A excelência de cristo jonathan edwards

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A santidade de Cristo nunca teve tal julgamento, como teve então, e, portanto, nunca teve tão grande manifestação. Quando esta foi julgada nesta fornalha saiu como o ouro ou a prata purificada sete vezes. Sua santidade, então, acima de tudo, apareceu em Sua busca constante pela honra de Deus, e em Sua obediência a Ele. Pois, a Sua entrega de Si mesmo à morte foi transcendentalmente o maior ato de obediência, que alguma vez já foi tributado a Deus por qualquer um, desde a fundação do mundo. E, ainda assim, nesse caso, Cristo foi, no maior nível, tratado como uma pessoa iníqua teria sido. Ele foi capturado e preso como um malfeitor. Seus acusadores apresentaramLhe como o mais ímpio desventurado. Em Seus sofrimentos diante de Sua crucificação, Ele foi tratado como se tivesse sido o mais vil e o pior da humanidade, e, em seguida, Ele foi submetido a uma espécie de morte, a qual ninguém, senão os piores tipos de malfeitores estavam acostumados a sofrer, aqueles que eram mais miseráveis em suas pessoas, e culpados dos crimes mais sombrios. E Ele sofreu como se fosse culpado pelo próprio Deus, em virtude de nossa culpa imputada a Ele; pois Aquele que não conheceu pecado, foi feito pecado por nós; Ele ficou sujeito à ira, como se Ele mesmo tivesse sido pecador. Ele foi feito maldição por nós. Cristo nunca manifestou tão grandemente o Seu ódio ao pecado contra Deus, como em Sua morte para retirar a desonra que o pecado havia feito a Deus; e ainda assim Ele nunca foi, em tal nível, um sujeito dos terríveis efeitos do ódio de Deus pelo pecado, e ira contra este, como Ele foi nesse caso. Nisto evidenciam-se aquelas diversas excelências reunidas em Cristo, a saber, o Amor a Deus e a Graça aos pecadores. 5. Ele nunca foi tratado assim, tão indignamente, como em Seus últimos sofrimentos, e ainda isto é principalmente por causa deles que Ele é considerado digno. Ele foi ali tratado como se não fosse digno de viver. Eles clamaram: “Tira, tira, crucifica-o”, João 19:15. E eles preferiram Barrabás a Ele. E Ele sofreu da parte do Pai, como um cujos deméritos eram infinitos, em razão de nossos deméritos que foram colocados sobre Ele. E, ainda assim, foi especialmente por esse Seu ato, sujeitando-se aos sofrimentos que Ele obteve mérito, e em consideração ao que, principalmente, foi considerado digno da glória de Sua exaltação. Filipenses 2:8-9: “humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente”. E vemos que é por esse motivo, principalmente, que Ele é exaltado como digno pelos santos e anjos, no contexto: “Digno”, dizem eles, “é o Cordeiro que foi morto”. Isso mostra uma admirável conjunção nEle de infinita dignidade, e infinita Condescendência e Amor ao infinitamente indigno.

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