milhões de objetos que narram mais de 2 milhões de anos de história. No tour on-line, é possível ver alguns dos primeiros artefatos criados pelos homens até trabalhos de artistas contemporâneos.

The Metropolitan Museum, Nova York Em uma parceria com o Google Arts & Culture, é possível ver a coleção de um dos mais importantes museus da cidade americana. Em vídeos 360º, você pode passear pelos corredores e explorar algumas das peças do arquivo do centro cultural.

Hermitage, São Petersburgo Este é um dos maiores museus de arte do mundo. Sua vasta coleção possui itens de diversos períodos da história, assim como de muitos estilos e países. Há obras de Leonardo da Vinci. Sua biblioteca possui mais de 700.000 títulos sobre arte, cultura, arquitetura e história.

National Gallery of Art, Washington O museu americano está entre os dez mais visitados do mundo. Sua coleção apresenta mais de 150.000 esculturas, mobiliário, fotografias, pinturas e ilustrações. Entre os destaques, estão obras de Rafaello Sanzio, Velázquez, Tiziano, Rembrandt e Vermeer. Fotos: Reprodução/Google

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Curiosidades

Desenhos Animados A Branca de Neve e os Sete Anões Lançado em 21 de dezembro de 1937, foi o primeiro longa de animação produzido nos Estados Unidos, o primeiro longa da Disney, e o primeiro longa de animação totalmente a cores do mundo, o que rendeu um Oscar honorário para Walt Disney. O filme é considerado o Clássico dos Clássicos da Disney.

A primeira aparição do Mickey Mouse Foi também a primeira animação com som, intitulada “Steamboat Willie”, quem foi apresentado em 18 de novembro de 1928. O famoso ratinho foi dublado inicialmente por Walt Disney até o ano de 1946.

A famosa Betty Boop Era originalmente um Poodle Francês quando foi criada em 1930 para o desenho “Dizzy Dishes”. Após sua primeira aparição, ela foi redesenhada como uma personagem humana no desenho “Any Rags?” em 1932.

Tom e Jerry não tinham esses nomes O seu primeiro curta, feito por Willian Hanna e Joseph Barbera, antes de fundarem o estúdio Hanna-Barbera, foi lançado em 10 de fevereiro de 1940, com um gato Jasper e um rato sem nome, chamado de Jinx na pré-produção, em 1941 a série foi oficialmente aprovada e nomeada Tom e Jerry.

Hanna-Barbera O estúdio foi fundado em 1957 após o grande sucesso da série Tom e Jerry, e durante seus anos iniciais produziu diversas séries de horário nobre como Os Flintstones. No final da década de 1960 produziram o clássico Scooby-Doo. Atualmente o estúdio é conhecido como Cartoon Network Studios.

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DESENHOS ANIMADOS CURIOSIDADES

Charles Chaplin Sua primeira apresentação Foi aos 5 anos, subindo ao palco no lugar da sua mãe, que estava muito doente para se apresentar. Ele cantou e dançou de acordo com os ensaios que via de sua mãe. Sua estreia foi um sucesso, encantando todas as pessoas presentes.

Manias Chaplin tinha nojo de leite e também a materiais feitos com borracha. Quando estava em processo de criação, chegava a tomar até 9 banhos por dia, além de ficar andando de lá para cá o tempo todo.

Sir Charles Chaplin Com 86 anos foi condecorado pela rainha Elisabeth II e se tornou Sir. Charles.

Antes do cinema Chaplin teve vários empregos, trabalhou em uma fábrica de vidro, ajudante de barbeiro, balconista, jornaleiro e empregado doméstico.

O Grande Ditador Foi criado quando Alexander Korda apontou uma semelhança física entre Chaplin e Hitler. O filme foi utilizado como propaganda anti-nazista e foi proibido nos países controlados pela Alemanha nazista. Esse foi seu maior sucesso de bilheteria

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